Bares-e-restaurantes Q2-23

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Depois de tanto tempo com restrições, retomar as atividades fora de casa é um desejo de muitas pessoas para começar a retornar à realidade. Por isso, comer fora de casa acaba sendo um dos programas sociais mais buscados e o setor de food service comemora. Este claramente não é um hábito que surgiu com a flexibilização da pandemia: segundo uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), as vendas da indústria alimentícia para o setor de refeições fora do lar cresceram 184,2% entre os anos de 2009 e 2019, em uma média de 11% ao ano, registrando em 2019 um valor acumulado de R$ 184,7 bilhões.

Depois do baque sofrido em 2020, em que o share da alimentação caiu dos 33% de 2019 para 24% (os 76% restantes foram direcionados ao varejo alimentício), o esperado era que 2021 fosse um ano decisivo para a retomada do setor, e os números não decepcionaram. A ABIA estimou o fechamento do ano em 27% de participação nas vendas totais da indústria de alimentos no mercado interno (R$ 173,3 bilhões) em 2021. O aumento representa 23,9% a mais que o registrado no ano anterior, precedendo a recuperação completa do food service em 2022.

INDICE

Introdução

Visão Geral

Prejuízos da Pandemia
Sazonalidade
Comportamento do Público
Preferências
Ticket Médio
Emprego
Big Picture
Análise Interna do Setor
Oportunidade
Ameaças
Tendências
Softwares
Tecnologia
Highlights

PREJUÍZOS DA PANDEMIA

  • O setor de bares e restaurantes no Brasil foi um dos muitos setores impactados diretamente pela pandemia da Covid-19. De março do ano passado até julho de 2021, estima-se que 335 mil empresas fecharam em definitivo e 1,3 milhão de trabalhadores foram demitidos no país. Até março de 2020, eram 1 milhão de negócios do setor e 6 milhões de empregados diretos. Sendo assim, 30% das empresas de bares e restaurantes encerraram suas atividades no país por conta da pandemia, e 20% dos trabalhadores deste setor perderam seus empregos. 

    Só nos primeiros quatro meses de 2021, mais 100 mil empregos foram perdidos e mais 35 mil empresas fecharam as portas. O faturamento do setor em 2020 foi de R$ 175 bilhões, frente a R$ 235 bilhões em 2019. Um prejuízo de arrecadação de R$ 60 bilhões.

0
% Dos B&R encerraram atividade
0
Milhões de trabalhadores foram demitidos

 

Após longos meses de prejuízos, consequência direta da pandemia da Covid-19, o setor de bares e restaurantes tem se aproximado dos patamares pré-pandêmicos, e já sinaliza crescimento no país. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a expectativa de faturamento para este ano é de R$ 215 bilhões.

Em julho de 2021, segundo a Abrasel, o setor está faturando, em nível nominal (ou seja, sem correção da inflação), semelhante a julho de 2019. Em termos reais, considerada a correção da inflação, o mês está 15% abaixo comparando esses dois períodos. A expectativa da Abrasel, no entanto, é de que no segundo semestre o faturamento cresça, uma vez que o setor está acelerando, devendo fechar os últimos seis meses deste ano no mesmo patamar do segundo semestre de 2019, já considerando a inflação. 

Apesar da perspectiva de crescimento, especialistas apontam um cenário de super endividamento das empresas. O setor está superendividado, com mais de 64% com dívidas em atraso, e a normalização do faturamento não será suficiente para equacionar o problema tão grande que foi gerado. Além disso, muitos empresários do ramo estão enfrentando dividas em bancos e dívidas de impostos e aluguel.

E o que mudou em relação ao período pré-pandêmico?

Com as adaptações para seguir em funcionamento mesmo durante a pandemia, algumas características das operações no mercado de bares e restaurantes já não são mais as mesmas. Como exemplo, se antes os estabelecimentos optavam por operar apenas presencialmente, ou seja, recebendo pessoas no salão, hoje há mais flexibilidade. Os sistemas de retirada e de entrega ganharam muitos adeptos nesse período e tendem a continuar sendo uma alternativa lucrativa.

