Instituições de Ensino – Q1.2023

INTRODUÇÃO


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A análise de Instituições de ensinos é dividida em suas 3 principais frentes, que são:

 

  • Instituições de Ensino Básico
  • Instituições de Ensino Superior
  • Instituições de Ensino Continuado

 

Em cada um dos mercados terão análises macroeconômicas, análise interna do setor. As tendências serão abordadas para o mercado de instituições de ensino de maneira geral. Basicamente teremos um overview completo desse setor com dados mais específicos sobre as 3 frentes de atuação.

 

É importante salientar que essa análise foi desenvolvida em Janeiro de 2023, época em que ainda não foram lançados os anuários e dados concretos dos anos de 2022, afinal, o ano de 2022 acabou de se encerrar, por isso, utilizamos dados referentes a 2021, que iremos substituí-los pelos dados atualizados assim que estiverem disponíveis.

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Brasil e Mundo

Penetração por Região
Outros Dados
Índices que Envolvem o Setor
Fusões e Aquisições
Top Players
Perfil do Consumidor
Subnichos
Covid x Setor
Importação e Exportação
Principais Países
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Apps
Novos Produtos
Highlights

INSITUIÇÕES DE ENSINO BÁSICO

ANÁLISE MACROECONÔMICA

MUNDO

O mercado de instituições de ensino básico no mundo deve crescer significativamente nos próximos anos, principalmente com a digitalização dos processos educacionais. A pesquisa Global Market Insights diz que o mercado alcançou US$ 4,9 trilhões em 2022, com um crescimento de 7% ao ano.

O crescimento se deve ao fato de as instituições de ensino básico estarem se modernizando e adotando soluções digitais para melhorar a experiência dos alunos e professores. A ascensão da educação a distância e do ensino híbrido também contribuirá para o crescimento desse mercado.

As principais tendências que devem impactar o mercado incluem a adoção de soluções de aprendizagem baseadas em nuvem, plataformas baseadas em Inteligência Artificial, IoT, aprendizagem com gamificação e realidade aumentada/realidade virtual. Essas soluções ajudarão as instituições de ensino a melhorar a experiência dos alunos e a tornar o ensino mais eficiente e atraente.

O mercado também se beneficiará do aumento dos investimentos dos governos em infraestrutura educacional, como novas escolas, laboratórios, bibliotecas e tecnologia de última geração. Além disso, as políticas públicas de educação, como a inclusão de crianças de todas as classes sociais, devem impulsionar o crescimento do setor.

  1. Estados Unidos: Com cerca de 60 milhões de alunos matriculados em instituições de ensino básico em 2022, os Estados Unidos serão o maior mercado de nicho do mundo. O gasto total previsto do governo federal com educação em 2022 é de US$ 781 bilhões, o que corresponde a aproximadamente 10% do PIB do país. 

Nos Estados Unidos é organizada a partir de uma estrutura de ensino público de três etapas: a educação primária (elementar), a educação secundária (secundária) e a educação superior (universitária). A educação primária se divide em educação pré-escolar (pré escolar) para crianças de até 5 anos de idade, ensino fundamental para crianças de 5 a 13 anos de idade e ensino médio para jovens de 14 a 18 anos. A educação secundária é realizada em escolas públicas e privadas e é composta por colégios, comunidades e universidades.

  1. China: A China é o segundo maior mercado de ensino básico do mundo, com cerca de 41 milhões de alunos. O custo chinês com educação em 2022 é de US$ 632 bilhões ( 5% do PIB).

A educação na China é dividida em duas etapas: a educação primária (elementar) e a educação secundária (secundária). A educação primária abrange crianças de 6 a 11 anos de idade, enquanto a educação secundária abrange jovens entre 12 e 15 anos. A educação primária e secundária na China é realizada em escolas públicas, comunidades e universidades.

  1. Índia: A educação básica na Índia é organizada a partir de uma estrutura de ensino público de três etapas: a educação infantil (de 4 a 6 anos), o ensino fundamental (de 7 a 10 anos) e o ensino médio (de 11 a 14 anos). A educação infantil e o ensino fundamental são oferecidos em escolas públicas, particulares e comunidades. O ensino médio é oferecido em escolas públicas, privadas, comunidades e instituições de ensino profissional.

O terceiro maior mercado de ensino básico do mundo, com cerca de 34 milhões de alunos matriculados, gastou com educação em 2022 US$ 274 bilhões, o que corresponde a cerca de 3% do PIB do país.

 

  1. Brasil: Já o Brasil é o quarto colocado, com cerca de 28 milhões de alunos matriculados em 2022. O gasto total previsto do governo brasileiro com educação é de US$ 207 bilhões, o que corresponde a cerca de 5% do PIB do país. 

A educação básica no Brasil é organizada a partir de uma estrutura de: Educação infantil (de 4 a 5 anos), o ensino fundamental (de 6 a 14 anos) e o ensino médio (de 15 a 18 anos). A educação infantil é oferecida em creches, que são instituições públicas ou privadas. O ensino fundamental e o ensino médio são oferecidos em escolas públicas, privadas e particulares.

  1. Japão: A educação no Japão é organizada a partir de uma estrutura de três etapas: Educação infantil (de 4 a 5 anos), o ensino fundamental (de 6 a 15 anos) e o ensino médio (de 16 a 18 anos). A educação infantil e o ensino fundamental são oferecidos em escolas públicas, particulares e comunidades. O ensino médio é oferecido em escolas públicas, privadas e comunidades.

O quinto maior mercado de ensino básico do mundo, com 23 milhões de alunos. O gasto total previsto do governo japonês com educação é de US$ 212 bilhões, o que corresponde a cerca de 5,5% do PIB do país.

Em cada um dos mercados terão análises macroeconômicas, análise interna do setor. As tendências serão abordadas para o mercado de instituições de ensino de maneira geral. Basicamente teremos um overview completo desse setor com dados mais específicos sobre as 3 frentes de atuação.

É importante salientar que essa análise foi desenvolvida em Janeiro de 2023, época em que ainda não foram lançados os anuários e dados concretos dos anos de 2022, afinal, o ano de 2022 acabou de se encerrar, por isso, utilizamos dados referentes a 2021, que iremos substituí-los pelos dados atualizados assim que estiverem disponíveis.

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% de aumento de vendas nas redes varejistas.

Escolas Internacionais referência de Ensino Básico

A lista das melhores escolas do mundo varia de ano a ano e depende de diversos critérios, como o desempenho em provas, o nível de ensino, a inovação, a equidade e a satisfação dos alunos e pais. Algumas das escolas frequentemente consideradas como as melhores incluem:

Finn Hill Junior High School, Kirkland, Washington, EUA: Uma escola pública de ensino fundamental e médio, conhecida por seu ensino inovador e personalizado, incluindo programas de aprendizagem baseados em projetos.

Raffles Institution, Cingapura: Fundada em 1823, esta escola secundária é conhecida por sua excelência acadêmica, com ênfase em ciências, matemática e pesquisa.

Harkness School, Exeter, Nova Hampshire, EUA: Esta escola particular de ensino médio é conhecida por seu sistema único de ensino baseado em discussões em pequenos grupos, que estimula a participação ativa dos alunos.

St. Paul’s School, Londres, Reino Unido: Fundada em 1509, esta escola secundária é conhecida por sua tradição acadêmica e pelo seu rigoroso programa de ensino em ciências, humanidades e artes.

International School of Geneva, Suíça: Esta escola internacional é conhecida por seu ensino multicultural e multilíngue, oferecendo programas de ensino em inglês, francês e alemão.

BRASIL

No Brasil, o ensino básico é obrigatório para todos os alunos entre 6 e 14 anos de idade. Existem programas de ensino básico para alunos com deficiências especiais e para aqueles que não falam português como língua materna.

O mercado de instituições de ensino básico no Brasil é vasto e diversificado, abrangendo desde escolas públicas até escolas privadas de prestígio. As escolas públicas são administradas pelo governo federal, estadual ou municipal e são gratuitas para os alunos. Embora a qualidade do ensino varie de acordo com a região, as escolas públicas geralmente enfrentam desafios financeiros, falta de recursos e baixos níveis de remuneração para os professores.

Já as escolas privadas são administradas por organizações não governamentais e cobram mensalidades dos alunos. As escolas privadas geralmente oferecem um ensino de qualidade superior ao das escolas públicas, com recursos e infraestrutura mais avançados. Algumas escolas privadas de prestígio também oferecem programas internacionais e bilíngues, além de uma ampla gama de atividades extracurriculares.

O mercado de ensino básico no Brasil está em constante evolução, com o surgimento de novas escolas e a implementação de novas tecnologias e metodologias de ensino. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como a falta de recursos para escolas públicas, a desigualdade educacional entre regiões e a necessidade de melhorias na formação de professores.

