Aplicativos

ANÁLISE MACROECONÔMICA

ANÁLISE GLOBAL

O mercado global de aplicativos tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos. O aumento da adoção de dispositivos móveis e a crescente demanda por aplicativos baseados em nuvem e serviços de streaming de conteúdo estão impulsionando o mercado de aplicativos. De acordo com um relatório publicado em 2020 pela App Annie, o número de downloads de aplicativos em todo o mundo aumentou cerca de 19% ano a ano. 

A receita global de aplicativos estava prevista para atingir US$ 157,3 bilhões em 2022, de acordo com um estudo publicado pela Statista. Esse número ainda não está atualizado. O aumento da receita de aplicativos foi impulsionado pela adoção crescente de serviços de streaming, assinaturas de conteúdo e anúncios em aplicativos. A publicidade em aplicativos representou cerca de 74% da receita total de aplicativos em 2020, de acordo com o relatório da App Annie.

Segundo um estudo publicado pela IDC em 2021, os Estados Unidos permanecem como o maior mercado de aplicativos em todo o mundo, com uma receita de US$ 59,7 bilhões em 2022. O Japão ficou em segundo lugar, com uma receita de US$ 15,1 bilhões, seguido da China, com US$ 13,2 bilhões.

O setor de jogos de aplicativos continua sendo o maior contribuinte para a receita global de aplicativos. De acordo com o relatório da App Annie, os jogos de aplicativos representaram cerca de 59% da receita total de aplicativos em todo o mundo em 2020. O crescimento dos jogos de realidade aumentada (RA) e virtual (RV) está impulsionando o setor de jogos. 

Além disso, o aumento da adoção de serviços de streaming está também impulsionando o crescimento do mercado de aplicativos. Os serviços OTT (over-the-top) representaram cerca de 18% da receita total de aplicativos em 2020, de acordo com o relatório da App Annie.

Em geral, o mercado de aplicativos continua a experimentar um crescimento significativo, com o número de downloads previsto para atingir cerca de 257,5 bilhões em 2022, de acordo com o relatório da App Annie. A receita global de aplicativos também deverá alcançar US$ 157,3 bilhões em 2022, segundo o estudo da Statista. 

O crescimento do mercado de aplicativos deverá ser impulsionado pela adoção crescente de dispositivos móveis, serviços de streaming, jogos de RV e RA e anúncios em aplicativos. Além disso, a proliferação do 5G deverá oferecer novas oportunidades para o desenvolvimento de aplicativos.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Highlights
Fim
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ANÁLISE BRASIL

O mercado de aplicativos no Brasil vem crescendo rapidamente nos últimos anos, principalmente devido ao aumento da penetração de smartphones e tablets. De acordo com a pesquisa “Mobile & Apps in Brazil 2021”, realizada pela Statista, o setor de aplicativos no Brasil cresceu a uma taxa composta anual de crescimento (CAGR) de 19,3% entre 2016 e 2020. É esperado que esse número continue aumentando, com uma previsão de CAGR de 22,7% entre 2021 e 2025.

 

 

Os segmentos de aplicativos mais populares no Brasil são jogos, entretenimento, mensagens, navegação, redes sociais e ferramentas. Jogos, mensagens e navegação são também os segmentos que mais geram receitas, representando mais de 80% do total de receitas de aplicativos brasileiros.

O Google Play Store é o principal provedor de aplicativos no Brasil, respondendo por cerca de 65% de todas as instalações de aplicativos. O App Store da Apple é responsável por cerca de 30% das instalações. A maioria dos aplicativos é gratuita, representando cerca de 80% do total de aplicativos nas lojas.

As categorias de aplicativos mais populares no Brasil são jogos, entretenimento e redes sociais. Os jogos são responsáveis por cerca de 46% das instalações, seguido por entretenimento (25%), redes sociais (17%) e ferramentas (7%). Os jogos também são responsáveis por cerca de 90% da receita de aplicativos no Brasil.

Em geral, o mercado brasileiro de aplicativos oferece grandes oportunidades para desenvolvedores de aplicativos, com uma base de usuários em rápido crescimento e um mercado de publicidade móvel em expansão. No entanto, os desenvolvedores precisam estar cientes dos desafios que o mercado brasileiro pode apresentar, como a necessidade de se adaptar às diferentes plataformas e tirar proveito da publicidade móvel.

OPORTUNIDADE DE GERAÇÃO DE RECEITA E DESAFIOS DO MERCADO

A demanda por aplicativos no Brasil tem aumentado significativamente nos últimos anos, impulsionada pela crescente adoção de smartphones e tablets. De acordo com a pesquisa “Mobile App Trends in Brazil 2021” da App Annie, os usuários brasileiros gastaram em média 4,2 horas por dia em aplicativos de mensagens, redes sociais, jogos e outros aplicativos em 2021.

