Estética Q1 2023

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA BRASIL X MUNDO

Em janeiro de 2022, informações da ABIHPEC indicaram que a estética é um dos ramos mais rentáveis no Brasil e evidenciam um crescimento de 567%, com o envolvimento de aproximadamente 480 mil profissionais. É interessante observar também que os salões de beleza são o segundo setor com um maior número de empresas ativas no país, com um total de 790 mil empreendimentos.

O jornal Estado de São Paulo realizou uma análise sobre o setor de estética e descobriu que, em 2022, a quantidade de CNPJs abertos na área da estética só em junho cresceu 28,5% em comparação com o mesmo mês em 2020 e 4,4% em relação à 2021, totalizando mais de 11 mil aberturas apenas no período e atingindo uma impressionante marca de mais de 790 mil empreendimentos no país, sendo o segundo setor com mais estabelecimentos ativos no Brasil. É importante lembrar que essa categoria inclui os serviços estéticos diversos: cuidados com as unhas, limpeza de pele, maquiagem e depilação.

Segundo o Grand View Research, o mercado global de estética deve atingir US$ 124,7 bilhões até 2028, com previsão de aumento de 9,8 % em taxa de crescimento anual composta (CAGR) entre 2021 até 2028. O Brasil é o terceiro maior mercado desse setor no mundo, seguindo-se apenas os Estados Unidos e a China. Conforme relatado pela Associação Brasileira da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – ABIHPEC -, o setor movimentou mais de R$ 47,5 bilhões e as perspectivas para os próximos anos são altamente positivas.

O mercado de estética, em todo o mundo, não para de crescer. Sendo, em geral, um mercado concentrado em cerca de 94% em mulheres, observamos os Estados Unidos como primeiro no ranking quantitativo de procedimentos cirúrgicos em 2020, seguido do Brasil, Rússia, México e Alemanha.

Os hospitais são a principal instalação de ocorrência de procedimentos estéticos, com 43,8%. Nos Estados Unidos, entretanto, os consultórios e centros cirúrgicos independentes são utilizados com maior frequência.

INDICE
Panorama Brasil X Mundo
Expansão do Setor
Índices do Setor
Fusões e Aquisições
Análise dos Players
Perfil do Consumidor
Subnichos
Covid x Setor
Investimentos no Setor
imp X Exp
Big Picture
5 Forças de Porter
Oportunidades
Ameaças
Tendências
Highlights
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Com crescimento expressivo para os próximos anos, podemos observar a grande expansão de mercado, tanto do setor de estética, quanto do mercado de injetáveis:


O Brasil é o 2º país com maior quantidade de procedimentos estéticos realizados, sendo, em 2020, um número total de 1.929.359. Destes, 1.306.962 foram cirúrgicos, o que representa 67,7%, com os demais relacionados à procedimentos não cirúrgicos. Os procedimentos mais comuns de serem realizados são:

De acordo com o relatório “Perspectivas de Mercado de Estética no Brasil 2021”, publicado em agosto de 2020 pela empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International, o relatório prevê que o setor deve crescer a um ritmo mais lento de 2021 a 2025, devido à deterioração da economia brasileira causada pela pandemia de COVID-19. No entanto, devido ao aumento da demanda por tratamentos estéticos, o mercado deve crescer a um CAGR (taxa composta de crescimento anual) de 4,7%.

O segmento de tratamentos não invasivos de estética deve continuar a impulsionar o crescimento do mercado de estética no Brasil nos próximos anos. A demanda por tratamentos minimamente invasivos como preenchimento facial, laser, dermoabrasão e luz pulsada deve continuar a crescer. O relatório também destaca a tendência crescente da automedicação estética, que deve impulsionar o mercado de produtos de cuidados pessoais de estética. Devido às mudanças nos hábitos de consumo, as empresas de estética também estão oferecendo serviços online, como consultas online e kits de cuidados pessoais.

De acordo com a Associação Brasileira de Estética (ABRE), o mercado de estética no Brasil deve crescer cerca de 5,9% ao ano entre 2021 e 2022, resultando em um faturamento anual de R$ 11,3 bilhões. Em 2022, a indústria de estética abrangerá aproximadamente 370 mil estabelecimentos, incluindo salões de beleza, clínicas de estética e serviços de saúde estética.

O setor de beleza e cuidados com a pele está entre as principais áreas de atuação da indústria de estética brasileira, com uma fatia de mercado de 48,5% em 2022. Os serviços de manicure e pedicure ocupam o segundo lugar, com uma participação de mercado de 24,3%, seguidos por maquiagem (7,1%) e tratamentos estéticos faciais (6,9%).

Os valores cobrados por serviços de estética no Brasil variam de acordo com o serviço e o local de realização. Um estudo da Associação Brasileira de Estética e Cosmética (ABEC) mostrou que, em média, um tratamento de limpeza de pele custa R$ 95,00, enquanto o peeling custa R$ 150,00. Os procedimentos de maior custo são os de cirurgia plástica, como a lipoaspiração, que pode chegar a custar R$ 20.000,00. Além disso, a massagem terapêutica custa, em média, R$ 150,00.

EXPANSÃO DO SETOR

Empresas de beleza chegam à bolsa de valores

A robustez do setor de beleza ficou em evidência quando a Espaçolaser (ESPA3) lançou recentemente seu IPO, levantando mais de R$2,5 bilhões com sua oferta inicial de ações.

A empresa estima que quase 70 milhões de pessoas no Brasil sejam adeptas de alguma forma de depilação, mas apenas 5% desse público opta pelo laser, mostrando como esse segmento pode crescer no país, haja vista que em outros países, como a Espanha, a depilação a laser já representa 50% do mercado. 

O crescimento da Espaçolaser tem sido impulsionado pela abertura de franquias, que representam cerca de 34% das suas unidades. Dados divulgados até setembro do ano passado mostram que a rede faturou R$952 milhões.

Com os recursos levantados no IPO, a empresa pretende se expandir ainda mais por todas as regiões do país e melhorar sua relação com franqueados, oferecendo mais suporte, capacitação e tecnologia de ponta.

ÍNDICES DO SETOR

Saldo Empregatício

A quantidade de admissões e demissões, bem como seu saldo, são informações importantes que ajudam a entender a dinâmica do setor e seus resultados. No ano de 2021, o setor de “Atividades de estética e outros serviços de cuidado com a beleza” possuiu 39.143 admissões e 29.934, obtendo um salgo empregatício expressivo de 9.209 pessoas. 

Já no ano de 2022, a diferença entre as admissões e desligamentos, ainda que positiva, foi um pouco menor:

Quantidade de Empresas

Analisando o CNAE de “Atividades de estética e outros serviços de cuidado com a beleza”, observamos a dinâmica dos players brasileiros:



Franquias

As franquias de saúde, beleza e bem estar, que incluem empresas como Espaço Laser, Emagrecentro e Sobrancelhas Design, é um dos segmentos mais impulsionadores do franchising brasileiro. Apenas dentro das franquias, o setor movimentou, em 2021, quase R$ 39 bilhões, com crescimento de 10,4% na quantidade de unidades de franquia, quando comparado ao ano de 2020.

Segundo o site da ABF, Associação Brasileira de Franchising, o faturamento acumulado dos últimos 12 meses do segmento foi:

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Avon e Natura

A maior fusão e aquisição do ramo da estética e beleza, no Brasil, aconteceu em 2020, na incorporação da Avon à Natura&Co. Em 2019, a Natura, uma das maiores empresas brasileiras de cosméticos e produtos de beleza, adquiriu a Avon, a líder mundial em vendas diretas de cosméticos, por US$ 2,7 bilhões. Este acordo uniu duas das maiores empresas de beleza do mundo e permitiu à Natura acesso a novos mercados, além de fortalecer sua posição na América Latina.

L’oreal e Skinbetter Science

Em Setembro de 2022, a L’oreal concluiu a aquisição da Skinbetter Science, marca norte-americana de cuidados com a pele que é conhecida por formular produtos inovadores com ingredientes ativos para combater o envelhecimento, hidratar, limpar, esfoliar e proteger do sol.

ANÁLISE DOS PLAYERS

Cinco empresas concentram 47,8% do mercado brasileiro, de acordo com o mesmo relatório: Natura & Co, seguida por grupo Boticário, grupo Unilever, grupo L’Oréal e Colgate-Palmolive Co. Já o número de empresas registradas na Anvisa em 2018 era de 2.794, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

No que tange os players, é importante salientar o grande crescimento do setor de estética dentro do franchising brasileiro, com diversas filiais de modalidades como emagrecimento, procedimentos estéticos e depilação a laser. O setor de saúde, beleza e bem estar teve crescimento de 20,1% na quantidade de franquias quando comparamos o 2º trimestre de 2021 e a mesma época de 2022.

PERFIL DO CONSUMIDOR

O perfil do consumidor de estética é definido por:

Idade

O perfil do consumidor em estética pode variar amplamente, abrangendo todos os grupos etários. No entanto, o maior grupo de consumidores é composto por mulheres entre 25 e 44 anos.

Gênero

Mulheres são os principais consumidores de serviços de estética.

Renda

O consumidor de estética é geralmente de classe média alta ou alta.

Localização

A maioria dos consumidores de estética está localizada em grandes centros urbanos.

Motivação

Os consumidores de estética são motivados por um desejo de melhorar a aparência e a autoestima. Eles também buscam relaxamento, bem-estar e saúde.

Busca por depilação a laser aumenta entre público masculino

Segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o segmento de beleza masculina brasileiro é considerado um dos mais inovadores do mundo. E como uma das responsáveis por uma grande parcela da demanda por procedimentos estéticos, está a depilação a laser, dentro de um mercado que movimenta R$ 32 bilhões por ano, segundo a Associação Brasileira de Franchising, ABF. 

Já em pesquisa de mercado realizada pela Espaçolaser em 2021, a procura pelo procedimento cresceu para 5,0%, frente aos 69 milhões de brasileiros que realizam o procedimento de depilação, e não apenas entre o público feminino.

O movimento, percebido também pela Espaçolaser – maior empresa de depilação a laser do mundo -, teve um aumento significativo nos últimos três anos, com crescimento expressivo: cerca de 40 mil homens passaram a realizar o tratamento na rede, registrando uma variação de mais de 3%. Mesmo com a alta procura pelo procedimento por mulheres, hoje os homens já ocupam quase 10% da base total de clientes da companhia.

Além do aumento da demanda pelo público masculino, a mudança de comportamento do consumidor também é perceptível ao longo dos anos, uma vez que os homens entenderem que já realizam a depilação ao tirar pelos do nariz, orelha e barba, com frequência. Em 2018, as áreas mais procuradas por homens eram barba, tórax e costas. Contudo, após perceberem a eficácia e praticidade do procedimento, foi identificado um aumento pela procura do procedimento nas regiões da virilha (com a maior variação, registrando um aumento de 7,44%), abdômen, ânus, costas e tórax.

Buyer Personas

Para melhor entendimento dos vários perfis dos consumidores, exemplificaremos com diferentes buyer personas, já que o público do setor é extremamente amplo e está sempre em expansão, atingindo novos públicos.

As personas representam diversos perfis de consumo, em busca de compreender vários tipos de público diferentes entre si e com interesses também distintos, dessa forma, fica visível que o mercado é extremamente amplo e possibilita diferentes abordagens de produtos e procedimentos.

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SUBNICHOS

Maquiagem

No 1º semestre de 2021, a categoria de maquiagens foi destaque, registrando um crescimento de 20% nas vendas ex-factory. Vendas de produtos de maquiagem como unhas, lábios, rosto, olhos e outros tiveram um aumento significativo.

Cuidados com a pele

O setor de skincare de janeiro a outubro de 2020 teve um crescimento significativo de mais de 160% nas vendas, de acordo com a ABIHPEC. Comparando com os números do mesmo período em 2019, o setor trouxe resultados expressivos ao início da pandemia, reforçando seu potencial de crescimento no mercado.

Estilismo

Os brasileiros investem cada vez mais em cuidados com os cabelos e isso se reflete nas vendas: enquanto a alta nos shampoos foi menos de 1%, os produtos de tratamento capilar cresceram 5,8% em 2021.

Manicure e Pedicure

A indústria da beleza tem crescido rapidamente no Brasil, com mais de 11 mil novos estabelecimentos abertos desde junho de 2020, incluindo salões de beleza com manicures, pedicures e cabeleireiros. Isso representa um aumento de 28,5% no período de um ano, sendo 4,4% maior que o mesmo período do ano anterior. Desde 2020, foram abertos mais de 343 mil estabelecimentos, tornando o regime brasileiro o quarto maior mercado de beleza do mundo.

Depilação

Durante a pandemia, os serviços de depilação a laser energizaram o setor de franquias, liderando o crescimento de 8,8% no 1º trimestre de 2022, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising. A depilação a laser pode ser considerada o método de se livrar dos pelos de forma duradoura e segura, o que explica o seu sucesso no período de reativação do setor.

Tratamentos corporais

Os gastos dos consumidores em serviços de salão de beleza, spa, massagens e outros procedimentos de bem-estar em 2021 tiveram um aumento de 47,2% em comparação com o ano de 2020. Segundo a Credicard, o aumento de faturamento em dezembro de 2021 foi o mais expressivo do ano, atingindo o mesmo valor de crescimento em relação ao mesmo mês em 2020. Estes investimentos refletem a preocupação dos brasileiros com relação ao cuidado pessoal.

COVID X SETOR

Com a chegada da Covid-19 e, consequentemente, o isolamento social, o setor de estética foi afetado de duas maneiras diferentes: Por um lado, pelo distanciamento, empresas como salões de beleza obtiveram grande perda no faturamento, e, por outro, a diminuição de outros tipos de gastos (como de transporte), possibilitou o investimento das pessoas de se cuidarem de casa, visto que se incomodaram mais com aspectos de pele e rosto. 

Segundo o SEBRAE, nove em cada dez micro e pequenas empresas do setor de serviços para beleza afirmam ter perdido faturamento por conta das medidas de isolamento social, com média de perda de faturamento de 57%.

Apesar da retração, as estratégias de paralização de atividades e descontos agressivos, bem como a demanda reprimida após o isolamento social, foram fundamentais para elevar os números do setor, de maneira geral.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o ano de 2020 obteve crescimento de 5,8%, mostrando que, apesar da grande crise econômica e social advinda da pandemia, o mercado de estética se mantém como um dos mais promissores do Brasil, uma vez que o consumidor brasileiro considera os produtos e serviços de estética são indispensáveis.

INVESTIMENTOS NO SETOR

Empresas de beleza chegam à bolsa de valores. A Espaço Laser vem registrando um crescimento exponencial ano a ano, alcançando a incrível marca de 3,6 milhões de clientes, com cada vez mais lojas e faturamento, como mostra o gráfico abaixo:

IMPORTAÇÕES X EXPORTAÇÕES

Importações

Segundo o relatório de “Estética: Perfil do mercado brasileiro” da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o Brasil importou US$ 2,35 bilhões em produtos de beleza em 2019. O número de importações aumentou 13,2% em relação a 2018.

Os principais fornecedores de produtos de estética para o Brasil foram a França (22,8% do total importado), os Estados Unidos (13,3%), a Alemanha (11,3%), a Itália (8,7%) e a Espanha (7,9%). Os principais produtos importados foram cosméticos, perfumes, artigos de toalete, produtos de higiene pessoal e produtos de cuidados com a pele.

O relatório também destaca que a maior parte do valor das importações brasileiras de produtos de estética (cerca de 70%) foi destinado ao abastecimento de empresas do setor, enquanto o restante foi destinado à venda de produtos para o consumidor final.

Exportações

De acordo com os dados da Abihpec, a exportação de produtos de estética no Brasil cresceu 16,8% em comparação ao ano anterior, alcançando um valor de US$ 731 milhões em 2020. 

Os principais destinos para os produtos brasileiros de estética foram os Estados Unidos, com US$ 244 milhões, seguido de Argentina, com US$ 111 milhões, e do Chile, com US$ 97 milhões. O setor de cosméticos foi o maior contribuinte para as exportações do setor, com US$ 623 milhões, seguido dos produtos de higiene pessoal, com US$ 108 milhões. 

Os dados da Abihpec também mostram que o setor de estética brasileiro experimentou um aumento significativo na exportação nos últimos cinco anos, com um crescimento de 122,3%, de US$ 325 milhões, em 2015, para US$ 731 milhões, em 2020.

Big Picture

Mercado mundial concentrado em cerca de 94% em mulheres

Cinco empresas concentram 47,8% do mercado brasileiro

O Brasil é o 2º país com maior quantidade de procedimentos estéticos realizados

Brasil importou US$ 2,35 bilhões em produtos de beleza em 2019

O mercado de estética no Brasil deve crescer 5,9% entre 2021 e 2022

Os principais destinos para os produtos brasileiros foram os EUA, Argentina e Chile

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

Existem algumas barreiras de entrada para o mercado de estética: é necessário ter uma licença para atuar como profissional de estética. Além disso, é preciso investir em equipamentos e materiais de qualidade e em publicidade para se destacar da concorrência.

Produtos Substitutos – Alta

Existem inúmeros produtos substitutos disponíveis para os clientes que desejam adquirir serviços de estética, como salões, spas, clínicas de estética, entre outros.

Poder dos Fornecedores- Baixa

Os fornecedores têm pouco poder no mercado de estética devido à elevada disponibilidade de materiais e serviços necessários para o funcionamento de um negócio de estética.

Poder dos Compradores – Alta

Os compradores do mercado de estética têm muito poder, pois existem muitos fornecedores que oferecem serviços similares, o que permite que os compradores possam comparar preços e escolher o fornecedor que melhor atenda às suas necessidades.

Rivalidade entre players – Alta

A concorrência é intensa pois há inúmeros estabelecimentos oferecendo serviços similares. Os preços praticados são um dos fatores mais importantes para que os clientes escolham um estabelecimento em detrimento de outro.

OPORTUNIDADES

O estética é marcado por grandes oportunidades, mesmo com todas as perdas causadas pela pandemia. A pandemia obrigou o segmento a evoluir, o que abre portas para desafios e oportunidades.

Expansão do mercado internacional

O Brasil é o terceiro maior em produtos lançados no mercado global, depois de Estados Unidos e China. As criações brasileiras são exportadas para 174 países, segundo o Ministério da Economia e a Secretaria de Comércio Exterior, sendo a Argentina responsável por quase um quarto (24,8%) do valor exportado em 2020.

 

Aumento da demanda

A demanda por produtos e serviços vêm crescendo cada vez mais, sendo observado crescimento expressivo de 73% no ano de 2021, o que mostra grande reaquecimento do mercado, acompanhado, também, do crescimento de empregos durante o período.

Disponibilidade de novas tecnologias

Novas técnicas construtivas, materiais e tecnologias estão sendo usadas no mercado residencial com objetivo de reduzir custos e tempo nas obras. Com isso, as construtoras podem trabalhar mais rapidamente e com maior precisão, garantindo menor retrabalho e um resultado final melhor.

AMEAÇAS

Apesar dos avanços em tecnologia de construção e soluções de inovação, o setor de construção civil ainda enfrenta algumas ameaças para sua saúde a longo prazo. Estas ameaças incluem a desaceleração do crescimento econômico global, o aumento dos custos de matérias-primas e a rápida mudança nas regulamentações ambientais.

Crescimento do mercado informal

O crescimento do mercado informal representa uma grande ameaça para o mercado de estética, pois os profissionais desse setor não oferecem serviços de qualidade garantida. Isso significa que os clientes podem estar expostos a diversos riscos como infecções, danos a pele ou ainda resultados insatisfatórios, prejudicando a experiência deles e a imagem da estética. Além disso, a prática do mercado informal também pode prejudicar diretamente os profissionais formais, pois ela gera prejuízos econômicos a eles, fazendo com que parte desse mercado não seja tão lucrativo.

 

Desrregulação

O setor de estética enfrenta o risco de ser aberto a práticas desonestas e não éticas, pois não existem leis ou regulamentos para regular o setor. Isso significa que os serviços oferecidos podem não ser seguros ou eficazes e, portanto, não oferecer os resultados desejados.

Aumento da concorrência

A aumento da concorrência no mercado de estética é um grande desafio para as empresas estabelecidas. É importante que elas identifiquem formas de se diferenciar, a fim de atrair e reter clientes. As empresas devem se esforçar para oferecer serviços de qualidade superior e garantir que os pacotes oferecidos sejam competitivos em relação aos preços praticados pelos concorrentes. Além disso, é importante que as empresas se preocupem com a satisfação dos clientes, oferecendo serviços de atendimento ao cliente de qualidade. Outra estratégia importante para enfrentar a concorrência no mercado de estética é investir em publicidade eficaz. A publicidade tem o poder de ajudar a criar marcas fortes e promover os serviços oferecidos. Além disso, as empresas devem sempre estar atentas às tendências do mercado e aos novos produtos, a fim de manter-se competitivas.

TENDÊNCIAS

Iniciando com as tendências quantitativas, observamos um crescimento expressivo do mercado de estética em todo o mundo. Segundo a Brandessence Market Research, o mercado possui taxa de crescimento anual (CAGR) de 10,8% até o ano de 2027, chegando a um total de US$ 19,01 bilhões.

Com o crescimento contínuo do setor de estética, assim como sua demanda e o lucro das empresas, um movimento de cirurgias e procedimentos realizados em locais sem a qualificação necessária também aumentou. 

Por isso, órgãos regulatórios em todo o mundo estão em busca de limitar a realização de procedimentos, impondo restrições para as más práticas. Nos Estados Unidos, por exemplo, a OSHA (Administração de Segurança e Saúde Ocupacional) reprimiu o botox falso e barato, com multas de até US$ 125.000

Novos procedimentos

Observamos, durante os últimos anos, uma grande tendência para realização de procedimentos mais naturais e cada vez menos invasivos. Para 2023, alguns procedimentos, principalmente para rejuvenescimento, vêm sendo grandes apostas dos esteticistas:

Ultraformer: Aumento da produção de colágeno;

Laser Fotona: Atua como mini lifting para rejuvenescer a pele;

Fios de PDO: técnica de lifting facil;

Produtos destinados ao público masculino

Segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o segmento de beleza masculina brasileiro é considerado um dos mais inovadores do mundo. E como uma das responsáveis por uma grande parcela da demanda por procedimentos estéticos, está a depilação a laser, dentro de um mercado que movimenta R$ 32 bilhões por ano, segundo a Associação Brasileira de Franchising, ABF.

Segundo uma pesquisa realizada pela agência de publicidade J. Walter Thompson, JWT, com americanos e ingleses, os cosméticos estão cada vez mais presentes na realidade masculina:

Cada vez mais homens investem em cuidados com a estética. Dados da ABIHPEC mostram que 54% dos brasileiros frequentam salões de beleza com frequência. O número de serviços oferecidos também vem crescendo, indo desde massagens à tratamentos capilares, faciais, depilação e cirurgias plásticas. 

Os procedimentos estéticos direcionados ao público masculino ajudam não só a melhorar a autoestima, mas também a qualidade de vida. Além disso, eles são fundamentais para tratar questões como calvície, acne, flacidez e até melasma. A cirurgia plástica também está ganhando espaço nesse nicho, como lipoaspiração e lifting, mas destacando as terapias capilares, harmonização facial e depilação, que se mostram como os serviços mais procurados.

Dessa forma, os homens podem contar cada vez mais com alternativas que ofereçam segurança e uma ótima performance. É importante que os serviços sejam feitos por profissionais experientes para garantir resultados satisfatórios, influenciando diretamente no embelezamento do corpo e na melhora da saúde em geral.

Diversidade

O mercado de estética mudou sua abordagem, personalizando cada atendimento de acordo com as necessidades de cada cliente. A procura por profissionais especialistas em diversas áreas está crescendo, permitindo que eles se tornem referência em nichos antes negligenciados. Esta diversidade de nichos e atendimento individual, possibilitou uma visão mais aprofundada das necessidades estéticas.

Sem Rush

Para a análise de tendências é importante, também, entendermos quais as principais buscas na internet que estão relacionadas ao termo “procedimentos estéticos”, evidenciando as demandas dos consumidores que buscam por este tipo de setor. Analisando o SEM RUSH, plataforma de marketing digital, observamos as principais variações dessa palavra chave, bem como as principais perguntas:

Desenvolvimento de produtos de skincare

Durante a pandemia da Covid-19, o hábito de cuidar da pele ganhou força no mercado de estética brasileiro. Isso se deve ao distanciamento social, que exige conversas por vídeo, e ao uso contínuo de máscara, que pode causar irritação na pele. Os cuidados com a pele são associados com práticas relaxantes e de bem-estar. 

A ABIHPEC observou um crescimento de 30,9% nas vendas de produtos de skincare entre janeiro e outubro de 2020, em comparação a 2019 (9,4%). Elas estão explorando o mercado online e apresentando produtos cruelty-free, veganos, com poucos componentes químicos e baseados em sustentabilidade.

HIGHLIGHTS

“O setor de estética é um mercado muito forte no país, com grande expansão nos últimos anos e perspectiva de crescimento acelerado para o futuro. A grande alavancada do setor nos últimos anos torna o Brasil como um dos principais polos mundiais de procedimentos estéticos, principalmente para os minimamente invasivos, possuindo forte influência, também, no comércio exterior e importação e exportação.

Apesar da concentração de quase 50% do mercado em 5 empresas, a grande quantidade de novas empresas no ramo, principalmente no ramo de franchising, mostram que o mercado está ficando cada vez mais pulverizado, sendo necessário estar buscando diferenciações frente aos seus concorrente, sempre se atualizando das principais tendências de mercado para se destacar.”

Luana Carvalho – Business Manager

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Análise Construção Civil

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
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Panorama Nacional

Construção Civil Q1 2023

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA DO BRASIL

No Brasil, o setor da construção civil é altamente relevante para o desenvolvimento econômico. Segundo dados do Ministério da Economia, nos últimos anos, fez parte dos principais setores responsáveis pelo aquecimento da economia brasileira antes de 2020. O setor atingiu um crescimento real (em constantes preços) de 4,2% no primeiro trimestre de 2019.

No entanto, devido à queda na demanda e à pandemia de COVID-19, a tendência para 2023 é um cenário de estabilização da economia dos próximos anos. De acordo com as estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OECD), a recessão econômica iria afetar fortemente o setor entre 2021 e 2022. No entanto, estimava-se que em 2023 o PIB brasileiro chegasse a recuperar os níveis anteriores à pandemia (de 2019) ou até mesmo 10% acima.

Se as estimativas se confirmarem, isso significa que a abertura de novos projetos na área imobiliária terão um importante papel nas previsões para 2023. Desta forma, as atividades ligadas à indústria da construção civil (construções novas, reformas e manutenções prediais) vão ser fundamentalmente importantes para o desenvolvimento social e económico do País.

Ademais, outro fator que impactará na recuperação do setor é a implementação de políticas públicas especialmente direcionadas para construção civil e habitacional, como linhas de financiamento pensadas por bancos privados, bem como fundos fiduciários e programas governamentais para facilitar a aquisição deste tipo de imóvel pelas pessoas físicas.que oferecem condições flexíveis e de pagamento facilitado.  Esses tipos de facilidades representam uma força contínua na manutenção dos investimentos no mercado imobiliário brasileiro.

Panorama Nacional

Portanto, acredita-se que os próximos três anos trarão uma perspectiva promissora para o segmento da construção civil brasileira, diante desses diversificados fatores macroeconômicos favoráveis que contribuirão para o seu crescimento e desenvolvimento sustentável no período atual pós pandemia.

Em contrapartida, existem alguns fatores críticos que necessitam de atenção especial antes do final deste ciclo. Estes fatores incluem: reduzir os custos gerais das obras; otimizar os processos produtivos; melhorar os níveis de qualidade das construções; bem como tornar os serviços mais sustentáveis em termos ambientais empresariais. A escassez de mão-de-obra qualificada é outro dos fatores que precisa ser enfrentado.

INDICE
Panorama do Brasil
Panorama Mundial
Expansão do Setor
Índices do Setor
Fusões e Aquisições
Análise dos Players
Perfil do Consumidor
Covid x Setor
Investimentos no Setor
Big Picture
5 Forças de Porter
Oportunidades
Ameaças
Tendências
Setores Correlacionados
Fatores de Influência
Incentivos Governamentais
Mudanças e Inovações
Highlights
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PANORAMA MUNDIAL

Panorama mundial

Os próximos anos terão um forte crescimento da construção civil, com as economias emergentes tendo a maior parte da atividade do setor. Espera-se que a construção continue sendo um motor vital para o desenvolvimento econômico global, com estimativas de que o mercado mundial de construção deveria crescer em 4,5% em 2022 e 4,7% em 2023. 

Por outro lado, a recuperação gradual dos EUA promoverá negócios saudáveis nesses setores, enquanto a Ásia apresenta oportunidades específicas no ramo da construção. Por exemplo, o Japão continua sendo um dos principais mercados para fornecedores globais de serviços da construção civil. 

Além disso, entram no mercado também os países do Oriente Médio e da África Subsaariana. Essas regiões estão experimentando um recorde de atividades relacionadas à construção de infraestrutura e edifícios residenciais destinados às classes média e baixa. A fabricante alemã BASF prevê um crescimento anual médio na região entre 8-9% para os próximos dois anos. A demanda por imóveis residenciais está aumentando na América Latina também.

 

No entanto, alguns fatores nacionais e internacionais podem ter implicações negativas no crescimento global do setor da construção. Algumas questões geopolíticas podem impulsionar a instabilidade dos preços dos materiais de construção em algumas regiões importantes. Por exemplo, a volatilidade nos preços do óleo pode influenciar significativamente os custos das obras nos países que dependem principalmente desse tipo de material.

 

Em suma, projeta-se que 2022 e 2023 trarão ritmos saudáveis no mercado mundial de construções civis. Embora sejam possíveis flutuações específicas localmente devido a fatores geopolíticos e outros fatores externos, as principais economias emergentes continuam oferecendo grandes oportunidades para quem estiver pronto para agarrá-las.

EXPANSÃO DO SETOR

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgou em janeiro deste ano que prevê um crescimento de 2,5% para o setor da construção durante o ano de 2023 no país. Completando três anos consecutivos de expansão acima do nível da economia nacional, assim como o ciclo de negócios do mercado imobiliário e a demanda habitacional sólida, José Carlos Martins – ex-presidente da CBIC – afirma que os investimentos no setor tendem a favorecer a área de infraestrutura nos próximos anos. Embora seja positivo, o crescimento ainda está 19,6% abaixo do que já foi registrado anteriormente.

Martins também mencionou o declínio na participação da construção civil no PIB nacional nos últimos anos para exemplificar a necessidade de aumentar essa contribuição à economia brasileira para um desenvolvimento mais sustentável. De acordo com os dados compilados, esse percentual havia chegado a 6,5% em 2012; contudo, baixou para 3,3% em 2021. Esses valores representam um índice inferior à média mundial dessa participação, que é estabelecida em 7%.

“Essa é uma decisão estratégica. Para fazer com que o país cresça realmente, para que ele tenha desenvolvimento social e humano, é necessário investimento para gerar resultado futuro para as pessoas”, ele disse, ao explicar que o foco deve ser direcionado para quatro pontos: produtividade, competitividade, sustentabilidade e construção com desenvolvimento social. “É prioritário que o nosso setor seja mais produtivo, que a competitividade setorial aumente e, para isso, é preciso o desenvolvimento tecnológico. Para ter desenvolvimento tecnológico, é preciso capacitar, inovar, incorporar muita tecnologia de gestão”, afirmou o então presidente.

Market Share:

ÍNDICES DO SETOR

A partir dos dados contidos no gráfico, fica fácil perceber como o setor da construção civil, embora que um dos principais setores da economia nacional, vinha constantemente apresentando grandes déficits com relação ao PIB brasileiro até 2018, quando finalmente demonstrava uma recuperação, até a pandemia que foi o principal fator causador de um novo déficit, mas o real destaque do gráfico é a incrível recuperação do ramo em 2021, apresentando a melhor média dos últimos 10 anos, e a terceira melhor em comparação a todo o período analisado.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Trimble e Ryvit

A Trimble adquiriu a Ryvit, um provedor de plataforma de integração como serviço (iPaaS) para a indústria da construção, visando facilitar a comunicação de dados entre os projetos. Lançada em 2016, ela é capaz de estabelecer conexões entre aplicativos usados comumente e fontes de dados, possibilitando o compartilhamento de informações entre as organizações.

A Ryvit auxilia os clientes a processar milhões de registros de dados diariamente, o que possibilita integrar os dados envolvidos nos projetos e coordenar os fluxos de trabalho visando melhorar a visibilidade. Após sua aquisição pela Trimble Construction One, as principais ofertas da Ryvit receberam nova identidade visual, que são Data Xchange e App Xchange.

Com o Data Xchange, os usuários finais são capazes de configurar e gerenciar seus fluxos de dados entre sistemas interligados. Já o App Xchange representa um centro de comando do desenvolvedor para conectar sistemas, além de criar fluxos de dados pré-configurados e embarcar novos clientes.

Joint Venture da Tmov e a Lenarge

A Tmov, líder do mercado de oferta e demanda de cargas fechadas no Brasil, e a Lenarge, célebre transportadora especializada em cargas de mineração, siderurgia, construção civil e que possui uma ampla frota de mais de mil caminhões, anunciaram recentemente a criação de uma joint venture para desenvolver soluções digitais para o frete desses segmentos.

Com o investimento de R$500 milhões, através da união da expertise de logística da Tmov com a imponente frota da Lenarge, surge como um dos principais players no mercado. Essa parceria alavancará ainda mais os serviços do aplicativo Tmov, que oferece aos embarcadores soluções tecnológicas e complexas sobre transporte.

ANÁLISE DOS PLAYERS

Completa Engenharia

MRV Engenharia

Construtora Coesa

WORKS Construção&Serviços

Fundada em 1971, Belo Horizonte, a Completa Engenharia se destaca por oferecer serviços complementares, drenagens profundas e superficiais e conservação de estradas. Com o passar dos anos, a empresa adquiriu expertise em saneamento básico, atuando na execução de sistemas de água e esgoto em diversos estados. Sempre preocupada em manter-se atualizada com os avanços tecnológicos, a Completa Engenharia tem unido o método construtivo à inovação.

Faturamento: US$ 1.93 bilhão

Com uma estratégia focada na inovação, a MRV, que é a maior construtora da américa latina, investe permanentemente no aprimoramento e na máxima qualidade dos seus produtos e serviços. Comprometida com o mercado e as melhores práticas, a empresa tem como prioridade principal prestar atendimento aos seus clientes. Por isso, em 2014 ganhou as certificações ISO 14.001 e OHSAS 18.001, que levam em conta padrões rigorosos de gestão de meio ambiente e segurança e saúde, respectivamente.

Faturamento: US$ 0.99 bilhão

Parte do grupo OAS, a Coesa tem como missão superar as expectativas dos clientes pautando seus trabalhos em princípios fundamentais como honestidade, responsabilidade, transparência e justiça. Seu objetivo é transformar os ambientes de forma inovadora, responsável e sustentável para esta e para as próximas gerações. Desde 2021, foram incorporados a um fundo de investimentos e possuem uma equipe altamente qualificada liderando a empresa para dar continuidade a essa trajetória de sucesso e perpetuar a marca OAS.

Faturamento: US$ 0.55 bilhão 

Fundada em 16 de Setembro de 1.986, a Works conta hoje com 5.380 colaboradores, que trabalham com responsabilidade e minuciosidade na execução de cada projeto. A empresa busca manter os melhores diferenciais competitivos, oferecendo qualidade nas operações, excelência no controle e gestão, compromissos com a inovação e um cuidado especial para atender as necessidades de cada cliente, buscando aprimorar a relação de confiança que mantém com entidades governamentais e com a marca.

Faturamento: US$ 315.70 milhões

PERFIL DO CONSUMIDOR

O mercado de construção civil no Brasil tem apresentado tendência de crescimento nos últimos anos. Estima-se que, entre 2022 e 2023, o setor movimente até R$ 585,4 bilhões, um aumento de 12,4% em relação a 2021.

Esse cenário animador se deve, principalmente, a reformas prediais e à demanda pelas habitações antigas (acima de 25 anos) presentes nas grandes cidades brasileiras. Essa tendência se tornará ainda mais relevante em 2023 graças às expectativas de maior oferta de crédito para financiamento. 

Além disso, o setor também se beneficiará do aquecimento das operações relacionadas à incorporação imobiliária, tanto para novos empreendimentos quanto para obras residenciais e comerciais. Estima-se que essas operações vão gerar investimentos na ordem de R$ 97 bilhões entre 2022 e 2023, segundo dados do Ministério da Economia. 

Assim sendo, na próxima década o perfil do consumidor do mercado de construção civil tem previsão para ter um caráter cada vez mais imobiliário: com maior procura por casas novas (para compra ou aluguel), venda/manutenção/reforma das residências antigas e construção comercial. Isso fará com que a faixa etária dos consumidores do setor também varie conforme sua necessidade específica. 

De acordo com um estudo realizado pelo economista Robson Gonçalves, a pedido da Associação Brasileira de Incorporadores Imobiliários (Abrainc), aproximadamente 30,7 milhões de novos domicílios serão necessários até 2030 para suprir a demanda resultante do crescimento da população brasileira e da formação de novas famílias. Do total, 14,4 milhões (46,9%) estarão direcionados à população com renda média, com ganhos entre três e dez salários mínimos. O segundo maior grupo de interesse é o de menor renda, 13,0 milhões (42,3%), que ganha até três salários mínimos. Por último, os mais ricos, aqueles que recebem acima de 10 salários mínimos, contribuirão com 3,3 milhões (10,7%) dos novos domicílios requeridos.