Em geral, o mercado de instituições de ensino básico no Brasil é dinâmico e competitivo, oferecendo uma ampla variedade de opções de ensino para pais e alunos.
Fonte: Britannica

No Brasil existem atualmente 182.468 escolas de educação básica ativas, sendo 23,14% escolas privadas, somando um total de 42.226.

As escolas, distribuídas em todas as regiões do Brasil, têm maior concentração no estado de São Paulo.

Os alunos estão distribuídos em todas as regiões do país. Novamente, como se vê na imagem abaixo, a maior concentração se encontra na região sudeste.

A maioria dos alunos da educação básica estão nos anos fundamentais e a maior concentração está no sudeste. São 47.874.246 alunos entre escolas estaduais, federais, municipais e privadas.

Na distribuição por etapa, a grande maioria dos alunos estão na etapa fundamental, seguido dos alunos de educação infantil e do ensino médio.

O Brasil conta com um total de 2.212.018 professores, destes 23,3% são professores de escolas privadas e 76,7% são professores em escolas públicas. Mais de 85% dos professores cursaram o ensino superior, entretanto, nos anos finais do fundamental e médio apenas 56,8% e 63,3% respectivamente lecionam em sua área de formação.

Os professores, de maneira geral, sofrem com baixos salários e dupla – quando não tripla – jornada com a intenção de somar remuneração. Isso influencia na qualidade do ensino, uma vez que não disponibilizam tempo para preparo da aula.

Além dos docentes, o Brasil conta com 161.426 diretores na educação básica. Mais da metade exercem o cargo exclusivamente por indicação e 13,4% por ser proprietário ou sócio da escola em que atuam.

A atual situação do mercado, educação e do ecossistema educacional básico apresenta desenvolvimento. A gestão escolar é descentralizada, tem baixa profissionalização e se divide em diferentes perfis, favorecendo as estratégias de expansão por aquisições dos grupos educacionais. As escolas e alunos da rede privada permanecem em crescimento e o comportamento do mercado tem favorecido o surgimento de novas empresas.

O número de escolas privadas vem subindo nos últimos anos em uma taxa média de 1,72% por ano, como mostra o gráfico abaixo, mesmo passando por períodos de recessão e alta incerteza econômica.

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Taxa de crescimento por ano com o número de alunos

OUTROS DADOS

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Fonte: INEP

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INDICADORES QUE ENVOLVEM O SETOR

A Taxa de Analfabetismo:
É um indicador que mede a porcentagem da população adulta que não sabe ler e escrever. É geralmente calculada com base em dados censitários ou de pesquisas de amostra representativa da população.

Essa taxa é considerada um indicador importante de desenvolvimento social e econômico, pois reflete o nível de exclusão e falta de habilidades básicas da população. O inverso da Taxa de Analfabetismo é a Taxa de Alfabetização.

No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2019, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 6,6% (11 milhões de analfabetos).

A taxa de 2018 havia sido 6,8%. Esta redução de 0,2 pontos percentuais no número de analfabetos do país, corresponde a uma queda de pouco mais de 200 mil pessoas analfabetas em 2019.

A Região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (13,9%). Isto representa uma taxa aproximadamente, quatro vezes maior do que as taxas estimadas para as Regiões Sudeste e Sul (ambas com 3,3%). Na Região Norte essa taxa foi 7,6 % e no Centro-Oeste, 4,9%.

A taxa de analfabetismo para os homens de 15 anos ou mais de idade foi 6,9% e para as mulheres, 6,3%. Para as pessoas pretas ou pardas (8,9%), a taxa de analfabetismo foi mais que o dobro da observada entre as pessoas brancas (3,6%).

Fonte: Fonte: gráfico mais recente do IBGE sobre analfabetismo

No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio, passou de 47,4%, em 2018, para 48,8%, em 2019.

Também em 2019, 46,6% da população de 25 anos ou mais de idade estava concentrada nos níveis de instrução até o ensino fundamental completo ou equivalente; 27,4% tinham o ensino médio completo ou equivalente; e 17,4%, o superior completo.

O nível de instrução foi estimado para as pessoas de 25 anos ou mais de idade, pois pertencem a um grupo etário que já poderia ter concluído o seu processo regular de escolarização.

IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica): É uma ferramenta importante para monitorar a qualidade da educação básica no Brasil e para alcançar o objetivo de oferecer uma educação de qualidade para todos.

O indicador varia de 0 a 10 e é calculado de acordo com o desempenho dos alunos no Saeb e a taxa de aprovação. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o índice caiu de 5,9 em 2019 para 5,8 em 2021. Já no 9º ano do ensino fundamental, avançou de 4,9 para 5,1 no mesmo período. No ensino médio, o Ideb ficou estacionado em 4,2

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O índice não indica que a educação melhorou na pandemia no caso de alunos do fim do ensino fundamental ou piorou no ensino médio. Parte das escolas adotaram a aprovação automática de alunos na pandemia, o que pode aumentar artificialmente o índice e prejudicar a análise de dados do Ideb. Além disso, a porcentagem de alunos que fizeram a avaliação do Saeb foi mais baixa.

A participação de menores estudantes na avaliação do Saeb por conta da pandemia distorce o resultado. Isso porque, eventualmente, os alunos que conseguiram participar das provas são melhores e os que têm menos condições de estudo podem ter ficado de fora dos testes.

A taxa média de insucesso na educação básica é maior no ensino médio. Chegou a 11,9% no 2º ano nas escolas públicas:

 

FUSÕES E AQUISIÇÕES

SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica):

É um sistema de avaliação do desempenho dos alunos e escolas no Brasil. O SAEB foi criado em 1995 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e é aplicado a cada dois anos para avaliar a qualidade da educação básica no país.

O SAEB inclui avaliações de leitura, matemática e ciências, e os resultados são usados para monitorar o progresso da educação básica no Brasil e para identificar áreas que precisam de melhora. Além disso, os resultados do SAEB também são usados para avaliar o desempenho dos professores e escolas, e para orientar as políticas de educação no país.

LÍNGUA PORTUGUESA
A pontuação média do aprendizado em língua portuguesa para alunos do 2º ano do ensino fundamental caiu de 750 pontos em 2019 para 725,5 pontos em 2021. Ou seja, 24,5 pontos a menos.

A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica substituta, Clara Machado da Silva Alarcão, disse que a pandemia de covid-19 deixou “lacunas” para a alfabetização. Afirmou que a queda era esperada pelo contexto.

A proporção de alunos com problemas na alfabetização passou de 15,5% em 2019 para 33,8% em 2021. No gráfico abaixo, são considerados alunos com déficit na língua portuguesa aqueles que são dos grupos “nível abaixo de 1″ até “nível 2″.


De acordo com o relatório, 8 Estados ficaram acima da média nacional em língua portuguesa: Ceará, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

MATEMÁTICA
A pontuação média dos alunos de 2º ano também foi pior em matemática. Saiu de 750 pontos em 2019 para 741 pontos em 2021.

 

Há 14 Estados que ficaram acima da média. Em contrapartida, 9 unidades ficaram distantes da linha média do país: Amapá, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins.

Despesa Per Capita: quantidade de recursos financeiros investidos por estudante.
A despesa per capita com educação no Brasil era de cerca de R$ 2.000 a R$ 3.000 por ano.

É importante destacar que esta despesa varia de estado para estado e que existem muitas iniciativas para aumentar a despesa per capita com educação no Brasil, a fim de melhorar a qualidade da educação e aumentar o acesso a ela.

Infraestrutura escolar: O indicador “Infraestrutura escolar” é uma medida usada para avaliar as condições físicas e de equipamentos das escolas. É composto por uma série de fatores, tais como a disponibilidade de água potável, energia elétrica, esgoto, acessibilidade, salas de aula adequadas, bibliotecas, laboratórios, áreas de recreação, entre outros.

Esse indicador é importante porque reflete a qualidade do ambiente escolar e pode afetar diretamente a aprendizagem dos alunos. Além disso, uma infraestrutura escolar inadequada pode ser um obstáculo para a atração e retenção de professores qualificados e para a realização de atividades extracurriculares.

INVESTIMENTOS

1. Investimento de R$ 2,1 bilhões para melhoria da infraestrutura do ensino básico, no ano de 2020: O investimento tem como objetivo melhorar a qualidade de ensino nas escolas públicas brasileiras, modernizando a infraestrutura e dotando as escolas de mais recursos para o ensino de qualidade.

2. Investimento de R$ 1,5 bilhão para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em 2019: O programa visa a oferta de cursos técnicos, qualificação profissional, capacitação e empreendedorismo para alunos de baixa renda, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida desses alunos.

3. Investimento de R$ 100 milhões para o Programa de Combate à Evasão Escolar, em 2018: O programa tem como objetivo reduzir o índice de Evasão Escolar nas escolas públicas brasileiras, com iniciativas como o aumento do número de professores em sala de aula, melhorias na infraestrutura escolar e a criação de programas de incentivo à permanência na escola.