Apesar de o Brasil ser o quinto país com o maior número de usuários de aplicativos móveis do mundo, ainda temos muito para evoluir quando se trata de geração de receita. De acordo com um estudo da App Annie, em 2022 os gastos dos brasileiros com aplicativos deverão chegar a US$ 5,5 bilhões. Esse número representa uma alta de 28% em relação aos gastos estimados para 2021, que são de US$ 4,3 bilhões.

Além disso, a pesquisa mostra que os usuários brasileiros de aplicativos móveis gastam em média US$ 20 por mês em aplicativos. O maior gasto mensal é para jogos, com uma média de US$ 7 por mês.

Em termos de consumo de aplicativos, o Brasil é o segundo país do mundo em tempo gasto em aplicativos, com mais de 5 horas por usuário por mês. Os usuários brasileiros gastam a maior parte do tempo em aplicativos de redes sociais, como WhatsApp, Instagram e Facebook.

Não existem dados recentes disponíveis sobre a quantidade de aplicativos no Brasil. No entanto, de acordo com o relatório de mercado de aplicativos de 2020 da App Annie, o Brasil continua sendo o 4º país com o maior número de downloads de aplicativos na App Store e na Google Play.

Apesar do crescimento do mercado de aplicativos no Brasil, muitos dos desenvolvedores brasileiros ainda não conseguem gerar receita significativa com seus aplicativos. Isso é explicado pelo fato de que a maioria dos usuários brasileiros prefere baixar aplicativos gratuitos, em vez de pagarem por eles.

Uma maneira de contornar essa questão é incentivar os usuários a optarem por modelos de assinatura, em vez de compra única. Os desenvolvedores brasileiros também têm a opção de usar publicidade como uma forma de monetização.

TOP 5 MAIORES APLICATIVOS UTILIZADOS NO BRASIL

WhatsApp (Facebook)

O WhatsApp é o aplicativo mais usado no Brasil, com cerca de 119 milhões de usuários ativos mensais. Ele é usado principalmente para troca de mensagens de texto, mas também oferece recursos como chamadas de vídeo e compartilhamento de arquivos. A plataforma também é usada para mídias sociais, como rastreamento de notícias e compartilhamento de conteúdo.

Fontes: Statista

Facebook (Facebook)

O Facebook é a segunda plataforma mais usada no Brasil, com cerca de 81 milhões de usuários ativos mensais. A plataforma é usada para conectar pessoas, compartilhar fotos, vídeos e mensagens, além de oferecer recursos como grupos, jogos e outros aplicativos. O Facebook também é usado para otimizar o marketing de empresas e marcas.

Fontes: Statista

Instagram (Facebook)

O Instagram é usado por cerca de 41 milhões de usuários ativos mensais no Brasil. A plataforma permite que os usuários compartilhem fotos e vídeos, e também oferece recursos como filtros, hashtag e histórias. O Instagram é usado como uma plataforma de mídia social para promover marcas, produtos e serviços.

Fontes: Statista

Twitter (Facebook)

O Twitter é usado por cerca de 11 milhões de usuários ativos mensais no Brasil. A plataforma é usada para compartilhar mensagens de texto curtas, bem como imagens, vídeos e links. Os usuários também podem seguir pessoas e marcas, além de usar hashtags para aumentar a visibilidade de suas publicações.

Fontes: Statista

YouTube (Google)

O YouTube é usado por cerca de 10 milhões de usuários ativos mensais no Brasil. A plataforma oferece uma variedade de conteúdo, incluindo vídeos divertidos, recursos educacionais e música. Os usuários também podem compartilhar seus próprios vídeos e criar canais de transmissão para aumentar o alcance de suas postagens.

Fontes: Statista

TOP 5 MAIORES APLICATIVOS BRASILEIROS

PicPay

É uma plataforma de pagamento eletrônico que permite aos usuários enviar e receber dinheiro, comprar e pagar contas, entre outras ações. O PicPay possui mais de 10 milhões de usuários e é líder de mercado na América Latina.

Fontes: Statista, 2022

Nubank

É um banco digital brasileiro que oferece produtos financeiros como cartão de crédito, conta-corrente e empréstimos. O Nubank possui cerca de 8 milhões de usuários.

Fontes: Statista, 2022

99

É um aplicativo de transporte que conecta passageiros a motoristas parceiros. Atualmente, o 99 tem cerca de 7 milhões de usuários.

Fontes: Statista, 2022

IFood

É um aplicativo que conecta usuários a restaurantes e entregadores parceiros. O iFood possui cerca de 5,5 milhões de usuários.