Nesse sentido, as tecnologias de conectividade e cloud ajudaram consideravelmente a expandir o negócio para o ambiente digital, facilitando, assim, o relacionamento com o consumidor, ao oferecer o que ele precisa ou deseja.  Além disso, o levantamento da Abrasel mostra que 72% do setor opera com menos funcionários hoje do que antes da Covid-19. Embora 31% dos estabelecimentos tenham a intenção de investir em novas contratações, 58% vão ajustar o quadro de funcionários e 27% ainda terão que recorrer a demissões.

0
% Do setor opera com menos funcionários
0
% Do setor pretende contratar novos funcionários
0
% Do setor ainda terão que recorrer a demissões

Entre as que estão contratando, uma em cada cinco afirmam estar com dificuldades em encontrar mão de obra. Os cargos mais qualificados são os que têm menos oferta de profissionais, segundo a pesquisa. Profissionais como chefs de cozinha, gerentes e cozinheiros são os mais difíceis de encontrar vaga, depois vêm os especialistas, como sushimans.

Sazonalidade movimenta o mercado

Com a chegada do verão, o setor de bares e restaurantes, em especial nas regiões litorâneas do país, projeta bons números para o período. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a área deve movimentar cerca de R$ 80 bilhões e gerar mais de 60 mil vagas de emprego entre os meses de janeiro e março de 2022.

A expectativa é de que, no verão, nas regiões litorâneas, o aumento nas vendas nos bares e restaurantes possa chegar a 30%. Uma das explicações para as perspectivas positivas do setor se dá ao fato de que muitas pessoas deixaram de viajar para o exterior. Sendo assim, o consumo interno tem sido alavancado de forma inédita, especialmente nos pontos turísticos nacionais.

COMPORTAMENTO DO PÚBLICO

Inegavelmente, a conduta do consumidor mudou bastante. Embora esses novos hábitos tenham sido adquiridos pelas necessidades impostas, alguns podem ter vindo para ficar. A consultoria Dunnhumby divulgou um relatório em abril de 2021 sobre o comportamento do consumidor brasileiro após a chegada da Covid-19 ao País. Entre os resultados, destaca-se que 4 a cada 10 pessoas continuam comendo mais em casa, em comparação ao período anterior.

De olho nessa tendência, o mercado de bares e restaurantes começaram a investir em sistemas de entrega e retirada, programas de fidelidade ou em kits personalizados. Estes levam uma experiência para a casa da pessoa, que pode montar, por exemplo, seu lanche preferido de uma hamburgueria.

Ainda na reportagem baseada em pesquisa da Dunnhumby, os entrevistados responderam sobre fatores que pesam na hora da compra. Nesse sentido, o preço é o grande decisor para 80% das pessoas, enquanto 21% priorizam a qualidade. Em paralelo, a pesquisa antes de comprar também se tornou um hábito para 47% dos brasileiros. Aliás, na pesquisa, o Brasil é o quinto país com maior preferência em manter este hábito de comer em casa, perdendo apenas para a Coreia, Malásia, Tailândia e China.

Preferências Preço x Qualidade

0
% Preço
0
% Qualidade

Outros pontos importantes da mudança do hábito do consumidor são a preocupação com os impactos da alimentação em diferentes setores. Segundo o estudo da EY Parthenon, publicado pela Veja Insights, em setembro de 2020, no pós-pandemia, haverá um novo estilo de vida para os brasileiros. Sendo assim, 75% dos entrevistados pretendem priorizar decisões de compra mais saudáveis, enquanto 70% deles  se atentarão mais aos impactos ambientais e sociais de seus gastos. Além disso:

  • 89% aumentarão ou manterão seus gastos atuais em alimentos frescos;
  • 64% buscarão o serviço de kits de comida;
  • 62% comprarão refeições preparadas em estabelecimentos para consumo posterior;
  • 72% vão continuar ou aumentar a compra de alimentos congelados;
  • 33% optarão por novas marcas para apoiar negócios locais.
  •  

Ou seja, há uma busca por alimentos mais nutritivos e cuja produção cause menor impacto ambiental, como as proteínas vegetais. Dependendo do público-alvo do negócio, o mercado de bares e restaurantes precisa responder a essas novas demandas e se ajustar.

