Instituições Financeiras 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

O Brasil terminou 2021 com 18.302 agências bancárias. São 2.351 a menos do que o registrado no início da pandemia, segundo dados do BC (Banco Central). Motivo: a covid-19 impulsionou os pagamentos e o atendimento bancário por meios digitais. 

Segundo dados do Banco Central, a rede de agências bancárias está diminuindo no Brasil desde 2017. Mas os fechamentos aceleraram na pandemia de covid-19. Foram 1.334 de março a dezembro de 2020 e mais 1.017 em 2021. A queda acumulada na pandemia foi de 11% e levou a rede de agências bancárias ao menor patamar da série histórica, iniciada em 2007.

 

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Visão Geral

Cenário Bancário Atual
Principais Instituições Financeiras Digitais
Volume de Ativos
Crescimento do Número de Instituições Financeiras
Fintechs no Brasil
Evolução Tecnológica
Índices do Setor
Análise dos Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Bancos Digitais
Low Code
Experiência do Cliente
Serviços Multiplataforma
Big Data
Highlights

CENÁRIO BANCÁRIO ATUAL

O Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Itaú e Santander respondem por 86% das agências do país. Por outro lado também são responsáveis por 93% dos fechamentos registrados na pandemia –2.351, no total. Resultado: fecharam 15,4 mil postos de trabalho em 2020 e no 1º semestre de 2021. A exceção é da Caixa, que manteve seu número, e agora vai ampliar a rede de agências.

O banco que mais reduziu a rede de atendimento presencial na pandemia foi o Bradesco. A instituição fechou 1.527 agências desde março de 2020 e, com isso, passou o posto de maior rede física de atendimento do país para o Banco do Brasil.

Apesar da queda do número de agências no Brasil, a participação dos correspondentes bancários no mercado cresceu 11,9% nos últimos três anos, de acordo com a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária. O número de empresas que prestam serviços em nome das instituições financeiras foi de 118,4 mil para 210,6 mil nesse período. Entre os fatores que explicam esse avanço estão o aumento do uso de tecnologias no sistema financeiro e o fechamento das agências bancárias.

Em muitas regiões do Brasil onde não há unidades físicas de atendimento à população, os correspondentes cumprem esse papel. Os grandes bancos fecharam 1,8 mil agências bancárias nos últimos meses. Segundo o relatório da Febraban, a composição das transações totais de correspondentes bancários em 2019 era 4,5 bi, enquanto que em 2020, esse número saltou para 5,8 bi. O aumento geral do mercado de transações bancárias foi de 20%.



Adaptações ao Novo Mercado

PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DIGITAIS

Com o avanço dos serviços digitais, o padrão de consumo dos clientes também tende a mudar. Mais de 75% dos brasileiros estão dispostos a trocar uma instituição financeira convencional por uma digital. É o que indica o Ranking de Onboarding Digital 2021, realizado pela empresa de verificação de documentos digitais idwall, em parceria com a Cantarino Brasileiro. O estudo identificou as preferências dos brasileiros e o que os faz ter uma boa experiência nos aplicativos dos bancos. 

Para o estudo, foram realizadas mais de 2 mil entrevistas online entre 17 de novembro e 13 de dezembro de 2021. Existem atualmente mais de 250 milhões de contas digitais abertas no Brasil, número este superior a quantidade de habitantes do país. A pesquisa mostra, ainda, que a maioria dos clientes (64%) tem contas tanto em bancos tradicionais quanto em bancos digitais. Em 2020, esse número era 59,1% e, em 2019, e 40,5%.

Houve aumento também no volume de consumidores que usam um banco digital como sua conta principal: são 37% dos entrevistados em 2021 contra 21% em 2020. O Nubank é o mais popular: 21,1% dos clientes o adotam como principal. Especialistas apontam que, isso pode estar relacionado à crescente bancarização da população e à intensificação do mobile banking. 

Sem contar que essas instituições têm tarifas menores, processos de cadastro fáceis e leque de serviços mais amplo, além de oferecem cada vez mais serviços completos voltados para diferentes tipos de clientes, desde aquele que usa a instituição para movimentar dinheiro, como também para aquele que quer investir em produtos financeiros, tudo isso sem necessitar de migração de plano ou intermediação de terceiros.

Os quatro maiores bancos brasileiros com ações na Bolsa brasileira divulgaram seus resultados do 4º trimestre de 2021. Com isso, o lucro líquido consolidado de Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) somou R$ 81,63 bilhões no ano passado. De acordo com a empresa de informações financeiras Economatica, o total é o maior valor nominal já registrado desde 2006.

Volume de Ativos

O ativo total consolidado dos quatro maiores bancos brasileiros em 2021 chegou a R$ 6,71 trilhões, valor 4,41% superior ao registrado em 2020. O maior crescimento entre 2021 e 2020 foi o do Banco do Brasil (11,99%), juntamente com o Bradesco tendo o segundo maior crescimento (3,94%) e o Itaú Unibanco o terceiro maior (2,53%). O Santander perdeu 3,89% entre 2002 e 2021.

O Itaú Unibanco segue sendo o maior banco por ativos no Brasil e na América Latina, com R$ 2,16 trilhões, seguido por: Banco do Brasil, com R$ 1,93 trilhão; Bradesco, com R$ 1,65 trilhão e Santander, com R$ 963 bilhões

Cresce número de instituições financeiras no país

Aspectos regulatórios e a exigência crescente do brasileiro por serviços eletrônicos dão o tom do desenvolvimento da área financeira no país. É o que se pode deduzir das últimas estatísticas do Banco Central, segundo as quais, até fevereiro de 2022 tínhamos cerca de 650 instituições, entre bancos, fintechs e financeiras, um total 15% acima do registrado na contagem anterior, feita em 2019. Incluindo-se cooperativas e administradoras de consórcio neste grupo, o total de participantes do sistema financeiro sobe para 1.648, uma alta de 1,16% na comparação com três anos atrás.

O perfil digital foi ponto comum dos negócios com números de expansão mais expressivos. Foi o caso, por exemplo, das instituições de pagamento, que passaram de 19 para 43 desde então. Já as sociedades de crédito direto e de empréstimo entre pessoas, por sua vez, expandiram de 15 para 78 no mesmo período, uma alta de 420%, contrastando fortemente com o encolhimento de 11% obtido de 2013 a 2018 nestes nichos. Já o número de bancos permanece estável, totalizando 177 representantes, volume que desde 2013 não apresenta variações expressivas.

Causa do crescimento

As causas dessas movimentações verificadas no mercado financeiro são uma mescla entre a pegada cada vez mais plugada dos usuários e transformações no campo das leis. Há cerca de um ano, por exemplo, o Banco Central mudou as regras para instituições de pagamento, o que justifica, ao menos em parte, o crescimento na quantidade de empresas neste campo, agora desde o seu nascimento, rompendo assim o limite de R$ 500 milhões antes exigidos para que fossem reconhecidas pela autoridade monetária.

As fintechs, contudo, mesmo tendo crescido numericamente, ainda são pouco expressivas em nichos como o de crédito, fato que especialistas atribuem a estas só poderem operar com capital próprio, enquanto os bancos o fazem com recursos provenientes dos depósitos captados. O mercado de pagamentos, em compensação, recebeu importante alento com a chegada do Pix, que coloca à disposição até mesmo dos menores entrantes, uma infraestrutura totalmente provida pelo BV. Toda essa diversificação, contudo, ainda não foi suficiente para descaracterizar a grande concentração bancária que existe por aqui, um mercado com mais de 85% dos serviços financeiros em poder de cinco bancos, como se sabe.

Fintechs no Brasil: evolução do ecossistema e seus benefícios

As fintechs chegaram há poucos anos e, no começo, incomodaram demais as empresas estabelecidas no setor, ou seja, os grandes bancos. O crescimento foi rápido, e influenciado por novas regulamentações somente entre 2016 e 2022 surgiram 513 novas startups do setor financeiro. 

Já são 1.289 fintechs atuando no Brasil, segundo dados do estudo Inside Fintech da consultoria de inovação aberta Distrito. Com isso, a forma como essas empresas se relacionam no mercado também foi mudando

Evolução tecnológica

Com o penetração das fintechs no mercado Brasileiro, o setor de instituições financeiras abriu os olhos para as evoluções tecnológicas que o setor precisa passar para continuar em crescimento, especialmente os bancos, responsáveis pelo maior share das instituições financeiras Brasileiras. O setor bancário está em uma evolução tecnológica contínua. Os clientes se acostumaram com o ritmo acelerado da inovação, e os bancos continuam a ampliar as fronteiras das aplicações tecnológicas.

 Os consumidores intensificaram a realização de transações em tempo real, como o PIX, e o atendimento online – especialmente por aplicativos dos bancos ou mensagens instantâneas. Essa dinâmica aumentou a expectativa em torno da velocidade, disponibilidade, segurança e eficiência em relação aos serviços bancários. Para atender essa demanda, vultuosos investimentos em tecnologia e em qualificação de pessoas são necessários, além de uma proposta de valor que proporcione uma melhor experiência do cliente e promova a competitividade dos bancos.

ÍNDICES DO SETOR

Dentre as prioridades dos bancos em 2022, segundo relatório da Delloite com base em uma pesquisa realizada com 24 bancos participantes.

ANÁLISE DOS PLAYERS

Itaú Unibanco

Faturamento: R$24,9 bilhões

Bradesco

Faturamento: R$21,9 bilhões

Banco do Brasil

Faturamento: R$19,7 bilhões

Santander Brasil

Faturamento: R$14,9 bilhões

Big Picture

18.302 Número de agências bancárias 2021

1.289 Número de fintechs no país

1,63 Bilhões Lucro líquido dos bancos 2021

Itaú Banco com o maior número de ativos

6,71 Trilhões Volume de ativos

Nubank Banco Digital mais utilizado

ANÁLISES INTERNAS DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Muito alta, principalmente ao tratar do Brasil, o setor é bem concentrado em grandes players, além de apresentar uma burocracia gigantesca. Provavelmente é um o setor com maior barreira de entrada dentre os setores analisados.

Produtos Substitutos – Baixa

A ameaça de produtos substitutos vem crescendo nos últimos anos, apesar de ainda se manter baixa, principalmente quando analisado um público de idade mais avançada.

Poder dos Fornecedores – Baixo

É difícil caracterizar quais são necessariamente os fornecedores dentro do setor bancário, podem se destacar produtos financeiros(que tendem a acompanhar o valor de mercado) ou taxas cobradas pelo próprio branco.

Poder dos Compradores – Médio

Em geral o setor não apresenta um poder de barganha médio para os compradores, devido as diversas opções disponíveis no mercado, o que coloca esse pode de barganha na mão deles.

Rivalidade entre players – Alta

A rivalidade dentro desse mercado é muito elevado, o setor apresenta a característica de concentração em poucos players e o restante do market share é muito disputado entre as instituições restantes.

OPORTUNIDADES

O mercado de Instituições financeiras, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes ser utilizadas como estratégias de penetração no mercado. 

Open Banking

O Open banking impulsiona o mercado de Instituições financeiras a medida que fomenta fortes incentivos de mercado, e estímulos regulatórios com compartilhamento de dados para informações de contas e iniciativas de pagamento.

Busca por disrupção

O mercado de instituições financeiras vem passando por diversas disrupções nos últimos anos. Bancos digitais, corretoras independentes e casas de análise tomam cada vez mais espaço entre os brasileiros, e unir essa tendência de mercado à inovação pode trazer bons frutos no longo prazo.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

População com pouco acesso à educação financeira

Um mercado muito interessante são as instituições de médio e pequeno porte, o problema é que, com a falta de educação financeira adequada no país, muitas dessas instituições acabam não executando o máximo de suas capacidades, o que pode inclusive ser visto como uma oportunidade para oferecer soluções de marketing e posicionamento de marca.

Setor excessivamente burocrático

A burocratização desse setor carrega consigo  uma falta de velocidade na tomada de decisão, o que pode acarretar em um eventual tempo de negociação mais longo, além de exigências no que tange certificações e garantias.

TENDÊNCIAS

Se os últimos 24 meses nos ensinaram alguma coisa, é que ninguém sabe ao certo o que o futuro reserva. A pandemia de Covid-19 e suas variantes não deixou nenhuma indústria sem sofrer algum tipo de impacto nesses dois anos, mas sem dúvida o mercado bancário e financeiro enfrentou mudanças bruscas.

Bancos Digitais

De acordo com um estudo da fintech israelense Rapyd, 83% dos brasileiros já confiam em bancos digitais a ponto de manter o dinheiro apenas nestas instituições, o que significa que o banco online finalmente se tornou uma ferramenta transformadora nas finanças. A boa notícia é que o banco digital não se trata apenas de ficar sem papel e sem dinheiro físico as tecnologias contribuíram substancialmente para a mudança de um modelo bancário tradicional centralizado para um mais distribuído, orientado pela tecnologia. Tanto que uma pesquisa do Instituto 

Locomotiva em parceria com a TecBan mostra que a quantidade de pessoas que possuem contas em bancos digitais está próxima das que possuem contas apenas em bancos tradicionais: 42% versus 49%, respectivamente. Diante do crescimento do consumo e do varejo online e da chegada do Open Banking e da consolidação do Pix, é possível afirmar que os bancos tradicionais estão ganhando concorrentes cada vez mais fortes, que estão atraindo mais clientes.

Low Code

Em 2022, a terceirização de desenvolvimento de software usará soluções de Low-Code para acelerar o processo de desenvolvimento de produto e entregar uma melhor experiência para o usuário. Esse tipo de solução está se tornando mais popular na indústria de desenvolvimento de software, e permite que os desenvolvedores criem aplicativos sem precisar perder tempo para escrever códigos. Isso é feito usando uma interface visual para arrastar e soltar diferentes componentes para completar seu aplicativo. Na verdade, hoje a projeção para o uso de soluções Low-Code é tal que, segundo o Gartner, espera-se que até 2025, 70% dos novos aplicativos desenvolvidos pelas empresas usem a tecnologia Low-Code ou No-Code. 

As soluções Low-Code são populares porque permitem que os desenvolvedores criem aplicativos com rapidez e facilidade, entregando um produto mais confiável, simples e intuitivo para o cliente e com baixo custo para a instituição. 

Foco na Experiência do Cliente

O setor bancário está se tornando uma indústria orientada para a experiência do usuário. Num futuro próximo, espera-se que a experiência do cliente seja um diferencial importante para os provedores de serviços financeiros e parceiros tecnológicos, tanto em termos de marca quanto para atrair e reter clientes.  Muitos bancos priorizam a experiência do cliente durante sua transformação digital, garantindo que as soluções projetadas atendam a todas as necessidades do consumidor em termos de conveniência, segurança, conforto e engajamento. Por sua vez, os clientes já esperam ofertas mais personalizadas, incluindo o uso de seus comentários e preferências para construir um serviço que lhes ofereça ainda mais comodidade. 

Em 2022, a capacidade de antecipar as necessidades dos clientes e fornecer ótimas experiências diferenciará os bancos, fintechs e provedores de soluções de seus concorrentes. Em breve, análises avançadas irão melhorar o conhecimento dos bancos sobre seus clientes de tal forma que eles terão a capacidade não apenas de personalizar ofertas, mas também de antecipar necessidades e aumentar a qualidade do serviço.

Serviços Multiplataforma

Embora a preferência dos clientes por serviços bancários via dispositivos móveis tenha dado um salto nos últimos anos, isso não significa que eles não gostam de ter escolhas. Pelo contrário, a maioria dos clientes precisa de um atendimento ao cliente multicanal perfeito, no qual eles podem alternar entre dispositivos e telas, mas também pontos de contato, inclusive com pagamentos por voz ao invés de digitar, interagindo com uma aplicação de modo a ajudar os clientes a realizar uma operação bancária com mais conveniência, principalmente com Open Banking agora no Brasil. 

A instituição que tiver capacidade de realizar a mesma transação com a mesma facilidade em um aplicativo móvel, site, filial física ou qualquer outro canal sairá na frente na preferência do usuário. Portanto, os bancos em 2022 precisam pensar em fornecer aos clientes serviços bancários omnichannel para melhorar a experiência do usuário. Em palavras simples, ter que iniciar uma transação através de um canal bancário e terminá-la através de outro.

Big data

Em 2020, as pessoas criaram 1,7 MB de dados a cada segundo (!), de acordo com dados da Domo, que agregou informações de diversas fontes e pesquisas. Os provedores de tecnologia financeira seus clientes geram grandes quantidades de dados que podem ser agregados para fornecer uma visão mais abrangente da situação financeira de um cliente. 

Espere que as instituições financeiras façam parcerias com plataformas de agregadores de dados para que possam usar big data para melhorar a retenção de clientes e melhorar os serviços.

HIGHLIGHTS

“O setor de instituições financeiras representa um importante segmento para o país, pois é responsável por movimentar um volumoso e expressivo montante de capital de origem pública e privada, de pessoas físicas e jurídicas. O setor como um todo vem passando por inúmeras mudanças e evoluções ocasionadas pelo crescimento exponencial das fintechs e com isso a necessidade de evolução digital dos big players mais tradicionais e consolidados no setor, que se encontravam, até então, em posição de domínio absoluto. O setor como um todo apresenta um nível de concorrência extremamente acirrado, além de uma elevada barreira de entrada. Apesar desse cenário, o segmento apresenta boas oportunidades, principalmente para empresas prestadoras de serviços focados em instituições financeiras, devido a importância dessas empresas para o setor e seu desenvolvimento como um todo” 

Vinícius Ribeiro – Business Analyst II

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Agricultura Q2-22 – Freemuim

Introdução


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INDICE

1.ANÁLISE MACROECONÔMICA

Brasil x Mundo

Meio Ambiente
Índices do Setor
Exportações
Fusões e Aquisições
Top Players
Subnichos
Aquicultura
Covid X Setor
Importação
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Highlights

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama Brasil x Mundo

No que tange a agricultura, temos 5 países que se destacam pela produção de grãos, sendo eles:

  • China: Por prover alimentos para mais de 1 bilhão de habitantes, o país se destaca na produção agrícola, sendo o maior produtor de arroz do mundo, além de serem fortes na produção de milho, cevada e oleaginosas. Atualmente, são responsáveis por ¼ de toda a comida produzida no mundo;
  • Estados Unidos: Os dois produtos mais comercializados são a soja e o milho, seguidos pelos frutos secos. O país é, hoje, o maior exportador agrícola do mundo, atingindo mais de US$160 bilhões em 2021;
  • Brasil: O maior produtor de soja e exportador de milho do mundo, além de ser o maior produtor de açúcar e café.

No Brasil o setor de saúde deve movimentar no País até o final de 2021 cerca de R$ 313,9 bilhões, o que representa um acréscimo de 13,8% em comparação a 2020 e de 21,8% em relação a 2019. Além disso, os brasileiros devem desembolsar R$ 160,9 bilhões só com planos de saúde e tratamentos, e quase R$ 153 bilhões com medicamentos em 2021. Já em relação a participação no PIB o setor de saúde representa 8% do Produto Interno Bruto.

  • Índia: No país, 58% da população trabalha no campo, representando 18% do PIB indiano. Durante os últimos 14 anos, houve um crescimento de 11% no setor, representando grande evolução. O país é, hoje, um dos principais produtores de trigo e leite no mundo;
  • Rússia: No país, 124 milhões de hectares são de terras cultivadas, produzindo cerca de 70% do total de grãos consumidos nacionalmente. Os produtos mais produzidos são o trigo e a beterraba. Além da produção, a exportação na Rússia também apresentou crescimento, com aumento de 20% em 2020.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a produtividade agrícola, em 58 anos, cresceu 155,7%. Os maiores saltos foram evidenciados nos cereais (204%, com destaque para trigo, arroz e milho), oleaginosas (102,6%), plantações de açúcar (85,4%) e frutas (81,6%).

É válido salientar que, no que tange agricultura, há grande destaque para pequenos agricultores familiares, que produzem, atualmente, cerca de 35% dos alimentos do mundo, com estimativa de mais de 608 milhões de fazendas familiares no mundo.

Cabe a ressalva que há grande discrepância entre países: enquanto na China o valor chega a 80% dos alimentos fornecidos no país, em países como o Brasil e a Nigéria o valor não ultrapassa os 10%.

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% foi o aumento da produtividade em 58 anos

MEIO AMBIENTE

O ano de 2020, com a chegada do Covid 19, o meio ambiente foi amplamente prejudicado com o aumento dos descartes relacionados à doença, como materiais hospitalares e máscaras, o que foram principais causas para ser o 3º ano mais quente da história. Em contramão, vemos que foi um ano importante para a redução da emissão de gases de efeito estufa, com queda de 8,8% nas emissões de dióxido de carbono (CO²) quando comparado a 2019. Quando analisamos o ano de 2021, o grande destaque foi para o desmatamento: o território total desmatado na Amazônia foi de 8.712 km², sendo a 2ª pior média histórica do país.


O ano de 2020 foi fundamental para a agricultura brasileira, com recorde na produção nacional, sendo o equivalente a R$470,5 bilhões, representando um crescimento anual de 30,4%. De forma geral, não houve apenas o recorde do valor da produção, como aumento da área plantada (crescimento de 2,7%) e da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas (crescimento de 5%).

Os principais  motivos para o aumento e resultados positivos no ano de 2020 foi o recorde histórico na produção de grãos, bem como a elevação dos preços agrícolas no mercado. No ano em destaque, a soja foi uma das principais culturas para a safra, com crescimento de 6,5% em comparação a 2019. De maneira geral, os estados que se destacaram foram, principalmente, Mato Grosso, seguido da Bahia e do Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, o Sudeste agrupa mais da metade dos médicos do país – 53,2% – que atendem 42,1% da população brasileira. O estado de São Paulo concentra mais de um quarto dos médicos – 28,1% do total – para atender uma população que representa 21,9% do país. Estados do Sul e do Centro-Oeste têm distribuição mais equilibrada, com presenças bastante próximas de médicos e população.

SOJA – R$169.100.228
MILHO – R$73.949.252
CANA DE AÇÚCAR – R$60.800.886
CAFÉ – R$27.254.184
24%
ALGODÃO – R$19.127.892
20%
ARROZ – R$11.631.701
16%
LARANJA – R$10.898.251
14%

Segundo o Governo Federal, a perspectiva da produção de grãos para os próximos 10 anos é de um crescimento de 27%, chegando a 333 milhões de toneladas, sendo uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. Provavelmente, a soja, milho e algodão continuarão sendo os grandes carros chefes da produção de grãos brasileira.