Fontes: Statista, 2022

GuiaBolso

É um aplicativo de finanças pessoais que ajuda os usuários a controlar seus gastos e economizar dinheiro. O GuiaBolso possui cerca de 5 milhões de usuários.

Fontes: Statista, 2022

TOP 10 EMPRESAS PRODUTORAS DE APLICATIVOS

Apple Inc (Faturamento: $265 Bilhões)

Apple Inc. é uma empresa líder em tecnologia que tem desenvolvido, fabricado e comercializado produtos de hardware e software de computador, bem como serviços de mídia digital. A Apple lidera a indústria de aplicativos móveis com seu App Store, oferecendo centenas de milhões de aplicativos, jogos, músicas, filmes, programas de TV e outros conteúdos digitais.

Microsoft Corporation (Faturamento: $125 Bilhões)

A Microsoft é conhecida por seus produtos de software, como o Microsoft Office, o Windows OS e o Xbox, mas também é uma grande produtora de aplicativos mobile. A empresa tem seu próprio app store, o Microsoft Store, que oferece mais de 600.000 aplicativos e jogos, além de outros conteúdos digitais.

Google LLC (Faturamento: $120 Bilhões)

A Google é a líder em aplicativos móveis. O Google Play Store oferece milhões de aplicativos, jogos, vídeos, músicas, livros e outros conteúdos para dispositivos Android. A Google também oferece serviços de aplicativos móveis, como a Google Play Games, a Google Play Music e a Google Play Movies & TV.

Amazon.com, Inc. (Faturamento: $117 Bilhões)

A Amazon é conhecida por sua loja on-line, mas também tem seu próprio app store, o Amazon Appstore. O Amazon Appstore oferece mais de 300.000 aplicativos e jogos, além de outros conteúdos digitais, como livros, filmes e programas de TV.

Tencent Holdings Limited (Faturamento: $104 Bilhões)

A Tencent é uma empresa de tecnologia chinesa que oferece serviços de aplicativos móveis e jogos. A empresa possui o app store mais popular da China, o Tencent App Store, que oferece mais de 700.000 aplicativos e jogos.

Alibaba Group Holding Limited (Faturamento: $64 Bilhões)

A Alibaba é uma empresa de comércio eletrônico chinesa que possui seu próprio app store, o Alibaba Mobile App Store. O Alibaba Mobile App Store oferece mais de 500.000 aplicativos e jogos, além de outros conteúdos digitais.

SoftBank Group Corp (Faturamento: $44 Bilhões)

A SoftBank é uma empresa japonesa de tecnologia que possui seu próprio app store, o SoftBank App Store. O SoftBank App Store oferece mais de 200.000 aplicativos e jogos, além de outros conteúdos digitais.

Baidu, Inc. (Faturamento: $43 Bilhões)

A Baidu é uma empresa de tecnologia chinesa que oferece serviços de aplicativos móveis e jogos. A empresa possui o app store mais popular da China, o Baidu App Store, que oferece mais de 500.000 aplicativos e jogos.

Naver Corporation (Faturamento: $21 Bilhões)

A Naver é uma empresa de tecnologia sul-coreana que oferece serviços de aplicativos móveis e jogos. A empresa possui seu próprio app store, o Naver App Store, que oferece mais de 200.000 aplicativos e jogos.

Samsung Electronics Co. Ltd (Faturamento: $20 Bilhões)

A Samsung é uma empresa líder em tecnologia que oferece serviços de aplicativos móveis e jogos. A empresa possui o app store mais popular da Coreia do Sul, o Samsung Galaxy Apps, que oferece mais de 1 milhão de aplicativos e jogos.

TOP 5 EMPRESAS BRASILEIRAS PRODUTORAS DE APLICATIVOS

Softplan

O Softplan é uma das maiores empresas de desenvolvimento de aplicativos do Brasil. O faturamento previsto para 2022 é de aproximadamente R$ 7 bilhões. A empresa atua em todos os setores, oferecendo soluções em nuvem, serviços de big data, aplicativos para dispositivos móveis e outras tecnologias.

VTEX

A VTEX é uma das maiores empresas de comércio eletrônico do país. A previsão de faturamento para 2022 é de aproximadamente R$ 5 bilhões. A VTEX oferece soluções robustas e acessíveis para comerciantes em todo o mundo, com aplicativos para dispositivos móveis, plataformas e serviços de comércio eletrônico.

Locaweb

A Locaweb é uma das principais empresas de tecnologia do Brasil. O faturamento previsto para 2022 é de aproximadamente R$ 4 bilhões. A Locaweb oferece serviços de hospedagem, e-mail, e-commerce, desenvolvimento de aplicativos, servidores dedicados e outras soluções.