COVID X SETOR

Em 2020, a pandemia teve um impacto significativo no setor. Segundo dados do IBGE, entrando em baixa, após uma recuperação em 2019, decaindo de 1,9% para um decréscimo de -2,1% no PIB do ramo. Outras áreas apresentaram resultados negativos: o volume de recursos investidos caiu 8,2%, e as taxas de emprego no segmento reduziram-se em 16%.

Já em 2021, esperava-se uma recuperação lenta para o mercado da Construção Civil no Brasil. Embora esperançoso, de acordo com The Federal Reserve Bank of St. Louis, a recuperação na construção seria liderada pelas entradas governamentais previstas para crescerem 3% em 2021; número consideravelmente menor que o acréscimo observado antes da pandemia (8%). Além disso, podendo haver uma mudança na estrutura do setor, com uma modificação na regra dos tributos arrecadados pelas empresas correndo o risco deste setor não se preparar adequadamente para lidar com as alterações tributárias impostas pelo governo. Mesmo assim, o mesmo demonstrou uma recuperação significativa, superando o aumento do PIB nacional e registrando uma boa marca de crescimento.

Com a retomada gradativa dos investimentos prevista para 2022-2023, após as medidas tomadas por parte dos governos locais e federais para conter a crise econômica gerada pela COVID-19, esperam-se melhorias contínuas (e possivelmente significativas) nas taxas de crescimento da atividade nas áreas da construção civil no país. Nesses anos é expectável que as vendas residenciais voltem a crescer rapidamente devido à expectativa da desoneração desses imóveis adotadas pelo governo federal; o mesmo ocorre com os investimentos nas obras públicas lideradas pelos entes municipais através desses financiamentos resultando assim numa maior injeção de recursos no mercado e convertendo-se num incremento positivo na geração de empregos destes segmentos. 

INVESTIMENTOS NO SETOR

O setor de construção civil no Brasil é um dos mais atrativos para investidores, apresentando uma retomada do crescimento consistente nos últimos anos. De acordo com Perspectiva Conjuntural da Construção – 2021-2023, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as perspectivas para o setor em 2022 e 2023 são positivas. Projeções levantadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontam que o investimento no segmento deveria aumentar em 4,1% em 2022 e em 5,5% em 2023.

Ainda segundo o IBGE, o ano de 2022 também deveria ser marcado por uma recuperação nos preços na construção civil brasileira. O Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC), que mede a variação dos índices de Preços por Volume, aponta que os preços da construção civil poderiam aumentar até 3% durante o ano.

Esse aumento nos preços no setor é reflexo do alto nível de investimentos na área. Grandes empreendimentos, financiados pelas linhas do BNDES e outros incentivos fiscais, incentivam as grandes obras no mercado imobiliário brasileiro. Contribuindo assim para um portfólio diversificado nos próximos anos. 

Outra tendência interessante observada nos últimos meses é o interesse crescente dos investidores por projetos nas áreas verde e sustentável. Oportunidades estas que gerarão crescimento expressivo no mercado da construção civil brasileira nestes próximos anos.

Diante disso, é possível afirmar que os investimentos no mercado de construção civil no Brasil em 2023 serão altamente promissores para investidores renomados nacionalmente e internacionalmente e aqueles interessados em projetos sustentáveis e verdes.

Big Picture

Atenção governamental para instauração de políticas públicas visando o avanço do setor

Crescimento de 10% do PIB do setor em 2021

CBIC prevê um crescimento de 2,5% para o ramo durante o ano de 2023

Aproximadamente 30,7 milhões de novos domicílios serão necessários até 2030

Intensa recuperação pós pandemia e grandes perspectivas para o avanço do setor no país

Previsão de aumento do investimento no mercado em 2023 (5,5%)

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

Devido à grande quantidade de empresas já presentes no mercado, as barreiras de entrada são altas para os novos participantes no setor, já que tendem a ter problemas com capital inicial e regulamentações, além dos custos elevados associados a equipamentos, matéria-prima e mão-de-obra qualificada.

Produtos Substitutos – Baixa

Força quase nula, considerando que os projetos realizados nesse mercado são completamente personalizados e focados em atender necessidades únicas dos clientes.

Poder dos Fornecedores- Alta

Devido às altas barreiras de entrada, os fornecedores têm poder nos preços e condições dos serviços, o que gera custos mais elevados e reduz a margem de lucro para as empresas da construção civil.

Poder dos Compradores – Alta

Os compradores/clientes têm bastante poder de negociação nos preços, até pela ampla gama de players fortes presentes no mercado e pelo fluxo de negociação mais adaptável. Isso pode reduzir a margem de lucro das empresas do setor a longo prazo.

Rivalidade entre players – Alta

A construção civil no Brasil tem um grande número de empresas de todos os portes, sendo muito competitivo para conseguir contratos e crescer no mercado.

OPORTUNIDADES

Com a recuperação do mercado, é necessário ficar por dentro das oportunidades que vêm surgindo, para que se consiga aproveitar ao máximo a volta do crescimento do setor.

Acessibilidade às fontes de financiamento

O setor de construção civil tem acesso a novas fontes de financiamento, com as quais os empreendedores podem investir em projetos de grandes dimensões. Isso significa que os bancos comerciais e outras instituições financeiras estão dando maiores créditos para investimentos imobiliários, com taxas de juros muito baixas.

 


Aumento da demanda habitacional

Esta oportunidade cresce em conjunto com o número de pessoas que querem adquirir imóveis. Esta tendência é motivada pela falta de moradias disponíveis para compra ou aluguel e pelo desejo dos jovens brasileiros em adquirir seu próprio lar. Com isso, as construtoras ganham força na sua capacidade produtiva para satisfazer essa demanda.

Disponibilidade de novas tecnologias

Novas técnicas construtivas, materiais e tecnologias estão sendo usadas no mercado residencial com objetivo de reduzir custos e tempo nas obras. Com isso, as construtoras podem trabalhar mais rapidamente e com maior precisão, garantindo menor retrabalho e um resultado final melhor.

AMEAÇAS

Apesar dos avanços em tecnologia de construção e soluções de inovação, o setor de construção civil ainda enfrenta algumas ameaças para sua saúde a longo prazo. Estas ameaças incluem a desaceleração do crescimento econômico global, o aumento dos custos de matérias-primas e a rápida mudança nas regulamentações ambientais.

Custos elevados

O custo da construção civil ainda é alto no Brasil devido à quantidade limitada de materiais disponíveis, à carga tributária elevada sobre os segmentos relacionados à construção e à crescente demanda por obras civis. Com isso, as empresas do setor estão limitadas na possibilidade de oferecer preços baixos para satisfazer as necessidades do mercado.

 

Desaceleração da economia

A desaceleração da economia influencia diretamente no setor da construção civil já que muitas vezes reflete na queda na compra/venda imobiliária, assim afetando diretamente os negócios dessa área através da diminuição das vendas/compras.

TENDÊNCIAS

PANORAMA DE CRESCIMENTO PARA OS PRÓXIMOS ANOS

Percebe-se que houve uma queda de 1,8% em comparação com o ano anterior, dado esse que podemos atrelar como principal causador, a pandemia do Covid-19, que se proliferou no ano de 2020. Em 2021 e nos seguintes espera-se um crescimento entre 2 e 1,8% para cada ano em comparação com seus respectivos anos anteriores.

A projeção de crescimento do setor de construção civil nos próximos anos é de um aumento significativo. A tendência de crescimento é movida pelo aumento da procura por novos empreendimentos habitacionais e comerciais, bem como pela renovação dos empreendimentos já existentes. O aumento da população e o aumento da renda também impulsionam o mercado, criando novas oportunidades para os setores da construção, infraestrutura e engenharia. Os investimentos em infraestrutura e as mudanças nas normas de construção também ajudam a impulsionar o setor, tornando possível a realização de projetos mais inovadores e modernos.

No gráfico fornecido pelo banco de dados Statista, podemos conferir o valor do mercado de construção civil de maneira geral. O que podemos interpretar nesse gráfico é um constante crescimento até 2025, com previsão de crescer cerca de 18% de forma acumulada, o que daria aproximadamente 4% por ano, alcançando um valor de aproximadamente 99,2 bilhões de dólares em 2025.

Esse crescimento no mercado da construção civil pode ser atribuído ao aumento da população, a demanda por infraestrutura melhorada, a maior consciência ambiental, assim como a mudança nos padrões de construção, como o uso de materiais mais eficientes e sustentáveis. Com isso, o setor tende a se manter em constante expansão nos próximos anos.

SETORES CORRELACIONADOS E SUAS PROJEÇÕES

Arquitetura
Engenharia
Urbanismo
Materiais de construção
Imobiliário

Arquitetura e Design de Interiores

Estes dois setores estão relacionados com a construção civil, pois auxiliam na criação de projetos para construções futuras.

Os próximos anos prevêem um crescimento acentuado para o mercado de arquitetura e design de interiores. Apesar da pandemia de Covid-19 ter trazido desafios, os profissionais de arquitetura e design de interiores têm se saído bem na criação de projetos criativos para atender às necessidades de seus clientes.

De acordo com o relatório Global Market Insights, o mercado de arquitetura e design de interiores deveria alcançar um valor de mercado de US$ 77 bilhões em 2022. O número é esperado para crescer a uma taxa de crescimento anual composta de 9,7%, de 2022 a 2027.

O relatório também espera que o mercado de arquitetura e design de interiores se beneficie do crescimento econômico global e da melhoria das condições de crédito. Além disso, fatores como a crescente urbanização, o aumento da demanda por serviços de design de interiores, o aumento da sensibilidade ambiental, o desenvolvimento de novas tecnologias e o aumento da renda familiar também devem contribuir para o crescimento do setor.

Com a crescente demanda por arquitetura e design de interiores, tanto os serviços como os produtos relacionados devem se beneficiar significativamente. A demanda por produtos como móveis, acabamentos, materiais de construção, eletrodomésticos e outros itens de design de interiores deve crescer significativamente nos próximos anos.

Serviços de Engenharia

Estes serviços são imprescindíveis para assegurar que as construções sejam feitas de forma segura e em conformidade com as leis vigentes. 

O mercado de Serviços de Engenharia de Interiores seguirá em crescimento nos próximos anos. De acordo com o relatório “O Futuro do Mercado de Serviços de Engenharia de Interiores”, publicado pela Grand View Research, o mercado de serviços de engenharia de interiores deve chegar a US$ 22,7 bilhões em 2022, um aumento anual composto de 8,5% desde 2017.

Esse aumento no setor é impulsionado pelo crescimento do mercado imobiliário e pela demanda crescente por projetos modernos e inovadores de design de interiores. Além disso, a crescente adesão às tecnologias de automação e ao uso de materiais resistentes e duráveis também contribuem para o crescimento do mercado.

O crescimento contínuo da população urbana também está impulsionando o crescimento do mercado de serviços de engenharia de interiores. O aumento do número de novas construções residenciais e comerciais, assim como o aumento da demanda por serviços de design de interiores modernos, também contribui para o crescimento do setor.

Além disso, os governos de vários países estão adotando medidas para incentivar e facilitar os investimentos em infraestrutura moderna, o que também deve apoiar o crescimento do mercado.

Urbanismo e Planejamento Urbano

Estes dois setores estão intimamente ligados à construção civil, pois estudam a melhor forma de se desenvolver projetos arquitetônicos para um determinado local. 

O mercado de Urbanismo e Planejamento Urbano tem se mantido crescente nos últimos anos, com um crescimento médio anual de 10% entre 2015 e 2020. 

Em 2022, as previsões são de que esse crescimento se mantenha, com um aumento de até 15%. Alguns fatores contribuirão para isso, como o aumento da demanda por soluções urbanas mais sustentáveis, o uso crescente de tecnologias inteligentes para o gerenciamento de projetos e o interesse crescente em projetos inovadores que aproveitem o potencial dos espaços urbanos.

Nos próximos anos, espera-se que o mercado de Urbanismo e Planejamento Urbano cresça ainda mais, com uma previsão de um crescimento de 20% a 25% ao ano nos próximos cinco anos. Isso se deve principalmente à crescente demanda por soluções urbanas inteligentes e ao uso cada vez maior de tecnologias para o gerenciamento de projetos. Além disso, projetos de reabilitação urbana, como a revitalização de centros urbanos, também contribuirão para o crescimento do setor.

Construção de Acessórios e materiais

Estes serviços são necessários para a construção de edifícios, pois oferecem acessórios e materiais que são necessários para a construção.

O mercado de construção de acessórios vem crescendo nos últimos anos. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), as vendas de materiais de construção, incluindo acessórios, aumentaram em 2021 em relação a 2020, em cerca de 10,6%.

No entanto, para 2022, os números ainda não estão definidos, devido à incerteza que a pandemia ainda traz ao mercado. De acordo com a Abramat, o mercado de construção de acessórios ainda pode sofrer algumas variações, mas as previsões são de que o mercado mantenha um bom crescimento, ainda que menor que o do ano passado.

Para os próximos anos, a tendência é de que o setor continue crescendo, principalmente com a expansão do mercado imobiliário e da construção civil. Ainda segundo a Abramat, a expectativa é de que o crescimento anual seja de aproximadamente 9% a 10% nos próximos anos.

Mercado Imobiliário

O mercado imobiliário e o mercado de construção civil estão intimamente relacionados, pois a construção civil é o setor responsável pela criação de novos empreendimentos imobiliários, sejam eles residenciais ou comerciais. A demanda por novos empreendimentos é diretamente influenciada pelo crescimento econômico e pela mudança nas preferências dos compradores. 

Por isso, o desempenho desses dois mercados está diretamente ligado. Quando há maior demanda por imóveis, há também maior demanda por serviços de construção civil para atender às necessidades dos compradores. Por outro lado, quando há uma queda nos preços dos imóveis, a procura por serviços de construção diminui, pois muitas pessoas optam por não investir nesse tipo de mercado. Além disso, os principais materiais de construção também são afetados pela demanda do mercado imobiliário.

O mercado imobiliário brasileiro está se recuperando lentamente dos efeitos da pandemia, com uma previsão de crescimento de 2,3% em 2023. Esta projeção é baseada em uma recuperação gradual da economia, aumento da confiança do consumidor e aumento da demanda por habitação.

A demanda por habitação de alto padrão é esperada para aumentar, principalmente nos grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Esses mercados estão experimentando uma grande demanda por imóveis mais modernos, com infraestrutura de última geração.

Além disso, a construção de imóveis de médio porte também deve aumentar nas cidades de menor porte, como Curitiba, Salvador e Porto Alegre. Esta tendência se deve, principalmente, à crescente demanda por moradias mais acessíveis.

O mercado de aluguel também deve continuar a crescer. A expectativa é que o setor registre um aumento de 6,8% em 2023, com base em leis mais favoráveis para os locatários e aumento da oferta de imóveis para aluguel de curto prazo.

Em geral, o mercado imobiliário brasileiro está se recuperando dos efeitos da pandemia, com uma projeção de crescimento para 2023. Embora ainda existam fatores incertos, a expectativa é que o setor continue a crescer em direção a um futuro próspero.

FATORES DE INFLUÊNCIA

Selic

A taxa Selic tem o poder de impulsionar ou desacelerar os financiamentos imobiliários e empréstimos, tanto para as construtoras quanto para os compradores.

Com juros mais baixos, torna-se mais atrativo pedir crédito emprestado para construir ou para comprar imóveis. Além disso, quando a taxa Selic está baixa os investidores mais conservadores tendem a buscar imóveis. Então, quando ela se mantém baixa, há uma tendência de aquecimento no mercado, com mais empreendimentos sendo construídos. Nesse cenário, as vendas aumentam – inclusive de programas habitacionais, como o Programa Casa Fácil.

Por fim, outro impacto da taxa Selic na construção civil diz respeito aos custos envolvidos nos projetos. Isso porque a elevação dessa taxa resulta em aumento dos custos da construção civil. Com insumos mais caros, o preço dos imóveis aumenta, o que pode frear as vendas.

É preciso destacar 2020, primeiro ano da pandemia, que foi especialmente impulsionado pelo baixo patamar das taxas de juros. Com isso, o setor ganhou força mesmo diante das dificuldades vivenciadas com o forte incremento no custo dos seus insumos”, destaca Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Contudo, o momento pós-pandemia não se mostra tão favorável. Em agosto de 2022, a taxa Selic registrou sua 12ª elevação consecutiva, somando um aumento de 11,75 pontos percentuais e atingindo a marca de 13,75%. 

Observa-se que a Selic vai ter uma leve recaída em 2023 e mais uma queda em 2024, chegando em 9,5% para os próximos anos, porém apesar das 2 quedas consecutivas, a menor taxa desses anos futuros são números ainda altos, inclusive se compararmos à anos anteriores, como 2019 e 2020. 

A Partir da análise desse gráfico e considerando apenas essa variável como influenciadora do mercado de construção civil, haverá um leve impulsionamento do setor e em seguida uma estabilização. 

Inflação

A inflação afeta o mercado de construção civil de diversas maneiras, impactando os custos dos materiais, o custo da mão de obra, o custo do crédito, os preços dos imóveis e muito mais. Quando a inflação aumenta, os preços dos materiais de construção aumentam, assim como os custos de mão de obra, pois os trabalhadores exigem salários maiores para compensar a inflação. 

Além disso, os custos de crédito também aumentam, pois os bancos cobram taxas de juros mais altas para cobrir seus riscos. Isso significa que as empresas de construção civil terão que gastar mais para financiar seus projetos. Isso também afeta o preço dos imóveis, pois os custos de construção são incorporados aos preços dos imóveis. Em suma, a inflação afeta todos os setores da construção civil, desde a compra de materiais até o preço dos imóveis.

Índice de preços no consumidor é usado para observar tendências de inflação. É calculado com base no preço médio necessário para comprar um conjunto de bens de consumo e serviços num país, comparando com períodos anteriores

Câmbio

A construção civil é um setor altamente afetado pelo dólar, em virtude do uso de materiais importados e da cotação de commodities, como o minério de ferro, também em dólar, Quando a moeda americana sobe em relação ao Real, por exemplo, o custo da construção tende a subir – o que, como consequência, deixa os imóveis novos mais caros. Este custo, se mantido por um período relevante, poderia reduzir a oferta de imóveis, já que menos compradores estariam dispostos a arcar com a alta cambial.

Como consequência de menos imóveis disponíveis, os já existentes tendem a se valorizar, já que as pessoas precisam continuar morando e, no Brasil, ainda existe um relevante déficit habitacional. Dólar atrai inflação, seja por indicar uma deterioração da economia, seja por impactar no custo de insumos importados e estimular a exportação, a alta do dólar tem efeito praticamente direto sobre os preços na economia; em outras palavras, na inflação. Assim, o dólar alto tende a impactar o mercado de aluguéis interferindo no custo de vida dos inquilinos e diminuindo o valor real que eles estão dispostos a desembolsar.

Se por esse lado o dólar alto é prejudicial ao proprietário, que pode perder com a rentabilidade do aluguel, por outro, os imóveis, por serem ativos de valor real, são uma das melhores maneiras de proteger o patrimônio da desvalorização da moeda local.

No caso do câmbio, o controle acontece da seguinte maneira: com os juros altos, os títulos públicos brasileiros ficam mais atrativos – e os investidores estrangeiros aumentam a demanda por Reais, o que tende a valorizar a moeda frente ao dólar.

Para o mercado imobiliário, juros mais caros significam financiamentos mais caros. Assim, comprar um imóvel novo se torna mais difícil, o que pode aumentar a demanda por aluguéis.

Crédito

O aumento do crédito pode ter um impacto significativo no mercado de construção civil. Primeiro, o maior acesso ao crédito torna mais fácil para as pessoas comprarem casas e outras propriedades. Quando mais pessoas estão comprando propriedades, os preços das propriedades tendem a subir, o que pode incentivar as construtoras a construírem mais moradias. Além disso, o aumento do crédito também pode significar que mais empresas e órgãos governamentais estarão dispostos a financiar projetos de construção, como escolas, hospitais, aeroportos e rodovias. 

Com mais financiamento disponível para novos projetos, o setor da construção pode precisar empregar mais trabalhadores ou usar mais recursos para concluir os projetos em menos tempo. Por último, o maior acesso ao crédito pode levar à criação de novos projetos de habitação, que, por sua vez, aumentam os pedidos de materiais de construção e outros serviços do setor da construção.

Política

O segundo turno das eleições definiu o novo presidente do Brasil. A partir de janeiro de 2023, Luis Inácio Lula da Silva assumirá a presidência. Diante deste novo cenário e transição de governo, De acordo com Jonata Tribioli, especialista em Mercado Imobiliário e CEO da Neoin, empresa que atua na área de cotas de financiamento imobiliário, uma das prioridades do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, é colocar as classes menos favorecidas de volta no Orçamento da União, através da construção de moradia popular para milhões de brasileiros. Uma das promessas do novo governo é a volta da Faixa 1 para o programa “Minha Casa, Minha Vida”, isto é, a população com renda de até dois salários mínimos.

Além disso, a tendência é que as negociações de compra e venda continuem crescendo e de forma exponencial. O mercado imobiliário é um segmento muito sólido no Brasil, sendo uma classe de ativos consolidada e que sempre foi vista como uma reserva de valor, principalmente quando falamos de imóveis residenciais”.

Ao analisar os dois mandatos anteriores de Luís Inácio Lula da Silva na presidência, Tribioli, aponta que as construtoras de baixa renda tendem a ser as mais beneficiadas com esse terceiro governo.

“A habitação social é um dos principais pilares de um governo de esquerda. Lembrando que o programa MINHA CASA MINHA VIDA foi concedido pelo presidente eleito. Nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, o setor foi responsável pela criação de 1,2 milhões de empregos e a contratação de 5,5 milhões de financiamentos habitacionais”.

Há a possibilidade do segmento de alto padrão sofrer retração. Mas devemos considerar o histórico de resiliência do segmento. 

Aumento de juros e fluxo de investimentos

Em entrevista para a Infomoney, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, reforçou que o ponto-chave para o segmento é a regularidade no fluxo de investimentos. 

“Não dá para viver de uma solução única, que um dia coloca uma montanha de dinheiro e, de repente, morre tudo. Isso aconteceu com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado em 2007 pelo governo do PT. Sem continuidade, não posso investir pesado em tecnologia, maquinário e capacitação. Perco a oportunidade de ser mais produtivo”, afirmou ao veículo Infomoney.

Tribioli lembra que o presidente da ABRAINC, Luiz França, diz que apesar do aumento nos juros, há boas perspectivas para o setor, pois a taxa dos financiamentos imobiliários é atrelada à remuneração da poupança e ela não sobe na proporção da Selic.

De acordo com a Brain Inteligência Imobiliária, 62% dos empresários acreditam na melhora do setor imobiliário em 2023. A pesquisa foi realizada com 356 empresários da área, com o objetivo central de coletar suas percepções sobre o desempenho do setor e das empresas neste ano, além das perspectivas para o futuro

Entender em quanto tempo o novo governo consegue dar condição para o Banco Central começar a baixar juros é uma questão-chave. Essa movimentação estimula atividades econômicas e pode fazer com que qualquer esfriamento do mercado imobiliário seja mais curto e menos agressivo.

O vice-presidente de relações institucionais do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Yorki Estefan, afirmou em entrevista à Infomoney que é imprescindível manter em ordem as contas públicas para que os juros possam cair.

INCENTIVOS GOVERNAMENTAIS

Desoneração da Folha de Pagamento (2019)

Benefício fiscal a empresas que reduzem de forma significativa o pagamento de encargos trabalhistas com a produtividade, visando alavancar a competitividade no setor.

Programa de Reivindicação de créditos Tributários para a Construção Civil (2018)

Criado para aproveitar as vantagens que outras leis, culturais e institucionais oferecem às empresas para obtenção de créditos tributários.

Programa de Financiamento de Habitação de Interesse Social (FinHIS) (2020)

O Programa FinHIS visa promover o acesso à habitação digna para as famílias de baixa renda e renda média brasileiras. O programa faz parte do Programa Nacional de Habitação de Interesse Social (PNHIS) e é financiado pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

O programa oferece financiamentos a juros reduzidos para aquisição e construção de imóveis para morar, com parcelas variando entre R$100,00 e R$900,00 por mês. Os montantes suportados pelo financiamento vão de R$ 23.000,00 a R$160.000,00.

Além disso, o programa dá prioridade a famílias que comprovem a sua insuficiência financeira, bem como aquelas que possuem crianças ou idosos em sua dedicação. Os imóveis financiados também devem obedecer às normas de habitação social.

STARTUPS E EMPRESAS INOVADORAS


Tecverde

A Tecverde é uma empresa de engenharia, focada em construções eficientes. São pioneiros em trazer para o Brasil os conceitos de tecnologia mais avançados no mundo para construções mais eficientes, sustentáveis e rentáveis.

Em 2023, se prepara para liderar o setor, oferecendo soluções inovadoras e inclusivas para garantir a satisfação de seus clientes. Está investindo em tecnologias de ponta, como inteligência artificial, para otimizar o tempo e o custo das obras. Além disso, a empresa ampliou a gama de produtos para atender melhor aos clientes, oferecendo materiais de primeira linha, que são um dos principais pontos fortes da marca.

Com todas essas iniciativas de conscientização ambiental, excelentes serviços e variedade de produtos, a expectativa é se destacar ainda mais no mercado de construção civil no Brasil.

Ambar

Uma construtech focada em construções inteligentes. Através de diferentes soluções a empresa busca levar mais eficiência para todas as etapas da construção, desde a elaboração do projeto e planejamento, até a etapa final de moradia por meio de uma boa tecnologia de produção, contando com módulos construtivos que economizam tempo e diminuem os custos, softwares para gerenciamento da obra e materiais de qualidade, contando respectivamente com a SmartPods, Autodoc e Polar, para garantir a excelência em todos os aspectos do serviço.

A Ambar, uma das principais empresas do setor de construção civil no país, está se destacando como uma das referências no mercado. Tendo grande número de obras por todo o território nacional, podemos esperar que na sua projeção para 2023, ela se mantenha destacada. 

Apesar dos desafios econômicos que o Brasil enfrenta, com a Ambar investindo na modernização de equipamentos e na melhoria das parcerias com grandes empresas e com seu modelo de trabalho voltado para a excelência, a empresa busca atingir seus objetivos.

SOFTWARES

O setor de construção civil no Brasil tem presenciado importantes avanços tecnológicos, sobretudo nos últimos anos, por meio da popularização da adoção de soluções de software para empresas e profissionais do setor. Essas soluções tem se mostrado eficazes na otimização da produtividade, na redução de custos, para a tomada de decisões mais assertivas e para maior controle sobre todos os processos da obra.

De acordo com um estudo da Federação da Construção Civil do Estado do Maranhão realizado no ano de 2019, os setores que mais demandavam softwares de construção civil no Brasil são os de gestão de documentação e finanças, controle de patrimônio, gestão de materiais e licenciamento ambiental.

Segundo as previsões para o ano de 2023/2024, a tendência para o mercado brasileiro de softwares na construção civil é que a adoção de soluções tecnológicas aumente de maneira significativa, acompanhando o crescimento deste setor.

Além disso, é importante destacar que nos próximos anos, os softwares presentes no mercado da construção civil deverão evoluir gradativamente, atendendo às demandas de presença digital dos consumidores, oferecendo soluções adicionais nas áreas de ambientes inteligentes para aproveitar o que as novas tecnologias têm a oferecer.

Em síntese, nós podemos prever que no ano de 2023 os softwares voltados à área estarão cada vez mais presentes no Brasil. As empresas e profissionais terão à disposição ferramentas mais modernas e otimizadas, que lhes facilitarão os processos e tornarão sua gestão ainda mais eficiente. Algumas dessas soluções são:




Box

O Box Obras é um software de gerenciamento de obras que permite que empreiteiros e profissionais da área da construção criem, cumpram e gerenciem seus projetos de maneira mais eficiente. Ele oferece um conjunto abrangente de ferramentas que ajudam os usuários a otimizar o fluxo de trabalho enquanto economizam tempo e dinheiro. 

Construsoft

Uma plataforma de gerenciamento de projetos para construção que permite a administração de recursos humanos, materiais, custos, riscos e desafios de qualquer projeto de construção.

Construction.ai

Esta startup líder em inteligência artificial no setor imobiliário oferece um software de machine learning para soluções de extração de dados, planos de trabalho automatizados e outras ferramentas de construção baseadas em AI.

Autodesk BIM 360

Uma plataforma digital de construção que permite a colaboração entre profissionais de obras e operações de manutenção. Oferece vários recursos de colaboração e controle de qualidade, além de rastrear a produtividade e a segurança dos projetos.

APLICATIVOS

A tecnologia tem se tornado um importante aliado nos campos da construção civil. Um exemplo disso é que, conforme pesquisa divulgada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em 2023, poderá haver cerca de 5 mil aplicativos específicos para a construção civil em uso em todo o mundo. 

Estes aplicativos apresentam diversos compromissos e cumprem diversas funções, além de ajudarem na realização de análises mais avançadas. Por exemplo, eles podem ser usados para planejar e supervisionar projetos, gerenciar os recursos de uma obra e permitir compartilhamento de arquivos entre membros da equipe, ajudando na gestão dos dados. 

Outra função interessante relacionada à construção civil é que eles também podem ajudar na tomada de decisões para a execução dos projetos. Por meio deles, é possível obter informações precisas sobre o status do projeto, visualizar processos em andamento e controlar a questão financeira envolvida na obra. Estes dados são cruciais para que uma equipa possa tomar rapidamente decisões informadas sobre como lidar com um ambiente de trabalho desafiador. 

Em suma, a tecnologia tem um papel muito importante na construção civil e, até 2023, os aplicativos específicos para o setor podem fornecer uma variedade de funções que ajudam as empresas a realizar grandes trabalhos em obras. Esses aplicativos também ajudam a tornar as equipes mais produtivas, pois permitem um maior controle dos processos, a realização de melhores tomadas de decisão e o acompanhamento em tempo real de todos os dados associados ao projeto.

BIMx

Oferecendo aos usuários a capacidade de navegar por modelos 2D e 3D pré-construídos. Com esse recurso, profissionais no setor da construção têm acesso a dados detalhados sobre os componentes de uma edificação. Para satisfazer seu alto padrão de desempenho e usabilidade, o BIMx permite o acesso à documentação completa de projetos de construção. Além disso, é compatível com serviços de nuvem terceirizados com o recurso BIMx Model Transfer.

SafeSite

Safesite é um aplicativo que foi projetado para garantir a segurança na obra, identificar e solucionar problemas antes que eles se transformem em incidentes. A partir das imagens documentadas, o aplicativo pode notificar a equipe responsável para resolver. O uso do Safesite também possibilita o acompanhamento dos desenvolvimentos e as resoluções a serem realizadas para encerrar a situação. Assim, ajudando a economizar tempo, melhorar a conformidade e reduzir os riscos, tornando-se essencial para todos aqueles que estão envolvidos em projetos industriais.

Construction Master Pro

Esta ferramenta especializada tem o propósito de atender profissionais de diversos setores como engenheiros, arquitetos, construtores, empreiteiros e designers, funcionando como uma calculadora simplificada para obter cálculos de operações relacionadas à construção. O Construction Master Pro apresenta diversos recursos, de maneira ágil, como áreas e volumes, alturas e outros resultados. Além disso, elimina a necessidade da calculadora física para se ter nos canteiros de obra nos dias de vistoria e visitas técnicas.

MUDANÇAS E INOVAÇÕES DO MERCADO

As inovações no setor da construção civil têm avançado rapidamente na última década. A indústria é responsável por fornecer vários serviços e construir diversas infraestruturas, sendo para uso público e/ou privado. Em 2023, as principais inovações no campo da construção civil afetarão principalmente a produtividade, segurança, eficiência energética e, consequentemente, custos.

O uso de técnicas de manufatura aditiva para a produção de alguns componentes de estruturas também é crescente. Por exemplo, a produção de equipamentos resistentes à corrosão usando a impressão 3D.

No âmbito da eficiência energética, as tecnologias de rede inteligente permitem monitorar cada residência e instalação de maneira mais segura e eficiente. Há também um avanço em recuperar o calor descartado para alimentar outros sistemas, o que reduz o consumo de energia. O aquecimento externo por energia solar também está sendo usado para aquecer água, juntamente com a utilização de tetos de aquecimento radiante e telhados verdes.

Existem também algumas tendências no uso de novos materiais e soluções para a construção. Por exemplo, os materiais líquidos, como os biomateriais e os biopolímeros, têm fortes propriedades de impermeabilização para serem aplicados em vários materiais de construção, incluindo madeira, concreto, aço e alumínio. Além disso, a fibra de carbono é usada cada vez mais em estruturas resistentes a baixo custo.

Finalmente, a Inteligência Artificial tem sido uma tecnologia impactante. Os algoritmos de IA estão sendo usados para otimizar o planejamento e execução de projetos e a execução de rotinas de manutenção. Os drones também usam novos algoritmos de visão computacional para encontrar vulnerabilidades relacionadas à segurança.

Construtechs

Outro ponto alto de inovação do setor são as construtechs. Que em síntese são empresas, que apostam em uma seção emergente de tecnologias que estão sendo aplicadas no campo da construção civil. Em 2023, espera-se que as construtechs ganhem importância enquanto tecnologias que moldam a maneira como projetos são gerenciados, desenhados e executados.

Outras tecnologias possibilitadas pelas construtechs que podem ser aplicadas são as construções com impressão 3D, drones, robótica, veículos autônomos, realidades aumentada/virtual/misturada (AR/VR/MR). Estas tecnologias são cada vez mais utilizadas na construção civil para otimizar o processo de projetos e tornarem a execução dos mesmos mais fácil, contribuindo para a redução dos custos e a melhora na qualidade dos projetos executados.

De acordo com um estudo publicado pelo Grupo Autodesk em fevereiro de 2021, as construtechs, juntamente com a digitalização da construção civil, vão continuar se expandindo nos próximos anos, sendo plenamente incorporadas na indústria no ano de 2023. O estudo também aponta que a adoção dessas tecnologias por parte das empresas, aliada às medidas de segurança e sustentabilidade de projetos, podem contribuir para a redução da mão de obra atual necessária para a execução de projetos.

Portanto, até 2023, espera-se que as construtechs sejam aplicadas em grande escala no setor da construção civil, contribuindo para a otimização do processo de projeto, a redução dos custos de execução dos mesmos e, ainda, aumentando a segurança e sustentabilidade dos projetos.

Construção Verde

O conceito de construção verde, também conhecido como edifícios de baixo impacto ambiental, pretende promover a redução dos níveis de consumo de energia e água durante o processo de construção. Além disso, são adotadas medidas para o uso sustentável de materiais, a utilização de fontes renováveis de energia e a utilização de métodos que resultem em menores emissões de carbono.

Alguns especialistas acreditam que a implementação de edifícios de construção verde será cada vez maior ao longo dos próximos anos, pois existem muitas vantagens envolvidas. Atualmente, o governo brasileiro vem aumentando os seus investimentos em educação e inovação para o desenvolvimento de projetos de construção verde.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia, em 2023 o mercado de construção civil brasileiro deverá contar com 12% de edifícios com construção verde, o que significa o dobro da média mundial. Além disso, espera-se que mais de 30% das residências do país possam contar com alguns tipos de tecnologias verdes, como, por exemplo, painéis solares e sistemas de reutilização de água.

Não são só as mudanças na forma de construir que devem permitir que esta meta seja alcançada. Muitas construtoras também estão promovendo mudanças em seus processos internos, desde a sua forma de gerir pessoas, a execução da morada e a geração de materiais impressos, para que o impacto ambiental seja reduzido. 

A construção verde ajudará o Brasil a alcançar o objetivo de reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa até 2023, de acordo com a Metodologia Nacional de Avaliação de Carbono para Edifícios (MENACE), lançada pelo Ministério do Meio Ambiente. Além disso, a adoção deste tipo de solução ajudará a economia brasileira a se modernizar e a obter maior lucratividade no setor, segundo uma análise da Confederação Nacional da Indústria.

Portanto, não se pode negar que a adoção de projetos de construção verde é de fundamental importância para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável e redução das emissões de carbono. Esta tendência para o setor em 2023 é muito promissora e está avançando rapidamente, trazendo benefícios para o meio ambiente e para as empresas de construção.

Drones

O uso de Drones no setor da Construção Civil vem aumentando significativamente nos últimos anos, tanto por desempenhar um papel estratégico para agregar tecnologias de imagem de alta qualidade às inovações disponíveis para as construtoras, quanto por sua habilidade de fornecer informações úteis e precisas em tempo real. Até 2023, espera-se que o uso desta tecnologia no mercado de construção civil brasileiro alcance um novo patamar de desenvolvimento.

Uma das principais aplicações dos drones no setor da Construção Civil são as inspeções detalhadas de obras em andamento ou em fase final. O uso de drones nessas causas permite acompanhar a execução dos trabalhos e estimar, com maior facilidade, as possíveis falhas para a melhor solução de problemas associados. Seu uso também contribui para a documentação das obras, além de ter potencial de melhorar a segurança do trabalho ao proporcionar um exame mais objetivo para entender como uma obra está sendo desenvolvida. 

A aerofotogrametria e o mapeamento são também usos importantes dos drones na Construção Civil. O drone (juntamente com softwares de imagens) pode capturar imagens de alta definição de um ambiente e processá-las para transformar os dados adquiridos em propostas de projeto. Além disso, também pode ser usado para auditorias rápidas e seguras da superfície em início, meio e fim do projeto. O uso desta tecnologia para monitorar obras também se tornou ainda mais importante para as construtoras nos últimos anos, permitindo maior controle de prazos e orçamentos.

