Construção Civil

Introdução


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ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORÂMA ECONÔMICO

Para o entendimento inicial da nossa análise, é necessário primeiramente entender o panorama geral da economia brasileira, e,  para isso, foram levantados 3 grandes pilares da nossa economia, o PIB, o IPCA (Inflação) e a taxa SELIC.

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama Econômico

Empregos
PIB do Setor
Indicadores Imobiliários
Análise de Intenção de Compra
Financiamento Imobiliário
Maiores Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Tendências Quantitativas
Tendências Qualitativas
Fim

PIB

  • Como o resultado do PIB de 2021 ainda não foi divulgado, para entender a economia nacional olhamos para a previsão da Dimac/Ipea, onde a última foi de diminuição do crescimento previsto que havia sido de 4,8% para 4,5%. Tal perspectiva é devida ao baixo dinamismo da nossa economia e a crise nacional instalada especialmente no segundo semestre. O órgão também reduziu o crescimento do PIB em 2022, que está no momento em 1,1%, demostrando que a crise econômica irá se intensificar, além disso o cenário político para um ano de eleição causa incertezas para a economia, causando uma maior insegurança quanto a investimentos, que juntamente com a taxa de juros crescente traz uma forte recessão para o país.

IPCA

  • Já o IPCA, índice chave para o desempenho da inflação, teve uma grande alta em 2021, a maior dos últimos anos, finalizando o ano com uma variação de 10,06% (a maior foi em 2015, onde fechou o ano em 10,67%), ficando dentro da expectativa do IPEA, que era de 10%. Para 2022 a expectativa do IPEA é que o indicador fique em torno de 4,9%, projeção que veio crescendo nos últimos lançamentos. A alta do IPCA indica uma diminuição do poder aquisitivo das famílias, provocando uma grande baixa na economia.

TAXA DE JUROS (SELIC)

  • A SELIC é um grande indicador de mercado, visto que ele é a base da taxa de juros nacional, com o aumento da SELIC, vemos uma diminuição do volume de empréstimos e uma maior insegurança enquanto a investimentos. Dessa forma, vemos que a SELIC sofreu um grande salto em 2021, começando o ano em uma mínima de 2% e finalizando em 9,25%, ocasionando com esse aumento as consequências citadas anteriormente.  As previsões para 2022 na SELIC também não são as melhores, pois a expectativa é que ela finalize o ano em 11,75%. É válido ressaltar que este número tende a crescer, tendo em vista que as previsões seguem crescendo a semanas.

Panorama econômico global e doméstico.

O comércio internacional tem mostrado forte recuperação desde abril de 2020; Sem, contudo, ter retornado aos níveis pré-Covid-19. Os preços de commodities no mercado internacional reagiram a partir de abril, depois da forte queda no primeiro trimestre do ano, mas perderam fôlego desde setembro.

O novo aumento do número de casos de Covid-19 na Europa e em vários estados dos Estados Unidos vem sendo seguido pela retomada de medidas de distanciamento social, o que tende a afetar a atividade econômica, em particular os serviços (agosto, 2021).

Repercussão midiática (Globo)

INTRODUÇÃO

Para a análise especificamente do setor de construção civil iremos utilizar os dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os dados foram minerados principalmente de publicações do IBGE e de instituições públicas como o Caged. É interessante pontuar que os dados são referentes ao terceiro trimestre de 2021, visto que foi a última publicação de dados pelo IBGE, todos os dados referentes a efeito comparativo dos demais anos anteriores foram ajustados para a mesma faixa de tempo para uma análise fidedigna.


Veja o Dashboards RMS + CAGED

EMPREGOS

Outro indicador chave para o entendimento do setor é o de empregos gerados, entendendo que ele é um forte guia do desempenho e crescimento do setor. Quando vemos o saldo de empregos do setor nos últimos anos, os dados acompanham a evolução do PIB, mostrando uma queda significativa de 2015 – 2017. O único ponto de divergência foi em 2020, onde a crise teve origem sanitária, causando uma menor queda nos empregos e também o segundo semestre de 2020 obteve uma recuperação mais significativa, deixando o saldo do ano positivo e recuperando os empregos perdidos no primeiro semestre, os dados são do CAGED.

O primeiro dado a ser analisado para o entendimento da dinâmica do setor de construção civil é o PIB do setor, dado acompanhado pelo IBGE. Com estas informações conseguimos ter uma boa perspectiva da evolução do setor frente os anos. De antemão podemos analisar que o setor é extremamente sensível a crises, com suas principais quedas nos anos de 2015 e 2016, e com uma queda significativa também em 2020.