ÍNDICES QUE ENVOLVEM O SETOR

FLORESTAS PÚBLICAS

EXPORTAÇÕES

FUSÕES E AQUISIÇÕES

O ano de 2021 foi muito interessante no que tange as M&As do agronegócio, com, de Janeiro a Outubro, 41 transações anunciadas no Brasil (Em 2020, no mesmo período, haviam 11 transações). O grande destaque, de fato, foi para as Agtechs, que foi responsável por 16 das 41 transações, além de empresas de produção de insumos agrícolas. A maioria das transações foi feita entre organizações brasileiras, com destaque para investidores estratégicos, ou seja, que já atuam no setor.

TOP PLAYERS

Cooperativa Agrária Agroindustrial

A empresa está localizada em Guarapuava, no Paraná, além de ter sede em Entre Rios, onde atua desde 1951, seguindo no ramo de a pesquisa agrícola até a industrialização.

As principais culturas produzidas são soja, milho, trigo e cevada.

Possuem:

  • ISO 9001:2015
  • ISO 14001:2015

ISO 45001:2018

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US$ Bilhoes de Faturamento anual

São Martinho S/A

A empresa foi iniciada na Itália e, no Brasil, iniciou sua trajetória no interior de São Paulo, em 1914. Atualmente, é composta por 4 usinas  e possui mais de 350.000 hectares de área agrícola de colheita, sendo 100% da colheita mecanizada. Durante a safra de 2019/2020, obteve margem recorde de 22,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moídas.

Fazenda Bela Vista

A empresa teve início em 1960 em Tapiratiba e Guaxupé, municípios na divisa entre São Paulo e Minas Gerais. É especializada em leites, cremes de leite e requeijões, iogurte (copo e líquidos), queijos, manteiga e sucos. Seu rebanho é composto por vacas holandesas de alto padrão genético e tem como principal produto o Laticínio – Leite A.

Slc Agrícola S/A

A empresa foi fundada em 1977, com a produção de soja, algodão e milho, além da criação de gado, integrando a lavoura e a pecuária. Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em Bolsa de Valores.

Atualmente, possuem 22 unidades de produção em 7 estados brasileiros.

Bom futuro agrícola Ltda

Em Rondonópolis, no Mato Grosso, foi criada a empresa em 1982. Suas áreas de atuação são segmentadas em:

  • Agrícola;
  • Pecuária;
  • Piscicultura;
  • Sementes;
  • Energia;
  • Aeroportuário;
  • Imobiliário;
  • No que tange a lavoura, possui 33 fazendas, além de 6 usinas de energia, 17 áreas destinadas à pecuária, 3 áreas de produção de piscicultura, entre outros.

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US$ Bilhoes de Faturamento anual
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US$ Bilhoes de Faturamento anual
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US$ Bilhoes de Faturamento anual
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US$ Bilhoes de Faturamento anual

SUBNICHOS

PECUÁRIA

Em 2020 o PIB do Brasil foi de R$ 7,4 trilhões, uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior. Apesar dessa queda, o PIB da Pecuária no mesmo período aumentou sua representatividade no PIB total, passando de 8,4% para 10%, evidenciando a força do setor na economia brasileira.

Como conclusão, vemos que há uma migração do consumo de proteínas bovinas para frangos, ovos e suínos (com destaque para frango), muito atrelado à alta variação de preços dos mesmos. Por isso, vemos, ao longo dos anos, a variação positiva na evolução dos rebanhos de porco e frangos, bem como a negativa de bois. Dentro do segmento das proteínas bovinas, vemos a transição para um consumo de carnes de menor qualidade (de segunda-dianteiras), como forma de continuar o consumo por um preço menor, o que está muito atrelado, também, à diminuição do poder aquisitivo da população por conta da atual crise econômica.

Os procedimentos cirúrgicos programados foram cancelados ou adiados e, em 2020, tiveram uma redução média de 59,8%, nos sistemas público e privado. Em algumas regiões do país, essa baixa nas operações chegou a 90%, com 1,3 milhão de cirurgias que foram suspensas somente no SUS.

Evolução do rebanho bovino brasileiro por região – milhões de cabeças

Com base no gráfico ao lado, conseguimos perceber a evolução do rebanho bovino com grande crescimento no Norte, que representava um percentual ínfimo nas primeiras colunas do gráfico e, em 2019, possuía rebanho maior que o do Nordeste, por exemplo, bem como o crescimento do rebanho no Centro Oeste, que, assim como o Norte, possuía um percentual baixo e, nos últimos anos, continha o maior market-share deste mercado.

AQUICULTURA

O Brasil é, hoje, um dos grandes produtores da proteína animal referente à aquicultura, com grande variedade de espécies de água doce e salgada.

Hoje, o Brasileiro consome, em média, 10,19 kg/ano da proteína, sendo o valor mais baixo desde 2010.

COVID X SETOR

Primeiramente, no que tange o Covid, é válido salientar que as alterações do meio ambiente causadas pelo ser humano, como utilização da terra e mudanças climáticas são fatores determinantes no surgimento de zoonoses, ou seja, doenças transmitidas através de animais.

Com a vinda do Covid-19, vemos grandes impactos no meio ambiente em todo o mundo, com a produção de mais de 8,4 milhões de toneladas de resíduos plásticos em excesso, principalmente advindo de hospitais através de máscaras, luvas descartáveis, seringas, etc, sendo grande parte dos resíduos descartados em aterros. Dos resíduos descartados, uma parte foi incinerada e, aproximadamente, 25 mil toneladas foram lançadas nos oceanos.

IMPORTAÇÃO

Durante o ano de 2021, o Brasil bateu recordes de importação de commodities, com crescimento de 42% nos gastos com grãos (atrelado à aceleração do preço internacional dos commodities), devido ao longo período de estiagem no Brasil, que afetou a lavoura nacional. Durante o primeiro semestre, o Brasil importou 102% a mais de milho pela perspectiva de falta e não suprimento da demanda. Já com a soja, as compras externas aumentaram em 92%, com grande destaque para a China.

A importação de soja, mesmo o Brasil sendo o maior exportador do mundo, foi necessária devido a crescente demanda nacional e os recordes de venda para a China. Entre Janeiro e Outubro de 2021 e considerando apenas trigo, milho, arroz e soja, foram importados 8,9 milhões de toneladas, 15% a mais que o mesmo período do ano anterior.

SOJA

O Brasil, durante o ano de 2021, aumentou em 5,2% o volume de soja exportada, com uma quantia de 86,628 milhões de toneladas.

EXPORTAÇÃO – Soja 2021

MILHO

A exportação de milho, desde 2020, vêm em queda contínua quando comparado a 2019. Em 2020, o volume diminuiu em 15,5%, seguido de -71% em 2021.


BIG PICTURE

O Brasil bateu recordes de importação de commodities em 2021

Crescimento de 272% nas M&As em 2021

A produtividade agrícola, em 58 anos, cresceu 155,7%

O Brasil é o 5º maior produtor agrícola

2021 foi a 2ª pior média histórica do país em desmatamento

O Brasil é o maior exportador de soja do mundo

Número de empresas por região e faixa de faturamento(US$)

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

AS 5 FORÇAS DE PORTER

É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico


Entrantes Potenciais – Médio

Alto know how técnico sobre as áreas, porém, em alguns casos custo inicial acessível; Demanda em crescimento, o que diminui riscos e aumenta confiança para entrada de competidores.

Produtos Substitutos – Alto

Mercado bastante diverso e com números de opções variadas para substituição. Marcas tendem a não ser únicas, com isso no mercado sempre existem serviços similares.

Poder dos Fornecedores- Médio

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a percepção de diferenciação de tipos de serviços englobados pelos players de mercado.

Poder dos Compradores – Médio

Poder dos compradores, tendo em vista que certos tipos de variedades podem ser exclusivas para certos tipos de dores, no entanto há uma série de produtos para o comprador também levar em consideração.

Rivalidade entre players – Médio

Competitividade agressiva entre as marcas, marketing agressivo e margem de lucro cada vez mais apertada. No entanto, devido a grande demanda advindo do momento atual de transformações sustentáveis que o mundo busca, observa-se que possui mercado vasto para exploração.

OPORTUNIDADES

O mercado de Meio Ambiente, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Inovações tecnológicas sustentáveis

O mercado está caminhando para uma valorização prioritária do tech e do sustentável, empresas buscam investir em iniciativas que tocam esse quesito para enquadramento em normas fiscais, mas também visando um melhor posicionamento institucional da marca.

Ações governamentais

Iniciativas dos governos Federal e Estaduais impulsionam o desenvolvimento do mercado sustentável. Parcerias público-privadas também vem crescendo nesse quesito.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Multinacionais estrangeiras

Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se tornam cada vez mais fortes e tendem a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players. Havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.

Flutuação cambial

A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representa altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. Investimentos na área sustentável acabam sofrendo bastante com essa flutuação.

TENDÊNCIAS

O agronegócio é, atualmente, um dos principais sustentadores do PIB brasileiro. Para 2022, a perspectiva, segundo o CNA e o Cepea, é de um aumento de 5% nos resultados do agronegócio, caso se confirme a safra recorde de um volume 14% maior que em 2021, de 289 milhões de toneladas. O clima no ano de 2022 será melhor para o produtor brasileiro, o que será fundamental para o aumento do volume da safra.

0
% De aumento nos resultados do PIB do agronegócio

Em 2022, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) inicia uma estratégia a médio prazo, que conta com 7 principais subprogramas para o meio ambiente:

1.Ação climática;

2.Ação química e poluição;

3.Ação da natureza;

4.Políticas científicas;

5.Governança ambiental;

6.Transformações financeiras e econômicas;

7.Transformações digitais.

No que tange o Brasil, vemos uma grande movimentação para a digitalização do setor: segundo a McKinsey & Company, em 2019, mais de 47% dos produtores agrícolas utilizavam tecnologia de alta precisão na safra, sendo um valor mais alto que o dos Estados Unidos.

Hoje, a digitalização é utilizada para diversas funções, como:

  • Pesquisa de preço de insumos;
  • Mapeamento da lavoura;
  • Planejamento de atividades;
  • Tomar decisões.
  •  

Muito da transição para uma agricultura mais digital no Brasil é advinda de empresas de máquinas e equipamento e startups agrícolas, conhecidas como agtechs.

NOVOS APPS

OLIO

É um aplicativo voltado para a sustentabilidade, com o objetivo de diminuir os desperdícios de alimento. O Olio utiliza da geolocalização para identificação de usuários próximos, permitindo o anúncio gratuito de sobras em refeições, seja em casa ou estabelecimento comercial.

SAI DESSE BANHO

Também voltado para a sustentabilidade mas com o objetivo da diminuição do desperdício de água, o aplicativo propõe desafios ao usuário de reduzir o tempo do banho em alguns minutos, informando quantos litros de água foram economizados.

CATAKI

O aplicativo reúne pessoas com consciência ambiental e de reciclagem, de forma a oferecer contato de catadores mais próximo da região do usuário.

AGROMERCADO

O Agromercado provê, para os produtores, cotações agropecuárias, acompanhamento as atualizações diárias de diversos itens.

ADAMA ALVO

O aplicativo ajuda na identificação de pragas no campo, como insetos, ervas invasoras e doenças , com identificação por fotos, além de informações sobre as principais ameaças às lavouras brasileiras, oferecendo, assim, o tratamento indicado.

GRÃO DIRETO

O aplicativo faz a conexão entre os produtores rurais e os compradores de grãos, podendo negociar, dentro do aplicativo, milho, soja e etc.

AEGRO

O Aegro é um aplicativo de gerenciamento para auxílio na lavoura, que conta com planejamento e orçamento de safras, monitoramento de estoques, de pragas, controles de custo, etc.

TENDÊNCIAS DE CONSUMO

Sabe-se que, atualmente, há grande transição para hábitos de consumo mais saudáveis, por isso, a demanda por alimentos com menor quantidade de conservantes é alta, visando um consumo mais natural.  Há, também, um aumento da quantidade de veganos no Brasil, com mais de 14% da população sem o consumo de carne. Esse dado é importante para vermos a perspectiva de uma maior demanda dos grãos, como forma de substituição da proteína, à exemplo da soja. Sabe-se, também, que alimentos feitos à base de plantas são, naturalmente, com maiores preços agregados. Por isso, vemos a movimentação para uma maior universalização deste setor, como a Plant & Bean, que planeja tornar alimentos à base de plantas acessíveis a todos na Europa.

INOVAÇÃO PRO SETOR
TECNOLOGIA 5G

A China vêm, atualmente, investindo seus recursos na implementação de tecnologia 5G no processo industrial alimentício, sendo necessária pelo fato de receberem e transmitirem grandes quantidades de dados. As redes 5G tornam o processamento de dados e a comunicação entre os dispositivos e servidores mais rápidos e com maiores potências, de forma a aumentar a competitividade, eficiência e produção da indústria alimentícia, além de permitir monitoramento em tempo real mais eficiente pela equipe, quase que instantaneamente.

HIGHLIGHTS

“O setor de agricultura foi um dos setores beneficiados pela pandemia, com o aumento da demanda por grãos e o aumento dos preços dos produtos, por isso, foi ano recorde no que tange o faturamento atrelado. Com o impulsionamento no ano de 2020 e as novas tecnologias pra o segmento, a perspectiva é de um crescimento interessante para os próximos anos com o aumento da produção em 27% até a safra de 2030/31.
O meio ambiente é, também, um setor que, há alguns anos vêm ganhando muita visibilidade pelo grande impacto das ações humanas que refletem diretamente, como o aumento das temperaturas globais e mudanças climáticas. Por isso, há, mundialmente, grande pressão e planejamento para utilização viável e menos impactante do meio ambiente.”

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
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Cervejas Artesanais-Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

  • O setor cervejeiro no Brasil vêm continuamente demonstrando crescimento, que mesmo tendo desacelerado nos últimos anos, ainda se mantém consistente e relevante. Isso é evidenciado pelo número de estabelecimentos que de 2019 para 2020 mostrou um aumento de 14,4%. Já para 2021, o crescimento foi de 12%. 
  • Essa desaceleração pode ser explicada pelo desenvolvimento rápido e acumulado desse setor que, desde 2000, cresce a cada ano, tendo seu auge de desenvolvimento em 2016, quando atingiu uma  incrível marca de 48.5%.

São Paulo também se mantém como o estado com maior número de estabelecimentos ativos, com 340 cervejarias, tendo também o maior aumento em relação ao ano anterior, registrando a abertura de 55 novos estabelecimentos. Mas outro estado que chama atenção é o Espírito Santo que nos últimos 5 anos, mostrou uma média anual de crescimento de 53,5%, sendo a maior do país no período. 

No último ano também foi notada uma maior dispersão das cervejarias pelo Brasil, em 2021 existiam cervejarias espalhadas por 672 municípios, um aumento de 10,3% comparado ao ano anterior. Outra importante marca alcançada foi o aumento no número de produtos registrados no ano, o Brasil atingiu o total de 35.741 produtos, um aumento de 5,2% em 2021, chegando a um total de mais de 1000 produtos novos no mercado, mostrando a grande busca por novidades e inovações.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Highlights
Fim
Adicione o texto do seu título aqui

PANORAMA MUNDIAL

Comparativamente, o mercado cervejeiro global foi avaliado em 743.8 bilhões de dólares em 2020 para 680.9 bilhões em 2021. E segundo a Grand View Research, espera-se um CAGR de 7.0% até 2030, uma evolução bem expressiva do setor.

Tratando especificamente das cervejas artesanais, segundo o grupo Imarc, o valor do mercado atingiu 103.85 bilhões de dólares e espera-se que até 2027, esse montante chegue a marca de 200.62 bilhões, o que demonstraria um CAGR de 11.20% no período 2022-2027.

Segundo uma pesquisa publicada em 2020 pela Barth-Haas Group, o Brasil é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, apenas atrás de China e Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), a produção nacional é de aproximadamente 14 bilhões de litros por ano e representa 1,6% do PIB, com faturamento de 100 bilhões de reais por ano e uma geração de 2,7 milhões de empregos.

COVID X SETOR

A Pandemia afetou diretamente o faturamento do setor, o mesmo continuou crescendo mesmo em 2020, porém em um ritmo menor do que o demonstrado nos anos anteriores, a partir do anuário de 2021 disponibilizado pela CervBrasil, fica notável a queda no crescimento dos principais índices de desenvolvimento do setor como a quantidade de estabelecimentos registrados que em 2019 o crescimento era de 36% e em 2020, o número caiu para 14%, ou o número de produtos registrados que antes da pandemia, em 2019, mesmo em baixa, obtinha uma marca de 64% de acréscimo e em 2020 esse número caiu para 33,2% e em 2021 caiu ainda mais, registrando uma marca de 5,2%, podendo indicar uma estabilidade nos produtos que circulam no mercado atualmente, e uma mudança no perfil de investimento dos players já atuantes no mercado, que de buscar sempre inovar cada vez mais nos produtos, agora tem outras áreas de interesse. 

Outra grande mudança causada pela pandemia foi uma drástica mudança nos hábitos de consumo, onde os clientes deixaram de frequentar os bares, para beber em casa, segundo a pesquisa conduzida pelo Credit Suisse, além da mudança de hábitos, os consumidores também têm bebido mesmo, 64% dos respondentes alegaram beber em média 3 vezes na semana, contra 77% antes da pandemia, além de uma maior preferência por marcas mais baratas (42% demonstrou essa preferência) 

PERFIL DO CONSUMIDOR

Adentrando em detalhes do público geral, segundo uma pesquisa realizada pela Mind Miners em parceria com a AT Kearney, o maior público são os homens entre 25 e 40 anos de classe A e B, tanto em bares, quanto em casa. Público esse que aponta grande interesse sobre as cervejas artesanais por sua diferenciação das bebidas industriais com relação ao sabor

 

Entre os motivos apontados pelos entrevistados para preferir uma cerveja artesanal, estão o sabor diferenciado, o apoio à cultura cervejeira artesanal, a diversidade de rótulos, a influência de amigos e até o fato de que consumir cerveja artesanal está na moda.

Ao comparar cervejas artesanais com cervejas de larga escala, 77% dos entrevistados dizem que a diferença de sabor entre as duas é gritante, 59% concordam que a cerveja artesanal agrega mais qualidade ao produto e 45% dizem preferir consumir menos quantidade de uma bebida artesanal do que mais quantidade de uma cerveja industrializada.

 

Já entre os que não consomem bebidas artesanais, as razões apontadas foram a falta de oportunidade – em surpreendentes 72% dos casos –, o preço (13%)  e o fato de não gostarem do sabor (12%).

 

O levantamento ainda mostra um recorte regional interessante para o consumo das artesanais. Enquanto nas regiões Sul e Sudeste, 18% e 15% dos entrevistados, respectivamente, dizem consumir cervejas artesanais com frequência, apenas 3% dos entrevistados da região Nordeste afirmaram o mesmo. Por outro lado, os números ficam mais parecidos quando são analisados os entrevistados que dizem já ter experimentado cervejas artesanais algumas vezes – 53% na região Sul, 57% na região Sudeste e 43% no Nordeste.

 

Outro recorte apresentado no questionário ajuda a entender o perfil do público. Segundo a pesquisa, homens de classe alta e com idades entre 25 a 40 anos são os principais consumidores de rótulos artesanais. Se for analisada a frequência de consumo, os homens entrevistados informaram ainda beber mais cervejas artesanais em casa e em bares do que as mulheres ( 53% e 44% contra 42% e 35%, respectivamente).

Ao observar o consumo de artesanais entre os mais jovens – com idades entre 18 e 24 anos, apenas 28% dos consumidores dizem beber cervejas artesanais em casa, contra uma média de 51% nas demais faixas etárias. Entre este público estão ainda os que informaram consumi-las com menos frequência em quaisquer lugares, sejam restaurantes, bares, baladas e outros eventos sociais.

ÍNDICES DO SETOR

Número de cervejarias por ano:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Um grande indicativo do crescimento do setor é o contínuo crescimento no número de cervejarias sendo abertas ano a ano.

Em compensação, o crescimento vem sendo reduzido desde a pandemia, 2021 registrou a pior média desde 2010, com 12%.

Isso pode ser associado tanto à pandemia, como também ao crescimento acumulado por tantos anos, possa haver uma estabilidade no setor.

Número de cervejarias por estado:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Analisando os números por estado, os maiores destaques ficam com São Paulo e Espírito Santo, o primeiro por ser a única unidade federativa a superar a marca de 340 estabelecimentos e o segundo pelo percentual de 53,5% de crescimento médio ao ano.

Outro detalhe interessante é perceber que a média anual de Santa Catarina já supera a do Rio Grande do Sul, e caso seja mantida, em breve o estado tende a alcançar a segunda colocação no ranking dos lugares com mais estabelecimentos ativos no país.

Número de produtos registrados por ano:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Com relação as inovações, a curva de crescimento tem caído cada vez mais, mas o número bruto da quantidade de produtos é impressionante, com quase 36 mil produtos registrados no ano, isso mostra um recorde da produção brasileira, mas o decréscimo da curva indica uma maior estabilidade dos produtos no mercado.

Número de produtos registrados por estado:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Olhando os números por estado, é possível perceber detalhes interessantes sobre as inovações no setor cervejeiro no país, o principal destaque é São Paulo que além de ter mais que o dobro de registros do segundo lugar, ainda possui a segunda melhor média por estabelecimento do Brasil.

Outra informação impressionante é a média de Alagoas, com cerca de 35 produtos por estabelecimento,

IMPORTAÇÕES X EXPORTAÇÕES

Balança comercial do mercado de cerveja no Brasil:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Relação valor/peso da exportação de cerveja brasileira em 2021 (%):​

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Um dos pontos mais fortes da indústria cervejeira nacional são as incríveis médias na balança comercial, onde as exportações evoluem exponencialmente, e mantém-se uma baixa quantidade de importações, em 2021, o Brasil exportou mais de 241 mil toneladas de cerveja para 71 países ao redor do mundo, o que faturou mais de 131 milhões de dólares, gastando apenas pouco mais de 15 milhões em importações em aproximadamente 18 mil toneladas da bebida.