Levando-se em conta todos esses benefícios, a previsão para 2023 é que os drones se tornem uma parte vital para a execução de projetos de construção civil no Brasil. Segundo um estudo realizado pelo Future Market Insights (FMI), vagas específicas para drones na construção civil devem aumentar 49% até 2023 e o mercado brasileiro de drones deve crescer em média em torno de 15% anual na mesma previsão.

Inteligência Artificial e Realidade Virtual

Juntamente com a Realidade Virtual (RV), as Inteligências Artificiais (I.A) são ferramentas tecnológicas proporcionam benefícios ao mercado brasileiro da construção civil no que diz respeito, por exemplo, à automatização de processos, redução de custos, cumprimento de metas e aceleração de obras. Seguindo essa tendência, acredita-se que, para 2023, as IA e RV possam ser usadas por uma grande parte das empresas que atuam no setor de construção civil no Brasil.

Com o advento da computação cognitiva, que usa tecnologias como machine learning e deep learning para analisar o comportamento de grandes quantidades de dados, as empresas de construção civil poderão obter informações inéditas sobre seus projetos, assim como estratégias de marketing e vendas. Ao mesmo tempo, as tecnologias de IA também servirão como suporte para o planejamento de obras, gerando informações sobre o ritmo adequado para cada etapa. Em conjunto à Realidade Virtual (VR), que, por meio das chamadas simulações virtuais, permitem uma visão prévia da estrutura pronta antes da sua construção, interpretando partes de projetos em linguagem de computador, as empresas da construção civil no Brasil terão acesso à mais praticidade, rapidez e inovação ao planejar e executar obras.

Gráficos e imagens representativas desses processos podem ajudar muito durante a execução da obra, e a tecnologia de RV é capaz de fornecer isso de maneira rápida. As imagens geradas pelos modelos computacionais permitirão uma melhor identificação dos materiais a serem utilizados, além da medida exata dos custos e horas necessárias para a conclusão dos trabalhos. Quando esse gerenciamento de processos for computadorizado, tudo ficará mais organizado, o que aumentará a produtividade, imprimindo uma maior eficácia nas obras.

Além disso, o uso dessas tecnologias poderá contribuir para minimizar a perda de tempo e prejuízos com materiais e mão-de-obra desnecessária. Esse controle se faz por meio dos dados coletados por câmeras de monitoramento adaptadas aos cenários de trabalho, juntamente com softwares de controle de acesso que trazem consigo informações sobre o rendimento de cada economia de materiais e tempo.

Portanto, a implementação das IA e RV no mercado de construção civil do Brasil será fundamental para um grande avanço tecnológico na indústria da Construção Civil. Através do aprimoramento de determinados processos e da geração de dados, é esperado que, para 2023, as empresas desse setor possam obter benefícios significativos, tanto na produtividade quanto no controle de custos e prazos.

INTERESSE ONLINE

Google Trends

De acordo com os dados fornecidos pelo Trends, é possível perceber um aumento na relevância do tema no último ano, partindo de uma média anual de 71 para 77.

Também é possível perceber um maior interesse pela construção civil no primeiro semestre, e a partir disso, pode-se estimular as campanhas de marketing durante essa parte do ano, além disso, tanto em 2021, como em 2022, a relevância cai consideravelmente no último bimestre, principalmente ao longo de dezembro.

Top 10 dos estados onde o tema foi mais relevante em 2022

Outra forma de entender melhor os interesses do público é conhecer os termos relacionados de pesquisa, para que dessa forma, se torne possível perceber o que as pessoas que procuram sobre construção civil, também se interessam, por exemplo, é possível notar um grande interesse na correlação entre construção civil e meio ambiente, comprovando a força da “construção verde” citada anteriormente.

Outros fatores que chamam atenção é o grande interesse em investir no setor, pelo grande número de pesquisas de como fazer e de como entender o setor. Além do ímpeto por conhecer os novos materiais utilizados, como isopor, impressão 3D, entre outros.

Answer the Public

Em síntese, a análise possui três pilares, sendo eles: o interesse no contexto atual do Brasil e do mundo, e como o setor se relaciona com eles (com a pandemia, sustentabilidade, economia, etc.). A busca por entender melhor as particularidades e novidades do setor, como os novos materiais utilizados, novas tecnologias e tendências. Por fim, os detalhes do mercado, como os motivos da alta do setor, entender os meios para investir, como funciona a empregabilidade do setor, etc.



HIGHLIGHTS

“Em resumo, o setor de construção civil têm passado por diferentes fases ao longo dos últimos anos, tendo sofrido um grande impacto causado pela pandemia, mas mostrando um grande processo de se reerguer e alçar um novo patamar, com perspectivas de fazer o setor voltar a crescer e atingir os melhores resultados em décadas. 

Porém com as altas barreiras de entrada e com a ação das 5 forças, o mercado se mostra extremamente delicado, com grande dificuldade para se entrar, principalmente com a consolidação dos principais players, mas com uma entrada oportuna, aliada ao crescimento do setor, pode-se ter um ótimo retorno considerando as novas tendências da área.” 

Robson Duarte – Product Analyst I

Sigilo e disclaimer

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

Fim

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Supermercados Q1 2023

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA BRASIL

  • O setor de supermercados no Brasil tem se desenvolvido cada vez mais e evidenciando sua importância na economia nacional. Segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o ramo corresponde a 7,03% do PIB nacional (2021), com um total de 611,2 bilhões de reais faturados, a associação atribui esses números, entre outros fatores que serão melhor desenvolvidos abaixo, mas ao aumento na quantidade de estabelecimentos registrados, que chegou a 92.558 lojas espalhadas por todo o país.

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Bilhões de Reais
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% do PIB Nacional em 2021

Com mais de 3 milhões de colaboradores diretos e indiretos e cerca de 28 milhões de consumidores passando pelas lojas diariamente, é seguro dizer que o mercado é estável e tende a continuar crescendo, já que ainda segundo uma pesquisa apresentada no Latam Retail Show 2022, realizada pela empresa Mosaiclab, 89% dos entrevistados acreditam que o varejo estará melhor nos próximos 5 a 10 anos, ideia que também se aplica aos supermercados (que a cada dia se mostram como uma parte mais importante do varejo), o que contribui para a estimativa de que o setor continue crescendo.

INDICE

Panorama Brasil

Panorama Mundial

Expansão do Setor
Índices do Setor
Fusões e Aquisições
Análise dos Players
Perfil do Consumidor
Covid x Setor
Investimentos no Setor
Big Picture
5 Forças de Porter
Tendências
Highlights
Adicione o texto do seu título aqui

PANORAMA MUNDIAL

O mercado global de supermercados prevê um crescimento anual composto (CAGR) de ~ 3% entre 2022 e 2030. O fator mais relevante para o crescimento deste setor é o aumento da necessidade em garantir segurança alimentar em todo o mundo (especialmente nos países desenvolvidos).

 

Com relação a 2021, os dados mostram que o setor de supermercados se manteve em rápido crescimento. O valor global de vendas de supermercados foi estimado em US$ 8,7 trilhões em 2020, e se esperava que alcançasse um total de US$ 10 trilhões até 2022.

 

Segundo uma pesquisa realizada pela McKinsey foram encontradas evidências sobre como as redes de supermercados estão se tornando mais flexíveis à medida que evoluem para frente. As pessoas estão criando associações através do uso das mídias digitais e uma base mais ampla e diversificada de concorrentes está entrando no mercado para oferecer serviços melhorados a seus consumidores e competir em preços baixos com seus concorrentes tradicionais. Essa tendência também levará à expansão da competição entre os supermercados para manter sua participação na venda global e garantir um retorno sobre seu investimento.

 

Para 2023, espera-se que os supermercados alcancem novos patamares no fornecimento de soluções integradas e omnichannel para conectar diretamente os fornecedores a nível global com seus clientes locais e encomendas feitas via smartphones. Estimativas mostram que mais da metade dos produtos vendidos nos supermercados será digitalmente encontrada através da Pesquisa baseada em IA e convertida em pedidos on-line até 2025. Por outro lado, a área ainda aberta é o armazenamento off-line pois existem barreiras relacionadas com custos logísticos, de infraestrutura, etc. A expectativa é de que possam entrar no jogo grandes players voltados à informatização do setor, com parceira de softwares, distribuição automática etc.

 

Nesse cenário também destacam-se as aquisições estratégicas por parte das grandes redes globais que reunirão marcas líderes dentro do setor. Isso irá garantir uma maior escala geográfica, mas também melhorar recursos humanos , produtividade , logística , capacidades infraestrutura, recursos financeiros etc. Devido à acentuada competitividade prevista nas redes globais (que pretendem ganhar participação nas suas regiões locais), as parcerias estratégicas entre os agentes desse setor serão fundamentais para suportar essa expansão contínua dos principais vendedores globalmente nos próximos anos.

EXPANSÃO DO SETOR

Com relação à expansão do mercado, a perspectiva é bastante positiva, o mercado vêm crescendo exponencialmente nos últimos anos, desde a pandemia, o setor atingiu um novo patamar de faturamento e crescimento, e mesmo com o rebote após a vacina, o aumento se manteve e ainda registrou um acréscimo de pouco mais de 9% em 2021.

Para 2022, os dados ainda não foram divulgados, mas estimando que se mantenham os 9% de crescimento anual (que seria um cenário realista, pensando na estabilização do mercado), seriam atingidos R$ 666.2 bilhões de faturamento e a expectativa seria que em 2023, o montante superasse os R$ 700 bilhões já que com 4,83% (quase metade dos 9% estimados) de acréscimo, a meta já seria atingida, em um cenário otimista, até superada, o que seria uma marca incrível para o setor.

Em suma, o ramo supermercadista possui uma perspectiva interessante de expansão para os próximos anos, sendo chancelada pelos atacarejos, que vem angariando grande parte dos investimentos do setor, e já ocupam a maior fatia do faturamento do mercado com mais de 51% de participação na receita, com a popularização desse tipo de estabelecimento e cada vez mais aumento de investimentos no nicho, a tendência é que cresça ainda mais, levando o setor para números maiores.

Market Share:

ÍNDICES DO SETOR


Na divisão por estado, São Paulo (35,4%) mantém a expressiva liderança com quase o triplo de Minas Gerais, o segundo colocado com 11,9%, e apresentando um aumento ainda maior.

Outro ponto é que o top 5 segue o mesmo do ano anterior, e com destaque para o Distrito Federal, que entrou no top 6, saindo de 1,2% para 3,7% em apenas um ano, registrando a maior alta do setor no ano.

O gráfico mostra como o mercado vive a sua melhor fase para os donos dos empreendimentos, com uma liquidez média de 2,9%, o setor mostra sua melhor margem dos últimos 20 anos e após vários anos de estagnação e quedas (2013, 2014, 2016 e 2017 com os mesmos 2,3%, 2015 com 1,6% e 2018 com 2,2%), o aumento dos lucros veio junto com o faturamento, podendo dessa maneira, em 2022, apresentar uma margem ainda melhor, superando os 3%.

Um fato interessante do setor no Brasil é a grande concentração da receita nos principais players do mercado, só no top 50, a receita chegou a R$ 329,6 bilhões em 2021, somando 53,9% da renda total do ramo, sendo 37,2% concentrado apenas no top 10, percentual que apenas cresceu nos últimos 3 anos. Com isso, percebe-se que o mercado é enorme, com valores incríveis, mas extremamente concentrado nos principais players.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

O setor supermercadista não tem estado tão ativo quanto poderia em relação à fusões e aquisições de relevância nacional, segundo declarações de alguns dos principais players do mercado, há um interesse em comprar outras lojas, porém falta diversidade de ativos disponíveis. Contudo, o ramo conta com grupos com boa situação de caixa e interesse em expandir de maneira acelerada. Devido a isso, há uma chance real de que ao longo de 2023, esse mercado seja bastante aquecido, um princípio disso é a movimentação das Americanas sobre o Hortifruti.

Americanas e Hortifruti

Após os recentes escândalos da dívida de R$ 40 bilhões, as Americanas estão buscando alternativas para angariar capital e mostrar seu comprometimento às entidades bancárias e aos acionistas. A possibilidade levantada pela companhia é a venda do Hortifruti Natural da Terra, adquirido em 2021 com dívida líquida de R$ 300 milhões e margem Ebitda de 12%. A expectativa é arrecadar em torno de R$ 2 bilhões com o negócio.

Carrefour Brasil adquiriu o Grupo Big

Em março de 2021, o Carrefour anunciou uma aquisição estratégica do Grupo Big (antigo Walmart Brasil) no valor estimado de R$7,5 bilhões. Tal transação é parte da estratégia da organização visando se expandir com presença maior nos Estados do Nordeste e Sul do Brasil. No teto daquele ano, a união das duas gigantes representaria um faturamento de aproximadamente R$100 bilhões. Entretanto, ela necessitaria de aprovação pelo Cade devido os possíveis riscos de uma concentração de mercado que passariam para as mãos de um único conglomerado varejista. O que foi acordado contempla mudança na emblemática assinatura “Big” e redefinição das lojas Maxxi para Atacadão ou Sam’s Club.

Em 2022, o Carrefour Brasil junto à Advent International e Walmart, concluiu com sucesso a aquisição do Grupo BIG. Graças a esta aquisição, a empresa se destaca como líder indiscutível do setor, consolidando uma fatia de mercado bem maior que o concorrente principal, com cobertura abrangente em todas as regiões brasileiras e entre as 10 maiores empresas do país. A operação consistiu na compra de 70% em efetivo e 30% em novas ações da subsidiária brasileira do grupo. A expectativa é que saiam ganhando tanto os clientes quanto os 150.000 funcionários que trabalharão nas 1.000 lojas ao longo do território nacional.

Villarreal Supermercados e Simpatia Supermercado

Após a recente fusão dos Villarreal Supermercados e Simpatia Supermercado, foi inaugurada a C.V.S. (Comercial Villa Simpatia). Em 2024, a empresa prevê abrir novas lojas para que, em 2026, ultrapasse o faturamento de R$ 1 bilhão/ano e implante um novo Centro de Distribuição. O executivo da CVS, Flávio Almeida, enfatiza que essa integração possibilita unificação de boas práticas e otimização de custos, assim como ampliação do relacionamento com os fornecedores e maior capilaridade para atender os clientes.

ANÁLISE DOS PLAYERS

Carrefour

Assaí Atacadista

Grupo Pão de Açúcar (GPA)

Grupo Mateus

Supermercados BH

Grupo Muffato

Grupo Pereira (SDB Comércio de Alimentos)

Cencosud Brasil

DMA Distribuidora

Grupo Zaffari

O Carrefour Brasil é o principal grupo de varejo no país, tendo presença em todos os estados brasileiros. É presente em mais de 390 municípios no território nacional, oferecendo aos consumidores soluções de compra através dos seus hipermercados, lojas de especialidades, mercados de distribuição de produtos alimentícios, lojas online e redes sociais. Além disso, oferece serviços e inovações tecnológicas para facilitar o dia a dia dos seus clientes.

Faturamento: R$ 81,2 bilhões

O Assaí Atacadista é uma empresa brasileira pertencente ao Grupo Casino, posicionada na B3 e na NYSE, oferece ótimos preços, variedade e qualidade para atender a pequenos e médios comerciantes. Por loja, são mais de 9 mil itens, que vão desde alimentos, bebidas e higiene pessoal à automotiva, pet e eletroportáteis. Da mesma forma, é possível comprar preço de atacado (com descontos) ou varejo. Seu público-alvo compreende varejistas de alimentos (restaurantes, pizzarias etc), organizações (escolas, hospitais) e os usuários finais convencionais. As compras podem ser realizadas nas lojas físicas ou por meio de televendas/aplicativos de entregas.

Faturamento: R$ 45,6 bilhões

A empresa do Grupo Casino tem presença em todos os países da América Latina, incluindo o Brasil, Colômbia, Uruguai e Argentina. Oferece um modelo de negócios multiformato e multicanal com redes varejistas conhecidas, tais como Compre Bem, Mercado Extra e Pão de Açúcar; além de marcas exclusivas como Qualitá, Taeq, Club des Sommeliers e Finlandek. Com 700 lojas físicas e lidera o setor de e-commerce alimentar no Brasil. Buscando sempre proporcionar a melhor experiência de compra aos clientes, onde e quando eles quiserem.

Faturamento: R$ 29 bilhões

 

O grupo, iniciado em Balsas (Maranhão) em 1986, é uma das maiores redes do Brasil e líder do setor no Norte e Nordeste. Com operações em supermercados, atacarejo, atacado, móveis, eletrodomésticos e a plataforma de e-commerce e aplicativo de descontos, a marca possui bandeiras como Mix Mateus, Mateus Supermercados, Hiper Mateus, Eletro Mateus e Camiño. Atualmente são 90 cidades atendidas com 224 lojas nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Ceará, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas: 52 atacarejos; 70 unidades varejistas; 102 de Eletro e 13 centros de distribuição. Com plano de expansão para novos estados do nordeste.

Faturamento: R$ 17,9 bilhões

Com 260 lojas em todo o estado, o Supermercados BH é o maior varejista de Minas Gerais, conduzindo seu negócio nas principais cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, no Norte e no Sul de Minas e na Região do Campo das Vertentes. Sendo reconhecido pela ABRAS 2022 como a 5ª maior rede varejista do Brasil.

Faturamento: R$ 11,1 bilhões

O Grupo Muffato é o maior varejista do Paraná e um dos maiores do país, com 89 lojas em 33 cidades paranaenses e também em São Paulo. Conta com 19 mil funcionários diretos e 10 mil indiretos, além de múltiplos serviços para atender a diversas demandas. Seu portfólio inclui Super Muffato e Max Atacadista.

 Faturamento: R$ 10,6 bilhões

O Grupo Pereira (SDB Comércio de Alimentos), com cerca de 16 mil colaboradores, é um dos sete maiores varejistas brasileiros, com unidades distribuídas por cinco Estados e o Distrito Federal. Tendo um ecossistema multicanal completo de soluções, com Fort Atacadista, Comper Supermercado, Bate Forte (distribuidor atacadista), SempreFort (farmacêutico), Fort Posto (combustível), Vuon (serviços financeiros), Broker Pantanal (distribuição) e Perlog (logística).

 Faturamento: R$ 9,7 bilhões 

A Cencosud foi fundada em 1963 como um mercado de autosserviço e se transformou em uma das maiores varejistas da América Latina. Ela possui representação em 5 países, oferecendo produtos para atender as necessidades do consumidor, como supermercados, home centers, lojas de departamento e shopping centers. No Brasil, a Cencosud conta com lojas próprias dos seguintes grupos: GBarbosa, Mercantil Atacado, Bretas, Perini e Prezunic. Em 2022 ela também adquiriu o Giga no Estado de São Paulo. Oferece também serviços financeiros iniciados pela GBarbosa com o cartão Credi-Hiper GBarbosa. Em 2021 o grupo também lançou o Spid para entregar produtos em 35 minutos na porta do cliente no Rio de Janeiro.

 Faturamento: R$ 9,1 bilhões 

A nona maior rede brasileira de supermercados, sendo a maior sem participação de capital estrangeiro, divididos entre: Epa, Mineirão Atacarejo e Brasil atacarejo, com uma gama de lojas no Sudeste do país.

 

Faturamento: R$ 6,7 bilhões

Fundado em 1935 em Erechim/RS, o Grupo Zaffari tem se expandido ao longo dos últimos 88 anos e hoje é reconhecido como a 10ª maior rede de supermercados do Brasil. Contando com cerca de 12 mil colaboradores, o grupo mantém-se jovem e dinâmico, investindo na qualificação das pessoas e operando com 100% de capital nacional para atuar nos diversos segmentos de varejo supermercadista, administração de shopping centers e cartões de crédito. Além disso, a companhia também prioriza a responsabilidade socioambiental ao lado dos relacionamentos centrados em confiança e fidelidade.

Faturamento: R$ 6,3 bilhões

 

PERFIL DO CONSUMIDOR

De acordo com a Nielsen, mais de 80 milhões de brasileiros compram online e apenas no Brasil já existem mais de 29 bilhões de dispositivos conectados. O que apenas comprova a força do E-commerce, que além da praticidade e de alguns descontos específicos para compras online, outro grande motivador é a insatisfação em ir até o supermercado. Segundo inúmeras pesquisas realizadas pela RTC Consultoria, 70% dos respondentes declararam incômodo a três partes do processo de ir ao supermercado e fazer compras, são eles: entrar na fila, transportar as compras (colocar e tirar do carro, ou levar até em casa) e organizar as compras em casa, 90% dos entrevistados afirmam que a parte de esperar para pagar é a mais estressante, e consequentemente, o que gera mais insatisfação.

Mas mesmo com o avanço do e-commerce, um fator determinante para a escolha do cliente pelo estabelecimento ainda é o ponto de venda. cerca de 15% dos respondentes da pesquisa divulgada pelo Ranking ABRAS 2022 (referente aos dados do mercado em 2021), comentou sobre os pontos físicos como fator determinante para decisão de qual estabelecimento comprar, perdendo apenas para o preço que foi mencionado em 18,76% dos casos.

De acordo com o Índice Nacional de Satisfação do Varejo (INSV) referente a dezembro de 2022 em relação ao setor de supermercados ficou em 79,39%, em comparação com a média geral do varejo que ficou em 79,98%. Mesmo sendo uma alta média, ainda é abaixo do valor geral do varejo, o que indica uma janela de melhora no serviço, já que o ponto vital para a fidelização é a satisfação do cliente.

COVID X SETOR

Os supermercados também sentiram um forte impacto na procura por seus produtos. No início da pandemia, houve um aumento significativo nas vendas devido a compras em excesso por parte dos consumidores.

Outro fator que afetou diretamente o setor foi o aumento nos custos operacionais. A pandemia exigiu que os supermercados implementassem diversas medidas para garantir a segurança dos clientes e dos funcionários. 

Mesmo durante os períodos mais críticos da crise sanitária mundial. A estratégia utilizada por muitos estabelecimentos foi investir na modernização tecnológica, com a adoção das plataformas digitais e serviços delivery que permitem a compra remota dos produtos pelo celular ou computador. De acordo com o relatório da eMarketer, houve um crescimento de 41,9% nos consumidores de supermercados digitais apenas nos Estados Unidos em comparação com o ano de 2019. Além disso, o tempo passado em casa aumentou para 35% e a frequência mensal de pedidos por cliente ativo subiu para 1,9. Essa modernização contribuiu para manter alta a demanda pelos produtos oferecidos pelo setor mesmo durante esse período complicado da pandemia.

INVESTIMENTOS NO SETOR

Visando se tornarem cada vez mais competitivas no mercado tão disputado, buscando melhorar ao máximo a experiência dos clientes, 25,6% do dinheiro investido foi com o propósito de reformar as lojas, seguidos pelos 24,2% em equipamentos de refrigeração e em terceiro, a construção de novos pontos de venda (22,8%), seguido pelos 6,6% responsáveis pela aquisição de lojas e com a mesma porcentagem, as gôndolas, fechando o top 5 do total de R$ 19,8 bilhões investidos no setor em 2021.

Separando por tipo de estabelecimento onde a verba foi aplicada, temos liderando os super/hipermercados com 49,9%, mas o que de fato chama atenção é o surpreendente salto dos investimentos em atacarejos que foram para 41,1% dos investimentos, somando só com as duas modalidades de negócios 91% da verba. e tornando os atacarejos, uma grande tendência do mercado, já que com menos investimento que os hipermercados, eles são responsáveis por 51,47% do faturamento do setor, com isso, espera-se que este nicho do mercado, se expanda ainda mais nos próximos anos.

Big Picture

Os atacarejos possuem 51,5% da receita do mercado

Setor registra maior margem lucro líquido em duas décadas (2,9%)

Faturamento de R$ 611 bilhões em 2021 e um crescimento de 9,46% em relação ao ano anterior

Índice de satisfação dos clientes em relação aos supermercados ficou em 79,39%

Quase 54% do faturamento total do ramo está concentrado nas 50 maiores empresas

Setor registra maior margem lucro líquido em duas décadas (2,9%)

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

O setor dos supermercados é um mercado dividido entre grandes marcas estabelecidas e novatos que tratam de disputar o market share. Para evitar quedas nas suas margens, é necessário focar em iniciativas para ampliar a sua carteira de clientes e atrair novos compradores.

Produtos Substitutos – Alta

Existem várias opções de produtos substitutos para o setor de supermercados, como lojas de conveniência, mercearias e outros negócios do mesmo ramo. Isso torna a concorrência entre esses negócios ainda maior.

Poder dos Fornecedores- Baixa

Os fornecedores desse mercado possuem pouco poder de barganha em relação aos supermercados, pois o alto número de provedores e sua concorrência fazem com que os preços sejam pressionados para baixo.

Poder dos Compradores – Alta

Como são várias opções disponíveis no mercado, os consumidores têm muito poder de decisão e podem escolher os supermercados que melhor atendam às suas necessidades. Dessa forma, eles são capazes de pressionar os preços para baixo negociando condições especiais e benefícios comerciais.

Rivalidade entre players – Alta

O setor de supermercados é altamente competitivo. As diferentes marcas competem entre si, procurando oferecer os melhores preços e variedade de produtos a seus clientes.

TENDÊNCIAS

Sazonalidade

Por mais que as pessoas comprem em supermercados durante todo o ano, em determinados períodos, certos produtos aumentam as vendas em determinados períodos do ano, por exemplo, mesmo com os modelos meteorológicos indicando que teremos um inverno normal, e também em épocas de confraternizações, a indústria produtora de queijos e vinhos já se preparam para ampliar vendas de alguma forma durante esses períodos, de acordo com a Scanntech, o mercado de queijos costuma apresentar um crescimento de 20% nesse período.

 


Tecnologias

Em relação às tecnologias digitais usadas na gestão destes canais também constatou-se evoluções significativas . Atualmente existem diversas maneiras regionais para digitalizar operações utilizando sistemas informatizados, plataformas automatizadas inteligentes, beacons Bluetooth inteligentes e serviços list-based conectando fornecedores diretamente com os clientes nos respectivos mercados locais. Estas ferramentas permitem inspirar uma relação interativa entre o vendedor e o cliente, fornecendo serviços personalizados diremos para cada perfil particular conquistando assim uma vantagem competitiva específica.

E-Commerce

Por mais que atualmente pareça mais uma realidade bem estabelecida do que uma tendência, mas apenas 36% das empresas trabalha esse lado do negócio, sendo que principalmente com a pandemia, uma grande mudança de hábitos dos clientes foi exatamente a preferência por comprar de casa, que aliada às novas tecnologias e desenvolvimento de melhores logísticas para entregas expressas, é uma modalidade que está a cada dia mais consolidada, e tem se tornado protagonista de vendas em vários setores da economia, por isso, se faz imprescindível a adoção desse meio.


Ademais, dentro do e-commerce ainda existem diversas formas de executá-lo, desde a estruturação de um site próprio da empresa, que atualmente é utilizado por 73,3% dos supermercados. Outra maneira é se utilizar de aplicativos de delivery como o ifood para a realização dos pedidos (24%), e ainda a utilização de marketplace, que quase não é explorada, ficando apenas com 2,7% das redes que adotam o e-commerce, estando presentes nesse modo de venda.

Produtos diferenciados

Buscando novas maneiras de atrair os clientes e fidelizá-los, os supermercados têm procurado produtos diferentes para satisfazer os consumidores, tornando-os únicos, dificultando a comparação com a concorrência. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ranking ABRAS 2022 (referente aos dados do setor em 2021), apenas 36% das empresas possuem produtos importados no catálogo e só 21% têm marcas próprias.

Já os produtos de marca própria se destacam, não só por de fato serem únicos do estabelecimento, mas por ter um alto potencial de fidelização dos clientes e uma rentabilidade altíssima, pois possuem um custo de produção bem reduzido e dão a liberdade de escolher como trabalhar a margem de lucro.

A grande vantagem dos produtos importados, além da diferenciação, já que apenas uma porcentagem ínfima dos estabelecimentos trazem tais produtos e da expansão do catálogo, é o alto valor agregado neles, muitas vezes por serem marcas diferentes das habituais e com renome mundial, o cliente se sente engajado a comprar uma mercadoria com um valor até maior que a média.

Sustentabilidade

Por todo mundo, as pessoas estão mais preocupadas com o meio ambiente, por isso, se faz cada vez mais comum clientes optarem por produtos sustentáveis, com embalagens reduzidas e biodegradáveis, por vezes pagando mais caro em busca de uma solução mais ecológica. Devido a isso, têm se notado grandes esforços das empresas produtoras a se adequarem a isso, reduzindo o uso de água, elementos reciclados e meios de produção mais limpos, visando se encaixar nos moldes de sustentabilidade tão requisitados pelo público.


HIGHLIGHTS

“O setor supermercadista nos últimos anos têm se mostrado numa curva incrível de crescimento, a partir de um efeito interessante, que inversamente à maioria dos outros setores, os supermercados tiveram um aumento absurdo de crescimento principalmente em 2020, acentuando acréscimos que já vinham acontecendo, e que escalaram a um novo patamar, que se está se mantendo no pós pandemia, e com tendências de que esse movimento se perpetue e tenha cada vez mais ênfase carregado pelas novidades tecnológicas, sustentáveis e principalmente pelo avanço do modelo de atacarejo.

Ademais, para 2023 espera-se um aquecimento ainda maior do mercado, com movimentações dos maiores players, buscando se expandir e obter maiores parcelas do mercado, concentrando ainda mais a renda no top 50.“

 

Robson Duarte – Product Analyst I

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RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Malhas Viárias-Q1-2023

INTRODUÇÃO

As malhas viárias no Brasil são segmentadas em rodoviária, ferroviária, aquaviária e aeroviária e é dessa maneira que iremos subdividir essa análise. Ao longo delas serão encontrados os principais tópicos para um bom entendimento do mercado, além de dados e insights.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

MUNDO

Transporte Rodoviário:

De acordo com a Allied market research e a Grand view research o mercado de transporte rodoviário a nível mundial viu um crescimento significativo nos últimos anos. O mercado de transporte rodoviário global é estimado em US $ 4,5 trilhões em 2022, aumentando a um CAGR(Compound anual growth) de cerca de 4,6% a partir de 2017. É de se esperar que a demanda por transporte de carga por via rodoviária é a principal força motriz do mercado de transporte rodoviário global.

Fatores que estão contribuindo para o crescimento do mercado de transporte rodoviário global:

Aumento da classe média

  1. Progresso do comércio internacional 
  2. Melhoria da infraestrutura rodoviária
  3. Aumento da classe média

No entanto, fatores como a redução da demanda de transporte de carga devido à pandemia de Covid-19, altos custos de combustível e alta volatilidade nos custos de manutenção afetaram e ainda estão afetando o mercado de transporte rodoviário global.

No entanto, apesar de tudo, o crescimento desse setor é claro a nível global, pois observamos que é impulsionado pelo aumento da demanda por transporte eficiente e seguro, que exige a construção de novas malhas viárias, é necessário melhorar e manter as malhas viárias existentes e entre alguns outros pontos já mencionados. Por essa razão, é esperado que o mercado de malhas viárias continue progredindo nos próximos anos.

Os principais países rodoviários são:

  1. Estados Unidos da América: com uma malha rodoviária de 6,58 milhões de quilômetros, os Estados Unidos da América possuem a maior malha rodoviária do mundo. A rede inclui expressways, estradas interestaduais, ruas, ruas residenciais e ruas secundárias, além de estradas de pequenas dimensões.
  1. China: a China vem logo depois dos Estados Unidos da América com uma malha rodoviária de 6,32 milhões de quilômetros. Esta rede inclui estradas de ligação interestadual, estradas nacionais, estradas provinciais, estradas municipais, estradas secundárias e ruas residenciais.
  1. Brasil: o Brasil possui a terceira maior malha rodoviária do mundo, com cerca de 4,7 milhões de quilômetros em 2022. Esta rede foi construída principalmente durante as décadas de 1960 e 1970 e inclui estradas interestaduais, estradas estaduais, estradas municipais e ruas e ruas residenciais.
  1. Índia: com uma malha rodoviária de 4,2 milhões de quilômetros, a Índia tem a quarta maior rede rodoviária do mundo. Esta rede inclui estradas nacionais, estradas interestaduais, estradas estaduais, estradas municipais, estradas secundárias e ruas residenciais.
  1. Rússia: a Rússia é o quinto país com a maior malha rodoviária do mundo, com cerca de 1,32 milhão de quilômetros. Esta rede inclui estradas expressas, estradas interestaduais, estradas estaduais,
Adicione o texto do seu título aqui
INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Mundo

Brasil
Melhores Malhas
Pedágios
Rodovias Brasileiras
Top 10 Players
Transporte Rodoviário
Transporte Ferroviário
Transporte Aquaviário
Transporte Aeroviário
2. ANÁLISE INTERNA
3. TENDÊNCIAS
Highlights

Transporte Ferroviário:

Através de informações fornecidas por empresas privadas especializadas em dados, como Statista, Global Market Insights, Railway Technology e International Union of Railways, podemos trazer o status do setor ferroviário nos últimos anos no que tange mundo.

Em 2022, esperava-se que o mercado global de transporte ferroviário continue a se recuperar dos efeitos da pandemia de COVID-19, com um crescimento estimado de 5,9% em relação a 2021. O volume de carga transportada em 2022 aumentou em torno de 6,7 bilhões de toneladas, enquanto o número de passageiros transportados aumentou para 5,2 bilhões. Novamente, a maioria dos países deve adotar medidas para estimular o transporte ferroviário e suprir a demanda de transporte de carga.

Por meio de valores voltados à investimentos conseguimos ver como uma região enxerga as ferrovias e como ele deseja estar nos próximos anos, então separamos a última divulgação que houve sobre investimentos nas principais regiões do planeta:

 

 

De acordo com pesquisas, os países da Ásia são responsáveis por quase metade (47%) do investimento mundial na infraestrutura ferroviária. A China lidera a região com investimentos previstos de US$ 86,2 bilhões. A Ásia também lidera o número de passageiros de trens de passageiros com cerca de 8,2 bilhões de passageiros em 2019.

Na Europa, o investimento em infraestrutura ferroviária aumentou cerca de 5,3% em 2019, para cerca de US$ 64,8 bilhões. O número de passageiros em trens de passageiros aumentou para cerca de 5,1 bilhões em 2019.

A América do Norte liderou o aumento do investimento global em infraestrutura ferroviária, com um aumento de 13,9% em 2019, para cerca de US$ 37,2 bilhões. O número de passageiros em trens de passageiros aumentou para cerca de 3,4 bilhões em 2019.

Na América do Sul, o investimento em infraestrutura ferroviária aumentou cerca de 7,8% em 2019, para cerca de US$ 12,2 bilhões. O número de passageiros em trens de passageiros aumentou para cerca de 1,1 bilhão em 2019.

A África também experimentou um aumento no investimento em infraestrutura ferroviária em 2019, com um aumento de 11,5%, para cerca de US$ 8,9 bilhões. O número de passageiros em trens de passageiros aumentou para cerca de 1,2 bilhão em 2019.

Transporte Aquaviário:

De acordo com a Organização Marítima Internacional (OMI), o crescimento esperado para os próximos dois anos deve-se principalmente ao aumento do comércio internacional. A demanda por embarcações, tanto para transporte de cargas como de passageiros, deverá aumentar significativamente.

Além disso, o aumento da demanda pela economia global também deverá impulsionar o crescimento do mercado aquaviário. Com o aumento do comércio internacional, as empresas marítimas deverão investir em embarcações mais modernas e eficientes para atender a essa maior demanda.

A Organização Marítima Internacional também estima que o mercado de transporte aquaviário deverá se beneficiar com o crescimento da infraestrutura portuária em todo o mundo. Isso deve facilitar a navegação e aumentar a segurança dos navios.

O mercado de transporte aquaviário à nível mundial está previsto para aumentar anualmente em um ritmo de 4,3% a partir de 2022, com um valor estimado em US $ 8,2 bilhões em 2022. (Fonte: Mercado de Transporte Aquaviário Global de 2022, Grand View Research).

A América do Norte é a maior região no mercado de transporte aquaviário global, com uma quota de mercado de quase 30% em 2021, o equivalente a quase um terço do mercado global. (Fonte: Mercado de Transporte Aquaviário Global de 2021, Grand View Research).

A Europa é a segunda maior região no mercado de transporte aquaviário global, com uma quota de mercado de cerca de 20%.

A Ásia-Pacífico é a terceira maior região no mercado de transporte aquaviário global, com uma quota de mercado de cerca de 17%.

A África é a quarta maior região no mercado de transporte aquaviário global, com uma quota de mercado de cerca de 8%. 

O setor de transporte aquaviário está sendo impulsionado pelo aumento das exportações, a demanda por serviços de transporte de passageiros e a demanda por soluções de transporte de carga. 

Outros fatores que têm impulsionado o crescimento do setor incluem aumento da demanda por combustível de barco, melhorias na infraestrutura portuária e melhoria na segurança do tráfego marítimo. (Fonte: Relatório de Mercado de Transporte Aquaviário Global de 2021, MarketWatch).

Transporte Aeroviário:

Por meio do banco de dados Statista, sabemos que o mercado de transporte aeroviário global está se expandindo rapidamente. O que se esperava do ano de 2022 é que o setor movimentou cerca de 7,2 trilhões de dólares em receita, um aumento de 7,3% em relação a 2021. O crescimento vem do aumento no número de voos e passageiros, bem como da demanda por novos serviços de voos mais curtos e de maior flexibilidade. 