Restaurantes de comida a quilo

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estima que 40% dos restaurantes especializados em comida a quilo fecharam no país devido à crise econômica causada pela pandemia de covid-19. O Brasil tinha cerca de 200 mil estabelecimentos desse tipo, e a estimativa atual é de que esse número tenha caído para 120 mil.

Nas regiões com grande concentração de escritórios, as medidas de restrição e o grande número de pessoas em trabalho remoto reduziram o movimento nos estabelecimentos de refeição rápida. Segundo a Abrasel, os restaurantes por quilo ou self-service, que tinham grande procura antes da crise, atualmente têm menos de 10% do movimento pré-pandemia.

Saúde financeira dos restaurantes

Muitos bares e restaurantes tiveram que operar de portas fechadas e apenas por delivery, o que impactou diretamente o faturamento e fez com que vários deles precisassem recorrer a linhas de crédito para manter seus negócios abertos e com saúde financeira. De acordo com uma pesquisa feita pela Abrasel, em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, quase 4 em cada 5 bares e restaurantes tiveram que captar recursos durante a crise.

O estudo, realizado com 875 estabelecimentos comerciais de todo Brasil durante o mês de junho, mostra que aqueles que procuraram por empréstimo optaram, em sua maioria, por bancos privados (43,7%), seguido das cooperativas de crédito (16,6%) e aplicativos de delivery (9,42%).

Outras opções como amigos ou agentes privados, adquirentes, bancos digitais e aplicativos de pagamento também foram mencionadas. A pesquisa revela ainda que dos bares e restaurantes que tentaram um empréstimo durante a pandemia, apenas 50% conseguiram. Entre as principais razões para a não liberação dos recursos foram citadas: restrições com o nome da empresa (39,3%) ou com o nome do proprietário/sócio (23,2%) e não conseguir apresentar garantias e/ou faturamento suficientes (33,6%).

O crédito é uma realidade para os estabelecimentos comerciais mesmo antes da crise ocasionada pela Covid-19. Dos entrevistados, 74,9% afirmaram já terem solicitado um empréstimo desde que começaram os negócios, tendo como principais motivos garantir fluxo de caixa (26,6%), pagar dívidas (25,0%), realizar reformas no espaço físico e/ou ampliar o estabelecimento (10,7%). No mais, nota-se que para 8,6%, o valor do empréstimo também foi direcionado para implantar e/ou ampliar o modelo de delivery.

Delivery

O serviço de delivery passou de um diferencial para uma necessidade do mercado, em diferentes áreas. Com a chegada da pandemia, esse mercado se tornou ainda mais fundamental, estimulando o maior consumo e influenciando hábitos da população, tanto com relação ao aumento da frequência de pedidos por um mesmo usuário de apps de entrega, como com a chegada de novos consumidores. De acordo com dados do site Statista, o Brasil foi destaque no segmento de delivery na América Latina em 2020. Sozinho, o país foi responsável por quase metade do mercado, chegando a 48,77%. Em seguida, México e a Argentina, com cerca de 27,07% e 11,85%, respectivamente.

Atualmente, o país conta com grandes players de atuação nacional e outras empresas do segmento com abrangência unicamente regional. Entretanto, nos três Estados do sul do Brasil o mercado é explorado pelos grandes apps, como iFood, Rappi, com margem de negócio para players regionais compreenderem com maior propriedade o perfil e as necessidades dos consumidores locais.

A importância das parcerias com marketplaces de delivery

Segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), por causa da piora da pandemia que enfrentamos no começo de 2022, a projeção de faturamento do setor neste ano, prevista inicialmente para R$ 235 bilhões, deve cair para R$ 215 bilhões. Ele deve ser, porém, superior ao do ano passado, R$ 175 bilhões. De acordo com a associação, das cerca de um milhão de empresas do setor de bares e restaurantes no início do ano passado, 300 mil fecharam as portas por causa da pandemia do coronavírus.

