Consultoria

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA ECONÔMICO

O mercado de consultoria e gestão empresarial no Brasil vem se mostrando um setor promissor para empresas: a vocação empreendedora do brasileiro é uma fonte de novas oportunidades, visto que ao mesmo tempo que muitos negócios estão iniciando a jornada, há outros que já se firmaram e procuram renovação.

Entre esses dois extremos, há os empresários cuja ausência de algumas habilidades ou ferramentas traz falhas que podem colocar em risco o negócio de um modo geral. Diante desses casos, a procura por profissionais do mercado de consultoria e gestão tende a ser alta.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

Localização das empresas por região

Porte segundo faixa de faturamento

Distribuição por número de consultores

O que nos da indícios de grande parte das consultorias serem compostas apenas pelos donos da empresa.

Serviços que as empresas de consultoria oferecem

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ANÁLISE MACROECONÔMICA DO SETOR

Setores onde atuam os clientes das empresas de consultoria

Tendência de posicionamento estratégico do setor de consultoria para os próximos anos

Motivos que levam a contratação de empresas de Consultoria

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CONTEXTO DAS CONSULTORIAS

A partir de análises realizadas pela D&B Hoovers, podemos inferir que o mercado de consultoria está diretamente relacionado com a economia do país, principalmente com o lucro das empresas.

As consultorias estão utilizando cada vez mais tecnologias para impulsionar os resultados de seus clientes. Um dos setores que vem sendo bastante atacado pelas empresas é o segmento de Saúde, que com o crescimento de novas tecnologias vem demandando de uma maior gestão e novas soluções para melhorar sua eficiência.

As empresas tem uma forte dependência no capital intelectual de seus consultores, por isso investem pesado em recrutamento e seleção.

Com exceção das grandes firmas de consultoria, as empresas desse segmento costumam focar num determinado tipo de setor ou empresa e especializarem seu serviço.

Dois tipos de Consultoria

Consultorias de alto valor agregado, na qual os clientes têm menos certeza da solução para seu problema e dependem mais da habilidade, criatividade e intelecto do consultor para desenvolvê-las. O trabalho com Data Analytics vem trazendo um maior valor para as soluções das consultorias em gestão de diversas áreas, tais como performance financeira, hábitos do consumidor e eficiência operacional, de forma a conseguir resultados maiores tanto na parte financeira, como em processos e na estratégia de vendas.

“Segundo o CEO da empresa no País, Altair Rossato, a demanda por consultoria está forte por aqui. Com mais empresas buscando profissionalizar a gestão, realizar a transformação digital ou simplesmente sobreviver às sucessivas crises, a área de consultoria cresceu 26% no ano passado por aqui, contra 8% da Deloitte como um todo. Esses números também são maiores do que os registrados pela Deloitte global: 5,5% de expansão do faturamento geral e 7,1% na área de consultoria.”

Consultorias de baixo-custo que trabalham essencialmente com problemas e serviços que o cliente entende. Por compreenderem, sabem exatamente qual o serviço requerido e buscam consultores para resolver seus problemas. São chamadas de Consultorias de Commodities.

PERFIL DO CONSULTOR BRASILEIRO

O que vemos no mercado brasileiro de consultoria é um perfil de profissional tradicional, aquele que confia muito mais na sua experiência com outros clientes ou em outras empresas para realizar seus serviços. Já estão no mercado faz um tempo e se colocam como referência técnica para pequenas empresas, as quais prestam serviços.

Mais de 40 a 59 anos (36,5%)

Ensino Superior Completo + MBA (41,9% + 33%)

Sexo masculino (59,7%)

Trabalha em Home Office ou em Coworking (61,6%)

Dedicação Exclusiva (60,6%)

Novos KPIs para as empresas de tecnologia

Indicadores de performance são importantes para enxergarmos nossa performance passada, atual e tendência futura,  não deixando haver dúvidas a esse respeito.

Os indicadores são a matemática “gritando” em nossos ouvidos. Mas, não podemos ficar nos indicadores tradicionais. Quando falamos em indicadores tradicionais nos referimos a: faturamento, vendas, marketing, desenvolvimento e suporte.

Temos que implantar indicadores não tão tradicionais, tais como:

-Desenvolvimento de talentos;

-Nível de utilização de nossas ofertas;

-Sustentabilidade das ofertas em nossos clientes;

-Número de inovações implementadas e respectivos impactos;

-ROI das implementações;

-Crescimento do conhecimento técnico;

-Potenciais demandas disruptivas.

Desenvolvimento de talentos

Quantas pessoas elevaram sua performance individual? É perceptível que trocar pessoas em nosso segmento é complicado, mas muitos reclamam (com razão) da baixa performance de muitos integrantes.

O que temos que fazer já está evidente: implementarmos um plano de desenvolvimento onde possamos mensurar o avanço das habilidades do time. Cobrar o resultado comparando com os melhores em performance já está sendo feito e não está resolvendo. Temos que investir no desenvolvimento humano, ponto!

Nível de utilização de nossas ofertas

Ainda é baixo o número de clientes que utilizam em plenitude nossas ofertas. Talvez alguns não saibam, porque não mediram.

Um cliente com baixo nível de utilização é uma presa fácil para a concorrência, não podemos deixar isso acontecer.

Sustentabilidade das ofertas em nossos clientes

Qual o nível de nossos usuários? Aliás, é a mesma equipe do cliente que foi treinada por nós?

Estamos deixando motivos enormes para que nossa equipe de suporte não dê conta de atender aos chamados, além de estarmos propensos a aumentarmos nosso time para dar conta de todas as demandas.

Quanto menos preparados estiverem nossos usuários, pior a percepção que eles mesmos terão de nosso atendimento pós-venda.

Número de inovações implementadas e respectivos impactos

Chega de ofertas “sem graça”. Não adianta implementarmos funcionalidades porque achamos que elas irão agregar muito valor para os clientes, e para isso só temos uma solução: medirmos o impacto de nossas inovações nos clientes.

ROI das implementações

Temos que implementar uma fábrica de casos de sucesso na área de consultoria. Se não for assim, os motivos de comemoração de cada implementação se restringem a um “alívio” pelo projeto ter virado.

Absurdo. Temos todas as condições para transformar implantações em casos de sucesso, com retorno sobre os investimentos efetuados pelos nossos clientes e deixamos essa grande oportunidade passar.

Nossas implantações não podem mais ser apenas de cunho técnico, precisam ter a visão de negócio.

Crescimento do conhecimento técnico

Nossa experiência ao longo desses anos de consultoria deixa claro que a falta de conhecimento no time tem sido um dos principais fatores que impedem o crescimento das empresas, mas pouca coisa é feita de efetivo para mudar esse quadro.

Temos que acompanhar a multiplicação do conhecimento interno para soltar uma das amarras do crescimento.

Potenciais demandas disruptivas

Não é mais uma coisa bonita no que diz respeito a administração, é um fator real que está fazendo com que empresas percam clientes para outras que apresentaram um novo formato de encarar determinados processos, revolucionado o jeito de trabalhar.

Já presenciamos e é bem frustrante ver empresas perdendo seus clientes para a concorrência por eles estarem mudando o jeito de fazer o negócio (o susto não é pequeno).

Temos que estar atentos aos novos KPI´s para que não sejamos negativamente surpreendidos.

Número de empresas no setor

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Big Picture

26%
De crescimento de 2019 para 2020

R$130 bi
Tamanho do mercado de consultoria da América Latina.

Tecnologia da informação
É o setor que as empresas mais estão investindo atualmente

Conhecimento técnico
É o motivo que mais agrega na hora da compra

-19%
Foi o decrescimento em termos percentuais do mercado de consultoria na América Latina.

Gestão estratégica
É o serviço mais oferecido pelas consultorias

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

O mercado de consultoria é um mercado em que novas pessoas/empresas entrem constantemente, portanto a ameaça de novos entrantes é Alta.

Produtos Substitutos – Alta

A transformação digital vem alterando toda a gestão das empresas. A tendência é que serviços como mapeamento de processos tendam a se tornar obsoletos, portanto a ameaça de produtos substitutos é Alta.

Poder dos Fornecedores- Média

Por se tratar de um serviço, podemos dizer que a consultoria não tem fornecedores. Porém, estendendo o conceito para softwares, percebemos que esse poder de barganha é baixo, devido a competitividade desse setor.

Poder dos Compradores – Alta

Baixo poder de barganha por parte dos clientes, visto que os negócios de alto padrão do setor são escassos.

Rivalidade entre players – Alta

Forte busca pela diferenciação, eficiência e preço para conter clientes.

OPORTUNIDADES

O mercado de consultorias traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do mundo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Percepção de organização

Atrelado ainda a pandemia do corona vírus, gestores de empresas passaram a ter grande percepção de necessidade de gestão da organização. Seja ela por parte estratégica ou organizacional, passaram a buscar mais constantemente esse tipo de serviço.

Digitalização

A pandemia nos trouxe uma grande aceleração da digitalização. Empresas tiveram que realizar todo o processo num espaço de tempo ínfimo, e algumas outras ainda precisam passar por este processo.

Indicadores Tangíveis

Embora a tendência de desempenho baseado em valor não seja nova, ela está exasperada pelo clima atual. As empresas que contratam consultores em 2021 esperam ver um valor tangível de seus investimentos, colocando o valor em estratégias geradoras de taxas anteriores. Os consultores deverão implementar soluções econômicas, em vez de priorizar diagnósticos caros.

Métricas acima de tudo

Com o valor dos dados se tornando cada vez maior e mais importante, empresas estão se tornando Data driven com uma frequência crescente. Além disso, muitas estão passando a oferecer este tipo de serviço.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Forte concorrência

Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se tornam cada vez mais fortes e tendem a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players, havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.

 

Flutuação cambial

A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores financeiros das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representou altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. A área de Tecnologia da Informação (TI) é uma das mais atingidas. Afinal, muitos softwares e soluções utilizados nas corporações vêm de fora e têm seu valor em dólar convertido para o real de acordo com o câmbio.

 

Startups surgindo a todo vapor

Empresas iniciantes, que têm uma estrutura organizacional muito voltada para startups, costumam ter uma ascensão ainda maior, visto que conseguem se adaptar muito mais facilmente a realidade do momento e podem, por ventura, atrapalhar alguns planos de empresas de consultorias com maior Market Share de mercado.

TENDÊNCIAS

Transformação Digital

Esse tema vem sendo bastante tocado nos últimos anos, mas nunca com a devida importância. Como ilustrado na charge abaixo, no Instagram da ACE Startups, a crise de saúde pública proveniente do COVID-19 chacoalhou totalmente essa transformação no mercado. Serviços que são essencialmente presenciais estão em queda com a quarentena, exigindo que as empresas pensem em soluções digitais.

Todas as maiores consultorias do mundo investem pesadamente em soluções digitais. Muitas delas possuem um braço digital da própria empresa, como a McKinsey Digital, que trabalha bastante com a parte de Advanced Analytics.

A partir de pesquisa feita pela consultoria BCG com grandes executivos de empresas em todo o mundo, 9 de 10 indicam que olham para os investimentos em IA como uma oportunidade de crescimento.

Data Analytics / Customer Analytics

Com os avanços da tecnologia, o trabalho na ciência de dados vem sendo cada vez mais relevante. As empresas vêm descobrindo que conseguem exceder bastante a análise dos dados da forma descritiva. A Data Analytics é uma forte tendência para o setor de consultoria, principalmente aquelas que trabalham com vendas, marketing e estratégia, as quais conseguem obter bastante informação de seus clientes.

Uma solução possível de ser feita é a partir da metodologia RFM, “clusterizar” os clientes daquela empresa e ter estratégias comerciais focadas para cada um deles.

De Acordo com o Google Trends, as pessoas nos últimos dois anos vêm pesquisando mais sobre data analytics do que sobre mapeamento de processos, contrapondo o tradicional serviço das consultorias pelo Brasil.

Customer and Employee Experience

No mercado fala-se muito acerca de experiência, como tornar aquele seu produto uma experiência. Grandes empresas excederam esse conceito em seus mercados e se tornaram referências no Brasil, como a Reserva por exemplo. Com esses modelos, várias empresas buscam melhorar a experiência entregue para seu cliente e também para seu funcionário, muito também pelo aumento na valorização do profissional. Algumas consultorias vem surgindo com o foco de melhorarem a experiência do cliente da empresa. Como esse conceito em ascensão pode impulsionar serviços de consultorias de gestão na área de Marketing e Vendas?

De Acordo com o Google Trends, as pessoas no último ano vêm pesquisando mais sobre experiência do cliente do que sobre mapeamento de processos, contrapondo o tradicional serviço das consultorias pelo Brasil

Interdisciplinaridade

 

Trazendo como referência as maiores consultorias do mundo, todas elas focam bastante em trazer os melhores profissionais possíveis, investindo pesado em recrutamento e employer branding. Essas empresas buscam profissionais qualificados de diversas áreas do conhecimento, para que consigam agregar experiências e aprendizados diferentes dentro de um mesmo projeto. No caso das empresas juniores, por existir essa separação por graduação, uma solução são os projetos conectados. A partir da interdisciplinaridade dos projetos, as empresas juniores conseguirão trazer soluções de alto valor agregado, condizentes com as novas tendências do mercado.

Recorrência

Prática muito comum na maioria das consultorias no Brasil, porém não tão praticada no Movimento Empresa Júnior. É o modelo de recorrência, ou seja, como fazer com que seu cliente tenha seu serviço durante todo o ano, de uma forma em que ele pague uma quantia mensal pelos seus serviços, seguindo a linha das empresas de tecnologia com os serviços de streaming. Esse modelo tende a ser incorporado pelas empresas juniores, de forma que consegue trazer um impacto maior naquele cliente e uma maior previsibilidade de receita.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Games

Introdução

Compreender o cenário Brasil referente ao setor de Games em 2021, passando pelos seguintes pontos: Análise macroeconômica, análises internas do setor e tendências.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

O mercado de games teve receita 12% maior em 2020 no comparativo anual, muito por conta da pandemia de COVID-19. O dado vem de novo relatório da SuperData, braço de análise de entretenimento da Nilsen.

De acordo com o levantamento, o setor de jogos digitais teve receita de US$ 126,6 bilhões em 2020, representando os 12% a mais que no ano passado. O mercado de jogos mobile ainda é hegemônico no topo, sendo responsável 58% do faturamento anual do setor.

Distribuição do faturamento por categoria.


INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Pandemia

Top 10 – Gratuitos

Jogos de Console
Top 10 – Premium
Mercado Nacional
Ticket Médio
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDêNCIAS
Previsões
Público
Players

PANDEMIA

A receita de games foi apenas 6% maior em janeiro e fevereiro no comparativo anual, mas cresceu para 14% no restante do ano. Como o lockdown da COVID-19 teve um efeito mundialmente em março, os gastos com games dispararam e não voltaram mais”, aponta o documento.

O comportamento do usuário foi de investimento em dois setores, aponta o estudo. O primeiro foi o de games gratuitos, sendo responsáveis por 78% da receita total de 2020.

Os jogadores também investiram em jogos premium, sendo responsáveis por 28% da receita total em games. No ano passado, este setor representava somente 9% do faturamento.

Jogos Rentáveis

O game gratuito com maior receita foi Honor of Kings, o principal MOBA da Tencent e muito conhecido no mercado asiático, rendendo US$ 2,4 bilhões. Na lista ainda aparecem nomes conhecidos como Free Fire, Pokémon Go, League of Legends e Candy Crush Saga.


JOGOS DE CONSOLE

Nos consoles, nomes já consagrados aparecem no topo da lista. Call of Duty: Modern Warfare foi o título mais rentável com US$ 1,9 milhão. Contudo, na análise do SuperData, o battle royale gratuito Warzone foi incluído nesta conta. Em segundo lugar, aparece FIFA 20, com US$ 1 milhão, seguido de GTA V, com US$ 911 milhões.

INTERNACIONALIZAÇÃO

MERCADO NACIONAL

Transações financeiras feitas nas principais plataformas e consoles de jogo cresceram 140% em 2020 ante 2019, segundo um estudo feito pela bandeira de cartões Visa.