As companhias aéreas globais estão se adaptando a novos modelos de negócios, como voos flexíveis, voos direcionados e voos de curta distância. O avanço da tecnologia também está ajudando a tornar as experiências de voo ainda mais seguras e práticas, aumentando a demanda de passageiros. Os aviões de última geração, como o Airbus A350 e o Boeing 787, estão se tornando mais comuns e oferecem aos passageiros serviços mais confortáveis, seguros e convenientes.

Além disso, as companhias aéreas estão adotando novas formas de oferecer serviços de transporte, como o serviço de compartilhamento de voos. Esta tendência permitirá que os passageiros compartilhem seus voos com outros passageiros, a fim de economizar custos.

O mercado de transporte aéreo também está sendo impulsionado pelo crescimento do turismo. As viagens internacionais estão aumentando, com as pessoas viajando de um lugar para outro a preços mais acessíveis do que nunca. A demanda por voos domésticos também está aumentando, com as pessoas optando por voar de um lugar para outro em vez de usar outros meios de transporte.

No mercado de transporte aéreo global, a maioria das empresas aéreas está focada em aumentar seus fluxos de caixa, tornando seus voos mais eficientes e aprimorando suas operações. As companhias aéreas também estão se concentrando em melhorar seus serviços de passageiros, oferecendo mais opções de voos e serviços de bordo.

BRASIL

Panorama Geral:

O Brasil possui apensas de estradas e rodovias 1.720.700 quilômetros, para se ter uma ideia de como nossas rodovias são fundamentais, a malha rodoviária do Brasil é responsável pela movimentação de mais de 60% das mercadorias entre os estados e cerca de 90% dos passageiros, isso é o que mostrou o relatório anuário CNT de transporte. As estimativas apontam que existem cerca de 100 milhões de veículos circulando pelo trânsito no Brasil. Nesses números destaque para Minas Gerais, dona da maior malha viária do país. São 7689 Km de rodovias federais, 23663 km de rodovias estaduais e 238191 km de rodovias municipais.

No 1T21, o PIB de Transportes avançou 1,3% na comparação anual e 3,6% na margem dessazonalizada, resultado acima do estimado. Para 2021, a expectativa foi revisada de +5,4% para alta de 8,7%. Para 2022, esperamos alta de 3,0% (ante expectativa anterior de +4,5%).

A revisão do PIB de Transportes foi motivada pela incorporação do último resultado acima do esperado e pela melhora da perspectiva para a atividade econômica doméstica (projeção para o PIB brasileiro passou de +2,7% para +4,4% em 2021), que tende a favorecer o transporte de cargas.

Após ligeira retração esperada para o 2T21, o PIB de Transportes deve retomar trajetória de crescimento a partir da segunda metade do ano, favorecido pela perspectiva de avanço da vacinação contra a covid-19, benéfica, sobretudo, para o transporte de passageiros nos modais aéreo e rodoviário.


Melhores Malhas

Outro destaque vai para São Paulo, dona das 14 melhores rodovias brasileiras, de acordo com a 24ª Pesquisa Rodoviária da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada na última quinta-feira (2). A primeira colocada neste ranking nacional é a Rodovia Euclides da Cunha (SP- 320 – trecho Rubinéia/Mirassol), administrada pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER), do Governo de São Paulo. As outras 13 são concessionadas e estão sob a gestão da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

Pedágios

Mas vale lembrar que muito dessa qualidade tem um motivo, as rodovias pedagiadas. O Brasil lidera o ranking mundial de malha viária concedida a iniciativa privada, são 376 praças pedagiadas. Dessas 180 estão no estado de São Paulo. Para se ter uma ideia do quanto custa ter uma estrada de qualidade a Anchieta Imigrantes possui um custo de R$ 33 reais a cada 100 km rodados para os motoristas de caminhão.

Parte da arrecadação fica com os municípios cortados pelas estradas. O restante é investido na qualidade da estrada, duplicação, sinalização, segurança e tecnologia, além claro do lucro das concessionárias. Ao todo são 1.120.532 km de rodovias pedagiadas no Brasil, entre rodovias federais e até mesmo municipais.

Rodovias Brasileiras

A BR-116 maior rodovia do Brasil tem seu início na cidade de Fortaleza, capital do Ceará, percorrendo 10 estados chega ao seu final na cidade de Jaraguão, no estado do Rio Grande do Sul. São 4660 km de estradas.

Mas ela também carrega outro título nada agradável, a BR 116 Lidera o ranking de estrada mais perigos do país no ranking de acidentes fatais.

Diversas vezes você já deve ter ouvido em tele jornais sobre a rodovia da morte, muitas disputam esse título nada atrativo. Mas a BR-381/262 (MG/ES), mais conhecido como “Rodovia da morte”, muitas vezes é eleita a rodovia da morte em função do alto índice de acidentes ocorridos nela. Segundo o Mistério do Transporte, uma nova licitação está sendo preparada para que obras sejam realizadas no trecho com o objetivo de reduzir as mortes e acidentes.

TOP 10 PLAYERS DE MALHAS VIÁRIAS

D&B Hoovers

TRANSPORTE RODOVIÁRIO NOS ÚLTIMOS ANOS

O transporte rodoviário brasileiro desempenha um papel fundamental na economia do país, pois é responsável por mais de 70% do transporte de cargas. No Brasil, existem aproximadamente 1,7 milhão de quilômetros de malhas viárias, sendo que deste total, cerca de 1,1 milhão de quilômetros são pavimentados.

Apesar de ter um bom número de malhas viárias, o transporte rodoviário brasileiro enfrenta alguns desafios. Por exemplo, a infraestrutura rodoviária do país precisa ser melhorada para garantir que as cargas cheguem aos seus destinos de maneira segura e eficiente. Além disso, a falta de investimento em segurança rodoviária também contribui para o aumento dos acidentes.

Outro desafio que o transporte rodoviário brasileiro enfrenta é a falta de transportadores qualificados e de caminhões modernos. Essa situação impede que o país aproveite plenamente os benefícios do transporte rodoviário. Para superar esses desafios, é necessário investir na infraestrutura rodoviária, na formação de motoristas qualificados e na modernização dos caminhões.

MALHA
Em 2019, a extensão total da malha rodoviária brasileira foi de 1.720.700,0 km, sendo que 12,4% da malha foi pavimentada (213.452,0 km). Além disso, 9,1% da malha está planejada (157.309,0 km) e 78,5% não pavimentada (1.349.938,0 km).

Para efeito de comparação, desde 2009, a malha pavimentada cresceu apenas 0,5%, demonstrando que ainda há muito o que se fazer para melhorar a infraestrutura rodoviária do país. A extensão rodoviária brasileira era de 1.712092,7 km, sendo 12,4% a extensão pavimentada (212.491,40 km), 7,7% a extensão Planejada (131.233,3 km) e 79,9% a extensão não pavimentada (1.368.368,0 km).

CONDIÇÃO DAS RODOVIAS
Em 2020, 61,9% das rodovias avaliadas apresentaram algum tipo de problema no estado geral. Quanto ao pavimento, 52,2% dos trechos avaliados têm problemas, 58,9% têm deficiência na sinalização e 62,1% têm falhas na geometria.

FROTA
Quando falamos das fortas brasileiras, em 2021, foram registrados 110.812.821 veículos, um crescimento de 57,1% em relação a 2011, quando existiam 70.543.535 registros.

PRODUÇÃO DE VEÍCULOS
Em 2020, foram fabricados 2.014.055 veículos, o que significa uma queda de 31,6% em relação ao número registrado em 2019, quando foram produzidos 2.944.988 veículos.

TRANSPORTE PÚBLICO URBANO
Em 2020, 189,8 milhões de passageiros foram transportados por mês no sistema de ônibus urbano em nove capitais brasileiras (Belo Horizonte-MG, Curitiba-PR, Fortaleza-CE, Goiânia-GO, Porto Alegre-RS, Recife-PE, Rio de Janeiro-RJ, Salvador-BA e São Paulo-SP), o que representa uma queda de 35,4% em relação aos 293,9 milhões de passageiros transportados em 2019, grande parte do causador dessa queda é pandemia causada pela Covid-19.

TRANSPORTE DE CARGAS
Em 2020, foram registradas 219.956 empresas, 435 cooperativas e 724.098 autônomos. A frota cadastrada nas empresas é de 1.382.651 veículos, 859.729 registrados como autônomos e 28.481 veículos de cooperativas, totalizando 2.270.861 veículos autorizados para realizar transporte de cargas.

ACIDENTES NAS RODOVIAS FEDERAIS BRASILEIRAS
Em 2020 foram registrados 51.865 acidentes de trânsito com vítimas nas rodovias federais, 7,0% à menos do que o registrado em 2019 (55.756) brasileiras com um total de 5.287 óbitos em acidentes de trânsito nas rodovias federais brasileiras. 0,8% a menos do que em
2019 (5.332) 2020 indica aumento na gravidade dos acidentes. Subiu para 8,3 o número de mortos por acidente em 2020, um aumento de 5,0% no índice em relação a 2019 quando este indicador era de 7,9.

INVESTIMENTOS:

1. Ampliação de Estradas: Esta é uma das principais formas de investimento em transporte rodoviário. Esta iniciativa pode ser usada para aumentar a capacidade de transporte de veículos, melhorar as condições de tráfego e aumentar a segurança. O custo deste tipo de investimento varia entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões por quilômetro.

2. Melhoria de Acessibilidade: Esta é outra forma de investimento em transporte rodoviário. Ela pode ser usada para melhorar a acessibilidade de veículos a pontos específicos, como estradas e pontes. O custo deste tipo de projeto varia de US$ 500 mil a US$ 2 milhões por quilômetro.

3. Melhoria de Sinalização: Esta é uma forma eficaz de investimento em transporte rodoviário. Esta iniciativa pode ser usada para ajudar os motoristas a seguirem as regras de trânsito, melhorar a segurança no trânsito e aumentar a fluidez do tráfego. O custo deste tipo de projeto varia de US$ 10 mil a US$ 20 mil por quilômetro.

4. Construção de Estradas: Esta é uma das formas mais caras de investimento em transporte rodoviário. Esta iniciativa pode ser usada para construir novas estradas, aumentar a capacidade dos veículos e melhorar a segurança. O custo deste tipo de projeto varia entre US$ 5 milhões e US$ 25 milhões por quilômetro.

Infere-se que rodovias em condições não satisfatórias impactam diretamente os gastos com
manutenção dos veículos e o consumo de combustível das empresas de transporte. Ainda
de acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias, em média, os transportadores têm o seu custo operacional acrescido em cerca de 30,9% somente por conta das condições insatisfatórias do pavimento das rodovias brasileiras.

. Além disso, foi possível estimar que os transportadores tiveram um consumo excedente de cerca de 956 milhões de litros de diesel, em 2020, ocasionando uma descarga desnecessária de aproximadamente 2,53MtCO2-eq na atmosfera.

Esse cenário é reflexo de anos de investimentos públicos precários, e em declínio, em
infraestrutura de transporte. Ao se analisar o investimento público federal em rodovias
como porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2006 e 2020, percebe-se uma
estabilização em patamares baixos ao longo dos anos, com queda acentuada nos últimos seis
anos. Em 2020, os investimentos em rodovias representaram apenas 0,09% do PIB, conforme observado no Gráfico a seguir.

Ao longo dos anos – influenciados pelas crises fiscal e política –, os valores autorizados para investimentos da União em transporte têm sofrido quedas sucessivas, sendo que o montante autorizado em 2022, para todo o setor (de R$ 8,58 bilhões), é o menor desde 2001. Esta cifra é suficiente para cobrir apenas 27,1% do estimado para a recuperação das rodovias com problemas indicadas pela Pesquisa CNT de Rodovias.Esse cenário torna ainda mais desafiadora a operação do modal rodoviário de cargas, resultando em elevados prejuízos para o transportador e, consequentemente, para a economia do país.

PLAYERS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO

1. CCR – Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR): Fundada em 1999, é uma das principais empresas de transporte rodoviário do Brasil, atuando na concessão, operação, gestão, manutenção e desenvolvimento de infraestrutura rodoviária. Possui atualmente 12 concessionárias que administram 8.400 km de rodovias, sendo 5.400 km de rodovias federais e 3.000 km de rodovias estaduais.
Fonte: https://www.ccr.com.br/

2. Triunfo Participações e Investimentos S.A.: Fundada em 1992, é uma empresa de serviços de infraestrutura, com atuação em vários setores, como transporte rodoviário, aeroportuário, portuário, logístico, energético, de saneamento e óleo e gás. A Triunfo possui atualmente 10 concessionárias que administram 6.400 km de rodovias, sendo 3.500 km de rodovias federais e 2.900 km de rodovias estaduais.
Fonte: https://www.triunfo.com.br/

3. Ecorodovias: Fundada em 1997, é uma empresa de transporte rodoviário brasileira que atua na exploração e manutenção de rodovias. A Ecorodovias possui atualmente 14 concessionárias que administram 7.000 km de rodovias, sendo 4.400 km de rodovias federais e 2.600 km de rodovias estaduais.
Fonte: https://www.ecorodovias.com.br/

TRANSPORTE FERROVIÁRIO NOS ÚLTIMOS ANOS:

O transporte ferroviário brasileiro vem enfrentando grandes desafios para atender às demandas de transporte de passageiros e cargas no país. O setor ferroviário brasileiro apresenta sérios problemas de infraestrutura, equipamentos obsoletos, falta de investimentos e falta de planejamento.

Porém, nos últimos anos, o governo brasileiro tem investido em melhorias para o setor ferroviário, como a modernização das malhas ferroviárias e a criação de novas linhas. Além disso, o governo tem trabalhado para incentivar o uso de trens elétricos, substituindo os trens a diesel, que são mais poluentes.

Embora o transporte ferroviário brasileiro ainda enfrenta grandes desafios, o governo vem fazendo esforços para melhorar a infraestrutura e oferecer serviços de transporte mais modernos e eficientes. A meta é oferecer serviços de qualidade a preços acessíveis para todos os brasileiros.

EMPREGO
Em 2020, foram registrados 40.623 pessoas empregadas no transporte ferroviário de cargas, entre pessoal próprio e terceirizado, o que representa um aumento de 3,99% em relação ao ano de 2019, que contou com 39.065 empregados.

INDÚSTRIA NACIONAL
Em 2020 foram produzidos 72 carros ferroviários, uma redução de 27,3% em relação a 2019, quando foram produzidos 99 carros ferroviários.

Em 2020 foram produzidos 1.672 vagões, um aumento de 66,2% em relação aos 1.006 vagões produzidos em 2019.

Em 2020, foram produzidas 29 locomotivas, o que representa uma queda de 14,7% em relação ao ano de 2019, quando foram produzidas 34.

OPERAÇÃO
Em 2020, foram operadas 2.988 locomotivas, representando uma redução de 0,5% em relação ao ano de 2019, quando haviam 3.002.

Em 2020, foram operados 98.097 vagões, um aumento de 0,1% em relação ao ano de 2019, que contava com 98.011 vagões.

MOVIMENTAÇÃO
Em 2020, foram transportadas 365,1 bilhões de toneladas de carga por quilômetro útil (TKU), o que representa 0,4% a menos do que em 2019 (366,4 bilhões de TKU). Além disso, 489,3 milhões de toneladas úteis (TU) foram transportadas no mesmo ano, 1,0% a menos do que em 2019 (494,5 milhões de TU).

INVESTIMENTO

1. Reforma de São Paulo (2012-2015): investimento de R$ 3,2 bilhões para modernizar a linha férrea de São Paulo e melhorar a qualidade do serviço de transporte ferroviário. A modernização incluiu a substituição de trilhos, a construção de novas estações, a aquisição de novos trens e a instalação de sistemas de segurança modernos. Fonte: http://www.metro.sp.gov.br/sobre/historico-do-metro/

2. Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) (2011-2016): investimento de R$ 8,5 bilhões para construir a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que ligará o Estado de Minas Gerais ao Estado do Espírito Santo, passando por São Paulo. A ferrovia terá 1.700 quilômetros de extensão e será construída para transportar minério de ferro, bem como passageiros. Fonte: http://www.infraestruturabrasil.com.br/ferrovia-de-integracao-oeste-leste-fiol/

3. Linha de Alta Velocidade (LAV) (2016-2021): investimento de R$ 20,6 bilhões para construir a Linha de Alta Velocidade, uma ferrovia que ligará a cidade de Campinas, em São Paulo, ao município de Rio de Janeiro. A linha terá 740 quilômetros de extensão e terá trens que poderão atingir velocidades de até 350 km/h. Fonte: http://www.lav.gov.br/

PLAYERS

1. MRS Logística (1993): É a empresa líder em transporte ferroviário de carga no Brasil, com foco na prestação de serviços de transporte de carga de curta e longa distância, por meio de frota própria de cerca de 5.000 vagões. A MRS também é responsável pela gestão de alguns dos mais importantes terminais ferroviários do país, como o Terminal Ferroviário da Granja Julieta, em Brasília.
Fonte: https://www.mrs.com.br

2. ALL (American Latina Logística) (1995): A ALL é uma das principais empresas de transporte ferroviário de carga no Brasil. Possui aproximadamente 10 mil vagões e opera em todos os estados brasileiros, cobrindo uma extensa malha ferroviária. A ALL também é responsável pela operação de alguns dos principais terminais ferroviários do país, como o Terminal Ferroviário do Norte, em São Paulo.
Fonte: https://www.all.com.br

3. Rumo Logística (1999): A Rumo Logística é uma das principais empresas de transporte ferroviário de carga no Brasil. A empresa possui aproximadamente 10 mil vagões e opera em todos os estados brasileiros, cobrindo uma extensa malha ferroviária. A Rumo é responsável pela gestão de alguns dos principais terminais ferroviários do país, como o Terminal Ferroviário do Centro-Oeste, em Goiânia. Fonte:
https://www.rumo.com.br

E segue uma tabela com as principais empresas de transporte ferroviário que estão no top 30 das maiores empresas de transporte geral do Brasil, segundo o Big Data D&B Hoovers:

A próxima tabela estão as principais empresas de transporte Urbano, ou seja, metrôsque estão  no top 30 das maiores empresas de transporte geral do Brasil, segundo o Big Data D&B Hoovers:

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO NOS ÚLTIMOS ANOS:

O transporte aquaviário é um dos principais meios de transporte no Brasil, sendo responsável por movimentar grandes volumes de carga e passageiros. O país possui mais de 70 portos de alta capacidade, que são responsáveis por atender às demandas de tráfego de carga e passageiros.

O transporte aquaviário também é usado para transportar combustíveis, como óleo, gás natural e diesel. Além disso, é usado para movimentar produtos agrícolas, minerais, madeira e outras cargas. O transporte aquaviário é também um dos meios mais eficientes para escoar a produção industrial do país.

O Brasil possui uma extensa rede de transporte aquaviário, que inclui o Sistema Hidroviário Nacional, que é formado por mais de 2.500 quilômetros de rios navegáveis. Além disso, o país possui vários canais interiores, lagos e lagoas, que são usados para o transporte aquaviário.

O transporte aquaviário tem sido responsável por movimentar cerca de 60% da carga total do país. Além disso, é uma importante fonte de emprego e renda, sendo responsável por milhares de postos de trabalho.

MOVIMENTAÇÃO

Em abril, a movimentação portuária total* recuou 3,0% na margem dessazonalizada, após ter avançado 6,7% em março. Na comparação anual, houve alta de 6,2%. No mês, as movimentações de petróleo e derivados, carvão mineral e ferro e aço puxaram a
movimentação portuária total.

A perspectiva para o indicador foi revisada de +3,2% para alta de 5,2% em 2021. No próximo ano, deve haver alta de 2,1% (ajustada de +2,4%).
A revisão para este ano reflete, sobretudo, o quadro mais positivo para os desembarques, diante da elevação das projeções para a atividade econômica doméstica e de perspectiva de que a taxa de câmbio atinja patamares um pouco mais apreciados do que o esperado anteriormente no curto prazo.

A despeito da revisão para a taxa de câmbio, os embarques portuários devem permanecer em níveis elevados. São fatores positivos o dinamismo da demanda chinesa por commodities e a expectativa de crescimento da oferta brasileira de minério de ferro, além do quadro positivo para a produção doméstica de petróleo e para a produção agrícola.

Em 2020, a navegação por Longo curso movimentou 809,6 milhões de toneladas de carga, um aumento de 2% em relação a 2019 (794 milhões). Além disso, a cabotagem movimentou 271,7 milhões de toneladas, um aumento de 12,7% em relação a 2019 (240,9 milhões).

Em 2020, foram movimentadas 762,2 milhões de toneladas de cargas nos Terminais de Uso Privado, o que representa um aumento de 3,9% em relação aos 733,2 milhões de 2019. Já nos Portos Organizados, foram movimentadas 392 milhões de toneladas de cargas, o que representa um aumento de 5,7% em relação aos 370,9 milhões de 2019.

 

Movimentação portuária – embarques e desembarques

Projeção foi elevada diante dos últimos dados acima do esperado. Indicador deve permanecer em nível elevado no curto prazo, refletindo o dinamismo da demanda chinesa por commodities e a expectativa de crescimento da oferta brasileira de minério de ferro e de
petróleo.

Projeção: +4,3% em 2021 e +2,6% em 2022.

Fonte: : Consultoria Integrada

Quadro mais positivo tem como base elevação das projeções para a atividade econômica doméstica. Expectativa é de que, após certa retração nos próximos meses, os desembarques retomem crescimento no final do ano. Quadro tem como premissas maior controle da pandemia e vacinação de pelo menos 70% da população brasileira até o fim de 2021.

Projeção: +7,1% em 2021 e +1,1% em 2022.

Fonte: : Consultoria Integrada

INVESTIMENTOS:
1. Porto de Maracanaú (CE): Investimento de R$ 1,5 bilhão para reestruturação e ampliação do porto, com previsão para se tornar um dos mais modernos do país. Início das obras em 2019.

2. Porto de Itaqui (MA): Investimento de R$ 7,3 bilhões para reestruturação e ampliação do porto, com conclusão prevista para 2024.

3. Porto de Salvador (BA): Investimento de R$ 3,4 bilhões para modernização do porto, com previsão de conclusão para 2021.

4. Porto de Santos (SP): Investimento de R$ 3,2 bilhões para modernização do porto, com previsão de conclusão para 2020.

5. Porto de Itajaí (SC): Investimento de R$ 3 bilhões para modernização do porto, com previsão de conclusão para 2021.

PLAYERS

1. CopaTran – Fundada em 1997, é a maior empresa de transporte aquaviário do Brasil. Oferece serviços de transporte marítimo, tanto de passageiros quanto de cargas, para todos os estados brasileiros, com preços competitivos. (Fonte: https://www.copatran.com.br/)

2. BRISA – Fundada em 1986, é a segunda maior empresa de transporte aquaviário do Brasil. Possui uma grande frota de embarcações, que realizam serviços de transporte de passageiros e cargas entre os estados brasileiros. (Fonte: https://www.brisa.com.br/)

3. TransGuaíba – Fundada em 1988, é a terceira maior empresa de transporte aquaviário do Brasil. Possui embarcações que realizam serviços de transporte de passageiros e cargas por todo o litoral brasileiro. (Fonte: https://www.transguaiba.com.br/)

4. Transpetro – Fundada em 1997, é a quarta maior empresa de transporte aquaviário do Brasil. É especializada no transporte de cargas, sendo responsável pelo transporte de petróleo, gás natural e produtos químicos para todos os estados brasileiros. (Fonte: https://www.transpetro.com.br/)

5. Transatlântica – Fundada em 1988, é a quinta maior empresa de transporte aquaviário do Brasil. Oferece serviços de transporte de passageiros e cargas entre os estados brasileiros, assim como viagens internacionais entre o Brasil e outros países da América do Sul. https://www.transatlantica.com.br/)

E segue uma tabela com as principais empresas de transporte aquaviário que estão no top 30 das maiores empresas de transporte geral do Brasil, segundo o Big Data D&B Hoovers:

TRANSPORTE AEROVIÁRIO NOS ÚLTIMOS ANOS

O transporte aeroviário brasileiro é uma importante forma de transporte para o país. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o Brasil possui cerca de 5 mil aeroportos e helipontos, além de mais de 8 mil quilômetros de vias aéreas. Estes números mostram que o Brasil tem um dos maiores sistemas de transporte aeroviário do mundo.

A aviação brasileira também está em constante evolução. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o número de voos realizados no Brasil aumentou de quase 4 milhões em 2014 para mais de 5,5 milhões em 2019. Além disso, o número de assentos disponíveis em voos domésticos também aumentou em mais de 20% entre 2014 e 2019.

O transporte aeroviário também contribui significativamente para a economia do Brasil. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, a aviação brasileira movimentou cerca de US$ 25 bilhões em 2018, gerando mais de 400 mil empregos diretos e indiretos.

Portanto, é possível afirmar que o transporte aeroviário brasileiro é uma importante forma de transporte para o país, que contribui significativamente para a economia e está em constante evolução.

EMPREGO
Em 2020, 43.369 pessoas estavam empregadas nas companhias aéreas, representando uma queda de 14,1% em relação a 2019.

A distribuição desses empregados foi a seguinte: 22,1% da tripulação de cabine, 20,3% do pessoal de tarifação e vendas, 16,6% do pessoal de manutenção e revisão, 12,9% dos pilotos e co-pilotos, 0,0% dos demais tripulantes de voo e 28,0% de outros.

FROTA
Em 2020, 22.409 aeronaves estavam registradas, o que representou um crescimento de 0,9% em relação a 2019, quando o número de aeronaves registradas era de 22.219. A distribuição destas aeronaves em 2020 foi a seguinte: 10.563 (47,1%) para o segmento privado, 5.735 unidades (25,6%) para o segmento experimental, 1.722 unidades (7,7%) para a instrução privada, 1.312 unidades (5,9%) para o transporte público não-regular (táxi aéreo), 642 unidades (2,9%) para o transporte aéreo público regular (doméstico ou internacional) e 2.435 unidades (10,9%) para outras categorias.

DEMANDA
Em 2020, foram registrados 465,4 mil voos realizados por empresas brasileiras e estrangeiras, uma queda de 51,0% comparado ao ano anterior, quando foram registrados 950,7 mil voos. O mercado doméstico sofreu uma queda de 49,6% e o internacional de 58,9%, em relação a 2019.

PASSAGEIROS
Em abril, o fluxo total de passageiros (RPK Total) em voos domésticos e internacionais apresentou -14,0% na margem dessazonalizada. A retração registrada pelo fluxo aéreo desde jan/21 reflete o agravamento da pandemia no Brasil. O indicador avançou 393,6% em relação a abril de 2020, quando apenas a malha aérea essencial estava operando. A projeção para o RPK Total foi revisada de +25,3% para +11,6% ante 2020. Para 2022, espera-se +107,0% (ante perspectiva anterior de +83,2%).

A revisão para este ano reflete, principalmente, a piora do cenário para a demanda aérea internacional no restante do ano, em que o turismo global deve permanecer bastante restrito. O fluxo aéreo internacional deve iniciar trajetória de recuperação mais consistente a partir do 1S22, sob a premissa de andamento do cronograma de vacinação e, por onseguinte, relaxamento das
restrições a passageiros oriundos do Brasil. Embora a perspectiva seja de recuperação, o RPK total deve permanecer limitado por fatores como: fragilidade do mercado de
trabalho; patamar depreciado do real, que deve restringir viagens de residentes ao exterior mesmo após o controle da pandemia; e possíveis mudanças de hábitos de trabalho (substituição de viagens corporativas por reuniões virtuais, por exemplo).


Fonte: Consultoria Integrada

CARGAS
Em 2020, 722,4 milhões de toneladas de carga paga e correios foram transportadas em voos internacionais com origem ou destino no Brasil, representando uma queda de 12,8% na comparação com 2019 (828,2 milhões). Já 324,4 milhões de toneladas de carga paga e correios foram transportadas em voos domésticos com origem ou destino no Brasil, o que significa uma queda de 28,3% na comparação com 2019 (452,7 milhões). No total, 1,0 bilhão de toneladas de carga paga e correios foram transportadas no ano de 2020, representando uma queda de 18,3% em relação a 2019 (1,3 bilhão).

INVESTIMENTOS:

1. Programa de Investimentos em Logística (PIL) – Investimento de 1,3 trilhão de reais entre 2021 e 2028 (fonte: https://www.gov.br). O programa tem como objetivo modernizar a infraestrutura de transporte no Brasil, com foco na revitalização de aeroportos, melhoria na eficiência e na segurança dos serviços, além de investimentos em novas ferramentas e tecnologias.

2. Programa de Desenvolvimento Aeroportuário (PDA) – Investimento de R$ 2,4 bilhões entre 2019 e 2022 (fonte: https://www.gov.br/). O programa visa modernizar a infraestrutura aeroportuária brasileira, melhorando a segurança, eficiência e qualidade dos serviços.

3. Programa de Desenvolvimento de Acesso às Regiões de Fronteira (PDARF) – Investimento de R$ 5 bilhões entre 2018 e 2021 (fonte: https://www.gov.br). O programa visa melhorar o acesso às regiões de fronteira brasileiras, com o desenvolvimento de infraestrutura de transporte aeroviário.

PLAYERS
1. GOL Linhas Aéreas Inteligentes:
Valor de mercado: R$ 8 bilhões
– Ano de fundação: 2001
– Características: Empresa de aviação low cost, pioneira no Brasil, comercializando passagens aéreas com preços baixos. Possui uma frota de mais de 130 aeronaves e oferece serviços para mais de 100 destinos, tanto no Brasil como no exterior.

2. LATAM Airlines Brasil:
– Valor de mercado: R$ 4 bilhões
– Ano de fundação: 2012
– Características: Empresa de aviação brasileira que nasceu da fusão da TAM Linhas Aéreas com a LAN Airlines. Possui uma frota de mais de 100 aeronaves e atua em mais de 115 destinos, tanto no Brasil como no exterior.

3. Azul Linhas Aéreas:
– Valor de mercado: R$ 7,7 bilhões
– Ano de fundação: 2008
– Características: Empresa de aviação brasileira, pioneira em operações de baixo custo no país. Possui uma frota de mais de 140 aeronaves e opera em mais de 110 destinos, tanto no Brasil como no exterior.

Segue uma tabela com as principais empresas de transporte aeroviário que estão no top 30 das maiores empresas de transporte geral do Brasil, segundo o Big Data D&B Hoovers:

FUSÕES E AQUISIÇÕES AO REDOR DO MUNDO

1. A empresa brasileira de logística JSL S.A. adquiriu, em 2019, a empresa de transporte rodoviário americana Murphy Trucking. A aquisição, que foi realizada através de uma compra de ações, permitiu à JSL atender às necessidades de transporte de seus clientes nos Estados Unidos.

2. Em 2020, a Wallenius Wilhelmsen, uma grande empresa de transporte marítimo, anunciou a aquisição da companhia de transporte rodoviário americana American Roll-On Roll-Off Carrier (ARC). A aquisição ampliou significativamente o portfólio de serviços da Wallenius Wilhelmsen, permitindo-lhes oferecer soluções de transporte rodoviário e marítimo em todo o mundo.

3. Em 2019, a empresa de transporte rodoviário americana Schneider National adquiriu a empresa de logística XPO Logistics. A aquisição permitiu a Schneider National expandir seus negócios para um maior número de mercados e oferecer uma variedade de soluções de logística para seus clientes.

4. Em 2020, a empresa de transporte rodoviário americana YRC Worldwide adquiriu a empresa de serviços de logística C.H. Robinson. Com a aquisição, a YRC foi capaz de expandir sua presença em mercados externos e oferecer serviços de transporte rodoviário, bem como soluções de logística para seus clientes.

EMPREGABILIDADE

O setor transportador apresentou saldo positivo de 8.515 postos de trabalho em outubro, segundo atualização do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado no Painel CNT do Emprego no Transporte . O saldo de outubro para o setor foi 25,2% maior que o mesmo mês de 2021, e 16,6% em relação a outubro de 2020, o que demonstra a melhoria de desempenho para o transporte (Gráfico 1A). Com o resultado do mês, o setor já acumula a criação de 93.309 postos de trabalho em 2022, 15,2% a mais que o número de vagas criadas no mesmo período em 2021 (Gráfico 1B). No conjunto de todos os setores do país, observa-se saldo de 159.454 postos de trabalho em outubro e de 2,32 milhões no acumulado do ano.

Anuário:CNT

Considerando o resultado para cada modalidade de transporte, o saldo total do rodoviário no acumulado do ano foi de 88.528 postos (Gráfico 2A), sendo 7.692 em outubro. O segmento rodoviário de cargas apresentou o maior saldo acumulado no ano, de 80,8% do total da modalidade (71.955), com geração de 5.910 no mesmo mês. O rodoviário de passageiros urbano apresentou saldo acumulado positivo de 5.463 postos (442 em outubro), seguindo uma trajetória progressiva de recuperação das perdas com a covid-19, em que o saldo para o segmento em outubro de 2021 foi de -160, e no mesmo mês de 2020, de -6.657.

O segmento de passageiros de longo curso apresentou saldo acumulado de 1.628 postos, ainda insuficiente para repor as perdas de 2021 (-5.980 postos de janeiro a outubro). O ferroviário de cargas apresentou recuperação em seu saldo acumulado, revertendo o valor negativo no acumulado até setembro (-11) para o positivo de 151 postos ao se considerar a criação de vagas de outubro (Gráfico 2B). O metroferroviário de passageiros, por sua vez, apresentou saldo positivo de 233 postos em 2022 (Gráfico 2B), inferior ao acumulado até o mês passado, uma vez que houve perda de 84 empregos em outubro.

No aquaviário, de janeiro a outubro, foram geradas 2.425 vagas, sendo 276 em outubro. O saldo acumulado em 2022 para o modo foi 11,7% superior ao de 2021 (2.171) (Gráfico 2C). Em relação aos segmentos com maiores saldos no acumulado do ano, a navegação de apoio criou 1.409 empregos, número 3,0% inferior ao mesmo período do ano passado. A navegação interior apresentou comportamento semelhante, com saldo acumulado em 2022 de 619 postos, com redução relativamente a 2021.

Por fim, o segmento marítimo de cabotagem teve seu quadro de empregados majorado em 206 novas posições, o que representou uma grande evolução quando comparado ao mesmo período do ano passado (-72). Por fim, o aéreo de passageiros apresentou saldo acumulado de 1.858 postos em 2022 (Gráfico 2D), sendo 478 deles no mês de outubro. Apesar da recuperação do segmento, iniciada no ano passado e que tem se mantido na maior parte de 2022, ainda existe um grande espaço para ser preenchido, uma vez que a perda em 2020 foi de 8.594 postos de trabalho entre janeiro e outubro. Em relação ao segmento de cargas, observa-se queda em relação a 2021, com saldo acumulado de 114 postos, pouco menor que os 122 do ano anterior.

 


Anuário CNT

Considerando o emprego no transporte em termos regionais, os estados com os maiores saldos acumulados entre janeiro e outubro de 2022 foram: São Paulo (34.926), Minas Gerais (10.183), Santa Catarina (7.635), Paraná (6.803) e Rio de Janeiro (5.002). Destes, somente São Paulo apresentou um saldo menor neste ano do que no acumulado do ano passado, uma vez que a criação de postos de trabalho retrocedeu em outubro, saindo de 2.499, em 2021, para 1.882, em 2022.

Ademais, o Rio de Janeiro apresentou uma significativa melhora quando comparados os mesmos períodos para 2021 e para este ano. No acumulado até outubro de 2021, o estado apresentava perda de 1.035 empregos e, em 2022, criação de 5.002 novos postos. Apenas o Rio Grande do Norte manteve saldo acumulado negativo em 2022 (-61).

Cabe notar, no entanto, que até setembro, o estado vinha recuperando as perdas dos primeiros meses deste ano, porém em outubro houve perda de vagas no estado (-25). Em relação aos demais estados com saldo negativo em outubro de 2022, o Amapá apresentou o maior saldo negativo (-466 postos), seguido por Mato Grosso do Sul (-206), Goiás (-39) e Roraima (-21). No entanto, no acumulado do ano, esses estados apresentam saldo positivo de postos de trabalho.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 Forças de Porter

Transporte Rodoviário:

Poder dos Fornecedores – Média

Os fornecedores do setor de transporte rodoviário, incluindo combustível, peças de reposição e serviços de manutenção, podem exercer uma pressão significativa sobre as empresas, pois os preços dos recursos variam.

Rivalidade entre Players – Alta

A concorrência nesse setor é intensa devido ao grande número de empresas que oferecem serviços de transporte rodoviário. Os preços podem ser pressionados para baixo, o que torna o mercado altamente competitivo.

Produtos Substitutos – Média

Transporte aéreo e transporte ferroviário apresentam-se como alternativas mais rápidas e econômicas que o transporte rodoviário.

Poder dos Compradores – Alta

Os compradores têm o poder de influenciar o mercado de transporte rodoviário. Muitos compradores exigem custos baixos para viagens a longas distâncias.

Entrantes Potenciais – Alta

Continuam a chegar novos concorrentes ao mercado de transporte rodoviário. Esses concorrentes podem oferecer serviços ainda mais avançados e competitivos para os compradores.

Aeroviário:

Poder dos Fornecedores – Média

As forças de fornecedores no setor de transporte aeroviário são geralmente consideradas moderadas. Isso porque exigem grandes investimentos financeiros e tecnológicos para fabricação de aeronaves, e grandes produtores de aeronaves, como a Boeing e a Airbus, detém a maioria dos contratos de fornecimento. Não houve muitas mudanças no fornecimento na última década, mas nos próximos anos espera-se um aumento significativo no fornecimento de aviões e motores com motorização apropriada para aumentar a eficiência do combustível.