PLAYERS

10 melhores escolas do Brasil no Ideb 2021 (1º ao 5º ano)

Escola de Ensino Fundamental Francisca Diogo Gomes (Massapê, Ceará)
Escola Municipal Antônio Silvano Balacó (Pires Ferreira, Ceará)
Centro Educacional Rural (Pires Ferreira, Ceará)
Escola Municipal José Alves de Sena (Ararendá, Ceará)
Escola Municipal José Eneas Pinheiro (Milhã, Ceará)
Escola Municipal Prefeito Raphael Cláudio de Araújo (Mucambo, Ceará)
Escola Municipal Joaquim José Monteiro (Cruz, Ceará)
Escola Municipal Macário José de Farias (Cruz, Ceará)
Escola Municipal Francisco Ricardo da Silva (Mucambo, Ceará)
Escola Municipal Maria Vânia Farias Linhares (Mucambo, Ceará)
O Estado também se destaca na avaliação dos anos finais do ensino fundamental, que compreendem as turmas de 5º ao 9º ano: das 10 melhores escolas do Brasil nesse nível, 8 são cearenses.

A maior nota do Ideb 2021 (9,1) foi da Escola de Ensino Fundamental Joaquim José Monteiro, na cidade de Cruz, no Norte cearense; seguida pelo Centro de Educação Infantil e Fundamental (CEIF) Edval Araújo da Silva, que obteve 8,9 no índice.

Considerando os anos finais, 70 das 100 melhores escolas do Brasil são do Ceará.

10 melhores escolas do Brasil no Ideb 2021 (5º ao 9º ano)

Escola Municipal Joaquim José Monteiro (Cruz, Ceará)
Centro de Educação Infantil e Fundamental Edval Araújo da Silva (Novo Oriente, Ceará)
Escola Municipal Alzira Maria de Araujo (Pires Ferreira, Ceará)
Escola Municipal Firmino José (Ararendá, Ceará)
Escola Municipal João Evangelista da Cruz (Cruz, Ceará)
Escola Municipal Pedro Marques da Cunha (Cruz, Ceará)
Escola Municipal 03 de Dezembro (Ararendá, Ceará)
Escola Municipal Santa Cecília (Cruz, Ceará)
Escola Municipal Professora Janaina Mercia Freire Silva (Custódia, Pernambuco)
Escola Municipal de Educacao Basica Engenheiro Guttenberg Breda Netto (Coruripe, Alagoas)
10 melhores escolas do Brasil no Ideb 2021 (Ensino Médio)

Escola de Aplicacao do Recife (Pernambuco)
Escola Preparatória de Cadetes Do Ar (Minas Gerais)
Colegio Tiradentes Ijui (Rio Grande do Sul)
Colégio Tiradentes Passo Fundo (Rio Grande do Sul)
Colégio Militar de Fortaleza (Ceará)
Colégio Tiradentes Santa Maria (Rio Grande do Sul)
Escola de Aplicação Professora Ivonita Alves Guerra (Pernambuco)
Presidente Vargas Etec (São Paulo)
Irmã Agostina Etec (São Paulo)
Eeep Adriano Nobre (Ceará)

Nota do Ideb:
A média padronizada dos estudantes é obtida a partir das proficiências médias em Língua Portuguesa e Matemática alcançadas na Prova Brasil ou no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Observe que os valores são aproximados e podem variar de acordo com a região. Além disso, há muitas outras escolas de excelência no Brasil que não foram mencionadas aqui.


PERFIL DO CONSUMIDOR

De maneira qualitativa podemos afirmar que o perfil do consumidor deste mercado é basicamente formado por pais e responsáveis que procuram um ensino de qualidade para seus filhos. Eles costumam estar preocupados com fatores como a excelência da instituição, o custo-benefício, a reputação, as instalações, os espaços para recreação e as atividades oferecidas.

Os consumidores também consideram a localização da instituição e outros fatores como a segurança e os transportes para garantir que seus filhos cheguem à escola de forma segura. Além disso, os pais e responsáveis querem ter certeza de que seus filhos estarão em um ambiente saudável e acolhedor onde poderão desenvolver suas habilidades acadêmicas e sociais.

SUBNICHOS

Escolas Públicas: São escolas financiadas pelo governo e oferecem educação gratuita para todos os alunos. Elas seguem currículos estabelecidos pelo governo e têm como objetivo garantir acesso à educação básica para todas as crianças. Embora a qualidade da educação possa variar, escolas públicas são uma opção viável para muitas famílias com orçamentos limitados.

Escolas Privadas: São escolas que não são financiadas pelo governo e cobram mensalidades dos alunos. Elas têm mais liberdade para escolher o currículo e oferecer programas diferenciados, mas também têm o desafio de arcar com seus próprios custos financeiros. Escolas privadas tendem a ter menor número de alunos por classe e mais recursos disponíveis, o que pode levar a uma melhor qualidade de ensino.

Escolas Religiosas: São escolas que se baseiam em uma determinada crença religiosa e incluem ensino religioso em seu currículo. Algumas escolas religiosas são financiadas pelo governo, enquanto outras são privadas e cobram mensalidades.

Escolas Bilíngues: São escolas que oferecem ensino em duas línguas, com o objetivo de desenvolver habilidades linguísticas e interculturais nos alunos. Essas escolas têm se tornado cada vez mais populares, especialmente em áreas urbanas com grande presença de comunidades estrangeiras.

Escolas Especializadas: São escolas que oferecem programas de ensino especializados em áreas como música, artes, esportes, ciências ou tecnologia. Essas escolas buscam oferecer uma educação mais aprofundada e desenvolver habilidades específicas nos alunos.

Escolas de Ensino à Distância: São escolas que oferecem programas de ensino aos alunos de forma online ou a distância. Essas escolas são uma opção para pessoas que não podem frequentar uma escola tradicional por motivos como trabalho, localização ou condições de saúde.

Escolas Internacionais: São escolas que oferecem ensino em língua estrangeira e seguem currículos internacionais. Essas escolas são uma opção para famílias que desejam uma educação internacional para seus filhos ou para alunos

FUSÕES E AQUISIÇÕES

OVERVIEW GERAL
O setor de educação registrou 19 do operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 72,7% em comparação com o mesmo período ano anterior, quando foram registradas 11 transações. Os dados constam na pesquisa da KPMG realizada trimestralmente com 43 setores da economia brasileira. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira.

Entre os grandes players do setor de educação, o destaque é a Cogna, maior grupo de ensino privado do país. A empresa é a maior compradora em número de transações dos últimos 10 anos, com 15 negócios concluídos. Este ano, a Cogna fez uma operação com a Eleva no valor de R$ 580 milhões, operação envolvendo o ensino básico.

Segundo a pesquisa da KPMG, dentre as operações dos três primeiros meses deste ano, 14 delas foram realizadas entre empresas brasileiras e outras cinco envolveram companhias estrangeiras.

“Esse crescimento no setor indica a retomada gradual das empresas de educação que começou em 2021 com os avanços da vacinação no Brasil, porém com crescimento muito acelerado no primeiro trimestre de 2022. Outro ponto relevante é o aumento das operações envolvendo capital estrangeiro no trimestre, indicando o potencial da educação brasileira frente as transações de fusões e aquisições”, analisa o sócio de educação da KPMG, Marcos Boscolo.

LEVANTAMENTO
A pesquisa da KPMG, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira, também revelou que o número de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano aumentou quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2022 foram 553, contra 375 negociadas em 2021. Em todo o ano passado, foram realizadas 1.963 operações.

“A pesquisa mostra que os processos de fusões e aquisições de empresas brasileiras continuam bastante aquecidos tanto para transações domésticas como para transações de empresas estrangeiras fazendo aquisições no Brasil. Esses números são bastante animadores para o ano, apesar dos desafios que ainda se apresentam no contexto econômico local e internacional”, analisa o sócio da KPMG, Luís Motta.

Sobre os setores que mais fizeram transações, empresas de internet continuam liderando com 242, seguidas por tecnologia da informação com 83, e prestadoras de serviços com 35. Outros segmentos que se destacaram foram instituições financeiras com 26, telecomunicação e mídia com 20, hospitais e clínicas com 16, seguros com 13, e transporte com 12.

BALANÇO
O setor de educação fechou 2021 com 52 operações de fusões e aquisições, um aumento de 93% ao ano anterior. O volume de transações foi muito próximo à melhor marca histórica alcançada em 2008 quando foram fechados 53 negócios. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa realizada trimestralmente pela KPMG.

Das 52 operações fechadas no ano passado, a maioria (46) foi realizada entre empresas brasileiras e seis delas envolveram companhias estrangeiras.

COEDUCAR
Para sanar a falta de familiaridade de professores e alunos com o ensino a distância (EAD), pouca motivação para o aprendizado digital e adoção de uma metodologia pedagógica adequada ao meio tecnológico, cinco empresas digitais se uniram recentemente em uma solução integrada inédita no Brasil. A canadense D2L, que atua no mercado global de LMS (sistema de gestão de aprendizado) há 23 anos, juntou-se às parceiras Amazon Web Services (AWS), Raíz Educação, Layers e Dreamshaper no novo projeto Coeducar, um ecossistema completo para escolas de ensino básico.