PIB DO SETOR




Acesse o Dashboard PIB da Construção

INDICADORES IMOBILIÁRIOS

Os indicadores do setor imobiliário são excelentes indicadores para medirmos o desempenho do setor de engenharia civil, os 3 principais são: Unidade Vendidas, Unidades Lançadas e Estoque em unidades, transpassando assim por todo o cenário imobiliário nacional. Lançamentos: houve um crescimento de 24,59% em 2021 em relação a 2019. Vendas: houve um crescimento de 42,29% em 2021 em relação a 2019. Por outro lado: queda no estoque de unidades novas disponível para comercialização: -3,39% em 2021 em relação a 2019.

O impacto do aumento das vendas e diminuição do estoque é o aumento do preço dos imóveis de maneira direta, mostrando que o mercado ainda está aquecido, além disso, é válido ressaltar que o preço do imóvel também é afetado pelo preço do material de construção
.

OFERTA FINAL (ESTOQUE)
POR REGIÃO

Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

ÍNDICE NACIONAL DE CUSTO DE CONSTRUÇÃO

O INCC é um índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas que mede o valor/preço de construções habitacionais. Nos últimos 2 anos foi observado um crescimento significativo no preço das matérias primas para a elaboração de obras, indicando novamente um aumento do preço final do imóvel ou baixa na margem por parte dos empreendedores, deixando assim o ambiente de negócios mais competitivo. Em geral, houve um crescimento de 21,34% em um ano do INCC geral em um ano e maio (comparado a jul/2020), porém quando analisado o INCC somente do material de construção (sem mão de obra), o crescimento foi de 42,45%;

gbf

Principais aumentos dentro de material de construção:

1.Vergalhão de aço;

2.Elevador;

3.Tubos de ferro e aço;

4.Tubos de PVC;

5.Argamassa;

6.Massa de concreto

7.Metais p/ Instalações hidráulicas

ANÁLISE DE INTENÇÃO DE COMPRA

Uma pesquisa feita em setembro de 2021 com mais de 1.200 pessoas indica a perspectiva de intenção de compra da população frente o mercado imobiliário. A pesquisa foi feita pela BRAIN e tem uma margem de erro de 3%, assim como um nível de significância: 95%, sendo uma pesquisa relevante para a realidade do setor.

frfrf

Desses 39%:

0
% Está visitando imóveis e stand de vendas
0
% Ainda está procurando somente pela internet
0
% ainda não começou a procurar ativamente

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

Uma boa perspectiva do movimento de compra do público consumidor é a de financiamento imobiliário, com tais dados conseguimos entender a baixa da crise de 2015-2018 e o movimento de recuperação que foi interrompido pela pandemia da COVID-19 em 2020, contudo, a expectativa é de volta ao crescimento em 2021 (no qual ainda não temos os dados) e em 2022 uma nova queda devido a crise, alta da SELIC e inflação;

Variação do
volume de financiamentos
imobiliários

MAIORES PLAYERS POR RECEITA – BRASIL


BIG PICTURE

39%
De intenção de compra

1,2
Milhões de pontos de venda por todo país

Crescimento de 13,85%
no ano de 2021

PIB do setor cresce 7% porém ainda está longe do seu pico

O sudeste foi a
maior crescimento
em oferta
18,4%

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

Barreira de entrada média tendo em vista que o segmento possui uma cadeia produtiva muito extensa e que permite entradas no segmento de maneira mais simples, como empresas de aluguéis de máquinas ou de pequenas reformas.

Produtos Substitutos – Baixa

Baixo número de rotatividade dos produtos substitutos, tendo em visto que o mercado em si atende necessidades únicas (como espaços geográficos totalmente exclusivos).

Poder dos Fornecedores- Média

Poder de barganha dos fornecedores pode ser considerado como médio, tendo em vista que as ofertas são únicas e no Brasil o mercado imobiliário é aquecido.

Poder dos Compradores – Média

Médio poder dos compradores, entendendo que certos tipos de construções e moradias são específicos, como a de luxo, por exemplo. No entanto, as opções ainda são vastas e no Brasil existem os mais variados tipos de players.

Rivalidade entre players – Alta

Alta rivalidade entre os players devido ao alto número de players e a constante alta demanda pelo serviço;

OPORTUNIDADES

O mercado de construção civil, apesar de ter sido marcado por uma baixa devido aos últimos acontecimentos econômicos, consegue encontrar algumas brechas para recolocação no mercado. Algumas delas impulsionam a geração de trabalhos para a movimentação dos desempregados no Brasil, outras têm relação direta com o poder de compra dos consumidores, enquanto algumas delas são diretamente ligadas à questões governamentais.

Alta na compra de imóveis

Após 2020 e 2021 de alta de compra em imóveis, vemos que este fato passado tende a influencia positivamente o mercado, visto que as vendas de 2021 são refletidas em obras e infraestrutura que se perdura para 2022.

Investimentos públicos no ano eleitoral

Assim como o ano eleitoral pode trazer pontos negativos e ameaças para o setor também traz pontos positivos, visto que é usual de anos de eleição que os governantes façam obras de infraestrutura, aumentando o gasto e oportunidades para o setor.