Mas o que fazer nesses momentos de crise? Como aumentar o faturamento? Muitos donos de bares e restaurantes tiveram que apostar no ambiente digital numa velocidade em que não esperavam. Além disso, empresas de vale refeição como a sodexo fizeram parcerias com os principais marketplaces de alimentação do mercado, para que todos passassem a aceitar o cartão-refeição da empresa.

Saída do Uber eats

O anúncio de encerramento das operações de entrega de refeições no Brasil feito pela Uber Eats foi recebido com pesar e muita apreensão pelo setor de bares e restaurantes. Para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), é sintomático que cerca de um mês após a Delivery Center anunciar o fim de suas atividades no país, outra gigante do delivery faça o mesmo.

Na visão de especialistas, isso representa uma significativa perda de competitividade no mercado de delivery. Segundo ele, uma possível solução para a crise possa ser a implementação do padrão Open Delivery, iniciativa liderada pela Abrasel e que disponibiliza um código aberto para padronização de cardápios e pedidos, tornando o mercado de delivery mais transparente, ágil, acessível e competitivo, já que a tendência é que os restaurantes passem a trabalhar com mais marketplaces, estimulando melhores práticas, preços e prestação de serviço..

Recuperação do setor

Embora a pandemia do coronavírus tenha afetado em cheio o setor de alimentação fora do lar, o número de novos negócios abertos apenas no primeiro semestre de 2021 já é maior do que no mesmo período de 2019, antes do aparecimento da doença que paralisou o mundo. Dados divulgados na última semana pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária (IBPT) apontam a abertura de 16.659 restaurantes, lanchonetes, casas de suco e similares em todo o Brasil de janeiro a junho de 2021.

É um número maior do que no mesmo período de 2019, quando 13.326 novos negócios foram criados, e de 2020, com 10.939 sendo que a pandemia no Brasil começou a afetar o comércio a partir do final do mês de março. A pesquisa leva em consideração os dados públicos da Receita Federal do Brasil, e estima que 85% deles são de negócios independentes e 15% de franquias. Esse bom desempenho contrasta com o número de fechamento de empresas ao longo da pandemia que, segundo entidades representativas do setor, ficou entre três a quatro em cada 10 estabelecimentos.

Alimentação fora de casa cresce e indústria vê volta a normalidade

Após cair mais de 24% em 2020, a participação do food service nas vendas da indústria de alimentos e bebidas apresentou retomada em 2021, ano em que foi iniciada a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. As vendas para bares e restaurantes somaram R$ 176,3 bilhões, crescimento de 26% ante o registrado no primeiro ano de pandemia, segundo números divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). Descontada a inflação, as vendas reais da indústria de alimentos e bebidas cresceram 3,2% no último ano, resultado semelhante ao observado em 2020.

Ticket Médio

Em relação ao tíquete médio despendido nos estabelecimentos de foodservice, uma pesquisa do IDF mostra o crescimento de quase 13% em outubro de 2021, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, passando de R$ 31,50 para R$ 35,60.

Esse aumento poderia ser comemorado se não corroborasse a subida da inflação no setor, que foi de 3,2 pontos percentuais no período, saindo de 5,5% em outubro de 2020 para 8,7% no mesmo mês de 2021.

Fonte: IFB

Emprego

A oferta de empregos em bares e restaurantes vem em um bom momento para a retomada da economia no setor. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Abrasel, mostra que quase metade das empresas desse segmento estão com as finanças ajustadas e prontas para recuperar o tempo perdido, em função da pandemia.

Uma estimativa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) prevê que o setor deve movimentar cerca de R$ 80 bilhões e gerar mais de 60 mil vagas de emprego entre janeiro e março do ano que vem. Nas regiões litorâneas, o aumento nas vendas em bares e restaurantes pode chegar a 30% em virtude do verão.

