ANÁLISE MACROECONÔMICA
VISÃO GERAL
Quando falamos sobre indústria geral no Brasil, devemos sempre lembrar que é um setor que apresenta uma grande participação no PIB brasileiro, atualmente correspondendo a 22,2% do PIB.
INDICE
Produção
Emprego
Estoque
Investimento e Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Inteligência Artificial
Internet das Coisas
Big Data, 3D e Marketing
Highlights
Fim
O PODER DA INDÚSTRIA
Várias coisas ao nosso redor foram produzidas da indústria, a participação do setor no desenvolvimento do país e da economia:
A indústria paga os melhores salários
Índice de confiança do empresário industrial
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou dois pontos em agosto de 2022, para 59,8 pontos. A Indústria segue confiante, pois o ICEI permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança. O avanço, puxado por melhora da percepção e das expectativas relativas à economia brasileira, coloca a confiança do setor industrial no maior patamar desde agosto de 2021.
Válido ressaltar que *O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança.
Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário e quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança
A importância da indústria para os estados
Por ser um setor de extrema importância para economia nacional, é válido pontuarmos também a performance do setor em diferentes estados e regiões do país, afim de entender onde estão localizados os polos industriais mais fortes e desenvolvidos.
Utilização da Capacidade Instalada
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou 1 ponto percentual entre junho e julho de 2022, para 71%. É o maior valor para 2022 até o momento. O resultado supera o percentual médio dos meses de julho desde o início da série histórica, em 2011, que é de 69%. Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual registrou 46,0 pontos em julho, resultado que representa um aumento de 1,1 ponto frente ao mês anterior e um aumento de 3,5 pontos na comparação com a média para os meses de julho.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
O índice de evolução da produção registrou 51,8 pontos em julho de 2022, resultado acima da linha divisória dos 50 pontos, o que significa que a produção aumentou frente ao mês anterior. Destaca-se que o valor médio para os meses de julho é de 51,2 pontos, ou seja, a produção industrial costuma aumentar na passagem de junho para julho de 2022. Como o índice de julho de 2022 é um pouco acima da média para o mês, o resultado indica aumento do ritmo de produção acima da média.
*Valores acima de 50 indicam aumento na produção frente ao mês anterior. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda da produção frente ao mês anterior.
Quanto mais distante dos 50 pontos, maior e mais disseminada é a variação.
EMPREGO INDUSTRIAL
O emprego industrial apresentou aumento em julho de 2022 na comparação com junho. O índice de evolução do número de empregados foi 51,2 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos que separa queda de alta do emprego. O índice mostra alta do emprego industrial pelo terceiro mês consecutivo. Além disso, como apresentou aumento de 0,4 ponto frente a junho, o índice mostra também que o ritmo de crescimento do emprego em julho foi maior que o do mês anterior.
*Valores acima de 50 indicam aumento no emprego frente ao mês anterior. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda no emprego frente ao mês anterior.
Quanto mais distante dos 50 pontos, maior e mais disseminada é a variação
NÍVEIS DE ESTOQUE DA INDÚSTRIA
O nível de estoques de produtos finais na indústria aumentou na passagem de junho para julho de 2022. O índice de evolução do nível de estoques foi de 50,6 pontos, ou seja, 0,6 ponto acima da linha divisória de 50 pontos. Já o índice de estoque efetivo em relação ao planejado passou de 49,2 pontos para 50,1 pontos. Ao situar-se praticamente sobre a linha divisória de 50 pontos, o índice mostra que o nível de estoques de produtos finais efetivo ao fim de julho é o planejado pelas empresas.
*Valores acima de 50 pontos indicam crescimento do nível de estoques ou estoque efetivo acima do planejado. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda do nível de estoques ou estoque efetivo abaixo do planejado.
Quanto mais distante dos 50 pontos, maior é a variação ou a distância do planejado.
INTENÇÃO DE INVESTIMENTO DA INDÚSTRIA
O índice de intenção de investimento elevou-se em agosto de 2022, alcançando 56,9 pontos. O resultado representa um aumento de 1,0 ponto na comparação com o mês anterior. É o maior resultado desde fevereiro de 2022, quando o índice ficou em 58,2 pontos.
Setor tem destaque no investimento em inovação
O investimento da indústria brasileira em inovação de processos cresceu 33,4% entre 2016 e 2019, saltando de R$ 12,7 bilhões para R$ 16,9 bilhões, percentual acima dos 11,2% da inflação acumulada no período (IPCA), aponta o Perfil Setorial da Indústria. De acordo com a CNI, de cada R$ 100 investidos pelas empresas brasileiras em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), R$ 69 vêm da indústria.
A pesquisa indica que, entre os setores que mais se destacam no investimento em inovação, estão o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que ampliou seus investimentos em 63,9%, na década, passando de R$ 955 milhões para R$ 1,6 bilhão. Já as empresas de veículos automotores são as que mais investiram em P&D no período: mais de R$ 2,8 bilhões apenas no ano de 2019. Em seguida, vem o setor de químicos, com investimento de R$ 2,5 bilhões.