A balança comercial dessa forma se faz extremamente positiva, mas ainda há uma desvalorização da bebida brasileira, com relação a alguns países, como é possível enxergar fazendo a relação de valor por peso, que mostra que o valor médio (em dólar) de importação por quilo é $0,86, que junto com 2017, são os menores valores médios pagos pelo Brasil, o que indica uma melhora nesse aspecto, mas que ainda não equivale aos $0,55 da média de exportação.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Com relação aos grandes players do mercado, 2022 não foi um ano de muitas movimentações externas das empresas, foco foi mais interno como por exemplo a Ambev que tomou um rumo de realizar menos aquisições e focar os investimentos em desenvolver tecnologias, tanto em meios de produção quanto principalmente em novos marketplaces, como seu aplicativo B to C “Zé Delivery”, que funciona de maneira parecida com o Ifood, mas promovendo principalmente rótulos da marca e também a ampliação do app B to B “Bees”, que mesmo tendo sido criado apenas em 2021, a empresa afirma que já conseguiu digitalizar 88% dos seus clientes e está diretamente conectada ao Bees Bank, um serviço de conta digital e crédito para os seus clientes.

Mas como destaque, vale ressaltar a fusão entre a CBCA e a Startup Brewing, a intenção das marcas é dobrar a capacidade de produção e atingir um faturamento de 70 milhões de reais ainda em 2022. O acordo foi assinado em julho, mas mesmo com pouco tempo, a expectativa das empresas é a melhor possível, com um total de três fábricas, estima-se que a produção pode atingir 500 mil litros mensais.

ANÁLISE DOS PLAYERS

No ramo das cervejas artesanais, existem grandes empresas quase endêmicas, que por mais sucesso que consigam, seu foco se mostra mais à nível regional do que nacional, visando dominar cada vez mais o mercado daquela região ou estado, ao invés de expandir para novos lugares por isso, a ideia foi detalhar os players por alguns estados.

Pernambuco


A Ekaut teve o início de sua atividade no dia 23 de outubro de 2014 e seu nome foi inspirado em Albert Eckhout, um dos primeiros pintores a pintar paisagens do nordeste do Brasil para o mundo.  Assim possuindo sua proposta extremamente bairrista, enaltecendo a tradução da arte e inovação, consequentemente produzindo cerveja de qualidade.

O faturamento da Ekaut é de cerca de 9.38 Milhões de dólares ao ano.

A Debron teve o início de sua atividade no dia 28 de março de 2014 e seu principal foco é no sabor, exprimindo a tradição de seu tom forte através da pureza alemã (Reinheitsgebot). Dessa maneira, a marca apresenta seis tipos de cervejas artesanais, para agregar uma variedade de sabores ao consumidor.

O faturamento da Debron é de cerca de 5.97 Milhões de dólares ao ano.

São Paulo


A Schornstein teve o início de sua atividade no dia 30 de janeiro de 2006, nascendo em Santa Catarina, mas possuindo sua primeira sede em São Paulo. A cerveja Schornstein é uma cerveja com apenas 5% de teor alcoólico, sendo fabricada com trigo, especiarias, coentro, laranja e tangerina. 

O faturamento da Schornstein é de cerca de 13.65  Milhões de dólares ao ano.

A Colorado teve o início de sua atividade no dia 15 de setembro de 1996, nascendo em Ribeirão Preto, São Paulo. Desde a sua fundação, a Colorado tem como foco valorizar a utilização de ingredientes nacionais em suas cervejas. Mel, graviola, rapadura, uvaia, frutas vermelhas, castanha do Pará, mandioca, café, paçoca, goiaba, mate, limão e garapa são alguns dos ingredientes do Brasil que já foram utilizados nas receitas. 

O faturamento da Colorado é englobado no total da AMBEV, sendo cerca de 6  Bilhões de dólares ao ano.

Rio Grande do Sul


A Salva teve o início de sua atividade no dia 22 de julho de 2014, nascendo no Rio Grande do Sul. Possui um grande foco em manter a cerveja extremamente artesanal e humanizada, passando isso em sua forma de se comunicar com o público e com um estilo próprio, fazer da bebida uma experiência.

O faturamento da Salva é de cerca de 9.38 Milhões de dólares ao ano

A Stier Bier teve o início de sua atividade no dia 9 de agosto de 2013, nascendo no Rio Grande do Sul. A marca tem um enorme foco na qualidade do seu produto, ganhando premiações e ostentando o título de melhor IPA (Indian Pale Ale) do Brasil, pelo primeiro lugar obtido no concurso brasileiro de cervejas de 2020.

O faturamento da Stier é de cerca de 7.39 Milhões de dólares ao ano.

Minas Gerais


A Loba teve o início de sua atividade no dia 07 de agosto de 2013, fabricando cervejas especiais 100% maltadas, sem adição de cereais não maltados, mantendo assim, a tradição das mais conceituadas cervejas do mundo. 

O faturamento da Loba é de cerca de 2.84  Milhões de dólares ao ano.

A Antuérpia teve o início de sua atividade no dia 03 de novembro de 2005, sendo uma cerveja original de Juiz de Fora, situada na zona da mata mineira. A cerveja possui várias linhas para agregar o custo benefício ideal para diferentes consumidores, além de trazer à tona diferentes sabores.

O faturamento da Antuérpia é de cerca de 1.53  Milhões de dólares ao ano.

Big Picture

1.549 cervejarias
com fábricas próprias.

1,2
Milhões de pontos de venda por todo país

1,6% Do PIB nacional.

99%
Dos lares são atendidos
pela indústria cervejeira

14,1 Bilhões de litros no ano.

R$130 Milhões em Exportações
em 2021

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Apesar de ser um segmento com players grandes e bem estabelecidos, o mercado de cerveja é aquecido, está em constante crescimento e possui uma barreira de entrada pequena, por isso, a possibilidade de novos entrantes é alta.

Produtos Substitutos – Alta

Um dos grandes elementos motivadores dos consumidores de cervejas artesanais é a inovação no sabor, além disso, o número de produtos registrados só cresce ano após ano, por isso novos produtos podem surgir a qualquer momento.

Poder dos Fornecedores- Média

Tendo em vista a grande quantidade de players similares e a alta capacidade de diferenciação entre os produtos.

Poder dos Compradores – Alta

Devido à variedade de opções, faz com que, muitas vezes, a variável do preço seja o elemento mais importante no momento da escolha.

Rivalidade entre players – Alta

Considerando a grande quantidade de estabelecimentos e a constante busca pela diferenciação, podemos considerar que há grande rivalidade entre os players.

OPORTUNIDADES

O mercado de Cervejas Artesanais traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Marca atrelada à cidade da produção

Por ser um setor em crescimento durante os últimos anos porém com pequena taxa de exportação para outras unidades federativas, as cervejas artesanais tendem a ser mais consumidas e atreladas a seu local de origem, é muito comum que em cada lugar, se tenham marcas diferentes e muitas sendo endêmicas daquela região.

Produção sob encomenda

Com as cervejarias artesanais, há a possibilidade de produção sob encomenda para seus clientes como, por exemplo, com seu nome próprio, rótulo único e sabor exclusivo, agregando valor para o consumidor no ato da compra.

Estrutura pequena, montada para expansão

Os estabelecimentos de cervejarias artesanais se iniciam com estrutura pequena por serem, usualmente, empresas familiares, com instalações mais simples e volumes reduzidos, o que ajuda no custo, diminuindo o aporte inicial que o empreendedor precisa aplicar caso queira iniciar sua produção nesse mercado.

Produção nichada

Pelo fato de as cervejas artesanais serem produzidas com menor volume comparado às cervejas industriais, torna-se mais fácil a produção para um nicho específico da população, à exemplo de cervejas com baixo teor de gordura, de álcool e também, de produção com novas técnicas de aplicação de lúpulo.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Novos entrantes

Como mostrado nas 5 forças de Porter, existe um alto potencial de entrantes no setor de cervejas artesanais, uma vez que o preço de entrada é acessível. Assim, aumenta-se consideravelmente a quantidade de players e, consequentemente, a concorrência.

Concorrência regional e nacional

Relacionado com o tópico descrito acima, a concorrência regional e nacional de cervejarias artesanais pode ser considerada uma ameaça devido à quantidade de estabelecimentos dentro do setor, tanto em nível regional para uma cervejaria que está começando, como também para uma empresa com um nível de maturidade maior, que ainda assim teria uma concorrência ainda mais qualificada e complicada de se enfrentar.

Tributação alta

Na produção de cervejas, os insumos, normalmente, são provindos de outros países, por exemplo dos Estados Unidos e Europa. Os impostos cobrados chegam até 60% do preço da garrafa que é vendida para o consumidor. 

As cervejas artesanais custam, em média, 3 vezes mais do que as industriais para serem produzidas, mas, por serem fábricas de bebidas alcóolicas, as cervejarias artesanais são consideradas macro cervejarias pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, por isso, pagam os mesmos tributos de cervejarias industriais, mesmo produzindo em menor volume.

TENDÊNCIAS

Queda no consumo, sem paralisá-lo

Em pesquisa feita pelo aplicativo Annie com usuários do sistema Android, 71% das pessoas responderam que sua renda foi ou será impactada pela crise do coronavírus. A diminuição dos recursos entre os consumidores é um óbvio motivador para a queda de consumo.

 A ideia é que essa queda seja revertida nos próximos anos, com a redução da crise, e as cervejarias se mostram cada vez mais preparadas para atender a demanda, ano a ano aumentando a produção, a quantidade de estabelecimentos no país e o número de possibilidades disponíveis no mercado.

Consumo mais engajado

Para muitos consumidores, a preferência por comprar de empresas que possuem atuação social, com ações de solidariedade e sustentabilidade, não é algo novo. Mas o número de pessoas que aderiram a marcas com esse engajamento cresceu exponencialmente durante a pandemia.


Uso da tecnologia para compras e consumo

Tecnologia para comprar produtos e serviços online não é novidade. Mas nunca houve antes uma demanda tão grande do consumidor por encontrar aquilo que precisa de maneira digital. Delivery – O sistema de entrega em domicílio chegou para ficar. De olho na qualidade desse serviço, as cervejarias passaram a dar mais atenção às questões de distribuição, transporte e armazenamento dos produtos, de forma que o produto chegue ao consumidor o mais fresco possível.

Mudança na definição de itens essenciais

Unindo as três tendências anteriores, surge uma quarta. O fato do consumidor ter menos dinheiro disponível, sofrer o impacto dos problemas sociais e precisar da tecnologia para pesquisar e comprar faz, assim, com que ele escolha muito bem quais produtos e serviços devem ser consumidos. Os itens essenciais se tornam o foco, muitas vezes, único.


Evolução das tecnologias de produção

Além das mudanças e da impulsão dos aplicativos de Delivery, as empresas seguem modernizando também os meios de produção e controle de qualidade, como máquinas até para medir o amargo da cerveja, novos tipos de lúpulo, entre várias outras inovações que podem revolucionar maneira de produzir cerveja no mundo, com muitos processos padronizados e automatizados, que diminuem o risco de problemas na produção.

Novos sabores

O mercado de cervejas tem buscado cada vez mais a utilização de novas matérias-primas, tecnologias e insumos, com o objetivo de trazer novos sabores e aromas à bebida. O Brasil está em posição de destaque como fornecedor de matéria-prima, pela grande variedade de frutas disponíveis no país, e também pelos tipos de madeira utilizados no envelhecimento das bebidas.


Novos microrganismos

A indústria cervejeira tem investido em novidades na produção. Bactérias e leveduras, antes tratadas como contaminantes, hoje fazem parte do processo de fabricação. Novos microrganismos têm sido testados, criando percepções sensoriais da bebida, que durante muito tempo primou pela tradição em sua fabricação.

As azedinhas vieram para ficar

Muitos especialistas estão cantando essa bola ano a ano. Mas foi em 2020 que as cervejas ácidas realmente despontaram na avaliação. Grande parte das cervejarias têm pelo menos uma opção de cervejas Sours. Na verdade, trata-se de uma grande categoria que engloba vários estilos com acidez elevada! Muitos deles são leves, refrescantes, adicionados de frutas e ideais para o calorão do verão brasileiro. Novidades nessa área são a Imperial ou Double Sours, feitas para ter maior teor alcoólico, e o crescimento das Sours mais complexas.


Mercado fitness e nutrição

Há alguns anos que o mercado global de cervejas vem enfrentando uma perda de volume. Em parte, por conta de uma preocupação crescente das pessoas com a saúde. O crescimento das cervejas low carb, sem álcool e sem glúten, por exemplo, são uma tentativa do mercado recuperar esse público. O sucesso estrondoso da Heineken 0.0% no Brasil deve trazer à tona em breve novas cervejas artesanais sem álcool.

HIGHLIGHTS

“O mercado cervejeiro em geral vem se mostrando cada vez mais crescente, mercado extremamente aquecido, com novidades o tempo todo. Faz parte do dia a dia da maioria dos brasileiros, tomar cerveja, e a bola da vez são as cervejas artesanais, que vem pra ficar.

Trazendo um leque muito maior ao público, para que até pessoas que normalmente não são consumidoras da bebida, tenham seu interesse despertado pelas diferentes características das novas cervejas, sejam pelos novos sabores, por não possuir gordura, entre vários outros fatores.

O mercado que já é enorme, só tende a crescer, e as cervejas artesanais tomarem cada vez mais o espaço das industriais, mas em compensação é também um setor extremamente competitivo, com cada vez mais players, e alguns gigantes no mercado, fica difícil encontrar um espaço para crescer, mas ainda existe a janela de oportunidade de ser pioneiro em diversas regiões.”

Robson Duarte – Product Analyst I

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
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Coworking – Q4 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

NÚMEROS DO BRASIL

A ideia de espaços abertos não é nova no mundo, e há relatos históricos de ambientes de trabalho compartilhados antes mesmo do século 20. Entretanto, notícias apontam que o surgimento do coworking como conhecemos datam de meados da década de 1990 na Europa e do início dos anos 2000 nos Estados Unidos.
No Brasil, a primeira experiência que se teve com a palavra coworking é datada do ano de 2007, embora a Delta Business Coworking já disponibilizasse ambientes de trabalho compartilhados desde 2004, sob os nomes de “business center” ou “escritórios virtuais”.

A expansão do modelo no país só ocorreu a partir da década de 2010. De acordo com o Censo Coworking Brasil, o país passou de 238 espaços em 2015, para 1.497 em 2019, um crescimento de mais de seis vezes em quatro anos.

O número de pessoas por espaço compartilhado também aumentou: em 2015, havia cerca de 6.500 posições de trabalho, uma média de 27 pessoas por local; em 2019, esse número saltou para 39, totalizando 58.383 trabalhadores adeptos do modelo.

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Concentração

Mundo
Investimento
Plano de Saúde
Expansão do Mercado
Franquias
Covid x Setor
Procedimentos Estéticos
Análise dos Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Panorama dos próximos anos
Prontuários digitais
Realidade Aumentada e Virtual
Sistema de Gestão Integrada

EVOLUÇÃO DO COWORKING NO BRASIL

Depois da explosão de 2017, em 2018 o mercado começou a se organizar e amadurecer para continuar evoluindo de forma mais sustentável. Em 2017 teve um crescimento espantoso, com o mercado mais do que dobrando de tamanho. Já em 2018 essa taxa cai um pouco, como esperado, mas continua acelerada. O que foi visto em 2019, foi a continuidade de uma evolução importante no mercado. Com crescimento de 25% em relação a 2018, foi possível perceber novos players entrando no segmento, e cada vez mais empresas tentando otimizar espaços ociosos.

Segundo dados do Censo Coworking 2019 que realizou um estudo com todos os municípios com mais de 150 mil habitantes, existem cerca 1.497 espaços conhecidos de coworking, distribuídos entre 195 municípios do Brasil.

RANKING DOS MERCADOS BRASILEIROS

O coworking agora chega a 195 municípios brasileiros, mantendo Roraima como o único estado onde não foi registrado um espaço ativo.

NÚMEROS DO SETOR

ESTRUTURA E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

É percebido uma grande pluralização do perfil dos espaços. Não existe “espaço ideal”. Cada um dos coworkings vem experimentando diferentes tipos de estrutura, com diferentes serviços e testando o que funciona. Ao passo que um pequeno espaço aposta na proximidade do fundador com os membros, shoppings espalhados pelo Brasil confiam na sua atratividade para inaugurar espaços de trabalho. Ainda segundo o Censo 2019 realizado pelo Coworking Brasil, obteve-se os seguintes números:

IMPACTO DA PANDEMIA

O mercado brasileiro de coworkings foi muito afetado ao longo do primeiro semestre de 2020, especialmente pela queda do faturamento com o fechamento de alguns espaços, em razão da pandemia provocada pela Covid-19.

Em julho, contudo, após ajustes em relação aos protocolos de segurança, foi percebida uma recuperação de 70% em relação ao mês anterior e que vem crescendo de maneira gradual.

Esse é um movimento que vem acontecendo no Brasil e no mundo, uma vez que empresas de diversos perfis e tamanhos buscam os espaços em virtude de um novo contexto que exige redução de custo, flexibilidade dos seus contratos e retenção dos colaboradores.

Apesar de muitos pontos negativos, a pandemia também trouxe impactos positivos, como a experiência do anywhere office, modelo de trabalho que permite que o trabalhador execute suas atividades de onde e como quiser.

Uma pesquisa divulgada recentemente pela empresa de consultoria norte-americana McKinsey, realizada com 100 executivos do país, revelou que no futuro pós-pandemia, nove em cada 10 organizações combinarão trabalho remoto com trabalho presencial.

Por fim, vale ressaltar que esta nova forma de trabalho se tornará cada vez mais comum, mas não será para todos. Há funções que necessitam do funcionário 100% na empresa. Já para as funções não essenciais de desempenho local, os executivos acreditam que seus colaboradores deverão estar presentes entre 20% e 80% do tempo.

AS ESTRATÉGIAS PARA SOBREVIVÊNCIA

De descontos para manter os membros antigos até vouchers promocionais para captar o público do home-office, foram algumas das estratégias que os gestores utilizam para manter as contas girando.

Um dado relevante foi encontrado, quando comparada a média de dias fechados com número de contratos cancelados. O resultado: os espaços que ficaram mais de 77 dias fechados, perderam mais de 70%, enquanto os que pararam apenas por 47 dias tiveram uma redução com menos de 30%.

CONSOLIDAÇÃO NO MERCADO

Mudanças na rotina – 60% dos brasileiros ouvidos por uma pesquisa global da consultoria Accenture disseram que o empregador mudou ou vai mudar funções ou estrutura da equipe para se adaptar a novos modelos de trabalho. No total, a pesquisa entrevistou 9,6 mil pessoas em todo o mundo, sendo 512 do Brasil.

Preferência pelo híbrido – Entre 2 mil profissionais ouvidos pela JLL, empresa especializada em serviços imobiliários, 66% disseram querer um modelo híbrido de trabalho, tendo o coworking como local de trabalho associado ao escritório e ao home office. Já 24% querem trabalhar remotamente e apenas 10% deseja retornar ao escritório em tempo integral.

POR QUE INVESTIR NO SETOR?

A grande vantagem é que os custos da infraestrutura são diluídos por todos os participantes. Por isso, o espaço compartilhado é muito procurado por empreendedores individuais, freelancers e microempresas.

No entanto, a estrutura fornecida pela administradora atrai empresas de grande porte. Salas privativas, salas de reunião e auditórios são alguns dos espaços preferidos desse público, uma vez que é possível atender uma quantidade maior de clientes e manter a equipe unida e focada em um ambiente com maior privacidade.

Segundo o mesmo censo da Coworking Brasil, somente em 2018, a receita média anual foi de R$ 319 mil, sendo R$ 107 mil de lucro — representando uma margem de lucro em torno dos 33%.

OS PRINCIPAIS CUSTOS

O investimento inicial consiste principalmente no imóvel onde você vai montar a estrutura. A partir daí, e preciso avaliar as condições do lugar para definir quais são as obras necessárias para abrir o espaço.

Os demais custos que impactam bastante o orçamento são o mobiliário, a climatização e o cabeamento estruturado. Embora o Wi-Fi possa ser um bom recurso no início, à medida que o número de coworkers aumenta, a rede sem fio fica sobrecarregada. Assim, um cabeamento estruturado de qualidade é essencial.

O Coworking Brasil chegou a um valor médio de R$ 277 mil como investimento inicial. O valor pode chegar a  R$ 1000 por m². No entanto, com uma boa negociação com fornecedores, é possível deixar esse valor ainda mais barato.

Fonte: Coworking Brasil; Bruna Lofego.

NÚMERO DE EMPRESAS NO SETOR

PERFIL DE CONSUMO

De acordo com o Censo 2019 realizado pelo Coworking Brasil, foi possível observar um salto na média de coworkers residentes por espaço, subindo de 21 para 39. Os contratos mensais também assumem a liderança com larga vantagem, representando 73% de todos os coworkers.

Com um mercado tão novo, era natural que o tempo de turnover nos estudos anteriores fosse relativamente baixo. Agora, com espaços há mais tempo no jogo, os números começam a fazer mais sentido. Mais da metade dos coworkers já permanece ao menos 6 meses nos espaços. Em 2019, os contratos acima de 12 meses cresceram 30% em relação a 2018. As buscas orgânicas no Google permanece como um dos métodos mais efetivos para encontrar novos coworkers, e os espaços continuam alimentando uma competição saudável, com 77% dos founders indicando clientes para espaços vizinhos.

ANÁLISE DOS PLAYERS

o número de coworkings tem aumentado cada vez mais, em vários países. Estima-se, atualmente, mais de 6 mil espaços de coworking no mundo. Eles atendem aos mais variados nichos, com estilos, formatos e inovações que atraem cada vez mais profissionais. Existe quem faz uma assinatura mensal, semanal ou até diária para usufruir do serviço de acordo com a sua demanda. Os espaços de coworking oferecem serviços de escritório com qualidade e sob a demanda do cliente. O atendimento é personalizado para garantir que o profissional se sinta confortável, seguro e com o bem-estar garantido para exercer seu trabalho em alto nível.

Casa Vermelha Coworking

Coworking Casa Vermelha foi fundado em 2015 com o intuito de proporcionar aos empresários e microempreendedores um ambiente descontraído e agradável para que possam sediar suas empresas. A casa possui 4 salas principais, almoço caseiro, opções de bebidas e sneakers, além do conforto, é ofertado serviço de limpeza, recepção, copa – café, chá e água à vontade- sistema de segurança, sistema dual balance (internet 200Mb/ 60Mb), impressão e endereço Fiscal.


0
Mil US$ de faturamento

Nós Coworking

O Nós Coworking, considerado um dos melhores coworkings da América Latina, possui uma rede de mais de 600 coworkers e uma super estrutura para hospedar empreendedores de alto impacto. Sua sede fica localizada em um prédio histórico quase no centro de Porto Alegre, onde antigamente funcionava a cervejaria Brahma.