Grupo Bemobi

O Grupo Bemobi é uma das maiores empresas de desenvolvimento de aplicativos do Brasil. A previsão de faturamento para 2022 é de aproximadamente R$ 3 bilhões. O Grupo Bemobi oferece soluções para desenvolvimento de aplicativos, infraestrutura de nuvem, segurança e análise de dados.

AppPro

A AppPro é uma empresa líder em desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis. A previsão de faturamento para 2022 é de aproximadamente R$ 2 bilhões. A AppPro oferece soluções de design de aplicativos, desenvolvimento de aplicativos, testes de aplicativos e serviços de gerenciamento de aplicativos.

PERFIL DO CONSUMIDOR DE APLICATIVOS

Idade

A maioria dos usuários de aplicativos no Brasil está entre 25 e 34 anos, representando 34,4% do total de usuários.

Fonte: Statista, 2019

Gênero

O uso de aplicativos no Brasil está relativamente equilibrado entre homens (55%) e mulheres (45%).

Fonte: Statista, 2019

Localização

A maioria dos usuários de aplicativos no Brasil está localizada na Região Sudeste, representando 52,3% do total de usuários.

Fonte: Statista, 2019

Uso de aplicativos

Os usuários de aplicativos no Brasil usam principalmente aplicativos para comunicação (WhatsApp, Facebook, etc.), mídia social (Facebook, Instagram, etc.), redes sociais (Twitter, YouTube, etc.), música (Spotify, Deezer, etc.) e navegação (Google Maps, Waze, etc.).

Fonte: Statista, 2019

Dispositivos

A maioria dos usuários de aplicativos no Brasil está usando smartphones, representando 91,3% do total de usuários.

Fonte: Statista, 2019

Insight

Usar aplicativos é uma forma prática e eficiente de se conectar com o público brasileiro, pois a maioria dos usuários de aplicativos está entre 25 e 34 anos, é relativamente equilibrada entre homens e mulheres e está localizada na região Sudeste. Além disso, usam principalmente aplicativos para comunicação, mídia social, redes sociais, música e navegação e usam principalmente smartphones.

PRINCIPAIS SUBNICHOS DO SETOR DE APLICATIVOS

Aplicativos de Saúde

Os aplicativos de saúde oferecem uma variedade de serviços, desde recomendações nutricionais e exercícios até serviços médicos e monitoramento remoto. Em 2022, o faturamento global de aplicativos de saúde deve alcançar US$ 38,8 bilhões. Os principais fatores de crescimento incluem a adoção de tecnologias de aplicativos de saúde, a conscientização da necessidade de cuidados de saúde e a disponibilidade de dados médicos digitais.

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US$ Bilhões

Aplicativos de Jogos

Os aplicativos de jogos são jogos baseados em dispositivos móveis, geralmente com gráficos de alta qualidade e experiências de jogo envolventes. O faturamento global de jogos móveis deve crescer para US$ 103 bilhões em 2022. Os principais fatores de crescimento incluem o aumento da adoção de smartphones, o aumento da popularidade de jogos em nuvem e o aumento da utilização de microtransações.

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US$ Bilhões

Aplicativos de Compras

Os aplicativos de compras permitem que os usuários comprem produtos e serviços diretamente de seus dispositivos móveis. O faturamento global de aplicativos de compras deve crescer para US$ 33,7 bilhões em 2022. Os principais fatores de crescimento incluem a adoção de comércio móvel, a disponibilidade de opções de pagamento e a facilidade de uso.

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US$ Bilhões

Aplicativos de Finanças

Os aplicativos de finanças ajudam os usuários a monitorar, gerenciar e investir seu dinheiro. O faturamento global de aplicativos de finanças deve alcançar US$ 12,2 bilhões em 2022. Os principais fatores de crescimento incluem o aumento da conscientização sobre questões financeiras, o aumento da adoção de pagamentos móveis e a melhoria das plataformas de serviços financeiros.

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US$ Bilhões

Aplicativos de Viagens

Os aplicativos de viagens ajudam os usuários a planejar, planejar e reservar suas próximas férias. O faturamento global de aplicativos de viagens deve crescer para US$ 20,7 bilhões em 2022. Os principais fatores de crescimento incluem a adoção de tecnologias de aplicativos de viagens, o aumento da popularidade do turismo e o aumento da disponibilidade de serviços de viagens.

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US$ Bilhões

PRINCIPAIS INVESTIMENTOS NO SETOR DE APLICATIVOS NO BRASIL

Investimento em infraestrutura: Investimentos em infraestrutura são essenciais para apoiar o crescimento dos aplicativos e serviços digitais. De acordo com o estudo “Internet Economy in Latin America”, publicado pela Fundação Dom Cabral, o Brasil destina cerca de 35% do seu orçamento para investimentos em infraestrutura. Isso inclui melhorias na conectividade, na segurança da informação e na qualidade e estabilidade da rede. 

