Calçados

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Moda

O mercado de moda movimenta, em média, R$ 200 bilhões por ano. De acordo com a Fiesp, são mais de 6 bilhões de peças comercializadas a cada 12 meses. O país conta com uma das maiores redes varejistas de roupas e acessórios do mundo. Segundo dados do Empresômetro, empresa especialista em inteligência de mercado, o Brasil tem mais de 1 milhão de varejistas formalizados de roupas e acessórios, representando 5,53% de todas as empresas ativas do país.

A Região Sudeste conta com a maior concentração de varejistas de roupas, com mais de 460 mil empresas; somente São Paulo congrega mais de 250 mil. Na Região Sul, o Rio Grande do Sul tem no mercado mais de 80 mil negócios. A Bahia, o maior estado da Região Nordeste, conta com mais de 60 mil empreendimentos nessa atividade.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

REGIÃO SUDESTE DOMINA MAIS DE 50% DO MARKET SHARE DO SEGMENTO 

CALÇADOS NO BRASIL

Segundo o ITC (2019), o Brasil ocupa a 20ª posição no ranking mundial de produtores de calçados, em razão da baixa competitividade, com participação de US$ 1,085 bilhão.

A produção brasileira de calçados, desde o ano de 2018, vinha em uma trajetória relativamente estável, 2019 foi um ano marcado pelo crescimento, atingindo a produção de 935,5 milhões de pares. Com a crise em 2020, os panoramas gerais do setor calçadista retomaram os do ano de 2015.




IMPACTO DO COVID-19

A pandemia do Covid-19 prejudicou a grande maioria dos setores econômicos mas, alguns deles acabam por sofrerem mais. No caso da moda, como um todo, a queda acumulada em 2020 foi de quase 23%, na comparação com 2019, fazendo com que os varejistas de moda fossem obrigados a baixar preços. Pela primeira vez desde 1998, o setor de vestuário registrou deflação de 1,1%.

No setor de calçados, a pandemia causou uma queda de -18,4% na produção.

A rápida transformação digital e crescimento do E-Commerce foram fundamentais para a diminuição do prejuízo causado pela pandemia.

E-Commerce

Com o mundo enfrentando uma situação de pandemia, podemos observar o crescimento exponencial das vendas online, tanto em 2020 como em 2021.

Em 2020 podemos observar o crescimento de 40% do comércio digital, com 2021 seguindo a mesma tendência e já evidenciando um crescimento de 22,05% em relação ao ano anterior.

Os E-Commerces vem sendo tendência para o mercado de moda e estar presente neles vem sendo cada vez mais primordial para a saúde financeira das empresas, assim como também para o acesso da marca ao consumidor final.

Variações de porcentagem de faturamentos

No período analisado de 2014 a 2020 o E-commerce apresentou um crescimento superior à sites, ao setor de varejo e ao PIB do país.

Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, vender calçados online tem sido um negócio lucrativo e, do E-commerce feminino, o setor calçadista se encontra no 3º mais comprado, atrás de livros e artigos de moda.

EXPORTAÇÃO

Apesar de ser um dos principais produtores de calçados, quando entramos na questão de exportações, o Brasil se encontra em 20º lugar no ranking, ocupando uma parcela de 0,74% da exportação mundial.

Atualmente, os principais destinos dos calçados brasileiros são EUA, Argentina, Alemanha, França e Paraguai.

Em 2020, o comércio de exportações de calçados brasileira sentiu o impacto da chegada da pandemia, sofrendo queda de 21,1% em comparação com 2019.

Apesar de os valores atuais ainda estarem abaixo dos pré-pandêmicos, o aumento de 22,8% no ano de 2021 evidencia a recuperação do setor.

Os países listados abaixo, são, segundo o Índice de atratividade para 2021, os melhores países para se exportar no ano vigente.

Para o cálculo do Índice, se leva em consideração:

  • Tamanho Brasil: valor, em Dólares, das importações de calçados de origem brasileira;
  • Dinamismo Brasil: média entre os valores, em dólares, e o percentual das importações de calçados de origem brasileira;
  • Relevância para o Brasil e Mundo: representatividade, em dólares, das importações de calçados a partir da média dos valores importados frente ao de origem brasileira;
  • Tamanho Mundo
  • Dinamismo Mundo
  • Preço médio: média entre os preços médios (US$/Kg) das importações de calçados brasileiros e mundiais;


Subíndices:

  • Tamanho de mercado
  • Saldo comercial
  • Dinamismo
  • Desconcentração de mercado
  • Market-share
  • Preço médio
  • Quantidade de mercados

IMPORTAÇÃO

 

Bem com no cenário das exportações, as importações brasileiras em 2020 também obtiveram queda. No valor, em dólares, as taxas caíram em -19,8%, e na quantidade de pares produzidos, -25,4%.

Atualmente, Vietnã, China e Indonésia se destacam como origem das importações brasileiras, representando um total de 90% (em volume) das mesmas.


O maior market-share, representando 63,9% das importações, se enquadra no material “Têxtil”, mas que também obteve queda na variação entre os anos de 2019 e 2020. O único material que teve uma variação positiva foram os “Injetados” (11,2%), que abrangem o mercado de calçados esportivos.

Empregabilidade

No ano de 2020, a indústria calçadista totalizou 247,4 mil empregos formais e 5.600 estabelecimentos fabricantes.