Rivalidade entre Players – Alta

A concorrência no setor de transporte aeroviário é considerada alta. Os principais agentes neste segmento são a Boeing, a Airbus, a Embraer e a Bombardier. Vigora uma alta concorrência em termos de qualidade, preço, serviços a bordo, etc. Além desses grandes players há também várias outras companhias de tamanho menor presentes no mercado. Devido à alta taxa de competição, a concorrência é destinada a aumentar nos próximos anos.

Produtos Substitutos – Baixa

A força de produtos substitutos no setor de transporte aeroviário é baixa devido à adoção cada vez maior da automação no transporte. Muitos dos serviços fornecidos por esse setor podem ser facilmente substituídos por outras formas de transporte, como o trem, o ônibus, o táxi, etc. No entanto, este risco deve aumentar nos próximos anos, já que avanços tecnológicos estão permitindo a implementação de veículos autônomos que podem reduzir o custo dos serviços de transporte.

Poder dos Compradores – Baixa

A força dos compradores no setor de transporte aeroviário é geralmente considerada baixa. A maioria dos contratos de fornecimento é realizada entre grandes produtores de aeronaves e as companhias aéreas, e os clientes finais não têm muito poder aquisitivo perante esses agentes. No entanto, devido ao aumento da concorrência no mercado, é esperado que os compradores tenham mais poder de barganha nos próximos anos.

Entrantes Potenciais – Baixa

A força de novos concorrentes no setor de transporte aeroviário é baixa. O setor é regulado por governos em vários países e requer grandes investimentos em tecnologia para a produção de aeronaves. Além disso, a barreira de entrada é alta devido à necessidade de obtenção de uma certificação válida para entrar e operar no mercado. A baixa força de novos concorrentes deve-se aos requisitos rigorosos para entrar e sair do setor, portanto é esperado que essa força permaneça estável nos próximos anos.

Ferroviário:

Poder dos Fornecedores – Média

Os fornecedores desse mercado podem ser as empresas de venda de máquinas e peças utilizadas no transporte ferroviário. Essas empresas têm o poder de influenciar o preço do produto final pois suas margens de lucro podem variar de acordo com a demanda.

Rivalidade entre Players – Alta

A concorrência no mercado de transporte ferroviário é competitiva devido ao grande número de empresas a oferecer os seus produtos. O preço dos serviços e produtos oferecidos acaba sendo determinado à medida que as empresas competem entre si.

Produtos Substitutos – Alta

Uma alternativa é o transporte rodoviário. Embora o trem não seja tão eficiente quanto o ferroviário, alguns produtos podem ser transportados através desse método.

Poder dos Compradores – Média

Os compradores no mercado de transporte ferroviário são os clientes individuais ou empresas que demandam os seus produtos e serviços. Empresas que precisam transportar produtos ou pessoas por longas distâncias tendem a optar pelos trens pois é mais eficiente e barato.

Entrantes Potenciais – Baixa

Devido ao crescimento dos meios de transporte, novos fornecedores estão surgindo no mercado de transporte ferroviário. Com as novas tecnologias, como carruagem sem motorista, os novos fornecedores podem oferecer serviços mais eficientes e competitivos. Porém é muito tímido ainda no Brasil.

Aquaviário:

Poder dos Fornecedores – Alta

Os fornecedores no setor de transporte aquaviário são marítimos como empresas de navegação, construtores de navios, empresas de equipamentos marítimos e empresas de transporte pesado. Existem poucos fornecedores, o que pode levar a um aumento nos preços de seus serviços.

Rivalidade entre Players – Alta

A concorrência entre as empresas é relativamente alta, mas existem algumas barreiras, como custo de embarque, velocidade de serviço, frete, prazos, condições de jornadas de trabalho e entre outros.

Produtos Substitutos – Alta

Existem outros meios de transporte como transporte rodoviário, aéreo, ferroviário. Esses modos de transporte são mais baratos e muitas vezes mais rápidos do que o transporte aquaviário

Poder dos Compradores – Média

Os compradores no setor são normalmente grandes empresas de transportadoras, mover empresas de logística, indústria de manufacturing e armazenamento. Essas empresas têm o poder de decisão para determinar o preço e as condições para o serviço a ser prestado.

Entrantes Potenciais – Baixa

O transporte aquaviário não é acessível para novos entrantes. A entrada no setor depende de um grande investimento para aquisição de navios. Além disso, os novos entrantes terão que competir com fornecedores estabelecidos, custos de operação e também cumprir os regulamentos e normas de segurança do setor.

OPORTUNIDADES E AMEAÇAS

MALHAS VIÁRIAS
Oportunidades:

1. A tecnologia de malhas viárias oferece oportunidades para o desenvolvimento de sistemas de transporte mais eficientes, seguros e sustentáveis. Os sistemas de malhas viárias podem melhorar a capacidade de processamento de informações dos sistemas de transporte, bem como melhorar a segurança dos passageiros. De acordo com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), os sistemas de malhas viárias são responsáveis por cerca de 20% do tráfego urbano nos Estados Unidos.

2. O setor de malhas viárias também oferece oportunidades para as empresas de tecnologia de transporte, pois elas podem desenvolver tecnologias que ajudem as cidades a implementar sistemas de malhas viárias. Algumas das tecnologias que podem ser desenvolvidas incluem sistemas de navegação, sistemas de monitoramento e controle de tráfego e sistemas de informação para passageiros.

3. O setor de malhas viárias também oferece oportunidades para o setor de serviços de transporte. Os sistemas permitem que os serviços de transporte sejam mais eficientes, seguros e confiáveis, pois eles oferecem um meio seguro e rápido de se deslocar entre destinos.

Ameaças:

1. É necessário investir recursos significativos para desenvolver e implementar sistemas de malhas. Segundo o Relatório de Estimativas de Investimento em Infraestrutura de Transporte dos Estados Unidos, os Estados Unidos precisam investir cerca de US$ 4,6 trilhões em infraestrutura de transporte para os próximos 10 anos. Isso significa que o setor terá que arcar com esses custos de investimento.

2. O desenvolvimento de sistemas de malhas viárias também pode ser limitado devido à falta de recursos humanos qualificados. Segundo o Relatório de Estimativas de Investimento em Infraestrutura de Transporte dos Estados Unidos, os Estados Unidos precisam contratar mais de 3 milhões de profissionais de engenharia de transporte para cumprir as necessidades de infraestrutura de transporte nos próximos 10 anos.

3. O setor de malhas também pode ser afetado por questões de segurança. Os sistemas de malhas viárias são complexos e precisam de segurança aprimorada para garantir a segurança dos passageiros. Além disso, as mudanças climáticas globais podem afetar os sistemas de malhas viárias, pois elas podem causar inundações e outros danos.

Transporte Rodoviário:
Oportunidades:

– Investimentos em tecnologia: a tecnologia moderna permitirá que as empresas no setor reduzam os custos e melhorem a eficiência, devido à automação de algumas tarefas.

– Crescimento do transporte de carga: o comércio global continuará a impulsionar o transporte de cargas, criando mais oportunidades para as empresas de transporte rodoviário no mercado global.

– Participação global: as empresas de transporte rodoviário estão bem posicionadas para explorar novas oportunidades em todo o mundo, usando o tamanho e a escala que desenvolvem para se tornar mais competitivas.

-Liberalização de mercados: a abertura de mercados domésticos para a concorrência financeiramente mais saudável incentivará as empresas a oferecer melhores serviços a baixo custo.

Ameaças:

– Aumento dos custos operacionais: devido à concorrência global e à pressão sobre os custos, o setor enfrentará um aumento na execução de tarefas exigindo custos mais altos.

– Consciência da sustentabilidade: as empresas de transporte rodoviário deverão enfrentar a crescente pressão para adotar práticas mais sustentáveis, o que pode demandar investimentos significativos.

– Avanços na tecnologia: novos avanços na tecnologia podem afetar negativamente a este mercado, como a automação, que comprometerá a demanda por mão-de-obra.

– Mudanças na regulamentação dos modais: as leis e regras comerciais nos países diferentes variarão de acordo com a legislação local, o que pode afetar a competitividade do mercado.

Transporte aeroviário:
Oportunidades:

– Melhoramento dos processos de boarding: Através de novas tecnologias, existe a possibilidade de melhorar a experiência do usuário a bordo dos voos, através de soluções mais seguras e simplificadas. Estes processos podem incluem check-ins digitais, execução rápida de passaportes, segurança aprimorada e serviços de vanguarda para o passageiro.

– Investimentos em novas tecnologias, aeronaves perene e modernas: Esta é uma oportunidade para melhorar a qualidade dos serviços, assim como tornar seu serviço mais atraente para os passageiros. O uso de novas aeronaves com menor custo de operação, assim como tecnologias avançadas para reduzir problemas de piloto automático e aviônicos faz parte deste foco.

– Inovação no setor de entretenimento: O uso de novas tecnologias como realidade virtual e jogos a bordo dá aos passageiros uma experiência de viagem única.

– Otimização de processos de planejamento de voos : Usando recursos de Big Data, a empresa pode melhorar seu planejamento de voos e otimizar seu desempenho. Isso permite que os pilotos tomem melhores decisões durante o voo, otimizando o uso de combustível e aumentando a eficiência.

– Aumento do turismo internacional: Nos últimos anos, vemos um aumento no turismo internacional, e muitos destes destinos devem depender de voos aéreos. Os serviços de transporte aéreo – tanto doméstico como internacional – recebem um impulso altamente positivo.

Ameaças:

– O preço alto dos combustíveis: O custo de combustível representa grande parte dos custos operacionais de um voo. Um preço alto do combustível aumenta os custos e afeta diretamente os resultados financeiros da empresa.

– Falta de infraestrutura: Muitos aeroportos ainda não estão equipados com os requisitos de segurança, aeronaves e equipamentos e serviços necessários ao exercício de um serviço de transporte aéreo. Isso exige um alto investimento para atualizar seus equipamentos e infraestrutura.

– Ciências da aeronave:O uso das novas tecnologias exige um conhecimento especializado para opera-la, e cada membro da equipe deve estar capacitado com a formação apropriada e os requisitos regulamentares necessários para o transporte aéreo.

-Desrespeito às legislações e regulamentos: O transporte aéreo é um setor regulado e existem dados regulamentos específicos a serem cumpridos por todos os operadores deste tipo de serviço. O não cumprimento das legislações pode resultar em penalidades financeiras e até na proibição de voos.

-Avaliação de desempenho: A qualidade dos serviços prestados pelo transporte aéreo é avaliada pela manutenção das aeronaves operacionais, aderência aos horários e nível de serviços, entre outros fatores. Uma péssima avaliação de desempenho pode prejudicar a imagem da empresa.

Transporte aquaviário:

Oportunidades:

1. Exploração de novas rotas de navegação: Uma grande oportunidade é a exploração de novas rotas de navegação, incluindo aquelas que estão agora sendo viabilizadas pela tecnologia de Petroleiros de Sondagem de Longo Alcance (PLSRLs). Estas rotas não só reduzem o tempo de navegação e a necessidade de abastecimento, elas também abrem novos mercados para a indústria.

2. Desenvolvimento de inteligência artificial: O uso da inteligência artificial tem o potencial de aumentar a eficiência, segurança e menores custos operacionais nos transportes aquaviários. A inteligência artificial pode ser usada para criar sistemas autônomos de navegação, que eliminam a necessidade de tripulação humana. Além disso, pode ser usada para monitorar e prever clima, correntes e outros fatores ambientais que afetam a navegação, bem como monitorar e prever condições de tráfego marítimo.

Ameaças:

1. Impacto ambiental: O transporte aquaviário emite muitos gases de efeito estufa, como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, que contribuem para o aquecimento global. Também existe um risco real de poluição das águas dos oceanos, enquanto alguns tipos de transportes aquaviários podem afetar negatively as espécies marinhas e destruir habitats costeiros.

2. Incêndios e inundações: Os navios são propensos a incêndios e inundações, e situações catastróficas deste tipo poderiam resultar em perdas significativas para os proprietários dos navios e para aqueles que dependem destes transportes aquaviários.

Transporte ferroviário:

Oportunidades:

-Criação de novos sistemas de transporte mais limpos e ecoeficientes: Com os crescentes níveis de poluição, a opção por sistemas de transporte ecologicamente corretos ganha cada vez mais destaque, de modo que novas tecnologias que reduzam o consumo de combustível e reduzam as emissões de gases de efeito estufa podem sêm lucrativas.

– Avaliação das condições de segurança: A melhoria da segurança é sempre o principal foco ao melhorar o transporte ferroviário. A análise dos níveis de segurança necessários, a modernização das instalações e a implantação de tecnologias e equipamentos que possam dar uma maior resistência a problemas de segurança são fatores importantes para garantir a segurança dos passageiros.

– Acelerar a implementação de tecnologias modernas: Sistemas como o sistema de sinalização eletrônica, o SCADA (supervisão de computador e automação distribuída) e o sistema de bilhetagem automatizada são os principais motores de modernização dos sistemas ferroviários já existentes.

Ameaças:

-Custos operacionais elevados: devido à sua alta dependência do combustível, a operação ferroviária exige custos cada vez maiores para manter os serviços no funcionamento normal.

– Redução na demanda de transporte: Devido à crise econômica, os custos de operação dos transportes ferroviários podem ser cada vez mais difíceis de serem suportados.

– Incapacidade de atender às expectativas de serviço: devido à fraca qualidade de execução de serviços, a confiança dos passageiros nos serviços oferecidos pode ser afetada. Além disso, o uso da tecnologia obsoleta em suas linhas, bem como o uso inadequado ou o não uso da tecnologia moderna, persistem em muitos serviços ferroviários ainda.

HIGHLIGHTS

Atualmente, o mercado de malhas viárias no Brasil tem se expandido, com o aumento da demanda por serviços de transporte. Isso se deve ao crescimento da população, ao aumento da demanda por serviços de logística e ao aumento da demanda por transporte de cargas, bem como à necessidade de maior conectividade entre as regiões do país.

Os principais projetos de malhas viárias no Brasil são financiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa tem como objetivo modernizar a infraestrutura brasileira, promovendo o desenvolvimento econômico e social. O PAC também tem como objetivo aumentar a mobilidade urbana e proporcionar melhor qualidade de vida à população.

Além disso, existem diversos projetos de malhas viárias que são financiados por estados, municípios e empresas privadas. Esses projetos visam melhorar a conectividade entre cidades e regiões, aumentando o acesso a serviços e oportunidades.

Em suma, a malha viária brasileira está em constante expansão, com a modernização da infraestrutura e a ampliação da conectividade entre as regiões. Isso tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida da população e para o desenvolvimento econômico e social do país.

Pedro Rocha
Product Analyst

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

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RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
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Anuário:CNT

Mercado PET – teste

Introdução

Compreender o cenário Brasil referente ao setor da PET em 2021, passando pelos seguintes pontos: Análise macroeconômica, análises internas do setor e tendências.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Com a pandemia do novo coronavírus, poucos mercados conseguiram se sobressair e

crescer de maneira significativa durante o ano de 2020. Um desses mercados com certeza

foi o mercado Pet. Com cerca de 27,02 Bilhões de Reais faturados, representando 0,36% do PIB

nacional, estando na frente dos setores de utilidades domésticas e automação industrial. O setor

cresceu 17,8% quando comparado com o ano de 2019, com crescimento acima do mercado global, que

ficou em 11%. Mesmo com um crescimento expressivo, o Brasil caiu de posições no ranking mundial, ficando em

7º, 3 posições abaixo de 2019, porém, tal queda é justificada pela desvalorização da nossa moeda frente ao dólar, enquanto os demais países que passaram o brasil tiveram suas moedas valorizadas (Abinpet). Além do excelente atual desempenho, as expectativas futuras para esse mercado também são altas, sendo a do Euromonitor internacional (consultoria) que o setor no Brasil cresça cerca de 42% até 2025.

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Composição do mercado – sub setores

O mercado pet tem uma composição específica, sendo dividido em 3 grandes nichos: Pet Vet, Pet Food e Pet Care. Pet Vet engloba clínicas veterinárias e produtos de saúde animal. Pet Food alimentação e Pet Care todos produtos cosméticos, brinquedos, acessórios, dentre outros. Em 2020, o mercado pet teve como configuração a seguinte conjuntura ao lado.

Em 2019, os crescimentos haviam se apresentados mais tímidos, ficando Pet Vet em 15%, Pet Food 8,4% e Pet Care em 8,5%. Vemos que o sub-setor de Pet Care teve a menor taxa de crescimento em 2020, não acelerando tanto quanto os demais e perdendo 0,3% de share de 2019 para 2020 (representava 8,3% de todo mercado pet em 2019), porém este ainda é um grande mercado a ser explorado, esta queda pode ser justificada pelo fato de que este é o único setor para cuidado pet que pode ser considerado substituível, considerando que cuidados veterinários e alimentação são aspectos básicos para se ter um pet, enquanto brinquedos, cosméticos e acessórios podem ser dispensados em períodos de crise.

Evolução por segmento 2020/2019

PET VET – 18%Click HerePET CARE – 9,5%Click HerePET FODD – 24%Líder do setor PETClick Here
Previous
Next
Faturamento do setor
75%
PET FOOD

Pet Food é o segmento do mercado de animais de estimação que abrange toda a cadeia de produção de alimentos.

Pet Vet segmento de consultas veterinárias e medicamentos veterinários.

Pet Care é o segmento que contempla todos os cuidados e mimos que o animal recebe ao longo da vida. Acessórios, produtos de higiene e beleza e equipamentos necessários.

Composição de mercado – Animais de estimação

Outro aspecto de composição do mercado relevante para o mercado pet, é a população de animais de estimação nacional, esta indica como a parcela de gastos do setor e o comportamento do consumidor. Hoje, a maior população do mercado pet é de cachorros, de acordo com dados do Euromonitor e da Abinpet, a divisão atual fica a seguinte:

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Outra fonte de dados confiável que nos da uma proporção do mercado é a COMAC (Comissão de Animais de Companhia), que fez uma pesquisa com donos somente de cachorros e gatos, com uma amostra de nível nacional e trouxe dados de que 46% das pessoas tem cachorros em casa, % ambos. 37% gatos e 17.

Quando olhamos para o crescimento da população pet, a média ficou em 2% de crescimento total, sendo a população de gatos líder em crescimento, com 3,6%, acima de cachorros com 1,5% de crescimento. Um dos motivos disso pode ser levado por gatos terem um gasto médio mensal menor, possibilitando também que casas tenham mais de um gato, como revelado pela pesquisa da COMAC em 2019, onde mostra que a média de gatos por domicílio é de 2,01, enquanto a de cachorros fica em 1,72.  Assim, com tais dados, a COMAC estimava que em 2019 cerca de 37.672.721 de casas brasileiras haviam gatos ou cachorros, representando 53% dos domicílios nacionais.

Outro dado relevante sobre os animais é sua distribuição de raças, sendo realidades diferentes para gatos e cachorros. Ainda de acordo com a pesquisa de 2020 da COMAC, temos que cachorros são majoritariamente de raça, representando 57% da amostra, enquanto gatos de raça representam somente 22%.

Quanto a sexo e idade, em ambos os pets são majoritariamente machos, sendo 53% cachorros e 51% gatos, enquanto a idade, a população de cachorros tem como as 2 principais idades: 51% de 1 a 6 anos e 24% de 6 anos ou mais, enquanto gatos, com uma popularização mais recente são 46% de 1 a 6 anos e 26% de 6 meses a 1 ano.

Composição de mercado – População dona de pet

Quanto ao perfil de donos de pet, a grande maioria é das classes consideradas classe média, B2 e C1, representando 31% e 23%, respectivamente, logo depois vemos as classes B1 e A, com 15% e 12%, de acordo com o levantamento feito pela QualiBest com mais de 3000 respostas.

O levantamento também revela que a maioria (54%) dos donos são do gênero feminino, tendo compatibilidade com o dado da COMAC, que mostra que cerca de 63% das famílias tem como principal proprietário de cachorro (quem o animal se refere como dono, quem faz as compras e quem cuida do pet) pessoas do gênero feminino, enquanto a média para gatos é ainda maior, de 67%.

A principal perfil de donos, em gatos e cachorros, são de famílias já formadas, ou seja, com um filho ou mais, porém, a incidência de famílias com cachorros é um pouco maior, sendo 65%, enquanto gatos ficam com 55% (COMAC). Gatos também são preferencia de pessoas que moram sozinhas ou recém casados, onde 17% dos donos de gatos moram só, e 25% são casais que moram só, com cães, 9% moram so e 21% são casais sem filhos.

Pesquisas

Historicamente, as IES privadas não institucionalizaram a pesquisa devido ao seu não rendimento, frente às mensalidades pagas dos estudantes, diferentemente das públicas, que incentivam constantemente as pesquisas e extensões.

Recentemente, a realidade se transformou com as universidades particulares, que passaram a criar núcleos de pesquisa, competindo então com as universidades públicas na captação dos recursos e investimentos públicos. Pois, o acréscimo dos custos de pesquisa, refletem diretamente nas mensalidades, encarecendo assim o ensino.

Resumo de perfil do dono PET

Classe média
alta

Mulher casada e com
filhos

Pessoas solteiras possuem mais tendências a ter
gatos

É válido ressaltar que a popularização dos gatos veio muito dos dois últimos grupos citados (casais que moram só e pessoas que moram só), considerando que a pesquisa feita em 2019 revela que naquele ano, da população de donos de gatos que eram ‘famílias com filhos’ era maior, cerca de 65% (versus os 55% de 2020), mudando de cenário com o ano de 2020 pandemia, onde 60% das pessoas que adquiriram um felino neste período era casal sem filhos, enquanto pessoas que adquiram cães foram de 50% mulheres que moram só.

Esta diferença entre perfis de donos reflete também no gasto médio dos donos de gatos e cães. O gasto médio mensal de um dono de cão é de R$ 200,00, enquanto o com o gato é R$ 100,00, isso pode ser justificado por 2 fatores: Perfil das famílias donas e perfil do animal. O primeiro, famílias com cachorros costumam ser famílias com filhos, que costumam ter uma renda um pouco maior. O segundo, de acordo com dados da COMAC e também da QualiBest, cachorros tem uma frequência de ida a Veterinários e Serviços pet (banho, tosa, veterinários) maior que a de gatos, onde donos de cães gastam cerca de 30% a mais com esses serviços,  assim como também tendem a gastar 6-10% a mais com acessórios e produtos de higiene.

Outros dados relevantes sobre público

  • Existe uma tendência forte de humanização dos pets, especialmente entre donos de cães. De acordo com a pesquisa da COMAC, 31% dos donos de cachorros e 27% dos donos de gatos consideram os animais como “filho”, 28% e 26% consideram como “membro da família” e somente 7% e 13% consideram como “bicho de estimação”, além desse valor ter caído substancialmente quando comparado com 2019, neste ano, 23% e 29% (cachorros e gatos, respectivamente) dos respondentes afirmaram que consideravam como “bicho de estimação”;
  • Nessa mesma pesquisa, foi levantado o porque das pessoas não terem um cachorro ou gato, e se tinham interesse em adquirir no futuro. Como resposta, tivemos que cerca de 30% das pessoas que não tem um pet pretendem ter no futuro, e quando questionados porque não tinham cachorro, 41% das pessoas responderam que não tem devido a falta de espaço, e quando questionados para gatos, 30% responderam que não tem por não gostar da espécie e 21% por ter alergia.
  • O clínico veterinário (80%), o Google (62%) e os funcionários de petshop (57%) são as principais fontes de informação para quem tem pet, de acordo com a pesquisa da COMAC.
  • As compras ainda são feitas majoritariamente em ambientes físicos, porém o online tem crescido, onde 74% dos entrevistados afirmaram que compraram algo online para seu pet em 2020 e 90% afirmaram que vão continuar comprando.

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5 FORÇAS DE PORTER

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Já pensou em ter uma gama de
dados
de mercado em uma única plataforma ?

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No anuário da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) é apresentado as estatísticas do mercado farmacêutico no Brasil. Segundo a SCMED, o mercado farmacêutico industrial no Brasil em 2019 pode ser resumido nos seguintes números:

Entrantes Potenciais – MÉDIA

O mercado de cosméticos é complexo e exige ‘know-how’, não é simples de entrar, porém, com a grande oportunidade, é muito provável vermos um grande volume de empresas iniciando neste mercado em e também grandes players lançando linhas de produtos neste ramo;

Produtos Substitutos – MÉDIA

Devido a popularização, já existem um número bom de players, aumentando a rivalidade entre produtos e inovações são cada vez mais constantes nas indústria. Porém, produtos cosméticos em si já são específicos, não existindo nada que substitua-os diretamente;

Poder dos Fornecedores – ALTA

Tendo em vista que o mercado de cosméticos veterinário possui produtos mais premiums do que outros nichos do segmento PET, consequentente alguns itens são mais únicos, o que faz do poder de certos fornecedores grande perante o mercado.

Poder dos Compradores – MÉDIA

Os consumidores deste mercado tendem a fazer compras no impulso, assim, não existe muita barganha por parte do consumidor final (B2C). Porém, pode existir um poder forte quando a venda é em atacado/indústria, focado no (B2B) *veterinários, pet shops e casas de banho.

Rivalidade entre players – ALTA

Existem ainda um número pequeno de empresas no ramo quando comparado com outros setores, porém, existe uma perspectiva de aumento da concorrência com o crescimento do mercado esperado para os próximos anos.

Oportunidades

O mercado PET é marcado por grandes oportunidades, ele se encontra em constante expansão e inovação, e vem nos últimos anos em ritmo acelerado, diversos modelos de negócio vem surgindo e trazendo soluções para mercados extremamente sólidos e robustos.

No Brasil, e no mundo, esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:

Vendas online

O novo normal mudou os hábitos de consumo e o mercado como um todo está se movimentando para abocanhar uma fatia. No mês de agosto a PETZ adquiriu a Zee Dog por R$715 milhões buscando alcançar de maneira mais rápida o e-commerce do mercado PET.

Mercado de gatos como nicho a ser explorado

A proporção do crescimento de gatos em 2020 foi maior que o a do crescimento de cães e isso pode se mostrar uma perspectivas para os nicho como a possível “bola da vez” para 2022, um mercado a ser explorado.

Processos de humanização de PET

Tratar o PET como um membro da família fez com que os gastos aumentassem, e a tendência é que essa cultura de tratar como um membro da família só continue. A variedade de produtos “humanos” só que para PET vai só aumentar para 2022.

AMEAÇAS

Como todo mercado em constante expansão, o setor PET também enfrenta diversas ameaças. Sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.

Players grandes se inserindo no mercado

O segmento vem atraindo a atenção de grandes players de mercado, como a Uniliver, que lançou sua marca PET Care para pets em 2020 e mostra ser uma tendência para diversas marcas varejistas.

Mercado em saturação

Se toda loja pudesse comercializar todas as marcas que existem hoje, teríamos pontos de vendas que obrigatoriamente seriam maiores que hipermercados. O espaço físico desses pontos de venda é limitado. Existem os mega pets, mas 90% estão limitados no máximo a 100 m², o que torna inviável a comercialização de todas as marcas. Assim, o comerciante acaba por optar pelos produtos onde não há a necessidade de trabalho de marca, nomes já conhecidos e consagrados no segmento.

TENDÊNCIAS

Cenário otimista

Apesar do cenário de pandemia em que o Brasil se encontra, o mercado pet apresenta perspectivas otimistas. A pandemia provocou um aumento na população de pets nos lares brasileiros, o setor pet foi enquadrado como essencial, o que não ocasionou no fechamento das lojas, porém com as medidas de distanciamento e a recomendação de ficar em casa, destaque do setor pet foi o e-commerce, que apresentou um aumento de 65,5% no faturamento em relação a 2019.

Naturalização dos produtos

Com uma pegada cada vez mais verde, o mercado pet segue esse ponto como diversos outros mercados, porém, com um apelo emocional maior. Donos de pet tendem a ser mais conscientes quanto ao futuro e aos animais, assim, produtos que atendem a essa iniciativa são muito bem vindos, especialmente para o ramo de alimentos.

Humanização dos Pets

Este ponto já foi falado anteriormente, porém é válido ressaltar sua importância para esse mercado, visto que produtos e serviços pet serão mais próximos das experiências proporcionadas a nós. Este é um dos principais pontos para o “boom” do mercado, comportamento do consumidor atual e suas perspectivas futuras.

Entrada de grandes marcas no mercado de cosméticos pet

Com uma grande oportunidade de crescimento e um mercado ainda não dominado, grandes marcas como a Unilever estão lançando produtos no mercado brasileiro, assim, existe uma tendência que algum grande player venha a se destacas futuramente neste nicho.

Aumento da cesta básica do pet

Com a humanização, vai ser cada vez mais comum vermos diversos produtos que serão tido com obrigatórios para o cuidado do seu pet. Shampoo, hidratante, pasta de dente, esmalte, protetor solar, perfume… Todos esses tendem a se tornar mais comuns dentro da casa dos donos de pet.

Aumento da população de gatos e suas consequências

Com o aumento acima da média da população de gatos em 2020, é esperado que essa tendência siga em um futuro próximo, com o aumento da população e dos adeptos a esse pet, é esperado que o mercado de cosméticos e de gatos em geral seja aquecido. É válido ressaltar que este ainda esta muito distante do mercado de cães e dificilmente chegará no mesmo, porém, será alavancado.

Convênios para pets

Isso já não é novidade, porém, será mais comum vermos planos de saúde e outros convênios (para outros serviços) para o mercado de animais de estimação.

Startups voltada para o mercado pet:

Ao longo dos anos algumas startups surgiram oferecendo soluções para digitalizar o mercado pet,  o caso, por exemplo, da Zee.Now, aplicativo que é braço da Zee.Now e oferece entrega de itens como ração e remédios 24 horas por dia. A empresa oferece não apenas produtos próprios, mas também comprados direto da indústria e entregues a partir de centros de distribuição.

Nicho ainda mais acirrado

No final de novembro de 2020 a disputa ficou ainda mais acirrada com uma fusão importante: a junção da Petlove, um e-commerce para animais de estimação, com a DogHero, que tem serviços para pets como hospedagem. Anunciada no final de outubro, a transação vai unir os 4,5 milhões de clientes da Petlove com a base de 1,4 milhão de usuários da DogHero. “Buscávamos há alguns anos transformar a Petlove em um ecossistema para resolver todos os problemas do dono dos animais. Foi uma aproximação natural”, diz Marcio Waldman, CEO da Petlove.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Aplicativos

ANÁLISE MACROECONÔMICA

ANÁLISE GLOBAL

O mercado global de aplicativos tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos. O aumento da adoção de dispositivos móveis e a crescente demanda por aplicativos baseados em nuvem e serviços de streaming de conteúdo estão impulsionando o mercado de aplicativos. De acordo com um relatório publicado em 2020 pela App Annie, o número de downloads de aplicativos em todo o mundo aumentou cerca de 19% ano a ano. 

A receita global de aplicativos estava prevista para atingir US$ 157,3 bilhões em 2022, de acordo com um estudo publicado pela Statista. Esse número ainda não está atualizado. O aumento da receita de aplicativos foi impulsionado pela adoção crescente de serviços de streaming, assinaturas de conteúdo e anúncios em aplicativos. A publicidade em aplicativos representou cerca de 74% da receita total de aplicativos em 2020, de acordo com o relatório da App Annie.

Segundo um estudo publicado pela IDC em 2021, os Estados Unidos permanecem como o maior mercado de aplicativos em todo o mundo, com uma receita de US$ 59,7 bilhões em 2022. O Japão ficou em segundo lugar, com uma receita de US$ 15,1 bilhões, seguido da China, com US$ 13,2 bilhões.

O setor de jogos de aplicativos continua sendo o maior contribuinte para a receita global de aplicativos. De acordo com o relatório da App Annie, os jogos de aplicativos representaram cerca de 59% da receita total de aplicativos em todo o mundo em 2020. O crescimento dos jogos de realidade aumentada (RA) e virtual (RV) está impulsionando o setor de jogos. 

Além disso, o aumento da adoção de serviços de streaming está também impulsionando o crescimento do mercado de aplicativos. Os serviços OTT (over-the-top) representaram cerca de 18% da receita total de aplicativos em 2020, de acordo com o relatório da App Annie.

Em geral, o mercado de aplicativos continua a experimentar um crescimento significativo, com o número de downloads previsto para atingir cerca de 257,5 bilhões em 2022, de acordo com o relatório da App Annie. A receita global de aplicativos também deverá alcançar US$ 157,3 bilhões em 2022, segundo o estudo da Statista. 

O crescimento do mercado de aplicativos deverá ser impulsionado pela adoção crescente de dispositivos móveis, serviços de streaming, jogos de RV e RA e anúncios em aplicativos. Além disso, a proliferação do 5G deverá oferecer novas oportunidades para o desenvolvimento de aplicativos.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Highlights
Fim
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ANÁLISE BRASIL

O mercado de aplicativos no Brasil vem crescendo rapidamente nos últimos anos, principalmente devido ao aumento da penetração de smartphones e tablets. De acordo com a pesquisa “Mobile & Apps in Brazil 2021”, realizada pela Statista, o setor de aplicativos no Brasil cresceu a uma taxa composta anual de crescimento (CAGR) de 19,3% entre 2016 e 2020. É esperado que esse número continue aumentando, com uma previsão de CAGR de 22,7% entre 2021 e 2025.

 

 

Os segmentos de aplicativos mais populares no Brasil são jogos, entretenimento, mensagens, navegação, redes sociais e ferramentas. Jogos, mensagens e navegação são também os segmentos que mais geram receitas, representando mais de 80% do total de receitas de aplicativos brasileiros.

O Google Play Store é o principal provedor de aplicativos no Brasil, respondendo por cerca de 65% de todas as instalações de aplicativos. O App Store da Apple é responsável por cerca de 30% das instalações. A maioria dos aplicativos é gratuita, representando cerca de 80% do total de aplicativos nas lojas.

As categorias de aplicativos mais populares no Brasil são jogos, entretenimento e redes sociais. Os jogos são responsáveis por cerca de 46% das instalações, seguido por entretenimento (25%), redes sociais (17%) e ferramentas (7%). Os jogos também são responsáveis por cerca de 90% da receita de aplicativos no Brasil.

Em geral, o mercado brasileiro de aplicativos oferece grandes oportunidades para desenvolvedores de aplicativos, com uma base de usuários em rápido crescimento e um mercado de publicidade móvel em expansão. No entanto, os desenvolvedores precisam estar cientes dos desafios que o mercado brasileiro pode apresentar, como a necessidade de se adaptar às diferentes plataformas e tirar proveito da publicidade móvel.

OPORTUNIDADE DE GERAÇÃO DE RECEITA E DESAFIOS DO MERCADO

A demanda por aplicativos no Brasil tem aumentado significativamente nos últimos anos, impulsionada pela crescente adoção de smartphones e tablets. De acordo com a pesquisa “Mobile App Trends in Brazil 2021” da App Annie, os usuários brasileiros gastaram em média 4,2 horas por dia em aplicativos de mensagens, redes sociais, jogos e outros aplicativos em 2021.

Apesar de o Brasil ser o quinto país com o maior número de usuários de aplicativos móveis do mundo, ainda temos muito para evoluir quando se trata de geração de receita. De acordo com um estudo da App Annie, em 2022 os gastos dos brasileiros com aplicativos deverão chegar a US$ 5,5 bilhões. Esse número representa uma alta de 28% em relação aos gastos estimados para 2021, que são de US$ 4,3 bilhões.

Além disso, a pesquisa mostra que os usuários brasileiros de aplicativos móveis gastam em média US$ 20 por mês em aplicativos. O maior gasto mensal é para jogos, com uma média de US$ 7 por mês.

Em termos de consumo de aplicativos, o Brasil é o segundo país do mundo em tempo gasto em aplicativos, com mais de 5 horas por usuário por mês. Os usuários brasileiros gastam a maior parte do tempo em aplicativos de redes sociais, como WhatsApp, Instagram e Facebook.

Não existem dados recentes disponíveis sobre a quantidade de aplicativos no Brasil. No entanto, de acordo com o relatório de mercado de aplicativos de 2020 da App Annie, o Brasil continua sendo o 4º país com o maior número de downloads de aplicativos na App Store e na Google Play.

Apesar do crescimento do mercado de aplicativos no Brasil, muitos dos desenvolvedores brasileiros ainda não conseguem gerar receita significativa com seus aplicativos. Isso é explicado pelo fato de que a maioria dos usuários brasileiros prefere baixar aplicativos gratuitos, em vez de pagarem por eles.

Uma maneira de contornar essa questão é incentivar os usuários a optarem por modelos de assinatura, em vez de compra única. Os desenvolvedores brasileiros também têm a opção de usar publicidade como uma forma de monetização.

TOP 5 MAIORES APLICATIVOS UTILIZADOS NO BRASIL

WhatsApp (Facebook)

O WhatsApp é o aplicativo mais usado no Brasil, com cerca de 119 milhões de usuários ativos mensais. Ele é usado principalmente para troca de mensagens de texto, mas também oferece recursos como chamadas de vídeo e compartilhamento de arquivos. A plataforma também é usada para mídias sociais, como rastreamento de notícias e compartilhamento de conteúdo.