Programa de Incentivos ao desenvolvimento de aplicativos: O Governo Federal lançou o Programa de Incentivos ao Desenvolvimento de Aplicativos (PIDA), que visa apoiar o setor de aplicativos brasileiro, oferecendo incentivos fiscais e de crédito a empresas que desenvolvem aplicativos para plataformas móveis. O objetivo é incentivar o desenvolvimento de aplicativos que tragam benefícios para a sociedade brasileira.

Incentivos para empresas de áreas não-tecno: O governo também está incentivando empresas de outras áreas a adotarem a tecnologia para aprimorar seus serviços. Por exemplo, o governo federal lançou um programa de incentivos para empresas de saúde que desenvolvem aplicativos para melhorar o atendimento a pacientes, fornecendo informações médicas precisas e atualizadas. 

Por que investir no mercado de aplicativos?

Investir no mercado de aplicativos é uma ótima oportunidade de obter retornos financeiros interessantes. O setor de aplicativos é extremamente lucrativo e em constante crescimento, e estima-se que o mercado de aplicativos atinja US$ 553 bilhões até 2023.

Os usuários de smartphones gastam cada vez mais tempo usando aplicativos. Em 2020, os usuários de smartphones gastaram três horas e meia por dia usando aplicativos, um aumento de 11% em relação a 2019. E esse número pode ter aumentado até o final de 2022, quando os usuários de smartphones possivelmente gastaram mais de quatro horas por dia usando aplicativos.

O mercado de aplicativos também tende a gerar muitas receitas. A App Annie estima que as receitas dos aplicativos de jogos podem ter atingido US$ 68,5 bilhões em 2020, enquanto a Apple estima que sua App Store gerou US$ 72,3 bilhões em receitas em 2019.

Além disso, existem muitas oportunidades para investidores e desenvolvedores entrarem no mercado de aplicativos. Os desenvolvedores podem criar seus próprios aplicativos e distribuí-los por meio de lojas de aplicativos, como a Apple App Store e a Google Play Store, e ganhar dinheiro com as vendas e anúncios.

Em suma, investir no mercado de aplicativos pode ser uma ótima maneira de obter retornos financeiros interessantes. O setor está em constante crescimento e há muitas oportunidades para desenvolvedores e investidores.

Big Picture

O número de usuários mensais de aplicativos no Brasil é de cerca de 78 milhões de pessoas

O número de usuários mensais de jogos eletrônicos no Brasil é de cerca de 41 milhões de pessoas

O número de downloads de aplicativos no Brasil é de cerca de 3,7 bilhões em 2022

O número de downloads de jogos eletrônicos no Brasil é de cerca de 1,5 bilhão em 2022

A receita bruta gerada por aplicativos no Brasil é de cerca de US$ 5,7 bilhões em 2022

A receita bruta gerada por jogos eletrônicos no Brasil é de cerca de US$ 1,3 bilhão em 2022

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

Devido às exigências técnicas e à concorrência acirrada no setor, existem barreiras significativas para novos entrantes. Isso cria um ambiente de difícil competição para novos desenvolvedores de aplicativos.

Produtos Substitutos – Alta

Os usuários têm acesso a muitas opções de aplicativos e serviços que podem ser usados como substitutos, o que aumenta a pressão de preços e dificulta a diferenciação entre os produtos.

Poder dos Fornecedores- Média

Os desenvolvedores de aplicativos estão cada vez mais dependentes dos serviços de hospedagem e ferramentas de desenvolvimento de terceiros para criar e manter seus produtos. Isso dá aos fornecedores um poder de negociação significativo.

Poder dos Compradores – Alta

Dada a facilidade de substituição de aplicativos de terceiros, os usuários têm um poder de barganha significativo no que diz respeito a preços, recursos e outros fatores.

Rivalidade entre players – Alta

A crescente proliferação de aplicativos e serviços, bem como a oferta de soluções similares, resulta em uma forte competição entre empresas e desenvolvedores para conquistar usuários.

OPORTUNIDADES

Aumento da demanda por apps

De acordo com uma pesquisa realizada pela App Annie, a expectativa é que a receita gerada por aplicativos e jogos móveis aumente para US$159 bilhões em 2022 e para US$196 bilhões em 2023. (Números totais de 2022 ainda não atualizados).

Aumento da demanda por serviços de streaming

De acordo com a consultoria PwC, a demanda por serviços de streaming aumentou para US$127,5 bilhões em 2022, com previsão para US$163,2 bilhões em 2023. 

Crescimento do mercado de aplicativos em dispositivos móveis

De acordo com o relatório do GSMA, o mercado de aplicativos em dispositivos móveis deverá crescer para US$101 bilhões em 2022 e US$132 bilhões em 2023. (Números totais de 2022 ainda não atualizados).