0
Mil US$ de faturamento

Spaces Vila Madalena

O Spaces foi criado em Amsterdam, com a proposta de ser um local de trabalho onde “sucesso gera mais sucesso”. A rede está presente em mais de 20 países e, na América do Sul, tem dois coworkings, ambos em São Paulo – o da Vila Madalena e o da Vila Olímpia. Na Vila Madalena, o prédio é exclusivamente para o Spaces, com cinco andares e 5 mil m² de escritórios.


0
Mil US$ de faturamento

Tropos — Ambiente Colaborativo

A Tropos oferece espaços para atividades diversas: estações de trabalho compartilhadas (coworking) em área interna e externa, espaços para reunião, cursos, treinamento, sala privativa e escritório virtual. Ao ar livre, a casa dispõe ainda de serviços de gastronomia , jardinagem e programação artística de música, artes visuais, cinema e literatura.


0
Mil US$ de faturamento

Big Picture

1497
É o número de espaços conhecidos até 2019.

388
É o número de espaços compartilhados somente em São Paulo.

R$ 277 mil
É o investimento médio inicial para abertura de um coworking.

R$ 130 Milhões
É o faturamento do setor de coworking em 2019

33%
É a porcentagem estimada da margem de lucro de um coworking

88%
Dos espaços de coworkings são multidisciplinar, sem segmento específico.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

O investimento inicial para abertura de um coworking se torna um pouco alto. Entretanto, o retorno chama bastante atenção de possíveis empreendedores.

Produtos Substitutos – Média

O mercado de coworking vem como um suporte para grandes empresas que vem transformando o local de trabalho. Além disso, os grandes cafés podem se tornar substitutos desses locais.

Poder dos Fornecedores – Baixa

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a grande quantidade de players similares (difícil diferenciação).

Poder dos Compradores – Média

Poder dos compradores, tendo em vista que os mais variados coworkings que se tem no mercado possuem os mais diversos preços, desde os mais acessíveis até os mais caros, a depender da estrutura oferecida.

Rivalidade entre players – Média

O mercado é bastante robusto e está em constante crescimento. Nesse sentido, surgem a cada dia diversos players que se dividem no setor.

Oportunidades

O mercado de Coworking, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Localização

a localização do seu Coworking deve condizer com o público-alvo que ele quer atingir e tem que estar estrategicamente localizado dentro da região que escolher. Não adianta montar uma bela estrutura, numa linda casa num bairro nobre da cidade, se o seu público-alvo não se interessa por estar naquele bairro.

Serviços especiais

Assessoria, contabilidade e serviços financeiros são grandes diferenciais de um espaço de coworking. Isso permite que um cliente possa utilizar mais de um serviço da empresa, e unificar suas soluções em um só lugar. E o dono do coworking sai ganhando com isso, claro, por conseguir fidelizar melhor o cliente.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Forte concorrência de cafés

Muitas pessoas optam por trabalhar em cafeterias pela facilidade de encontrar uma e até pelo baixo custo. Juntando a possibilidade das cafeterias terem um portifólio de alimentação maior.

Falta De Segurança

Medidas de segurança devem fazer parte de toda infraestrutura do coworking. Nesse quesito, é importante investir em sistemas de alarme, câmera e contratação de profissional para esse fim.

A integridade física das pessoas que frequentam esse espaço também deve ser levada em consideração. Para isso, é necessário contar com extintores de incêndio, manutenção das redes elétrica e hidráulica e manutenção predial, a fim de evitar acidentes.

TENDÊNCIAS

PANORAMA DOS PRÓXIMOS ANOS

Nos últimos anos, os espaços de cowork têm vindo a aumentar progressivamente. Estes espaços não subsistem por si só. Eles são feitos de pessoas e para pessoas. Por essa razão, quem os promove não pode deixar de ir ao encontro das necessidades atuais de quem os procura para ali se estabelecer, quer temporariamente ou com carácter mais permanente. Os coworkings estão sendo procurados para substituir o antigo modelo de escritório que conhecemos, principalmente pelas startups de tecnologia e empresas de pequeno porte. Segundo um levantamento do Censo Coworking Brasil, em 2016, o pais registrou um crescimento desse tipo de escritório acima dos 100% e a tendência é aumentar ainda mais. Os estados que estão mais adeptos a esse tipo de espaço são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

FOCO NA EXPERIÊNCIA DO UTILIZADOR E NA FLEXIBILIDADE

Utilização da tecnologia para encontrar uma solução simples para que os clientes do coworking possam fazer as reservas dos espaços/postos de trabalho disponíveis, nomeadamente através de aplicações digitais para o efeito e da disponibilização das respetivas informações nos websites dos operadores/promotores.


TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A AUTOMAÇÃO DOS ESPAÇOS

Transformação dos espaços de coworking em áreas dinâmicas inteligentes. Procurando a diferenciação, os operadores de coworking devem manter os espaços equipados com as tecnologias mais recentes, dotando-os com equipamentos modernos e de última geração, onde não poderá faltar a possibilidade de utilização de dispositivos eletrónicos sem fio. A implementação de soluções de inovação visa melhorar e simplificar significativamente a experiência do coworking.

Fonte: Empvision.

COWORKS PET FRIENDLY

Coworks em todo o mundo começam a oferecer áreas Pet Friendly, onde os clientes podem deixar os seus animais de estimação circular livremente. Estudos demonstram que estes espaços tendem a reduzir o stress e ansiedade, favorecendo a interação/ambiente criativo.

Fonte: Empvision.


CRIAÇÃO DE ESPAÇOS DE COWORK EM HÓTEIS, CENTROS COMERCIAIS E ESCRITÓRIOS

Hóteis, centros comerciais e escritórios já começam a servir de palco ao conceito de coworking, quer através da criação de novos espaços para o efeito, quer através da reafectação de espaços outrora subaproveitados, permitindo assim uma maior rentabilidade dos imóveis, ao mesmo tempo que proporcionam a junção de atividades de lazer com o (tele)trabalho.

Fonte: Empvision.

Fonte: Empvision.

SOFTWARE PARA COWORKING E ESCRITÓRIO VIRTUAL

Essa é uma ferramenta para facilitar a rotina de um coworking. No dia a dia de trabalho precisará cadastrar clientes, emitir boletos de cobranças, enviar notas fiscais e controlar guias de pagamentos. As ferramentas te ajudam nessas e outras atividades que fazem parte da gestão da empresa. A verdade é que boa parte do que você faz de forma manual pode ser facilitado com a tecnologia.

Com um sistema de gestão você consegue, inclusive, reduzir as perdas financeiras ao longo do ano. Por meio da ferramenta, é possível ter uma atuação mais eficiente, com controle do desempenho, planejamento de atividades e facilitação na tomada de decisão

PRINCIPAIS SOFTWARES

QuickBooks ZeroPaper

O software de armazenamento em nuvem é voltado para a área financeira de pequenas e médias empresas. A plataforma oferece ferramentas para o fluxo de caixa, relatórios, NF-E integrada, emissão de boletos, importação de informações bancárias, dentre outras atividades importantes.

Com o QuickBooks ZeroPaper é possível importar as informações de planilhas de excel para o programa. Isso é interessante para garantir que os dados ficarão reunidos em um único espaço, o que é recomendado para não perder nada. A versão gratuita ainda está na fase de teste, mas os planos pagos têm opções para todos os bolsos.

ConexaApp

Um bom software para coworking e escritório virtual deve ser pensado para resolver as principais questões. O ConexaApp é um desses recursos que ameniza os conflitos da rotina profissional e libera tempo na sua agenda.

Ele atua na parte de CRM, com os registros detalhados dos clientes, na parte operacional, em ações como controle de acesso, internet, impressão, telefonia, reserva de salas, faturamento, financeiro e facilita a emissão de relatórios. Todo o pacote de gerenciamento necessário.

OpenSev

Grande parte da evolução de uma empresa está relacionada com a sua capacidade de analisar os dados atuais, por isso, vale a pena ter um software para coworking e escritório virtual que ajude com essa tarefa.

O OpenSev é bastante útil para tarefas como: realização de cadastro de clientes, banco de dados de contadores e funcionários, administração de correspondências e telefonia, controle de vendas, cobranças e impressão de contratos. A emissão de boletos e notas fiscais também pode ser feita pela plataforma sem muito trabalho.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Consultoria Q4 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

Em reflexo da pandemia, o setor que só vinha a crescer apresentou certo período de recessão, indicando uma perspectiva de incerteza quanto à sua velocidade de recuperação. Com isso, um estudo redigido em 2021 pela KPMG, realizado com 500 CEOs, indicou que somente 45% dos gestores acreditavam que o mercado voltaria ao normal em 2022 e 24% acreditam que o modelo de negócio foi alterado para sempre em função da pandemia. Dessa maneira, o mercado de consultoria é um mercado bastante promissor, tendo em vista que se recuperou mais rápido que as expectativas, mas ainda possui uma grande influência por eventos externos como a pandemia, apresentando certo risco para o segmento.

 

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Tamanho do Brasil X USA

Perfil do Consumidor
Covid X Setor
Adaptações ao Novo Mercado
Players de Mercado
Mudanças de Cenário e Ambiente
Impacto nos Setores em Geral
Cenário Pós 2020
Prioridades do Mercado
Diversificações na Atuação
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Necessidades do Segmento
Perspectivas para 2022
Highlights

Tamanho do Brasil X USA

Em 2019, os Estados Unidos foi o país com a maior participação do mercado, movimentando cerca de US$ 71 Bilhões, representando aproximadamente 44,5% do total. Já o Brasil representou cerca de 0,8% do cenário mundial, que soma US$ 1,28 Bilhão. Já em 2020, com os impactos decorrentes da pandemia do Covid-19 estima-se um recuo de 19% em relação ao ano anterior, caindo para o valor de US$ 132 Bilhões. Em contrapartida, o Brasil prevê um crescimento para no PIB de 0,37% para o segmento de consultoria no ano 2023 enquanto em boa parte dos setores o mundo como um todo entra em recessão.

Realidade do Brasil e América do Sul

Na América do Sul é possível se constatar que ao analisar as empresas por tipo e dar enfoque ao segmento de consultoria de gestão e consultoria estratégica é notável o destaque de ambas no setor para o ano de 2018, atestando assim o valor estimado de 1 Bilhão e 790 Milhões respectivamente. Para o Brasil, existem duas principais atividades utilizadas para enquadrar as empresas de consultoria na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), sendo elas: 7020-4/00 (Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica) e 6204-0/00 (Consultoria em Tecnologia da Informação). 

Empresas de Consultoria no Brasil

Considerando o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) de consultorias de gestão é possível se evidenciar uma quantidade total próxima de 90 mil, onde o estado que mais apresenta tal classificação de empresa é São Paulo, que conta com pouco mais de 35 mil consultorias. Vale-se ressaltar que das empresas visualizadas pouco mais de 50 mil são micro empresas.

PERFIL DO CONSUMIDOR

Primeiramente, os serviços são majoritariamente ofertados a outras empresas as quais agregam a necessidade de receber algum tipo de auxílio em determinada área e com isso as consultorias aplicam suas metodologias para sanar tal problemática. De maneira, geral o público agrega empresas que não possuem profissionais com conhecimento técnico para executar determinadas manobras na empresa, ou seja, muitas vezes uma empresa de menor porte. Ademais, para as grandes empresas, tal serviço é adquirido pelo alto nível de especificação da execução da atividade, nível o qual mesmo com conhecimento técnico é mais eficiente solicitar ajuda de um especialista, assim necessitando do auxílio de terceiros para solucionar a situação.

O consumidor de consultoria espera em um primeiro contanto uma sensação de confiança sendo passada pela parte da empresa prestadora do serviço, através da demonstrações de gatilhos de venda como autoridade, para tornar evidente a experiência da empresa e todo o seu conhecimento, assim tranquilizando o cliente. Tal elo de confiança é fundamental, pois um motivo de negação a esse gênero de serviço por gestores é o sentimento de incerteza em abrir sua empresa para terceiros e não poder metrificar a eficácia do investimento.

Outro ponto relevante é a segmentação do público, ou seja, entender se o foco da consultoria é atender empresas de um porte grande, médio ou pequeno, entender se o público vem principalmente de algum segmento específico, entender se em determinado período do ano há mais demanda e se há por que tipo de serviço. Esses fatores tendem a variar dentre os vários nichos de consultoria, portanto devem ser visualizados separadamente.

COVID X SETOR

Indústria Global de Consultoria

Adaptações ao Novo Mercado

Para o segmento de consultoria se recuperar da situação gerada pela pandemia do Covid-19 foi necessário traçar novas estratégias de negócio. Nesse contexto, surgiram cada vez mais demandas de serviços voltados à consultoria em gestão devido ao alto crescimento econômico no mercado europeu, investimentos públicos, a terceirização de operações de back-end para economias de baixo custo e as reformas regulatórias no setor financeiro. Dessa maneira, é esperado que o crescimento econômico mais rápido, venha em conjunto da consultoria digital e a ascensão da globalização impulsionando ainda mais o crescimento.

Ainda no contexto da pandemia, muitas empresas estão constantemente tentando reduzir custos e aumentar sua eficiência para assim transferir os custos economizados para os clientes e assim amenizar o impacto gerado pela grande concorrência que as consultorias tendem a enfrentar. Tal realidade está levando a um aumento da demanda por improvisação de processos voltados aos negócios e consultorias ligadas a eficiência operacional.

ANÁLISE DOS PLAYERS

Ernst Young

N° de funcionários: 366.114

Trata-se da líder global em auditoria, impostos, transações e consultoria.

Deloitte.

N° de funcionários: 460.372

Presta serviços de auditoria, consultoria fiscal, financial advisory, risk advisory, consultoria fiscal.

PWC

N° de funcionários: 270.308

Presta serviços de auditoria e asseguração, consultoria tributária e societária, consultoria de negócios e assessoria em transações.

KPMG

N° de funcionários: 238.036

A KPMG é uma organização global de firmas independentes que prestam serviços profissionais nas áreas de Audit, Tax e Advisory.

Mudança de Cenário e de Ambiente

 

As empresas de consultoria enfrentam um macroambiente com um nível de complexidade cada vez maior no qual devem continuar a prestar a melhor assessoria. Com isso, são as próprias características do setor que tendem a gerar esse tipo de problema. Dessa maneira, tais empresas estão entregando cada vez mais projetos no exterior e até trabalhando como subcontratados de empresas parceiras e independentes. Ademais, entregar projetos de maneira rápida com assertividade e eficácia, juntamente com prazos apertados, orçamentos e preocupações em garantir a satisfação do cliente, é o que torna o mercado e a própria execução do serviço complexa.

Impacto nos Setores em Geral

Apesar de a pandemia ter impactado negativamente vários setores, é esperado que algumas empresas de consultoria aproveitem a onda de alta demanda e cresçam bastante. A partir disso, a tendência é que empresas maiores contratam consultorias para analisar cenários futuros do mercado, entender a viabilidade de novos produtos ou mapear estratégias a serem usadas pela própria contratante Outras empresas podem precisar também de auxílio para digitalizar sua operação que é uma demanda que existe internamente no mercado de consultorias, exibindo assim um leque de possibilidades a serem exploradas pelo segmento.

Cenário Pós 2020

Em 2021 o segmento iniciou uma rápida recuperação e já apresentou melhoras, tendo como sua principal razão a vocação empreendedora no país. Dessa maneira, o Laboratório da Consultoria atestou que 76,7% das novas contratações virão do setor privado, sendo a maior parte taxa de empresas de serviços, correspondendo assim a um acréscimo de 74%.

Tal informação também indica que apesar do bom resultado em quantidade de empreendedores, não há uma condição semelhante quando a realidade é voltada a resultado financeiro, muitas vezes por conta da falta de produtividade e competitividade, assim abrindo margem para a necessidade de ajuda de terceiros, como consultorias.

Prioridades do Mercado

A decorrência das solicitações de empresas por serviços de consultoria, é reflexo do aumento do padrão de qualidade exigido pelo mercado, no consumo de bens ou serviços no geral. Além das pessoas estarem mais conscientes quanto a realização de uma seleção natural das empresas, ou seja, aquelas que não se adaptarem às mudanças serão colocadas de lado e perderão o ritmo de jogo. Com isso, a prioridade para empresas do nicho é procurar maneiras de se reinventar em razão da alta quantidade de concorrentes que foram geradas em razão de toda a demanda, podendo dar foco a efetividade de seus processos, diferenciação de seus serviços e sua estrutura de empresa como um todo.

Diversificações na Atuação

No intuito de se adaptar às novas demandas, tendo em vista a realidade atual, se faz extremamente relevante que ocorra um investimento na digitalização das empresas de consultoria, para assim conseguir competir com mais efetividade em relação aos grandes players. Dessa forma, o mercado brasileiro em geral tende a perder muito caso a digitalização tardia das pequenas consultorias continue acontecendo, em função da dependência das pequenas e médias empresas que por falta de dinheiro para investimento, tendem a recorrer a pequenas consultorias. Ademais, como alternativa para essa situação, se torna uma saída bem mais viável adquirir uma franquia do ramo, com um modelo de negócio e processos já estruturados e validados. O momento atual é uma grande oportunidade para adequação às necessidades do mercado, abrindo margem para crescimento de várias empresas.

Big Picture

Os tópicos listados a seguir apontam os principais dados do mercado de consultoria dos próximos anos, apontando assim o rumo que o mercado vai seguir, indicando de modo geral o seu crescimento.

ANÁLISES INTERNAS DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Para o mercado de consultorias focadas em pequenas empresas existem poucas barreiras de entradas considerando que exista o mínimo de know-how, sendo assim de fácil entrada;

Produtos Substitutos – Baixa

Tratando do mercado de consultorias diretamente, não há produto ou serviço que o substitua integralmente de modo geral, então a substituição não é tão impactante;

Poder dos Fornecedores – Baixo

Tratando os fornecedores como os softwares que auxiliam o monitoramento e execução dos serviços de consultorias, existem muitas opções, não sendo uma real dificuldade.

Poder dos Compradores – Alto

Para a realidade dos compradores, existe uma infinidade de consultorias que realizam o básico em relação a gestão e termos ligados a ela, aumentando a cartela de opções do público.

Rivalidade entre players – Alta

Indo de paralelo ao poder dos compradores, a rivalidade entre os players é um fator frequente, já que devido a alta quantidade de players o mercado se torna disputado.

OPORTUNIDADES

No tocante à oportunidades de mercado o mercado de e Consultoria, traz consigo excelentes oportunidades e cabe ao gestor estar atento e preparado para elas.

Demanda em Larga Escala

Com a pandemia surgiram muitos problemas internos nas consultorias em relação a adaptação com a nova realidade. Porém, também surgiram muitas empresas que precisavam de auxílio com questões semelhantes e muitas outras questões que aumentavam a necessidade da contratação profissional para tal resolução. Assim, a demanda por consultorias aumentou e tende a permanecer em alta.

Amplitude no Espaço de Atuação

Com a pandemia houve a necessidade de se adaptar à nova realidade presente e com isso muitas empresas investiram na sua digitalização, ajudando com a nova necessidade, mas também amplificando muitos os resultados por atender uma demanda maior de clientes, tendo em vista as novas formas de contato.

AMEAÇAS

Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se prepara e se antecipar a eventuais problemas futuros.

Alta Concorrência

Com o período de instabilidade gerado pela pandemia, surgiu a oportunidade de auxiliar quem precisava de direcionamento em sua empresa. Contudo, isso gerou uma intensificação na quantidade de empresas que realizavam tal tipo de serviço, em reflexo da criação de mais empresas do segmento, assim aumentando a concorrência.

Falta de Diferenciação

Considerando a alta no número de concorrentes para o segmento, é fundamental que haja diferenciação no modo de trabalho da empresa, em seus processos, e na sua área de atuação. Empresas que não se diferenciam acabam por ser substituídas por outras com uma proposta semelhante e uma proposta com valor mais interessante.

TENDÊNCIAS

Em momentos de mudanças no mercado e instabilidade de outras empresas é onde se abrem as portas para guiar os clientes de consultorias para uma saída mais oportuna, já que nesse momento é onde há mais demanda e oportunidade de inovar. Ainda em reflexo do período difícil gerado pela pandemia do Covid-19, as evoluções geradas pela adaptação ao novo mercado contribuíram para a digitalização de método de trabalho, ajudando assim no avanço do segmento e o colocando numa crescente ainda maior

Necessidades do Segmento

Segundo um estudo realizado pelo MIT Technology Review em 2021, foi constatado que 45,7% da empresas brasileiras já estão implementando o processo de transformação digital, 30,5% estão focadas na fase de desenvolvimento e método de abordagem e apenas 1,9% das empresas como um todo não apresentam nenhum plano real de mudança. Contudo, os consultores autônomos e as pequenas consultorias ainda enfrentam alguns desafios ligados a essa realidade, tendo em vista que eles somam 83% do mercado de consultores e conforme indicado pelo Laboratório de consultoria, ainda não estão adequados à nova realidade.

Perspectivas para 2022

Para traçar uma métrica de evolução, ao analisar o grande player de mercado AdopTI, é perceptível que seu resultado em 2021 foi muito promissor, faturando cerca de 35 Milhões de reais em vendas, 90% de crescimento em relação ao ano anterior. Além de que para 2022 as projeções também são bem otimistas, assim mantendo a perspectiva de faturar 45 Milhões, tendo em vista a ampliação da empresa em portfólio e espaço físico.

Expansão do Setor

Através de várias pesquisas realizadas por Robert Half, pelo Fórum Econômico Mundial e Comissão Europeia, foi constatada uma crescente muito grande para o segmento, a qual era previsto que o mercado de consultoria tende a crescer 50% até o ano de 2025. Tal crescimento significativo aborda o cenário apenas do Brasil, ou seja, em uma escala mundial pode crescer um pouco mais ou menos. Com isso, para assegurar a permanência em um mercado tão competitivo que tende a ficar ainda mais disputado após o crescimento, deve-se investir na capacitação dos consultores para poder agregar mais serviços com mais qualidade aos clientes, já que, 85% dos consultores já estão buscando esse tipo de aprimoramento e treinamentos para suas competências. 

Panorama dos Próximos Anos

Acredita-se que no período de 2021 até 2026 o mercado de consultoria expanda a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 4,3%. Com isso, se abriu margem para exibir uma maior taxa de crescimento no setor da consultoria financeira, onde são prestados serviços de auditoria, contabilidade, tributação, regulamentação, dentre outros. Além de auxiliar diretamente os clientes a implementar gestão de riscos, transformar as finanças e gerir seu compliance, influem diretamente no planejamento financeiro de projetos, questões fiscais, fusões, aquisições e até financiamentos.