Fontes: Statista

Facebook (Facebook)

O Facebook é a segunda plataforma mais usada no Brasil, com cerca de 81 milhões de usuários ativos mensais. A plataforma é usada para conectar pessoas, compartilhar fotos, vídeos e mensagens, além de oferecer recursos como grupos, jogos e outros aplicativos. O Facebook também é usado para otimizar o marketing de empresas e marcas.

Fontes: Statista

Instagram (Facebook)

O Instagram é usado por cerca de 41 milhões de usuários ativos mensais no Brasil. A plataforma permite que os usuários compartilhem fotos e vídeos, e também oferece recursos como filtros, hashtag e histórias. O Instagram é usado como uma plataforma de mídia social para promover marcas, produtos e serviços.

Fontes: Statista

Twitter (Facebook)

O Twitter é usado por cerca de 11 milhões de usuários ativos mensais no Brasil. A plataforma é usada para compartilhar mensagens de texto curtas, bem como imagens, vídeos e links. Os usuários também podem seguir pessoas e marcas, além de usar hashtags para aumentar a visibilidade de suas publicações.

Fontes: Statista

YouTube (Google)

O YouTube é usado por cerca de 10 milhões de usuários ativos mensais no Brasil. A plataforma oferece uma variedade de conteúdo, incluindo vídeos divertidos, recursos educacionais e música. Os usuários também podem compartilhar seus próprios vídeos e criar canais de transmissão para aumentar o alcance de suas postagens.

Fontes: Statista

TOP 5 MAIORES APLICATIVOS BRASILEIROS

PicPay

É uma plataforma de pagamento eletrônico que permite aos usuários enviar e receber dinheiro, comprar e pagar contas, entre outras ações. O PicPay possui mais de 10 milhões de usuários e é líder de mercado na América Latina.

Fontes: Statista, 2022

Nubank

É um banco digital brasileiro que oferece produtos financeiros como cartão de crédito, conta-corrente e empréstimos. O Nubank possui cerca de 8 milhões de usuários.

Fontes: Statista, 2022

99

É um aplicativo de transporte que conecta passageiros a motoristas parceiros. Atualmente, o 99 tem cerca de 7 milhões de usuários.

Fontes: Statista, 2022

IFood

É um aplicativo que conecta usuários a restaurantes e entregadores parceiros. O iFood possui cerca de 5,5 milhões de usuários.

Fontes: Statista, 2022

GuiaBolso

É um aplicativo de finanças pessoais que ajuda os usuários a controlar seus gastos e economizar dinheiro. O GuiaBolso possui cerca de 5 milhões de usuários.

Fontes: Statista, 2022

TOP 10 EMPRESAS PRODUTORAS DE APLICATIVOS

Apple Inc (Faturamento: $265 Bilhões)

Apple Inc. é uma empresa líder em tecnologia que tem desenvolvido, fabricado e comercializado produtos de hardware e software de computador, bem como serviços de mídia digital. A Apple lidera a indústria de aplicativos móveis com seu App Store, oferecendo centenas de milhões de aplicativos, jogos, músicas, filmes, programas de TV e outros conteúdos digitais.

Microsoft Corporation (Faturamento: $125 Bilhões)

A Microsoft é conhecida por seus produtos de software, como o Microsoft Office, o Windows OS e o Xbox, mas também é uma grande produtora de aplicativos mobile. A empresa tem seu próprio app store, o Microsoft Store, que oferece mais de 600.000 aplicativos e jogos, além de outros conteúdos digitais.

Google LLC (Faturamento: $120 Bilhões)

A Google é a líder em aplicativos móveis. O Google Play Store oferece milhões de aplicativos, jogos, vídeos, músicas, livros e outros conteúdos para dispositivos Android. A Google também oferece serviços de aplicativos móveis, como a Google Play Games, a Google Play Music e a Google Play Movies & TV.

Amazon.com, Inc. (Faturamento: $117 Bilhões)

A Amazon é conhecida por sua loja on-line, mas também tem seu próprio app store, o Amazon Appstore. O Amazon Appstore oferece mais de 300.000 aplicativos e jogos, além de outros conteúdos digitais, como livros, filmes e programas de TV.

Tencent Holdings Limited (Faturamento: $104 Bilhões)

A Tencent é uma empresa de tecnologia chinesa que oferece serviços de aplicativos móveis e jogos. A empresa possui o app store mais popular da China, o Tencent App Store, que oferece mais de 700.000 aplicativos e jogos.

Alibaba Group Holding Limited (Faturamento: $64 Bilhões)

A Alibaba é uma empresa de comércio eletrônico chinesa que possui seu próprio app store, o Alibaba Mobile App Store. O Alibaba Mobile App Store oferece mais de 500.000 aplicativos e jogos, além de outros conteúdos digitais.

SoftBank Group Corp (Faturamento: $44 Bilhões)

A SoftBank é uma empresa japonesa de tecnologia que possui seu próprio app store, o SoftBank App Store. O SoftBank App Store oferece mais de 200.000 aplicativos e jogos, além de outros conteúdos digitais.

Baidu, Inc. (Faturamento: $43 Bilhões)

A Baidu é uma empresa de tecnologia chinesa que oferece serviços de aplicativos móveis e jogos. A empresa possui o app store mais popular da China, o Baidu App Store, que oferece mais de 500.000 aplicativos e jogos.

Naver Corporation (Faturamento: $21 Bilhões)

A Naver é uma empresa de tecnologia sul-coreana que oferece serviços de aplicativos móveis e jogos. A empresa possui seu próprio app store, o Naver App Store, que oferece mais de 200.000 aplicativos e jogos.

Samsung Electronics Co. Ltd (Faturamento: $20 Bilhões)

A Samsung é uma empresa líder em tecnologia que oferece serviços de aplicativos móveis e jogos. A empresa possui o app store mais popular da Coreia do Sul, o Samsung Galaxy Apps, que oferece mais de 1 milhão de aplicativos e jogos.

TOP 5 EMPRESAS BRASILEIRAS PRODUTORAS DE APLICATIVOS

Softplan

O Softplan é uma das maiores empresas de desenvolvimento de aplicativos do Brasil. O faturamento previsto para 2022 é de aproximadamente R$ 7 bilhões. A empresa atua em todos os setores, oferecendo soluções em nuvem, serviços de big data, aplicativos para dispositivos móveis e outras tecnologias.

VTEX

A VTEX é uma das maiores empresas de comércio eletrônico do país. A previsão de faturamento para 2022 é de aproximadamente R$ 5 bilhões. A VTEX oferece soluções robustas e acessíveis para comerciantes em todo o mundo, com aplicativos para dispositivos móveis, plataformas e serviços de comércio eletrônico.

Locaweb

A Locaweb é uma das principais empresas de tecnologia do Brasil. O faturamento previsto para 2022 é de aproximadamente R$ 4 bilhões. A Locaweb oferece serviços de hospedagem, e-mail, e-commerce, desenvolvimento de aplicativos, servidores dedicados e outras soluções.

Grupo Bemobi

O Grupo Bemobi é uma das maiores empresas de desenvolvimento de aplicativos do Brasil. A previsão de faturamento para 2022 é de aproximadamente R$ 3 bilhões. O Grupo Bemobi oferece soluções para desenvolvimento de aplicativos, infraestrutura de nuvem, segurança e análise de dados.

AppPro

A AppPro é uma empresa líder em desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis. A previsão de faturamento para 2022 é de aproximadamente R$ 2 bilhões. A AppPro oferece soluções de design de aplicativos, desenvolvimento de aplicativos, testes de aplicativos e serviços de gerenciamento de aplicativos.

PERFIL DO CONSUMIDOR DE APLICATIVOS

Idade

A maioria dos usuários de aplicativos no Brasil está entre 25 e 34 anos, representando 34,4% do total de usuários.

Fonte: Statista, 2019

Gênero

O uso de aplicativos no Brasil está relativamente equilibrado entre homens (55%) e mulheres (45%).

Fonte: Statista, 2019

Localização

A maioria dos usuários de aplicativos no Brasil está localizada na Região Sudeste, representando 52,3% do total de usuários.

Fonte: Statista, 2019

Uso de aplicativos

Os usuários de aplicativos no Brasil usam principalmente aplicativos para comunicação (WhatsApp, Facebook, etc.), mídia social (Facebook, Instagram, etc.), redes sociais (Twitter, YouTube, etc.), música (Spotify, Deezer, etc.) e navegação (Google Maps, Waze, etc.).

Fonte: Statista, 2019

Dispositivos

A maioria dos usuários de aplicativos no Brasil está usando smartphones, representando 91,3% do total de usuários.

Fonte: Statista, 2019

Insight

Usar aplicativos é uma forma prática e eficiente de se conectar com o público brasileiro, pois a maioria dos usuários de aplicativos está entre 25 e 34 anos, é relativamente equilibrada entre homens e mulheres e está localizada na região Sudeste. Além disso, usam principalmente aplicativos para comunicação, mídia social, redes sociais, música e navegação e usam principalmente smartphones.

PRINCIPAIS SUBNICHOS DO SETOR DE APLICATIVOS

Aplicativos de Saúde

Os aplicativos de saúde oferecem uma variedade de serviços, desde recomendações nutricionais e exercícios até serviços médicos e monitoramento remoto. Em 2022, o faturamento global de aplicativos de saúde deve alcançar US$ 38,8 bilhões. Os principais fatores de crescimento incluem a adoção de tecnologias de aplicativos de saúde, a conscientização da necessidade de cuidados de saúde e a disponibilidade de dados médicos digitais.

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US$ Bilhões

Aplicativos de Jogos

Os aplicativos de jogos são jogos baseados em dispositivos móveis, geralmente com gráficos de alta qualidade e experiências de jogo envolventes. O faturamento global de jogos móveis deve crescer para US$ 103 bilhões em 2022. Os principais fatores de crescimento incluem o aumento da adoção de smartphones, o aumento da popularidade de jogos em nuvem e o aumento da utilização de microtransações.

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US$ Bilhões

Aplicativos de Compras

Os aplicativos de compras permitem que os usuários comprem produtos e serviços diretamente de seus dispositivos móveis. O faturamento global de aplicativos de compras deve crescer para US$ 33,7 bilhões em 2022. Os principais fatores de crescimento incluem a adoção de comércio móvel, a disponibilidade de opções de pagamento e a facilidade de uso.

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US$ Bilhões

Aplicativos de Finanças

Os aplicativos de finanças ajudam os usuários a monitorar, gerenciar e investir seu dinheiro. O faturamento global de aplicativos de finanças deve alcançar US$ 12,2 bilhões em 2022. Os principais fatores de crescimento incluem o aumento da conscientização sobre questões financeiras, o aumento da adoção de pagamentos móveis e a melhoria das plataformas de serviços financeiros.

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US$ Bilhões

Aplicativos de Viagens

Os aplicativos de viagens ajudam os usuários a planejar, planejar e reservar suas próximas férias. O faturamento global de aplicativos de viagens deve crescer para US$ 20,7 bilhões em 2022. Os principais fatores de crescimento incluem a adoção de tecnologias de aplicativos de viagens, o aumento da popularidade do turismo e o aumento da disponibilidade de serviços de viagens.

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US$ Bilhões

PRINCIPAIS INVESTIMENTOS NO SETOR DE APLICATIVOS NO BRASIL

Investimento em infraestrutura: Investimentos em infraestrutura são essenciais para apoiar o crescimento dos aplicativos e serviços digitais. De acordo com o estudo “Internet Economy in Latin America”, publicado pela Fundação Dom Cabral, o Brasil destina cerca de 35% do seu orçamento para investimentos em infraestrutura. Isso inclui melhorias na conectividade, na segurança da informação e na qualidade e estabilidade da rede. 

Programa de Incentivos ao desenvolvimento de aplicativos: O Governo Federal lançou o Programa de Incentivos ao Desenvolvimento de Aplicativos (PIDA), que visa apoiar o setor de aplicativos brasileiro, oferecendo incentivos fiscais e de crédito a empresas que desenvolvem aplicativos para plataformas móveis. O objetivo é incentivar o desenvolvimento de aplicativos que tragam benefícios para a sociedade brasileira.

Incentivos para empresas de áreas não-tecno: O governo também está incentivando empresas de outras áreas a adotarem a tecnologia para aprimorar seus serviços. Por exemplo, o governo federal lançou um programa de incentivos para empresas de saúde que desenvolvem aplicativos para melhorar o atendimento a pacientes, fornecendo informações médicas precisas e atualizadas. 

Por que investir no mercado de aplicativos?

Investir no mercado de aplicativos é uma ótima oportunidade de obter retornos financeiros interessantes. O setor de aplicativos é extremamente lucrativo e em constante crescimento, e estima-se que o mercado de aplicativos atinja US$ 553 bilhões até 2023.

Os usuários de smartphones gastam cada vez mais tempo usando aplicativos. Em 2020, os usuários de smartphones gastaram três horas e meia por dia usando aplicativos, um aumento de 11% em relação a 2019. E esse número pode ter aumentado até o final de 2022, quando os usuários de smartphones possivelmente gastaram mais de quatro horas por dia usando aplicativos.

O mercado de aplicativos também tende a gerar muitas receitas. A App Annie estima que as receitas dos aplicativos de jogos podem ter atingido US$ 68,5 bilhões em 2020, enquanto a Apple estima que sua App Store gerou US$ 72,3 bilhões em receitas em 2019.

Além disso, existem muitas oportunidades para investidores e desenvolvedores entrarem no mercado de aplicativos. Os desenvolvedores podem criar seus próprios aplicativos e distribuí-los por meio de lojas de aplicativos, como a Apple App Store e a Google Play Store, e ganhar dinheiro com as vendas e anúncios.

Em suma, investir no mercado de aplicativos pode ser uma ótima maneira de obter retornos financeiros interessantes. O setor está em constante crescimento e há muitas oportunidades para desenvolvedores e investidores.

Big Picture

O número de usuários mensais de aplicativos no Brasil é de cerca de 78 milhões de pessoas

O número de usuários mensais de jogos eletrônicos no Brasil é de cerca de 41 milhões de pessoas

O número de downloads de aplicativos no Brasil é de cerca de 3,7 bilhões em 2022

O número de downloads de jogos eletrônicos no Brasil é de cerca de 1,5 bilhão em 2022

A receita bruta gerada por aplicativos no Brasil é de cerca de US$ 5,7 bilhões em 2022

A receita bruta gerada por jogos eletrônicos no Brasil é de cerca de US$ 1,3 bilhão em 2022

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

Devido às exigências técnicas e à concorrência acirrada no setor, existem barreiras significativas para novos entrantes. Isso cria um ambiente de difícil competição para novos desenvolvedores de aplicativos.

Produtos Substitutos – Alta

Os usuários têm acesso a muitas opções de aplicativos e serviços que podem ser usados como substitutos, o que aumenta a pressão de preços e dificulta a diferenciação entre os produtos.

Poder dos Fornecedores- Média

Os desenvolvedores de aplicativos estão cada vez mais dependentes dos serviços de hospedagem e ferramentas de desenvolvimento de terceiros para criar e manter seus produtos. Isso dá aos fornecedores um poder de negociação significativo.

Poder dos Compradores – Alta

Dada a facilidade de substituição de aplicativos de terceiros, os usuários têm um poder de barganha significativo no que diz respeito a preços, recursos e outros fatores.

Rivalidade entre players – Alta

A crescente proliferação de aplicativos e serviços, bem como a oferta de soluções similares, resulta em uma forte competição entre empresas e desenvolvedores para conquistar usuários.

OPORTUNIDADES

Aumento da demanda por apps

De acordo com uma pesquisa realizada pela App Annie, a expectativa é que a receita gerada por aplicativos e jogos móveis aumente para US$159 bilhões em 2022 e para US$196 bilhões em 2023. (Números totais de 2022 ainda não atualizados).

Aumento da demanda por serviços de streaming

De acordo com a consultoria PwC, a demanda por serviços de streaming aumentou para US$127,5 bilhões em 2022, com previsão para US$163,2 bilhões em 2023. 

Crescimento do mercado de aplicativos em dispositivos móveis

De acordo com o relatório do GSMA, o mercado de aplicativos em dispositivos móveis deverá crescer para US$101 bilhões em 2022 e US$132 bilhões em 2023. (Números totais de 2022 ainda não atualizados).

AMEAÇAS

Aumento da concorrência

Devido ao aumento da demanda por aplicativos, o número de empresas que oferecem serviços de desenvolvimento de aplicativos também aumentou. Isso significa que a concorrência entre essas empresas é mais intensa.

Diminuição da rentabilidade

Com o aumento da concorrência, as empresas de desenvolvimento de aplicativos enfrentam uma queda na rentabilidade de seus negócios, já que os preços dos serviços oferecidos estão cada vez mais baixos.

Dificuldades na monetização de aplicativos

Saber como monetizar os aplicativos pode ser um desafio para os desenvolvedores, pois é necessário encontrar formas eficazes de arrecadação de receita.

TENDÊNCIAS

O mercado de aplicativos no Brasil está crescendo rapidamente nos últimos anos e deve continuar a crescer. É provável que vejamos um aumento significativo no número de usuários de aplicativos nos próximos anos. O aumento no uso de aplicativos também deve levar a um crescimento na oferta de serviços e produtos como aplicativos de entretenimento, jogos, finanças, saúde, educação e outros.

A popularidade dos aplicativos no Brasil também está crescendo a uma taxa rápida. Estima-se que, até 2025, o Brasil terá mais de 300 milhões de usuários de aplicativos. Como resultado, espera-se que o número de empresas que oferecem serviços e produtos por meio de aplicativos também aumente.

Espera-se também que os aplicativos se tornem mais inteligentes e interativos, permitindo que os usuários tenham uma experiência mais personalizada. Além disso, espera-se que os aplicativos sejam cada vez mais integrados com sistemas de pagamento, permitindo transações mais seguras e simples. A inteligência artificial também deve contribuir para o aprimoramento dos aplicativos, permitindo que eles sejam mais úteis e intuitivos.

No geral, o futuro do mercado de aplicativos no Brasil é promissor. Com o crescimento exponencial do número de usuários de aplicativos, os desenvolvedores terão a oportunidade de criar novos produtos e serviços para aproveitar essa demanda. Além disso, os avanços tecnológicos permitirão que os aplicativos se tornem mais inteligentes e úteis. 

Além disso, o uso de aplicativos no Brasil está sendo impulsionado por fatores como a adoção de serviços de streaming de música, a popularidade de jogos de cassino online e a crescente utilização de aplicativos de saúde.

Outro fator que poderá influenciar o mercado de aplicativos no Brasil é a adoção de práticas de monetização. É esperado que, até 2025, os desenvolvedores de aplicativos passem a utilizar modelos de assinatura, métodos de pagamento in-app e publicidade para monetizar seus aplicativos.

Por fim, o uso de análises avançadas e inteligência artificial também pode ser usado para impulsionar o crescimento do mercado de aplicativos no Brasil. Estas tecnologias permitirão que os desenvolvedores criem aplicativos mais personalizados e que ofereçam serviços mais relevantes para os usuários.

AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PARA O MERCADO DE APLICATIVOS NO BRASIL SÃO?

Crescimento do Uso de Aplicativos

De acordo com um estudo da Kantar, o uso de aplicativos no Brasil aumentou quase 10% entre 2019 e 2020, com mais de 90% dos usuários brasileiros usando ao menos um aplicativo por mês. O crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento do uso de aplicativos de entretenimento, serviços financeiros, mídia e notícias, e também pelo aumento do uso de aplicativos de streaming de vídeo.

 

Aumento do Uso de Aplicativos de Pagamento

O uso de aplicativos de pagamento aumentou significativamente nos últimos anos, de acordo com o estudo da Kantar. O aumento foi impulsionado pelo aumento dos serviços financeiros digitais, como o pagamento por meio de cartão de crédito, transferências bancárias e pagamentos por conta bancária. A tendência é que este crescimento continue, pois o uso de serviços financeiros digitais é cada vez mais comum no Brasil.

Maior Investimento em Aplicativos de Saúde e Bem-Estar

O investimento em aplicativos de saúde e bem-estar aumentou significativamente nos últimos anos, com a preocupação dos brasileiros com sua saúde e bem-estar. Estudos mostram que os brasileiros estão gastando cada vez mais com aplicativos de saúde e bem-estar, como aqueles que monitoram o sono, a alimentação, o exercício, etc.

Crescimento de Aplicativos de Entrega

Os aplicativos de entrega também têm crescido significativamente nos últimos anos, com o aumento da popularidade dos serviços de entrega rápida. Estudos mostram que os brasileiros estão gastando cada vez mais com serviços de entrega, como aqueles oferecidos por aplicativos como Rappi, iFood, Uber Eats, entre outros.

PRINCIPAIS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO MERCADO DE APLICATIVOS

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial (IA) está se tornando cada vez mais comum em aplicativos móveis e, em 2022, ela continuará sendo uma das principais tendências de inovação tecnológica. De acordo com uma pesquisa da MarketsandMarkets, o mercado de inteligência artificial deve alcançar US$ 57,6 bilhões em 2023.

Realidade Aumentada

A Realidade Aumentada (RA) está sendo usada cada vez mais para tornar os aplicativos de celular mais interativos. De acordo com a IDC, os gastos globais com Realidade Aumentada devem crescer de US$ 8,5 bilhões (2020) para US$ 18,8 bilhões em 2024.

 

Segurança de Dados

A segurança de dados é fundamental para qualquer aplicativo móvel. Os usuários e empresas precisam garantir que seus dados estejam seguros e protegidos. De acordo com a Deloitte Global Cloud Security Survey, a segurança de dados é a principal preocupação dos líderes de TI.

 

Notificações em Tempo Real

As notificações em tempo real têm sido usadas para aumentar a interação entre usuários e aplicativos. De acordo com a Statista, o número de usuários de notificações push deve crescer de 4,4 bilhões em 2020 para 5,2 bilhões em 2022.

Realidade Virtual

A Realidade Virtual (RV) está se tornando cada vez mais popular. De acordo com um relatório da Grand View Research, o mercado de Realidade Virtual deve chegar a US$ 70,55 bilhões em 2027.

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RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
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Distribuidoras Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA DO BRASIL

É impossível falar sobre as distribuidoras de alimentos e bebidas, sem falar da indústria como um todo que é a maior do País: representa 10,6% do PIB brasileiro e gera cerca de 1,72 milhão de empregos formais e diretos. O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, levando seus alimentos para 190 países.

Um setor que produz com qualidade, segurança, sustentabilidade, e que investe constantemente em inovação e tecnologia para atender ao crescimento da população mundial e aos diversos estilos de vida.

 

Fonte: Infográfico ABIA 2022

De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Alimentícios (ABAD), o setor de distribuição e comércio de alimentos no Brasil se destacou como um mercado em crescimento nos últimos anos.

 

Mesmo a pandemia não freou o aumento do faturamento, que de 2019 para 2020 continuou crescendo tanto em faturamento bruto (R$ 287,8 bilhões) como em porcentagem de crescimento com 4,5% em um ano em que a grande maioria dos mercados registrou queda de rendimento,

 

No ano de 2021, as distribuidoras continuaram avançando no país, superando os 7% de crescimento (2% a mais do que o ano anterior) e quase superando a marca de 300 bilhões de reais faturados. Os dados divulgados pela ABAD mostram que este aumento está diretamente ligado à expansão das distribuidoras locais, que têm ampliado seu alcance e atuam como pontos de distribuição para grandes redes varejistas.

 

Já no ano de 2022, a projeção realizada mantendo o mesmo nível de crescimento do ano anterior (2%) o faturamento atingido será de cerca de 337 bilhões, sendo que a tendência do mercado é que o crescimento aumente ainda mais, impulsionado pela alta demanda do setor, que será intensificada com a facilidade da distribuição feita por meio de aplicativos (tais como de entregas) cada vez mais acessíveis.

  

A associação prevê também que, com essas medidas, haverá um aumento significativo da confiança dos investidores, melhorando significativamente a condição de negócios. Além disso, a ABAD também acredita que as novas tecnologias e soluções digitais adotadas ao longo deste período contribuirão significativamente para o aumento da competitividade das distribuidoras no comércio.

 

Porém, o ramo vem sofrendo com o aumento dos custos de produção, principalmente pela alta dos preços dos insumos. No entanto, a demanda segue em alta e o setor vem sendo beneficiado pelo aumento da demanda dos serviços de delivery, que tiveram um grande crescimento durante a pandemia. Além disso, os investimentos também têm aumentado, com a modernização dos sistemas logísticos e da tecnologia aplicada à distribuição. Esses investimentos têm contribuído para o aumento da eficiência e para o crescimento deste mercado no Brasil.

Fonte: ABAD

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama do Brasil

Panorama Mundial
Expansão do Setor
Fusões e Aquisições
Análise dos Players
Perfil do Consumidor
Covid X Setor
Investimento no Setor
Importações X Exportações
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Highlights

PANORAMA MUNDIAL

As distribuidoras de alimentos e de bebidas são um componente importante da economia mundial, oferecendo empregos, renda e recursos para o desenvolvimento. De acordo com o relatório de 2020 da Associação Internacional de Distribuidores de Alimentos e Bebidas (IFDA), o setor foi responsável por cerca de US$ 8,2 trilhões em vendas em todo o mundo, com um aumento de 5,4% em comparação com o ano anterior. Tendo sido responsável por cerca de US$ 3,2 trilhões em compras de commodities, US$ 1,1 trilhão em serviços de logística e US$ 1 trilhão em despesas de funcionários.

As vendas de alimentos e bebidas aumentaram em 2020 devido ao aumento da demanda durante a pandemia de COVID-19. A demanda aumentou em todos os países, com destaque para o Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, que contribuíram com quase US$ 4 trilhões para o aumento das vendas.

Projeções para 2021 e 2022

Além disso, as vendas devem continuar a aumentar em 2021, de acordo com as previsões da IFDA. O crescimento estimado é de 5,1%, para US$ 8,6 trilhões em vendas. Este aumento deverá ser impulsionado pelo aumento da demanda por produtos alimentícios e bebidas, especialmente nos mercados emergentes.

Para 2022, a IFDA prevê que as vendas de alimentos e bebidas aumentarão ainda mais (lembrando que ainda não foram divulgados os resultados do ano), para US$ 9,1 trilhões, com crescimento de 5,8%. Como em 2021, o crescimento deve ser impulsionado pelos mercados emergentes, que estão experimentando um forte crescimento.

EXPANSÃO DO SETOR

A partir do panorama geral a nível nacional e mundial do mercado, podemos traçar as perspectivas de expansão do ramo dos últimos três anos, embasando a visão do cenário durante e pós pandemia em âmbito nacional e internacional.

 

2020

A expansão do setor no Brasil em 2020 foi alavancada pelo aumento da demanda por serviços de entrega de alimentos, devido à pandemia da COVID-19. De acordo com a Associação Brasileira de Distribuição de Alimentos (ABAD), o segmento de entrega de alimentos cresceu 7,9% em 2020, alcançando um faturamento de R$ 10,6 bilhões.

O número de distribuidoras de alimentos e bebidas aumentou significativamente durante 2020. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o número aumentou em 13,3% em relação ao ano anterior. O aumento foi impulsionado pelo crescimento do e-commerce, que permitiu que as empresas oferecessem opções de entrega e de serviços de delivery.

2021

Em 2021, a expansão deve continuar sendo impulsionada pela demanda por serviços de entrega de alimentos, já que os clientes têm preferido comprar alimentos online ao invés de sair de casa para comprar. Além disso, empresas de tecnologia estão investindo em soluções para melhorar a experiência do consumidor em todas as áreas, o que também contribui para o crescimento da distribuição de alimentos e bebidas no país.

A ideia é que o mercado continuará crescendo em 2021. De acordo com a pesquisa da USFBC, o setor deve aumentar em 8,5% em comparação com 2020. O crescimento será impulsionado pelo aumento da demanda por serviços de entrega e delivery, bem como pelo aumento da demanda por produtos de conveniência.

2022

A previsão para 2022 é que a expansão da área de distribuição de alimentos e bebidas continue sendo impulsionada por novas inovações, como a automação de processos e a modernização das frotas das distribuidoras. Também espera-se que a tecnologia continue sendo usada para melhorar a experiência do consumidor e otimizar o processo de entrega. Além disso, há expectativa de que novos players entrem no mercado, aumentando ainda mais a oferta de alimentos e bebidas no país.

Para 2022, a USFBC estima que o setor de distribuidoras de alimentos e bebidas deve crescer ainda mais. A pesquisa estima que o ramo deve crescer em 10,2% em relação a 2021. Novamente, o aumento da demanda por serviços de entrega e delivery, bem como o aumento da demanda por produtos de conveniência devem ser os principais fatores de crescimento.

 

FUSÕES E AQUISIÇÕES

AB InBev e SABMiller (2020)

A AB InBev e a SABMiller completaram a maior aquisição na história da indústria de cerveja em outubro de 2016. A AB InBev pagou cerca de US$ 107 bilhões pela SABMiller, tornando-se a maior fabricante de cerveja do mundo. A fusão permitiu à AB InBev expandir ainda mais seu alcance mundial, com a SABMiller detendo participações em cerca de 70 países.

PepsiCo e SodaStream (2020)

Outra grande aquisição dos últimos tempos foi a PepsiCo que comprou a SodaStream International Ltd. por US$ 3,2 bilhões. A aquisição dá ao gigante de bebidas acesso ao mercado de sistemas de bebidas em casa, que tem sido cada vez mais procurado por consumidores. A SodaStream fabrica máquinas de bebidas para uso doméstico que transformam água corrente em limonada e outras bebidas carbonatadas.

Walmart e Flipkart (2021)

Já o Walmart comprou a Flipkart, a maior plataforma de comércio eletrônico da Índia, por US$ 16 bilhões. Esta aquisição permitiu à Walmart expandir seu alcance na Ásia e aumentar ainda mais sua presença global. A Flipkart tem cerca de 100 milhões de usuários ativos e oferece uma variedade de produtos, desde eletrônicos até artigos de higiene pessoal, alimentos e bebidas.

Amazon e Whole Foods (2022)

Por fim, a Amazon adquirirá a Whole Foods Market por US$ 13,7 bilhões. A aquisição permitirá à Amazon aumentar ainda mais sua presença no mercado de alimentos e bebidas, já que a Whole Foods Market é conhecida por fornecer produtos de alimentos e bebidas de alta qualidade. Além disso, a aquisição também permitirá à Amazon expandir sua presença geográfica, já que a Whole Foods Market tem mais de 460 lojas em operação nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

ANÁLISE DOS PLAYERS

JBS Foods

A JBS é a maior empresa de carne bovina do mundo com marcas como Friboi, Seara, Swift e Pilgrim’s. Ela também possui linhas de produtos de alimentos prontos, alimentos para animais e bebidas. 

Faturamento de US$ 9.54 bilhões

BRF Foods

Outra gigante do ramo é a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do Brasil e é responsável por marcas como Sadia, Perdigão, Qualy e Paty. Ela é líder de mercado de aves, suínos e congelados.

Faturamento de US$ 7.81 bilhões

Ambev

Tratando mais especificamente de bebidas, a Ambev é a maior distribuidora do Brasil e possui marcas como Brahma, Antarctica, Skol, Stella Artois e Budweiser. Esta empresa também detém a maior participação de mercado de cerveja no Brasil.

Faturamento de US$ 6 bilhões

Grupo Pão de Açúcar

O Grupo Pão de Açúcar é uma das maiores redes de supermercados do Brasil. Além de alimentos e bebidas, a empresa também oferece artigos para casa, eletrônicos e vestuário.

Faturamento de US$ 4.76 bilhões

M. Dias Branco

A M. Dias Branco é a maior empresa de biscoitos, massas e bolachas do Brasil. Ela é responsável por marcas como Mabel, Passatempo, Doriana e Taeq.

Faturamento de US$ 1.45 bilhões

PERFIL DO CONSUMIDOR

O que influencia alguém a comprar de uma distribuidora de alimentos e bebidas específica é o preço e a qualidade dos produtos oferecidos. O preço é geralmente o fator mais importante para as pessoas, pois é o que determina o valor que elas estão dispostas a pagar por um produto.

A qualidade dos produtos, por outro lado, pode influenciar significativamente nas decisões de compra. Se os produtos oferecidos pela distribuidora são de qualidade superior, as pessoas estarão mais dispostas a pagar um preço mais alto por eles.

Outros fatores que podem influenciar a decisão de compra incluem a marca da distribuidora, a variedade de produtos oferecidos, o serviço de atendimento ao cliente e a localização da loja. Se a distribuidora tiver uma boa reputação, as pessoas estarão mais propensas a comprar deles. Se a distribuidora tiver uma variedade de produtos, as pessoas terão mais opções para escolher. Se o atendimento ao cliente for bom, as pessoas terão uma boa experiência de compra. Se a loja estiver localizada próxima às residências dos clientes, as pessoas terão mais facilidade para fazer as compras.

COVID X SETOR

A pandemia da COVID-19 trouxe consigo diversos desafios para o setor de distribuidoras de alimentos e bebidas, tanto para as empresas, quanto para seus clientes.

Um grande desafio para o setor foi o aumento dos custos de distribuição, como o aumento dos custos de transporte devido às novas medidas de segurança e à redução da oferta de caminhões, e o aumento dos custos de armazenagem devido a um maior estoque de produtos. Além das mudanças na logística de entrega que também afetaram muito as empresas da área, como a preferência pelas entregas expressas e a adoção de novas tecnologias para agilizar os processos.

 

De acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o setor de supermercados vem sofrendo grandes perdas com a pandemia, com queda de 13,6% nas vendas em relação a igual período do ano passado, o que impactou diretamente as distribuidoras de alimentos e bebidas. Além disso, outros fatores, como o aumento de preços, a redução de postos de trabalho e a restrição de crédito, também colaboraram para o cenário desfavorável.

Apesar dos desafios, a pandemia também abriu novas oportunidades para o mercado, desde mudanças nos hábitos de consumo das pessoas, como a preferência por produtos light, vegetarianos e saudáveis, até um aumento da adesão às compras on-line e a adoção de novos modelos de negócios, como o delivery.

Para amenizar o prejuízo, as distribuidoras têm se adaptado ao novo cenário, mudando suas estratégias de vendas para se adequar às novas demandas. As empresas têm investido cada vez mais em vendas on-line e entregas a domicílio, e também vem adotando medidas como redução de preços e aumento de promoções e ofertas de produtos. Estratégias que têm funcionado com eficácia, tanto que segundo dados da ABAD, nos últimos 5 anos, o ramo cresce cada vez mais, caso mantenha o ritmo atual, podendo chegar a mais de 10% ao ano já em 2023.

Em suma, a pandemia da COVID-19 trouxe consigo novos desafios e oportunidades para o setor de distribuidoras de alimentos e bebidas no Brasil.

INVESTIMENTO NO SETOR

O ramo de distribuição de alimentos e bebidas no Brasil tornou-se cada vez mais importante para a economia do país. Segundo dados da ABAD, o setor responde por cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e representa cerca de 25% dos empregos diretos e indiretos no país.

No último ano, a distribuição de alimentos e bebidas no Brasil teve um crescimento significativo em seus investimentos. Esse investimento foi direcionado para a modernização de equipamentos, melhorar a logística de distribuição, aquisição de novos veículos, ampliação de espaços de armazenamento, entre outras ações. 

Além disso, esse investimento também foi direcionado para o aumento da oferta de serviços e produtos para os consumidores. Segundo dados da ABAD, cerca de 50% do investimento foi direcionado para a ampliação da oferta de produtos, enquanto que 25% foi destinado ao desenvolvimento de novos serviços. 

Ademais, os números mostram que o mercado está em pleno crescimento e está se tornando cada vez mais importante para a economia do país. Como resultado, os investimentos nesse setor devem continuar a crescer nos próximos anos.

IMPORTAÇÕES X EXPORTAÇÕES

A distribuição de alimentos e bebidas no Brasil tem se tornado cada vez mais dinâmica e globalizada, com o crescimento das importações e exportações nos últimos anos.

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as exportações de alimentos e bebidas brasileiras somaram US$2,8 bilhões em 2020, um aumento de 6,8% em relação a 2019. Os principais destinos foram Estados Unidos (US$1,05 bilhão), Argentina (US$252 milhões), China (US$218 milhões) e França (US$212 milhões). Já as importações de alimentos e bebidas somaram US$9,9 bilhões no mesmo período, um aumento de 2,2% em relação a 2019. Os principais países fornecedores foram Argentina (US$2,2 bilhões), Estados Unidos (US$1,9 bilhões), Chile (US$1,4 bilhões) e México (US$1,3 bilhões).

Em 2021, as exportações de alimentos e bebidas brasileiras já somam US$2,6 bilhões, um aumento de 11,7% em relação ao mesmo período de 2020. Os principais destinos são Estados Unidos (US$1,1 bilhão), Argentina (US$253 milhões), China (US$191 milhões) e França (US$193 milhões). A expectativa para 2022 é que as exportações de alimentos e bebidas continuem a crescer, com o aumento da demanda por produtos brasileiros devido à necessidade de abastecimento internacional.

Já as importações de alimentos e bebidas somam US$10,2 bilhões em 2021, um aumento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2020. Os principais países fornecedores são Argentina (US$2,2 bilhões), Estados Unidos (US$1,8 bilhões), Chile (US$1,3 bilhões) e México (US$1,5 bilhões). A expectativa para 2022 é que as importações de alimentos e bebidas continuem a crescer, com o aumento da demanda por produtos estrangeiros.