A D2L entra com a plataforma, a Raíz Educação com o conteúdo, a AWS com a infraestrutura, a Layers com a comunicação e a Dreamshaper com a regulamentação e transição para o Novo Ensino Médio, que começa a ser introduzido ainda este ano.

Com 20 mil alunos já plugados de maio para cá, o grupo focou primeiro no ensino privado, mas o objetivo é chegar ao ensino público em 2023.



COVID X PANDEMIA

O vírus covid-19, que até então estava se espalhando apenas nos continentes asiático e europeu, começa a dar as caras no Brasil em meados de março de 2020. Em uma medida de contenção do vírus alinhada aos movimentos internacionais, o Brasil inicia um trabalho de fechamento dos estabelecimentos. Medida que afastou, fisicamente, milhões de jovens e crianças das escolas. A transição digital, ainda embrionária no setor educacional básico, teve de acontecer as pressas, isso porque os alunos deviam continuar os estudos mesmo estando em casa.

A tragédia evidenciou as vulnerabilidades da educação. As escolas que possuíam recursos e tecnologias conseguiram responder mais rapidamente a demanda das aulas à distância. No entanto, as secretarias que estavam despreparadas para atender os alunos remotamente na educação pública demorou para responder e algumas regiões do Brasil ficaram por meses sem uma maneira eficiente de dar aulas. Isso aumentou a discrepância entre o ensino público e privado com consequências catastróficas para esses alunos e o para a o país. No Brasil, em geral, a orientação dos professores aos alunos por meio de aplicativos e redes sociais foi a estratégia mais usada, mas a medida ainda não resolvia o problema dos alunos sem acesso a internet, que neste caso foi amenizada em algumas cidades com a entrega de materiais impressos.

Além do calamitoso problema causado na aprendizagem dos jovens e adolescentes, a Secretaria de Política Econômica (SPE) divulgou, por meio do Boletim Macrofiscal que o impacto causado pela pandemia na educação podem reverberar por 15 anos na economia brasileira.

Mais de 92% das escolas de educação básica do Brasil adotaram estratégias de ensino remoto ou híbrido. Em 2021, o 2º ano da pandemia, 8,9% das unidades de ensino básico ajustaram a data de término do ano letivo. A porcentagem foi de 43,1% em 2020. Além disso, 72,3% das escolas recorreram à reorganização curricular. Ou seja, fizeram escolhas de qual parte do conteúdo seria ou não ministrada nas salas de aula. As provas foram aplicadas de 8 de novembro a 10 de dezembro de 2021.

Cerca de 5,3 milhões de estudantes de 72.000 escolas públicas e privadas participaram. O diretor de Avaliação da Educação Básica substituto do Ministério da Educação, Rubens Campos de Lacerda Júnior, disse que a adesão foi significativa e “próxima das edições anteriores” do Saeb. A taxa de resposta caiu, em 2022, em todos os anos avaliados pelo relatório: o 5º ano do ensino fundamental, o 9º ano do ensino fundamental e o ensino médio.

O percentual mais baixo foi do ensino médio (61,4%). Caiu 14,2 pontos percentuais em relação ao documento de 2019:

 

Em resumo, a pandemia tem afetado profundamente o mercado de instituições de ensino básico, desafiando a maneira como as escolas oferecem educação e lidam com questões financeiras e de equidade

NÚMERO DE EMPRESAS DO REGIÃO

Educação primária é o nível de educação que começa logo após a educação infantil e precede a educação secundária. A meta da educação primária é fornecer às crianças os fundamentos necessários para elas serem bem-sucedidas na vida. Esses fundamentos normalmente incluem habilidades de leitura, escrita, matemática, além de bases em ciências e artes.

Educação secundária é o nível de ensino que segue diretamente a educação primária. Normalmente começa por volta dos 12 anos de idade e termina antes dos 18 anos. O objetivo deste nível da educação é preparar os alunos para a vida adulta através da aquisição de conhecimento acadêmico avançado, bem como habilidades práticas.

NÚMERO DE EMPRESAS POR FAIXA DE FATURAMENTO (CNAE)

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A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 6,6% (11 milhões de analfabetos).

28 milhões de alunos matriculados em 2022

O mercado de instituições de ensino básico no mundo alcançou US$ 4,9 trilhões em 2022, com um crescimento de 7% ao ano.

O gasto total previsto do governo brasileiro com educação é de US$ 207 bilhões, o que corresponde a cerca de 5% do PIB do país.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

A Força das Novas Entradas representa a ameaça da entrada de novos competidores no mercado, que podem influenciar no preço dos serviços oferecidos pelas demais instituições e diminuir sua lucratividade. A abertura de uma instituição desse tipo existem barreiras de preço, burocracia e entre outras questões, porém não é um tipo de negócio onde necessite um investimento para maquinários e um conhecimento técnico muito avançado, como por exemplo o mercado de construção civil.

Produtos Substitutos – Baixa

A Força da Substituição se refere à disponibilidade de serviços ou produtos oferecidos por outras empresas, que podem atender a mesma necessidade do consumidor. No setor educacional os produtos substitutos estão relacionados com outras formas de ensino básico (educação à distância, ensino híbrido etc), cursos livres e tutoriais online. Porém, atualmente é muito difícil existir um produto que substitua uma escola, seja ela pública ou privada,

Poder dos Fornecedores – Baixa

A força de fornecedores está relacionada à capacidade de parganha para com os seus clientes, como há fornecedores de sobra para esse mercado, o poder se barganha deles é pequeno. Neste mercado, os fornecedores são basicamente materiais escolares, técnicos e profissionais, como professores e outros funcionários.

Poder dos Compradores – Média

A força dos compradores refere-se à capacidade dos consumidores em influenciar o mercado por meio de sua habilidade em exigir preços baixos ou serviços mais qualificados do que os já oferecidos pelas instituições de ensino básico. Os compradores têm um poder de barganha médio, pois de fato existem muitos players para se escolher, porém há uma demanda de novos alunos muito grande, então acaba havendo um equilíbrio.

Rivalidade entre players – Alta

A força de concorrência é a competição que existe entre as instituições de ensino básico, como escolas públicas, privadas e particulares. Visto que a quantidade de escolas é enorme podemos afirmar que a concorrência é muito presente nesse mercado.

OPORTUNIDADES

Investimento em tecnologia educacional: com a chegada das plataformas digitais, cada vez mais instituições de ensino básico estão investindo em recursos tecnológicos para proporcionar aos alunos uma educação mais enriquecedora.

Oferta de cursos extracurriculares: com a chegada da demanda por experiências mais relevantes para os alunos, as instituições de ensino básico podem oferecer cursos extracurriculares que possam atender às expectativas dos alunos e fornecer-lhes habilidades práticas que podem ser úteis na vida adulta.

Fomento à inovação educacional: com as recentes mudanças na maneira como os educadores trabalham para aproximar-se dos alunos, também existe a oportunidade de fomentar uma cultura em que todos se sintam motivados a repensar o modo tradicional de ensinar e aprender.

Parcerias interdisciplinares: as instituições também buscam parcerias interdisciplinares com outras organizações onde possam adquirir expertise para melhorar o ensino e aprendizagem dos seus alunos.

AMEAÇAS

Competição existente

As instituições de ensino básico estão na luta constante por alunos e, assim, oferecem serviços cada vez mais competitivos, o que pode resultar em custo baixo para as empresas por meio do aumento da concorrência no mercado.

Escassez de recursos: A maioria das escolas não tem acesso a recursos suficientes para oferecer serviços de qualidade, o que significa que elas não podem atender às necessidades educacionais dos alunos e/ou podem ter uma má imagem quando se trata de ensino básico.

Contratação de professores qualificados: Um dos principais objetivos das escolas é ter professores qualificados, mas encontrar pessoas com habilidades adequadas é um desafio devido à falta de recursos para contratar e treinar profissionais qualificados.

Desenvolvimento tecnológico: As novas tecnologias estão mudando rapidamente como trabalham as escolas e a maneira como os alunos consumem os conteúdos de forma rápida e precisa. No entanto, infraestruturas inadequadas podem limitar o potencial dessas tecnologias para educar os alunos de maneira eficaz.

Questões políticas: O ensino básico está sujeito a frequentes mudanças políticas, o que torna o setor instável e difícil de prever sua evolução futura em vista da agenda governamental vigente. Isso pode afetar negativamente os negócios das empresas relacionadas a este setor.

Ameaças legais: as escolas muitas vezes estão sujeitas a um complexo conjunto de leis, regulamentos e políticas locais, estaduais, federais e globais que regem questões relacionadas à privacidade, segurança da informação e outros assuntos relacionados à educação. Elas também correm o risco de ser processadas por infrações dessas leis, o que pode ter um impacto significativo em sua operação diária.

INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

ANÁLISE MACROECONÔMICA

BRASIL

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), o mercado de educação superior no Brasil conta com mais de mil instituições, sendo que cerca de 70% são universidades particulares. O número total de alunos matriculados em 2021 foi estimado em cerca de 8 milhões, dos quais aproximadamente 48% estudam em instituições privadas.

Segundo dados da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN), as universidades com maior número de alunos são: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP).

Apesar do grande número de alunos matriculados, o índice médio nacional de conclusão dos cursos superiores tem sido cada vez menor nos últimos anos. Segundo um estudo feito pelo Conselho Nacional da Educação (CNE), apenas 16% dos alunos brasileiros concluem seus cursos dentro do tempo previsto. Além disso, outro relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que os brasileiros têm uma taxa muito baixa na comparação internacional.

Outra preocupação séria é a desigualdade social na educação superior brasileira. As universidades particulares cobram taxas mais altas que as universidades públicas, tornando-se inacessíveis para os estudantes oriundos das classes socioeconômicas mais baixas. Além disso, há também pouca diversidade racial e social entre os professores e funcionários dessas instituições.

Apesar desses desafios, existem várias iniciativas sendo tomadas pelo governo para melhorar o mercado educacional brasileiro. Por exemplo, o Programa Nacional de Acesso a Cursos Superiores (PRONATEC) tem lutado para fomentar a educação superior no país oferecendo bolsas parciais para estudantes carentes e financiando projetos voltados à formação acadêmica nos estados brasileiros. Além disso, várias leis foram aprovadas recentemente visando à melhoria da qualidade desses cursos.

 

Podemos concluir que em 2021 houveram uma grande oferta de instituições de ensino superior no país de maneira geral, incluindo instituições privadas e públicas, com 2564 instituições oferecendo 41.895 cursos diferentes. Além disso, tivemos um elevado número de ingressos nas instituições, com 3.945.091 pessoas entrando para estudar. O número de matrículas também foi alto, com 8.987.120 pessoas matriculadas em cursos. Finalmente, houveram 1.327.325 concluintes de cursos em 2021, o que indica uma taxa de sucesso significativa na educação superior no país.

INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADO NO BRASIL

Em 2021 houve uma grande oferta de instituições de ensino superior privadas no Brasil, com 2251 instituições oferecendo 30920 cursos diferentes. Além disso, houve um elevado número de ingressos nas instituições, com 3.452.830 pessoas entrando para estudar, ou seja, 87% de todos os ingressos em instituições de ensino superior foram de instituições de ensino superior.

O número de matrículas também foi considerável, com 6.908.214 pessoas matriculadas em cursos. E obtivemos 1.107.906 concluintes de cursos, o que indica uma ótima taxa de sucesso na educação superior privada no Brasil.

INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PÚBLICO NO BRASIL

Em 2021 existiam 313 instituições de ensino superior público oferecendo um total de 10975 cursos. Isso representa um número pequeno de instituições e cursos disponíveis para os estudantes, se comparados com as instituições privadas. Além disso, o número de ingressantes nas instituições foi de 492.261, o que equivale a 13% do total, apesar de ser um número pequeno, na prática vemos muito interesse mostrando um grande interesse dos alunos em ingressar no ensino superior público brasileiro, por serem gratuitas e na sua maioria têm um nível de ensino regular.

As matrículas também aumentaram para 2.078.906 e os concluintes foram 219.419, mostrando que houve uma boa taxa de conclusão dos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior públicas brasileiras.

PRINCIPAIS INDICADORES DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADO






NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

Vamos analisar o número de instituições de ensino superior nos últimos anos, para realizar essa análise, podemos utilizar os dados de instituições de ensino superior disponíveis no Censo da Educação Superior do Ministério da Educação.

Esses dados mostram o número total de instituições de ensino superior por ano, bem como os tipos (públicas e privadas). Isso nos permite comparar o número de instituições entre os anos para avaliar se houve crescimento ou queda.

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Comparando os números de 2017 com os de 2021 (mais atualizados disponíveis) notamos que em 2017 existiam 296 IES (Instituições de Ensino Superior) públicas e 2.152 IES privadas. 5 anos após houve um crescimento de 17 IES públicas e 109 IES privadas. Crescimento de 5,05% por parte da rede privada e de 5,74% por parte das públicas, um crescimento extremamente parecido de maneira percentual.

Quando começamos a segmentar um pouco mais, conseguimos extrair ainda mais informações, logo, para isso iremos analisar o seguinte gráfico:

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O que há de interessante são as proporções de cada tipo de IES, claramente as faculdades são uma maioria, em segundo são os centros universitários, em seguida são as universidades e em último lugar ficam as IFs e Cefet.

Para ficar mais palpável iremos explicar o que são cada umas dessas instituições:

Faculdade: é uma instituição de ensino superior, geralmente privada, que oferece cursos em várias áreas do conhecimento. Elas são autorizadas pelo governo a conceder diplomas de graduação e oferecer programas de pós-graduação.

Centro Universitário: é uma instituição de ensino superior que oferece curso de graduação, pós-graduação e programas especiais. Geralmente, esta instituição tem um enfoque mais prático nos seus cursos do que as faculdades regulares.

Universidades: são instituições acadêmicas com atribuições para ministrar cursos superiores, pós-graduações, pesquisa científica e extensão cultural. Essas instituições são reconhecidas pelo governo e só podem ser criadas por lei federal ou estadual.

IF e Cefet: o Instituto Federal (IF) é uma rede nacional formada por diversos campi em todo o Brasil que oferecem cursos técnicos e tecnológicos gratuitamente para a comunidade local. O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) é um centro estadual de educação tecnológica responsável pela formação básica dos alunos para as áreas técnicas na indústria brasileira.

Instituições de educação superior públicas são universidades, colégios e outras organizações que fornecem ensino superior sob o controle do governo. Estas instituições podem ser federais, estaduais ou municipais, dependendo de qual nível de governo as controla. As instituições federais são geralmente controladas por um departamento específico no governo federal, enquanto as instituições estaduais e municipais geralmente são administradas por departamentos específicos nos governos estaduais e locais.

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Quando falamos das IES públicas sabemos que a predominância são de instituições federais, e muito próximo em segundo lugar estão as estaduais, e por último, são as Municipais que vem diminuindo gradativamente nos últimos 5 anos.

Financeiro

GERAL

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PRIVADO

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PÚBLICO

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Algumas informações chave ficam nítidas através da análise desses 3 gráficos. A primeira é que o fluxo de caixa das públicas é muito maior, muito provavelmente pelos seus tamanhos, as instituições federais costumam ter diversos prédios e milhares de funcionários.

Falando dos funcionários, nas IES públicas eles são responsáveis por quase metade dos custos e nas privadas, gira em torno de 25%. A receita das privadas são em sua maioria “próprias” e as públicas por “transferência”.

Cursos

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Analisando o gráfico acima nota-se um crescimento sempre constante, porém não muito alto, pois em 5 anos aumentou em torno de 17% o número de cursos totais.

É de se esperar que o número de cursos seja diretamente proporcional ao número de instituições de ensino superior, o que percebemos é que a proporção entre particulares e públicas se mantém mas o crescimento é diferente nos últimos anos (2020 e 2021) onde existe uma queda de IES, graças à pandemia, e os cursos mantém uma crescente possivelmente por uma movimentação natural do mercado de absorver os alunos/clientes das IES que faliram, também houveram muitas faculdades online que impulsionaram, além de cursos inovadores que são incorporados nos últimos anos.

Inserimos o gráfico à seguir para facilitar a comparação e a visualização dos pontos já mencionados:

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Em 2021:

Entendo a proporção de número de vagas por área conseguimos dizer quais são as 

3 principais áreas gerais para cada tipo de instituição de ensino superior, logo:

Para as IES públicas Federais:
Educação
Engenharia, produção e construção
Negócios, administração e direito

Para as IES públicas Estaduais::
Educação
Negócios, administração e direito
Engenharia, produção e construção

Para as IES públicas Municipais::
Educação
Negócios, administração e direito
Saúde e Bem-estar

Para as IES privadas::
Negócios, administração e direito
Educação
Saúde e Bem-estar

Para mais detalhes acesse o dashboard:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNjUzZjU2YzItY2VlZC00MzcwLTk4OWYtODMzNWEyNzJkM2ZhIiwidCI6IjI2ZjczODk3LWM4YW

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VAGAS E INGRESSANTES

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A partir desse gráfico conseguimos visualizar o que já tínhamos falado anteriormente, do crescimento das aulas online, principalmente no ano de 2020 por causa da pandemia. Outro ponto interessantíssimo é que nas IES privadas o número só aumenta e em 2021 já representava mais de 75% dos cursos totais, no outro extremo estão as IES públicas, com ênfase na federal, que diminui percentualmente a quantidade de cursos EaD, 2017 eram 12% e em 2021 apenas 8%

As proporções entre cada tipo de IES não é novidade mas é de se esperar um tendência muito parecida do número de ingressantes com relação ao número de cursos, perceba que os dois obtiveram um crescimento constante nesses 5 anos, e uma evolução de 18% para o número de ingressantes e de 17% para o número de cursos, ou seja, estão diretamente ligados.