Consultoria Financeira

Ao longo dos anos, a consultoria financeira apresentou um desempenho relativamente estável em consideração aos anos de crise e suas consequências, sendo impulsionadas por um grupo de fatores. Em razão das instabilidades econômicas a demanda por turnarounds e gerenciamento de crises cresceu bastante, além de um pouco depois a demanda de serviços de consultoria contábil e gerenciamento de riscos também entrou em um período de alta, principalmente no setor de serviços financeiros.

Indicativos do Mercado

O  maior mercado identificado do setor foi o Norte Americano e o que cresce mais rápido é o Pacifico-Asiatico, indicando mercados fortes que tendem a evoluir daqui para frente. Apesar de que, em 2020 foi observado uma enorme contração, transformações digitais e projetos não discricionários em torno de risco continuaram razoáveis, enquanto áreas mais discricionárias foram fortemente atingidas. Contudo, nos próximos anos a tendência desses impactos é ser reduzida e que o setor se recupere, em virtude da mobilização dos governos para que sejam feitas reformas rigorosas de auditoria e regulamentações como o GDPR

Impacto dos EUA no mercado

Os Estados Unidos correspondem ao maior mercado de serviços de consultoria de geração de resultado no mundo, integrando as principais empresas globais do ramo. Ademais, em virtude da alta volatilidade do mercado norte americano, acompanhado de reformas voltadas a regulamentações governamentais, é gerada uma grande demanda de um auxílio externo para solucionar essa questão, tendo em vista a necessidade de assistência em suas operações financeiras em todo o país.

Indústria de Consultoria nos EUA

Os Estados Unidos são pioneiros no mercado e têm um papel significativo em trazer  avanços para o mercado global. Exemplos deles são os players citados anteriormente, como: Deloitte, Ey, KPMG e PWC. A indústria de serviços de consultoria no país se expandiu ao decorrer dos últimos anos, justamente devido ao aumento de pessoas empregadas no segmento, crescendo anualmente nos últimos cinco anos. Contudo, a questão mais complicada na visão dos especialistas na indústria regional é atrair e desenvolver novos negócios, com 40% dos gerentes seniores citando isso como um dos problemas que mais afetam.

Cenário Competitivo

O mercado de consultoria é bastante competitivo em função de seu número significativo de players regionais e globais. Tais players representam uma parcela de mercado considerável, assim concentrando-se na sua expansão para uma perspectiva mundial. Eles visam investir cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento, alianças estratégicas e seu planejamento de crescimento inorgânico e orgânico, visando se manter com um bom posicionamento no mercado.

Inovações do Setor

Considerando a grande quantidade de empresas de consultoria que desempenham os mesmos serviços, para realizar uma inovação quanto ao próprio modelo de negócio e se diferenciar das demais, uma saída é afunilar a área de atuação, assim segmentando o serviço ou produto vendido. Exemplos desses segmentos são o contábil, jurídico, comunicação, engenharia, ambiental, dentre muitos outros.

Sigilo e disclaimer

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

Overview do consultor

(Tiago Garcéa)

“O mercado de consultoria tende a desempenhar um crescimento expressivo a longo prazo, considerando principalmente a realidade do Brasil que se destaca não apenas no mercado como também no desempenho econômico como um todo.

De maneira geral, as empresas que possuírem como intuito demonstrar uma curva de crescimento maior, devem se especializar ainda mais para agregar algum diferencial de mercado, porque da mesma maneira que o mercado cresce aumentam as empresas de consultoria que realizam o básico em grande quantidade.”


RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Automotivo Q4 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

MUNDO X BRASIL

No 1T21, o PIB de Transportes avançou 1,3% na comparação anual e 3,6% na margem dessazonalizada, resultado acima do estimado. Para 2021, a expectativa foi revisada de +5,4% para alta de 8,7%. Para 2022, esperamos alta de 3,0% (ante expectativa anterior de +4,5%).

A revisão do PIB de Transportes foi motivada pela incorporação do último resultado acima do esperado e pela melhora da perspectiva para a atividade econômica doméstica (projeção para o PIB brasileiro passou de +2,7% para +4,4% em 2021), que tende a favorecer o transporte de cargas.

Após ligeira retração esperada para o 2T21, o PIB de Transportes deve retomar trajetória de crescimento a partir da segunda metade do ano, favorecido pela perspectiva de avanço da vacinação contra a covid-19, benéfica, sobretudo, para o transporte de passageiros nos modais aéreo e rodoviário.

Estimativa da Produção de Veículos no Mundo de 2000 até 2021

Através da análise do gráfico percebe-se que há uma constante de crescimento da produção de veículos a não ser pelos períodos de 2008 e 2009 onde foi impactada pela crise dos bancos americanos onde se desencadeou para diversos países e setores. Além disso, os anos de 2019, 2020 e 2021 também se mostram com uma certa queda por conta da escassez dos chips que são utilizados para fabricação de grande parte dos carros mas principalmente por causa da pandemia do covid-19.

Adicione o texto do seu título aqui
INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

Produção Global de Veículos em 2020, por País

China
21.09%
EUA
14.91%
Japão
10.5%
Alemanha
China
5.3%
Coreia do Sul
China
4.9%
México
China
4.5%
Índia
China
4.3%
Brasil
China
2.9%

  • A indústria automotiva vem ganhando cada vez mais destaque na América Latina, tanto no setor de produção, tanto no setor de vendas. Atualmente, o mercado é liderado por México e Brasil, os dois maiores integrantes de tal setor na região. Apesar da queda iminente na produção de veículos e peças diante da pandemia de COVID-19, dados já apresentavam que o mercado mexicano vinha em leve queda. De 2018 para 2019, houve uma queda na produção de mais de 90 mil veículos motorizados no país, alcançando um total de 4,01 milhões veículos produzidos. Enquanto no mesmo período, o Brasil aumentava sua produção em 63 mil veículos fabricados, chegando em um acumulado de 2,94 milhões.

    Esses são os números de veículos motorizados fabricados pelos maiores produtores da América Latina no último balanço divulgado em 2021:

A produção global de veículos vem muito forte nos países da China, EUA e Japão, o top 3 países que mais fabricam carros totalizam um percentual de 46,5%, ou seja, quase metade do total. 

É importante destacar a colocação do Brasil que apesar de estar no último lugar nessa tabela, ainda assim é o país oitavo país que mais produz carros convencionais em todo o mundo.

Número de carros de passageiros vendidos por Países Latino Americanos (por mil unidades)

Quando falamos de carros para passageiros (carros tradicionais) vimos que o Brasil ultrapassa o México com tranquilidade, visto que o forte dos Mexicanos são os veículos comerciais leves.

Os grandes destaques da América latina em 2021 são:

  1. Brasil = 1.558.470 veículos vendidos
  2. México = 520.110 veículos vendidos
  3. Argentina = 241.620 veículos vendidos

Atualmente no Brasil, o mercado automotivo é um dos que mais sofrem com a tributação, tanto para o consumidor final, tanto para os fabricantes e distribuidores de autopeças. Nesse contexto, o saldo registrado de geração de tributos diretos no ano de 2019 foi de 79,1 bilhões de reais. Em nível de comparação, o gráfico abaixo representa a participação dos tributos no preço final do consumidor em diferentes países:

BRASIL

Em maio de 2021, a produção automotiva total caiu 0,2% na margem dessazonalizada. Apesar de as
vendas internas estarem ganhando tração, em linha com o processo de flexibilização das medidas de
distanciamento social, o aumento da produção contínua sendo limitado pelos problemas de
abastecimento de insumos, diante das pressões nos preços.

No entanto, o resultado ocorre de forma discrepante entre os segmentos automotivos. O
desequilíbrio entre oferta e demanda prejudica a produção de veículos leves, enquanto a de pesados
sustenta melhor desempenho.

Para 2021, nossa projeção foi mantida, mas considerando redução na produção de veículos leves,
levando em conta as maiores dificuldades de recomposição de estoques e, por outro, aumento na
perspectiva da produção de caminhões.

Para 2022, a estimativa foi elevada, com aumento esperado para a produção de veículos leves. O
cenário contempla a normalização entre oferta e demanda do setor no 1S22. Além disso, o crescimento
adicional das vendas internas e das exportações deve beneficiar a produção. Mesmo que as incertezas
políticas derivadas das eleições presidenciais limitem um maior ímpeto do setor no próximo ano.

Projeções (realizadas em 2021):

ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO

Ao todo no Brasil, hoje são registradas 61 fábricas no país, em 10 estados diferentes e 42 municípios distribuídos pelo país. Desse total, 3 ficam localizadas no Nordeste, 4 no Centro-Oeste, 21 no Sul  e 35 no Sudeste. O estado com maior destaque na produção, contando com mais de 26 fábricas em seu território é o estado de São Paulo.

De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:

0
% de aumento na produção de veículos em 2022

Produção Total de Veículos

Em maio de 2021, a produção total caiu 0,2% na margem dessazonalizada, após alta de mesma magnitude em abril. Na variação anual, a forte taxa de crescimento (+347,6%) ainda reflete a base deprimida no mesmo período do ano passado (-84,4%). No mês, apesar do crescimento das vendas internas e externas, a escassez global de insumos necessários para a cadeia industrial limitou o desempenho da produção. Nesse sentido, os estoques seguem em níveis historicamente baixos,
somando apenas 96,5 mil unidades em maio, o que representa 15 dias de vendas.

O volume da produção total deve continuar reduzido nos próximos meses, uma vez que as pressões de custos de insumos limitam uma rápida recuperação, especialmente na produção de leves. No decorrer do 2S21, a produção total deve voltar a mostrar modesta aceleração, devido ao avanço da vacinação e, consequentemente, maior mobilidade e melhora nas vendas.

Para 2022, nossa projeção foi elevada de 9,2% para 15,0%, em linha com a melhora na produção de leves considerando a normalização entre oferta e demanda no 1S22. No mercado interno, as vendas devem mostrar maior crescimento em linha com a melhora da atividade, impulsionando a produção. Além disso, as exportações devem crescer com a retomada global pós pandemia.
De toda forma, as incertezas domésticas ligadas ao cenário político limitam a maior velocidade do setor, especialmente no 3T22.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Vendas Totais de Veículos

Em maio de 2021, as vendas internas cresceram 7,1% na margem dessazonalizada, após alta de 6,4% em abril. Apesar da alta, as vendas ainda estão 4,8% abaixo do resultado de fevereiro/21 – antes do endurecimento das medidas de isolamento. Na variação anual, as vendas cresceram 205,8%, ainda refletindo a fraca base em maio/20 (-74,9%). Assim, as vendas mostram gradual crescimento com a reabertura das atividades.

Para 2021, nossa projeção foi elevada, de 19,6% para 21,2%, em linha com a melhora na perspectiva para a atividade econômica e a revisão altista para massa de renda e concessões de crédito. Para o restante do ano, a dissipação das incertezas ligadas à pandemia, considerando os avanços da vacinação (cenário de que 70% da população seja vacinada até o final do ano), deve
impulsionar as contratações de emprego e expansão nas concessões de crédito para aquisição de veículos.

Para 2022, a projeção também foi revisada para cima (de 10,5% para 11,3%), considerando a base mais alta em 2021. As vendas devem manter maior dinamismo no próximo ano, com fatores adicionais positivos: i) redução da taxa de desemprego; e ii) menores níveis de juros bancários, com o aumento da competição e menor risco de crédito. Mesmo assim, no 2S22, as vendas devem mostrar ligeiro arrefecimento na margem, por causa das incertezas políticas elevadas com a proximidade da eleição.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Produção e vendas internas de veículos leves

Em maio, a produção de veículos leves recuou 0,4% na margem dessazonalizada, após alta de 1,4% no mês anterior. Na variação anual, a produção cresceu 368,9%, resultado da base de comparação mais fraca em maio de 2020, dado que no mesmo período do ano passado as fábricas ainda estavam adaptando a sua produção ao quadro pandêmico.

As vendas internas de veículos leves cresceram 7,6% na margem dessazonalizada, o segundo aumento consecutivo, recuperando parcialmente o recuou sofrido em mar/20 (-16,5%). Na variação anual, as vendas de leves cresceram 212,4%, expressivo resultado que reflete a base de comparação reduzida devido às medidas restritivas mais duras em mai/20.

Para 2021, a projeção para a produção foi reduzida, considerando que as maiores dificuldades de fornecimento de insumos devem limitar a recomposição dos estoques neste ano. Montadoras anunciaram paralisação da produção no início de junho por até 10 dias. Para as vendas internas e externas, no entanto, a projeção foi elevada, tendo em vista a melhora da atividade econômica. Assim, as vendas devem ganhar tração ao longo do 2S21, favorecendo, em parte, a produção.

Para 2022, a expectativa foi revisada para cima. Para a produção, o cenário considera a normalização dos estoques no 1S22. Além
disso, as vendas devem seguir elevadas, com a melhora do cenário doméstico. As exportações também devem mostrar maior dinamismo
ao longo de 2022, dada a recuperação econômica de países demandantes após a pandemia.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções


Produção e vendas internas de caminhões

Em maio de 2021, a produção de caminhões cresceu 4,1% na margem dessazonalizada (+243,1% YoY), após +13,6% em abril e atingiu o volume
mais alto desde 2014. O melhor desempenho acompanha o forte crescimento das vendas internas, que também alcançaram em maio os
níveis mais elevados desde 2014 (+17,5% MoMsa).

Para 2021, nossa projeção foi elevada, considerando o bom desempenho nos últimos meses e a melhora do cenário para vendas domésticas e externas de caminhões, bem como para a atividade econômica de forma geral. Para os próximos meses, o cenário é de manutenção de volumes elevados da produção do setor, acompanhando os níveis ainda altos das vendas domésticas. No entanto, a produção e as vendas do setor devem mostrar ligeira desaceleração no decorrer do ano, levando em conta: i) a relativa estabilidade de setores industriais demandantes; ii) a elevação da Selic, pressionando o custo de crédito para aquisições de bens; e iii) a normalização dos estoques.

Para 2022, a taxa de crescimento projetada para o setor foi reduzida, considerando a base mais forte em 2021. No próximo ano, além da continuidade de melhora dos setores demandantes, favorecendo as vendas, os juros bancários devem se reduzir com menores riscos de inadimplência, favorecendo novos financiamentos. O setor externo também deve continuar em crescimento, beneficiando as exportações. De toda forma, com a proximidade das eleições presidenciais, as incertezas domésticas devem voltar a subir, especialmente no 3T22, limitando o setor.



Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Exportações totais de veículos

Em maio, as exportações de veículos cresceram 1,6% na margem dessazonalizada, após queda de 4,1% em abril. Na variação anual, o crescimento foi de 855,4%, refletindo ainda a base de comparação reduzida (-90,8%). No mês, as exportações
representaram 19,2% do total produzido em maio, alcançando o maior share do ano.
A recuperação na margem foi determinada pelo aumento de 3,1% das exportações de veículos leves e de 19,7% em ônibus,
enquanto as vendas externas de caminhões caíram 2,7% em maio, considerando a série livre de efeitos sazonais. Apesar da queda
na margem em caminhões, os volumes seguem superiores ao registrado em 2020 e 2019.
Para 2021 e 2022, nossas projeções foram elevadas, passando de 25,9% para 39,1% em 2021 e de 9,9% para 10,9% em 2022,
com revisão altista para leves e pesados, motivada pela recuperação mais acelerada da economia mundial, dados os avanços
na vacinação ao redor do mundo. Assim, as exportações devem continuar em crescimento nos próximos meses, ganhando impulso
a partir do 2º semestre, diante da retomada econômica em países demandantes do setor, principalmente na América Latina.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Exportação por destinos

As exportações brasileiras continuam direcionadas principalmente a países da América Latina. Nos últimos anos, países, além da Argentina, mostraram intenso crescimento nas exportações, com destaques ao Chile que representou 11,2% em 2021, ante apenas 4,8% em 2017, e a Colômbia, que também alcançou 11,2% em 2021, após 2,3% em 2017.

No entanto, a Argentina ainda mantém a maior participação, representando, sozinha, 38,7% das exportações, com maior destaque em veículos leves. Nos últimos meses, as vendas de veículos na Argentina mostraram ligeiro arrefecimento, devido ao aumento de novos casos de covid-19 no país em maio.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Importações totais de veículos

Em maio, as importações totais cresceram 98,5% na variação anual, refletindo a fraca base de comparação, dado que em mai/20 as importações caíram 61,7%. O share alcançou 10,3% em maio, após 9,8% em abril. Entre os segmentos, o crescimento na variação foi disseminado entre leves (+97,6%) e caminhões (135,4%). As taxas de participação das importações nas vendas internas também cresceram em leves (+0,6 p.p. ante abril, para 10,8%) e em caminhões (1,0 p.p., para 4,7%).

As importações devem continuar em crescimento nos próximos meses, diante da melhora da atividade econômica, favorecendo as vendas. No entanto, os níveis depreciados do real ante o dólar devem restringir o maior dinamismo das importações.

Em 2022, o crescimento deve se manter de forma gradual. Por um lado, a continuidade de melhora da economia favorece a demanda
por veículos. No entanto, as incertezas políticas relacionadas à questão eleitoral devem restringir maior apreciação do real
ante o dólar, limitando o crescimento.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Preços de veículos novos

Em maio, os preços automotivos cresceram 0,3% em relação ao mês anterior, em termos reais. Em termos nominais, a alta na margem foi de 1,2%, após 1,0% em abril. O aumento dos preços ao consumidor reflete as maiores pressões da cadeia produtiva no abastecimento de insumos, levando em conta o aumento nos custos dos insumos diante dos problemas de oferta global e câmbio desvalorizado.

Apesar disso, o repasse dos preços ao consumidor vêm ocorrendo de forma gradual, acompanhando a retomada da demanda por veículos. Assim, a expectativa é de que os preços do setor continuem em elevação no decorrer do ano, ainda levando em conta as pressões nos custos de insumos e o aumento nas vendas de veículos. 

Para 2022, os preços devem mostrar ligeira redução real, uma vez que a normalização da oferta global deve diminuir as pressões nos preços dos insumos para a produção.


Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Confiança do consumidor

O índice de confiança do consumidor subiu 3,1 pontos em maio, o segundo crescimento consecutivo na margem, atingindo o patamar de 76,2 pontos na série com ajuste sazonal. Os avanços em maio seguem a trajetória de recuperação da confiança iniciado em abril, com a reabertura das atividades. No acumulado de abril e maio, a confiança do consumidor recuperou cerca de 80% das perdas sofridas em março, quando a confiança caiu 9,8 p.p. na margem dessazonalizada.

No mês, ambos os componentes cresceram. O índice de situação atual (ISA) subiu 4,2 p.p. na margem e 3,7 p.p. na variação anual, o primeiro crescimento na métrica anual desde o início da pandemia, refletindo a base mais fraca no mesmo período do ano passado. O índice de expectativas (IE), cresceu 3,2 p.p. na margem dessazonalizada e 18,9 p.p. na variação anual.
Apesar do crescimento disseminado entre os componentes, os níveis seguem bem divergentes. O ISA alcançou 68,7 pontos em maio, enquanto o IE atingiu 82,4 pontos, considerando a série com ajuste sazonal. A diferença relaciona-se ao maior pessimismo
dos consumidores no período corrente, devido às incertezas ligadas à questão pandêmica e maiores pressões dos preços no orçamento familiar, especialmente em famílias de renda mais baixa. Tal dinâmica deve melhorar no 2º semestre, com maior impulso da confiança.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Número de carros leves registrados entre 2014 até 2021, por tipo de combustível

Registros de veículos elétricos e híbridos no Brasil de 2006 a 2021

ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO

Ao todo no Brasil, hoje são registradas 61 fábricas no país, em 10 estados diferentes e 42 municípios distribuídos pelo país. Desse total, 3 ficam localizadas no Nordeste, 4 no Centro-Oeste, 21 no Sul  e 35 no Sudeste. O estado com maior destaque na produção, contando com mais de 26 fábricas em seu território é o estado de São Paulo.

De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:

0
% de aumento na produção de veículos em 2022

PLAYERS

Principais marcas de automóveis de passageiros no Brasil em 2021, por número de matrículas (em 1.000)

Principais marcas de comerciais leves do Brasil em 2021, por número de unidades
registros (em 1.000)

Principais marcas de caminhões no Brasil em 2021, com base no número de matrículas

Número de concessionárias de veículos automotores no Brasil em 2021, por marca


Em termos de players de mercado assim fica a composição do cenário nacional por tamanho e relevância das empresas no setor:

  • Fiat Chrysler: 691 concessionárias
  • Volkswagen: 409 concessionárias
  • Chevrolet: 362 concessionárias
  • Renault: 244 concessionárias

Não somente da semelhança cultural entre vários países latinoamericanos, mas também, na composição econômica dos mesmos e da grande estabilidade dos players que fazem parte do mercado automotivo no mundo, os modelos de carros vendidos em cada localidade são, de certa maneira, muito semelhantes. A fim de exemplificar o panorama de vendas na região, o gráfico abaixo exibe os modelos de veículos mais vendidos no primeiro trimestre de 2021 na América Latina:

Outro dado relevante a ser abordado é a quantidade de empregos envolvidos em determinado setor. No caso do setor automobilístico, hoje, no país estima-se que direta e indiretamente existam mais de:

0
Milhão de empregos
0
Empregos

empregos diretos do setor exclusivo de produção de autoveículos e máquinas agrícolas, foram contabilizados em 2021 mais de:

Os carros híbridos e  elétricos vêm tomando cada vez mais espaço no panorama nacional. Do ano de 2019 para o ano de 2020, houve um aumento de mais de 70% nos emplacamentos dos carros exclusivamente elétricos.

Estima-se que até 2021, a frota de carros elétricos beirou os 73 mil carros, sendo São Paulo o estado com maior número de modelos.

IMPACTO DA PANDEMIA

O impacto da pandemia afetou de forma direta o setor automobilístico ao redor do mundo. Não diferente no Brasil. fechamentos de grandes fábricas como a da Ford no ano de 2021, são indicadores de extrema importância no panorama do setor nacional. A falta de matéria-prima como os semicondutores, são problemas recorrentes até os dias atuais.

No quesito produção, em território nacional, houve uma queda significativa no número de veículos produzidos de 2019 para 2020. No ano de 2019, foram produzidos cerca de 2,94 milhões de veículos no país, já em 2020, o número foi de 2,01 milhões, uma queda significativa que demonstra o tal impacto.