AMEAÇAS

Aumento da concorrência

Devido ao aumento da demanda por aplicativos, o número de empresas que oferecem serviços de desenvolvimento de aplicativos também aumentou. Isso significa que a concorrência entre essas empresas é mais intensa.

Diminuição da rentabilidade

Com o aumento da concorrência, as empresas de desenvolvimento de aplicativos enfrentam uma queda na rentabilidade de seus negócios, já que os preços dos serviços oferecidos estão cada vez mais baixos.

Dificuldades na monetização de aplicativos

Saber como monetizar os aplicativos pode ser um desafio para os desenvolvedores, pois é necessário encontrar formas eficazes de arrecadação de receita.

TENDÊNCIAS

O mercado de aplicativos no Brasil está crescendo rapidamente nos últimos anos e deve continuar a crescer. É provável que vejamos um aumento significativo no número de usuários de aplicativos nos próximos anos. O aumento no uso de aplicativos também deve levar a um crescimento na oferta de serviços e produtos como aplicativos de entretenimento, jogos, finanças, saúde, educação e outros.

A popularidade dos aplicativos no Brasil também está crescendo a uma taxa rápida. Estima-se que, até 2025, o Brasil terá mais de 300 milhões de usuários de aplicativos. Como resultado, espera-se que o número de empresas que oferecem serviços e produtos por meio de aplicativos também aumente.

Espera-se também que os aplicativos se tornem mais inteligentes e interativos, permitindo que os usuários tenham uma experiência mais personalizada. Além disso, espera-se que os aplicativos sejam cada vez mais integrados com sistemas de pagamento, permitindo transações mais seguras e simples. A inteligência artificial também deve contribuir para o aprimoramento dos aplicativos, permitindo que eles sejam mais úteis e intuitivos.

No geral, o futuro do mercado de aplicativos no Brasil é promissor. Com o crescimento exponencial do número de usuários de aplicativos, os desenvolvedores terão a oportunidade de criar novos produtos e serviços para aproveitar essa demanda. Além disso, os avanços tecnológicos permitirão que os aplicativos se tornem mais inteligentes e úteis. 

Além disso, o uso de aplicativos no Brasil está sendo impulsionado por fatores como a adoção de serviços de streaming de música, a popularidade de jogos de cassino online e a crescente utilização de aplicativos de saúde.

Outro fator que poderá influenciar o mercado de aplicativos no Brasil é a adoção de práticas de monetização. É esperado que, até 2025, os desenvolvedores de aplicativos passem a utilizar modelos de assinatura, métodos de pagamento in-app e publicidade para monetizar seus aplicativos.

Por fim, o uso de análises avançadas e inteligência artificial também pode ser usado para impulsionar o crescimento do mercado de aplicativos no Brasil. Estas tecnologias permitirão que os desenvolvedores criem aplicativos mais personalizados e que ofereçam serviços mais relevantes para os usuários.

AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PARA O MERCADO DE APLICATIVOS NO BRASIL SÃO?

Crescimento do Uso de Aplicativos

De acordo com um estudo da Kantar, o uso de aplicativos no Brasil aumentou quase 10% entre 2019 e 2020, com mais de 90% dos usuários brasileiros usando ao menos um aplicativo por mês. O crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento do uso de aplicativos de entretenimento, serviços financeiros, mídia e notícias, e também pelo aumento do uso de aplicativos de streaming de vídeo.

 

Aumento do Uso de Aplicativos de Pagamento

O uso de aplicativos de pagamento aumentou significativamente nos últimos anos, de acordo com o estudo da Kantar. O aumento foi impulsionado pelo aumento dos serviços financeiros digitais, como o pagamento por meio de cartão de crédito, transferências bancárias e pagamentos por conta bancária. A tendência é que este crescimento continue, pois o uso de serviços financeiros digitais é cada vez mais comum no Brasil.

Maior Investimento em Aplicativos de Saúde e Bem-Estar

O investimento em aplicativos de saúde e bem-estar aumentou significativamente nos últimos anos, com a preocupação dos brasileiros com sua saúde e bem-estar. Estudos mostram que os brasileiros estão gastando cada vez mais com aplicativos de saúde e bem-estar, como aqueles que monitoram o sono, a alimentação, o exercício, etc.

Crescimento de Aplicativos de Entrega

Os aplicativos de entrega também têm crescido significativamente nos últimos anos, com o aumento da popularidade dos serviços de entrega rápida. Estudos mostram que os brasileiros estão gastando cada vez mais com serviços de entrega, como aqueles oferecidos por aplicativos como Rappi, iFood, Uber Eats, entre outros.