Através de dados fornecidos pelo INEP, observamos que as colunas se mantém muito parecidas ao longo dos anos e a principal categoria, que é de vaga nova, tem como maneiras de entrar o vestibular (66%), em seguida o ENEM (21%) e outras formas (totalizando 13%). Essas informações fazem bastante sentido quando juntamos com a quantidade de IES públicas (minoria) e privadas (maioria).

Fica muito claro que as faculdades públicas são dominadas pelas faculdades, e com números muito menos expressivos, estão as IFs, Cefet e Faculdades. Já nas privadas os centros universitários vêm se tornando cada vez mais comuns ao longo dos anos, tendo uma proporção muito similar às universidades e as Faculdades obtiveram uma queda expressiva nesses 5 anos.

Em 2021, curiosamente pedagogia é o curso número 1 quando destacamos o número de ingressantes mas se pararmos para analisarmos com cuidado, a pedagogia abrange qualquer área de ensino, desde saúde até artes, logo, faz sentido ter mais alunos do que cursos mais específicos. Administração chega extremamente próxima aos números da pedagogia e em seguida estão direito, enfermagem e gestão de pessoas, nessa ordem.

OUTROS DADOS:

Em 2021 nas instituições de ensino superior:
Os estrangeiros correspondem à 7046
Os deficiêntes correspondem à 24064
54,5% são compostos por pessoas brancas
43,2% por pessoas pretas
2,3% por amarelos/indígenas
1.627.817 homens
2.317.274 mulheres

Idades

PERFIL DO CONSUMIDOR

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Docentes

De 2017 até 2019 o número se mantém em torno de 330 mil, mas nos anos durante e após a pandemia eles caem claramente por volta de 5%, ou seja, 2020 temos 314 mil e em 2021 alcançamos a casa dos 315 mil. Podemos esperar uma retomada desses valores mas talvez não alcance o que era antes, até pelo forte crescimentos de aulas EaD, que tem número muito maior de vagas por docente.

Como já era de se esperar, o número de docentes corresponde à quantidade de IES e de cursos fornecidos por categoria. Porém, enquanto a quantidade de docentes das públicas comparado às particulares é quase meio a meio, o número de IES públicas em 2021 corresponde a apenas 13,8% do número total, demonstrando um número desproporcional de docentes por IES.

Dados interessantes sobre as especializações dos docentes e outras características:


Idades


ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

Com o avançar das tecnologias educacionais, novos concorrentes têm surgido na área da educação superior oferecendo forma de ensino inovadoras, flexíveis e baratas a estudantes do mundo todo . Isso acaba criando uma maior competitividade entre as instituições existentes já presente no mercado, fazendo com que elas tenham que adotar novas estratégias de marketing para conseguir atrair o maior número possível de alunos em meio à forte concorrência. Apesar disso, vale lembrar que essas instituições tem uma credibilidade maior que essas alternativas de ensino, por isso, classificamos como média.

Produtos Substitutos – Média

A educação online é uma das principais ameaças às instituições de ensino tradicionais. Muitas vezes, ela pode ser considerada como uma alternativa mais barata e prática à educação presencial, pois permite que os alunos ganhem as mesmas habilidades sem precisar frequentar aulas presenciais e se deslocaram até o local da universidade. Pórem, ainda não tem o mesmo valor agregado para o mercado e consequentemente para os alunos também.

Poder dos Fornecedores – Baixa

Os fornecedores desempenham um papel importante para as instituições de ensino superior. Esses fornecedores não tem um poder de barganha tão grande, visto que empresas de materiais de estudo, estruturais e entre outros tem um número de empresas muito grande, logo menor poder de barganha.

Poder dos Compradores – Média

Os compradores desempenham um papel importante nas decisões das instituições de ensino superior. Alunos e seus pais são os principais compradores para essas instituições. Por isso, as instituições têm que trabalhar muito para garantir que seus serviços sejam atrativos para estes clientes finais. Os compradores têm um poder de barganha médio, pois de fato existem muitos players para se escolher, porém há uma demanda de novos alunos muito grande, então acaba havendo um equilíbrio.

Rivalidade entre players – Alta

As instituições de ensino superior estão cada vez mais competindo entre si por alunos. Isso pode ser visto com a divulgação da oferta acadêmica, assim como promoções para atrair novos alunos. Também há uma pressão sobre o preço dos cursos e outros serviços que as instituições oferecem, pois os alunos estão sempre à procura dos melhores preços. Lembrando que essa concorrência é uma realidade maior para as instituições privadas.

OPORTUNIDADES

Oferecer cursos online

O ensino superior online cresceu 13 vezes mais rápido do que os cursos presenciais nos últimos dez anos. Segundo a Code and Theory, o aumento da tecnologia colaborativa, bem como a pandemia da Covid-19, tornaram o ensino superior online mais popular do que nunca. As universidades estão atualmente oferecendo cursos de graduação e pós-graduação inteiramente online para estudantes em toda parte do mundo.

Investir na experiência dos alunos:
As universidades precisam investir em recursos e metodologias que melhorem a experiência dos alunos no ensino superior. Investimentos em tecnologia educacional para melhorar serviços acadêmicos e administrativos, bem como desenvolver programas de mentoria e orientação estudantis são fatores importantes para desenvolver uma experiência positiva para os alunos.

Promover programas interdisciplinares:
Muitas universidades estão adotando abordagens interdisciplinares para sua educação superior, permitindo a flexibilidade de combinar diferentes áreas de estudo num mesmo curso de forma organizada por disciplinas. Isso possibilita que os alunos tenham um conhecimento holístico sobre diversas disciplinas específicas e áreas do saber, preparando-se melhor para encontrar soluções inovadoras para problemas reais no mercado de trabalho atual.

Fomentar serviços de consultoria profissional:
Os serviços especializados de consultoria profissional são cada vez mais valorizados pelas empresas modernas e podem ser oferecidos pelas universidades tanto a seus alunos quanto às empresas locais e regionais com objetivo de fomentar o desenvolvimento dessas empresas e incentivar o talento local.

Desenvolver parcerias educacionais:
As parcerias educacionais entre universidades com outras instituições educacionais podem ser extremamente benéficas para ambas as partes envolvidas, pois ela possibilita a troca interinstitucional de conhecimento acadêmico, laboratorial e tecnológico entre as instituições participantes . Além disso, ela permite que os alunos possam ter experiências diversificadas nas universidades parceiras e ampliar seus horizontes acadêmicos e profissionais a longo prazo

AMEAÇAS

Competição de custo

A crescente competição de custo entre as instituições de ensino superior pode reduzir o valor percebido e a qualidade dos serviços.Com o aumento do número de faculdades particulares, os alunos têm uma variedade mais ampla de opções disponíveis para eles. Esta tendência tem pressionado as instituições de ensino superior a oferecerem preços mais baixos, resultando numa redução dos orçamentos das escolas.

Inovação tecnológica: O surgimento da tecnologia digital revolucionou o setor da educação, tornando possível o aprendizado remoto e virtual em vez do aprendizado presencial tradicional em salas de aula. Essas mudanças tecnológicas também permitiram que outras plataformas oferecessem cursos online e gratuitos, gerando uma competição intensa no setor da educação.

Financiamento: O financiamento é um dos principais fatores que têm impactado as instituições de ensino superior nos últimos anos. O estrangulamento do orçamento federal para a educação tem feito com que muitas universidades e faculdades reduzam seus fundos destinados à pesquisa e à expansão acadêmica, assim como à qualidade do ensino que elas fornecem.

Acessibilidade: Embora haja um esforço crescente para melhorar a acessibilidade à educação superior, muitas pessoas nos países em desenvolvimento não têm formais direitos à educação devido às barreiras financeiras ou geográficas existentes na região em que vivem. Além disso, muitos outros grupos sócio-económicos não têm acessibilidade devido à falta de informações sobre programas governamentais existentes para prover financiamento para a educação superior.

Estrutura regulatória: Os regulamentos governamentais atuais são geralmente inadequados para lidar com as novas tendências no setor da educação superior, particularmente aqueles relacionados com programas on-line e cursos livres (MOOCs). Muitas vezes os processos regulatórios são demasiadamente rigorosos ou desatualizados quando comparados com os avança rápidos dentro dessa área específica da educação.