Fonte: Portal da indústria
Participação da indústria brasileira no mundo
Em 2020, o Brasil registrou a menor participação tanto na produção como nas exportações mundiais da indústria de transformação, desde o início das séries históricas, no ano de 1990. A recessão global decorrente da pandemia de covid-19 atingiu mais severamente a indústria de transformação brasileira que a indústria de países vizinhos ao Brasil no ranking mundial, como Rússia e Turquia. Este resultado reforça a trajetória de perda de importância da manufatura brasileira na economia mundial. A participação do Brasil na produção mundial da indústria de transformação caiu de 1,35%, em 2019, para 1,32%, em 2020. Com isso, o Brasil caiu para a 14ª posição no ranking dos maiores produtores industriais do mundo, sendo ultrapassado pela Rússia.
A participação do Brasil está em queda desde 2009. Apesar das perdas, o país se manteve entre os 10 maiores produtores industriais do mundo até 2014. O Brasil foi superado pela Índia, em 2009, pelo México, em 2015, pela Indonésia, em 2016, por Taiwan, em 2018 e, no último ano, pela Rússia. Em relação às exportações, o cenário também indica perda de competitividade. A participação do Brasil nas exportações mundiais da Indústria de transformação caiu de 0,87%, em 2018, para 0,83%, em 2019. Em 2020, estima-se que a participação tenha caído para 0,78%. Entre os 11 principais parceiros comerciais do Brasil1 , a maioria também perdeu participação na produção e nas exportações mundiais da indústria de transformação em 2020. As exceções são China, Coreia do Sul e Países Baixos.
Fonte: Portal da indústria
Big Picture
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
No anuário da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) é apresentado as estatísticas do mercado farmacêutico no Brasil. Segundo a SCMED, o mercado farmacêutico industrial no Brasil em 2019 pode ser resumido nos seguintes números:
Entrantes Potenciais – Alta
O setor industrial apresenta uma alta barreira de entrada, tanto pelas questões legais e burocráticas, quanto pelo capital imobilizado necessário, além disso, questões de logística e distribuição são chave para esse setor, tornando assim um setor não tão agradável para empreendedores iniciantes.
Produtos Substitutos – Média
Essa ameaça é diferente para cada mercado analisado, entretanto na maioria dos casos a ameaça de substituição é intermediária ou alta, com raras exceções para produtos com um grande diferencial competitivo.
Poder dos Fornecedores – Baixa
A depender da região e do tipo de matéria prima ou matéria a ser fornecida, o gestor pode encontrar fornecedores com um alto poder de barganha. No entanto, o poder de barganha do fornecedores tende a ser inversamente proporcional ao porte da indústria.
Poder dos Compradores – Média
No que tange o cliente revendedor de produtos, o poder de barganha é alto e o gestor deve estar atento sobre a margem, já para o público de ponta a tendência é um poder de barganha menor.
Rivalidade entre players – Alta
O setor apresenta uma forte rivalidade, desde a procura por fornecedores, até o escoamento de produção, não é um mercado interessante para empreendedores sem experiência no ramo.
OPORTUNIDADES
O mercado de indústrias no Brasil, apesar de muito sólido e estabelecido, carrega consigo grandes oportunidades, cabe ao gestor estar alinhado e preparado para aproveitá-las.
Necessidade de qualificação
O Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025 para atender necessidades projetadas pelas indústrias, de forma a recolocar inativos, atualizar colaboradores ou preencher as novas vagas programadas para o setor. Essa é uma boa notícia se olharmos pelo viés de que o mercado se apresenta como oportunidade para trabalhadores desse setor.
Implementação de tecnologia
O setor de produção é impactado de forma extremamente positiva pelo uso adequado de tecnologia, no que tange qualidade final de produto e velocidade na produção o setor é quase que dependente da implementação de tecnologias.
AMEAÇAS
No tocante à ameaças do setor, é importante, para o gestor, estar sempre atento à eventuais problemas que possam vir a ocorrer, tanto para se planejar, quanto para gerir riscos inerentes ao setor.
Dependência do setor com o exterior
Outro desafio da indústria, nos dias de hoje, está em buscar alternativas para diminuir essa dependência do setor com o exterior. Dessa forma, o setor industrial precisa pensar, investir e desenvolver projetos e planos governamentais que possibilitem a produção científica e tecnológica. Assim, o setor conseguirá ter mais autonomia com suas próprias produções.
Desigualdade industrial
Outra questão, é que a industrialização nacional não faz jus ao seu nome. Já que a distribuição de indústrias pelo Brasil é desigual. A maior parte das indústrias está na região sudeste, estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Esses estados têm as indústrias mais desenvolvidas e modernas, além de terem as indústrias mais diversificadas, como por exemplo as principais organizações de produção energética, têxtil, alimentícia e automobilística. Por outro lado, a região do nordeste é a que tem menos força em relação a indústrias. No entanto, o nordeste está tentando mudar essa situação.