Formas de pagamento

Uma pesquisa, realizada através da internet, pela ABRASEL em que  obteve mais de 1.200 respostas de todos os estados do país metrificou padrões de consumo por parte dos clientes. O levantamento mediu como anda a aceitação do Pix em bares e restaurantes. Nada menos do que 93% disseram já ter adotado o sistema para receber dos clientes. No entanto, o Pix ainda está longe de se transformar no meio preferencial de pagamento: apenas 3% disseram ser este o principal método usado pelos clientes no salão ou balcão, índice que melhora ligeiramente no delivery: 7%.

O cartão de crédito continua sendo o mais usado –  tanto no salão (65%) quanto no delivery (73%). Em ambos os casos, o pagamento com dinheiro em espécie foi apontado como meio preferencial por apenas 1% dos estabelecimentos entrevistados.


Big Picture

R$ 173,3 bi
Vendas totais da indústria de alimentos em 2021

40%
dos restaurantes a quilo no Brasil fecharam as portas

48,77%
Participação do Brasil no Share Latino Americano
de delivery

31%
Do setor pretende contratar novos funcionários

64%
Dos empreendimentos possuem dívidas atrasadas

80%
Do público leva em consideração o preço ao escolher um restaurante

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

O QUE É?

É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico

Entrantes Potenciais – Alta

O segmento de bares e restaurantes apresenta um alto risco de entrantes potenciais devido a sua baixa barreira de entrada, o segmento não exige certificações específicas, o que vai definir a barreira será o porte e proposta do empreendimento.

Produtos Substitutos – Alta

O segmento apresenta um alto índice de produtos substitutos devido a sua extensa quantidade de player e diferentes forma de atuação.

Poder dos Fornecedores- Baixa

Devido a alta concentração de players no mercado os players acabam perdendo poder de barganha.

Poder dos Compradores – Alta

Devido a alta concentração de player e diferentes produtos e experiências ofertadas nos empreendimentos do setor, os compradores acabam possuindo um alto poder de compra.

Rivalidade entre players – Muito Alta

O setor apresenta uma alta rivalidade entre os players, muito por conta da alta variedade de empresas e produtos ofertados. Além disso, com o boom do delivery, as empresas estão enfrentando uma corrida de eficiência na modalide.

OPORTUNIDADES

O mercado de Bares & Restaurantes, apesar da baixa causada pela pandemia, é marcado por grandes oportunidades ao longo dos últimos anos, ele se encontra em constante expansão e inovação, e vem ajudando a economia como um todo. No Brasil esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:

Setor ligado ao cotidiano do Brasileiro

Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor ao longo dos últimos anos de pandemia, o segmento está ligado ao cotidiano do brasileiro, sendo assim, a medida que trabalhos, faculdades e escolas voltam a normalidade, o movimento do ramo tende a aumentar e consequentemente os gastos.

Novas formas de atuação

Devido ao boom da modalidade de delivery e take Away, novas oportunidades de mercado surgiram, ajudando o empreendimento a ampliar seu raio de atuação sem a necessidade de investir grande quantias de dinheiro, um exemplo disso são as Dark Kitchens.

Pontos físicos mais baratos

A crise provocada pela pandemia irá tirar muitos empresários do mercado por conta das dificuldades de manter o negócio em pé. Ao mesmo tempo, isso iria criar oportunidades para outros ingressarem no mercado, com um aumento da vacância de espaços em shoppings centers e nas ruas consequentemente, com melhores negociações de aluguéis.

AMEAÇAS

Como todo mercado em constante recuperação pós pandemia, o setor de Bares & Restaurantes também enfrenta diversas ameaças. Sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.

Inflação

Ainda que já seja possível encontrar bares e restaurantes lotados novamente, 2022 dificilmente será um ano brilhante para o setor. Primeiro, pela dificuldade de cravar a recuperação com uma inflação acumulada acima dos 10% e diante de uma economia incerta, o que abala a confiança do consumidor brasileiro.

Variantes e contaminação local

Segundo, pelas ondas da Ômicron e de influenza, que estão dificultando a operação e provocando novos fechamentos desta vez, em decorrência do alto índice de contaminações entre os trabalhadores, afastando cerca de 20% dos funcionários dos salões toda semana, segundo a Abrasel.