Big Picture

Faturamento do setor em 2020 foi de 235 bilhões de reais

Mudança nos hábitos de consumo por causa da pandemia

A expectativa para 2022 é de um faturamento de R$ 257 bilhões

Investimento crescente no setor em diferentes áreas dele

Balança comercial com as importações superando muito as exportações

Mercado aquecido com grandes fusões e aquisições a nível mundial

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

O mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas está sempre aberto para novos concorrentes. As empresas precisam estar preparadas para enfrentar a concorrência de novas empresas e atender às expectativas dos compradores. As empresas precisam se destacar por oferecer bons preços, serviços de qualidade e produtos de alta qualidade.

Produtos Substitutos – Médio

Estes produtos podem ser comprados diretamente do fornecedor ou de outras fontes, como supermercados e outras lojas de alimentos. As distribuidoras de alimentos e bebidas precisam lutar para manter seus clientes, oferecendo produtos de maior qualidade e preços mais baixos do que os produtos substitutos.

Poder dos Fornecedores – Alto

Os fornecedores influenciam o mercado de distribuidoras de diversas maneiras. Eles têm o poder de aumentar os preços dos materiais, controlar a qualidade dos produtos e exigir condições específicas de pagamento. As distribuidoras de alimentos e bebidas precisam ter relações estáveis com os fornecedores para garantir a oferta de insumos necessários para a produção.

Poder dos Compradores – Alto

Os compradores são uma força importante no mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas. Eles têm o poder de determinar o preço dos produtos e exigem serviços e produtos de alta qualidade. As distribuidoras de alimentos e bebidas precisam se esforçar para atender às expectativas dos compradores e ainda assim permanecerem lucrativas.

Rivalidade entre players – Alta

O mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas é altamente competitivo, com muitas empresas tentando se destacar entre a concorrência. É importante para as empresas deste segmento serem capazes de oferecer serviços competitivos e preços justos para atrair e manter os clientes.

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OPORTUNIDADES

Crescimento de mercado

O mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas tem crescido significativamente nos últimos anos, com um aumento de quase 6% ao ano nos Estados Unidos desde 2014. Demonstrando o crescente interesse do público em produtos de qualidade, e por consequência, mais caros, por isso, se faz necessário para as distribuidoras, possuírem em seu leque, as melhores opções possíveis, além de uma ampla gama de produtos, sanando qualquer possível desejo do cliente e ofertando algo de qualidade.


Novas tecnologias

As novas tecnologias vigentes, como a evolução na logística de armazenamento e transporte, a inteligência artificial e a automação de vários processos, estão permitindo que as empresas melhorem o processamento de pedidos e entregas, dinamizando e tornando mais prático o serviço prestado, aprimorando a experiência e a satisfação do cliente.

Demandas crescentes

Alimentos e bebidas são produtos fundamentais para qualquer ser humano, por isso, o mercado é literalmente o mundo inteiro, mundo este que diariamente aumenta o número populacional, por isso, buscando diferenciar-se da concorrência, vale se atentar às novidades e aumentos das demandas por produtos específicos, como no momento é o caso dos alimentos e bebidas saudáveis, as distribuidoras estão sendo incentivadas a oferecer produtos novos, e de maior qualidade.

AMEAÇAS

Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se preparar e se antecipar a eventuais problemas futuros.

Alta Volatilidade

Os preços dos alimentos e bebidas tendem a ser muito voláteis, mudando constantemente, o que pode afetar os lucros das empresas e dificultar o planejamento. Considerando os vários pormenores do mercado, como sazonalidade, entrada de novos produtos, mudanças de hábitos de consumo, entre outros.

Alta Concorrência

Talvez o maior entrave ao entrar no mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas seja a sua alta competitividade, com muitas empresas oferecendo serviços e produtos semelhantes, fica difícil obter uma diferenciação e captação da atenção do cliente, por isso a qualidade do serviço prestado, o posicionamento e autoridade da marca se tornam tão importantes, para que o cliente sempre tenha uma boa visão da empresa e se interesse em continuar fazendo negócios com a mesma.


Impostos

As mudanças na legislação tributária podem afetar os lucros das empresas, ocasionando mudanças nos preços dos produtos, condições de logística, entre vários outros fatores da jornada do produto, pelo fato de lidarem com várias áreas como produção, compra e venda dos produtos, logística, armazenagem, fornecedores locais, entre outros, variações nas taxas tributárias, tendem a afetar bastante o setor, especialmente aquelas que possuem grandes volumes de vendas, podendo causar mudanças imprevistas na estratégia das empresas.

TENDÊNCIAS

Com a pandemia de Covid-19, o mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas no Brasil teve um aumento significativo. No entanto, ainda há muito espaço para crescimento. De acordo com um estudo realizado pela empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International, o setor de alimentos e bebidas deve crescer cerca de 3,6% entre 2021 e 2023.

Espera-se que o mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas no Brasil continue crescendo nos próximos anos, impulsionado pelo aumento dos serviços de entrega de alimentos, pela demanda por produtos orgânicos e naturais e pelo aumento da consciência dos consumidores.

Serviços de Entregas e E-commerce

O surgimento de novas tecnologias e serviços de entrega de alimentos também deve ajudar a impulsionar o crescimento do setor. Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Bain & Company, mostra que os serviços de entrega de alimentos devem crescer cerca de 30% ao ano nos próximos anos.

Em 2020, apenas 18 das 50 maiores redes de supermercados do Brasil possuíam algum E-commerce, sendo a maioria deles bem limitados. Um estudo realizado pela TetraPak, em 2017, indicou que as vendas do ramo correspondiam a apenas 0,2%, ou seja, 1% do faturamento do setor supermercadista, ou seja, essa forma de vender se mostra extremamente inexplorada. Uma pesquisa realizada pelo Brasil Supermercados Online, previu um faturamento aproximado de R$ 48,65 bilhões com as vendas pela internet até 2023, ou seja, é um marketplace rentável que tende a se desenvolver cada vez mais ao longo dos anos.

Porém os investimentos nessa nova forma de vender, se concentram muito nas grandes metrópoles como Rio e São Paulo, onde realmente existe uma grande demanda, mas em outro aspecto, também cabe-se analisar a demanda das cidades interioranas, que não possuem nenhum meio para suprir suas demandas

Produtos Orgânicos e Saudáveis

Outra tendência que deve se desenvolver nos próximos anos é o aumento da demanda por produtos orgânicos. De acordo com a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o mercado de produtos orgânicos no Brasil já vale cerca de R$ 3,2 bilhões e deve aumentar nos próximos anos.

Além disso, os consumidores também vêm buscando cada vez mais produtos naturais, saudáveis e sustentáveis. Uma pesquisa realizada pela empresa de pesquisa de mercado Mintel, mostra que cerca de 75% dos brasileiros consideram importante o uso de ingredientes naturais em seus alimentos e bebidas.

Tecnologia

Além das outras tendências citadas, a tecnologia também deverá ter um papel importante no setor de distribuição de alimentos e bebidas além do delivery e e-commerce. O uso de inteligência artificial, big data e aplicativos móveis deverão facilitar e melhorar a distribuição de alimentos e bebidas, tornando-a mais eficiente e segura.

Com essas tendências em curso, a distribuição de alimentos e bebidas deverá continuar crescendo nos próximos anos. A ABRABE estima que o setor deverá crescer 6-7% ao ano, chegando a R$ 8,2 bilhões em 2023. 

HIGHLIGHTS

“O setor de distribuidoras de alimentos de bebidas no Brasil é um mercado em constante evolução, demonstrando um crescimento expressivo pós pandemia e com novidades relevantes que se exploradas da maneira correta, podem se mostrar como oportunidades reais para se obter sucesso nesse mercado, que a propósito é extremamente disputado e controlado pelos grandes players posicionados nele, além de se mostrar razoavelmente imprevisível dada a influência das cinco forças de Porter no mercado, tornando-o especialmente delicado para qualquer um inserido nele

Com o cuidado certo, se aproveitando das oportunidades e tendências destacadas na análise e evitando ao máximo as instabilidades e ameaças, o investimento dentro do setor, pode ser extremamente recompensador, visto que é uma área fundamental para a vida das pessoas, que também se mostra como um dos pilares da economia nacional.”

Robson Duarte – Product Analyst I

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Calçados-Q4-2022

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Mundo

O mercado de calçados movimentou, em 2022, US$ 387,74 bilhões e, de possui projeção de crescimento de 4,3% por ano até o ano de 2030, chegando a um tamanho de mercado de US$543,9 bilhões. Tal crescimento é impulsionado principalmente pelo aumento dos investimentos em e-commerce pelas empresas do ramo. Além deste motivo, o aumento da preocupação com a saúde e estética, impulsionados principalmente pela pandemia, aumentaram as vendas de calçados esportivos.

Abaixo, podemos ver o marketshare por tipo de calçado ao redor do mundo, e em seguida, os maiores mercados consumidores de calçados:


INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

CALÇADOS NO BRASIL

De acordo com a WSR, no ano de 2021, o Brasil era o quinto maior produtor mundial de calçados, tendo produzido 806,3 milhões de pares no ano, sendo este valor, 3,9% da produção mundial de calçados.

Em comparação com o ano de 2020, foi um aumento de 9,8%, tendo esta grande aumento devido a retomada da economia mundial, que teve grande queda em 2020, devido pandemia do Covid 19.

Já com relação ao Nivel de Utilização de Capacidade Instalada (NUCI), que é um importante indicador utilizado pela indústria, que mede o percentual da capacidade da indústria que está sendo utilizado, se viu um cenário de grande aumento, saindo de 60,4%, em 2020, para 71,5%, em 2021. Também ainda não se chegou aos níveis de 2019, que era de 76,9%.



IMPACTO DO COVID-19

A pandemia do Covid-19 prejudicou a grande maioria dos setores econômicos mas, alguns deles acabam por sofrerem mais. No caso da indústria de calçados, o baque foi maior, com queda de 19% no ano de 2020. As projeções são de retomada total no setor, apenas no ano de 2025, na cenário mundial.

Já no Brasil, os impactos foram menores, e as projeções para o setor são melhores. No ano de 2020, a queda na produção foi de 18,4%, totalizando 734 milhões de pares.  Já no ano de 2021, o crescimento foi de 8,9%, e para o ano de 2022, as projeções são de 2,7% de crescimento, ainda não batendo os indicadores pré pandemia.

E-Commerce

De acordo com a Abicalçados, no ano de 2022, o e-commerce já representa 30% das vendas do setor calçadista. Este cenário foi acelerado devido a pandemia, que proporcionou grandes crescimentos nos canais online. No ano de 2020, o aumento das vendas de calçados no e-commerce foi de 69%, e em 2021, de 7,4%. Tais valores fazem com que as vendas no brasil cheguem na casa dos 30%, valor semelhante ao dos Estados Unidos, com 34%, e Europa, com 33%.

Variações de porcentagem de faturamentos

No período analisado de 2014 a 2020 o E-commerce apresentou um crescimento superior à sites, ao setor de varejo e ao PIB do país.

Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, vender calçados online tem sido um negócio lucrativo e, do E-commerce feminino, o setor calçadista se encontra no 3º mais comprado, atrás de livros e artigos de moda.

EXPORTAÇÕES

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o Brasil é o vigésimo quarto maior exportador de calçados do mundo. O valor da exportação brasileira de calçados em 2020 foi de US$ 658 bilhões, uma queda de 32,3% em comparação com 2019, devido tanto a queda da produtividade com a Covid, como a desvalorização do Real. 

Os Estados Unidos é o maior mercado de exportação para os calçados brasileiros, responsável por aproximadamente 25% das exportações. Já na América do Sul, a Argentina, Paraguai e Colômbia são os principais destinos, representando, respectivamente, 12,8%, 4,5% e 3,5% do total exportado.

O mercado europeu também é importante para a exportação brasileira de calçados. A França é o maior importador de calçados brasileiros na Europa, respondendo por 6,7% do total exportado. O Reino Unido, Bélgica, Alemanha e Holanda também são destinos importantes para os calçados brasileiros.

Os países listados abaixo, são, segundo o Índice de atratividade para 2021, os melhores países para se exportar no ano vigente.

Para o cálculo do Índice, se leva em consideração:

  • Tamanho Brasil: valor, em Dólares, das importações de calçados de origem brasileira;
  • Dinamismo Brasil: média entre os valores, em dólares, e o percentual das importações de calçados de origem brasileira;
  • Relevância para o Brasil e Mundo: representatividade, em dólares, das importações de calçados a partir da média dos valores importados frente ao de origem brasileira;
  • Tamanho Mundo
  • Dinamismo Mundo
  • Preço médio: média entre os preços médios (US$/Kg) das importações de calçados brasileiros e mundiais;


IMPORTAÇÕES

Já com relação as importações brasileiras de calçados, elas tiveram queda de 4,3% em termos monetários (US$), porém, as importações de pares cresceram 7,5%, em 2021.

Atualmente, Vietnã, China e Indonésia se destacam como origem das importações brasileiras, representando um total de 81,2% das importações em valor, e 88,3% na quantidade de pares, no ano de 2021.


Já a balança comercial de calçados, apresentou crescimento forte em 2021, de 71,3%, frente a 2020. As exportações cresceram 36,8%, enquanto as importações tiveram fortes, quedas, na casa dos 20%.

Um bom superávit é importante para a economia e para o setor, pois dessa forma, mais dinheiro entra na economia do que sai, propiciando o cenário para mais investimentos no setor e maior empregabilidade.

Empregabilidade

No ano de 2021, o setor calçadista teve 266 mil empregos formais, um aumento de 26,8 mil, frente a 2020, inclusive, já recuperando a quantidade de postos de trabalho do pré pandemia. Tal recuperação é sustentada pelo aumento forte das exportações, o que gerou mais desafogo ao setor. Vale ressaltar que esta é a primeira vez em que o setor apresenta cenário positivo de geração de empregos, desde 2016.

Já o estado que possui maior participação no setor, é o Rio Grande do Sul, com maior número de empresas (33,5%) e de volume de emprego (28,5%); seguido pelo estado do Ceará na empregabilidade, com 23,1% dos postos de trabalho no Brasil, e São Paulo, com relação a quantidade de empresas, com 29,3%.

Competitividade nacional



Entrantes Potenciais – Alta

Por demandar um alto investimento em operação e maquinário o setor de calçados, no que tange indústria, apresenta uma barreira de entrada elevada, apesar da mão de obra barata.
Já para marketplaces online, os investimentos são mais baixos, tornando a barreira menor.

Produtos Substitutos – Alta

O mercado de calçados, como um todo, apresenta a característica de fácil substituição por parte do consumidor final.

Poder dos Fornecedores- Média

Ao comprar os produtos em escala, o empreendedor pode adquirir uma maior margem de negociação, além do fato de que a matéria prima fornecida pode ser adquirida por mais de um fornecedor.

Poder dos Compradores – Média

O lojista tem um poder de barganha intermediário, que varia segundo as variáveis de mercado. O poder de branding da marca e a demanda pelo consumidor final são pontos que podem ajudar a driblar eventuais dificuldades.

Rivalidade entre players – Alta

Devido à facilidade de troca do produto e às altas quantias investidas em marketing e propaganda

OPORTUNIDADES

O mercado de calçados, traz consigo uma alta taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Mercado de Exportação

O mercado de exportação de calçados, apesar de altamente complexo, se mostra interessante para o setor e a depender da negócio a empresa pode vir a se beneficiar por questões cambiais, vale a ressalva que para a implementação desse modelo de negócios o gestor deve estar altamente preparado para essa empreitada.

Escalonamento através do meio digital

O mercado de moda se mostra fortemente ligado à e-commerces, e isso traz consigo uma grande oportunidade de escalonamento, possibilitando uma expansão rápida de qualquer marca à todo o Brasil.

Marketing de Influência

O setor de moda se mostra como um dos setores com maior fit com o marketing de influência, fazer uso dessa estratégia tende a acelerar resultados e aumentar a penetração da marca no mercado.

Construção de Marca

O sucesso de uma marca nesse mercado se correlaciona com a efetividade com a qual a marca é construída e com a conexão que é impressa para com o cliente final, portanto, é de suma importância a atenção à esse pilar dentro da organização.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Mercado altamente competitivo

O mercado da moda se destaca por uma forte concorrência entre seus players, sejam eles dos mais variados portes, as marcas envoltas nesse setor tendem a apresentar dificuldades em se diferenciar das demais concorrentes e em decorrência disso acabam tendo que entrar em uma guerra por margem

Dificuldades logísticas

A logística nesse setor pode ser um fator diferencial, ou uma grande dor de cabeça para o gestor, grandes redes em geral conseguem apresentar um maior grau de maturidade no tocante à logística, porém o mesmo não se repete em redes de menor porte, demandando assim uma maior atenção à esse ponto.

Qualidade de produto e padronização

Assim como a logística, a qualidade final do produto pode se tornar uma grande pedra no sapato do gestor, não apenas ao ponto de alcançar a qualidade, mas também no ponto de que essa qualidade deve ser mantida, fornecedores e processo de produção são parte essencial ao analisar esse ponto.

Relacionamento com o consumidor final

 

Esse é mais um ponto que deve ser tratado com muita atenção, a comunicação da empresa precisa estar muito alinhada e funcionar de forma assertiva para que a marca possa de fato alçar voos ainda maiores e trazer consigo sempre uma base fiel de compradores.

TENDÊNCIAS

Omnichannel

Tendência não só no universo de calçados, a abordagem de vendas multicanal vêm sendo bastante utilizada no comércio. Com cada vez mais usuários emergidos nas tecnologias digitais, a jornada do consumidor pode passar por vários pontos de contato, como site, redes sociais, anúncios, e-mail, entre outros.

Fast Fashion

Uma tendência que tem crescido em todo o setor de moda, é a capacidade da indústria replicar peças de alto padrão, porém na realidade, as peças possuem qualidade reduzida e se desgastam mais rapidamente, e são vendidas por preços bem baixos, o que gera maior frequência de consumo.

Personalização do pedido

Em muitos sites das principais companhias, a possibilidade do usuário personalizar o modelo de seu sapato já é real, onde o usuário pode escolher a cor de cada peça que compõe a peça, tornando o modelo único.

Marketing de influências

As parcerias com influenciadores para alavancamento do marketing teve uma variação de +16,4% entre os anos de 2019 e 2020. Essa tendência se evidencia à medida que as vendas via influencers aumentaram 670% entre as black fridays de 2019 e 2020.

Sigilo e disclaimer

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Bebidas Q4-22

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA MUNDO

Bebidas Alcoólicas:

Tamanho do Mercado de Bebidas Alcóolicas no Mundo (em milhões de dólares)

O mercado de bebidas oferece uma grande variedade de produtos, desde bebidas alcoólicas e não alcoólicas a refrigerantes, sucos, água, café e chá. O mercado de bebidas é um dos principais setores da indústria de alimentos e bebidas no mundo, com vendas globais que somaram US $ 1,85 trilhão em 2019.

De acordo com um relatório publicado pela Statista em 2020, o setor de bebidas alcoólicas representou cerca de 25% do total de vendas de bebidas no mundo em 2019. O segmento de bebidas alcoólicas também foi responsável por cerca de 89% das vendas de bebidas alcoólicas. Os EUA lideraram o mercado de bebidas alcoólicas em 2019, com um volume de negócios estimado em US $ 231,4 bilhões, seguido por China e Japão.

O segmento de bebidas não alcoólicas foi responsável por cerca de 75% das vendas de bebidas no mundo em 2019. Os EUA também lideraram o mercado de bebidas não alcoólicas em 2019, com um volume de negócios estimado em US $ 687,2 bilhões, seguido por China e Japão.

De acordo com um estudo da Technavio, o mercado de bebidas alcoólicas deve registrar um crescimento de 5,06% entre 2021 e 2025, enquanto o mercado de bebidas não alcoólicas deve crescer 4,86%.

Tamanho do Mercado de Bebidas Alcóolicas por País (em milhões de dólares)

Fonte: Statista

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INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama Mundo

Panorama Brasil
O Setor nos Últimos Anos
Principais Estados
Perfil do Consumidor
Importação e Exportação
Fusões e Aquisições
Análise de Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Renovações
Softwares
Highlights

PANORAMA BRASIL

O mercado de bebidas no Brasil deve continuar crescendo nos próximos anos, com projeções de crescimento médio anual de 4% até 2022. A receita nominal do setor deve atingir R$ 128 bilhões, acima dos R$ 103,3 bilhões registrados em 2017.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIB), em 2022 o setor deve representar cerca de 3,2% do PIB brasileiro.

Os principais segmentos do mercado de bebidas no Brasil são refrigerantes, água, chás, sucos, cerveja e vinhos. O refrigerante é o produto mais comercializado, com uma fatia de 64,2% do mercado. Em seguida vêm a água com 19,5%, os chás com 8,5%, os sucos com 6,2%, a cerveja com 1,4% e os vinhos com 0,2%.

A Coca-Cola é a maior marca de refrigerantes do Brasil, seguida da Pepsi e da TCCC. Juntas, essas três marcas detêm mais de 80% do mercado de refrigerantes.

Bebidas mais Comercializadas no Brasil (%)

Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIB)

O SETOR NOS ÚLTIMOS ANOS

O setor de bebidas no Brasil vem crescendo e se diversificando ao longo dos últimos anos. Segundo dados da Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE), o consumo de bebidas no país cresceu 13,5% entre 2018 e 2019, o maior crescimento em dez anos.

Em 2019, o mercado de bebidas alcançou um valor total de R$ 83,7 bilhões, um crescimento de 10,7% em relação ao ano anterior. As bebidas alcoólicas foram responsáveis por 28,4% desse montante, representando um aumento de 15,5% em relação a 2018. O setor de refrigerantes também cresceu, com uma alta de 6,5%, alcançando um valor total de R$ 34,9 bilhões.

Outro destaque é o setor de águas, que subiu 24,4%, para R$ 16,6 bilhões. O segmento de sucos também apresentou um crescimento significativo, de 15,1%, para um valor de R$ 10,9 bilhões.

Apesar do crescimento dos últimos anos, o mercado de bebidas ainda sofre com a crise econômica no país. A ABRABE afirma que o setor foi fortemente afetado pelo desemprego, aumento da inflação e queda na rendados brasileiros.

Olhando apenas para o mercado de bebidas alcóolicas no Brasil, encontramos o seguinte gráfico:

Valor das vendas de bebidas alcoólicas no Brasil de 2012 a 2019 (em bilhões
reais brasileiros)

Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIB), Estadão e Statista

5 MAIORES MERCADOS DE BEBIDAS POR ESTADO DO BRASIL

1. São Paulo

De acordo com o IBGE, o mercado de bebidas em São Paulo é o maior do Brasil, com um volume estimado de R$18,3 bilhões em 2019. O setor de bebidas alcoólicas é responsável por aproximadamente 60% desse total. Os principais produtos são cerveja, vinho, destilados, refrigerantes e sucos.

O consumo de bebidas em São Paulo é influenciado por diversas fatores, incluindo o clima, a cultura, a economia e as condições demográficas do estado. O consumo de cerveja é um dos mais altos do país, com uma taxa de consumo per capita de 16,7 litros por ano. O estado tem um mercado desenvolvido para vinhos e destilados, com um volume de vendas de R$3,8 bilhões em 2019. As bebidas não alcoólicas, como refrigerantes e sucos, também têm um mercado bem desenvolvido, com um volume estimado de R$7,2 bilhões em 2019.

O mercado de bebidas em São Paulo é altamente competitivo, com dezenas de empresas de diferentes portes. As principais marcas de bebidas do estado são AmBev, Heineken, Kirin, Coca-Cola, Empresa de Bebidas Aruã e Cervejaria Colorado.

0
BILHÕES DE REAIS

2. Rio de Janeiro

De acordo com o IBGE, o mercado de bebidas do Rio de Janeiro representa 8,2 bilhões de reais, o que equivale a cerca de 9,6% do mercado nacional. Em 2019, o mercado de bebidas alcoólicas no Rio de Janeiro foi de 3,2 bilhões de reais, enquanto o mercado de bebidas não alcoólicas (águas, refrigerantes, sucos e néctares) foi de 5 bilhões de reais.

Uma análise detalhada da participação das diferentes categorias de bebidas no mercado carioca revela que as bebidas alcoólicas representam 37,5% do mercado, enquanto as bebidas não alcoólicas representam 62,5%. Dentro das bebidas alcoólicas, a cerveja é a mais consumida, representando 62,4% do mercado de bebidas alcoólicas, seguida por destilados (20,9%), vinho (14,0%) e outras bebidas (2,7%).

Em relação às bebidas não alcoólicas, a água é a principal categoria, representando 39,7% do mercado, seguida por refrigerantes (30,1%), sucos (20,7%) e néctares (9,5%).

0
BILHÕES DE REAIS

3. Minas Gerais

Minas Gerais é um dos maiores mercados de bebidas do Brasil, com um volume estimado de R$6,1 bilhões em 2019. O mercado de bebidas em Minas Gerais é composto de bebidas como cerveja, refrigerante, vinho, licor e café.

Segundo a Associação Brasileira de Bebidas (ABE), Minas Gerais foi o segundo maior mercado de cerveja do Brasil em 2019, respondendo por 20% do volume total de cerveja vendida no país. O estado tem o segundo maior consumo per capita de cerveja do Brasil, com 56 litros por habitante.

A venda de refrigerantes também é significativa em Minas Gerais. Em 2019, o estado foi responsável por 6,2% do volume total de refrigerantes vendidos no Brasil. O estado também tem um dos maiores consumos per capita de refrigerantes do país, com cerca de 78 litros por habitante.

Vinhos e licores também são importantes para o mercado de bebidas em Minas Gerais. Em 2019, o estado foi responsável por 6,1% do volume total de vinhos vendidos no Brasil e por 7,3% do volume total de licores vendidos no país.

Finalmente, o café é uma bebida importante para o mercado de bebidas em Minas Gerais. O estado foi responsável por aproximadamente 15% do volume total de café vendido no Brasil em 2019, tornando-o o terceiro maior mercado de café do país.

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4. Bahia

A Bahia é o quarto maior Estado brasileiro em volume de bebidas com um volume estimado de R$4,9 bilhões em 2019. O estado apresenta um diferencial em relação aos demais estados brasileiros, pois tem o maior consumo de cerveja por habitante, segundo a Associação Brasileira de Bebidas (ABB).

De acordo com o IBGE, o consumo médio de cerveja na Bahia é de 35 litros per capita ao ano, enquanto o consumo médio no Brasil é de 24,3 litros per capita ao ano. O estado também é responsável por 11,9% do volume de cerveja comercializado no país, segundo a Associação Brasileira de Cerveja (CervBrasil).

Outro destaque do mercado de bebidas na Bahia é o consumo de álcool, que é o segundo maior do país. Segundo a Associação Brasileira de Bebidas (ABB), a Bahia é responsável por 10% do consumo nacional de bebidas alcoólicas. Ainda de acordo com a ABB, o consumo de vodka na Bahia é o maior do país, com 11,3% do consumo nacional.

No que diz respeito às bebidas não alcoólicas, a Bahia também é destaque no país. De acordo com a ABB, o estado é responsável por quase 10% do consumo nacional de refrigerantes. Além disso, o estado tem o maior consumo de sucos naturais do país, com quase 18% do consumo nacional.

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5. Pernambuco

Pernambuco é o quinto maior mercado de bebidas do Brasil, com um volume estimado de R$3,3 bilhões em 2019 (IBGE, 2019). A bebida mais vendida na região é a cerveja com um volume de vendas de R$1,5 bilhão, seguida por refrigerantes com R$609 milhões, sucos e néctares com R$582 milhões, água com R$451 milhões, destilados com R$399 milhões, chá com R$35 milhões e outras bebidas com R$31 milhões (IBGE, 2019).

A cerveja tem sido a bebida mais vendida em Pernambuco, representando 45,9% das vendas totais de bebidas na região em 2019 (IBGE, 2019). O segmento de cervejas é extremamente competitivo, com a Ambev sendo o principal player com uma participação de mercado de cerca de 50%, seguida pela Heineken com cerca de 25% e pela Cervejaria Colorado com 15% (CNI, 2019).

Os refrigerantes também são um dos principais produtos vendidos em Pernambuco, representando 18,6% das vendas totais de bebidas na região em 2019 (IBGE, 2019). O principal player no setor de refrigerantes na região é a Coca-Cola, que tem uma participação de mercado de cerca de 53%, seguida pela Pepsi com cerca de 27% e pela Cintal com 20% (CNI, 2019).

O mercado de bebidas em Pernambuco tem sido extremamente competitivo, com grandes players disputando por market share. É importante que as empresas locais mantenham-se atualizadas com as tendências do mercado e ofereçam produtos de qualidade para se manterem competitivas.

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PERFIL DO CONSUMIDOR

De acordo com uma pesquisa realizada pela IBOPE Nielsen no ano de 2020, o principal consumidor do mercado de bebidas é a faixa etária entre os 18 e os 39 anos, que representa mais de 55% do total de consumidores. Estes consumidores são considerados jovens adultos, com maior poder de compra, tendo maior interesse em experimentar novos sabores e experiências. Eles também são mais propensos a aderir a tendências de bebidas saudáveis e buscam marcas de qualidade superior. Além disso, eles são mais propensos a serem influenciados por publicidades digitais e a se envolverem com marcas de bebidas nas redes sociais.

O que influencia alguém a comprar uma bebida específica é:

1. Preço: O preço é um dos principais fatores que influenciam a decisão de compra de uma bebida específica.

2. Qualidade: A qualidade é outro fator importante que influencia a compra de uma bebida.

3. Sabor: O sabor também é um fator importante na escolha de uma bebida.

4. Disponibilidade: A disponibilidade da bebida também influencia a decisão de compra.

5. Marca: A marca também é importante para muitos consumidores, pois é um fator que ajuda a determinar a qualidade e o sabor da bebida.

6. Propaganda: A propaganda pode influenciar grandemente a decisão de compra de uma bebida, já que ela pode ajudar a destacar as características positivas da bebida.

7. Experiência: Por fim, a experiência que um consumidor tem com uma bebida também influencia

sua decisão de compra.

Os vários tipos de perfis de consumo quando falamos de bebidas:

1. Social Drinkers: são aqueles que consomem bebidas em ocasiões sociais, como passeios, happy hours, reuniões e eventos.

2. Adventure Drinkers: são aqueles que aproveitam a bebida para experimentar novos sabores e experiências.

3. Health Conscious Drinkers: são aqueles que consomem bebidas com menos calorias e que contenham substâncias saudáveis.

4. Premium Drinkers: são aqueles que preferem consumir bebidas de qualidade superior, como cervejas artesanais, vinhos finos e destilados.

5. Economy Drinkers: são aqueles que preferem economizar e escolhem bebidas com preços mais acessíveis.

6. Procrastination Drinkers: são aqueles que consomem bebidas para relaxar ou para fugir dos problemas.

7. Brand Loyal Drinkers: são aqueles que preferem marcas de bebidas específicas e são leais a essas marcas.

IMPORTAÇÃO

Valor das bebidas alcoólicas importadas no Brasil de 2009 a 2019 (em milhões
dólares americanos)

1. Volume de importação: De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIB), o volume de importação de bebidas no Brasil em 2020 foi de aproximadamente 2,6 bilhões de litros.

2. Valor da importação: O valor médio de importação de bebidas para o Brasil em 2018 foi de US$ 3,2 milhões.

3. Produtos mais importados: os principais produtos importados são: vinhos, cervejas, destilados, água mineral natural e sucos de frutas.

4. O principal motivo de importação de bebidas no Brasil é o aumento da demanda, principalmente em função da diversificação dos gostos dos consumidores.

5. O governo brasileiro tem incentivado as importações de bebidas com o objetivo de melhorar a oferta de produtos aos consumidores brasileiros.

Valor das bebidas alcoólicas importadas para o Brasil de 2014 a 2019, por tipo de
bebida (em milhões de dólares americanos)

Fonte: Statista

EXPORTAÇÃO

1. Os principais mercados que o Brasil Exporta são: Estados Unidos, Argentina, Chile, Uruguai e Alemanha.

2. O Brasil é o maior exportador de café do mundo, representando cerca de 33% do comércio mundial de café.

3. O Brasil é o segundo maior exportador de suco de laranja do mundo, representando cerca de 25% do comércio mundial de suco de laranja.

4. O Brasil é o terceiro maior exportador de cerveja do mundo, representando cerca de 8% do comércio mundial de cerveja.

5. O Brasil é o quarto maior exportador de bebidas alcoólicas do mundo, representando cerca de 4% do comércio mundial de bebidas alcoólicas.

6. O Brasil é o quinto maior exportador de refrigerantes do mundo, representando cerca de 3% do comércio mundial de refrigerantes.

 

Valor das bebidas alcoólicas exportadas pelo Brasil de 2014 a 2019, por tipo
de bebida (em milhões de dólares americanos)

Valor das bebidas alcoólicas exportadas pelo Brasil de 2009 a 2019 (em
milhões de dólares americanos)

FUSÕES E AQUISIÇÕES

As principais fusões e aquisições do mercado de bebidas nos últimos anos foram: 

1. A Anheuser-Busch InBev comprou a SABMiller em 2016 por cerca de US$ 107 bilhões.

2. O Grupo Heineken adquiriu a Cervecería Cruzcampo em 2016 por €1,23 bilhões.

3. A Kirin Holdings comprou a Brasil Kirin em 2017 por cerca de US$1,2 bilhão.

4. O Grupo Heineken adquiriu a FEMSA Cerveja em 2017 por US$7,6 bilhões.

5. A Constellation Brands comprou a Ballast Point Brewing em 2015 por US$1 bilhão.

6. A Diageo comprou a United Spirits Ltd. em 2013 por US$2,1 bilhões.

7. A Molson Coors adquiriu a MillerCoors em 2015 por US$12 bilhões.

8. O Grupo Castel comprou a SABMiller Afrique em 2016 por US$1,5 bilhão.

9. A American Beverage Corporation comprou a Coca-Cola Enterprises em 2016 por US$12,2 bilhões.

ANÁLISE DE PLAYERS

1. Ambev (faturamento de R$45,5 bilhões em 2020):

A Ambev é uma empresa brasileira de bebidas, atualmente líder do mercado brasileiro. É uma das maiores empresas de bebidas do mundo e faz parte do grupo AB InBev. Fundada em 1999, a Ambev produz e distribui uma variedade de bebidas, incluindo cervejas, refrigerantes, sucos, chás e energéticos.

Em 2020, a empresa registrou um faturamento de R$45,5 bilhões, com uma receita líquida de R$38,6 bilhões. A Ambev cresceu 4,6% no ano passado e foi responsável por 39,6% do volume de bebidas do mercado brasileiro. Em 2021, a empresa espera atingir um faturamento de R$46,5 bilhões.

No Brasil, a Ambev conta com 7 fábricas, 6 unidades industriais, 9 centros de distribuição e mais de 8.000 colaboradores diretos. Internationalmente, a empresa possui presença em 13 países, com mais de 80 fábricas e 70 distribuidores.

2. Grupo Petrópolis (faturamento de R$4,1 bilhões):

O Grupo Petrópolis é uma das maiores empresas de bebidas do Brasil, que produz e distribui cerveja, refrigerantes, água mineral, chás, sucos e energéticos. A companhia foi fundada em 1925, e está presente em mais de 20 estados brasileiros, com mais de 16 mil colaboradores e vendas anuais de R$4,1 bilhões em 2020. O Grupo Petrópolis é líder de mercado em cervejas no Rio de Janeiro, sendo responsável por cerca de 45% das vendas totais na região.

Além disso, o Grupo Petrópolis é o maior produtor de chás do país, com uma linha de quase 200 produtos, incluindo chás gelados, saudáveis e naturais. A companhia também possui uma linha de refrigerantes com mais de 40 produtos, incluindo marcas como a Itubaína, Guaraná Jesus e a Água de Coco. A companhia possui ainda uma linha de água mineral, com marcas como a Real e a Pérola, que são distribuídas para mais de 20 estados brasileiros.

O Grupo Petrópolis possui três fábricas produtoras de bebidas no Brasil, localizadas na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, e na cidade de Piracicaba, em São Paulo. A companhia possui ainda parcerias com empresas de todo o mundo, como a Grupo Heineken, que lhe permite oferecer uma variedade maior de produtos e serviços aos seus clientes.

No ano de 2020, o Grupo Petrópolis obteve um faturamento recorde de R$4,1 bilhões, o que representa um crescimento de mais de 11% em relação ao ano anterior. A companhia também obteve um lucro líquido de R$302 milhões, um crescimento de 8,8% em relação ao ano anterior. A companhia tem investido em inovações nos últimos anos para aumentar a produtividade e reduzir custos, o que tem contribuído para o seu crescimento. Os planos para 2021 incluem o lançamento de novos produtos e a expansão da sua presença internacional.

3. Grupo Heineken (faturamento de R$3,1 bilhões):

O Grupo Heineken é uma empresa holandesa de cerveja com sede em Amsterdam, Holanda. Foi fundada em 1864 por Gerard Adriaan Heineken e é líder na produção de cerveja na Europa. A Heineken opera em mais de 70 países e possui mais de 170 cervejarias em todo o mundo.

O Grupo Heineken possui mais de 50 marcas de cerveja, incluindo as marcas Heineken, Amstel, Desperados, Sol, Strongbow e Dos Equis. Além disso, a empresa também produz e distribui sidras, refrigerantes, água mineral, bebidas energéticas e sucos.

Em 2020, o Grupo Heineken teve um faturamento de R$3,1 bilhões, um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior. A empresa possui aproximadamente 81 mil funcionários e suas principais subsidiárias são a Heineken International, Heineken N.V. e Heineken USA.

A Heineken também é conhecida por seu compromisso com a responsabilidade social, ambiental e de negócios. A empresa tem feito esforços para reduzir o uso de plástico em suas embalagens e para melhorar a eficiência energética em suas cervejarias. Além disso, a empresa também tem iniciativas para melhorar o impacto ambiental de suas operações em todo o mundo.