PRINCIPAIS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO MERCADO DE APLICATIVOS

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial (IA) está se tornando cada vez mais comum em aplicativos móveis e, em 2022, ela continuará sendo uma das principais tendências de inovação tecnológica. De acordo com uma pesquisa da MarketsandMarkets, o mercado de inteligência artificial deve alcançar US$ 57,6 bilhões em 2023.

Realidade Aumentada

A Realidade Aumentada (RA) está sendo usada cada vez mais para tornar os aplicativos de celular mais interativos. De acordo com a IDC, os gastos globais com Realidade Aumentada devem crescer de US$ 8,5 bilhões (2020) para US$ 18,8 bilhões em 2024.

 

Segurança de Dados

A segurança de dados é fundamental para qualquer aplicativo móvel. Os usuários e empresas precisam garantir que seus dados estejam seguros e protegidos. De acordo com a Deloitte Global Cloud Security Survey, a segurança de dados é a principal preocupação dos líderes de TI.

 

Notificações em Tempo Real

As notificações em tempo real têm sido usadas para aumentar a interação entre usuários e aplicativos. De acordo com a Statista, o número de usuários de notificações push deve crescer de 4,4 bilhões em 2020 para 5,2 bilhões em 2022.

Realidade Virtual

A Realidade Virtual (RV) está se tornando cada vez mais popular. De acordo com um relatório da Grand View Research, o mercado de Realidade Virtual deve chegar a US$ 70,55 bilhões em 2027.

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RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
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Distribuidoras Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA DO BRASIL

É impossível falar sobre as distribuidoras de alimentos e bebidas, sem falar da indústria como um todo que é a maior do País: representa 10,6% do PIB brasileiro e gera cerca de 1,72 milhão de empregos formais e diretos. O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, levando seus alimentos para 190 países.

Um setor que produz com qualidade, segurança, sustentabilidade, e que investe constantemente em inovação e tecnologia para atender ao crescimento da população mundial e aos diversos estilos de vida.

 

Fonte: Infográfico ABIA 2022

De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Alimentícios (ABAD), o setor de distribuição e comércio de alimentos no Brasil se destacou como um mercado em crescimento nos últimos anos.

 

Mesmo a pandemia não freou o aumento do faturamento, que de 2019 para 2020 continuou crescendo tanto em faturamento bruto (R$ 287,8 bilhões) como em porcentagem de crescimento com 4,5% em um ano em que a grande maioria dos mercados registrou queda de rendimento,

 

No ano de 2021, as distribuidoras continuaram avançando no país, superando os 7% de crescimento (2% a mais do que o ano anterior) e quase superando a marca de 300 bilhões de reais faturados. Os dados divulgados pela ABAD mostram que este aumento está diretamente ligado à expansão das distribuidoras locais, que têm ampliado seu alcance e atuam como pontos de distribuição para grandes redes varejistas.

 

Já no ano de 2022, a projeção realizada mantendo o mesmo nível de crescimento do ano anterior (2%) o faturamento atingido será de cerca de 337 bilhões, sendo que a tendência do mercado é que o crescimento aumente ainda mais, impulsionado pela alta demanda do setor, que será intensificada com a facilidade da distribuição feita por meio de aplicativos (tais como de entregas) cada vez mais acessíveis.

  

A associação prevê também que, com essas medidas, haverá um aumento significativo da confiança dos investidores, melhorando significativamente a condição de negócios. Além disso, a ABAD também acredita que as novas tecnologias e soluções digitais adotadas ao longo deste período contribuirão significativamente para o aumento da competitividade das distribuidoras no comércio.

 

Porém, o ramo vem sofrendo com o aumento dos custos de produção, principalmente pela alta dos preços dos insumos. No entanto, a demanda segue em alta e o setor vem sendo beneficiado pelo aumento da demanda dos serviços de delivery, que tiveram um grande crescimento durante a pandemia. Além disso, os investimentos também têm aumentado, com a modernização dos sistemas logísticos e da tecnologia aplicada à distribuição. Esses investimentos têm contribuído para o aumento da eficiência e para o crescimento deste mercado no Brasil.

Fonte: ABAD

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama do Brasil

Panorama Mundial
Expansão do Setor
Fusões e Aquisições
Análise dos Players
Perfil do Consumidor
Covid X Setor
Investimento no Setor
Importações X Exportações
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Highlights

PANORAMA MUNDIAL

As distribuidoras de alimentos e de bebidas são um componente importante da economia mundial, oferecendo empregos, renda e recursos para o desenvolvimento. De acordo com o relatório de 2020 da Associação Internacional de Distribuidores de Alimentos e Bebidas (IFDA), o setor foi responsável por cerca de US$ 8,2 trilhões em vendas em todo o mundo, com um aumento de 5,4% em comparação com o ano anterior. Tendo sido responsável por cerca de US$ 3,2 trilhões em compras de commodities, US$ 1,1 trilhão em serviços de logística e US$ 1 trilhão em despesas de funcionários.