TENDÊNCIAS
Um estudo realizado pelo IBGE revelou que 70% das indústrias brasileiras foram impactadas de forma negativa pela pandemia. A maior parte das empresas (63%) apresentaram dificuldades para fabricar seus produtos ou atender clientes. No entanto, o cenário para o próximo ano é otimista. As tendências da indústria em 2022 podem impulsionar o mercado e garantir maior competitividade.
Inteligência Artificial
A Inteligência artificial já está presente nos processos industriais faz alguns anos. Esse tipo de ferramenta tende a se fortalecer nos próximos anos. Sendo assim, a ideia é que a IA consiga otimizar processos da indústria e contribuir tanto para a tomada de decisões quanto para gerar maior autonomia dos sistemas de produção.
Esse campo da ciência tem crescido na direção de criar máquinas e softwares que consigam realizar funções mais complexas, que antes eram exclusivas da mão de obra humana, como resolver problemas de forma autônoma, raciocinar, encontrar padrões e perceber diferentes elementos do ambiente e dos equipamentos.
Internet das coisas
A Internet das Coisas engloba uma série de tecnologias e dispositivos que permitem o compartilhamento de informações por meio da internet. Na prática, equipamentos e sensores são conectados à rede, coletando e transmitindo dados em tempo real para um software que pode armazenar e analisar todas as informações.
Essa conexão também permite que esses dispositivos possam ser monitorados e controlados remotamente um grande ganho para a indústria. As máquinas do chão de fábrica podem transmitir para o sistema de gerenciamento todos os dados sobre seu desempenho, como temperatura, ciclos de trabalho, volume de produção, consumo energético, entre outros indicadores.
Impressão 3D
A prototipagem via impressoras 3D multiplica as possibilidades de uso dentro da manufatura, não só no momento da produção, mas também no planejamento e testes das peças.
A impressão 3D permite que modelos exatos sejam replicados e reproduzidos para garantir que a peça final seja perfeita.
Big Data Analytics
Big Data Analytics se refere a sistemas superpotentes capazes de coletar e analisar um grande volume de dados, algo impossível para um profissional dar conta.
Essa ferramenta permite usar as informações que estão sendo coletadas no chão de fábrica para gerar insights, fazer previsões de mercado, entre outras aplicações estratégicas.
Marketing Industrial
Esse marketing serve para atender empresas da Indústria. Esse marketing tem como objetivo pensar em ações inteligentes, que gerem resultado no setor industrial. Além de agregar valor aos produtos oferecidos e melhorar a posição do negócio no mercado. Em conclusão, o setor industrial brasileiro é muito importante, ele é um dos maiores geradores de empregos no Brasil, além de fortalecer todo o setor de produção.
Esse setor é tão poderoso, que ele consegue impactar os demais setores da economia. A indústria também oferta os melhores salários para seus trabalhadores. Os trabalhadores de outros setores com ensino superior ganham, em média, R$ 5.887. No setor de indústria, o valor é 31,7% maior, R$ 7.756. Ocorre o mesmo com trabalhadores com ensino médio completo. A indústria paga R$ 2.434 na média para esse perfil de colaborador, um valor é 14,3% maior do que em outros segmentos.
Operações Sustentáveis
A sustentabilidade é uma pauta antiga no mundo dos negócios, especialmente para as indústrias. A sociedade tem cobrado um posicionamento das empresas quanto à pauta ambiental e sustentável. As regulamentações estão ficando cada vez mais rigorosas e os consumidores buscam por empresas comprometidas com a natureza e como as decisões do negócio vão impactar o meio ambiente e o seu futuro.
Muitas indústrias já estão implantando em seus planejamentos anuais a sustentabilidade. Indústrias mais engajadas com o tema é uma forte tendência para os próximos anos.
HIGHLIGHTS
“Apesar do ano de 2020 ter sido marcado pela pandemia do novo coronavírus, com diversos decretos de suspensão de atividades, restrições aos atendimento presenciais, e uma crise econômica e social que atingiu de norte a sul o país, após analisar os principais dados do portal da indústria conseguimos avaliar que o setor conseguiu minimizar os grandes efeitos colaterais da crise, apesar de ainda possuir alguns indicadores que não chegaram aos níveis pré pandemia, além de ser um setor extremamente sensível e dependente do mercado externo. Apesar disso, é um segmento crucial para a economia nacional, com expressiva participação. No que tange inovação o setor apresenta boas perspectivas e tendências que no longo prazo vão impactar o setor positivamente.”
Vinícius Ribeiro – Business Analyst II
Sigilo e disclaimer
Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
RAY MARKET SOUND
Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br