Big Picture

Previsão de 9,4% de crescimento em 2022

57 unidades industriais no país

4897 concessionárias

1,2 milhão de empregos (diretos + indiretos)

27 fabricantes atuando no mercado nacional

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

A barreira de entrantes potenciais é vista com baixa, uma vez que esse mercado exige uma grande quantidade de capital para investimento, além das complicações em trâmites legais e a forte consolidação de imagem e marca dos players.

Produtos Substitutos – Média

Os produtos substitutos raramente conseguem prover a mesma conveniência dos automóveis no uso diário. Existem alternativas no mercado, que em grande maioria, atuam em paralelo, não ameaçando diretamente.

Poder dos Fornecedores- Alta

O poder de barganha dos fornecedores pode ser considerado com baixo, diante da grande oferta de fornecedores que na maioria das vezes são pequenas empresas. Além disso, o uso de materiais substitutos facilita neste quesito.

Poder dos Compradores – Alta

Os consumidores do mercado automotivo, de forma geral, são muito sensíveis ao preço, alternando sem muita dificuldade para modelos alternativos, uma vez que o ticket médio do mercado possui alto equilíbrio.

Rivalidade entre players – Muito Alta

Com um número moderado de players e empresas com grande experiência de mercado, além da alta taxa de fidelização dos clientes, o que implica em uma dinâmica de alta competitividade.

OPORTUNIDADES

Mesmo com a falta de matéria-prima que afeta o mercado global, as tendências de produção visam um aumento para o ano de 2022. Cada vez mais, também, carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no mercado, em paralelo com o fortalecimento do mercado de automóveis seminovos, que vêm acompanhando de forma gradativa o aumento do ticket médio dos carros novos.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Atualmente, a crise dos chips e semicondutores vêm afetando de maneira brusca a produção de automóveis ao redor de todo o mundo. Além disso, com a instabilidade do dólar afetando o barril de petróleo, o preço da gasolina aparece como um dos grandes vilões nesse mesmo viés, assim como a altas taxas de juros que vêm dificultando o acesso ao crédito no Brasil.

A falta de insumos tem sido um problema constante, que fez várias montadoras darem um tempo nas produções no ano passado e que deve ainda continuar em 2022. Previsões mais otimistas já veem o setor se normalizando, ainda no segundo semestre deste ano, mas a previsão é que volte à normalidade somente a partir de 2023.

TENDÊNCIAS

Tecnologias de Ponta

Com um mundo cada dia mais conectado, dinâmico e interativo, essas qualidades não poderiam passar despercebidas no setor automotivo, os consumidores cada vez mais buscando integrar até mesmo os veículos ao seu estilo de vida, logo, as exigências por computadores de bordo melhores, com mais funcionalidades, com Wi-Fi, link com smartphones têm se mostrado ainda mais como prioridade na busca por um automóvel,

Nos modelos de luxo, isso vai além, com piloto automático para estacionamento, diferentes modos de funcionamento do motor (sport, supersport), assistente de condução, entre outros. Tornando dirigir uma experiência única daquele produto.

(Fonte)
Assim como os processos para compra, financiamento e aluguel de veículos passam a ser mais tecnológicos, os consumidores também esperam mais tecnologia nos automóveis.

Os veículos atuais devem ser equipados com Wi-Fi, conectividade e interatividade. Modelos equipados com os melhores computadores de bordo, além de desempenharem funções já utilizadas pelos celulares dos usuários.

A exigência do consumidor em relação à tecnologia cresceu, já que hoje vivemos um mundo completamente tecnológico.

Principalmente para o público que consome carros de luxo, esses modelos devem vir equipados com o que há de mais moderno para alcançar uma boa posição no mercado.

Fonte: Anfavea.


0
Milhões de carros seminovos e usados vendidos em 2021
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% de aumento em comparação com 2020

O ano de 2021 apresentou fortes tendências no comportamento dos consumidores dentro do setor automotivo no Brasil. Um grande destaque vai para a categoria dos SUVs, que, mesmo com maior média de preço, lideraram os emplacamentos até o final do dado ano. Em comparação com o ano de 2018, no qual um a cada cinco veículos vendidos no país era um SUV, os emplacamentos no ano de 2021 registraram dados muito mais animadores para o setor. Até o mês de dezembro, de todos os carros emplacados no ano, cerca de:

Carros Elétricos

Talvez a maior revolução do mercado dos últimos anos, os carros elétricos vêm ganhando mais espaço, segundo a FENABRAVE, o segmento de veículos eletrificados foi o que apresentou o maior crescimento nas vendas durante o mês passado. Segundo o levantamento mensal da federação, foram 6.391 unidades vendidas no mês, um aumento de 50,31% em comparação com o mês anterior. Comparando com o mesmo período do ano anterior, demonstra um crescimento ainda maior, apresentando um aumento de 131,98%

Ainda de acordo com o balanço da Fenabrave, no acumulado do ano foram emplacados 32.242 veículos eletrificados no país – alta de 41,75% em relação ao mesmo período de 2021 (de janeiro até setembro). 

E as perspectivas para 2023 são ainda melhores. com as montadoras tendo em foco baratear os carros que possuem essa tecnologia, como a Renault que pretende lançar uma versão do Kwid como o carro elétrico com menor preço no mercado, a tendência é que os modelos híbridos e elétricos venham ganhando cada vez mais preferência ao longo dos próximos anos

“Atualmente, o consumidor já conta com uma boa variedade de opções de eletrificados, e a tendência é que os segmentos continuem em crescimento nos próximos anos”
Mauricio Andreta Jr., presidente da Fenabrave

Declínio dos carros populares

Com a evolução constante do setor sendo guiada por inovação tecnológica e a alta competitividade no mercado, a indústria a cada ano vem apostando em melhorar os seus produtos, o que causa um encarecimento natural dos carros ofertados. Devido a isso, para que os automóveis possuam as features desejadas por essa camada do público, os valores finais fogem cada vez mais do orçamento de um “carro popular”, por isso, mesmo os modelos mais famosos e queridos tendem a deixar de serem produzidos, como é o caso do Gol da Volkswagen que deixará as linhas de produção.   

“O próprio consumidor tem exigido uma qualidade maior em relação aos carros, o que foge do conceito de carro popular. Esse segmento sempre significou veículos de baixa cilindrada, mais básicos, sem ar-condicionado e sem direção hidráulica. Hoje, raramente encontramos algo assim no mercado. Então, a tendência é que os carros populares acabem”
Consultor automotivo Gabriel de Oliveira

Outro fator contribuinte para o declínio dos carros populares, é a ascensão do mercado de seminovos, que trazem alternativas mais em conta quando comparadas aos modelos 0 km.

Fonte: IEMA.

Carros Alugados

A locação de carros vêm crescendo exponencialmente nos últimos anos, e com a pandemia e serviços de transporte como a Uber, a necessidade e desejo do cliente final de possuir um veículo próprio foi intensamente questionada e reduzida, por isso as locadoras vêm se sobressaindo a cada dia mais. Ao longo de 2021, as buscas por aluguel de carros cresceram 56% no Brasil, mesmo com a crise na indústria automotiva, o anuário da ABLA consta que a locação de veículos cresceu 33,5% em 2021. O faturamento bruto do setor saltou de R$ 17,6 bilhões em 2020 para R$ 23,5 bilhões no ano passado, o maior crescimento nos últimos cinco anos.

Também em 2021 as locadoras já possuíam 25,5% do total de automóveis comerciais leves emplacados no país, porém esse número ainda é menor do que o de 2019, quando as locadoras tinham cerca de 541.346 emplacamentos, contra os 441.858 de 2021. 

‘Mesmo diante da pandemia e da crise na indústria automotiva, as locadoras de veículo vivem sua melhor fase. Segundo o anuário da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), divulgado no dia 8 de março, a locação de veículos cresceu 33,5% em 2021. O faturamento bruto do setor saltou de R$ 17,6 bilhões em 2020 para R$ 23,5 bilhões no ano passado, o maior crescimento em cinco anos.

A frota também aumentou. Em 2021, as locadoras compraram 441.858 carros zero quilômetro, o que representa 25,5% do total de automóveis comerciais leves emplacados no país. No comparativo com o ano anterior, o crescimento da frota das locadoras foi de 22,5%, quando foram comprados 360.567 veículos. O resultado, no entanto, ainda é menor do que o anotado em 2019, com 541.346 emplacamentos.

(Fontes)
Procura por aluguel de carros cresce 56% no país em 2021

Tecnologias e Meio Ambiente

Toda essa tecnologia traz a necessidade de proteção de dados, eliminando riscos de invasão e compartilhamentos sem consentimento. Para isso, as montadoras vêm firmando parcerias com startups de tecnologia. A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, se uniu à FIEMG Lab, hub de inovação tecnológica da Federação das Indústrias de Minas Gerais.

Já a Ford dividiu-se em Ford Blue, com os veículos à combustão tradicionais, e a Ford Model e, focada em modelos elétricos. Nas palavras de seu CEO, Jim Farley, “a Ford Model e será o centro de inovação e crescimento da Ford, com uma equipe dos melhores talentos de software, elétricos e automotivos do mundo” que visa “criar veículos elétricos e experiências digitais verdadeiramente incríveis para as novas gerações de clientes da Ford.”

As notícias não param. Recentemente, a Caoa Chery fechou sua fábrica em Jacareí – SP até 2025, com ideia de reformá-la para a produção de veículos elétricos e híbridos. Com isso, 485 funcionários serão demitidos.

Diante de restrições e pelas causas ambientais que constantemente são levantadas, as grandes fabricantes de veículos vêm se adaptando cada vez mais quanto a esses quesitos. Para efeito de comparação, dados levantados pelo Instituto de Energia e meio Ambiente de São Paulo, o IEMA, apresentaram que os carros representam cerca de 72,6% das emissões de gases efeito estufa (GEE), representando 88% dos quilômetros rodados por veículos motorizados na capital paulista. Nesse viés, modelos de carros híbridos e elétricos começam a aparecer cada vez mais no mercado brasileiro. Mesmo com o preço médio extremamente elevado, marcas como Renault, por exemplo, já apresentaram modelos mais “acessíveis” como o Kwid elétrico, utilizando a estratégia de baratear a imagem do veículo ao associá-lo com um carro popular da marca.

Fonte: IEMA.

Restrições e Tecnologias

No primeiro mês de 2022, a resolução PROCONVE L7 entrou em vigor, visando diminuir as tendências de poluição causadas por veículos automotivos. Tal resolução, afeta diretamente nas linhas de produção das fabricantes de veículos, uma vez que as restrições impostas pela resolução, visa ajustes em peças como:

  • Motor
  • Catalisador
  • Tanque de combustível

Essas mudanças visam, prioritariamente, alterar a composição das peças supracitadas, a fim de diminuir os poluentes gerados no funcionamento dos veículos, como gases do escapamento e emissões evaporativas geradas no tanque de combustível, por exemplo. Com a PROCONVE L7 em vigor, espera-se que haja um aumento nos custos iniciais a fim de monitorar e garantir que a produção esteja de acordo, contando, também, com a descontinuação de diversas linhas de produção de veículos que irão acarretar em prejuízos para as fornecedoras e montadoras.

Seminovos

Os juros e impostos sobre carros 0 km causaram o aumento dos preços, diminuindo dessa forma, a possibilidade de muitos consumidores adquirirem veículos próprios, além do surgimento de diversas alternativas para transporte urbano.
Uma dessas alternativas é o mercado de seminovos, onde se faz possível a compra de um automóvel em boas condições por um preço inferior, por esse motivo, é um mercado que se tornou a primeira opção de muitos clientes.

Por outro lado, algumas fontes têm demonstrado uma estagnação ou leve queda dos preços, indicada no monitoramento divulgado pela KBB Brasil, indicando uma regularidade no mercado, que deve manter o panorama geral não muito distante do último ano.

A alta taxa de inflação acumulada para os carros 0 km encareceu ainda mais os novos modelos. No primeiro semestre de 2022, a inflação acumulada está perto de 20%, o que impulsiona o interesse por seminovos e condições facilitadas de pagamento, como o financiamento

Fonte: IEMA.

HIGHLIGHTS

“Basicamente fica bem claro que o tamanho desse mercado é gigante, e vem crescendo e se inovando desde que foi criado, é importante ficar de olho nas novas tecnologias e na tendência sustentável que está presente atualmente em praticamente todos os mercados do mundo.

Vale a pena destacar a falta de matéria-prima que afeta o mercado global, as tendências de produção visam um aumento para o ano de 2023. Cada vez mais, também, carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no mercado, em paralelo com o fortalecimento do mercado de automóveis seminovos, que vêm acompanhando de forma gradativa o aumento do ticket médio dos carros novos.

E para finalizar, o mercado brasileiro é um grande berço de novas tecnologias, de produção em massa e grandes marcas. Sendo o segundo maior mercado da américa latina quando falamos em veículos no geral e o oitavo no mundo. Posição muito positiva porém ainda pode ser melhorado visando a exportação e grande mercado interno brasileiro”

Pedro Rocha
Product Analyst

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E-commerce

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

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INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Top 10 Países

E-commerce 2021
Mobile
Distanciamento Social
Fusões e Aquisições
Varejo e Frete
Itens e Consumidores
Frequência de Compra
2. ANÁLISE INTERNA
Top 5 empresas
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Consumo
Phygital
Pagamento e Frete
Highlights

Cada vez mais presentes no dia a dia do povo brasileiro, os e-commerces vem ganhando força ao longo dos últimos anos, em especial durante a pandemia do novo coronavírus, onde muitos negócios tradicionais optaram por se readaptar e trazer as vendas digitais como grande solução para sanar a dor que o distanciamento social trouxe para as suas vendas.

Em suma, o E-commerce é a abreviação do termo “comércio eletrônico” e como o próprio nome já sugere, é referente à vendas feitas pelo meio digital, ao decorrer da análise o tema será aprofundado, passando por exemplos práticos, players de mercado e noções a respeito do tamanho e dinâmica do setor.

O ano de 2020 foi de extrema importância para o desenvolvimento do e-commerce, com a chegada da pandemia, o hábito de consumo dos brasileiros foi extremamente impactado. A adesão ao isolamento social como medida de prevenção ao contágio da Covid-19 fez com que a população utilizasse a internet não só como ferramenta de busca, mas também como aliada para continuar comprando de maneira mais segura, sem precisar se expor aos riscos do vírus.

Neste sentido, o Brasil atingiu em 2020 o recorde de pedidos no e-commerce: 301 milhões de compras foram realizadas, número que representa uma alta de 68,5% em relação a 2019. Como consequência, o faturamento nacional também teve um crescimento significativo. Ao todo, a receita gerada foi de R$126,3 bilhões, número que representa uma variação de 68,1% comparado ao ano anterior e mostra a força do e-commerce para a economia do país.

O e-commerce brasileiro cresceu no primeiro semestre de 2020 em níveis não vistos nos últimos 20 anos. Segundo pesquisa da Ebit/Nielsen, feita em parceria com a Elo, o faturamento com as vendas online subiu 47% nos primeiros seis meses do ano, totalizando 38,8 bilhões de reais. Ao todo, foram feitos 90,8 milhões de pedidos entre janeiro e junho de 2020. O e-commerce já vinha crescendo nos últimos anos e estava projetado para crescer 18% em 2020, mas as medidas adotadas para conter a pandemia do novo coronavírus impulsionaram o setor, que ganhou milhões de novos consumidores.

O pico de crescimento aconteceu entre abril e junho, quando a maioria das cidades brasileiras restringia o comércio para conter aglomerações. Nesse intervalo, o número de pedidos cresceu 70% na comparação com 2019.


E-commerce 2021

Com R$ 35,2 bilhões em vendas entre janeiro e março de 2021, o e-commerce brasileiro registrou aumento de 72,2% na comparação com 2020. Além disso, o tíquete médio das compras aumentou 9,4% e atingiu R$ 447,90 no período. Um relatório da NeoTrust aponta que março de 2021 foi o maior mês da história em volume de vendas do comércio eletrônico no país.

Nesse cenário, o comércio online é um dos principais pontos de contato das marcas com os usuários. Por isso, a experiência do consumidor deve ser prioridade para as empresas. Uma das opções para colocar o cliente no centro das ações é usar soluções analíticas para conhecer e entender a jornada dele no empreendimento. Para isso, é preciso aliar conteúdo, usabilidade e dados.

Ticket Médio

Mantendo a linha de crescimento, os gastos médios nas compras pela internet durante o período também apresentaram alta. No período analisado, o ticket médio gasto foi de R$447,90, aumento de 9,4% em relação ao mesmo trimestre no ano anterior, alta significativa para o quesito analisado. Traçando um paralelo, o incremento no valor médio das compras foi de 2,9% no 4º trimestre de 2020

E-commerce nas Regiões Brasileiras

A região Nordeste foi novamente o grande destaque em crescimento no varejo digital, alcançando o segundo lugar no total das vendas. O Sudeste ainda detém a liderança em volume de compras on-line feitas em território brasileiro, com 63% do total de pedidos realizados no trimestre, mesmo com a queda de 3,9 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, o Nordeste concentrou 14,6% das vendas realizadas de outubro a dezembro, o que representa um aumento de 2,6 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2020.

O Sul foi responsável por 14,1% do total de pedidos realizados no comércio eletrônico, resultado que rendeu um leve crescimento de 0,7 p.p. no comparativo. Completando, o Centro- -Oeste concentrou 6,2% dos pedidos realizados (aumento de 0,5 p.p.) e o Norte registrou 2,1% das compras on-line feitas nesse período, leve alta de 0,2 p.p. sobre o primeiro trimestre de 2020


Empresas Migrando para o Digital

Um pesquisa realizada pelo Neotrust mostra que mais de 70 mil estabelecimentos comerciais que atuavam apenas no mundo físico entre abril e junho de 2019, entraram para o mundo online no mesmo período deste ano. O Estado que apontou o maior crescimento nesta migração foi Roraima, com uma alta de 145% no número de lojas aderindo ao mundo virtual, seguido por Tocantins (113%) e Rondônia (84%).

Na análise por setor, o estudo apontou que os supermercados e os postos de gasolina registraram o maior aumento no número de estabelecimentos atuando nos dois canais ao mesmo tempo (presencial e online), com 373% e 407% de aumento, respectivamente. Entre os que já atuavam no mundo online mesmo antes da pandemia, os setores com o maior crescimento de vendas foram as lojas de departamento (462%) e os restaurantes de fast food, com aumento de 221%.

 

Número de acessos (Maio 2020 à Abril 2021) em sites de e-commerce:

De maio de 2020 a abril de 2021, o e-commerce no Brasil registrou 22,73 bilhões de acessos. Vale destacar que esse número é referente apenas a sites do comércio eletrônico. E desse valor, 10,95 bilhões vieram do varejo. Durante esses meses, novembro de 2020 teve o maior registro de acessos, com 2,39 bilhões. Fevereiro de 2021 teve o menor número de acessos dos meses, com 1,63 bilhões. Os demais meses oscilaram entre esses dois valores, mas sem muita discrepância, mantendo um certo padrão numérico.

É importante que se faça uma observação sobre números para que você entenda este crescimento: Em maio de 2020, início da pandemia do Covid-19 no Brasil, o registro de acessos a sites de e-commerce foi de 1,18 bilhões. Esse número não mais se repetiu, só cresceu e não houve um único mês que tenha chegado nem mesmo a se aproximar desse valor. Esses números nos levam a perceber que os registros de acessos só crescem. Uma prova de que as pessoas estão indo cada vez mais para as pesquisas de produtos e compras online.

O Crescimento do Mobile

Em março deste ano os dispositivos Mobile foram responsáveis por 67% das visitas a sites de e-commerce. Representou a maior participação em quase todos os segmentos, perdendo para o Desktop apenas no segmento de Educação, Livros & Papelaria. Isso é indicador de uma tendência à compras por dispositivos móveis. Seja pelo acesso mais fácil ao Mobile do que a Desktop, ou por eles serem cada vez mais tecnológicos, permitindo um maior conforto que antes não existia. Este é um dado importante para que as empresas que já trabalham com o digital mantenham um ponto de atenção em relação a estratégias voltadas aos dispositivos móveis

Na análise por setor, o estudo apontou que os supermercados e os postos de gasolina registraram o maior aumento no número de estabelecimentos atuando nos dois canais ao mesmo tempo (presencial e online), com 373% e 407% de aumento, respectivamente. Entre os que já atuavam no mundo online mesmo antes da pandemia, os setores com o maior crescimento de vendas foram as lojas de departamento (462%) e os restaurantes de fast food, com aumento de 221%.

 

Distanciamento social

A pandemia trouxe muitas mudanças para o cotidiano. Uma delas foi a forma de comprar: dados da Neotrust apontam que o e-commerce brasileiro registrou mais de 300 milhões de pedidos e faturamento de mais de R$ 126 bilhões em 2020. Entre os consumidores, 47% fizeram sua primeira compra online no período. Um dos responsáveis por esse movimento foi o distanciamento social, que levou mais gente a comprar online. O mesmo contextou levou, ainda, ao crescimento do social commerce, a compra pelas redes sociais. “O novo cliente digital busca uma experiência mais humana, descomplicada, e também criativa”, explica Ricardo Martins, Consultor de Transformação Digital na Pon Digital Consulting.

Fusões e Aquisições

O ano de 2021 no Brasil foi marcado por grandes fusões e aquisições (M&A), segundo a Exame, foram mais de 1.102 fusões e aquisições no ano, que movimentaram 44,7 bilhões de dólares no ano, ainda com parte das transações não sendo concluídas, um dos setores que se destacou dentro das negociações foi justamente o Ecommerce, que teve alguns negócios protagonistas dentro da realidade nacional, um deles, com a gigante Varejista Magalu adquirindo a Kabum, E-commerce de eletro eletrînicos.

Pequenos Varejos Aderem aos Marketplaces

O crescimento do comércio eletrônico se deu, entre outros fatores, pelo aumento do número de lojistas que aderiram ao sistema online. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), 150.000 novas lojas online foram criadas de março a julho no Brasil.

Dos novos vendedores, 80% optaram por realizar suas vendas dentro de grandes sites, como Submarino, Mercado Livre e Magazine Luiza, que atuam como “shoppings digitais” com seus marketplaces, levando um fluxo de consumidores até a loja virtual dos pequenos que usam sua plataforma. Os marketplaces já representam 78% do total do e-commerce brasileiro, segundo a Ebit/Nielsen. No primeiro semestre, foram responsáveis por 30 bilhões de reais de faturamento do e-commerce, um crescimento de 56% em relação a 2019.