Mudança do padrão de consumo

Este será um dos maiores desafios do setor: convencer as pessoas a voltarem a comer fora de casa. Muitos dos que precisaram voltar às atividades presenciais criaram estratégias alternativas para fazer suas refeições nesses últimos dois anos, com novos hábitos de consumir comida caseira ou adequados ao delivery de marmitas. Mais do que isso, os 71% de brasileiros que perderam renda nesse período, seja pelo desemprego, pressão inflacionária ou achatamento salarial, devem rever essa frequência de alimentação na rua.

TENDÊNCIAS

Segundo a ABIA, o share de mercado do food service deve ter uma melhora este ano, alcançando os patamares de 28% de crescimento. Como o cenário para este ano é de aumento da taxa de juros, endividamento, inadimplência e encarecimento do crédito, os negócios do setor de food service devem estar atentos e preparados para aproveitarem o crescimento estimado para o ano.

Cardápios informativos

Com a sociedade cada vez mais consciente sobre a origem do que consome cotidianamente, é natural que isto seja refletido na forma como as pessoas esperam transparência e produção justa dos alimentos, alinhados com a redução do impacto no meio ambiente.

Para isso, a disponibilização de cardápios que contenham não apenas a composição dos pratos, mas que tragam também a origem dos ingredientes e seus diferenciais, pode ser um grande diferencial na experiência destes consumidores.

Carnes veganas

Alimentação vegana e vegetariana já é uma realidade difundida e “posta à mesa” há alguns anos. Para transformar e integrar ainda mais esta cultura ao meio gastronômico, a inserção de, pelo menos, uma opção vegana no cardápio está se tornando um diferencial para restaurantes na atração de um público que ainda pode estar muito segmentado.

Além disso, apostar nesses pratos pode ser importante para oferecer mais uma opção para clientes que estão habituados com sabor, cheiro e textura da carne, mas que ainda não sabem que é possível atingir a mesma experiência com produtos que possuem ingredientes 100% de origem vegetal.

Ghost restaurants/Dark Kitchens

Em linha com o crescimento exponencial do delivery nos últimos meses, estes estabelecimentos vêm se consolidando como modelo de negócio, uma vez que funcionam exclusivamente para entregas a domicílio e dispensam a necessidade de um salão.

As vantagens desta estratégia estão no baixo custo e no direcionamento de um serviço que tende a permanecer em alta, mesmo com a reabertura do atendimento presencial e a perspectiva de um abrandamento da pandemia.

Análise de dados

Em sintonia com o boom do delivery, alguns restaurantes têm investido também na análise de dados gerados pelos sistemas de gestão e entrega, como a localização dos pedidos, ticket médio e quais pratos possuem mais sucesso dentro do estabelecimento.

Este recurso já é realidade em grandes redes de alimentação e vem crescendo cada vez mais em restaurantes de pequeno e médio porte, uma vez que auxiliam os empreendedores no controle de estoque, na composição de seus cardápios e no desenvolvimento de estratégias de venda, promoções, planos de fidelização ou descontos.

Parcerias entre restaurantes e supermercados

As redes supermercadistas estão aproveitando o cenário de retorno da alimentação fora do lar para apostar em serviços integrados de alimentação, com parcerias com restaurantes e opções de pratos prontos a baixo custo. Crescem também os corredores de congelados e as ofertas nas categorias de pratos semiprontos, cujo preço consegue se manter ainda abaixo dos restaurantes.

A rede Bob’s, por exemplo, lançou em novembro sua linha de produtos congelados, distribuída em supermercados pelo País. Antes, o Grupo Big já tinha fechado parceria com a Swift, da JBS, para instalação de geladeiras com itens para o dia a dia, implementando um espaço da marca dentro das lojas do hipermercado.

SOFTWARES

Goomer

A Goomer possui soluções digitais para os restaurantes, podendo ficar disponível nas mesas ou ser levado pelo garçom. Um das grandes vantagens é que existe solução do pedido até o momento do pagamento. O gestor pode detalhar as informações, colocar fotos dos pratos, além de sugerir harmonizações na tela para o cliente. Com a solução da Goomer para bares e restaurantes, a cozinha recebe automaticamente o pedido com as especificações e personalizações do cliente em tempo real. Dessa maneira, os garçons podem atender cada cliente de forma personalizada.