Elevado Déficit Habitacional e Carência de Infraestrutura

Com a crise o Déficit Habitacional cresceu, abre portas para o investimento público e privado em moradias, está previsto que, até o ano de 2030, seja necessária a construção de mais moradias para atender à demanda do país. Com isso, existe o estímulo à atividade da área.

AMEAÇAS

Apesar das oportunidades de evolução na área de construção civil, existem, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Crise econômica

Como visto anteriormente, observamos que a crise econômica nacional pode gerar pontos negativos para o setor, visto que o poder de aquisição das famílias está reduzido devido a inflação e além disso com a Selic alta os empreendedores ficam receosos para realizar investimentos nos seus empreendimentos.

Cenário Político

Com uma grande perspectiva de polarização nas eleições de 2022, o cenário político traz grandes incertezas para o ano, afetando assim a economia e também os setores.

Alta do INCC

Com a alta dos índices de preços, a consequência para as empresas pode ser a baixa de vendas para o ano, considerando que o preço da matéria prima sobe o preço final das obras, aumentando o preço para o consumidor final.

TENDÊNCIAS

TENDÊNCIAS QUANTITATIVAS

Como principais tendências quantitativas para o ano de 2022, o mercado de Construção Civil tende a continuar crescendo, porém em um ritmo menos acelerado. Vemos que a alta dos juros (SELIC) e da inflação faz com que o crescimento seja mais tímido do que em 2021, ficando na estimativa de 2%. O crescimento se manterá devido a alta de vendas dos últimos anos do setor, considerando que esse “boom” irá se traduzir em uma manutenção do ritmo das obras, gerando renda e empregos.

PONTOS ALTOS PARA 2022

1.Alta de compra de imóveis como ativos

2.Investimentos privados em infraestrutura

3.Investimentos públicos no ano eleitoral

PONTOS BAIXOS PARA 2022

1.Alta da taxa de juros

2.Aumento da inflação

3.Alta do INCC

TENDÊNCIAS QUALITATIVAS

Observando as principais tendências qualitativas para os próximos anos, vemos que estão entre as principais, todas aquelas que envolvem o tema tecnologia, e em como esta afetará o setor. Assim, foram levantadas algumas das principais tendências para os próximos anos:

Sustentabilidade

Segundo o estudo do World Green Building Trends 2018, os fatores que motivam futuras atividades de construção sustentável contribuem diretamente com sua implantação. Os principais foram os seguintes:

  • Demandas de clientes: 34%;
  • Regulamentações ambientais: 33%;
  • Edifícios mais saudáveis: 27%;

Ainda sobre o estudo, em 2018 foi constatado que no Brasil cerca de 21% dos projetos de construção civil continham algum elemento sustentável. No entanto, foi verificado que em 2021 este número tem a expectativa de alcançar a marca dos 42%. Ainda longe da marca de países mais desenvolvidos (acima de 60%), mas, mesmo assim, um grande salto, o que só corrobora para a ideia de que o mercado de construção civil sustentável no Brasil para a próxima década promete grande expansão.

Novos meio de vendas

Através de novas tecnologias, o setor de engenharia civil está mudando o modo de agregar valor para seus clientes. Através de óculos de realidade aumentada e de impressões 3D o setor tem conseguido promover uma boa experiência para os clientes, abrindo novas portas de vendas e expandindo as possibilidades.

Impressão 3D

Mais uma tendência é a tecnologia de modelagem 3D. Building Information Modeling (BIM) é uma sigla que pode ser traduzida como Modelagem da Informação da Construção. O processo de digitalização das obras aumenta a precisão de todos os processos, reduzindo custos, melhorando cronogramas e facilitando a auditoria da qualidade. É um software que, além de tudo, traz a facilidade e praticidade de acompanhar tudo relacionado à obra em dispositivos móveis. Assim, garante, inclusive, a economia do tempo do engenheiro, Um fato chocante é que o potencial de crescimento neste sentido é muito grande. De acordo com a McKinsey & Company, o setor de construção civil é um dos menos “digitais”, ganhando neste levantamento apenas para agricultura e caça, o que deflagra uma necessidade urgente pela digitalização.

Novos materiais

O uso de novos materiais de construção é algo que veio para ficar na construção civil. Com o aumento do custo da obra e com as inovações tecnológicas presentes nos últimos anos, vemos que novas opções de material de construção foram surgindo e ganhando espaço de mercado, exemplos disso são: o uso de drywall, steel frame e light steel frame; A modularização também está começando a ser tendência, pois, a fundação necessária é bem menor do as tradicionais o que diminui consideravelmente o preço da obra; Wood frame também pode ser tendência, mas barra na plantação das arvores para corte de madeira.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br
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