Frete

A busca por economia no valor do frete também aumentou durante o trimestre: o reflexo disso é o grande crescimento da modalidade de frete grátis nos primeiros três meses de 2021. No período, 53% das compras realizadas foram entregues de forma gratuita, ante 47% no mesmo trimestre do ano passado. Já a entrega paga foi a opção escolhida em 47% dos pedidos realizados, queda de 6% no comparativo. Analisando o valor médio do frete, a cifra teve uma queda significativa: R$18,15, valor 15,5% menor comparado ao mesmo trimestre em 2020.

Categorias de itens comprados

Analisando o e-commerce pelas categorias de itens comprados, vemos um comportamento semelhante aos trimestres anteriores: produtos com o ticket médio menor foram os mais procurados, e as categorias de produtos com valores elevados, ocuparam os primeiros lugares no quesito faturamento. As categorias campeãs em volume de vendas foram: Moda e Acessórios, que foi responsável por 16,6% do total de pedidos realizados no período, Beleza, Perfumaria e Saúde (com 15,2% desse volume) e Entretenimento (12,6%).

Categorias de itens comprados que mais geraram faturamento

Já a análise das categorias que geraram maior faturamento durante o período mostra que Telefonia ocupa novamente o primeiro lugar, com 21,2% da cifra gerada no trimestre. Em segundo lugar está Eletrodomésticos e Ventilação (17% do total) e, em terceiro, Entretenimento (12,4%). As compras refletem as promoções oferecidas pelas empresas após as grandes datas sazonais de fim de ano e na Semana do Consumidor, que teve maior duração em 2021.

Consumidores

Ao segmentar os consumidores entre os gêneros feminino e masculino, nota-se que as mulheres representam 58,1% de todos os pedidos realizados, mantendo o protagonismo em volume de compras pela internet. Apesar de comprarem em menor quantidade, os homens seguem gastando valores mais altos com suas compras online, com ticket médio de R$ 538,20, ante R$ 382,80 do público feminino.

Ao segmentar os consumidores entre os gêneros feminino e masculino, nota-se que as mulheres representam 58,1% de todos os pedidos realizados, mantendo o protagonismo em volume de compras pela internet. Apesar de comprarem em menor quantidade, os homens seguem gastando valores mais altos com suas compras online, com ticket médio de R$ 538,20, ante R$ 382,80 do público feminino.

Na divisão por faixa etária, é possível compreender que a idade média dos consumidores durante o trimestre foi de 37 anos. Os principais grupos consumidores foram os de 36 a 50 anos, que representam 33,9% do total de pedidos realizados, e os de 26 a 35 anos, com 33,1% da soma. Em seguida, brasileiros até 25 anos geraram 19% dos pedidos feitos no período e os compradores com mais de 51 anos, responderam por 14% desse total.

Novos Consumidaores

Ao segmentar os consumidores entre os gêneros feminino e masculino, nota-se que as mulheres representam 58,1% de todos os pedidos realizados, mantendo o protagonismo em volume de compras pela internet. Apesar de comprarem em menor quantidade, os homens seguem gastando valores mais altos com suas compras online, com ticket médio de R$ 538,20, ante R$ 382,80 do público feminino.

Na divisão por faixa etária, é possível compreender que a idade média dos consumidores durante o trimestre foi de 37 anos. Os principais grupos consumidores foram os de 36 a 50 anos, que representam 33,9% do total de pedidos realizados, e os de 26 a 35 anos, com 33,1% da soma. Em seguida, brasileiros até 25 anos geraram 19% dos pedidos feitos no período e os compradores com mais de 51 anos, responderam por 14% desse total.


Frequência de Compra

Em relação a frequência, a média de compras foi de três por consumidor, mantendo a média em relação ao trimestre anterior. O gasto médio total de cada consumidor foi de R$ 1.340,00, valor que representa aumento de 14,1% em relação ao mesmo trimestre em 2020. Ao analisar quem são as pessoas que fizeram ao menos uma compra durante janeiro a março, é possível perceber que as mulheres predominaram: elas correspondem a 58,6% dos consumidores únicos. Segmentando por faixa etária, a maior parte destes pedidos foram realizados por consumidores com idade média de 26 a 35 anos, com 31,2% do total de consumidores únicos no Brasil para os meses analisados.

ANÁLISES INTERNAS DO SETOR

5 Forças de Porter

Entrantes Potenciais – Baixa

O setor apresenta uma baixa barreira de entrada, visto a pequena necessidade de capital alocado e a pequena equipe necessária para a execução do ecommerce.

Produtos Substitutos – Alta

No que tange substituição de produtos, o mercado de e commerce oferece uma quantidade muito grande de opções, por esse motivo e pela facilidade que o cliente tem em substituir o produto utilizado, a ameaça em questão é identificada como muito alta.

Poder dos Fornecedores – Baixa

No que tange fornecimento para esse setor, em geral, os fornecedores não apresentam um grande poder de barganha, atuando em geral com valores tabelados à mercado, ou valores próximos a isso.

Poder dos Compradores – Baixa

Para esse mercado, em geral o cliente tende a pagar o valor definido no site, tendo assim um baixo poder de barganha, entretanto, o cliente tende a trocar facilmente de e commerce caso os preços estejam muito acima do mercado.

Rivalidade entre players – Alta

Esse mercado apresenta uma rivalidade extremamente elevada, tanto pela facilidade em trocar de canal de compras, quanto pelas estratégias de tráfego utilizadas pelos players.

Oportunidades

No tocante à oportunidades de mercado o mercado de e commerces, traz consigo excelentes oportunidades e cabe ao gestor estar atento e preparado para elas.

Parcerias com influenciadores

Uma forma de trazer tráfego de forma orgânica, em especial para e-commerces nichados é trazer parcerias com influenciadores do nicho, essa estratégia traz não somente fluxo de clientes, como também é uma prova social para a marca.

Exclusividade de marcas

Trazer marcas num viés de exclusividade, além de agregar valor à plataforma, é uma forma muito assertiva de garantir um fluxo de compras para o canal, além de agregar no que tange branding para o e-commerce.

Aplicação de estratégias Phygital

Estratégias Phygital (que unem a atuação física com a digital) vem sendo cada vez mais adotadas por players deste mercado e podem trazer diferenciais na experiência do cliente que tendem a ser convertidos em receita e reconhecimento no longo prazo.

Soluções em pagamento e logística

Trazer formas diferenciadas de pagamento, que possam agregar no que tange flexibilidade e facilidade de pagamento, além de agregar em soluções logísticas, que tragam velocidade e segurança ao transporte das mercadorias.

AMEAÇAS

Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se prepara e se antecipar a eventuais problemas futuros.

Margem de lucro

A baixa margem de lucro obtida nos produtos comercializados nos e commerces pode ser um problema quando não é possível adquirir escala nos produtos.

Flexibilização do distanciamento social

Uma ameaça peculiar deste setor é referente à flexibilização das medidas de distanciamento social, ao contrário da maioria dos setores, o E-Commerce precisará se adaptar e trazer estratégias para esse momento de transição.

Logística e estocagem

Uma dor latente à ecommerces está relacionada à logística e estocagem de produtos, esses pontos impactam não só o cliente e sua experiência, como também impactam diretamente a gestão do negócio.

Segurança e LGPD

Ponto chave dentro do setor de e commerces, é a gestão de informações e dados, além da segurança necessária para a operação como um todo.

TENDÊNCIAS

Ao contrário da grande maioria dos setores econômicos, a flexibilização do distanciamento social pode se apresentar como uma ameaça para o setor de e-commerce como um todo, entretanto esse não é o panorama que vem se mostrando para 2022.

  Mesmo com o avanço da vacinação e o reaquecimento do varejo físico, o comércio Online se apresenta como realidade para o ano de 2022. Pesquisas realizadas pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), afirmam que uma grande parcela dos brasileiros pretende continuar comprando mais pela internet do que no meio físico durante o ano.

Fonte: Anfavea.

Novas tendências de consumo

As boas perspectivas que o setor espera para o ano de 2022, passam diretamente por tendências de consumo cada vez mais corriqueiras no dia a dia dos consumidores brasileiros, cabe ao lojista estar preparado e adaptado à esses novos hábitos, que trazem consigo diversas oportunidade também para os mercados correlacionados com os E-commerces.

Phygital

  O conceito de Phygital se baseia na união entre o físico e o digital, gerando assim novas experiências para o consumidor final, o Phygital vem se tornando cada vez mais importante para os E-Commerces do Brasil e se apresenta como uma forma de aumentar o ganho em todos os canais de vendas, sejam eles físicos ou digitais.

  Exemplo comuns e que já vem sendo aplicados de estratégias de venda Phygital são a retirada de um produto comprado virtualmente em uma loja física, Show Room digital além de outras aplicações que envolvam descontos entre outras estratégias.

  O varejo de moda tende a apresentar excelentes cases de empresas que atuam dessa maneira, com estratégias interessantes para a aplicação em diferentes tipos de mercado.

Compra por Recorrência

A compra por recorrência também vem sendo uma estratégia cada vez mais presente no E-commerce do Brasil, clubes de vinhos, produtos por assinatura, e até cursos vêm sendo comercializados desta maneira.

A prática traz para o vendedor do produto, seja ele uma pessoa física ou uma empresa, uma maior previsibilidade de receita, além de uma diminuição na sazonalidade do mercado.

Métodos de Pagamento Rápido

Os pagamentos rápidos, usando o PIX como forma de pagamento, também vem ganhando força no mercado de E-Commerces, agregando velocidade, praticidade e conforto à experiência do cliente.

  Grandes empresas do setor, como 123 Milhas e Magalu já implementaram a opção de pagamento via PIX, além de diversos outros exemplos de médio e pequeno porte no mercado.

Frete Mais Barato e Rápido

Outro ponto, cada vez mais relevante no momento de compra é o frete, segundo a E-commerce Brasil, o frete grátis é o maior atrativo para consumidores de e-commerces no país (83% dos consumidores afirmam que a oferta de frete grátis é a promoção da qual eles mais preferem).

  Além do valor do frete, outro ponto totalmente atrelado à satisfação dos clientes está na velocidade com a qual a entrega é realizada. Gigantes do mercado nacional e internacional tem grande enfoque em logística dentro de sua gestão, investindo altas quantias em centros de distribuição cada vez mais capilarizados e chegando a ofertar entregas com prazo de 24 horas.

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

HIGHLIGHT

(Fernando Aureliano)

“O Setor de E-commerce brasileiro ainda promete bons anos a frente, alguns fatores relacionados à política, economia e saúde (vide coronavírus) podem afetá-lo indiretamente, entretanto ainda assim o setor ainda apresenta fortes perspectivas de crescimento e maturação.

Alta na taxa Selic pode significar um risco de curto prazo, assim como a interdependência com o setor de varejo.”


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Saúde

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INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA BRASIL X MUNDO

Apesar do cenário pandêmico no qual o mundo ainda se encontra, os gastos globais relativos a saúde devem reduzir em 2,6% em 2021. Dentre as causas dessa queda, pode-se destacar Efeitos desfavoráveis da Covid 19 relacionados aos lockdowns e medidas de distanciamento social e restrições de cuidados. Porém a perspectiva de longo prazo é que os gastos com saúde devem aumentar em uma taxa de crescimento de 4% entre 2020-24, acima dos 2,8% entre 2015-19. Em termos de porcentagem do PIB, os gastos com saúde provavelmente permanecerão em torno de 10,3% até 2023, um pouco acima do índice de 2019.

No Brasil o setor de saúde deve movimentar no País até o final de 2021 cerca de R$ 313,9 bilhões, o que representa um acréscimo de 13,8% em comparação a 2020 e de 21,8% em relação a 2019. Além disso, os brasileiros devem desembolsar R$ 160,9 bilhões só com planos de saúde e tratamentos, e quase R$ 153 bilhões com medicamentos em 2021. Já em relação a participação no PIB o setor de saúde representa 8% do Produto Interno Bruto.

Conforme os países enriquecem e sua população se torna mais velha, é comum que aumentem os gastos em saúde. O efeito já é conhecido como “transição financeira em saúde” e pôde ser observado na maioria dos países desenvolvidos que passaram pela última transição demográfica. Entre 1970 e 2009, a maioria dos países da OCDE aumentaram os gastos com saúde em cerca de 2,2 pontos percentuais acima do crescimento do PIB per capita. (IESS, 2016). O Brasil seguiu essa tendência, passando de 2,5% do PIB em gasto em 1970 para 8,0% do PIB em 2020. Como pode ser observado na figura ao lado, a população brasileira acima dos 60 anos, supera os 13% e segundo o IBGE a expectativa é que no ano de 2030, esse número ultrapasse 20%.

Envelhecimento da População

Envelhecimento da População

Envelhecimento da População

Envelhecimento da População

Envelhecimento da População

Envelhecimento da População

Conforme os países enriquecem e sua população se torna mais velha, é comum que aumentem os gastos em saúde. O efeito já é conhecido como “transição financeira em saúde” e pôde ser observado na maioria dos países desenvolvidos que passaram pela última transição demográfica. Entre 1970 e 2009, a maioria dos países da OCDE aumentaram os gastos com saúde em cerca de 2,2 pontos percentuais acima do crescimento do PIB per capita. (IESS, 2016). O Brasil seguiu essa tendência, passando de 2,5% do PIB em gasto em 1970 para 8,0% do PIB em 2020. Como pode ser observado na figura ao lado, a população brasileira acima dos 60 anos, supera os 13% e segundo o IBGE a expectativa é que no ano de 2030, esse número ultrapasse 20%.

Distribuição de estabelecimentos de saúde em 2020

Evolução do número de estabelecimentos de saúde

Conforme os países enriquecem e sua população se torna mais velha, é comum que aumentem os gastos em saúde. O efeito já é conhecido como “transição financeira em saúde” e pôde ser observado na maioria dos países desenvolvidos que passaram pela última transição demográfica. Entre 1970 e 2009, a maioria dos países da OCDE aumentaram os gastos com saúde em cerca de 2,2 pontos percentuais acima do crescimento do PIB per capita. (IESS, 2016). O Brasil seguiu essa tendência, passando de 2,5% do PIB em gasto em 1970 para 8,0% do PIB em 2020. Como pode ser observado na figura ao lado, a população brasileira acima dos 60 anos, supera os 13% e segundo o IBGE a expectativa é que no ano de 2030, esse número ultrapasse 20%.

Divisão de médicos por região

Norte: 23.964 médicos
Nordeste: 81.203 médicos
Centro-oeste: 44.758 médicos
Sul: 70.278 médicos
Sudeste: 278.325 médicos

Pela primeira vez na série histórica de estudos sobre demografia médica, nenhum estado apresentou razão menor do que um (1) médico por mil habitantes. Em todo o país, o Pará, com razão de 1,07, e o Maranhão, com 1,08, continuam sendo os estados com menor número de médicos em relação à população. Ao comparar a proporção de médicos e da população, as desigualdades ficam ainda mais evidentes. A região Norte, por exemplo, agrupa 8,8% de toda a população do país, mas conta com 4,6% dos médicos em atividade. O Nordeste reúne 27,2% da população, mas somente 18,4% dos médicos.

Por outro lado, o Sudeste agrupa mais da metade dos médicos do país – 53,2% – que atendem 42,1% da população brasileira. O estado de São Paulo concentra mais de um quarto dos médicos – 28,1% do total – para atender uma população que representa 21,9% do país. Estados do Sul e do Centro-Oeste têm distribuição mais equilibrada, com presenças bastante próximas de médicos e população.

MÉDICOS ESPECIALISTAS

Em janeiro de 2020, do total de 478.010 médicos em atividade no Brasil, 61,3% deles possuíam um ou mais títulos de especialista, enquanto 38,7% não tinham título em nenhuma especialidade. Em números absolutos, o Brasil conta com 293.064 médicos especialistas e 184.946 generalistas, resultando em uma razão de 1,58 especialista para cada generalista.


Divisão de médicos especialistas por região

Norte: 12.456 médicos
Nordeste: 44.939 médicos
Centro-oeste: 28.398 médicos
Sul: 54.115 médicos
Sudeste: 170.774 médicos

Assim como ocorre com os médicos em geral, é desigual a distribuição de médicos especialistas e generalistas entre as grandes regiões e entre as unidades da Federação. Na região Sul, são 2,07 especialistas para cada generalista, enquanto no Nordeste essa razão é de 1,25. No Norte, região com menor contingente de especialistas, há praticamente um especialista para cada generalista. Os dados do Centro-Oeste (razão de 1,75) são influenciados pelo Distrito Federal, que tem 2,52 especialistas para cada generalista, maior concentração de médicos especialistas em todo o país.

O Sudeste tem razão de 1,59 especialista para cada generalista, praticamente a mesma razão do Brasil como um todo, que é de 1,56. Ao comparar a razão especialista/generalista por unidade da Federação, somente os estados do Rio Grande de Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal, apresentam índices superiores a 2, demonstrando grande contingente de especialistas. Na outra ponta está o estado de Tocantins, que apresenta maior quantidade de generalistas em relação ao número de especialistas. Outros 17 estados têm razão inferior a 1,50. Com razão intermediária, entre 1,50 e 1,99 especialistas para cada médico generalista, estão sete estados, entre eles Espírito Santo, São Paulo e Paraná

PLANO DE SAÚDE

Entre junho de 2020 e o mesmo mês de 2021, houve ganho de 1,5 milhão de novos beneficiários, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), movimento só visto em 2016. O primeiro semestre deste ano encerrou com 48,2 milhões de pessoas dispondo de plano ou seguro-saúde, mais de 80% em modalidades coletivas. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) estima um crescimento de 2,5% para o ano todo de 2021, com o número de beneficiários atingindo 48,8 milhões. Em 2020, foram contabilizados 47,6 milhões de usuários, de acordo com a ANS.

Atualmente, 28,5% dos brasileiros contam com a assistência privada dos planos de saúde. Apesar da variação negativa da taxa de crescimento de beneficiários, a pandemia do Covid-19 trouxe como consequência uma maior preocupação da população, que foi responsável pelo aumento da demanda no mercado de saúde complementar em 2020, que teve uma taxa de crescimento de 1,2%, sendo acompanhado em 2021 por uma taxa equivalente a 1,3%.

Segundo a agência de notícias do IBGE, da população com rendimento mensal de até 25% do salário mínimo, apenas 2,2% possuem plano de saúde. Em contrapartida, na parcela com rendimento superior a 5 salários mínimos, o número aumenta para 86,8%.

Quatro especialidades concentram quase 40% dos especialistas

As especialidades com maior número de especialistas são Clínica Médica (11,3% do total de especialistas), Pediatria (10,1%), Cirurgia Geral (8,9%) e Ginecologia e Obstetrícia (7,7%). Juntas, essas quatro especialidades concentram 38% do total de especialistas. Além das quatro especialidades mais frequentes, destacam-se ainda: Anestesiologia (5,9%), Medicina do Trabalho (4,6%), Ortopedia e Traumatologia (4,1%), Cardiologia (4,1%), Oftalmologia (3,6%) e Radiologia e Diagnóstico por Imagem (3,3%). Essas seis especialidades, somadas às quatro básicas, representam 63,6% de todos os títulos. As 20 especialidades com maior número de especialistas reúnem 80,7% dos profissionais titulados. Os demais especialistas estão distribuídos em outras 35 especialidades. Seis delas têm menos de mil titulados cada.

Principais players x Receita operacional (2019)

Taxa de cobertura dos planos de assistência médica por unidade – Julho de 2021

Proporção de pessoas com plano de saúde (médico e odontológico) em 2021

PANDEMIA

A vida de quem trabalha com produtos para a saúde não foi nada fácil durante a pandemia, como grande parte da população imagina. Apenas para fazer um comparativo, o setor de turismo, que toda a sociedade enxerga como tendo sido brutalmente afetado pelas restrições impostas pela Covid, e foi, caiu 36,7% em suas atividades em 2020, em relação ao ano anterior. O setor de saúde enfrentou baixa de 50,8% no faturamento das empresas, em paralelo semelhante.

Os procedimentos cirúrgicos programados foram cancelados ou adiados e, em 2020, tiveram uma redução média de 59,8%, nos sistemas público e privado. Em algumas regiões do país, essa baixa nas operações chegou a 90%, com 1,3 milhão de cirurgias que foram suspensas somente no SUS.

Hospitais e operadoras impuseram postergação de pagamentos, ou seja, exigiram a retenção de faturamento de cirurgias realizadas e o volume de recursos contingenciados chegou a R$ 793,4 milhões. Em média levaram 118 dias para quitar débitos, mas há relatos de dívidas ainda em aberto do ano passado. O segundo item das distorções praticadas foi a inadimplência, que chegou a R$ 714 milhões, quando o fornecedor não é remunerado após 180 dias, a partir da realização do procedimento cirúrgico. As glosas injustificadas, quando uma cirurgia é previamente autorizada, ficaram, em terceiro lugar, com um volume financeiro paralisado de R$ 118,6 milhões.

As três distorções somadas representam um valor de R$ 1,626 bilhão não pago por hospitais públicos e privados, por convênios, planos de saúde e seguradoras. Um valor que afeta principalmente pequenas e médias empresas que não conseguem se manter com valores tão elevados sem as devidas quitações.

O setor de Saúde iniciou 2021 com saldo positivo de 20 mil empregos

Dos 20 mil empregos gerados em janeiro, 17 mil são de mulheres. A maior empregabilidade se deu na faixa etária de 18 a 24 anos de idade. A profissão da saúde que mais gerou empregos foi técnico e auxiliar de enfermagem. SP, MG, RJ, AM, RS foram os estados que mais geraram empregos no setor. Paraíba foi o único estado brasileiro com saldo negativo de empregos na saúde.

Número de empregados na cadeia da saúde cresce e ultrapassa 4,6 milhões

O número de pessoas empregadas na cadeia produtiva da saúde cresceu 1,8% entre abril e julho deste ano ao atingir 4.613.996 de trabalhadores, considerando os setores públicos e privados e empregos diretos e indiretos. No mesmo período, o mercado de trabalho total cresceu 2,2%, aponta o “Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde“, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Do total de empregados na cadeia da saúde em julho de 2021, 79% eram vínculos do setor privado com carteira assinada – proporção que se manteve desde abril deste ano. As regiões Norte (3,3%) e Nordeste (2,2%) foram as que apresentaram maior aumento no intervalo. Em julho de 2021, o saldo mensal de empregos na cadeia da saúde foi de 42.568, puxado pelas regiões Sudeste e Nordeste com, respectivamente, 13.932 e 12.149 empregos. O valor representa um avanço considerável comparado ao saldo de 11.715 de empregados registrado em junho de 2021. No intervalo, o setor privado cresceu 1,9% e o público 1,7%.