Bematech Mister Chef

Desenvolvido para aumentar o desempenho e a eficiência do seu restaurante, o Bematech Mister Chef é um sistema que ajuda a controlar toda a gestão financeira, de estoque e análise de indicadores via web, otimizando as receitas e reduzindo custos originados pela falta de controle.

Tecknisa

A Teknisa traz inovação para automação comercial para food service. As soluções e aplicativos integrados ao ERP geram uma gestão unificada de todas as áreas da empresa. Com sistemas POS e PDV para restaurantes, pizzarias, hamburguerias, sushis e temakerias, a empresa gera ainda economia na aquisição de softwares e nos valores das entregas fiscais.

MarketUP

O ERP MarketUP é um sistema de gestão que será a ferramenta auxiliar na administração do negócio. Desenvolvida especialmente para bares, cafés e restaurantes, a aplicação conta com recursos exclusivos para gerenciamento de estoque, emissão de documentos fiscais, controle em tempo real de fluxo de caixa, além da ferramenta “comanda”, que funciona organizando o atendimento às mesas.




TECNOLOGIA

IoT é poderosa aliada do setor

Para isso, a Internet das Coisas (IoT) é uma das tecnologias em destaque. Com a ajuda de dispositivos conectados, como sensores e câmeras, é possível monitorar todos os ambientes em tempo real.

Na prática, a IoT implementada no mercado de bares e restaurantes auxilia, por exemplo, a gerir o fluxo de pessoas no salão e a manter o padrão de higiene na cozinha. O gerenciamento do estoque também pode ser realizado por meio de recursos inteligentes, evitando-se o desperdício de alimentos e o abastecimento desnecessário.

Conectividade e cloud: uma parceria de sucesso

Trazer a digitalização para dentro dos restaurantes aumenta as chances de uma operação eficiente. Hoje, para garantir um ambiente seguro, algumas práticas, como a reserva online de mesas, já são bastante utilizadas.  Sobretudo, a conectividade e a cloud são elementos-chave para que esses sistemas de gerenciamento das reservas, o delivery e a retirada de produtos funcionem da melhor forma.  Os serviços em nuvem trazem o melhor custo-benefício para manter softwares atualizados, bem como para armazenamento.

Como exemplo, o cardápio digital via tablets disponibilizados no estabelecimento ou por QR Code é uma tendência que depende da conexão de internet. Aliás, o QR Code pode ser usado não só para acessar o menu, mas para pagamento pelo Pix ou, ainda, para que o cliente possa se logar à rede Wi-Fi do estabelecimento.  Isso está bastante alinhado ao aumento do uso do celular para compras. Segundo estudo da MeSeems/MindMiners, 62% dos brasileiros consomem exclusivamente pelos smartphones. Nesse sentido, torna-se cada vez mais importante disponibilizar esses novos meios de pagamento, como o por aproximação, Pix ou pelo WhatsApp.

HIGHLIGHTS

“Apesar do setor ter sido bastante afetado pela pandemia e ainda apresentar reflexos desses prejuízos, o segmento apresenta boas perspectivas de retomada, principalmente pelas novas formas de atuação que estão surgindo e as inúmeras inovações tanto no âmbito tecnológico como também de consumo por parte da população. O setor apresenta boas oportunidades para empresas que já atuavam no ramo, como também para novos empresários que queiram adentrar no mercado de forma inovadora e diferente. É válido pontuar também que o setor está muito ligado tanto a rotina do dia a dia da população que muitas vezes realizam refeições fora do lar por motivos de trabalho e estudo, como também é um setor ligado ao lazer e a sazonalidade, apresentando assim boas oportunidade de atuação.”

Vinícius Ribeiro – Business Analyst

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

pexels-prem-pal-singh-tanwar-602750

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Tags: No tags

Add a Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *