ANÁLISE MACROECONÔMICA
MUNDO X BRASIL
No 1T21, o PIB de Transportes avançou 1,3% na comparação anual e 3,6% na margem dessazonalizada, resultado acima do estimado. Para 2021, a expectativa foi revisada de +5,4% para alta de 8,7%. Para 2022, esperamos alta de 3,0% (ante expectativa anterior de +4,5%).
A revisão do PIB de Transportes foi motivada pela incorporação do último resultado acima do esperado e pela melhora da perspectiva para a atividade econômica doméstica (projeção para o PIB brasileiro passou de +2,7% para +4,4% em 2021), que tende a favorecer o transporte de cargas.
Após ligeira retração esperada para o 2T21, o PIB de Transportes deve retomar trajetória de crescimento a partir da segunda metade do ano, favorecido pela perspectiva de avanço da vacinação contra a covid-19, benéfica, sobretudo, para o transporte de passageiros nos modais aéreo e rodoviário.
Estimativa da Produção de Veículos no Mundo de 2000 até 2021
Através da análise do gráfico percebe-se que há uma constante de crescimento da produção de veículos a não ser pelos períodos de 2008 e 2009 onde foi impactada pela crise dos bancos americanos onde se desencadeou para diversos países e setores. Além disso, os anos de 2019, 2020 e 2021 também se mostram com uma certa queda por conta da escassez dos chips que são utilizados para fabricação de grande parte dos carros mas principalmente por causa da pandemia do covid-19.
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INDICE
Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim
Produção Global de Veículos em 2020, por País
China
21.09%
EUA
14.91%
Japão
10.5%
Alemanha
China
5.3%
Coreia do Sul
China
4.9%
México
China
4.5%
Índia
China
4.3%
Brasil
China
2.9%
- A indústria automotiva vem ganhando cada vez mais destaque na América Latina, tanto no setor de produção, tanto no setor de vendas. Atualmente, o mercado é liderado por México e Brasil, os dois maiores integrantes de tal setor na região. Apesar da queda iminente na produção de veículos e peças diante da pandemia de COVID-19, dados já apresentavam que o mercado mexicano vinha em leve queda. De 2018 para 2019, houve uma queda na produção de mais de 90 mil veículos motorizados no país, alcançando um total de 4,01 milhões veículos produzidos. Enquanto no mesmo período, o Brasil aumentava sua produção em 63 mil veículos fabricados, chegando em um acumulado de 2,94 milhões.
Esses são os números de veículos motorizados fabricados pelos maiores produtores da América Latina no último balanço divulgado em 2021:
A produção global de veículos vem muito forte nos países da China, EUA e Japão, o top 3 países que mais fabricam carros totalizam um percentual de 46,5%, ou seja, quase metade do total.
É importante destacar a colocação do Brasil que apesar de estar no último lugar nessa tabela, ainda assim é o país oitavo país que mais produz carros convencionais em todo o mundo.
Número de carros de passageiros vendidos por Países Latino Americanos (por mil unidades)
Quando falamos de carros para passageiros (carros tradicionais) vimos que o Brasil ultrapassa o México com tranquilidade, visto que o forte dos Mexicanos são os veículos comerciais leves.
Os grandes destaques da América latina em 2021 são:
- Brasil = 1.558.470 veículos vendidos
- México = 520.110 veículos vendidos
- Argentina = 241.620 veículos vendidos
Atualmente no Brasil, o mercado automotivo é um dos que mais sofrem com a tributação, tanto para o consumidor final, tanto para os fabricantes e distribuidores de autopeças. Nesse contexto, o saldo registrado de geração de tributos diretos no ano de 2019 foi de 79,1 bilhões de reais. Em nível de comparação, o gráfico abaixo representa a participação dos tributos no preço final do consumidor em diferentes países:
BRASIL
Em maio de 2021, a produção automotiva total caiu 0,2% na margem dessazonalizada. Apesar de as
vendas internas estarem ganhando tração, em linha com o processo de flexibilização das medidas de
distanciamento social, o aumento da produção contínua sendo limitado pelos problemas de
abastecimento de insumos, diante das pressões nos preços.
No entanto, o resultado ocorre de forma discrepante entre os segmentos automotivos. O
desequilíbrio entre oferta e demanda prejudica a produção de veículos leves, enquanto a de pesados
sustenta melhor desempenho.
Para 2021, nossa projeção foi mantida, mas considerando redução na produção de veículos leves,
levando em conta as maiores dificuldades de recomposição de estoques e, por outro, aumento na
perspectiva da produção de caminhões.
Para 2022, a estimativa foi elevada, com aumento esperado para a produção de veículos leves. O
cenário contempla a normalização entre oferta e demanda do setor no 1S22. Além disso, o crescimento
adicional das vendas internas e das exportações deve beneficiar a produção. Mesmo que as incertezas
políticas derivadas das eleições presidenciais limitem um maior ímpeto do setor no próximo ano.
Projeções (realizadas em 2021):
ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO
Ao todo no Brasil, hoje são registradas 61 fábricas no país, em 10 estados diferentes e 42 municípios distribuídos pelo país. Desse total, 3 ficam localizadas no Nordeste, 4 no Centro-Oeste, 21 no Sul e 35 no Sudeste. O estado com maior destaque na produção, contando com mais de 26 fábricas em seu território é o estado de São Paulo.
De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:
0
% de aumento na produção de veículos em 2022
Produção Total de Veículos
Em maio de 2021, a produção total caiu 0,2% na margem dessazonalizada, após alta de mesma magnitude em abril. Na variação anual, a forte taxa de crescimento (+347,6%) ainda reflete a base deprimida no mesmo período do ano passado (-84,4%). No mês, apesar do crescimento das vendas internas e externas, a escassez global de insumos necessários para a cadeia industrial limitou o desempenho da produção. Nesse sentido, os estoques seguem em níveis historicamente baixos,
somando apenas 96,5 mil unidades em maio, o que representa 15 dias de vendas.
O volume da produção total deve continuar reduzido nos próximos meses, uma vez que as pressões de custos de insumos limitam uma rápida recuperação, especialmente na produção de leves. No decorrer do 2S21, a produção total deve voltar a mostrar modesta aceleração, devido ao avanço da vacinação e, consequentemente, maior mobilidade e melhora nas vendas.
Para 2022, nossa projeção foi elevada de 9,2% para 15,0%, em linha com a melhora na produção de leves considerando a normalização entre oferta e demanda no 1S22. No mercado interno, as vendas devem mostrar maior crescimento em linha com a melhora da atividade, impulsionando a produção. Além disso, as exportações devem crescer com a retomada global pós pandemia.
De toda forma, as incertezas domésticas ligadas ao cenário político limitam a maior velocidade do setor, especialmente no 3T22.
Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções
Vendas Totais de Veículos
Em maio de 2021, as vendas internas cresceram 7,1% na margem dessazonalizada, após alta de 6,4% em abril. Apesar da alta, as vendas ainda estão 4,8% abaixo do resultado de fevereiro/21 – antes do endurecimento das medidas de isolamento. Na variação anual, as vendas cresceram 205,8%, ainda refletindo a fraca base em maio/20 (-74,9%). Assim, as vendas mostram gradual crescimento com a reabertura das atividades.
Para 2021, nossa projeção foi elevada, de 19,6% para 21,2%, em linha com a melhora na perspectiva para a atividade econômica e a revisão altista para massa de renda e concessões de crédito. Para o restante do ano, a dissipação das incertezas ligadas à pandemia, considerando os avanços da vacinação (cenário de que 70% da população seja vacinada até o final do ano), deve
impulsionar as contratações de emprego e expansão nas concessões de crédito para aquisição de veículos.
Para 2022, a projeção também foi revisada para cima (de 10,5% para 11,3%), considerando a base mais alta em 2021. As vendas devem manter maior dinamismo no próximo ano, com fatores adicionais positivos: i) redução da taxa de desemprego; e ii) menores níveis de juros bancários, com o aumento da competição e menor risco de crédito. Mesmo assim, no 2S22, as vendas devem mostrar ligeiro arrefecimento na margem, por causa das incertezas políticas elevadas com a proximidade da eleição.
Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções
Produção e vendas internas de veículos leves
Em maio, a produção de veículos leves recuou 0,4% na margem dessazonalizada, após alta de 1,4% no mês anterior. Na variação anual, a produção cresceu 368,9%, resultado da base de comparação mais fraca em maio de 2020, dado que no mesmo período do ano passado as fábricas ainda estavam adaptando a sua produção ao quadro pandêmico.
As vendas internas de veículos leves cresceram 7,6% na margem dessazonalizada, o segundo aumento consecutivo, recuperando parcialmente o recuou sofrido em mar/20 (-16,5%). Na variação anual, as vendas de leves cresceram 212,4%, expressivo resultado que reflete a base de comparação reduzida devido às medidas restritivas mais duras em mai/20.
Para 2021, a projeção para a produção foi reduzida, considerando que as maiores dificuldades de fornecimento de insumos devem limitar a recomposição dos estoques neste ano. Montadoras anunciaram paralisação da produção no início de junho por até 10 dias. Para as vendas internas e externas, no entanto, a projeção foi elevada, tendo em vista a melhora da atividade econômica. Assim, as vendas devem ganhar tração ao longo do 2S21, favorecendo, em parte, a produção.
Para 2022, a expectativa foi revisada para cima. Para a produção, o cenário considera a normalização dos estoques no 1S22. Além
disso, as vendas devem seguir elevadas, com a melhora do cenário doméstico. As exportações também devem mostrar maior dinamismo
ao longo de 2022, dada a recuperação econômica de países demandantes após a pandemia.
Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções
Produção e vendas internas de caminhões
Em maio de 2021, a produção de caminhões cresceu 4,1% na margem dessazonalizada (+243,1% YoY), após +13,6% em abril e atingiu o volume
mais alto desde 2014. O melhor desempenho acompanha o forte crescimento das vendas internas, que também alcançaram em maio os
níveis mais elevados desde 2014 (+17,5% MoMsa).
Para 2021, nossa projeção foi elevada, considerando o bom desempenho nos últimos meses e a melhora do cenário para vendas domésticas e externas de caminhões, bem como para a atividade econômica de forma geral. Para os próximos meses, o cenário é de manutenção de volumes elevados da produção do setor, acompanhando os níveis ainda altos das vendas domésticas. No entanto, a produção e as vendas do setor devem mostrar ligeira desaceleração no decorrer do ano, levando em conta: i) a relativa estabilidade de setores industriais demandantes; ii) a elevação da Selic, pressionando o custo de crédito para aquisições de bens; e iii) a normalização dos estoques.
Para 2022, a taxa de crescimento projetada para o setor foi reduzida, considerando a base mais forte em 2021. No próximo ano, além da continuidade de melhora dos setores demandantes, favorecendo as vendas, os juros bancários devem se reduzir com menores riscos de inadimplência, favorecendo novos financiamentos. O setor externo também deve continuar em crescimento, beneficiando as exportações. De toda forma, com a proximidade das eleições presidenciais, as incertezas domésticas devem voltar a subir, especialmente no 3T22, limitando o setor.
Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções
Exportações totais de veículos
Em maio, as exportações de veículos cresceram 1,6% na margem dessazonalizada, após queda de 4,1% em abril. Na variação anual, o crescimento foi de 855,4%, refletindo ainda a base de comparação reduzida (-90,8%). No mês, as exportações
representaram 19,2% do total produzido em maio, alcançando o maior share do ano.
A recuperação na margem foi determinada pelo aumento de 3,1% das exportações de veículos leves e de 19,7% em ônibus,
enquanto as vendas externas de caminhões caíram 2,7% em maio, considerando a série livre de efeitos sazonais. Apesar da queda
na margem em caminhões, os volumes seguem superiores ao registrado em 2020 e 2019.
Para 2021 e 2022, nossas projeções foram elevadas, passando de 25,9% para 39,1% em 2021 e de 9,9% para 10,9% em 2022,
com revisão altista para leves e pesados, motivada pela recuperação mais acelerada da economia mundial, dados os avanços
na vacinação ao redor do mundo. Assim, as exportações devem continuar em crescimento nos próximos meses, ganhando impulso
a partir do 2º semestre, diante da retomada econômica em países demandantes do setor, principalmente na América Latina.
Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções
Exportação por destinos
As exportações brasileiras continuam direcionadas principalmente a países da América Latina. Nos últimos anos, países, além da Argentina, mostraram intenso crescimento nas exportações, com destaques ao Chile que representou 11,2% em 2021, ante apenas 4,8% em 2017, e a Colômbia, que também alcançou 11,2% em 2021, após 2,3% em 2017.
No entanto, a Argentina ainda mantém a maior participação, representando, sozinha, 38,7% das exportações, com maior destaque em veículos leves. Nos últimos meses, as vendas de veículos na Argentina mostraram ligeiro arrefecimento, devido ao aumento de novos casos de covid-19 no país em maio.
Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções
Importações totais de veículos
Em maio, as importações totais cresceram 98,5% na variação anual, refletindo a fraca base de comparação, dado que em mai/20 as importações caíram 61,7%. O share alcançou 10,3% em maio, após 9,8% em abril. Entre os segmentos, o crescimento na variação foi disseminado entre leves (+97,6%) e caminhões (135,4%). As taxas de participação das importações nas vendas internas também cresceram em leves (+0,6 p.p. ante abril, para 10,8%) e em caminhões (1,0 p.p., para 4,7%).
As importações devem continuar em crescimento nos próximos meses, diante da melhora da atividade econômica, favorecendo as vendas. No entanto, os níveis depreciados do real ante o dólar devem restringir o maior dinamismo das importações.
Em 2022, o crescimento deve se manter de forma gradual. Por um lado, a continuidade de melhora da economia favorece a demanda
por veículos. No entanto, as incertezas políticas relacionadas à questão eleitoral devem restringir maior apreciação do real
ante o dólar, limitando o crescimento.
Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções
Preços de veículos novos
Em maio, os preços automotivos cresceram 0,3% em relação ao mês anterior, em termos reais. Em termos nominais, a alta na margem foi de 1,2%, após 1,0% em abril. O aumento dos preços ao consumidor reflete as maiores pressões da cadeia produtiva no abastecimento de insumos, levando em conta o aumento nos custos dos insumos diante dos problemas de oferta global e câmbio desvalorizado.
Apesar disso, o repasse dos preços ao consumidor vêm ocorrendo de forma gradual, acompanhando a retomada da demanda por veículos. Assim, a expectativa é de que os preços do setor continuem em elevação no decorrer do ano, ainda levando em conta as pressões nos custos de insumos e o aumento nas vendas de veículos.
Para 2022, os preços devem mostrar ligeira redução real, uma vez que a normalização da oferta global deve diminuir as pressões nos preços dos insumos para a produção.
Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções
Confiança do consumidor
O índice de confiança do consumidor subiu 3,1 pontos em maio, o segundo crescimento consecutivo na margem, atingindo o patamar de 76,2 pontos na série com ajuste sazonal. Os avanços em maio seguem a trajetória de recuperação da confiança iniciado em abril, com a reabertura das atividades. No acumulado de abril e maio, a confiança do consumidor recuperou cerca de 80% das perdas sofridas em março, quando a confiança caiu 9,8 p.p. na margem dessazonalizada.
No mês, ambos os componentes cresceram. O índice de situação atual (ISA) subiu 4,2 p.p. na margem e 3,7 p.p. na variação anual, o primeiro crescimento na métrica anual desde o início da pandemia, refletindo a base mais fraca no mesmo período do ano passado. O índice de expectativas (IE), cresceu 3,2 p.p. na margem dessazonalizada e 18,9 p.p. na variação anual.
Apesar do crescimento disseminado entre os componentes, os níveis seguem bem divergentes. O ISA alcançou 68,7 pontos em maio, enquanto o IE atingiu 82,4 pontos, considerando a série com ajuste sazonal. A diferença relaciona-se ao maior pessimismo
dos consumidores no período corrente, devido às incertezas ligadas à questão pandêmica e maiores pressões dos preços no orçamento familiar, especialmente em famílias de renda mais baixa. Tal dinâmica deve melhorar no 2º semestre, com maior impulso da confiança.
Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções
Número de carros leves registrados entre 2014 até 2021, por tipo de combustível
Registros de veículos elétricos e híbridos no Brasil de 2006 a 2021
ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO
Ao todo no Brasil, hoje são registradas 61 fábricas no país, em 10 estados diferentes e 42 municípios distribuídos pelo país. Desse total, 3 ficam localizadas no Nordeste, 4 no Centro-Oeste, 21 no Sul e 35 no Sudeste. O estado com maior destaque na produção, contando com mais de 26 fábricas em seu território é o estado de São Paulo.
De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:
0
% de aumento na produção de veículos em 2022
PLAYERS
Principais marcas de automóveis de passageiros no Brasil em 2021, por número de matrículas (em 1.000)
Principais marcas de comerciais leves do Brasil em 2021, por número de unidades
registros (em 1.000)
Principais marcas de caminhões no Brasil em 2021, com base no número de matrículas
Número de concessionárias de veículos automotores no Brasil em 2021, por marca
Em termos de players de mercado assim fica a composição do cenário nacional por tamanho e relevância das empresas no setor:
- Fiat Chrysler: 691 concessionárias
- Volkswagen: 409 concessionárias
- Chevrolet: 362 concessionárias
- Renault: 244 concessionárias
Não somente da semelhança cultural entre vários países latinoamericanos, mas também, na composição econômica dos mesmos e da grande estabilidade dos players que fazem parte do mercado automotivo no mundo, os modelos de carros vendidos em cada localidade são, de certa maneira, muito semelhantes. A fim de exemplificar o panorama de vendas na região, o gráfico abaixo exibe os modelos de veículos mais vendidos no primeiro trimestre de 2021 na América Latina:
Outro dado relevante a ser abordado é a quantidade de empregos envolvidos em determinado setor. No caso do setor automobilístico, hoje, no país estima-se que direta e indiretamente existam mais de:
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Milhão de empregos
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Empregos
Já empregos diretos do setor exclusivo de produção de autoveículos e máquinas agrícolas, foram contabilizados em 2021 mais de:
Os carros híbridos e elétricos vêm tomando cada vez mais espaço no panorama nacional. Do ano de 2019 para o ano de 2020, houve um aumento de mais de 70% nos emplacamentos dos carros exclusivamente elétricos.
Estima-se que até 2021, a frota de carros elétricos beirou os 73 mil carros, sendo São Paulo o estado com maior número de modelos.
IMPACTO DA PANDEMIA
O impacto da pandemia afetou de forma direta o setor automobilístico ao redor do mundo. Não diferente no Brasil. fechamentos de grandes fábricas como a da Ford no ano de 2021, são indicadores de extrema importância no panorama do setor nacional. A falta de matéria-prima como os semicondutores, são problemas recorrentes até os dias atuais.
No quesito produção, em território nacional, houve uma queda significativa no número de veículos produzidos de 2019 para 2020. No ano de 2019, foram produzidos cerca de 2,94 milhões de veículos no país, já em 2020, o número foi de 2,01 milhões, uma queda significativa que demonstra o tal impacto.
Big Picture
Previsão de 9,4% de crescimento em 2022
57 unidades industriais no país
4897 concessionárias
1,2 milhão de empregos (diretos + indiretos)
27 fabricantes atuando no mercado nacional
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Baixa
A barreira de entrantes potenciais é vista com baixa, uma vez que esse mercado exige uma grande quantidade de capital para investimento, além das complicações em trâmites legais e a forte consolidação de imagem e marca dos players.
Produtos Substitutos – Média
Os produtos substitutos raramente conseguem prover a mesma conveniência dos automóveis no uso diário. Existem alternativas no mercado, que em grande maioria, atuam em paralelo, não ameaçando diretamente.
Poder dos Fornecedores- Alta
O poder de barganha dos fornecedores pode ser considerado com baixo, diante da grande oferta de fornecedores que na maioria das vezes são pequenas empresas. Além disso, o uso de materiais substitutos facilita neste quesito.
Poder dos Compradores – Alta
Os consumidores do mercado automotivo, de forma geral, são muito sensíveis ao preço, alternando sem muita dificuldade para modelos alternativos, uma vez que o ticket médio do mercado possui alto equilíbrio.
Rivalidade entre players – Muito Alta
Com um número moderado de players e empresas com grande experiência de mercado, além da alta taxa de fidelização dos clientes, o que implica em uma dinâmica de alta competitividade.
OPORTUNIDADES
Mesmo com a falta de matéria-prima que afeta o mercado global, as tendências de produção visam um aumento para o ano de 2022. Cada vez mais, também, carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no mercado, em paralelo com o fortalecimento do mercado de automóveis seminovos, que vêm acompanhando de forma gradativa o aumento do ticket médio dos carros novos.
AMEAÇAS
Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.
Atualmente, a crise dos chips e semicondutores vêm afetando de maneira brusca a produção de automóveis ao redor de todo o mundo. Além disso, com a instabilidade do dólar afetando o barril de petróleo, o preço da gasolina aparece como um dos grandes vilões nesse mesmo viés, assim como a altas taxas de juros que vêm dificultando o acesso ao crédito no Brasil.
A falta de insumos tem sido um problema constante, que fez várias montadoras darem um tempo nas produções no ano passado e que deve ainda continuar em 2022. Previsões mais otimistas já veem o setor se normalizando, ainda no segundo semestre deste ano, mas a previsão é que volte à normalidade somente a partir de 2023.
TENDÊNCIAS
Tecnologias de Ponta
Com um mundo cada dia mais conectado, dinâmico e interativo, essas qualidades não poderiam passar despercebidas no setor automotivo, os consumidores cada vez mais buscando integrar até mesmo os veículos ao seu estilo de vida, logo, as exigências por computadores de bordo melhores, com mais funcionalidades, com Wi-Fi, link com smartphones têm se mostrado ainda mais como prioridade na busca por um automóvel,
Nos modelos de luxo, isso vai além, com piloto automático para estacionamento, diferentes modos de funcionamento do motor (sport, supersport), assistente de condução, entre outros. Tornando dirigir uma experiência única daquele produto.
(Fonte)
Assim como os processos para compra, financiamento e aluguel de veículos passam a ser mais tecnológicos, os consumidores também esperam mais tecnologia nos automóveis.
Os veículos atuais devem ser equipados com Wi-Fi, conectividade e interatividade. Modelos equipados com os melhores computadores de bordo, além de desempenharem funções já utilizadas pelos celulares dos usuários.
A exigência do consumidor em relação à tecnologia cresceu, já que hoje vivemos um mundo completamente tecnológico.
Principalmente para o público que consome carros de luxo, esses modelos devem vir equipados com o que há de mais moderno para alcançar uma boa posição no mercado.
Fonte: Anfavea.
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Milhões de carros seminovos e usados vendidos em 2021
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% de aumento em comparação com 2020
O ano de 2021 apresentou fortes tendências no comportamento dos consumidores dentro do setor automotivo no Brasil. Um grande destaque vai para a categoria dos SUVs, que, mesmo com maior média de preço, lideraram os emplacamentos até o final do dado ano. Em comparação com o ano de 2018, no qual um a cada cinco veículos vendidos no país era um SUV, os emplacamentos no ano de 2021 registraram dados muito mais animadores para o setor. Até o mês de dezembro, de todos os carros emplacados no ano, cerca de:
Carros Elétricos
Talvez a maior revolução do mercado dos últimos anos, os carros elétricos vêm ganhando mais espaço, segundo a FENABRAVE, o segmento de veículos eletrificados foi o que apresentou o maior crescimento nas vendas durante o mês passado. Segundo o levantamento mensal da federação, foram 6.391 unidades vendidas no mês, um aumento de 50,31% em comparação com o mês anterior. Comparando com o mesmo período do ano anterior, demonstra um crescimento ainda maior, apresentando um aumento de 131,98%
Ainda de acordo com o balanço da Fenabrave, no acumulado do ano foram emplacados 32.242 veículos eletrificados no país – alta de 41,75% em relação ao mesmo período de 2021 (de janeiro até setembro).
E as perspectivas para 2023 são ainda melhores. com as montadoras tendo em foco baratear os carros que possuem essa tecnologia, como a Renault que pretende lançar uma versão do Kwid como o carro elétrico com menor preço no mercado, a tendência é que os modelos híbridos e elétricos venham ganhando cada vez mais preferência ao longo dos próximos anos
“Atualmente, o consumidor já conta com uma boa variedade de opções de eletrificados, e a tendência é que os segmentos continuem em crescimento nos próximos anos”
Mauricio Andreta Jr., presidente da Fenabrave
Declínio dos carros populares
Com a evolução constante do setor sendo guiada por inovação tecnológica e a alta competitividade no mercado, a indústria a cada ano vem apostando em melhorar os seus produtos, o que causa um encarecimento natural dos carros ofertados. Devido a isso, para que os automóveis possuam as features desejadas por essa camada do público, os valores finais fogem cada vez mais do orçamento de um “carro popular”, por isso, mesmo os modelos mais famosos e queridos tendem a deixar de serem produzidos, como é o caso do Gol da Volkswagen que deixará as linhas de produção.
“O próprio consumidor tem exigido uma qualidade maior em relação aos carros, o que foge do conceito de carro popular. Esse segmento sempre significou veículos de baixa cilindrada, mais básicos, sem ar-condicionado e sem direção hidráulica. Hoje, raramente encontramos algo assim no mercado. Então, a tendência é que os carros populares acabem”
Consultor automotivo Gabriel de Oliveira
Outro fator contribuinte para o declínio dos carros populares, é a ascensão do mercado de seminovos, que trazem alternativas mais em conta quando comparadas aos modelos 0 km.
Fonte: IEMA.
Carros Alugados
A locação de carros vêm crescendo exponencialmente nos últimos anos, e com a pandemia e serviços de transporte como a Uber, a necessidade e desejo do cliente final de possuir um veículo próprio foi intensamente questionada e reduzida, por isso as locadoras vêm se sobressaindo a cada dia mais. Ao longo de 2021, as buscas por aluguel de carros cresceram 56% no Brasil, mesmo com a crise na indústria automotiva, o anuário da ABLA consta que a locação de veículos cresceu 33,5% em 2021. O faturamento bruto do setor saltou de R$ 17,6 bilhões em 2020 para R$ 23,5 bilhões no ano passado, o maior crescimento nos últimos cinco anos.
Também em 2021 as locadoras já possuíam 25,5% do total de automóveis comerciais leves emplacados no país, porém esse número ainda é menor do que o de 2019, quando as locadoras tinham cerca de 541.346 emplacamentos, contra os 441.858 de 2021.
‘Mesmo diante da pandemia e da crise na indústria automotiva, as locadoras de veículo vivem sua melhor fase. Segundo o anuário da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), divulgado no dia 8 de março, a locação de veículos cresceu 33,5% em 2021. O faturamento bruto do setor saltou de R$ 17,6 bilhões em 2020 para R$ 23,5 bilhões no ano passado, o maior crescimento em cinco anos.
A frota também aumentou. Em 2021, as locadoras compraram 441.858 carros zero quilômetro, o que representa 25,5% do total de automóveis comerciais leves emplacados no país. No comparativo com o ano anterior, o crescimento da frota das locadoras foi de 22,5%, quando foram comprados 360.567 veículos. O resultado, no entanto, ainda é menor do que o anotado em 2019, com 541.346 emplacamentos.
(Fontes)
Procura por aluguel de carros cresce 56% no país em 2021
Tecnologias e Meio Ambiente
Toda essa tecnologia traz a necessidade de proteção de dados, eliminando riscos de invasão e compartilhamentos sem consentimento. Para isso, as montadoras vêm firmando parcerias com startups de tecnologia. A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, se uniu à FIEMG Lab, hub de inovação tecnológica da Federação das Indústrias de Minas Gerais.
Já a Ford dividiu-se em Ford Blue, com os veículos à combustão tradicionais, e a Ford Model e, focada em modelos elétricos. Nas palavras de seu CEO, Jim Farley, “a Ford Model e será o centro de inovação e crescimento da Ford, com uma equipe dos melhores talentos de software, elétricos e automotivos do mundo” que visa “criar veículos elétricos e experiências digitais verdadeiramente incríveis para as novas gerações de clientes da Ford.”
As notícias não param. Recentemente, a Caoa Chery fechou sua fábrica em Jacareí – SP até 2025, com ideia de reformá-la para a produção de veículos elétricos e híbridos. Com isso, 485 funcionários serão demitidos.
Diante de restrições e pelas causas ambientais que constantemente são levantadas, as grandes fabricantes de veículos vêm se adaptando cada vez mais quanto a esses quesitos. Para efeito de comparação, dados levantados pelo Instituto de Energia e meio Ambiente de São Paulo, o IEMA, apresentaram que os carros representam cerca de 72,6% das emissões de gases efeito estufa (GEE), representando 88% dos quilômetros rodados por veículos motorizados na capital paulista. Nesse viés, modelos de carros híbridos e elétricos começam a aparecer cada vez mais no mercado brasileiro. Mesmo com o preço médio extremamente elevado, marcas como Renault, por exemplo, já apresentaram modelos mais “acessíveis” como o Kwid elétrico, utilizando a estratégia de baratear a imagem do veículo ao associá-lo com um carro popular da marca.
Fonte: IEMA.
Restrições e Tecnologias
No primeiro mês de 2022, a resolução PROCONVE L7 entrou em vigor, visando diminuir as tendências de poluição causadas por veículos automotivos. Tal resolução, afeta diretamente nas linhas de produção das fabricantes de veículos, uma vez que as restrições impostas pela resolução, visa ajustes em peças como:
- Motor
- Catalisador
- Tanque de combustível
Essas mudanças visam, prioritariamente, alterar a composição das peças supracitadas, a fim de diminuir os poluentes gerados no funcionamento dos veículos, como gases do escapamento e emissões evaporativas geradas no tanque de combustível, por exemplo. Com a PROCONVE L7 em vigor, espera-se que haja um aumento nos custos iniciais a fim de monitorar e garantir que a produção esteja de acordo, contando, também, com a descontinuação de diversas linhas de produção de veículos que irão acarretar em prejuízos para as fornecedoras e montadoras.
Seminovos
Os juros e impostos sobre carros 0 km causaram o aumento dos preços, diminuindo dessa forma, a possibilidade de muitos consumidores adquirirem veículos próprios, além do surgimento de diversas alternativas para transporte urbano.
Uma dessas alternativas é o mercado de seminovos, onde se faz possível a compra de um automóvel em boas condições por um preço inferior, por esse motivo, é um mercado que se tornou a primeira opção de muitos clientes.
Por outro lado, algumas fontes têm demonstrado uma estagnação ou leve queda dos preços, indicada no monitoramento divulgado pela KBB Brasil, indicando uma regularidade no mercado, que deve manter o panorama geral não muito distante do último ano.
A alta taxa de inflação acumulada para os carros 0 km encareceu ainda mais os novos modelos. No primeiro semestre de 2022, a inflação acumulada está perto de 20%, o que impulsiona o interesse por seminovos e condições facilitadas de pagamento, como o financiamento
Fonte: IEMA.
HIGHLIGHTS
“Basicamente fica bem claro que o tamanho desse mercado é gigante, e vem crescendo e se inovando desde que foi criado, é importante ficar de olho nas novas tecnologias e na tendência sustentável que está presente atualmente em praticamente todos os mercados do mundo.
Vale a pena destacar a falta de matéria-prima que afeta o mercado global, as tendências de produção visam um aumento para o ano de 2023. Cada vez mais, também, carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no mercado, em paralelo com o fortalecimento do mercado de automóveis seminovos, que vêm acompanhando de forma gradativa o aumento do ticket médio dos carros novos.
E para finalizar, o mercado brasileiro é um grande berço de novas tecnologias, de produção em massa e grandes marcas. Sendo o segundo maior mercado da américa latina quando falamos em veículos no geral e o oitavo no mundo. Posição muito positiva porém ainda pode ser melhorado visando a exportação e grande mercado interno brasileiro”