Segundo a companhia, também foi registrado um aumento de 105% na quantidade de cartões realizando compras de jogos ou extensões entre outubro de 2019 e setembro de 2020.

TICKET MÉDIO

O ticket médio gasto nas plataformas de games, no entanto, se manteve estável. Os valores giraram em torno de R$ 51. Porém, a Visa mapeou que ao longo do ano alguns períodos registraram picos. O principal deles aconteceu em março, logo no começo da pandemia, quando o valor médio gasto chegou a R$ 56,00.

“Mesmo que a flutuação do câmbio tenha sido bastante considerável durante o ano, o volume de transações de cada mês, entre maio e setembro de 2020, superou o mês de dezembro de 2019, quando o faturamento costuma crescer por conta das festas de fim de ano”, afirma Oscar Pettezzoni, diretor da Visa Consulting & Analytics.

São Paulo e Rio Dominam

A maior concentração de transações com games no Brasil ocorreu nas seguintes cidades: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). Em 2019, Belo Horizonte (MG) ocupando o quinto lugar.


Vendas de Equipamentos

A venda de chamados “periféricos gamers” também cresceu no ano passado. Segundo a HyperX, que produz equipamentos como teclado, mouse, mousepad, headset, a alta nas vendas foi de 50% no Brasil e de 107% na América Latina.

Jogos para Celular

Os jogos para celular também ganharam espaço em 2020. Se antes os chamados “gamers” (nome dado às pessoas que jogam com frequência) se concentravam nos videogames e computadores, agora eles também passaram a usar o celular, especialmente com a popularização de jogos como o Free Fire. A desenvolvedora de games Etermax teve, em 2020, um crescimento de 120% em usuários ativos diários, 25% acima da previsão original.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER


Entrantes Potenciais – Médio

Alto know how técnico sobre as áreas, porém, em alguns casos custo inicial acessível; Demanda em crescimento, o que diminui riscos e aumenta confiança para entrada de competidores.

Produtos Substitutos – Alto

Mercado bastante diverso e com números de opções variadas para substituição. Marcas tendem a não ser únicas, com isso no mercado sempre existem serviços similares.

Poder dos Fornecedores – Médio

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a percepção de diferenciação de tipos de serviços englobados pelos players de mercado;

Poder dos Compradores – Médio

Poder dos compradores, tendo em vista que certos tipos de variedades podem ser exclusivas para certos tipos de dores, no entanto há uma série de produtos para o comprador também levar em consideração.

Rivalidade entre players – Médio

Competitividade agressiva entre as marcas, marketing agressivo e margem de lucro cada vez mais apertada. No entanto, devido a grande demanda advindo do momento atual de transformações sustentáveis que o mundo busca, observa-se que possui mercado vasto para exploração.

OPORTUNIDADES

O mercado de Games, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Experiencia do cliente

O bom atendimento realmente influencia a experiência de compra do cliente na farmácia. Muitos atendentes ainda não perceberam a diferença que atender bem pode fazer para o consumidor. Porém, todo empresário do ramo farmacêutico precisa estar atento sobre como a equipe da loja está se relacionando com os clientes.

Logística otimizada 

É necessário ter uma boa gestão de estoque, para não vender um produto no marketplace e ao mesmo tempo faltar na loja física, por exemplo. Então esse processo de integração e comunicação precisa estar muito bem afinado”, explicou o CCO.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Forte concorrência

          Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se tornam cada vez mais fortes e tendem a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players. Havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.

Flutuação cambial

          A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores financeiros das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representou altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. A parte de importação acaba sofrendo bastante com essa flutuação.

TENDÊNCIAS

Um dos motivos para que os analistas pensem isso é que o mercado asiático teve considerável aumento em receita este ano, tanto no setor de jogos gratuitos (11% no comparativo anual), quanto no de games premium (20%). A China, principal mercado do continente, foi um dos exemplos de combate rápido com a COVID-19, com período curto de lockdown e mesmo assim teve boa receita em jogos em 2020.

Previsões até 2023

 No final de 2023, o faturamento do segmento de jogos no mundo deve alcançar US$ 200 bilhões. As perspectivas positivas fomentam desde empreendedores da indústria de games até investidores buscando retorno financeiro.

  Mercado mundial de games bate recorde em 2020 e deve movimentar US$ 200 bi até 2023

Público

 Se antes o mercado de games era extremamente nichado e predominantemente masculino, hoje, o cenário é completamente diferente. Para se ter uma ideia, a Pesquisa Games Brasil 2021, revelou que 51,5% do público de jogos eletrônicos do país é feminino. Essa mudança veio para mostrar que os e-sports caíram de vez no gosto do público e o segmento tem alcançado cifras astronômicas.

Players se Inserindo no Mercado

Recentemente a Magazine Luiza comprou o KaBuM!, a maior plataforma e-commerce de tecnologia e games do país, por cerca de 3,5 bilhões de reais. Já a Netflix anunciou que vai passar a oferecer jogos de celular como parte de sua assinatura.

Algumas marcas têm levado em consideração a força e importância do público gamer ao realizar as suas ações. Como fez o Tik Tok que – após identificar que o Brasil é uma das principais regiões do mundo quando o assunto é consumo de vídeos e criação de conteúdos sobre jogos

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.


RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Franquias

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

O setor de franchising no Brasil se mostra extremamente maduro, atualmente no país são mais de 3 mil marcas no país, com um faturamento total de R$ 167.187 Bilhões no ano de 2020 e um ecossistema muito sólido e desenvolvido.

O setor como um todo foi impactado pela crise do novo coronavírus, apresentando uma queda de faturamento de 10,5% no ano de 2020 em relação ano de 2019, entretanto o setor apresentou um forte aquecimento no segundo semestre de 2020 (22% de crescimento em relação ao terceiro semestre do mesmo ano).

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim


IMPACTO DA CRISE

O setor de franquias foi bastante afetado pela crise do novo coronavírus, isso se refletiu no faturamento total do setor, que registrou uma queda de 10,5% em relação ao ano de 2019 (a queda foi tão grande que chegou a apresentar número menores do que 2018).

Dentro desse impacto os setores mais impactados foram Alimentício (-15,5%), entretenimento e lazer (-29,0%), hotelaria e turismo (-49,8%) e moda (20,9%), entretanto alguns setores vieram a apresentar um crescimento relevante durante a pandemia, Casa e construção (+12,8%) e saúde e bem estar (+3,1%). O saldo final do setor foi de 6,6% de unidades abertas e 9,2% de unidades fechadas, trazendo um saldo negativo de 2,6%, além de um taxa de 2,5% de repasse de unidades de franquias, a quantidade total de unidades no ano de 2020 foi de 156,798.

As pequenas redes foram muito impactadas durante esse período e as redes de maior musculatura passaram por esse período com um maior fôlego, de 2019 para 2020 a média de unidades por rede de franquias subiu 6,5%, totalizando 58,8 unidades por rede.


Modelo de Negócio

O modelo de negócios de uma franquia se mostra extremamente interessante no que tange expansão da rede e reconhecimento de marca.

O modelo consiste na liberação do uso da marca e do repasse de know how dentro da gestão do negócio, atrelado a isso é cobrada uma taxa de franquia, que permite o uso da marca pelo franqueado, cobrança de royalties, que são cobrados normalmente com base na performance da unidade e taxa de marketing, para o investimento em campanhas publicitárias e de marketing envolvendo a rede.

Desse modo a marca franqueadora consegue imprimir um crescimento acelerado e altamente rentável ao mesmo passo em que o franqueador inicia um negócio com todo o know how repassado pela franqueadora, diminuindo drasticamente os riscos da operação.

MODELO DE COBRANÇA

Taxa de franquias

A taxa de franquia normalmente é cobrada no momento da venda da unidade ao franqueador, esses valores podem variar bastante de acordo com a empresa, tipo de estabelecimento, tamanho da operação, localização e etc.

Royalties

Os royalties são remunerações pagas às franqueadoras pelo uso da marca e podem ser cobrados de diversos modos, a depender da rede em questão, em geral existe os modelos de cobrança de royalties mais comuns são: Sell in (Onde é cobrada uma porcentagem em cima do valor pago pela empresa, geralmente em estoque) muito comum em franquias de moda e vestuário, Sell out (Onde é cobrada uma porcentagem sobre o valor vendido pela franqueadoras) comum em franquias alimentícias, e por fim, taxa fixa (Onde é cobrada uma taxa fixa e pré definida ao franqueador) muito comum em micro franquias.

Fundo de marketing

O fundo de marketing é cobrado por algumas franqueadoras e tem como objetivo final reservar uma parte do valor arrecadado pela rede para a elaboração de ações que visem melhorar o posicionamento da marca no mercado.

Internacionalização

No que tange internacionalização do setor de franchising brasileiro serão analisadas as marcas brasileiras no exterior e as marcas estrangeiras com atuação no Brasil.

Redes Brasileiras com atuação internacional

163 marcas, com atuação em 106 países

Segmentos destaque:

  • Moda (36)
  • Saúde e bem estar (34)
  • Alimentício (27)
  • Redes estrangeiras com atuação nacional

    205 marcas, de 30 países

    Segmentos destaque:

    • Alimentício (53)
    • Saúde e bem estar (35)
    • Moda (28)

ANÁLISE DE PLAYERS

O setor de franquias brasileiro é composto por grandes marcas, com reconhecimento nacional e internacional, para auxiliar na compreensão do segmento como um todo serão analisados alguns players desse mercado, são eles:

  • O Boticário;
  • Cacau Show;
  • Chili beans;
  • Pit stop Skol.

O Boticário

A maior rede de franquias do Brasil com 3620 unidades, a rede boticário oferece uma série de produtos relacionados cosméticos e perfumaria dentro e fora do Brasil, o valor para abrir uma unidade da marca gira entre R$ 110.00,00 e R$ 500.00,00, segundo pesquisas.

Cacau Show

Com fundação no ano de 1988, a Cacau show é uma marca de chocolates do estado de São Paulo, a marca tem atuação em todo o Brasil e um total de , 3620 unidades, segundo pesquisas o valor para adquirir uma franquia da marca gira entre R$ 165 mil a R$ 238,7 mil.

Chilli Beans

A maior empresa de pós venda de relógios e óculos de sol e acessórios da América Latina e sem dúvidas uma das marcas mais icônicas do Brasil, a Chilli beans possui hoje 847 unidades ao redor do país, o valor pesquisado para se tornar um franqueado gira em torno de R$ 160.00,00 para uma loja compacta.

Pit stop Skol

A maior micro franquia do Brasil, com 1866 unidades, a marca criada pela Ambev vem sendo o grande destaque entre as micro franquias do país, com um valor de investimento de R$ 70.000,00 a marca vem chamando atenção pelo seu forte e acelerado crescimento.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

O ideal para expandir seu negócio via franquias é ter pelo menos mais de uma unidade do seu negócio, embora de fato não seja impossível expandir via franquia um negócio desde a sua primeira unidade, é interessante ter o apoio de uma consultoria especializada para modelar o negócio porém esse trabalho também pode ser realizado de outras maneiras.

Produtos Substitutos – X

É impossível responder essa pergunta para o mercado como um todo, sendo necessário definir qual segmento ou produto está sendo analisado e a partir daí elaborar a análise.

Poder dos Fornecedores – Média

Analisando o fornecedor como a rede franqueadora, em geral o pedir de barganha é mediano variando de acordo com o porte da empresa, local onde a unidade será aberta e modelo de loja. Em geral quanto maior o porte da marca, maior o seu poder de barganha.

Poder dos Compradores – Média

Analisando o cliente como sendo o franqueado, o poder de barganha também é visto como intermediário, sendo maior para marcas menores e menor para marcas maiores.

Rivalidade entre players – X

A rivalidade entre os players deve ser analisada mediante o segmento em questão, no ramo alimentício por exemplo a rivalidade é bem alta, porém para garantir a assertividade da análise é necessário identificar o ramo de atuação da franquia em questão.

OPORTUNIDADES

O mercado de franquias como um todo carrega consigo grandes oportunidades de negócio, seja para o franqueador ou para o franqueado, cabe ao bom gestor estar atento para conseguir surfar nas ondas de crescimento do mercado.

Expansão rápida

A oportunidade mais clara que esse modelo de negócios oferece é o de expansão rápida e com custo baixo, o modelo de expansão por franquias demanda do capital de terceiros e não somente do capital da franqueadora, o que torna essa expansão rápida e rentável.

Repasse de franquias

O repasse de franquias é um modo de conseguir adquirir franquias de grandes marcas à um baixo custo, é importante que o repasse seja feito via intermédio da franqueadora.

Mercado de fornecedores

Se tornar fornecedor de uma rede de franquias é uma excelente oportunidade de negócios e é interessante para empresas fornecedoras de matérias prima e de serviços, é uma forma de crescer em escala, essa oportunidade é mais latente em redes ainda em seu início, onde a fornecedora irá poder aproveitar a onda de crescimento da rede.

Microfranquias

As microfranquias nada mais são do que franquias com o valor de investimento inferior à R$ 80.000,00 e vem ganhando muito espaço no Brasil, se mostrando negócios extremamente aderentes e lucrativos.

AMEAÇAS

É de extrema importância estar atento para as ameaças que o setor de franquias traz consigo e se preparar para evitar eventuais intempéries.

Escolha do ponto

fator chave e decisivo para a vida útil de qualquer franquia é a escolha do ponto, esse fator é diferencial para o sucesso da empresa, e é importante que essa decisão seja tomada em conjunto entre franqueadora e franqueado.

Escolha do franqueado

O perfil do franqueado é totalmente relacionado ao sucesso da empreitada e para isso é importante que seja realizado um processo seletivo completo e bem elaborado, que garanta um match entre o franqueado e a marca.

Erro de precificação

A precificação das taxas cobradas pela franquia podem ser fator decisivo entre o sucesso e o fracasso do negócio, uma precificação muito agressiva pode sufocar o franqueado e uma precificação equivocada pode tornar impossível o trabalho da franqueadora.

Despadronização

Um dos pontos mais importantes no que tange experiência do cliente e difusão da marca, a despadronização do negócio desde o produto até os processos internos podem acabar por limitar o faturamento da rede e dificultar a operação do franqueado.

TENDÊNCIAS

Para o ano de 2021 é projetado um crescimento no que tange faturamento, unidade de lojas e geração de empregos para o setor, segundo a ABF (associação brasileira de franquias) o segundo trimestre de 2021 saltou de 27.720 milhões de reais em 2020 para 41.140 milhões no segundo trimestre de 2021.

Além desse número animador o avanço da vacinação no país e o aumento da confiança do consumidor nas empresas tende a alavancar ainda mais esse reaquecimento e trazer boas perspectivas ao ecossistema como um todo.

Microfranquias

Uma forte tendência para o mercado de franquias como um todo é o de microfranquias, toda franquia com taxa de franquias inferior à R$ 80.000,00 se enquadra nessa classificação, atualmente o Pit stop Skol é a maior microfranquia do Brasil, porém existem outras grandes marcas como a Premiapão, Kumon e Solar prime.

Feira de Franquias

As feiras de franquias sempre foram um dos principais meios para venda de unidades e divulgação da marca, durante o período de pandemia esses eventos não vieram a ocorrer, entretanto, com o avanço da vacinação no Brasil é possível que as feiras voltem a ocorrer e sirva novamente como um bom meio de posicionamento institucional das marcas.

Modelos de Venda Digital

Usar as técnicas de marketing digital para a expansão do negócio nunca foi tão necessário, algumas marcas como a Premiapão são grandes cases de sucesso para esse tipo de posicionamento e se as estratégias forem utilizadas da maneira correta as chances de sucesso para o negócio são exponencializadas.

Repasse de Franquias

O repasse de franquias é uma forma de negociação de unidades que ocorre entre o franqueador e um comprador final, é importante que esse momento ocorra sob mediação da franqueadora.

O interessante nesse caso é que o comprador final pode adquirir os direitos de uso da marca por um valor muito abaixo do valor de mercado da franquia.

Sigilo e disclaimer

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RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Construção Civil

Introdução


Acesse

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORÂMA ECONÔMICO

Para o entendimento inicial da nossa análise, é necessário primeiramente entender o panorama geral da economia brasileira, e,  para isso, foram levantados 3 grandes pilares da nossa economia, o PIB, o IPCA (Inflação) e a taxa SELIC.

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama Econômico

Empregos
PIB do Setor
Indicadores Imobiliários
Análise de Intenção de Compra
Financiamento Imobiliário
Maiores Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Tendências Quantitativas
Tendências Qualitativas
Fim

PIB

  • Como o resultado do PIB de 2021 ainda não foi divulgado, para entender a economia nacional olhamos para a previsão da Dimac/Ipea, onde a última foi de diminuição do crescimento previsto que havia sido de 4,8% para 4,5%. Tal perspectiva é devida ao baixo dinamismo da nossa economia e a crise nacional instalada especialmente no segundo semestre. O órgão também reduziu o crescimento do PIB em 2022, que está no momento em 1,1%, demostrando que a crise econômica irá se intensificar, além disso o cenário político para um ano de eleição causa incertezas para a economia, causando uma maior insegurança quanto a investimentos, que juntamente com a taxa de juros crescente traz uma forte recessão para o país.

IPCA

  • Já o IPCA, índice chave para o desempenho da inflação, teve uma grande alta em 2021, a maior dos últimos anos, finalizando o ano com uma variação de 10,06% (a maior foi em 2015, onde fechou o ano em 10,67%), ficando dentro da expectativa do IPEA, que era de 10%. Para 2022 a expectativa do IPEA é que o indicador fique em torno de 4,9%, projeção que veio crescendo nos últimos lançamentos. A alta do IPCA indica uma diminuição do poder aquisitivo das famílias, provocando uma grande baixa na economia.

TAXA DE JUROS (SELIC)

  • A SELIC é um grande indicador de mercado, visto que ele é a base da taxa de juros nacional, com o aumento da SELIC, vemos uma diminuição do volume de empréstimos e uma maior insegurança enquanto a investimentos. Dessa forma, vemos que a SELIC sofreu um grande salto em 2021, começando o ano em uma mínima de 2% e finalizando em 9,25%, ocasionando com esse aumento as consequências citadas anteriormente.  As previsões para 2022 na SELIC também não são as melhores, pois a expectativa é que ela finalize o ano em 11,75%. É válido ressaltar que este número tende a crescer, tendo em vista que as previsões seguem crescendo a semanas.

Panorama econômico global e doméstico.

O comércio internacional tem mostrado forte recuperação desde abril de 2020; Sem, contudo, ter retornado aos níveis pré-Covid-19. Os preços de commodities no mercado internacional reagiram a partir de abril, depois da forte queda no primeiro trimestre do ano, mas perderam fôlego desde setembro.

O novo aumento do número de casos de Covid-19 na Europa e em vários estados dos Estados Unidos vem sendo seguido pela retomada de medidas de distanciamento social, o que tende a afetar a atividade econômica, em particular os serviços (agosto, 2021).

Repercussão midiática (Globo)

INTRODUÇÃO

Para a análise especificamente do setor de construção civil iremos utilizar os dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os dados foram minerados principalmente de publicações do IBGE e de instituições públicas como o Caged. É interessante pontuar que os dados são referentes ao terceiro trimestre de 2021, visto que foi a última publicação de dados pelo IBGE, todos os dados referentes a efeito comparativo dos demais anos anteriores foram ajustados para a mesma faixa de tempo para uma análise fidedigna.


Veja o Dashboards RMS + CAGED

EMPREGOS

Outro indicador chave para o entendimento do setor é o de empregos gerados, entendendo que ele é um forte guia do desempenho e crescimento do setor. Quando vemos o saldo de empregos do setor nos últimos anos, os dados acompanham a evolução do PIB, mostrando uma queda significativa de 2015 – 2017. O único ponto de divergência foi em 2020, onde a crise teve origem sanitária, causando uma menor queda nos empregos e também o segundo semestre de 2020 obteve uma recuperação mais significativa, deixando o saldo do ano positivo e recuperando os empregos perdidos no primeiro semestre, os dados são do CAGED.

O primeiro dado a ser analisado para o entendimento da dinâmica do setor de construção civil é o PIB do setor, dado acompanhado pelo IBGE. Com estas informações conseguimos ter uma boa perspectiva da evolução do setor frente os anos. De antemão podemos analisar que o setor é extremamente sensível a crises, com suas principais quedas nos anos de 2015 e 2016, e com uma queda significativa também em 2020.

PIB DO SETOR




Acesse o Dashboard PIB da Construção

INDICADORES IMOBILIÁRIOS

Os indicadores do setor imobiliário são excelentes indicadores para medirmos o desempenho do setor de engenharia civil, os 3 principais são: Unidade Vendidas, Unidades Lançadas e Estoque em unidades, transpassando assim por todo o cenário imobiliário nacional. Lançamentos: houve um crescimento de 24,59% em 2021 em relação a 2019. Vendas: houve um crescimento de 42,29% em 2021 em relação a 2019. Por outro lado: queda no estoque de unidades novas disponível para comercialização: -3,39% em 2021 em relação a 2019.

O impacto do aumento das vendas e diminuição do estoque é o aumento do preço dos imóveis de maneira direta, mostrando que o mercado ainda está aquecido, além disso, é válido ressaltar que o preço do imóvel também é afetado pelo preço do material de construção
.

OFERTA FINAL (ESTOQUE)
POR REGIÃO

Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

ÍNDICE NACIONAL DE CUSTO DE CONSTRUÇÃO

O INCC é um índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas que mede o valor/preço de construções habitacionais. Nos últimos 2 anos foi observado um crescimento significativo no preço das matérias primas para a elaboração de obras, indicando novamente um aumento do preço final do imóvel ou baixa na margem por parte dos empreendedores, deixando assim o ambiente de negócios mais competitivo. Em geral, houve um crescimento de 21,34% em um ano do INCC geral em um ano e maio (comparado a jul/2020), porém quando analisado o INCC somente do material de construção (sem mão de obra), o crescimento foi de 42,45%;

gbf

Principais aumentos dentro de material de construção:

1.Vergalhão de aço;

2.Elevador;

3.Tubos de ferro e aço;

4.Tubos de PVC;

5.Argamassa;

6.Massa de concreto

7.Metais p/ Instalações hidráulicas

ANÁLISE DE INTENÇÃO DE COMPRA

Uma pesquisa feita em setembro de 2021 com mais de 1.200 pessoas indica a perspectiva de intenção de compra da população frente o mercado imobiliário. A pesquisa foi feita pela BRAIN e tem uma margem de erro de 3%, assim como um nível de significância: 95%, sendo uma pesquisa relevante para a realidade do setor.

frfrf

Desses 39%:

0
% Está visitando imóveis e stand de vendas
0
% Ainda está procurando somente pela internet
0
% ainda não começou a procurar ativamente

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

Uma boa perspectiva do movimento de compra do público consumidor é a de financiamento imobiliário, com tais dados conseguimos entender a baixa da crise de 2015-2018 e o movimento de recuperação que foi interrompido pela pandemia da COVID-19 em 2020, contudo, a expectativa é de volta ao crescimento em 2021 (no qual ainda não temos os dados) e em 2022 uma nova queda devido a crise, alta da SELIC e inflação;

Variação do
volume de financiamentos
imobiliários

MAIORES PLAYERS POR RECEITA – BRASIL


BIG PICTURE

39%
De intenção de compra

1,2
Milhões de pontos de venda por todo país

Crescimento de 13,85%
no ano de 2021

PIB do setor cresce 7% porém ainda está longe do seu pico

O sudeste foi a
maior crescimento
em oferta
18,4%

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

Barreira de entrada média tendo em vista que o segmento possui uma cadeia produtiva muito extensa e que permite entradas no segmento de maneira mais simples, como empresas de aluguéis de máquinas ou de pequenas reformas.

Produtos Substitutos – Baixa

Baixo número de rotatividade dos produtos substitutos, tendo em visto que o mercado em si atende necessidades únicas (como espaços geográficos totalmente exclusivos).

Poder dos Fornecedores- Média

Poder de barganha dos fornecedores pode ser considerado como médio, tendo em vista que as ofertas são únicas e no Brasil o mercado imobiliário é aquecido.

Poder dos Compradores – Média

Médio poder dos compradores, entendendo que certos tipos de construções e moradias são específicos, como a de luxo, por exemplo. No entanto, as opções ainda são vastas e no Brasil existem os mais variados tipos de players.

Rivalidade entre players – Alta

Alta rivalidade entre os players devido ao alto número de players e a constante alta demanda pelo serviço;

OPORTUNIDADES

O mercado de construção civil, apesar de ter sido marcado por uma baixa devido aos últimos acontecimentos econômicos, consegue encontrar algumas brechas para recolocação no mercado. Algumas delas impulsionam a geração de trabalhos para a movimentação dos desempregados no Brasil, outras têm relação direta com o poder de compra dos consumidores, enquanto algumas delas são diretamente ligadas à questões governamentais.

Alta na compra de imóveis

Após 2020 e 2021 de alta de compra em imóveis, vemos que este fato passado tende a influencia positivamente o mercado, visto que as vendas de 2021 são refletidas em obras e infraestrutura que se perdura para 2022.

Investimentos públicos no ano eleitoral

Assim como o ano eleitoral pode trazer pontos negativos e ameaças para o setor também traz pontos positivos, visto que é usual de anos de eleição que os governantes façam obras de infraestrutura, aumentando o gasto e oportunidades para o setor.

Elevado Déficit Habitacional e Carência de Infraestrutura

Com a crise o Déficit Habitacional cresceu, abre portas para o investimento público e privado em moradias, está previsto que, até o ano de 2030, seja necessária a construção de mais moradias para atender à demanda do país. Com isso, existe o estímulo à atividade da área.

AMEAÇAS

Apesar das oportunidades de evolução na área de construção civil, existem, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Crise econômica

Como visto anteriormente, observamos que a crise econômica nacional pode gerar pontos negativos para o setor, visto que o poder de aquisição das famílias está reduzido devido a inflação e além disso com a Selic alta os empreendedores ficam receosos para realizar investimentos nos seus empreendimentos.

Cenário Político

Com uma grande perspectiva de polarização nas eleições de 2022, o cenário político traz grandes incertezas para o ano, afetando assim a economia e também os setores.

Alta do INCC

Com a alta dos índices de preços, a consequência para as empresas pode ser a baixa de vendas para o ano, considerando que o preço da matéria prima sobe o preço final das obras, aumentando o preço para o consumidor final.

TENDÊNCIAS

TENDÊNCIAS QUANTITATIVAS

Como principais tendências quantitativas para o ano de 2022, o mercado de Construção Civil tende a continuar crescendo, porém em um ritmo menos acelerado. Vemos que a alta dos juros (SELIC) e da inflação faz com que o crescimento seja mais tímido do que em 2021, ficando na estimativa de 2%. O crescimento se manterá devido a alta de vendas dos últimos anos do setor, considerando que esse “boom” irá se traduzir em uma manutenção do ritmo das obras, gerando renda e empregos.

PONTOS ALTOS PARA 2022

1.Alta de compra de imóveis como ativos

2.Investimentos privados em infraestrutura

3.Investimentos públicos no ano eleitoral

PONTOS BAIXOS PARA 2022

1.Alta da taxa de juros

2.Aumento da inflação

3.Alta do INCC

TENDÊNCIAS QUALITATIVAS

Observando as principais tendências qualitativas para os próximos anos, vemos que estão entre as principais, todas aquelas que envolvem o tema tecnologia, e em como esta afetará o setor. Assim, foram levantadas algumas das principais tendências para os próximos anos:

Sustentabilidade

Segundo o estudo do World Green Building Trends 2018, os fatores que motivam futuras atividades de construção sustentável contribuem diretamente com sua implantação. Os principais foram os seguintes:

  • Demandas de clientes: 34%;
  • Regulamentações ambientais: 33%;
  • Edifícios mais saudáveis: 27%;

Ainda sobre o estudo, em 2018 foi constatado que no Brasil cerca de 21% dos projetos de construção civil continham algum elemento sustentável. No entanto, foi verificado que em 2021 este número tem a expectativa de alcançar a marca dos 42%. Ainda longe da marca de países mais desenvolvidos (acima de 60%), mas, mesmo assim, um grande salto, o que só corrobora para a ideia de que o mercado de construção civil sustentável no Brasil para a próxima década promete grande expansão.

Novos meio de vendas

Através de novas tecnologias, o setor de engenharia civil está mudando o modo de agregar valor para seus clientes. Através de óculos de realidade aumentada e de impressões 3D o setor tem conseguido promover uma boa experiência para os clientes, abrindo novas portas de vendas e expandindo as possibilidades.

Impressão 3D

Mais uma tendência é a tecnologia de modelagem 3D. Building Information Modeling (BIM) é uma sigla que pode ser traduzida como Modelagem da Informação da Construção. O processo de digitalização das obras aumenta a precisão de todos os processos, reduzindo custos, melhorando cronogramas e facilitando a auditoria da qualidade. É um software que, além de tudo, traz a facilidade e praticidade de acompanhar tudo relacionado à obra em dispositivos móveis. Assim, garante, inclusive, a economia do tempo do engenheiro, Um fato chocante é que o potencial de crescimento neste sentido é muito grande. De acordo com a McKinsey & Company, o setor de construção civil é um dos menos “digitais”, ganhando neste levantamento apenas para agricultura e caça, o que deflagra uma necessidade urgente pela digitalização.

Novos materiais

O uso de novos materiais de construção é algo que veio para ficar na construção civil. Com o aumento do custo da obra e com as inovações tecnológicas presentes nos últimos anos, vemos que novas opções de material de construção foram surgindo e ganhando espaço de mercado, exemplos disso são: o uso de drywall, steel frame e light steel frame; A modularização também está começando a ser tendência, pois, a fundação necessária é bem menor do as tradicionais o que diminui consideravelmente o preço da obra; Wood frame também pode ser tendência, mas barra na plantação das arvores para corte de madeira.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Farmácia

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

O Brasil ocupa a 5ª posição no ranque dos países mais populosos do mundo. Possui atualmente cerca de 207 milhões de habitantes. Isso o torna altamente atrativo pelo potencial de consumo.

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Desempenho

Indústria no Brasil
Projeções para o Varejo
Gastos e Vendas
Crescimento do Setor
Compra Online
Hábitos de Consumo
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

A população brasileira está envelhecendo em ritmo acentuado. Durante as próximas 3 décadas cerca de 20% da população estará com mais de 65 anos de idade.

Com uma população crescente que envelhece a cada ano, contrapondo essas informações demográficas, podemos concluir que o Brasil terá um acentuado crescimento na demanda por medicamentos e serviços de saúde. Nesse patamar as indústrias farmacêuticas, distribuidoras e varejistas vão faturar alto no mercado brasileiro.

No ano de 2021 o mercado farmacêutico no Brasil chegou a movimentar cerca de R$ 88,28 bilhões, o que equivale aproximadamente a US$ 14,92 bilhões (dólares), segundo a consultoria especializada IQVIA.

Ao compararmos o resultado de 2021, observamos um resultado 14,21% de crescimento em relação ao ano de 2020. Esses números indicam que o Brasil representa 2% do mercado mundial, ficando na 8ª colocação em faturamento no rank das 20 economias globais. Nosso país se posiciona como líder na América Latina, ficando à frente de países como: México, Colômbia e Argentina.

DESEMPENHO

Segundo levantamento do IMS Institute for Healthcare Informatics, em 2010 o Brasil ocupava 10ª posição mundial no ranking que avalia o uso global de mercados, isto é, o consumo de fármacos pela população.

Em 2015, o país subiu para a 7ª posição, e já em 2020 passou a ocupar o 5º lugar no ranking global no consumo de medicamentos. Conforme revela o relatório da QuintilesIMS Institute o Brasil ocupará a 5ª posição do Ranking dos Mercados Farmacêuticos do mundo no ano de 2022.

O relatório anual da INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) revelou que o mercado farmacêutico brasileiro já ultrapassou a marca de R$ 100 bilhões em 2019, chegando a R$ 102,8 bilhões, referente as vendas de todos os laboratórios presentes no país. Esse montante representa um crescimento de aproximadamente 11,4% em comparação ao ano de 2018.

No anuário da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) é apresentado as estatísticas do mercado farmacêutico no Brasil. Segundo a SCMED, o mercado farmacêutico industrial no Brasil em 2019 pode ser resumido nos seguintes números:

INDÚSTRIAS NO BRASIL

No ano de 2021, foram contabilizadas 349 indústrias de medicamentos no Brasil, sendo 118 empresas multinacionais, ou seja, 33,81%. As demais 231 (66,19%) são de capital nacional. Ao analisarmos o mercado, as indústrias de capital nacional detinham 59,27% do faturamento, sendo correspondente a 80,46% de caixas vendidas (unidades).

O fato das empresas brasileiras estarem na dianteira das vendas é explicado pelo importante crescimento nas vendas dos medicamentos genéricos, além da ampliação do parque fabril. Quando voltamos o olhar para a geração de empregos, somente em 2021 foram gerados cerca de 90 mil novos postos de trabalho direto nas indústrias farmacêuticas, de acordo com o Ministério da Economia.

Histórico de resultados da indústrias farmacêuticas no Brasil

No anuário da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) é apresentado as estatísticas do mercado farmacêutico no Brasil. Segundo a SCMED, o mercado farmacêutico industrial no Brasil em 2019 pode ser resumido nos seguintes números:

O anuário ainda conclui que o Preço Médio global praticado no período ficou na casa dos R$ 16,34. Para fins de cálculos foi utilizada a fórmula: faturamento total do setor dividido pelos totais das embalagens vendidas em 2019. Ao olharmos para dentro do país, mais especificamente na indústria do mercado e varejo farmacêutico, a SINDUSFARMA apontou em 2020 a presença de 441 empresas farmacêuticas atuando no mercado brasileiro de medicamentos.

Todas essas indústrias, juntas, possuem o faturamento de R$ 100.000,00 ao ano, de acordo com a análise da consultoria IQVIA. Dessas 441 indústrias farmacêuticas, 20%, ou seja, 89 são de origem internacional, isto é, possuem matriz no exterior. Já 80%, ou seja, 352 indústrias farmacêuticas possuem capital nacional.

O Estado de São Paulo é a região que mais concentra a indústria de medicamentos do mercado farmacêutico, sediando cerca de 45% de todas as empresas farmacêuticas.

EXPORTAÇÕES DA INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS

Ainda é tímida a presença de produtos fabricados no Brasil em outros países, isso acontece em parte, devido as alíquotas de importação de insumos e entraves relacionados às exportações. De forma resumida, o Brasil tem muito que avançar em relação a burocracia, carga tributária e modernização de tarifas.

Apesar desse cenário, existe uma expansão do mercado farmacêutico do Brasil para o exterior. Muitas empresas do país estão em processo de internacionalização, isto é, se adequando para vender para outros países.

A SINDUSFARMA apontou que a indústria farmacêutica brasileira fechou 2020 com saldo de US$ 1,07 bilhão em exportações. Ao comparar o resultado com o ano anterior, a SINDUSFARMA revelou um decréscimo de 7,20%.

Entretendo, o saldo ainda é tido como positivo para o setor, pois se analisarmos no começo das exportações, em meados dos anos 2000, as exportações foram 5 vezes menores do que em 2020.

PROJEÇÕES PARA O VAREJO

O mercado farmacêutico passou por mudanças durante o período de pandemia, isso refletiu na troca de antigos hábitos pelos consumidores brasileiros. Em relação aos medicamentos, a pandemia do Coronavírus elevou o consumo dos medicamentos sem tarja.

Os medicamentos que não precisam de receita para serem vendidos, é uma categoria muito rentável para os estabelecimentos farmacêuticos, justamente por isso está em constante investimento por parte da indústria farmacêutica, que sempre renova as opções de produtos.

De acordo com a base de dados da Close-up, os medicamentos MIP (Medicamentos Isentos de Prescrição) tem uma representatividade de 5% nos últimos meses, (entre setembro de 2020 a janeiro 2022)  com um ganho de 0,2pp ao comparar com o mesmo período do ano anterior.

 

Ainda segundo dados da Close-up, os medicamentos MIPs (também chamados de OTC) tiveram uma representatividade em Reais Descontos de 15,8% nos últimos 12 meses com crescimento de 19,5%.

Ao analisarmos as projeções é perceptível uma tendência de crescimento na representatividade dessa categoria, alcançando 18,7% no mês de janeiro de 2022.

Fica claro que o consumidor está em busca de medicamentos da categoria OTC, isto é, aqueles que não necessitam de prescrição médica para serem comprados. Apostar nesses produtos é uma ótima estratégia a ser adotada pelas farmácias e drogarias, conforme os dados analisados.

Gastos com medicamentos e volume de vendas

A QuintilesIMS Institute calculou a estimativa de gastos com medicamentos e volume de vendas para o ano de 2022. No cálculo foram considerados os grupos de Referência, Similares e Similares sem marca, MIP (Medicamentos Isentos de Prescrição Médica) e outros.

Maior demanda para medicamentos já consolidados

A INTERFARMA apontou que o perfil do consumidor no mercado farmacêutico brasileiro tende a ser, em sua maioria, um público que gasta mais com medicamentos já consolidados no varejo, com mais de 11 anos de presença no mercado. Isso indica que no mix de produtos a farmácia precisa contar com medicamentos já conhecidos pelos consumidores, isto é, aqueles são “famosos” entre as pessoas.

Diante dessas projeções, farmácias devem se posicionar claramente no mercado com o mix de produto ideal para atender os consumidores. Para se ter uma ideia, o medicamento mais vendido nas farmácias brasileiras entre os anos de 2013 e 2017 foi o Dorflex.





CRESCIMENTO DO SETOR

Segundo a entidade, grande parte do resultado foi impulsionado pela venda de produtos classificados como “não medicamentos”, por exemplo, itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumarias. Essas mercadorias movimentaram R$ 18,7 bilhões nas gôndolas e tiveram avanço de 9,16% em relação ao ano anterior. O valor representa 32% da receita total do setor.

Além disso, os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) registraram incremento anual de 17,68%, chegando pela primeira vez à casa dos R$ 10 bilhões em receita. A comercialização geral de medicamentos foi de R$ 39,4 bilhões no período. De acordo com a Abrafarma, o segmento de e-commerce e delivery ganhou relevância, com alta de 137,11% em relação ao ano anterior. A categoria totalizou R$ 1,77 bilhão em receita e ampliou a representatividade de 1% para 3% do volume de negócios.

Compra Online

Levantamento da consultoria CVA Solutions, subsidiária da norte-americana CVM, revelou em pesquisa que por conta do isolamento social e aceleração dos serviços online das drogarias, 25,9% dos entrevistados afirmaram fazer compras online. Em 2019, 21,4% afirmou o mesmo. A região que mais adere esse meio é a Grande São Paulo, onde 47,4% costuma comprar medicamento pela internet, enquanto que na região Norte do país apenas 12% a faz. Houve aumento também dos consumidores que aderem aos programas de fidelidade, sendo 34,2% em 2021, versus 31,2% em 2019.

“Isto mostra um potencial enorme de expansão para as drogarias que pretendem ampliar sua gama de clientes, oferecer comodidade e melhorar a percepção de marca”, diz Cimatti.

HÁBITOS DE CONSUMO

Dos respondentes do estudo da CVA Varejo Drogarias 2021, realizado em março com 5.340 pessoas, 70% procuram as drogarias para comprar medicamentos. E há o crescimento de dois pontos percentuais na busca de itens de higiene e beleza nos últimos dois anos, chegando a 16%. Entre os que compram medicamentos, 88% costumam comprar genéricos, sendo a Medley a marca preferida para 60% deles, seguida da NeoQuímica para 52,8% e Eurofarma para 50%.

A associação também aponta que o tíquete médio das farmácias saltou de R$ 55,07 para R$ 65,69, alta de 19,2%.

A pesquisa também demonstrou que a maioria dos shoppers preferem comprar sempre na mesma farmácia e apenas 9,5% disseram não considerar determinada loja para compra, são indiferentes quanto a isso. Um mercado que tem o índice de fidelidade de 90,5% precisa estar muito atento para não perder seu público, pois a recuperação se mostra mais difícil.

No meio de um intenso debate sobre clínicas farmacêuticas, nos quais os shoppers poderiam ser atendidos em variados serviços como vacinação, testes glicêmicos e aferição de pressão arterial, a pesquisa mostra que esse tipo de atendimento não é procurado pela maioria dos entrevistados. 96,78% dos entrevistados afirmaram não utilizar nenhum serviço de assistência farmacêutica.

Entre as poucas pessoas que buscam algum tipo de assistência na farmácia, tivemos: 1,88% para aplicação de injeção, 0,7% para controle de pressão arterial, 0,33% avaliação metabólica, 0,28% teste glicêmico e 0,05% aplicação de vacina.

Dos entrevistados, 64,95% afirmaram acreditar que as farmácias onde efetuaram suas compras possuem preços mais baixos que os concorrentes, e 24,50% apontaram a localização como fator importante para a escolha.

Nota-se que grande parte da população já aderiu a algum programa de fidelidade, cerca de 84,66%.

A associação também aponta que o ticket médio das farmácias saltou de R$ 55,07 para R$ 65,69, alta de 19,2%.

Farmácias de Manipulação

O setor magistral somou R$ 6,96 bilhões de faturamento, com margem de crescimento relativo acima da inflação do país, de 2017 para 2019, de 5,8%, enquanto a evolução do PIB do Brasil foi de apenas 2,2% no mesmo período.

Totalizou 7.939 pontos de venda em 31 de dezembro de 2019, o que representa um crescimento de 6% em dois anos, já descontados os estabelecimentos baixados ou inativados no mesmo período. Farmácias de manipulação empregam 58 mil pessoas, com aumento de 5,9% vagas em apenas dois anos e crescimento das oportunidades para profissionais jovens.

33% estão localizadas apenas no estado de São Paulo. As regiões que apresentaram as maiores variações positivas nos últimos dois anos em relação a novos empreendimentos foram o Nordeste, com taxa de 20,7%, e o Norte, que registrou crescimento de 17,9%.

Ocupação do Mercado

Mais de 70% do segmento de farmácias de manipulação é ocupado pelo sexo feminino. A predominância ocorre tanto no quadro societário, como já mostrado em edição anterior do panorama, quanto no de funcionárias, entre farmacêuticas, técnicas especializadas, atendentes e outras profissionais.

Nos anos de 2018 e 2019, o número de mulheres no quadro de funcionários cresceu 6,7%, enquanto a parcela masculina aumentou apenas 4,8%. Esses números mostram que cada vez mais as mulheres participam ativamente da composição da renda familiar e, como se sabe, muitas delas são as chefes de família.

Fontes: CFM; Cofen: BC; ANS.


ANÁLISE DOS PLAYERS

No ano de 2020 o varejo farmacêutico mostrou mais uma vez sua força, apresentando um crescimento no faturamento de 15,6%, segundo dados divulgados pela IQVIA, empresa global no uso de informação, tecnologia, análises avançadas e expertise humana. Conforme os números apresentados, o faturamento das farmácias foi de R$ 139,37 bilhões no ano de 2020. Em 2019, esse valor foi de R$120,54 bilhões.

Acompanhando o crescimento do mercado, grande parte das principais empresas do segmento farmacêutico também obtiveram crescimento em faturamento. Diante disso, o objetivo deste conteúdo é apresentar as 5 maiores empresas desse segmento, de acordo com o Ranking IBEVAR 2020 (que ordena as companhias pelo faturamento, representando a receita líquida), e contar a história de cada uma delas.

Raia Drogasil

A Raia Drogasil surgiu em novembro de 2011, a partir da fusão entre a Droga Raia, fundada em 1905, e a Drogasil, fundada em 1935. A companhia está presente no mercado farmacêutico através da diversificação dos seus ativos em RD Farmácias, RD Serviços e RD Marcas.

Hoje em dia a companhia possui mais de 1.800 lojas em 22 Estados, que juntos representam 97% do mercado farmacêutico brasileiro, e mais de 36 mil funcionários.

Farmácias Pague Menos

Em 1981, a Farmácia Pague Menos foi fundada no bairro fortalezense de Carlito Pamplona. Em 1985, adotou de forma pioneira no Brasil o conceito de drugstore, passando a comercializar, em adição aos medicamentos, produtos de higiene, beleza e conveniência em um modelo de auto serviço.

Em 2020, a empresa abriu capital na Bolsa de Valores de São Paulo com suas ações cotadas a R$ 8,50 no IPO, bem abaixo do esperado, mesmo assim, conseguiu captar cerca de R$ 746,9 milhões de reais.

Drogaria DPSP

A Drogaria São Paulo foi fundada por Thomaz de Carvalho, em 1943, com sua primeira unidade na rua José Bonifácio, em São Paulo. Na época de sua fundação, as drogarias trabalham com venda por atacado e as farmácias por varejo, realizando também manipulação de receituários.

Em agosto de 2011, a Drogarias Pacheco e a Drogaria São Paulo realizaram um acordo de fusão de suas operações, criando a segunda maior rede varejista de produtos farmacêuticos do Brasil, o Grupo DPSP, formado por 691 filiais e R$ 4,4 bilhões em faturamento. Em 2013, dois anos após a fusão, o crescimento do grupo formado pela Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo foi de 13%.

Panvel

A Panvel nasceu em 1973, quando houve a fusão de duas das maiores redes de farmácia do Rio Grande do Sul: a Panitz e a Velgos. Por esse motivo a companhia levou o nome de Panvel, representando a união dos nomes das empresas que foram fundidas.

Hoje em dia, com um forte projeto de expansão e crescimento constante, a rede possui mais de 4 mil colaboradores e mais de 400 lojas distribuídas por diversas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Clamed

Em 1919 surgia a Drogaria Catarinense, como a primeira iniciativa de um grupo de empresas que se projetariam para o século 21. Logo, a farmácia se tornaria uma poderosa rede. Recentemente, em 2006, um novo e decisivo passo foi dado com a mudança da razão social para Cia. Latino Americana de Medicamentos.

Com sede em Joinville, a Clamed é um grande guarda-chuva, sob o qual estão abrigadas marcas de sucesso, como a Drogaria Catarinense, Farmácia Preço Popular, Drogaria Catarinense de Manipulação, Profórumula e a drogaria online  Farmagora, consolidadas no mercado farmacêutico do Sul do Brasil.

Big Picture

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

O mercado Farmacêutico é bastante fechado visto que um alto capital inicial é necessário para adentrar no setor. Além disso, é um segmento com players gigantes.

Produtos Substitutos – Alta

Produtos novos podem surgir a qualquer momento e impactar seriamente no produto que está no mercado.

Poder dos Fornecedores – Média

Os fornecedores podem elevar os preços ou diminuir a qualidade das mercadorias e serviços adquiridos, a fim de exercerem o poder de barganha.

Poder dos Compradores – Alta

O cliente é a fonte de sobrevivência das empresas. Assim como os fornecedores podem exercer um poder sobre o setor por completo.

Rivalidade entre players – Alta

Forte busca pela diferenciação, eficiência e preço para conter clientes; Visto que hoje em dia, a quantidade de farmácias existentes é exorbitante.

OPORTUNIDADES

O mercado Farmacêutico, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Experiência do cliente

O bom atendimento realmente influencia a experiência de compra do cliente na farmácia. Muitos atendentes ainda não perceberam a diferença que atender bem pode fazer para o consumidor. Porém, todo empresário do ramo farmacêutico precisa estar atento sobre como a equipe da loja está se relacionando com os clientes.

Logística otimizada

É necessário ter uma boa gestão de estoque, para não vender um produto no marketplace e ao mesmo tempo faltar na loja física, por exemplo. Então esse processo de integração e comunicação precisa estar muito bem afinado”, explicou o CCO.