4. Grupo Garoto (faturamento de R$2,9 bilhões):

O Grupo Garoto é uma empresa brasileira de confeitos e bebidas, com sede em Itabirito, Minas Gerais. Fundada em 1922 por Antônio Dias da Silva, a empresa atingiu um faturamento de R$2,9 bilhões em 2021. O Grupo Garoto possui quatro marcas principais: Garoto, Sonho de Valsa, Paçoquita e Chokito.

A empresa produz refrigerantes, sucos, chocolates e outros doces. Suas principais categorias de produtos são refrigerantes, chocolates, balas, geleias e café solúvel. Atualmente, o Grupo Garoto possui sete unidades industriais em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, além de duas unidades de distribuição.

A empresa possui parcerias com marcas nacionais e internacionais, como Coca-Cola, Fanta, Sprite, Nestlé e Lacta. Além disso, a Garoto também possui parcerias com marcas próprias, como os refrigerantes Garoto e Paçoquita, além de produtos de confeitaria, como Sonho de Valsa e Chokito.

O Grupo Garoto também possui uma linha de produtos de alimentação saudável, que se destinam às crianças, como frutas e sucos. A empresa também desenvolveu produtos que visam à produção sustentável, como garrafas retornáveis e embalagens recicláveis.

O Grupo Garoto tem planos de expansão para 2021, com o objetivo de ampliar sua presença no mercado nacional e internacional. A empresa planeja investir na modernização de suas fábricas e na expansão de sua linha de produtos. Além disso, a empresa também planeja investir em ações de sustentabilidade, como a redução de seu impacto ambiental.

5. FEMSA (faturamento de R$2,7 bilhões):

FEMSA é uma empresa multinacional de origem mexicana, com sede no México. É a maior produtora e distribuidora de bebidas do Brasil, com faturamento de R$2,7 bilhões em 2021. A empresa atua nos setores de bebidas, alimentos e farmácias.

No setor de bebidas, a FEMSA produz e distribui cervejas, refrigerantes e energéticos. Suas principais marcas são Skol, Brahma, Sol, Antarctica, Heineken, Kaiser, Oskar Blues e La Cerveza.

No setor de alimentos, a FEMSA tem uma variedade de produtos, incluindo torradas, biscoitos, bolos e snacks. Suas principais marcas são Oreo, Tostines, Bauducco, Delícia, Negresco e Bauducco Bis.

A FEMSA também opera cerca de 4.000 farmácias no Brasil e em outros países da América Latina. Sua principal marca é a Farmácia Popular.

Além do Brasil, a FEMSA opera em outros países da América Latina, incluindo México, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá e Venezuela. Fonte: Jornal Valor.

6. Grupo Schincariol (faturamento de R$2,3 bilhões):

O Grupo Schincariol foi fundado em 1949 por Antonio Weber Schincariol e é um dos maiores grupos produtores de bebidas do país. Além da produção de cervejas, refrigerantes e sucos, o grupo também fabrica água mineral, destilados e bebidas energéticas. Em 2020, o Grupo Schincariol tinha um faturamento de R$2,3 bilhões e contava com cerca de 11 mil colaboradores. A empresa é reconhecida por seus produtos de qualidade, que são vendidos em mais de 80 países. Além disso, o grupo também é responsável por marcas de destaque no mercado, como a cerveja Skol, a água mineral Schin, a bebida energética Schin Boa Forma, a bebida alcoólica Skol Beats e a cerveja Schin Viva.

7. Grupo Tricana (faturamento de R$1,8 bilhões):

O Grupo Tricana é uma empresa de bebidas brasileira com sede em São Paulo. É líder na produção e distribuição de sucos, refrigerantes e chás. Em 2020, a empresa teve um faturamento de R$1,8 bilhão e conta com mais de 10 mil colaboradores.

A Tricana se destaca por sua variedade de produtos, que incluem refrigerantes, sucos, chás, água de coco, energéticos e águas saborizadas. A empresa possui linhas de produtos para atender diferentes públicos, como o Tricana Kids, que oferece refrigerantes com baixo teor de açúcar e outros produtos pensados para o consumo infantil.

A Tricana também se destaca por seu compromisso com a sustentabilidade. A empresa aderiu ao Programa de Logística Reversa, que incentiva a reciclagem de embalagens, e tem investido em projetos de responsabilidade social, como doações para hospitais e outras instituições de caridade.

8. Amacoco (faturamento de R$1,7 bilhões): 

A Amacoco é uma empresa brasileira de bebidas fundada em 2004, que fabrica e distribui refrigerantes, energéticos e chás de ervas.

A empresa possui mais de 2.500 pontos de vendas distribuídos por todo o país, com produtos disponíveis em mercados, supermercados, bares, restaurantes e outros locais. Segundo dados de 2020, a Amacoco contava com mais de 400 colaboradores, seu faturamento foi de R$1,7 bilhão e a empresa possui 25 linhas de produtos, incluindo refrigerantes, energéticos e chás. Além disso, a empresa possui parcerias comerciais para distribuição de seus produtos para todo o Brasil.

9. Grupo Pão de Açúcar (faturamento de R$1,2 bilhões):

O Grupo Pão de Açúcar foi criado em 1948 e é hoje uma das principais empresas de alimentos e bebidas do Brasil. Era inicialmente conhecido como Companhia de Alimentos Pão de Açúcar e foi fundado por três sócios. O Grupo Pão de Açúcar é especializado na produção de sucos, refrigerantes e energéticos.

Em 2020, o Grupo Pão de Açúcar teve um faturamento de R$1,2 bilhão, atingindo 10 milhões de consumidores com suas marcas, que incluem a Pão de Açúcar, a Yoki, a Polar, a São Paulo e a Itambé. O Grupo Pão de Açúcar também possui cerca de 250 lojas em todo o Brasil.

Além disso, o Grupo Pão de Açúcar também é conhecido por sua inovação e tecnologia avançada. Em 2020, a empresa lançou o aplicativo Pão de Açúcar Delivery, que permite que os consumidores façam pedidos online e recebam suas compras em casa. O Grupo Pão de Açúcar também foi pioneiro na implantação de soluções tecnológicas de última geração para a logística, o gerenciamento de estoques e o controle de qualidade de alimentos e bebidas.

10. Grupo Antarctica (faturamento de R$0,8 bilhão):

O Grupo Antarctica é uma das principais empresas de bebidas do Brasil, fundada em 1884 e líder de mercado em cervejas. A empresa também é responsável pela produção e distribuição de refrigerantes e energéticos.

Em 2020, o faturamento do Grupo Antarctica foi de R$7,2 bilhões, o que representa um aumento de 0,8% em relação ao ano anterior. O lucro líquido do Grupo foi de R$945,3 milhões, com uma margem líquida de 13,1%.

O portfólio de bebidas do Grupo Antarctica inclui as marcas Antarctica, Schin, Skol, Brahma, Devassa e Extra. As principais categorias de produtos são cervejas, refrigerantes, bebidas energéticas e água tônica.

Em 2021, o Grupo Antarctica continuará a investir em inovação e na ampliação da linha de produtos, para aumentar sua participação no mercado brasileiro de bebidas. Além disso, a empresa está focada em melhorar a eficiência operacional, bem como a experiência do consumidor.

Fonte: Jornal Valor






BIG PICTURE

70% das vendas de bebidas nos EUA são de bebidas alcoólicas, como cerveja, vinho e destilados.

A demanda por bebidas energéticas e bebidas alcoólicas tem aumentado

O crescimento da fabricação de bebidas deve ser impulsionado pelas exportações

Em 2022 o setor deve representar cerca de 3,2% do PIB brasileiro.

O mercado de bebidas é altamente concentrado, com as principais marcas liderando as vendas

Aumento do consumo de bebidas com baixo teor de açúcar e de produtos saudáveis.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

O mercado de bebidas está sujeito a novos competidores que podem entrar no setor. Isso significa que as empresas já estabelecidas precisam estar prontas para enfrentar a concorrência e desenvolver estratégias para se manter competitivas.

Produtos Substitutos – Alta

O mercado de bebidas também sofre influência de produtos substitutos, como água, café, chás, sucos e outras bebidas não alcoólicas. Estes produtos podem ser uma alternativa mais barata ou saudável aos consumidores, o que pode levar as empresas a serem mais competitivas no setor.

Poder dos Fornecedores – Alto

Os fornecedores têm um grande impacto no mercado de bebidas, pois eles são responsáveis por fornecer os ingredientes necessários para a produção de bebidas. Quanto maior o poder dos fornecedores, maior o preço dos insumos, o que pode levar os produtos a se tornarem mais caros.

Poder dos Compradores – Média

Os compradores exercem um grande poder no mercado de bebidas. Eles têm o poder de escolher os produtos que desejam comprar e exigir qualidade mas não negociar os valores.

Rivalidade entre players – Alta

O mercado de bebidas é altamente competitivo, com muitas empresas oferecendo produtos semelhantes. Isso leva as empresas a buscarem diferenciar seus produtos através do preço, qualidade, embalagem, marketing, entre outros aspectos.

OPORTUNIDADES

1. Aumento da demanda por bebidas saudáveis: as bebidas saudáveis estão ganhando popularidade entre os consumidores, que estão cada vez mais preocupados com a saúde. Segundo uma pesquisa realizada pela Euromonitor International, as vendas globais de bebidas saudáveis aumentaram 8,4% no ano de 2018, ultrapassando os US $ 300 bilhões.

2. Crescimento da demanda por bebidas funcionais: as bebidas que contêm nutrientes e componentes funcionais, como vitaminas e minerais, estão ganhando popularidade entre os consumidores. De acordo com a Euromonitor International, as vendas globais de bebidas funcionais cresceram 7,2% em 2018, totalizando US $ 32,3 bilhões.

3. Expansão do mercado de bebidas online: o comércio eletrônico de bebidas está ganhando popularidade entre os consumidores, pois oferece conveniência e preços mais baixos. De acordo com um estudo da Euromonitor International, as vendas globais de bebidas online aumentaram 11,4% em 2018, totalizando US $ 7,3 bilhões.

AMEAÇAS

1. Preocupação com a obesidade: A obesidade é uma epidemia mundial, que está cada vez mais preocupando os governos e os consumidores. Os governos estão aumentando as taxas de impostos sobre bebidas açucaradas, o que reduz a demanda por essas bebidas.

2. Mudanças nas preferências do consumidor: Os consumidores estão cada vez mais preocupados com a saúde e estão mudando as suas preferências de consumo. Isso significa que as empresas que não se adaptarem às novas preferências dos consumidores podem sofrer prejuízos significativos.

3. Aumento da concorrência: O mercado de bebidas está ficando cada vez mais competitivo, à medida que novas empresas entram no setor. Isso significa que as empresas existentes terão que competir com novos concorrentes e aumentar sua eficiência para se manter competitivas.

TENDÊNCIAS

RENOVAÇÕES

Bebidas Saudáveis

A tendência de bebidas saudáveis ​​no mercado brasileiro está crescendo. Uma pesquisa de 2019 do IRI mostrou que as vendas de bebidas saudáveis ​​aumentaram em mais de 50% no Brasil nos últimos quatro anos. Além disso, mais de 40% dos consumidores brasileiros estão dispostos a pagar mais por bebidas saudáveis, enquanto apenas 5% não estão interessados. Isso mostra um forte potencial de crescimento para o setor, e as empresas precisam se preparar para aproveitar essa oportunidade de mercado.

Bebidas exclusivas

De acordo com uma pesquisa realizada pela Datalítica, os consumidores brasileiros estão cada vez mais buscando por bebidas exclusivas e criativas, com um aumento de 16% no consumo de cervejas artesanais, 18% no consumo de destilados e 14% no consumo de vinhos. Além disso, o mercado de coquetéis preparados em casa está crescendo, com mais pessoas adquirindo kits de preparação de drinks para experimentar em casa.

Experiência de Compras

O investimento em experiência de compra de bebidas tem sido uma prática cada vez mais adotada pelas empresas para melhorar a satisfação dos seus clientes. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIBE), o setor de bebidas registrou um crescimento de 12,3% na receita líquida em 2019, com a maior parte do crescimento impulsionada pelo aumento da demanda online. Além disso, os dados da Nielsen mostram que as vendas de bebidas foram responsáveis ​​por quase 40% dos pedidos de entrega de alimentos durante o período de isolamento social. Estes números indicam que os consumidores estão cada vez mais abertos a novas formas de compra, como lojas online, entregas rápidas e serviços de assinatura.

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Novas Embalagens

As embalagens das bebidas estão se adaptando às preferências dos consumidores, com pesquisas mostrando que cerca de 80% dos compradores avaliam a embalagem antes de decidir comprar um produto. Além disso, as embalagens mais sustentáveis estão sendo cada vez mais buscadas, com a procura por embalagens recicláveis e biodegradáveis crescendo significativamente.

Tecnologia

Estima-se que, até 2022, a tecnologia para bebidas será responsável por cerca de 25% da produção global de bebidas. A Inteligência Artificial e outras tecnologias estão sendo usadas para melhorar a experiência de compra, aumentar a confiabilidade e a segurança dos produtos e fornecer recomendações de bebidas personalizadas. Além disso, a IoT (Internet das Coisas) está sendo usada para monitorar o estoque de bebidas, melhorar a eficiência de entrega e reduzir o desperdício. Os investimentos em tecnologia para bebidas estão crescendo rapidamente e as empresas estão buscando novas maneiras de usar tecnologias para oferecer uma experiência de compra mais personalizada e melhorar seus produtos.

SOFTWARES

1. ERP (Enterprise Resource Planning): Este software é usado para gerenciar os recursos da empresa, incluindo operações financeiras, vendas, produção, estoque e outros.

2. Sistemas de Gerenciamento de Pedidos: Estes sistemas ajudam as empresas de bebidas a manter o controle de pedidos, embarques, recebimentos, pagamentos e outros.

3. Sistemas de Controle de Qualidade: Sistemas como esse são usados para monitorar e gerenciar os processos de produção para garantir a qualidade dos produtos.

4. Sistemas de Gerenciamento de Estoque: Estes sistemas ajudam a controlar o inventário, prevenir o desperdício de matérias-primas e mantêm o controle dos níveis de estoque.

5. Software de Distribuição e Logística: Estes sistemas ajudam as empresas a gerenciar as operações de distribuição, acompanhar os pedidos e calcular os custos de envio.

6. Sistemas de Gerenciamento de Marketing: Os sistemas de gerenciamento de marketing ajudam as empresas a criar e monitorar campanhas de marketing, acompanhar o desempenho de produtos e analisar os dados de clientes.

HIGHLIGHTS

O mercado de bebidas é um dos mais antigos e importantes do mundo, com um histórico de crescimento e desenvolvimento. No Brasil, as bebidas têm se tornado parte da cultura local, com uma variedade de bebidas e estilos disponíveis para consumo.

No Brasil, as bebidas são consumidas principalmente em restaurantes, bares, hotéis e supermercados. As principais bebidas consumidas são cerveja, refrigerantes, suco, café, água, energéticos, bebidas alcoólicas, vinhos e destilados. A cerveja é a bebida mais consumida no país, com mais de 8 milhões de litros de cerveja vendidos por ano. Os refrigerantes também são populares, com mais de 4 milhões de litros vendidos por ano.

No mundo, as bebidas são amplamente consumidas em diversos países e culturas. Os principais mercados globais são os Estados Unidos, Europa, China, Japão e Brasil. Os Estados Unidos é o maior consumidor de bebidas, com mais de 50 milhões de litros de cerveja e mais de 20 milhões de litros de refrigerantes vendidos por ano. A Europa é o segundo maior consumidor de bebidas, com mais de 35 milhões de litros de cerveja e mais de 15 milhões de litros de refrigerantes vendidos por ano.

Os vinhos e destilados também têm um mercado significativo, com mais de 10 milhões de litros de vinho e mais de 5 milhões de litros de destilados vendidos por ano. O mercado de bebidas energéticas também tem um crescimento significativo em todo o mundo, com cerca de 2 milhões de litros de bebidas energéticas vendidas por ano.

O mercado de bebidas no Brasil e no mundo tem crescido significativamente nos últimos anos, e esse crescimento deve continuar nos próximos anos. Com isso, a indústria de bebidas oferece ótimas oportunidades para empresas e consumidores.

Pedro Rocha – Product Analyst

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Centros-Comerciais-Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

Países na América Latina como um todo continuam construindo shoppings, enquanto grandes países da América do Norte com os Estados Unidos abandonam esse modelo. Para a realidade da América Latina, existem cerca de 1,9 mil shoppings e a tendência é que sejam criados cada vez mais. Nos últimos 10 anos o setor cresceu em média 5% ao ano, o que equivale a 100 novos empreendimentos ao ano. Atrelando esse contexto para a realidade do Brasil, é perceptível um destaque alto em relação ao país, apresentando aproximadamente 600 centros comerciais, ficando atrás apenas do México com cerca de 650. Com isso, o México até 2025 possui o objetivo de alcançar a marca de 760 shoppings construídos.

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INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Top 10 Países

E-commerce 2021
Mobile
Distanciamento Social
Fusões e Aquisições
Varejo e Frete
Itens e Consumidores
Frequência de Compra
2. ANÁLISE INTERNA
Top 5 empresas
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Consumo
Phygital
Pagamento e Frete
Highlights

Segundo o diretor da Lizan Retail Advisors, Jorge Lizan, “O México definitivamente sai na dianteira, tanto em número de projetos como na sofisticação deles. Colômbia, Peru e Chile são outros países onde essa indústria segue crescendo. No Brasil, o setor não está crescendo neste momento por conta da recessão econômica, mas os empreendedores estão focados em estabilizar e consolidar seus portfólios.

Em contrapartida os Estados Unidos vão na direção contrária do setor e o que reforça essa linha de raciocínio é o artigo pesquisador urbanístico Nolan Gary “Dado que o varejo enfrenta dificuldades nos Estados Unidos ante o aumento do comércio online e o estancamento dos salários desde 2008, as redes de shopping, os empreendedores e investidores americanos têm muitos motivos para buscar oportunidades no sul do continente”. Com isso, se torna cada vez mais real para os Estados Unidos o contexto da morte dos shoppings, tendo em vista que dezenas de centros comerciais fecharam nos últimos 10 anos e mais 1,1 mil correm perigo de fechamento.

Realidade dos Centros Comerciais

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) estima que o faturamento total dos centros comerciais brasileiros em 2019 foi de aproximadamente R$ 213 bilhões, o que representa um aumento de 8,2% em relação a 2018.

Além disso, o setor de centros comerciais tem experimentado uma mudança significativa nos últimos anos, com mais espaços se concentrando nos shoppings comerciais. Esta tendência foi reforçada pela pandemia de Covid-19, que incentivou a mudança para formas de compra online e delivery, bem como a reestruturação de lojas físicas.

O estudo também revelou que o número de empregados em centros comerciais no Brasil aumentou em 2019, chegando a um total de 1,3 milhão. Os principais estados em termos de empregos são São Paulo (587.000 empregos), Minas Gerais (164.000 empregos) e Rio de Janeiro (157.000 empregos).

Crescimento do Mercado

O mercado de centros comerciais no Brasil vem crescendo a cada ano, sendo um dos mais importantes setores de varejo no país. De acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em 2019, o setor contava com 678 shoppings e 1.087 lojas de varejo, números que aumentaram significativamente desde 2018, que era de 653 shoppings e 1.062 lojas.  Os centros comerciais no Brasil também têm aumentado sua presença no mercado de aluguel de espaço comercial. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) estima que a receita total do setor em 2018 foi de R$ 33,25 bilhões, o que representa um crescimento de 5,3% em relação a 2017. Os principais mercados de centros comerciais no Brasil são São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Outros dados importantes do setor incluem o crescimento do público, que foi de 8,6% em 2018 em relação a 2017, chegando a uma média de 15,3 milhões de visitantes por mês. O número de lojas também aumentou, chegando a 8.845 lojas em todo o país. O número de novas lojas abertas também aumentou de 1.337 em 2018 para 1.415 em 2019.  Os setores de lazer, entretenimento e cultura também estão em alta nos centros comerciais no Brasil. O número de salas de cinema aumentou significativamente nos últimos anos, com mais de 1.200 salas em todo o país. Além disso, os centros comerciais têm oferecido cada vez mais atrações, como parques aquáticos, parques temáticos, museus e outras atividades de lazer.  Com o crescimento econômico e o aumento do poder aquisitivo, o mercado de centros comerciais no Brasil tem se beneficiado. Além disso, o setor tem sido favorecido pelo crescimento do turismo interno, que vem contribuindo para o aumento do número de visitantes aos shoppings. Embora o setor esteja em expansão, o mercado de centros comerciais ainda enfrenta desafios, como o crescimento do e-commerce, a necessidade de melhora na infraestrutura dos shoppings e a competição com outros estabelecimentos de varejo. Esses desafios devem ser superados para que o setor possa continuar se expandindo e se fortalecendo.

Indicativos do Segmento

Para o segmento de centros comerciais e mais especificamente shoppings centers um fator que impacta bastante no aumento das vendas são as datas comemorativas, sendo muitas vezes utilizadas como parâmetro para analisar a evolução do desempenho das empresas ao longo dos anos. Considerando as vendas ligadas ao dia dos pais, ocorrendo entre o dia 8 e 14 de agosto, foi constatado um aumento de 10,9% das vendas em relação ao ano ao mesmo período no ano de 2021, movimentando cerca de 4,2 bilhões de reais, assim ressaltando o crescimento previsto para o segmento a longo prazo.

Tratando do ticket médio visualizado nesse mesmo período, em comparação ao ano de 2021 se manteve estável, indicando o ticket médio de R$ 193,00, sendo 10% superior ao de 2019 (R$ 176,00) e expressivamente mais alto que o gasto médio em lojas de rua (R$96,00). 

Instabilidade na Bolsa

As vendas dos shoppings cresceram 34,8% no primeiro trimestre de 2022, reforçando a realidade de recuperação para o cenário de pós pandemia. Além disso, a Abrasce realizou uma projeção de vendas para o ano de 2022 para uma alta de 13,8% para 17,3% no acumulado em relação a 2021, mas considerando a inflação o aumento real é por volta de 9,2%. 

Contudo, para a bolsa, apesar do momento ser positivo de maneira geral os preços dos FIIs e ações de shoppings seguem uma trajetória volátil na bolsa. Dentre os players com maior liquidez, somente a Multiplan (MULT3) que registra alta significativa por volta dos 20%. Uma das justificativas para esse resultado é alta dos juros, que acaba por desacelerar a economia e reduzir o poder de compra das pessoas com o objetivo de controlar a inflação.

Crescimento ao Longo dos Anos

O primeiro shopping no Brasil foi inaugurado no ano de 1966, sinalizando que a indústria tem quase 60 anos. Em virtude de um grande crescimento no número de empreendimentos no segmento a partir de 2006, foi possível se visualizar uma curva de crescimento relevante, atingindo 571 empreendimentos em 2017, representando 15,580 Milhões de M² de área bruta locável. De 2006 até 2017 foram inaugurados cerca de 200 shoppings no Brasil.



SUBNICHOS

O nicho de mais impacto para o segmento de centros comerciais é de fato o de shoppings centers, mas não é apenas ele que influencia o mercado de maneira geral, assim possuindo mais duas categorias de empresa que tem certa presença no segmento, sendo elas outlets centers e strip malls.

O nicho de shoppings centers é representado por grandes centros comerciais com diversos tipos de lojas, agregando uma estrutura que compõe grande variedade de serviços e produtos, sendo o nicho de grande porte.

O segundo nicho é o de outlets, que representa um porte um pouco menor e agrega produtos mais baratos do que em shoppings centers, se tratando muitas vezes de uma venda direta entre produtor e consumidor.

O terceiro nicho é o de edifícios empresariais que contemplam em grande parte os escritórios de diversas empresas para compor a sua estrutura.

Por fim, o quarto nicho é o de strip malls, de modo geral são semelhantes a shoppings por apresentar uma grande variedade de serviços e produtos, mas diferentemente do shopping possui isso como um dos principais objetivos, possuindo como foco solucionar todas as demandas do consumidor em um só lugar.

BIG PICTURE

Contexto dos Edifícios Empresariais

Para a realidade dos empresários e o impacto constatado na pandemia, é perceptível um déficit gerado para a utilização de tais ambientes de trabalho em detrimento desse período, indicando uma queda para o segmento. Prova disso, é que em São Paulo, por exemplo, uma área total de 663 mil metros quadrados foi devolvida por empresas, de acordo com levantamento da consultoria Newmark a pedido do Estadão/Broadcast.

Já para a realidade do pós pandemia, o contexto continua semelhante e se acentua cada vez mais com a realidade do home-office impactando na dinâmica de trabalho no Brasil. Em reflexo disso, através do estudo realizado com 218 empresas, 35% delas reduziram suas sedes. Em 2021, os escritórios devolvidos somam 390 mil metros quadrados, sendo 117 mil metros quadrados a mais que em 2020.

Realidade das Empresas no Brasil

Considerando a distribuição de shoppings por região, é perceptível uma concentração maior para região Sudeste com 51%, seguido do Nordeste com 17%, Sul com 16%, Centro-Oeste com 11% e Norte com 5%.

Já para o contexto dos estados com maior quantidade, os que se destacam são São Paulo com 190, seguido por Rio de Janeiro com 69, Minas Gerais com 46, Paraná 38, Rio Grande do Sul com 37, Goiás com 33, Pernambuco e Bahia com 22, Ceará com 21 e Distrito Federal com 20.

TOP 10 MAIORES SHOPPINGS

  1. Shopping Center Leste Aricanduva (São Paulo – SP) com 425 mil m²
  2. Rio Mar Fortaleza (Fortaleza – CE) com 320 mil m² 
  3. Salvador Shopping (Salvador – BA) com 298 mil m²
  4. Rio Mar Recife (Recife – PE) com 295 mil m²
  5. Shopping Center Interlagos (São Paulo – SP) com 280 mil m²
  6. Shopping União de Osasco (Osasco – SP) com 246 mil m²
  7. Norte Shopping (Rio de Janeiro – RJ) com 245 mil m²
  8. Shopping Iguatemi (Fortaleza – CE) com 238 mil m²
  9. Shopping Midway Mall (Natal – RN) com 227 mil m²
  10. Shopping Iguatemi Plaza (Sorocaba – SP) com 64 mil m²

TOP 10 FATURAMENTOS ENTRE OS MAIORES SHOPPINGS

  1. Salvador Shopping USD 24.12M
  2. Shopping Riomar Recife USD 15.82M
  3. Shopping Riomar Fortaleza USD 11.50M
  4. Shopping Midway Mall USD 6.43M
  5. Shopping Center Interlagos USD 3.93M
  6. Shopping União de Osasco USD 3.75M
  7. Shopping Iguatemi USD 3.08M
  8. Shopping Center Leste Aricanduva USD 3.04 M
  9. Norte Shopping USD 2.35M
  10. Shopping Iguatemi Plaza USD 0.12M

COVID X SETOR

Em março de 2020 com a intensificação da pandemia do Coronavírus todas as atividades não essenciais precisaram paralisar e para os shoppings não foi diferente, assim reduzindo o faturamento do segmento de forma crítica. Contudo, após alguns meses, na segunda quinzena de Junho algumas cidades começaram a flexibilizar as normas de proteção relativas ao Covid-19 e gradualmente os shoppings iniciaram o seu retorno. Já em meados de Agosto todos os shoppings reabriram apesar de possuir restrições.

De acordo com um estudo realizado pela FX Data Intelligence, é feito um comparativo de agosto de 2020 com setembro do mesmo ano e é constatado um aumento de 2,3% na movimentação do comércio de lojas e 17,8% dos shoppings de todo o país. As lojas de shoppings desempenharam um crescimento de 5% e as de rua 0,3%  nesse mesmo período. 

O cenário de maneira geral tende a uma recuperação e retorno do crescimento do segmento, mas ainda apresenta certo déficit gerado pela paralisação no pico da pandemia.

INVESTIMENTOS NO SETOR

Em 2020 o segmento de centros comerciais recebeu o retorno de alguns investimentos, dentre eles a inauguração de 7 shoppings centers. Já para 2021 é perceptível uma breve redução para inaugurações, com apenas 5 shoppings e até o fim de 2022 a previsão é da inauguração de 9 shoppings, retomando a crescente evidenciada nos últimos anos.

Outro fator que mudou na dinâmica do segmento para o contexto do pós-pandemia, foi expresso na fala de Glauco Humai, presidente da Abrasce, “A pandemia trouxe oportunidades de fusão e aquisição porque o setor é muito fragmentado. São mais de 30 administradores, sem contar mais de 200 que são individuais, ou seja, não fazem parte de nenhum grupo. Os grupos buscam sinergias para aumentar o poder de negociação e ter redução de custos. É um movimento esperado há muito tempo no setor”.

Exemplo dessas aquisições é a compra do Diamond Mall (em Belo Horizonte) pela Multiplan por R$ 340.000.000,00 para possuir 49,99% do empreendimento que pertencia ao Atlético Mineiro. Outro caso desse gênero de compra é a evidenciada pelo grupo Hemisfério Sul Investimentos que adquiriu o Shopping Uberaba por R$ 333.000.00,00 e o Uberlândia Shopping por R$ 195.000.000,00.

Após tais aquisições ressalta o presidente da Multiplan, José Isaac Peres: “A gente gosta de fazer (empreendimentos do zero), mas neste momento uma aquisição ou uma fusão pode ser o melhor negócio”.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

O setor realmente tende ao crescimento, assim indicando a possibilidade de novos entrantes, contudo o investimento para construir um centro comercial realmente expressivo como um shopping é muito alto, servindo assim como uma forte barreira de entrada.

Produtos Substitutos – Média

Um fator que vem para substituir o shopping no que tange a facilidade de realizar as compras é o meio digital, que vem sendo cada vez mais demandado pelos consumidores, apesar de atualmente a maioria ainda preferir realizar compras em shoppings.

Poder dos Fornecedores – Baixa

No que tange fornecimento para esse setor, em geral, os fornecedores não apresentam um grande poder de barganha.

Poder dos Compradores – Média

Se for considerada a comparação dos valores apresentados por lojas em shoppings e as mesmas marcas fora dele, o consumidor possui alto poder quanto a isso, mas a proposta da experiência proporcionada pelo shopping e facilidade de comparação com varias lojas de outras marcas muitas vezes contorna tal questão.

Rivalidade entre players – Alta

Para o caso de shoppings Centers, na maioria das vezes não se localizam geograficamente de maneira tão próxima e possuem focos em públicos diferentes, assim muitas vezes não possuindo um alto nível de concorrência, mas com o crescimento do setor isso pode aumentar.

OPORTUNIDADES

Expansão

Com os avanços tecnológicos e os novos formatos de lojas, os centros comerciais têm a oportunidade de expandir sua presença para novas áreas geográficas, oferecendo aos clientes mais variedade de produtos e serviços.

Inovação

Os centros comerciais podem inovar em seus serviços, adotando novos formatos de lojas e oferecendo experiências diferenciadas para os clientes, como serviços personalizados ou eventos temáticos.

Novos canais de venda

Os centros comerciais têm a oportunidade de explorar novas formas de venda, como e-commerce e marketplaces, para aumentar sua base de clientes e lucros.

AMEAÇAS

Competição

Com a crescente quantidade de novos centros comerciais em todo o mundo, a concorrência entre estes empreendimentos está cada vez maior.

Desenvolvimento de novos formatos de compra

Com o avanço da tecnologia, novas formas de comprar e vender produtos e serviços estão se desenvolvendo, como marketplaces, lojas virtuais, etc. Estes novos formatos podem ameaçar a existência dos centros comerciais tradicionais.

Mudanças na legislação

Mudanças na legislação podem afetar a forma como os centros comerciais operam, como a regulamentação de preços, por exemplo.

TENDÊNCIAS

PANORAMA DOS PRÓXIMOS ANOS

Na convenção de Las Vegas realizada pelo ICSC (Innovating Commerce Service Communities) que já foi entidade global de shopping centers  e hoje se apresenta como uma comunidade que congrega marketplaces, físicos e virtuais, ocorreu a divulgação de um relatório sobre o segmento em 2022, listando as principais tendências para o futuro. 

Em primeiro lugar, as lojas virtuais estão se tornando cada vez parte do cotidiano dos consumidores, distanciando parte deles das lojas físicas presentes em centros comerciais, então uma maneira de aproveitar parte do espaço em shopping centers para impactar positivamente a realidade digital, tais espaços também estão sendo utilizados como centros de apoio logístico, para a retirada de produtos por clientes. 

Outro fator que impacta o setor é a substituição da mão de obra humana por máquinas. Segundo um estudo realizado pela Deloitte, nos próximos cinco anos já existirão lojas 100% autônomas, mas isso é muito mais evidente para a realidade global do que no Brasil, sendo introduzida de forma retardatária em reflexo da mão de obra barata e a própria cultura que aprecia a interação humana para esse gênero de contato. Contudo, já será uma realidade a introdução de lojas parcialmente autônomas em um médio prazo. 

Indo de encontro com o primeiro ponto, algo que tende a se tornar cada vez mais frequente é a presença de Dark Stores, sendo elas centros logísticos focados apenas em compras on-line, em virtude do aumento expressivo da representatividade de compras pela internet. 

Em síntese,  os shoppings vão continuar se alterando, tanto para adaptar-se ao contexto do omnichannel quanto para se adequar aos novos hábitos dos consumidores.

Novos Programas de Entrega e seu Impacto em Shoppings

A Amazon iniciou a entrega de produtos que são comercializados em shoppings, principalmente para a realidade de lojas varejistas. Tal experiência foi iniciada com motoristas do Amazon Flex, ou seja, que fazem as entregas dos seus próprios carros, coletando pacotes em locais de varejo em vez de estações de entrega da Amazon, assim garantindo mais uma fonte de renda para a empresa e impactando positivamente as lojas presentes nos shoppings.

Inovações e Atrativos

A Carrefour Property serviu de exemplo para o segmento de shoppings centers inovarem e atrair ainda mais clientes para voltarem às lojas. Tal situação é reflexo de um desconto dado para clientes do Carrefour que retornam frequentemente a loja, ganhando descontos para o estacionamento na loja, podendo ser aplicado para aumentar o movimento nos shoppings. É destacado que as promoções são renovadas a cada 15 dias e que o cupom possui um QR Code no qual o cliente pode fazer o pagamento pelo celular.

Sustentabilidade

A sustentabilidade tem se tornado cada vez mais importante para os centros comerciais. Esta tendência é baseada na necessidade de reduzir o impacto ambiental dos empreendimentos, ao mesmo tempo em que garante a qualidade dos serviços e produtos oferecidos.

Para isso, os centros comerciais têm adotado medidas que vão desde a redução do consumo de recursos naturais à implementação de novos materiais de construção e equipamentos com menor consumo energético, bem como a adoção de sistemas de gestão que garantem a eficiência dos processos desde a aquisição de materiais até a disposição de resíduos.

Além disso, os centros comerciais têm investido em programas de educação ambiental e em iniciativas para reduzir o uso de plástico e embalagens, bem como para fomentar o uso de produtos ecológicos e conscientes. Estas iniciativas têm contribuído para o desenvolvimento de uma economia circular, o que promove a redução de custos e o aumento da eficiência.

Serviços e Experiências Digitais

Os serviços e experiencias digitais estão cada vez mais presentes na realidade da maioria dos setores e para os centros comerciais não é diferente. Dessa maneira, existem pontos mais relevantes dentro do contexto digital que são fundamentais para o segmento, sendo eles:

Experiências de realidade virtual e aumentada

Os centros comerciais estão começando a usar a realidade virtual e aumentada para oferecer experiências aos seus clientes. Estas experiências permitem que os clientes explorem os produtos de maneiras novas e divertidas.

Serviços de compras on-line

Os centros comerciais estão começando a oferecer serviços de compras on-line para seus clientes. Isso permite que os clientes comprem produtos em seu próprio tempo e comodidade, o que torna o processo de compras mais conveniente.

Serviços de entrega

Os centros comerciais estão começando a oferecer serviços de entrega para seus clientes. Isso torna mais fácil para os clientes receberem seus produtos no tempo e lugar desejados, o que resulta em um melhor serviço ao cliente.

Plataformas de mídia social

Os centros comerciais estão começando a oferecer plataformas de mídia social para aumentar sua presença e atrair mais clientes. Estas plataformas permitem que os clientes interajam com os produtos e experiências dos centros comerciais de forma mais imersiva.

Serviços e aplicativos móveis

Os centros comerciais estão começando a oferecer serviços e aplicativos móveis para que os clientes possam acessar informações como promoções e cupons de desconto. Isso facilita o acesso a informações e torna a experiência de compras mais conveniente.

Sigilo e disclaimer

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HIGHLIGHTS

“O segmento foi afetado de maneira crítica no período do lockdown, exprimindo que é realmente sensível a fatores externos que impeçam a frequência de clientes de maneira presencial, apresentando risco para situações semelhantes, pois em algumas lojas o faturamento cessou por completo nesse período. Contudo, considerando o cenário de retomada, a perspectiva é de crescimento do segmento, principalmente para a realidade de shoppings e agora tais lojas tendem a não ser apenas um local para vendas, mas também retiradas de produtos comprados na internet, iniciando assim planos de ação para contornar a obrigatoriedade da relação 100% presencial. De maneira geral existem fatores que influenciam positivamente e negativamente, mas na somatória total tende ao crescimento.”


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Equipe Ray Market Sound
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