INSITUIÇÕES DE ENSINO CONTINUADO

ANÁLISE MACROECONÔMICA

A educação continuada, realidade no Brasil desde os anos 70, é uma forma de ensino baseada no constante aprendizado, promovendo oportunidades para o desenvolvimento dos alunos enquanto profissionais e indivíduos. Hoje, a concorrência acirrada e a volatilidade do mercado profissional tornaram necessária a educação contínua para qualquer profissional se destacar.
Assim como a educação continuada traz uma leva de benefícios para o profissional que está imerso nessa modalidade, como desenvolvimento de novas competência, excelência técnica e operacional, também é importante para os colaboradores e empresas, bem como a criação de times de alta performance, com melhores resultados e maior produtividade.

Por parte das instituições de ensino, a educação continuada é presente por meio de:
Cursos de extensão;
Pós-graduação;

Já por parte das empresas, é presente por meio de:
Reciclagem;
Cursos livres;
Cursos técnicos;

Pós-Graduação

A pós graduação é um dos principais modelos de educação continuada no Brasil, sendo feita após a conclusão de um curso do Ensino Superior (bacharelado, licenciatura ou tecnólogo).

Essa graduação é uma forma de aprofundar temas que foram abordados na graduação, de maneira a se especializar no assunto. Entre os benefícios de uma pós-graduação, temos o aumento de remuneração, maior reconhecimento na área, maiores chances de empregabilidade e desenvolvimento de networking dentro da área.

De 2020 para 2021, houve um aumento de 4,8% no número de alunos matriculados em alguma especialização. Esse crescimento foi puxado pela rede pública, com acréscimo de 46,4% das matrículas. Nos cursos de mestrado, o aumento no mesmo período foi de 8,4%, sendo 3,4% na rede privada e 11,5% na rede pública.

De 2020 para 2021, o acréscimo de alunos matriculados em cursos de doutorado foi de 37,4%, com equilíbrio entre as redes privada e pública: 36,1% de crescimento na primeira e 37,8% na segunda.

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O que extraímos desses gráficos é que a rede privada é muito forte em especialização e a pública em mestrado e doutorado. Porém, a especialização em 2021 teve 1,12 milhão de alunos ainda cursando só nas redes privadas, e o mestrado e doutorado somados chegam a um pouco mais que 300 mil alunos, ou seja, uma disparidade muito grande. Isso pode acontecer pela facilidade de começar um curso de especialização, o que não é tão acessível como um mestrado e muito menos um doutorado.

Fica claro por meio dessa tabela que em todos os cursos os alunos que concluíram alguma pós-graduação recebem salários melhores do que as que apenas concluíram o ensino superior. Com certeza o fato de ter realizado uma pós afeta diretamente no salário, porém é bom lembrar que os profissionais que já finalizaram uma pós-graduação normalmente tem uma idade mais elevada em comparação com aqueles que concluíram o ensino superior apenas, logo, os pós-graduados tem mais tempo de carreira.

Concluindo que as 2 principais variáveis que afetam o salário são o tempo de carreira e seu nível de escolaridade (pós-graduação ou apenas o ensino superior).

Cursos de Extensão

Os cursos de extensão universitária são oferecidos no Brasil em 2.300 instituições de ensino superior, e são cursos que não possuem validade acadêmica, mas são oportunidades de desenvolvimento de conhecimentos em diversas áreas de atuação.

Para a inscrição nos cursos, não é necessário diploma em ensino superior e vínculo com a faculdade que o oferece, sendo uma oportunidade de formação em um curto período (aproximadamente 3 meses), de forma a complementar a graduação.

Não podemos considerar cursos de extensão universitária como pós-graduações, uma vez que são de curta duração e focados no aperfeiçoamento, especialização e aquisição de conhecimento em novas áreas de formação.

RECICLAGEM, CURSOS TÉCNICOS E CURSOS LIVRES

Os cursos de reciclagem são qualificações que agregam nos currículos após o cumprimento da graduação ou de um curso profissionalizante, sendo considerado um aperfeiçoamento profissional. Os cursos são importantes para acompanhar as mudanças de mercado e promover evolução na carreira.

Os cursos técnicos abrangem uma enorme variedade de opções (13 eixos tecnológicos), e são a forma mais rápida de conquistar uma profissão e se alocar no mercado de trabalho. São cursos muito focados na parte prática e muitos deles oferecem certificações intermediárias, que possibilitam o acesso a vagas de emprego.

Os cursos livres são mais focados no desenvolvimento pessoal do indivíduo, principalmente no que tange a evolução das soft skills (habilidades pessoais estratégicas) sendo um aprendizado de curta duração com aplicabilidade rápida/imediata.

Estes são regidos sobre legislação, mas não são regulamentados pelo MEC. Por sua legislação, o curso livre não faz exigência de nenhuma formação anterior específica, podendo ser realizado por praticamente qualquer pessoa, tampouco tem carga horária mínima ou fixa definida, ficando definida, então, por conta do profissional ou instituição que oferta o conteúdo.

CURSOS MAIS BUSCADOS NA INTERNET:

PRINCIPAIS TEMAS
Embora não haja uma lista oficial dos temas mais consumidos no Brasil, existem algumas áreas e temas que são populares entre os estudantes brasileiros. Aqui estão alguns exemplos:

Desenvolvimento web e programação: Cursos que ensinam habilidades em linguagens de programação como HTML, CSS, JavaScript, Python e outras são muito populares entre os estudantes brasileiros. Esses cursos ensinam habilidades valiosas para quem deseja trabalhar na área de tecnologia ou criar um negócio online.

Marketing Digital: Com o crescimento do comércio eletrônico e das mídias sociais, os cursos de marketing digital são cada vez mais procurados pelos estudantes brasileiros. Esses cursos abrangem habilidades em SEO, mídias sociais, e-mail marketing, anúncios online, entre outros.

Idiomas: Aprender um novo idioma é uma habilidade valorizada em todo o mundo e os cursos online de idiomas são muito populares no Brasil. Cursos em inglês, espanhol e francês são os mais procurados.

Finanças: Cursos online que ensinam habilidades em finanças pessoais, investimentos e finanças corporativas são populares entre os estudantes brasileiros. Esses cursos ajudam a desenvolver habilidades valiosas para gerir o próprio dinheiro e planejar o futuro financeiro.

Saúde e bem-estar: Cursos que ensinam habilidades em nutrição, atividade física, yoga, meditação e outras áreas relacionadas à saúde e bem-estar também são populares entre os estudantes brasileiros. Com a pandemia da COVID-19, esses cursos se tornaram ainda mais procurados.

IMPACTO DO SETOR NA PANDEMIA

Com a chegada da pandemia do Covid-19, o ensino, como um todo, teve que se reestruturar para o ensino totalmente remoto. No que tange a educação continuada, os impactos foram menores quando comparado aos da educação básica e superior, devido à adequação ao modelo híbrido e a distância previamente à pandemia. Por isso, as empresas e instituições que já possuíam estas modalidades conseguiram se adaptar melhor à nova situação.

A adaptação ao ensino EAD trouxe uma maior facilidade e flexibilidade no que tange o acesso aos materiais de pesquisa e economia de tempo de deslocamento e combustível, mas, por outro lado, a falta de acesso à internet de qualidade, a falta de habilidades para manusear as tecnologias, e a mínima interatividade das aulas dificulta a qualidade de ensino e deixa mais evidente a desigualdade entre os alunos.

EAD x Ensino Remoto Emergencial
A oferta de cursos lecionados por Ensino à Distância vêm aumentando cada vez mais, sendo mediada por tecnologias em que discentes e docentes estão separados fisicamente. Nessa modalidade, é necessário um planejamento e uso de estratégias de forma a possibilitar uma estrutura informacional adequada, suporte técnico aos professores e estudantes e a alocação desses no ambiente virtual, e o treinamento contínuo em tecnologia aos professores.

Diferentemente do EAD, o ensino remoto emergencial, que vêm sendo realizado no contexto da pandemia do Covid-19, é ofertado sem planejamento, treinamento e com limitações de tempo, ocasionando o baixo desempenho acadêmico e o aumento da evasão dos estudantes.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Pelo fato de não haver um alto custos de entrada no setor de ensinos continuados, a barreira de entrada é baixa, o que facilita a entrada de novos players.

Produtos Substitutos – Alta

Por conta da baixa barreira de entrada e, por isso, muitos concorrentes, há várias possibilidades de cursos relativamente semelhantes em outras instituições/empresas.

Poder dos Fornecedores – Alta

Devido à necessidade de os docentes necessitarem um maior grau de graduação, o poder de fornecedores se torna alto pois a oferta é menor.

Poder dos Compradores – Alta

Os compradores podem exigir melhor qualidade e cobrar maior prestação de serviços uma vez que existe concorrência.

Rivalidade entre players – Alta

Por conta da baixa barreira de entrada e alta quantidade de produtos substitutos, podemos considerar a rivalidade entre players alta.

OPORTUNIDADES

O mercado de instituições de educação continuado, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Treinamento em habilidades digitais
Com a crescente digitalização de vários setores, as habilidades digitais estão se tornando cada vez mais importantes. O setor de ensino continuado pode fornecer treinamento em habilidades digitais, como programação, análise de dados, marketing digital e gestão de projetos.