Testes Rápidos em Farmácias

Foi visto o crescimento desta modalidade, mas se fala de uma solução que vai muito além do Covid-19, existem testes para doenças crônicas, sexualmente transmissíveis, preveníveis, entre outras. É importante pensar em uma oportunidade que compõe o mix de serviços farmacêuticos, sendo talvez a grande vertente do momento e o que pode trazer maior rentabilidade, funcionando com uma âncora maior do serviço farmacêutico

Implementação de farmácia clínica

A implementação de projetos desse tipo, é um momento único que permitirá às farmácias consolidarem-se como hub de saúde e de mudar ainda mais a experiência que proporcionam para os shoppers. Atualmente são mais de cinco mil consultórios farmacêuticos no país e as grandes redes são as percursoras.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Forte concorrência

Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se torna cada vez mais forte e tende a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players. Havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.

Flutuação cambial

A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores financeiros das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representou altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. A parte de importação acaba sofrendo bastante com essa flutuação.

Negociação de preços e descontos

Diante da concorrência de mercado, principalmente entre as grandes redes, as farmácias menores precisam encontrar alternativas para não perder clientes. Além da negociação de preços, estão formas de pagamentos e descontos em diversos produtos.

Competitividade

Apesar dessa prática de pesquisa e pechincha estar se popularizando, pesquisas feitas pela rede de farmácias apontam que o primeiro critério na hora do cliente escolher em qual farmácia comprar é a localização, seguida do atendimento e depois do preço.

TENDÊNCIAS

As projeções de desempenho do mercado farmacêutico no Brasil neste e no próximo ano são boas, segundo os dados apresentados no Fórum Expectativas 2023, realizado pelo. As empresas do setor preveem que a situação econômica vai melhorar no próximo ano: 57% estão otimistas sobre a recuperação dos empregos e o crescimento da economia no país.

Os cálculos da IQVIA indicam um crescimento do mercado farmacêutico geral (varejo e canal institucional) de 12,5% este ano e 10,5% no próximo, em valores. A pandemia da covid-19 trouxe uma busca maior por saúde, com foco na prevenção. Esse cenário  vem contribuindo para que a expansão do setor de Farmácias seja uma realidade.

Prescrição eletrônica na farmácia

A prescrição digital de medicamentos tem suas vantagens em relação ao método “analógico” de receitar medicamentos. Isso porque os pedidos em papéis costumam gerar problemas, principalmente, pela escrita ilegível.

Sendo assim, a prescrição eletrônica é uma tendência quando pensamos no futuro do setor. E, como isso já vem sendo disseminado, é natural que a prática se fortaleça ainda mais em 2022.

Entre as vantagens da prescrição eletrônica também estão: redução de receitas falsas e a  integração com sistemas de interações medicamentosas e contraindicações, por exemplo. 

Serviços farmacêuticos

A farmácia de hoje é bem diferente da farmácia de anos atrás. E, a tendência é que ela siga mudando, ampliando seu portfólio de produtos e, também, de serviços.

Isso porque além de ser um local para compra de medicamentos e produtos de beleza e conveniência, a tendência é que as farmácias passem a oferecer serviços.

Elas podem disponibilizar, por exemplo, exames para colesterol e diabetes, além de vacinas. Também podem entrar na relação de serviços programas de saúde como os relativos à perda de peso, parar de fumar  e qualidade de vida. Isso, sem dizer do aconselhamento breve com farmacêuticos.

Inteligência artificial e nuvem

Para aumentar a eficiência operacional e fornecer insights científicos e de negócios em P&D, fabricação e operações comerciais, as empresas farmacêuticas estão usando cada vez mais a tecnologia de nuvem.

Os dados consolidados e padronizados reduzem as complexidades e ineficiências enquanto aumentam o ritmo de possível inovação. Além disso, quando a I.A. é usada para analisar e obter insights desses dados, a P&D é acelerada , os ensaios clínicos são otimizados e os pacientes alcançam os resultados esperados.

Intervenções não Farmacológicas

Juntamente com tecnologias de imagem mais precisas e precisas, as intervenções de precisão que utilizam robótica, nanotecnologia ou engenharia de tecidos podem fornecer alternativas à intervenção farmacêutica.

Terapias Curativas

Os tratamentos que curam doenças podem reduzir ou eliminar a demanda por alguns medicamentos prescritos. O desenvolvimento, o marketing e os preços de tratamentos curativos podem exigir que as empresas biofarmacêuticas adotem novos recursos.

Tratamentos Personalizados

A personalização na medicina – impulsionada por insights baseados em dados – poderia combinar os pacientes com medicamentos personalizados ou criar terapias que funcionariam para apenas algumas pessoas, ou mesmo uma pessoa. As empresas Biopharma estão trabalhando cada vez mais em programas personalizados de gerenciamento de doenças.

HIGHLIGHTS

“O mercado farmacêutico já é bem estabelecido no país e tem um bom grau de maturidade e definição, o que o torna mais estável, e com a pandemia da covid-19, o interesse geral pelo setor cresceu, o que traz uma possível expansão do mercado pelo maior interesse da população em cuidar melhor da saúde, além de que a tendência do Brasil é o envelhecimento da população, o que promove ainda mais a necessidade de remédios.

Um contraponto a tudo isso, é a alta rivalidade entre os players, que a cada dia acentuam ainda mais a concorrência e competitividade no mercado, onde há pouca possibilidade de diferenciação.

Neste prisma, cabe analisar que, é um mercado em expansão e estável, com tendências bem definidas, logo, um investimento cuidadosamente planejado, com estratégias para superar as adversidades do mercado pode se mostrar recompensador.

Robson Duarte – Product Analyst I

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

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Equipe Ray Market Sound
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Estética

Introdução

Compreender o cenário Brasil referente ao setor de Estética em 2021, passando pelos seguintes pontos: análise macroeconômica, análises internas do setor e tendências.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

O mercado de estética e bem-estar é um dos setores de maior destaque e potencial no país. Isso porque, apesar de uma década marcada pelo baixo crescimento econômico geral, de 2014 a 2019, ainda antes da pandemia de COVID-19 o mercado de estética cresceu 567% no Brasil.

Nesses 5 anos, o número de profissionais da área aumentou de 72 mil para mais de 480 mil. O Brasil, atualmente, é o 4º no ranking mundial em consumo de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC).

Cerca de 66% dos consumidores acha que cuidar da beleza não é um luxo, mas uma necessidade. E para quase a metade dos entrevistados (49,4%), gastar dinheiro para melhorar a aparência física é um investimento que vale a pena, porque dá a sensação de felicidade e satisfação 

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Visão Geral

Desempenho
Pandemia
Fatos Relevantes
Influência de Indicadores
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Software
Automação

Alguns fatores contribuíram para isso, a popularização de procedimentos estéticos e produtos de beleza, acompanhada por um avanço na tecnologia recente que permitiu baratear os custos envolvendo esse tratamento, além de uma maior parcela de profissionais qualificados foi um fator determinante.

Para Luciano Chaves, presidente da SBCP, o aumento pela procura de procedimentos não cirúrgicos – em 2014, representavam apenas 17,4% da fatia de procedimentos estéticos realizados pelos cirurgiões plásticos e em 2016 passou a ocupar 47,5% da agenda de especialistas – pode ser associada aos seguintes fatores: pessoas mais jovens, que não procuravam cirurgias, estão procurando procedimentos menos invasivos e preventivos; redução dos custos desses procedimentos e maior qualificação e disponibilidade de especialistas que os realizam.

Outro fator importante é a constante ampliação do mercado masculino, até 2018 o Brasil ocupava o segundo lugar mundial de homens que compram produtos para fins estéticos, de acordo com a Euromonitor International, atrás somente dos Estados Unidos. O público masculino representa também 30% dos pacientes em clínicas estéticas, segundo levantamento da Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas), sendo que as compras com itens de cuidados pessoais para este grupo aumentou 35%.

O que eles querem?

De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), já é possível traçar um perfil do que é mais procurado pelos homens quando o assunto é tratamento estético: além de terem como principal preocupação o rejuvenescimento e o cuidado com o corpo, optando por tratamentos de redução de medidas, eles também buscam serviços mais especializados.  A radiofrequência, a limpeza de pele e aplicações a laser são, por exemplo, os tratamentos mais procurados.

Outra busca significativa são as depilações. Tanto a laser quanto a cera, os homens representam uma parcela significativa do tratamento nas clínicas de estética do país. Normalmente influenciado por mulheres, as depilações masculinas estão indo além do peito e das pernas, o que é considerado comum, e hoje já focam em áreas como as axilas, virilha e até mesmo o rosto, principalmente para desenhar e definir a barba e sobrancelha.

 

A distribuição de CNAEs semelhantes (Centros de estética, salões de beleza, clínicas de procedimentos estéticos não cirúrgicos etc.) ao redor do país ainda é bem desigual.

Influência de Indicadores Econômicos

O cenário atual com a crise devido à pandemia alterou de forma brutal o setor, por se tratar de serviços não essenciais, principalmente presenciais e com alto risco de contágio, as consequências foram latentes. Segundo uma pesquisa do SEBRAE Nove de cada dez micro e pequenas empresas que prestam serviço para beleza, como salões, barbearias, ateliês e estúdios de maquiagem, afirmam ter perdido faturamento por causa das medidas de isolamento social.

A perda média do faturamento foi de 57%. Conforme a mesma pesquisa, 62% das micro e pequenas empresas do segmento de beleza descrevem que interromperam o funcionamento temporariamente e 5% encerraram em definitivo. Apesar do impacto na ampla maioria dos estabelecimentos, apenas 4% assinala ter feito demissões, isso porque o recrutamento da mão de obra no segmento não implica em vínculo empregatício — é feito principalmente por meio de contrato de parceria, conforme previsto na Lei 13.352/2016.

Fonte: SEBRAE

DESEMPENHO

Com o melhor desempenho desde 2014, quando se iniciou a crise econômica no país, as vendas no Brasil de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) fecharam 2020 com um crescimento superior a 40%, alcançando R$168,07. Em relação aos R$ 116,8 bilhões apurados no ano anterior. Os dados são da Euromonitor International. Já de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o setor cresceu 4,2%, atingindo um faturamento ex-factory de R$ 55,7 bilhões.

Os maiores crescimentos em vendas foram registrados pelos segmentos de produtos premium de beleza e higiene pessoal (12%), seguidos pelos dermocosméticos e produtos de prestígio de higiene e beleza. Vale ressaltar a diferença entre os produtos de prestígio e premium. Para a Euromonitor, os produtos de prestígio excluem os de massa e os dermocosméticos e os classificados como premium excluem apenas os de massa.

PANDEMIA

Procedimentos estéticos não pararam com a presença da COVID-19. A verdade é que existe um movimento mundial de crescimento da procura por esse tipo de intervenção. Procedimentos estéticos, historicamente, são mais realizada durante os períodos de férias. É quando sempre vemos o maior aumento nos procedimentos, porque as pessoas não estão indo para o trabalho e faculdade, tendo mais tempo para recuperação.

“Embora a pandemia dificilmente se qualifique como férias, ao exigir trabalho de casa, sem querer garantiu um período glorioso para a recuperação sem precisar de afastamento e sem que as pessoas saibam do procedimento”, aponta Paolo Rubez, membro da sociedade brasileira de cirurgia plástica.

Em meio a todo o estresse e ansiedade, muitos pacientes relatam crises com as próprias aparências físicas. Além disso, muitos foram forçados a passar horas em videoconferências com iluminação ruim, ângulos infelizes e recortes estranhos, expondo características que nunca notaram antes. Durante a quarentena também aumentou a busca pelo autocuidado e agora as pessoas estão “alocando recursos e tempo para cuidar de si mesmas e priorizando coisas que podem ter deixado de lado até então”, diz o médico.

FATOS RELEVANTES

O Brasil também se destaca em lançamentos, como o terceiro maior em produtos lançados no mercado global, depois de Estados Unidos e China. As criações brasileiras são exportadas para 174 países, segundo o Ministério da Economia e a Secretaria de Comércio Exterior, sendo a Argentina responsável por quase um quarto (24,8%) do valor exportado em 2020.

Outra mudança importante com relação aos produtos de beleza, de acordo com o portalcosmeticos.br, é uma mudança do consumo de resultado imediato para o longo prazo. Bem-estar, saúde e qualidade de vida ganharam maior prioridade diante da aparência externa.

De acordo com dados da ABIHPEC, o setor teve taxa de crescimento anual de 8,2% nos últimos 10 anos, movimentando cerca de R$ 100 bilhões por ano. Desde 2013, o crescimento de profissionais da área foi de 567% no Brasil, passando de 72.000 para mais de 480.000 profissionais.

Cerca de 7 mil salões formais são abertos por mês no Brasil. Se contabilizarmos os informais, esse valor é ainda maior. Assim, o crescimento do setor é muito superior ao do PIB e não se projeta saturação deste mercado no curto prazo. Independente da época do ano, a procura por serviços de beleza sempre acontece, fazendo com que o mercado não seja sazonal, o que justifica seu desempenho promissor. Outro fato que contribui para isso é que a mulher brasileira gasta anualmente 11 vezes mais com beleza do que mulheres inglesas.

INFLUÊNCIA DE INDICADORES ECONÔMICOS

O ambiente competitivo do mercado de salões de beleza no Brasil é um grande desafio. Isso porque são poucas as barreiras de entrada e saída, as oportunidades para economia de escala são mínimas, existem flutuações erráticas das vendas e desvantagens ao negociar com compradores ou fornecedores, há fácil substituição dos produtos e serviços e dificuldades na fidelização de clientes.

Um outro problema do mercado de salões de beleza no Brasil é a grande variação de valores praticados em diferentes estabelecimentos, o que dificulta que clientes façam comparações. Um levantamento da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, apontou que os preços de serviços de beleza podem variar até 92%. É difícil manter padrões nos preços, devido à variação de custos de cada estabelecimento, porém tal instabilidade faz com que muitos clientes deixem, por vezes, de frequentar tais locais, ou reduzam a frequência. 16,7% dos consumidores deixam de realizar serviços de beleza para poupar o bolso, conforme dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Outros problemas são relativos a carências estruturais, por exemplo:

  • Indefinição de normatização legal das relações jurídicas de natureza civil, tributária, trabalhista, de exercício profissional e comercial da atividade;
  • Carência de formação dos empreendedores em relação à gestão e escassez de profissionais qualificados;

Desconhecimento de normas técnicas, sanitárias e ambientais de funcionamento resultando em precariedade;
Elevado grau de informalidade e de mortalidade de negócios.

BIG PICTURE

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

Média barreira de entrada. Alguns procedimentos exigem um know-how maior do que os outros. Na mesma forma, o custo dos serviços irá depender dos serviços oferecidos.

Produtos Substitutos – Média

Praticamente nenhuma empresa do setor é insubstituível. Há marcas premium que, de fato, podem não possuir comparação quanto a excelência, mas isso representa a minoria das empresas do setor.

Poder dos Fornecedores – Baixa

Baixo poder de barganha devido à alta variedade. No entanto, quanto maior a especificidade e diferença no serviço, maior o poder de barganha dos fornecedores.

Poder dos Compradores – Alta

Alto poder de barganha dos compradores, tendo em vista a variedade de opções, o que faz com que muitas vezes a variável preço seja a mais importante no momento da decisão.

Rivalidade entre players – Alta

Esse mercado apresenta uma rivalidade extremamente elevada, tanto pela facilidade em trocar de canal de compras, quanto pelas estratégias de tráfego utilizadas pelos players.

OPORTUNIDADES

No setor de estética, é possível considerar diversos pontos que trazem uma diferenciação cada vez maior nas empresas do ramo de estética. Assim, ao identificar as baixas barreiras de entrada de novos players, é importante estar atento aos fatores que podem gerar certa diferenciação entre a concorrência.

Otimizações de Espaço e Estrutura

Através da otimização do espaço de salões de beleza e centros de estética, é possível atrair um maior número de clientes fiéis e conquistar também pessoas que frequentariam o espaço pela alocação dos demais serviços. Dentre eles, podem ser considerados: lojas, restaurantes e centros de bronzeamento.

Público Masculino

O público masculino representa uma parte do setor de estética que tem se mostrado muito relevante nos últimos meses. O crescimento dos produtos e serviços voltados para homens mostrou que é um investimento promissor, gerando cada vez mais lucros para quem os oferece.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversos fatores que prometem um crescimento e diferenciação de mercado, os empreendedores voltados ao setor de estética precisam ter uma atenção especial a fatores que podem vir a dificultar o serviço prestado e o crescimento das suas empresas.

Serviços que Exigem Know-How

Considerando que uma das principais formas de ter um destaque maior dentre os concorrentes é oferecer serviços que estejam fora da cartela das demais empresas, esse é um fator que pode gerar uma migração dos clientes de locais que não possuem essa grande diferenciação. Sendo assim, empreendimentos do setor perderiam clientes para outras empresas com maior expertise.

Instabilidade Econômica

Esse é um fator que vem mudando a realidade de empresas dos mais diversos ramos. Isso se dá pelo fato de os consumidores mudarem as suas prioridades de compra, uma vez que o cenário econômico se encontra desfavorável. Além disso, é um fator preocupante também no sentido de manutenção do espaço.

TENDÊNCIAS

O crescimento da estética no Brasil mostra que é possível vencer e crescer mesmo na crise. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2060 a população maior de 65 anos será de 25,5%. Levando uma vida saudável, o consumo de produtos e procedimentos estéticos também aumentará para poder atender o envelhecimento da população.

 Antes de 2020, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), em matéria do Terra, o mercado de estética cresceu 567% no Brasil. Passou de 72 mil para mais de 480 mil profissionais  o que atesta a grande procura das pessoas por serviços de beleza e bem-estar.

Com a crescente cobrança social para com as empresas, por um posicionamento sustentável, estabelecimentos que fazem serviços voltados para estética e beleza estão cada vez mais optando por usar produtos de origem natural e que não realizem testes em animais durante o processo de produção. As marcas chamadas de Indie Brands estão ganhando mercado e dividindo as prateleiras com produtos de marcas tradicionais.

Cerca de 90% dessas empresas foram fundadas entre 2015 e 2019, o público-alvo da maioria delas tem entre 19 a 40 anos e busca consumo mais saudável, sustentável e ético. Por isso, os ingredientes naturais imperam: 86% possuem um portfólio totalmente vegano, 74%  totalmente natural e 23% apenas produtos orgânicos. Outra característica que chama a atenção é o alto índice de terceirização, que chega a 72% da produção. No que se refere aos canais de vendas, as lojas físicas também dominam, com 72%.

Software de Simulação 

Os softwares de simulação têm crescido no mercado. Eles têm como objetivo principal reproduzir os possíveis resultados de procedimentos estéticos e cirúrgicos por meio de simulações, que podem ser feitas a partir de fotos do paciente ou de ilustrações que imitam o corpo humano. Com apenas alguns cliques, o profissional conseguirá demonstrar como o paciente ficará com o nariz mais fino ou os lábios mais grossos, e ainda terá o auxílio de editores integrados em questões de métrica e simetria.

Automação dos Processos Estéticos

Ao automatizar os processos da clínica, todas as suas informações ficam reunidas em um único sistema, que oferece a facilidade de acessar anamneses, evoluções em laudos, diagnósticos etc., além de ter tudo isso salvo com segurança na nuvem. Falando especificamente dos procedimentos estéticos, alguns desses processos podem ser mais precisos com a ajuda da tecnologia. Usando um software de gestão, é possível ter o controle de todos os procedimentos que o paciente já fez, com informações de datas, horários e profissionais participantes, além de configurar lembretes para quando uma manutenção for necessária. Dessa forma, tanto a clínica quanto o paciente se beneficiam, o que, por consequência, gera melhorias na visão que os pacientes têm do consultório.

A prática traz para o vendedor do produto, seja ele uma pessoa física ou uma empresa, uma maior previsibilidade de receita, além de uma diminuição na sazonalidade do mercado.

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Chocolate

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

A indústria do chocolate fatura mundialmente aproximadamente US$ 60 bilhões por ano. O Brasil é o quarto maior produtor de chocolate do planeta e está sempre na lista dos dez maiores consumidores. Nos últimos 10 anos, o consumo de chocolate no Brasil cresceu, em média, 11% ao ano. Em 2020 o crescimento de indústrias de chocolate, amendoim e balas foi de 2,4% frente a 2019, faturando R$ 11 Bilhões, de acordo com a ABICAB – Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas. Já no varejo, o mercado faturou em média R$ 14 Bilhões.

0
% de crescimento

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

  • Quanto a perspectiva de consumo, o chocolate com certeza faz parte da vida do brasileiro, segundo a ABICAB, o chocolate esteve presente em  82,6% dos lares brasileiros em 2020, crescendo 1,5%, os últimos dados de consumo por gênero, de 2019, indicaram que mulheres são maioria (56%) e 35% não o trocaria por outro alimento. A frequência de compra também aumentou em 2020, atingindo 8,2 (número de vezes que o brasileiro foi comprar chocolate em pontos de venda específicos), em 2019 este indicador era 7,5.

Em relação a produção, as indústrias se ajustaram a demanda e produziram menos no primeiro semestre de 2020. De acordo com levantamento da Abicab, a produção de chocolates foi de 169,1 mil toneladas em 6 meses, 22% menor em relação ao mesmo período de 2019. Porém, com um segundo semestre mais acelerado e um início de retomada da economia, o ano de 2020 chegou aos patamares de 2019, produzindo um valor muito próximo do ano anterior, variando somente 0,05%, totalizando 757 Mil Toneladas. 

PLAYERS

Dados indicam que a Nestlé, a Kraft e a Garoto detém cerca de 90% do mercado brasileiro, enquanto a Mars conta com 3% e o restante do mercado distribuído entre centenas de companhias regionais.

Comportamento do mercado Brasileiro 

O Brasil é um grande mercado para o chocolate e derivados do cacau, com uma característica peculiar de ser um dos poucos países do mundo onde se produz cacau, o processa e consome derivados do cacau de forma significativa, sendo um país que beira autossuficiência neste aspecto, com uma balança comercial muito equilibrada.

Temos, porém, uma legislação que exige pouco do chocolate, enquanto na Europa é necessário pelo menos 35% de cacau e uma limitação de ingredientes para o produto ser chamado de ‘chocolate’, no Brasil a indústria precisa apenas de 25% com a liberdade para incluir outros ingredientes na fórmula, sendo um ponto dúbio, visto que também é mais fácil para produtos com uma melhor qualidade de ingredientes se sobressaírem.

Existe também uma crescente iniciativa de chocolates Bean to Bar (amêndoa do chocolate), nos Estados Unidos esse processo já está bem maduro, mas na Europa, Japão e outros países desenvolvidos ainda é incipiente. O Brasil está acompanhando bem ambas as tendências.

Balança Comercial

O Brasil é um dos principais produtores e exportadores de cacau do mundo, ficando na 7ª posição global de acordo com dados da FGV de 2016, porém, dentro do brasil, ainda é um mercado que tem somente 0,1% das exportações nacionais, ficando na posição 104º. O principal estado que exporta o cacau é a Bahia, que é responsável por 99% do total. Os países que mais consomem o cacau nacional são a Argentina, EUA e Chile, com 40%, 25% e 18%, respectivamente, de acordo com dados da ComexStat, do governo federal.

Quanto ao chocolate em si, após uma grande queda de 2014 para 2015, as exportações vinham se recuperando de 2015-2018, porém, nos últimos 2 anos (2019 e 2020) os valores caíram 7,4% e 6,3%, mas ainda ficando acima dos valores de 2015, o valor total em 2020 foi de US$ FOB 97,1 milhões. As importações também têm seguido a tendência de queda, caindo um pouco a mais que as exportações, mas ainda mantendo a balança comercial equilibrada.

Chocolate artesanal e industrializado

As diferenças entre o chocolate artesanal e o chocolate industrializado:

Primeiramente, uma indústria de chocolate de grande porte geralmente possui um controle de qualidade mais rígido e um processo de fabricação mais definido. Já o chocolate artesanal (ou caseiro) pode ser feito de diversas maneiras diferentes.

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Preferência por tipo de chocolate

Páscoa

No setor de chocolate a principal época do ano do ano, sem sombras de dúvida, é a PÁSCOA. Além de ser a época com maior produção do ano em 2019 e 2020 foram cerca de 10 mil toneladas, também é a época onde se tem a maior taxa de contratação do setor. Nos últimos dois anos houve por média 14 mil contratações para a festividade. Porém, a crise econômica causada pelo novo coronavírus impactou muito ao setor e o desempenho nesta época do ano, o comércio teve queda de 33% nas vendas de Páscoa em comparação com 2019, porém, vinha crescendo desde 2008 (com exceções na crise de 2015 e 2016).

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

O QUE É?

É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico

Entrantes Potenciais – Média

O mercado de indústria de chocolates é um mercado que tem crescido muito, especialmente entre pequenos empreendedores locais, assim, o mercado tem a expetativa de se tornar mais competitivo com o passar do tempo, entrando mais players regionais.

Produtos Substitutos – Alta

Com um alto volume de produtos e inúmeras tendências de especificidades, a força de produtos substitutos se torna forte.

Poder dos Fornecedores- Alta

Tendo uma forte produção de cacau e uma grande cadeia produtiva, existe uma competitividade por bons fornecedores, além do fato de existir a tendência por uma matéria prima de boa qualidade.

Poder dos Compradores – Alta

Com a alta variedade de produtos e empresas, o comprador tem uma grande variedade de produtos, dando a ele um forte poder de compra.

Rivalidade entre players – Alta

Muitos competidores, muitos produtos e linhas, fazem o mercado ficar extremamente aquecido, aumentando a competitividade.

OPORTUNIDADES

População brasileira tem o forte hábito de consumo de chocolate

Devido ao hábito de consumir chocolate do povo brasileiro, é possível afirmar que o consumo de chocolate não tem nem perspectiva de queda. Mudanças em hábitos de consumo podem trazer mudanças em linhas de produto, como a tendência fitness e verde que vivenciamos no mundo como um todo, porém, mudanças de composição de produtos são comuns, não representando um risco ao mercado, mas sim uma nova oportunidade.

Variedade de produtos e grande possibilidade de diferenciação

Variedade de produtos: os novos hábitos de consumo podem representar uma grande oportunidade de mercado para aqueles que sabem aproveitá-las. Tendências Fitness, ‘verde’ e gourmet são as principais que podem trazer uma diferenciação, assim, com uma grande possibilidade de variedade de produtos, é possível  produzir para algum nicho específico dentro do mercado de chocolates, trabalhando a diferenciação e especialização.

Forte produção nacional de cacau e matéria prima

Forte produção de cacau nacional e matéria prima: a forte cadeia produtiva nacional fortalece a indústria, deixando a indústria de chocolate menos dependente do mercado internacional e do dólar, trazendo uma maior estabilidade.

AMEAÇAS

Grande número de concorrentes

Grande número de players: o mercado de chocolates pode ser considerado um mercado supersaturado, com um grande número de grandes players que tem boa parcela do mercado e também muitos players regionais, assim, se tornando um mercado com difícil penetração.

Grande queda do setor na Páscoa

Queda da páscoa: nos últimos anos foi clara uma mudança forte do mercado de chocolates na época da páscoa, trazendo uma queda grande de faturamento e também produção no setor, não é possível afirmar que a população parou de consumir chocolates na época, mas sim que o perfil de consumo esta sendo alterado.

TENDÊNCIAS

Fortalecimento da indústria nacional

É esperado que o publico brasileiro tenha um apetite ainda mais forte por produtos fabricados totalmente no Brasil.  É indicado a produção desse tipo de produto para maximizar essa tendência e mostrar tudo o que ela tem a agregar.

Livres de alérgenos

A tendência de alimentos sem laticínios continua a ganhar força e 2021 não será diferente. Como resultado, é preciso trabalhar para remover alguns dos alérgenos dos chocolates, incluindo chocolate ao “leite” sem laticínios e chocolate feito com lecitina de girassol em vez de soja.

A base de plantas

Com o número de refeições à base de plantas crescendo em 23% em relação a 2015, é evidente que a tendencia para alimentos à base de plantas é próspera. Com as vendas de chocolate vegano a caminho de aumentarem em quase 35% em 2020. Em comparação com o ano anterior também há uma demanda crescendo por chocolate à base de plantas.

Chocolates personalizados

Os chocolates personalizados serão maiores do que nunca em 2021. Quer sejam indivíduos para enviar presentes personalizados ou empresas que usam essa abordagem para atingir clientes ou agradecer colegas. A falta de contato face-a-face, devido ao COVID-19, impulsionará ainda mais essa tendencia.

Fortalecimento das narrativas

A narrativa de histórias foi listada como uma das principais tendências no mercado de alimentos para 2020. Os consumidores querem saber a história por trás de um produto. Isso também está ligado à crescente importância da origem do cacau, que deve ser sustentada por histórias e rastreabilidade. Em geral, uma boa história o ajuda a comercializar seu produto para comerciantes de cacau.

Chocolate em barra

O foco na origem também estimulou um aumento acentuado no número de fabricantes grãos de chocolate nos últimos anos.  Produzir os grãos para barra significa que o fabricante controla todas as etapas do processo de produção, desde a compra dos próprios grãos do cacau até a criação da barra de chocolate.

Para os produtores de cacau, o conceito “bean-to-bar” envolve diferentes métodos de produção, embalagem e remessa direta ou venda para lojas de alto padrão. Bean-to-bar permite que um pequeno número de produtores agregue valores significativos à sua produção de cacau. Essa adição de valor para os produtores de cacau é feita principalmente por meio de marcas e embalagens de qualidade e pela oferta de qualidades de cacau superiores.

Cadeia direta e o comércio do cacau

Há um número crescente de relações comerciais diretas no mercado de cacau especial. Essas relações são entre produtores e fabricantes de chocolate de pequeno e médio porte. A ideia do comércio direto é manter relacionamentos de longo prazo, honestos e fortes entre produtores de cacau ou cooperativas de produtores e fabricantes de chocolate. Isso requer boa confiança, compromisso e comunicação clara.

Eventualmente, essas relações podem levar à otimização da qualidade, transferência de know-how e melhores perspectivas de preço para você como agricultor ou exportador. No entanto, a conexão direta com os produtores nem sempre é viável para os fabricantes de chocolate. Lidar com logística, contratos, documentação alfandegária e casos de não conformidade pode ser muito complicado para compradores menores.

Saúde e bem estar

A demanda por cacau de alta qualidade é estimulada por um crescente interesse do consumidor em uma vida saudável. Os consumidores brasileiros estão cada vez mais preocupados com o impacto dos alimentos na sua saúde e bem-estar. A crise do COVID-19 tornou os consumidores ainda mais preocupados com a qualidade e a saúde, aumentando a demanda por alimentos saudáveis ​​e orgânicos. Espera-se que esse aumento da demanda continue após o fim da crise.

O cacau contém flavonoides, que estão associados a benefícios para a saúde, como redução da pressão arterial, melhora na saúde dos vasos sanguíneos e melhora nos níveis de colesterol. Os benefícios para a saúde são maiores para o chocolate amargo devido à sua maior porcentagem de cacau. Cacau de boa qualidade significa que menos açúcar é necessário.

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Cervejas Artesanais

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Se tratando da distribuição de cervejarias pelo território continental do Brasil temos uma extensão de 8.516.045 km² e com 1.209 cervejarias.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim
  • A relação território/cervejarias demonstra a proximidade que a população tem em relação aos locais de produção, neste ponto o Rio de Janeiro tem a maior concentração de cervejaria, com uma a cada 561 km².

    Destacam-se também os estados de Santa Catarina e o Distrito Federal.

    A cerveja continua sendo o produto mais registrado no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) alcançando o número de 9.950 registros, bem a frente do segundo lugar, polpa de fruta, com 2.535, e dos demais.

    A cerveja, em 2017, alcançou a marca de 5 mil novos registros, em 2018 o número chegou perto de 6.700 e a quase 10 mil em 2019.

Avaliando os ambientes interno e externo, conclui-se que a entrada no mercado cervejeiro, desde que planejada, há mais oportunidades e pontos fortes, do que barreiras e dificuldades. O mercado é promissor, a busca pelo produto vem crescendo gradativamente, a valorização do processo artesanal tem chamado a atenção dos apreciadores da bebida, justamente pela possibilidade de especificação do seu sabor.