PERFIL DO CONSUMIDOR

A telemedicina foi um dos pontos que mais se desenvolveu no setor da saúde no último ano. O consumidor atual do segmento está buscando cada vez mais uma maior atividade e envolvimento na relação de confiança com o médico, utilizando de teleconsulta para isso. O número de consumidores que utilizam consultas virtuais passou de 15% em 2019 para 19% no início de 2020; em abril de 2020, esse número saltou para 28%. Além disso, 80% dos consumidores dizem que provavelmente terão outra consulta virtual, mesmo depois da Covid-19.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Demanda por médico

Embora tenha aumentado em 49,96% a procura do homem pelo médico entre 2016 e 2020, de acordo com o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) do Sistema Único de Saúde (SUS), passando de 425 milhões de atendimentos para 637 milhões, os homens estão bem atrás das mulheres em termos de atenção à saúde. Dados do Programa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 revelam que apesar de 76,2% da população terem ido ao médico naquele ano, o que corresponde a cerca de 160 milhões de pessoas, a proporção de mulheres (82,3%) superou em muito a dos homens (69,4%).

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Das redes de hospitais aos planos de saúde, passando pelas empresas de diagnóstico e healthtechs, é fato que o setor de saúde vem se mostrando como um dos mais ativos quando o assunto é consolidação. O terceiro trimestre de 2021 não apenas confirmou esse cenário, como traduziu uma movimentação ainda mais intensa de fusões, aquisições e investimentos nesse mercado. Segundo um levantamento realizado pela Ondina Investimentos, entre julho e setembro, foram fechados 48 acordos envolvendo empresas do setor. Além de um crescimento de 50% sobre o segundo trimestre, o número se aproximou das 50 transações realizadas em todo o primeiro semestre de 2021 e registrou uma média de um investimento realizado a cada 1,8 dias.

Os grandes players estão vendo uma oportunidade de criarem plataformas no entorno de seus negócios tradicionais. Nesse contexto, o trimestre mostrou uma predileção pela aquisição de hospitais, que assumiram o topo pela primeira vez em 2021 e responderam por 27,1% dos acordos. As transações envolvendo healthtechs tiveram uma fatia de 22,9% e as de empresas de diagnóstico 10,4%. Rede D’Or, Hapvida e Kora Saúde foram as empresas que mostraram mais apetite, com três transações cada no período.

Levando-se em conta apenas os acordos fechados pelo trio, o valor investido pode chegar a até R$ 1,88 bilhão. Entre as empresas que se destacaram no período, a Rede D’Or confirmou sua média de três aquisições a cada trimestre, desde quando abriu capital em dezembro de 2020 e levantou R$ 11,3 bilhões no maior IPO do ano na B3 e o terceiro da história da bolsa de valores brasileira. A rede ainda reforçou seu caixa com um follow on realizado em maio deste ano, quando captou R$ 4,9 bilhões. Entre abril e junho, a Rede D’Or desembolsou R$ 787,2 milhões nas aquisições dos hospitais Santa Emília, na Bahia, Novo Atiba, em Atibaia (SP) e Proncor, em Campo Grande (MS).

Outra rede que está nos holofotes quando o assunto é fusões e aquisições é Hapvida. A Hapvida saiu vencedora em uma disputa com a SulAmérica pelo Grupo HB Saúde, de São José do Rio Preto, na qual subiu sua oferta de R$ 450 milhões para R$ 650 milhões. No trimestre, o grupo comprou ainda o Hospital Madrecor, em Uberlândia (MG) e o Cetro, em Alagoinhas (BA).

Capitalizada pela abertura de capital realizado em agosto, quando levantou R$ 770 milhões em uma oferta primária, a Kora Saúde também se destacou no período com três aquisições pós-IPO. A empresa desembolsou R$ 298 milhões nas compras dos hospitais Gastroclínica e São Mateus, em Fortaleza (CE), e do ING, em Goiânia. Quem também fez seu IPO em agosto, captando R$ 2,6 bilhões, foi a Oncoclínicas. A empresa foi a responsável pelo acordo de maior valor no período, com a compra da rival Unity, com presença em cinco estados e no Distrito Federal, por cerca de R$ 1,2 bilhão.

Importações no setor de Dispositivos Médicos cresceram 14,4% e exportações recuaram 10,2%, no primeiro trimestre

O Brasil fechou o primeiro trimestre com um aumento de 17,8% no déficit da balança comercial do setor de dispositivos médicos, na comparação com igual período de 2020, e de 15,7% em doze meses. É o que revela o Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). No acumulado de janeiro a março de 2021, as importações totalizaram o valor de US$ 1,6 bilhão, com um crescimento de 14,4% em relação ao primeiro trimestre de 2020. As exportações somaram US$ 161 milhões, representando um recuo de 10,2%, no período em questão. A balança comercial do período ficou deficitária em US$ 1,5 bilhão. Os ‘equipamentos de proteção individual’, ‘materiais e suprimentos’ e ‘reagentes para diagnóstico in-vitro’ alavancaram as importações, com crescimento de 243,1%, 38,7% e 22,1%, respectivamente, no primeiro trimestre, na comparação com janeiro, fevereiro e março de 2020. 

Os Estados Unidos se tornaram os principais fornecedores de DMs para o Brasil e representaram 18% do total de importações, seguido de Alemanha (14%) e China (12,3%). Também é dos americanos o posto de principal destino dos produtos brasileiros, com 18,7% das exportações. Em segundo lugar, ficou a Argentina com a fatia de 10% desse mercado. Os itens mais exportados foram ‘reagentes para diagnóstico in-vitro’, que corresponderam a 29% do total exportado pelo Brasil em produtos de saúde.

INVESTIMENTOS NO SETOR

Os recursos previstos para o Ministério da Saúde em 2022 são os menores desde 2012. Os gastos com a área estagnaram nos últimos 10 anos, e os valores propostos para o ano que vem podem prejudicar diretamente a capacidade de investimentos da Saúde, além de serem insuficientes para manter os serviços da Atenção Primária, considerada a principal porta de entrada para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Sem os recursos voltados para covid-19, o orçamento da Saúde em 2022 será de R$ 140 bilhões, “valor substancialmente menor à proposta de orçamento de todos os anos entre 2012 e 2021”. Com os recursos de covid-19, o orçamento sobe para R$ 147,4 bilhões. O valor total é 1% maior do que o direcionado em 2021. Mas 5% menor ao de 2019

Perspectiva de crescimento para o setor de saúde

Apesar dos desafios gerados pela pandemia, o setor privado de saúde registra demanda crescente e deve seguir em alta nos próximos anos. Os planos de assistência médica possuem hoje mais de 47,5 milhões de beneficiários, além de 27,1 milhões de usuários que utilizam planos exclusivamente odontológicos. A evolução crescente demonstra a importância do setor e evidencia o interesse dos brasileiros no acesso à saúde suplementar. Neste ano, houve um aumento de 1,83% nas contratações de planos médico-hospitalares, com expressivo avanço dos planos coletivos empresariais, que cresceram 2,47% em relação ao primeiro trimestre de 2020. No segmento exclusivamente odontológico, o número de beneficiários cresceu 6,04%, maior aumento quantitativo já registrado nessa modalidade.

Fatores que devem potencializar a expansão do setor de saúde

Diante desse cenário expansionista favorável, apresentamos a seguir os principais players do setor, com base na sua representatividade no mercado.

TOP 5 EMPRESAS DA ÁREA DE SAÚDE

1 – Rede D’Or São Luiz

Fundada em 1977 no Rio de Janeiro, a Rede D’Or São Luiz é a maior rede integrada de cuidados em saúde do Brasil, com presença em todas as regiões do país. A Rede D’Or São Luiz conta com 51 hospitais próprios, 1 hospital administrado, 47 clínicas oncológicas, além de atuar em serviços complementares como banco de sangue, diálise e ambulatórios de diversas especialidades. A estratégia de crescimento da companhia se dá através do desenvolvimento de novas unidades, expansão das unidades existentes, além de aquisições.

2 – NotreDame Intermédica

O Grupo NotreDame Intermédica é uma das maiores operadoras de saúde do país, com cerca de 6,3 milhões de beneficiários. Fundada em 1968, a NotreDame opera planos de saúde, planos odontológicos e saúde ocupacional. Sua rede própria de atendimento na região Sul e Sudeste possui,28 hospitais, 88 centros clínicos, 23 prontos-socorros autônomos, 14 centros de medicina preventiva, 86 pontos de coleta de análises clínicas, 12 unidades para exames de imagem, 2 centros de saúde exclusivamente dedicados aos idosos (“NotreLife 50+”). Além disso, tem uma ampla rede credenciada e de clínicas odontológicas com mais de 16 mil dentistas credenciados. 

3- Raia Drogasil

A Raia Drogasil é uma empresa líder no mercado brasileiro de farmácias, com mais 2100 lojas em 23 estados brasileiros e faturamento de R$ 18,4 bilhões em 2019.  A companhia foi criada em novembro de 2011, a partir da fusão entre Raia S.A. e Drogasil S.A. e é a maior rede de farmácias do país em receita e número de lojas. A Raia Drogasil possui uma estrutura logística descentralizada e escalável formada por 11 centros de distribuição em todas as regiões do país, com mais de 165,0 mil m² de capacidade de armazenamento, o que garante agilidade no abastecimento das lojas.

4 – Hapvida

A Hapvida é uma holding cearense fundada em 1979 inicialmente como uma clínica, que expandiu suas atividades para venda de planos de saúde, com cobertura de custos de assistência médica, sendo a maior parte dos atendimentos realizada nas redes clínica, ambulatorial e hospitalar própria, assim como venda de planos odontológicos com o serviço prestado através de rede credenciada. A Hapvida possui, em sua estrutura organizacional, hospitais, pronto-atendimentos, clínicas e outras unidades de atendimento, que atendem as demandas de beneficiários de planos de saúde.

5 – Fleury

O Grupo Fleury tem mais de 90 anos de existência e é uma das maiores empresas de medicina e saúde do país. A empresa possui portfólio completo em medicina diagnóstica, realizando cerca de 3,5 mil testes em 37 diferentes áreas. Um dos diferenciais do grupo é sua agressiva estratégia de negócios focada em resultados, com receita bruta de R$ 3,1 bilhões, fluxo operacional de R$ 622 milhões e EBITDA de R$ 711 milhões, com 25,0% de margem. Presente nos principais centros econômicos do Brasil com diversificada linhas de negócio, sendo eles, unidades de Atendimento, hospitais, laboratórios, medicina preventiva e diagnósticos odontológicos.

Número de empresas no setor

BIG PICTURE






ANÁLISES INTERNAS DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

O que é?

É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico

5 FORÇAS DE PORTER

MÉDIA

Barreira de entrada média  (Cursos; Especialidades; Know how; Alto capital); Atualmente o número de novos médicos por ano é de 18 mil novos, o que vem tornando o mercado cada vez mais competitivo para o surgimento de novos negócios.

BAIXO

De maneira geral, baixo, alguns avanços da telemedicina vem avançando, o que pode afetar diretamente o mercado médico tradicional no futuro.

MÉDIA

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a grande quantidade de players similares (difícil diferenciação).

BAIXO

Poder dos compradores tende a ser baixo, tendo em vista que certos tipos de especialidades e atendimentos  são específicos e escassos.

ALTA

Disputa por eficiência (Custo e tecnologia)/automação. Pouca diferenciação). Com o avanço dos grandes grupos, a competição torna-se mais intensa.

ANÁLISE S.W.O.T

Oportunidades

O mercado de saúde  é marcado por grandes oportunidades, ele se encontra em constante expansão e inovação, e vem nos últimos anos ajudando a economia como um todo a crescer num ritmo extremamente acelerado, diversas healthtechs vem surgindo e trazendo soluções para mercados extremamente sólidos e robustos. No Brasil esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas.

Telemedicina

Trazer para empresas, principalmente as de médio e pequeno porte, soluções que possam otimizar e automatizar processos  ultrapassados dentro da gestão atual das mesmas.

Acreditação e certificação exclusivas

Por meio desses selos, há um atestado da qualidade e segurança, o que aumenta a sua credibilidade e garante um atendimento ainda melhor para todos os pacientes que buscam ajuda médica no estabelecimento. Assim, é possível conquistar um público maior e que está cada vez mais exigente, o que aumentam os lucros e o sucesso do negócio.

Acreditação e certificação exclusivas

Por meio desses selos, há um atestado da qualidade e segurança, o que aumenta a sua credibilidade e garante um atendimento ainda melhor para todos os pacientes que buscam ajuda médica no estabelecimento. Assim, é possível conquistar um público maior e que está cada vez mais exigente, o que aumentam os lucros e o sucesso do negócio.

Integração de Dados

Big data e advanced analytics: o uso de dados pode resultar em reduções nos custos com saúde sendo as principais aplicações:

  • suporte a decisões clínicas a partir de evidências: agrega dados individuais e de pesquisa para recomendar tratamentos ideais com base nas melhores evidências clínicas;
  • modelos preditivos baseados em insights: avalia doenças, resultados e riscos entre pacientes e populações com analise de alternativas de tratamento e resultados a fim de determinar procedimentos ideais;
  • análise em tempo real de grandes bases de dados: análise em tempo real de big data de genoma e métricas de desempenho de forma eficaz.


Ameaças

Como todo mercado em constante o setor de Saúde também enfrenta diversas ameaças. Sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.

Receio com a pandemia do COVID-19

E, nestes tempos de pandemia, muitas pessoas ficaram com medo de ir aos hospitais ou postos de saúde, o que acarretou um crescimento de óbitos por doenças como o câncer, por exemplo.

Baixo investimento em pesquisa

O investimento em pesquisa e desenvolvimento é importante para garantir que as tecnologias se desenvolvam. Entretanto, atualmente há pouco investimento e há lentidão nas aprovações e incorporações, reduzindo a taxa de conversão de pesquisas acadêmicas em novas tecnologias. No Brasil, existem sistemas que fomentam o crescimento das pesquisas por meio de polos estratégicos de inovação, mas o país ainda está aquém da maioria dos países emergentes nesse quesito.

Aumento da competitividade entre players

A competitividade entre os players dentro desse mercado vem aumentando ao longo do tempo, e isso pode refletir em um futuro próximo de luta por preços e por margens, que eventualmente podem deixar o mercado não tão atrativo para novos entrantes.

 

Segundo a consultoria Deloitte, esses fatores vem se alavancando com uma onda de fusões e aquisições, IPOs e outras transações bilionárias têm movimentado o setor brasileiro de saúde, inclusive o de Minas Gerais. Especialistas dizem que se trata de um processo natural de consolidação dos negócios diante da robustez e potencial do mercado. Operadoras de saúde, laboratórios e redes hospitalares convergem numa mobilização de ganho de escala, profissionalismo e qualidade que promete dar maior sustentação ao sistema de saúde nacional.

TENDÊNCIAS

A expansão do PIB brasileiro deverá ficar pouco abaixo da média de crescimento da economia mundial neste ano, projetada em 5,6%, e poderá ser bem inferior à média global em 2022, estimada em 4,5%, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Apesar disso, as expectativas para gastos com saúde são positivas para os próximo anos além do animador cenário expansionista que o setor vem passando.

TENDÊNCIAS

Medicina de precisão

A medicina de precisão consiste em manipular fenótipos por meio de técnicas como CRISPR-Cas9. Por meio dessa técnica os cientistas já fizeram muitos avanços no tratamento de doenças fatais, incluindo distrofia muscular de Duchenne, doenças cardíacas e câncer. Devido aos avanços neste campo, é provável que vejamos o desenvolvimento acelerado de formas de tratamento em que os medicamentos podem ser personalizados para corresponder ao perfil genético de cada paciente, tornando-os mais eficazes e menos prováveis para causar efeitos colaterais indesejados.

 A tecnologia também foi usada para criar um “laboratório em um chip”, projetado para detecção rápida de infecção por coronavírus. Um dispositivo portátil capaz de detectar se as pessoas estão infectadas, sem ter que depender de indicadores imprecisos, como tosse ou temperatura, pode ser extremamente benéfico em devolver um nível de normalidade às nossas vidas.

Inteligência Artificial (IA)

O uso da inteligência artificial na área da saúde digital também deve aumentar consideravelmente nos próximos anos, com o mercado ultrapassando US$ 34 bilhões até o ano de 2025, e US$ 67 bilhões até 2027. A IA tem sido apontada como uma grande promessa para otimização de processos no setor da saúde, gerando ganhos de escala e performance. Em estudo publicado pela Delloite sobre as perspectivas do Setor da Saúde para 2020, são apontadas oportunidades de crescimento significativas em áreas como: Aplicativos de IA de nível clínico que avançam na análise preditiva, diagnóstico médico e documentação clínica. Os avanços impulsionados pela IA serão cada vez mais visíveis em todo o mercado de saúde, incluindo um forte potencial para assistentes virtuais interativos para melhorar a experiência do paciente e o fluxo de trabalho operacional dos médicos.

Cloud computing

O chamado cloud computing é uma tecnologia que se popularizou nos últimos anos e está relacionada ao armazenamento de dados na nuvem, garantindo mais segurança, confiança e otimização do tempo do profissional da Saúde.

Além disso, as plataformas em nuvem aumentam a colaboração entre médicos e pacientes e tornam o processo de consulta mais eficiente. Essa característica por si só já demonstra o motivo pelo qual o uso de dados na nuvem é considerado uma das principais tendências da saúde.

Telessaúde e serviços on-line

De maneira geral, as práticas de telessaúde cresceram durante pandemia, conforme indicam os resultados da pesquisa TIC Saúde 2021. Passaram a estar mais presentes nos estabelecimentos a teleconsultoria (de 15%, em 2019 para 26%, em 2021), o telediagnóstico (de 12% para 20%), e o monitoramento remoto de pacientes (de 5% para 20%).

Pela primeira vez a pesquisa investigou, entre os estabelecimentos de saúde, a realização de teleconsulta entre médico e paciente – modalidade regulamentada de maneira emergencial diante do avanço da COVID-19. Observou-se que esse serviço foi oferecido por 18% dos estabelecimentos de saúde, sendo 14% públicos e 22% privados

 A tecnologia também foi usada para criar um “laboratório em um chip”, projetado para detecção rápida de infecção por coronavírus. Um dispositivo portátil capaz de detectar se as pessoas estão infectadas, sem ter que depender de indicadores imprecisos, como tosse ou temperatura, pode ser extremamente benéfico em devolver um nível de normalidade às nossas vidas.

HealthTecs

Espera-se que alianças interessantes surjam entre as empresas de cuidados de saúde e as gigantes da tecnologia, com cada uma trazendo seus pontos fortes diferentes. Empresas de tecnologia tipicamente fornecem conhecimento digital, dados, insights de análise, experiência do cliente e grandes orçamentos de investimento. Já as entidades de saúde trazem conhecimentos clínico e de mercado e a confiança do consumidor. Atualmente, há 577 healthtechs no Brasil, que, juntas, empregam cerca de 10 mil pessoas, de acordo o Distrito HealthTech Report 2020.

Aplicativos

CID-10 Pro

A Classificação Internacional de Doenças (CID) é uma fonte de informações bastante conhecida e utilizada por profissionais de saúde. O aplicativo CID-10 Pro facilita a consulta ao banco de dados atualizado periodicamente pelo DataSUS.

CliniCalc

Com mais de 200 funcionalidades, este aplicativo realiza cálculos complexos e auxilia o médico com classificações e escalas. É possível calcular deficit hídrico, variação de sódio, taxa de produção urinária, manejo de infusão, entre outros. O app também traz a escala de coma de Glasgow nas versões clássica e pediátrica.

Epocrates

Este aplicativo oferece um banco de dados extenso sobre medicamentos, formas de aplicação, informações relacionadas à prescrição e interações entre fármacos.

Genéricos BR

No Brasil, este é um dos aplicativos de saúde mais populares entre profissionais. Com download gratuito, o app armazena dados de todas as opções de medicamentos genéricos disponíveis no país. A pesquisa por remédios pode ser feita pelo nome popular ou princípio ativo. Também se pode consultar fabricantes e bulas disponibilizadas pela Anvisa.

Softwares

EHR

O primeiro software que vamos discutir são os registros eletrônicos de saúde ou amplamente conhecidos como EHRs. Este software é usado para armazenar digitalmente as informações do paciente. Este software médico é usado pela administração de hospitais e clínicas para reunir o histórico médico completo de cada paciente. O uso deste dispositivo e sua ajuda no mundo médico tem incentivado governos de vários países a tornarem o uso desse tipo de software obrigatório para registros eletrônicos de saúde.

Esses registros médicos de pacientes estabelecem uma maneira segura e conveniente de salvar registros médicos, em vez de empilhar a pilha de papéis na sala de arquivos (que às vezes acaba sendo bem bagunçada). O uso de software de registro eletrônico de saúde pode ser feito em clínicas e hospitais. Além disso, este software está praticamente integrado com software de gestão hospitalar e software de gestão de prática.

Gestão de Equipamentos Médicos

O próximo é a Gestão de Equipamentos Médicos. Este software traz vantagens para as instalações de saúde ao aumentar a qualidade e a lucratividade dos dispositivos e equipamentos médicos no hospital. O objetivo do software de gerenciamento de equipamentos médicos é rastrear e monitorar a funcionalidade. Além disso, pretende suspender os dispositivos médicos desde o desenvolvimento até após a fase de instalação. Com a ajuda desse sistema, o tempo de inatividade do equipamento médico foi reduzido.

Características do gerenciamento de equipamentos médicos:

  • Programação de manutenção preventiva
  • Classificação de equipamentos de software
  • Geração de solicitações de reparo

Highlights

“Devido a sua essencialidade, o setor de saúde tende a sempre estar na mira dos holofotes, tanto da população, que está cada vez mais preocupada com a saúde, como também de empresas e players do setor que vêm nessa mudança de comportamento da sociedade, a oportunidade de se destacar por meio de serviços mais elaborados e inovadores. O setor de saúde cada vez mais está andando lado a lado com a tecnologia, o que vem ajudando a desenvolver de forma exponencial o setor como um todo. Além disso, é valido destacar a importância do desenvolvimento do setor para o sucesso de uma nação, fazendo com que órgãos públicos e privados estejam engajados em melhorar o cenário da saúde atual.”

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