Incentivos governamentais
A SEE (Secretaria de Educação e Esportes) fará da formação continuada seu principal foco de atuação e investimento, como forma de inclusão social e a promoção da melhoria do ensino.

Cursos online e educação a distância
Com a crescente demanda por flexibilidade e conveniência, o ensino online e a distância estão se tornando cada vez mais populares. O setor de ensino continuado pode fornecer cursos online e educação a distância para atender a essa demanda.

Programas de educação executiva
O setor de ensino continuado pode oferecer programas de educação executiva para profissionais experientes que desejam se manter atualizados sobre as tendências em sua área e desenvolver novas habilidades para aprimorar sua carreira.

 

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Entrada no mercado de trabalho
Pela necessidade e anseio de entrar o quanto antes no mercado de trabalho, principalmente para os estudantes de rendas mais baixas, a educação continuada e o aprendizado contínuo são escanteados pelos empregos.

Ticket médio
Pelo fato de a maioria dos modelos de ensino continuado serem privados e seu ticket médio ser relativamente alto, em períodos de crise econômica, como o que o Brasil se encontra, cursos de aprendizado contínuo não são uma prioridade, por serem considerados uma demanda elástica.

Credibilidade e qualidade
Para ter sucesso, o setor de ensino continuado precisa fornecer programas de alta qualidade e credibilidade. Qualquer escândalo ou falha em fornecer uma educação de qualidade pode levar a uma perda de confiança do público e danificar a reputação da instituição.

Tecnologia
A tecnologia está mudando rapidamente a forma como as pessoas aprendem e acessam informações. Instituições de ensino continuado que não se adaptarem às mudanças tecnológicas podem ficar para trás e perder a oportunidade de atingir novos públicos.

Mudanças regulatórias
Mudanças nas leis e regulamentações governamentais podem ter um impacto significativo no setor de ensino continuado. Qualquer mudança pode afetar os requisitos de credenciamento, requisitos de licenciamento e padrões de qualidade.

TENDÊNCIAS

PANORAMA DOS PRÓXIMOS ANOS

Grupos educacionais e o cenário favorável para o mercado de educação
Afora a Pandemia que desacelerou circunstancialmente o crescimento do setor de educação no Brasil, o momento é propício. Investidores que anteriormente foram atraídos pelas políticas de acesso do ensino superior estão se voltando para a educação, enxergando oportunidades que estão se traduzindo em um mercado aquecido.

As movimentações já aconteciam previamente. Contudo, o evento-referência na virada de grandes grupos educacionais para educação acontece com o impedimento da fusão entre Kroton e Estácio pelo Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2017. Uma transação avaliada em R $5,5 bilhões. À época, o ocorrido aliado a alta concentração das matrículas em poucos players, indicava uma evidente saturação no setor.

Neste cenário, surge um consenso sobre oportunidades de negócio na educação. De lá até aqui, inúmeras movimentações relevantes no mercado aconteceram. Cito algumas como exemplo: aquisição da Somos pela Cogna (ex Kroton), novos grupos começam a ganhar espaço como Bahema, Rede Decisão, Inspira Rede de Educadores e Camino Education. IPO da Arco Educação e da Vasta Educação, troca de ativos entre Cogna e Eleva Educação e mais recentemente a aquisição dos sistemas de ensino COC e Dom Bosco pela Arco, abertura de capital da Cruzeiro do Sul e a intenção de IPO da Eleva Educação e do Grupo SEB para escolas Maple Bear e perfil de escolas Premium.

Para pouco mais de 2.000 universidades privadas no Brasil, temos mais de 40.000 escolas particulares. O mercado descentralizado favorece as aquisições, isso acelera a estratégia de crescimento nos grandes grupos educacionais. As escolas contam com excelente LTV, receita previsível, uma vez que o ticket é conhecido ao longo do tempo, boa retenção e baixa inadimplência em condições normais.

Para além das escolas particulares, existem empresas editoriais e soluções B2C que atendem dependências administrativas públicas. Somadas, as escolas representam um mercado educacional e um ecossistema educacional de mais de 180 mil instituições de ensino e um universo de 47 milhões de alunos.

PLATAFORMAS
1. Blackboard Learn: É uma plataforma de aprendizagem desenvolvida para suportar professores, alunos e funcionários da escola. Oferece ferramentas para criar, organizar e compartilhar conteúdo, bem como ferramentas de avaliação, tarefas e muito mais.

2. Moodle: É uma plataforma completa de aprendizagem que oferece recursos básicos como cursos online, fóruns de discussão, projetos colaborativos, testes e quizzes interativos.

3. Schoology: Esta plataforma online permite aos professores criar cursos com seu próprio conteúdo e também fornece soluções personalizadas às necessidades da escola. Possui recursos para que os alunos e professores possam colaborar uns com os outros dentro do mesmo ambiente virtual online.

4. Canvas: Esta plataforma possui um conjunto completo de ferramentas para tornar o aprendizado ainda mais envolvente e intuitivo entre alunos e educadores. Oferece praticamente todos os tipos de recursos necessários em um ambiente educacional moderno – desde visualização de grade até notificações em tempo real sobre atividades dos alunos e gerenciamento de tarefas pedagógicas complexas.


TENDÊNCIAS DE CONSUMO
1. Experiência do aluno: as instituições de ensino estão buscando cada vez mais enfatizar a experiência do aluno como elemento fundamental para o sucesso acadêmico. Isso inclui desenvolver planos de aula interativos, aplicativos e processos de aprendizagem personalizados, bem como oferecer serviços de orientação e suporte para os alunos.

2. Desenvolvimento profissional: as instituições estão tendendo para oferecer cursos que auxiliem no desenvolvimento profissional dos alunos, como habilidades de liderança e gerenciamento, capacitação em tecnologia digital, entre outras.

3. Ensino à distância: com o avanço da tecnologia, muitas instituições estão incluindo o ensino à distância em seus portfólios com o intuito de proporcionar aulas online para os alunos e melhorar a flexibilidade em termos de horário e localização.

4. Recursos de áudio-visual: as últimas tendências também incluem investir nos recursos audiovisuais com objetivo de estimular uma participação maior nos processos educacionais. Estimular os alunos através da visualização das aulas ajuda a melhorar o entendimento dos conteúdos abordados e despertar o interesse na aprendizagem.

APLICATIVOS
Coursify: O Coursify é um aplicativo inovador que permite que os alunos inscrevam-se e preencham automaticamente as informações de seu curso, acompanhem o progresso de atividades, e tenham acesso a tutoriais, vídeos e materiais educacionais.

MySchoolApp: O MySchoolApp é um aplicativo móvel que fornece informações relevantes sobre as instituições de ensino para os estudantes. Ele permite que os alunos fiquem conectados à sua instituição, monitorando notícias importantes, datas importantes do calendário acadêmico, horários dos cursos e eventuais alterações nos programas acadêmicos.

Soluto: Um aplicativo de gerenciamento de tarefas e conteúdo educacional que permite que professores interajam com alunos, compartilhem conteúdo, organizem tarefas e obtenham análises em tempo real.

Duolingo: um aplicativo de aprendizagem de idiomas que usa jogos e desafios para ensinar novos idiomas de forma divertida.

Khan Academy: um aplicativo com uma vasta coleção de vídeos e recursos educacionais gratuitos em matemática, ciências, economia e muito mais.

Quizlet: um aplicativo de estudo que permite criar e compartilhar flashcards e jogos de estudo personalizados.

EdX: uma plataforma de ensino online com mais de 2.500 cursos de universidades de todo o mundo.

Estes são apenas alguns dos muitos aplicativos de educação disponíveis e cada um deles oferece uma abordagem diferente para o ensino e o aprendizado.

HIGHLIGHTS

A conjuntura do mercado que está se formando ao redor da educação, nos dá a dimensão do tamanho do crescimento que vamos presenciar nos próximos anos no setor educacional. Quando se trata de oportunidades de negócios temos inúmeros lacunas a serem preenchidas e bastante espaço para expansão. Vamos visualizar uma enormidade de inovação e testemunhar abundantes mudanças na educação. Na maneira de ensinar, aprender, avaliar, na dinâmica escolar e na forma de administrar e fazer negócios.

 

Os movimentos de mercado, os grandes grupos, o surgimento de novos grupos, o crescimento e migração das escolas e na base de alunos e o crescente aumento das edtechs com as mais diversas soluções são indícios de um setor em ascensão. Sem negligenciar, é claro, a pandemia que evidenciou inúmeras vulnerabilidades e deixou muitos problemas que persistirão por um longo período.

 

Com amplos hiatos a serem resolvidos, oportunidades e um mercado em franca evolução, a criação do mercado & educação surge com o intuito de agregar e discutir sobre notícias, dados e informações do mercado, educação e o ecossistema educacional básico, a fim de acompanhar e dar visibilidade aos desdobramentos desta empreitada.”

 

Pedro Rocha, Product Analyst

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