Já como pontos negativos, existe a possibilidade do consumidor optar por um produto substituto, por não poder pagar pela bebida artesanal que apresenta um valor mais elevado do que as tradicionais, por exemplo. Além da concorrência acirrada, por ser um produto fácil de produzir, há uma grande diversidade de sabores especiais e novas descobertas a cada dia. Mesmo assim, a qualidade do produto oferecido é a maior estratégia.

O Estado de São Paulo tem alto potencial de crescimento de produção, porém ainda se faz necessário elevar o consumo da bebida por habitante, e uma das apostas feitas para que isso ocorra, é a expansão do mercado da cerveja artesanal.

De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:

Distribuição do número de cervejarias por município:

Número de cervejarias por ano:

Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Número de cervejarias por estado:

Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Número de cervejarias por estado:

Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Registro de produto para cerveja por ano:

Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Ano de fundação da sua cervejaria

Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Big Picture

1.209
cervejarias
com fábricas próprias.

1,2
Milhões de pontos de venda por todo país

1,6%
Do PIB nacional.

99%
Dos lares são atendidos pela indústria cervejeira

14,1
Bilhões de litros no ano.

R$107
Bilhões de faturamento ao ano (base de 2017)

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Apesar de ser um segmento com players grandes, o mercado de cerveja não é fechado devido ao custo inicial ser acessível, tendo um grande potencial de entrantes.

Produtos Substitutos – Alta

Produtos novos podem surgir a qualquer momento e impactar seriamente no produto que está no mercado.

Poder dos Fornecedores- Média

Tendo em vista a grande quantidade de players similares e a alta capacidade de diferenciação entre os produtos.

Poder dos Compradores – Alta

Devido à variedade de opções, fazendo com que, muitas vezes, a variável preço seja mais importante.

Rivalidade entre players – Alta

Considerando a grande quantidade de estabelecimentos e a constante busca pela diferenciação, podemos considerar que há grande rivalidade entre os players.

OPORTUNIDADES

O mercado de Cervejas Artesanais, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Marca atrelada à cidade da produção

Por ser um setor em crescimento durante os últimos anos porém com pequena taxa de exportação para outas unidades federativas, as cervejas artesanais tende a ser mais consumidas e atreladas  seu local de origem.

Estrutura pequena, montada para expansão

Os estabelecimentos de cervejarias artesanais se iniciam com estrutura pequena por serem, usualmente, empresas familiares, com instalações mais simples e volumes reduzidos.

Produção sob encomenda

Com as cervejarias artesanais, há a possibilidade de produção sob encomenda para seus clientes como, por exemplo, com seu nome próprio, rótulo único e sabor exclusivo, agregando valor para o consumidor no ato da compra.

Produção nichada

Pelo fato de as cervejas artesanais serem produzidas com menor volume comparado às cervejas industriais, torna-se mais fácil a produção para um nicho específico da população, à exemplo de cervejas com baixo teor de gordura, de álcool e também, de produção com novas técnicas de aplicação de lúpulo.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Novos entrantes

Como mostrando nas 5 forças de Porter, existe um alto potencial de entrantes no setor de cervejas artesanais, uma vez que o preço de entrada é acessível. Assim, aumenta-se a quantidade de players e, consequentemente, a concorrência.

 

Concorrência regional e nacional

Relacionado com o tópico descrito acima, a concorrência regional e nacional de cervejarias artesanais pode ser considerada uma ameaça devido à quantidade de estabelecimentos dentro do setor.

Tributação alta

Na produção de cervejas, os insumos, normalmente, são provindos de outros países, à exemplo de Estados Unidos e Europa. Os impostos cobrados chegam até 60% do preço da garrafa que é vendida para o consumidor.

As cervejas artesanais custam, em média, 3 vezes mais cara do que as industriais, mas, por serem fábricas de bebidas alcóolicas, as cervejarias artesanais são consideradas macro cervejarias pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, por isso, pagam os mesmos tributos de cervejarias industriais, mesmo produzindo em menor volume.

TENDÊNCIAS

Queda no consumo, sem paralisá-lo

Em pesquisa feita pelo aplicativo Annie com usuários do sistema Android, 71% das pessoas responderam que sua renda foi ou será impactada pela crise do coronavírus. A diminuição dos recursos entre os consumidores é um óbvio motivador para a queda de consumo.

Consumo mais engajado

Para muitos consumidores, a preferência por comprar de empresas que possuem atuação social, com ações de solidariedade e sustentabilidade, não é algo novo. Mas o número de pessoas que aderiram a marcas com esse engajamento cresceu exponencialmente durante a pandemia.

Uso da tecnologia para compras e consumo

Tecnologia para comprar produtos e serviços online não é novidade. Mas nunca houve antes uma demanda tão grande do consumidor por encontrar aquilo que precisa de maneira digital. Delivery – O sistema de entrega em domicílio chegou para ficar. De olho na qualidade desse serviço, as cervejarias passaram a dar mais atenção às questões de distribuição, transporte e armazenamento dos produtos, de forma que o produto chegue ao consumidor o mais fresco possível.

Mudança na definição de itens essenciais

Unindo as três tendências anteriores, surge uma quarta. O fato do consumidor ter menos dinheiro disponível, sofrer o impacto dos problemas sociais e precisar da tecnologia para pesquisar e comprar faz, assim, com que ele escolha muito bem quais produtos e serviços devem ser consumidos. Os itens essenciais se tornam o foco, muitas vezes, único.

Novos sabores

O mercado de cervejas tem buscado cada vez mais a utilização de novas matérias-primas, tecnologias e insumos, com o objetivo de trazer novos sabores e aromas à bebida. O Brasil está em posição de destaque como fornecedor de matéria-prima, pela grande variedade de frutas disponíveis no país, e também pelos tipos de madeira utilizados no envelhecimento das bebidas.

 

Novos microrganismos

A indústria cervejeira tem investido em novidades na produção. Bactérias e leveduras, antes tratadas como contaminantes, hoje fazem parte do processo de fabricação. Novos microrganismos têm sido testados, criando percepções sensoriais da bebida, que durante muito tempo primou pela tradição em sua fabricação.

As azedinhas vieram para ficar

Muitos especialistas estão cantando essa bola ano a ano. Mas foi em 2020 que as cervejas ácidas realmente despontaram na avaliação. Grande parte das cervejarias têm pelo menos uma opção de cervejas Sours. Na verdade, trata-se de uma grande categoria que engloba vários estilos com acidez elevada! Muitos deles são leves, refrescantes, adicionados de frutas e ideais para o calorão do verão brasileiro. Novidades nessa área são a Imperial ou Double Sours, feitas para ter maior teor alcoólico, e o crescimento das Sours mais complexas.

Saúde é o que interessa

Há alguns anos que o mercado global de cervejas vem enfrentando uma perda de volume. Em parte, por conta de uma preocupação crescente das pessoas com a saúde. O crescimento das cervejas sem álcool e sem glúten, por exemplo, são uma tentativa do mercado recuperar esse público. O sucesso estrondoso da Heineken 0.0% no Brasil deve trazer à tona em breve novas cervejas artesanais sem álcool.

Mercado fitness e nutrição

Cresce a produção de cervejas low carb e sem álcool, para atender a clientes mais conscientes de que o consumo da bebida pode estar atrelado ao conceito de uma vida saudável.

Automatização

O emprego de novos sistemas de produção e de níveis automatizados dos processos de fabricação garante a padronização da bebida, além de minimizar o risco de problemas que possam colocar em xeque a qualidade da cerveja e a saúde do consumidor.

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Equipe Ray Market Sound
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Carnes-

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Em 2020 o PIB do Brasil foi de R$ 7,4 trilhões, uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior. Apesar dessa queda, o PIB da Pecuária no mesmo período aumentou sua representatividade no PIB total, passando de 8,4% para 10%, evidenciando a força do setor na economia brasileira.

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1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Visão Geral

Produção

Consumo
Abates
Exportação
Carne de Frango
Suínos
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Carne Vegetal
Tecnologia e inovação
Automação

Evolução da participação do PIB do agronegócio da pecuária de corte sobre o PIB total do Brasil – 10 anos

  • O movimento do agronegócio da pecuária de corte em 2020 foi de R$ 747,05 bilhões, 20,8% acima dos R$ 618,50 bilhões registrados em 2019. Esse volume inclui todos os negócios e movimentações relacionados à cadeia, incluindo desde valores dos insumos utilizados na pecuária, passando por investimentos em genética, sanidade animal, nutrição, exportações e vendas no mercado interno.

    Parte desse crescimento se deve ao faturamento total na pecuária, da ordem de R$ 178,24 bilhões no ano passado, um aumento de 40,3% em relação aos R$ 127 bilhões registrados em 2019. A produção de insumos e de serviços ligados à produção pecuária, que registrou ganhos de R$ 60,44 bilhões, um recuo de 18,7% em relação aos R$ 74,31 bilhões registrados em 2019.

O PIB da Pecuária de Corte cresceu 20,8% em 2020, somando R$ 747,05 bilhões

Nesse mesmo período, a área de pastagens utilizada cresceu 0,2%, passando de 164,9 milhões de hectares para 165,2 milhões de hectares, com uma produtividade média de 4,2 @/ha/ano ou 65,5 kg de carcaça/ha/ano.

Com um rebanho de 187,55 milhões de cabeças, a pecuária brasileira registrou em 2020 um abate de 41,5 milhões de cabeças, queda de 4,2% em relação as 43,3 milhões de cabeças abatidas em 2019. Nesse mesmo período, o Brasil registrou um aumento de 8% nas exportações de carne bovina, que passaram de 2,49 milhões TEC em 2019 para 2,69 milhões TEC em 2020. Do total de carne produzida, 73,93% ou 7,63 milhões TEC tiveram como destino o mercado interno, enquanto 26,07% foram destinadas às exportações, o equivalente a 2,69 milhões TEC. Do total exportado, houve um aumento de 9,8% no volume de carne in natura, que passou de 2,04 milhão TEC em 2018 para 2,24 milhões TEC. Esse aumento ocorreu  devido não somente ao número de países de destino, que passou de 154 para 157 países, mas também ao aumento do volume de carne destinada a mercados já consolidados, como a China, cujo volume exportado aumentou 127% entre 2019 e 2020.

Localização dos frigoríficos de bovinos com serviço de Inspeção Federal (SIF) ativos em 2020

Rebanho bovino do Brasil – milhões de cabeças

PRODUÇÃO

Dentre os principais estados produtores de carne, o Paraná vem ganhando destaque nacional no ano de 2021. O estado produziu 1,5 milhão de toneladas de carne no primeiro trimestre de 2021, quase um quarto das 6,5 milhões de toneladas produzidas nos primeiros três meses em todo o Brasil. Entre janeiro e março, foram abatidas 521,6 milhões de cabeças de bovinos, suínos e aves no Estado, 12,2 milhões de animais a mais que no mesmo período do no passado, mostram os dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto o volume de carne reduziu no Brasil em relação ao primeiro trimestre de 2020, a produção paranaense cresceu 4,8% no período. Março foi o mês que liderou o abate, com a produção de 548,5 mil toneladas de carne de frango, suína e bovina, seguido do mês de janeiro (496,2 mil toneladas) e fevereiro (473,4 mil toneladas). O Estado mantém a liderança folgada na produção de frango, respondendo por um terço da nacional. Foram abatidas, no período, 518,7 milhões de aves, que somaram 1,2 milhão de toneladas de carne de frango. Foram 12 milhões de animais abatidos a mais e um crescimento de 4,9% na produção na comparação com primeiro trimestre de 2020.

O estado se destaca na produção bovina, suína e de frangos

Evolução do rebanho bovino brasileiro por região – milhões de cabeças

CONSUMO

A pandemia da Covid-19 provocou mudanças à mesa dos brasileiros, que cortaram o consumo de carne bovina para o menor nível em 25 anos, de acordo com dados do governo, que calcula a disponibilidade interna do produto subtraindo o volume exportado da produção nacional. Não bastasse a perda de renda da população, os preços de cortes bovinos dispararam, na esteira de valores recordes da arroba do boi gordo, limitando o consumo interno, enquanto a China importa como nunca,  carnes do Brasil. Agora, cada brasileiro consome 26,4 quilos desta proteína ao ano, queda de quase 14% em relação a 2019 quando ainda não havia crise sanitária. Este é o menor nível desde 1996, início da série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Só nos primeiros quatro meses do ano, o consumo per capita de carne bovina caiu mais de 4% em relação a 2020

De acordo com o IBGE, o preço das carnes em geral subiu 35% no país nos 12 meses até abril, mais que cinco vezes o próprio IPCA no período.

Os brasileiros estão trocando a carne bovina por proteínas mais baratas. O consumo de carne caiu 5% no ano passado, para 36 kg por pessoa. É o menor nível desde 2008. Trata-se também do 4º ano seguido de queda. Com o aumento do preço da carne,  o brasileiro está preferindo recorrer a fontes de proteína mais baratas, o consumo de ovos, por exemplo, (251 unidades per capita) saltou 9% em 2020,  chegando ao maior nível em 20 anos, já o de frango subiu 7%, para 45 kg por pessoa.

Já o consumo de carne suína per capita aumenta no Brasil pelo segundo trimestre consecutivo, chegando a 17,58 kg nas projeções no trimestre (gráfico 1) e 17,58 kg na média semestral, lembrando que o consumo recorde foi atingido em 2020, com 16,9 kg. Ou seja, apesar de problemas de poder aquisitivo da população em geral e das restrições da pandemia de Covid-19, a carne suína tem se mostrado cada vez mais como uma opção para o consumidor brasileiro, que tem aumentado cada vez mais a presença da suína na mesa em 2021.

ABATES

Por outro lado, o abate de frangos e suínos seguiu a tendência de alta. Com aumento desde 2005, o abate de suínos cresceu 6,4% em 2020, totalizando 49,3 milhões de cabeças abatidas, o que representa um novo recorde. Desde 1997, início da série histórica, somente na passagem de 2003 para 2004 não houve crescimento da atividade. Houve alta em todos os meses no confronto de 2020 com 2019, sendo que a maior foi em junho (mais 568,3 mil cabeças). Já o abate de frangos cresceu 3,3% e chegou a 6 bilhões de cabeças, novo recorde da série histórica. Comparando os meses de 2020 e 2019, houve reduções em maio (menos 29 milhões de cabeças) e agosto (menos 177 mil cabeças). Entre as altas, destaque para março (mais 61,7 milhões de cabeças) e dezembro (mais 53,2 milhões de cabeças).

O aumento do preço da carne bovina fez o brasileiro migrar o consumo para frangos e suínos, acarretando o aumento da demanda e consequentemente o aumento do número de abates para suprir a demanda nacional.

EXPORTAÇÃO

Apesar de o país ser o maior produtor de bovinos do mundo, ao adicionarmos a produção de aves e de suínos, o país passa a ocupar a terceira posição mundial no mercado internacional, com uma produção que corresponde a 9,2%, em 2020, ou 29 milhões de toneladas, atrás da China e dos Estados Unidos. Mas em quantidade de carnes exportadas (bovina, suína e aves), em 2020, o Brasil passou a ocupar o segundo lugar, com 7,4 milhões de toneladas ou 13,4% do total mundial.

Entre 2000 e 2020, as exportações de carnes brasileiras renderam US$ 265 bilhões. Porém, ao se fazer o recorte sobre a carne bovina, o país, em 2020, foi o maior exportador de carnes do mundo, com 2,2 milhões de toneladas e 14,4% do mercado internacional. Em seguida, aparecem a Austrália, Estados Unidos e Índia. “

Já em setembro de 2021 a média diária de exportações de carne
bovina atingiu 12,4 mil toneladas, uma disparada de 83,1% em relação ao volume embarcado por dia, em setembro de 2020

CARNE DE FRANGO

A carne de frango é considerada importante alimento para o consumo interno e para as exportações. O Brasil possui o quarto maior rebanho de galináceos do mundo, com 5,6% do total em 2020, ou 1,5 bilhão de cabeças.