Por conta da crise econômica devido à pandemia do Covid-19, as indústrias calçadistas foram obrigadas a reduzir a quantidade de funcionários,  demitindo  aproximadamente 21,4 mil empregados. Pela recuperação do setor e vacinação em massa, o segundo semestre do ano foi marcado pela retomada de contratações.

Competitividade Nacional

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Por demandar um alto investimento em operação e maquinário o setor de calçados, no que tange indústria, apresenta uma barreira de entrada elevada, apesar da mão de obra barata.

Produtos Substitutos – Alta

O mercado de calçados, como um todo, apresenta a característica de fácil substituição por parte do consumidor final.

Poder dos Fornecedores- Média

Ao comprar os produtos em escala, o empreendedor pode adquirir uma maior margem de negociação, além do fato de que a matéria prima fornecida pode ser adquirida por mais de um fornecedor.

Poder dos Compradores – Média

O lojista tem um poder de barganha intermediário, que varia segundo as variáveis de mercado. O poder de branding da marca e a demanda pelo consumidor final são pontos que podem ajudar a driblar eventuais dificuldades.

Rivalidade entre players – Alta

Devido à facilidade de troca do produto e às altas quantias investidas em marketing e propaganda

OPORTUNIDADES

O mercado de calçados, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Possibilidade de deal com grande empresa de mercado

A primeira oportunidade que o mercado de moda traz consigo é a possibilidade de deals futuros, envolvendo principalmente as grandes redes, anteriormente foi citado o caso da marca NV e sua aquisição pelo Grupo Soma.

Mercado de Exportação

O mercado de exportação de calçados, apesar de altamente complexo, se mostra interessante para o setor e a depender da negócio a empresa pode vir a se beneficiar por questões cambiais, vale a ressalva que para a implementação desse modelo de negócios o gestor deve estar altamente preparado para essa empreitada.

Escalonamento Através do Meio Digital

O mercado de moda se mostra fortemente ligado à e-commerces, e isso traz consigo uma grande oportunidade de escalonamento, possibilitando uma expansão rápida de qualquer marca à todo o Brasil.

Marketing de Influência

O setor de moda se mostra como um dos setores com maior fit com o marketing de influência, fazer uso dessa estratégia tende a acelerar resultados e aumentar a penetração da marca no mercado.

Construção de Marca

O sucesso de uma marca nesse mercado se correlaciona com a efetividade com a qual a marca é construída e com a conexão que é impressa para com o cliente final, portanto, é de suma importância a atenção à esse pilar dentro da organização.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Mercado Altamente Competitivo

O mercado da moda se destaca por uma forte concorrência entre seus players, sejam eles dos mais variados portes, as marcas envoltas nesse setor tendem a apresentar dificuldades em se diferenciar das demais concorrentes e em decorrência disso acabam tendo que entrar em uma guerra por margem.

Dificuldades Logísticas

A logística nesse setor pode ser um fator diferencial, ou uma grande dor de cabeça para o gestor, grandes redes em geral conseguem apresentar um maior grau de maturidade no tocante à logística, porém o mesmo não se repete em redes de menor porte, demandando assim uma maior atenção à esse ponto.

Qualidade de Produto e Padronização

Assim como a logística, a qualidade final do produto pode se tornar uma grande pedra no sapato do gestor, não apenas ao ponto de alcançar a qualidade, mas também no ponto de que essa qualidade deve ser mantida, fornecedores e processo de produção são parte essencial ao analisar esse ponto.

Relacionamento com o Consumidor Final

Esse é mais um ponto que deve ser tratado com muita atenção, a comunicação da empresa precisa estar muito alinhada e funcionar de forma assertiva para que a marca possa de fato alçar voos ainda maiores e trazer consigo sempre uma base fiel de compradores.

TENDÊNCIAS

Marcas como agentes de igualdade e inclusão

Em 2020 se tornou ainda mais evidente a desigualdade no mundo e, por isso, o papel de agente de transformação das empresas e sua representatividade são cobradas.

Por exemplo, 68% das pessoas autodeclaradas pardas e negras não se sentem representadas pelas marcas, fazendo com que os empreendedores percam um público potencial.

É importante elaborar um plano de marketing diversa, de forma a tornar a marca cada vez mais inclusiva.

Experiência do Usuário

Com o aumento dos usuários do E-commerce em 2020, os consumidores tendem a ser mais exigentes em relação à usabilidade e experiência do usuário. 

Para 2021, o Google muda o algoritmo, de forma a utilizar o critério “Google Page Experience”, que prioriza a estabilidade das vendas, a segurança do site e a velocidade de carregamento, de forma a priorizar as lojas que dão melhor experiência ao consumidor.

Omnichannel

Tendência não só no universo de calçados, a abordagem de vendas multicanal vêm sendo bastante utilizada no comércio. Com cada vez mais usuários emergidos nas tecnologias digitais, a jornada do consumidor pode passar por vários pontos de contato, como site, redes sociais, anúncios, e-mail, entre outros.

Marketing de Influências

As parcerias com influenciadores para alavancamento do marketing teve uma variação de +16,4% entre os anos de 2019 e 2020. Essa tendência se evidencia à medida que as vendas via influencers aumentaram 670% entre as black fridays de 2019 e 2020.


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RAY MARKET SOUND

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