Destaque para os três maiores rebanhos: China (19,2%), Indonésia (14,7%) e Estados Unidos (7,5%). Os Estados Unidos, apesar de ter o terceiro maior rebanho de galináceos, quando se trata de produção da carne de frango, em 2020,  lideraram com 16,7%, seguidos do Brasil com 11,8% (14 milhões de toneladas) e da China com 11,7% da produção mundial. Em 2020, o Brasil se tornou o maior exportador de carne de aves com 4,3 milhões de toneladas (20,9%) e em segundo lugar os Estados Unidos com 18,2% do volume total exportado. Em 2020, as exportações brasileiras de carne de aves renderam US$ 6,6 bilhões. Em relação aos últimos 20 anos, Estados Unidos e Brasil perderam participação. Ganharam importância Holanda, Tailândia e Polônia.


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SUÍNOS

Com relação aos suínos, o Brasil, em 2020, alcançou a terceira posição mundial na produção, com 41 milhões de cabeças, ou seja, 4,4% do total. O destaque é a China com 41,1% do rebanho mundial, seguida dos Estados Unidos (8,4%). A China vem conseguindo superar a Peste Suína Africana e continua liderando a produção de suínos no mundo, mas o seu consumo destina-se principalmente ao mercado interno. Em relação às exportações de carne suína, em 2020, a Alemanha e os Estados Unidos lideraram com participações acima de 15% do total cada um. O Brasil foi o 7º lugar em 2020 e o 8º nas duas últimas décadas, com participação abaixo de 5%.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Devido ao alto capital que deve ser imobilizado para a produção de carnes, em geral a barreira de entrada para esse mercado é vista como elevada, entretanto, para o varejo, a barreira de entrada do segmento é vista como intermediária.

Produtos Substitutos – Alta

Com raras exceções o produto não tende a ser atrelado à uma marca específica, com exceção do mercado de aves e processados, logo o valor da mercadoria tende a ser o principal fator no tocante à substituição de produtos, junto a qualidade e questões sanitárias.

Poder dos Fornecedores – Baixa

No que tange poder de barganha dos fornecedores, em geral o setor trabalha com valores de mercado, onde grandes redes tendem a conseguir negociar melhores margens do que pequenas redes.

Poder dos Compradores – Baixa

No que tange o cliente de ponta, o poder de barganha do mesmo não tende a ser muito elevado, já no que diz respeito aos lojistas, o poder de barganha pode ser analisado como intermediário e proporcional ao porte da empresa ou rede.

Rivalidade entre players – Alta

O mercado de carnes no Brasil é marcado tanto por grandes redes quanto por pequenos produtores e a luta por espaços tende a ser muito acirrada para todos.

OPORTUNIDADES

No tocante à oportunidades de mercado o mercado tanto de produção quanto de varejo de carnes, traz consigo excelentes oportunidades e cabe ao gestor estar atento e preparado para elas.

Mercado de exportação

O mercado de exportação de carnes no Brasil se mostra extremamente promissor, tendo como um dos principais destinos o mercado asiático, fazendo muito sentido para a produção nacional

Parcerias com o varejo

Uma parceria no viés institucional amarrando a produção ao contato com o cliente de ponta, pode ser extremamente benéfica para ambas as partes, trazendo previsibilidade na demanda e melhores margens para ambas as partes.

Carnes nobres

O mercado de carnes nobres se mostra como uma excelente oportunidade no que tange nicho de mercado no país, neste caso a empresa abriria mão de escala em alguns produtos selecionados e ganharia uma maior margem.

Comercialização de animais premiados

O mercado de comercialização de animais no país movimenta grandes cifras, em especial quando são tratados animais premiados, matrizes ou reprodutores.

AMEAÇAS

Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se prepara e se antecipar a eventuais problemas futuros.

Mercado exterior

Com relação a oscilações de mercado exterior, o mercado de carnes tende a ser extremamente sensível, por esse motivo cabe ao gestor estar atento e preparado para oscilações de mercado e flutuações cambiais.

Armazenagem dos produtos

O produto carne é altamente perecível, e o armazenamento desse produto deve seguir uma série de pré requisitos sanitários, para a garantia da qualidade do produto entregue ao consumidor final.

Logística e distribuição

Assim como o armazenamento, a logística e distribuição dos produtos podem gerar consequências onerosas ao negócio quando não forem executados de maneira assertiva.

Prevenção à doenças no rebanho

É de extrema importância, garantir a saúde do rebanho, prezando por pontos como vacinação e atendimento veterinário, esses gastos são de total importância no que tange a qualidade do produto final.

TENDÊNCIAS

Carne de origem vegetal

Uma forte tendência de mercado, alavancada pelo aumento do mercado vegano no país é a produção de produtos similares à carnes, porém de origem vegetal, é uma forma de se conectar à um novo público. Diversas empresas de grande porte já consolidadas no mercado trazem produtos vegetarianos e veganos como uma forma de diversificação do seu portfólio de produtos.

Tecnologia na produção

O uso de tecnologia para auxílio na produção, auxiliando na análise de indicadores e no aumento da qualidade do produto trazem ao setor um aumento exponencial na produção, auxiliando o atendimento de demanda do mercado nacional e do mercado exterior.

Inovação e tecnologia em embalagem

No que tange tendências, tecnologia e inovação, o mercado de carnes vem investindo bastante no desenvolvimento de embalagens para garantir ao produto um maior frescor, facilidade de visualização do produto e principalmente durabilidade,

Automação de processos em frigoríficos

A automação e otimização em processos chave dentro da produção de carnes no país, vem sendo cada vez mais necessária para frigoríficos no país, através da automação e do uso inclusive de robôs para a realização de alguns processos, as empresas conseguem aumentar a qualidade no produto final, além de um acréscimo na agilidade da produção e advindo dessa agilidade, uma economia que abarca o processo produtivo como um todo.

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Calçados

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Moda

O mercado de moda movimenta, em média, R$ 200 bilhões por ano. De acordo com a Fiesp, são mais de 6 bilhões de peças comercializadas a cada 12 meses. O país conta com uma das maiores redes varejistas de roupas e acessórios do mundo. Segundo dados do Empresômetro, empresa especialista em inteligência de mercado, o Brasil tem mais de 1 milhão de varejistas formalizados de roupas e acessórios, representando 5,53% de todas as empresas ativas do país.

A Região Sudeste conta com a maior concentração de varejistas de roupas, com mais de 460 mil empresas; somente São Paulo congrega mais de 250 mil. Na Região Sul, o Rio Grande do Sul tem no mercado mais de 80 mil negócios. A Bahia, o maior estado da Região Nordeste, conta com mais de 60 mil empreendimentos nessa atividade.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

REGIÃO SUDESTE DOMINA MAIS DE 50% DO MARKET SHARE DO SEGMENTO 

CALÇADOS NO BRASIL

Segundo o ITC (2019), o Brasil ocupa a 20ª posição no ranking mundial de produtores de calçados, em razão da baixa competitividade, com participação de US$ 1,085 bilhão.

A produção brasileira de calçados, desde o ano de 2018, vinha em uma trajetória relativamente estável, 2019 foi um ano marcado pelo crescimento, atingindo a produção de 935,5 milhões de pares. Com a crise em 2020, os panoramas gerais do setor calçadista retomaram os do ano de 2015.




IMPACTO DO COVID-19

A pandemia do Covid-19 prejudicou a grande maioria dos setores econômicos mas, alguns deles acabam por sofrerem mais. No caso da moda, como um todo, a queda acumulada em 2020 foi de quase 23%, na comparação com 2019, fazendo com que os varejistas de moda fossem obrigados a baixar preços. Pela primeira vez desde 1998, o setor de vestuário registrou deflação de 1,1%.

No setor de calçados, a pandemia causou uma queda de -18,4% na produção.

A rápida transformação digital e crescimento do E-Commerce foram fundamentais para a diminuição do prejuízo causado pela pandemia.

E-Commerce

Com o mundo enfrentando uma situação de pandemia, podemos observar o crescimento exponencial das vendas online, tanto em 2020 como em 2021.

Em 2020 podemos observar o crescimento de 40% do comércio digital, com 2021 seguindo a mesma tendência e já evidenciando um crescimento de 22,05% em relação ao ano anterior.

Os E-Commerces vem sendo tendência para o mercado de moda e estar presente neles vem sendo cada vez mais primordial para a saúde financeira das empresas, assim como também para o acesso da marca ao consumidor final.

Variações de porcentagem de faturamentos

No período analisado de 2014 a 2020 o E-commerce apresentou um crescimento superior à sites, ao setor de varejo e ao PIB do país.

Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, vender calçados online tem sido um negócio lucrativo e, do E-commerce feminino, o setor calçadista se encontra no 3º mais comprado, atrás de livros e artigos de moda.

EXPORTAÇÃO

Apesar de ser um dos principais produtores de calçados, quando entramos na questão de exportações, o Brasil se encontra em 20º lugar no ranking, ocupando uma parcela de 0,74% da exportação mundial.

Atualmente, os principais destinos dos calçados brasileiros são EUA, Argentina, Alemanha, França e Paraguai.

Em 2020, o comércio de exportações de calçados brasileira sentiu o impacto da chegada da pandemia, sofrendo queda de 21,1% em comparação com 2019.

Apesar de os valores atuais ainda estarem abaixo dos pré-pandêmicos, o aumento de 22,8% no ano de 2021 evidencia a recuperação do setor.

Os países listados abaixo, são, segundo o Índice de atratividade para 2021, os melhores países para se exportar no ano vigente.

Para o cálculo do Índice, se leva em consideração:

  • Tamanho Brasil: valor, em Dólares, das importações de calçados de origem brasileira;
  • Dinamismo Brasil: média entre os valores, em dólares, e o percentual das importações de calçados de origem brasileira;
  • Relevância para o Brasil e Mundo: representatividade, em dólares, das importações de calçados a partir da média dos valores importados frente ao de origem brasileira;
  • Tamanho Mundo
  • Dinamismo Mundo
  • Preço médio: média entre os preços médios (US$/Kg) das importações de calçados brasileiros e mundiais;


Subíndices:

  • Tamanho de mercado
  • Saldo comercial
  • Dinamismo
  • Desconcentração de mercado
  • Market-share
  • Preço médio
  • Quantidade de mercados

IMPORTAÇÃO

 

Bem com no cenário das exportações, as importações brasileiras em 2020 também obtiveram queda. No valor, em dólares, as taxas caíram em -19,8%, e na quantidade de pares produzidos, -25,4%.

Atualmente, Vietnã, China e Indonésia se destacam como origem das importações brasileiras, representando um total de 90% (em volume) das mesmas.


O maior market-share, representando 63,9% das importações, se enquadra no material “Têxtil”, mas que também obteve queda na variação entre os anos de 2019 e 2020. O único material que teve uma variação positiva foram os “Injetados” (11,2%), que abrangem o mercado de calçados esportivos.

Empregabilidade

No ano de 2020, a indústria calçadista totalizou 247,4 mil empregos formais e 5.600 estabelecimentos fabricantes.

Por conta da crise econômica devido à pandemia do Covid-19, as indústrias calçadistas foram obrigadas a reduzir a quantidade de funcionários,  demitindo  aproximadamente 21,4 mil empregados. Pela recuperação do setor e vacinação em massa, o segundo semestre do ano foi marcado pela retomada de contratações.

Competitividade Nacional

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Por demandar um alto investimento em operação e maquinário o setor de calçados, no que tange indústria, apresenta uma barreira de entrada elevada, apesar da mão de obra barata.

Produtos Substitutos – Alta

O mercado de calçados, como um todo, apresenta a característica de fácil substituição por parte do consumidor final.

Poder dos Fornecedores- Média

Ao comprar os produtos em escala, o empreendedor pode adquirir uma maior margem de negociação, além do fato de que a matéria prima fornecida pode ser adquirida por mais de um fornecedor.

Poder dos Compradores – Média

O lojista tem um poder de barganha intermediário, que varia segundo as variáveis de mercado. O poder de branding da marca e a demanda pelo consumidor final são pontos que podem ajudar a driblar eventuais dificuldades.

Rivalidade entre players – Alta

Devido à facilidade de troca do produto e às altas quantias investidas em marketing e propaganda

OPORTUNIDADES

O mercado de calçados, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Possibilidade de deal com grande empresa de mercado

A primeira oportunidade que o mercado de moda traz consigo é a possibilidade de deals futuros, envolvendo principalmente as grandes redes, anteriormente foi citado o caso da marca NV e sua aquisição pelo Grupo Soma.

Mercado de Exportação

O mercado de exportação de calçados, apesar de altamente complexo, se mostra interessante para o setor e a depender da negócio a empresa pode vir a se beneficiar por questões cambiais, vale a ressalva que para a implementação desse modelo de negócios o gestor deve estar altamente preparado para essa empreitada.

Escalonamento Através do Meio Digital

O mercado de moda se mostra fortemente ligado à e-commerces, e isso traz consigo uma grande oportunidade de escalonamento, possibilitando uma expansão rápida de qualquer marca à todo o Brasil.

Marketing de Influência

O setor de moda se mostra como um dos setores com maior fit com o marketing de influência, fazer uso dessa estratégia tende a acelerar resultados e aumentar a penetração da marca no mercado.

Construção de Marca

O sucesso de uma marca nesse mercado se correlaciona com a efetividade com a qual a marca é construída e com a conexão que é impressa para com o cliente final, portanto, é de suma importância a atenção à esse pilar dentro da organização.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Mercado Altamente Competitivo

O mercado da moda se destaca por uma forte concorrência entre seus players, sejam eles dos mais variados portes, as marcas envoltas nesse setor tendem a apresentar dificuldades em se diferenciar das demais concorrentes e em decorrência disso acabam tendo que entrar em uma guerra por margem.

Dificuldades Logísticas

A logística nesse setor pode ser um fator diferencial, ou uma grande dor de cabeça para o gestor, grandes redes em geral conseguem apresentar um maior grau de maturidade no tocante à logística, porém o mesmo não se repete em redes de menor porte, demandando assim uma maior atenção à esse ponto.

Qualidade de Produto e Padronização

Assim como a logística, a qualidade final do produto pode se tornar uma grande pedra no sapato do gestor, não apenas ao ponto de alcançar a qualidade, mas também no ponto de que essa qualidade deve ser mantida, fornecedores e processo de produção são parte essencial ao analisar esse ponto.

Relacionamento com o Consumidor Final

Esse é mais um ponto que deve ser tratado com muita atenção, a comunicação da empresa precisa estar muito alinhada e funcionar de forma assertiva para que a marca possa de fato alçar voos ainda maiores e trazer consigo sempre uma base fiel de compradores.

TENDÊNCIAS

Marcas como agentes de igualdade e inclusão

Em 2020 se tornou ainda mais evidente a desigualdade no mundo e, por isso, o papel de agente de transformação das empresas e sua representatividade são cobradas.

Por exemplo, 68% das pessoas autodeclaradas pardas e negras não se sentem representadas pelas marcas, fazendo com que os empreendedores percam um público potencial.

É importante elaborar um plano de marketing diversa, de forma a tornar a marca cada vez mais inclusiva.

Experiência do Usuário

Com o aumento dos usuários do E-commerce em 2020, os consumidores tendem a ser mais exigentes em relação à usabilidade e experiência do usuário. 

Para 2021, o Google muda o algoritmo, de forma a utilizar o critério “Google Page Experience”, que prioriza a estabilidade das vendas, a segurança do site e a velocidade de carregamento, de forma a priorizar as lojas que dão melhor experiência ao consumidor.

Omnichannel

Tendência não só no universo de calçados, a abordagem de vendas multicanal vêm sendo bastante utilizada no comércio. Com cada vez mais usuários emergidos nas tecnologias digitais, a jornada do consumidor pode passar por vários pontos de contato, como site, redes sociais, anúncios, e-mail, entre outros.

Marketing de Influências

As parcerias com influenciadores para alavancamento do marketing teve uma variação de +16,4% entre os anos de 2019 e 2020. Essa tendência se evidencia à medida que as vendas via influencers aumentaram 670% entre as black fridays de 2019 e 2020.


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