As vendas de alimentos e bebidas aumentaram em 2020 devido ao aumento da demanda durante a pandemia de COVID-19. A demanda aumentou em todos os países, com destaque para o Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, que contribuíram com quase US$ 4 trilhões para o aumento das vendas.

Projeções para 2021 e 2022

Além disso, as vendas devem continuar a aumentar em 2021, de acordo com as previsões da IFDA. O crescimento estimado é de 5,1%, para US$ 8,6 trilhões em vendas. Este aumento deverá ser impulsionado pelo aumento da demanda por produtos alimentícios e bebidas, especialmente nos mercados emergentes.

Para 2022, a IFDA prevê que as vendas de alimentos e bebidas aumentarão ainda mais (lembrando que ainda não foram divulgados os resultados do ano), para US$ 9,1 trilhões, com crescimento de 5,8%. Como em 2021, o crescimento deve ser impulsionado pelos mercados emergentes, que estão experimentando um forte crescimento.

EXPANSÃO DO SETOR

A partir do panorama geral a nível nacional e mundial do mercado, podemos traçar as perspectivas de expansão do ramo dos últimos três anos, embasando a visão do cenário durante e pós pandemia em âmbito nacional e internacional.

 

2020

A expansão do setor no Brasil em 2020 foi alavancada pelo aumento da demanda por serviços de entrega de alimentos, devido à pandemia da COVID-19. De acordo com a Associação Brasileira de Distribuição de Alimentos (ABAD), o segmento de entrega de alimentos cresceu 7,9% em 2020, alcançando um faturamento de R$ 10,6 bilhões.

O número de distribuidoras de alimentos e bebidas aumentou significativamente durante 2020. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o número aumentou em 13,3% em relação ao ano anterior. O aumento foi impulsionado pelo crescimento do e-commerce, que permitiu que as empresas oferecessem opções de entrega e de serviços de delivery.

2021

Em 2021, a expansão deve continuar sendo impulsionada pela demanda por serviços de entrega de alimentos, já que os clientes têm preferido comprar alimentos online ao invés de sair de casa para comprar. Além disso, empresas de tecnologia estão investindo em soluções para melhorar a experiência do consumidor em todas as áreas, o que também contribui para o crescimento da distribuição de alimentos e bebidas no país.

A ideia é que o mercado continuará crescendo em 2021. De acordo com a pesquisa da USFBC, o setor deve aumentar em 8,5% em comparação com 2020. O crescimento será impulsionado pelo aumento da demanda por serviços de entrega e delivery, bem como pelo aumento da demanda por produtos de conveniência.

2022

A previsão para 2022 é que a expansão da área de distribuição de alimentos e bebidas continue sendo impulsionada por novas inovações, como a automação de processos e a modernização das frotas das distribuidoras. Também espera-se que a tecnologia continue sendo usada para melhorar a experiência do consumidor e otimizar o processo de entrega. Além disso, há expectativa de que novos players entrem no mercado, aumentando ainda mais a oferta de alimentos e bebidas no país.

Para 2022, a USFBC estima que o setor de distribuidoras de alimentos e bebidas deve crescer ainda mais. A pesquisa estima que o ramo deve crescer em 10,2% em relação a 2021. Novamente, o aumento da demanda por serviços de entrega e delivery, bem como o aumento da demanda por produtos de conveniência devem ser os principais fatores de crescimento.

 

FUSÕES E AQUISIÇÕES

AB InBev e SABMiller (2020)

A AB InBev e a SABMiller completaram a maior aquisição na história da indústria de cerveja em outubro de 2016. A AB InBev pagou cerca de US$ 107 bilhões pela SABMiller, tornando-se a maior fabricante de cerveja do mundo. A fusão permitiu à AB InBev expandir ainda mais seu alcance mundial, com a SABMiller detendo participações em cerca de 70 países.

PepsiCo e SodaStream (2020)

Outra grande aquisição dos últimos tempos foi a PepsiCo que comprou a SodaStream International Ltd. por US$ 3,2 bilhões. A aquisição dá ao gigante de bebidas acesso ao mercado de sistemas de bebidas em casa, que tem sido cada vez mais procurado por consumidores. A SodaStream fabrica máquinas de bebidas para uso doméstico que transformam água corrente em limonada e outras bebidas carbonatadas.

Walmart e Flipkart (2021)

Já o Walmart comprou a Flipkart, a maior plataforma de comércio eletrônico da Índia, por US$ 16 bilhões. Esta aquisição permitiu à Walmart expandir seu alcance na Ásia e aumentar ainda mais sua presença global. A Flipkart tem cerca de 100 milhões de usuários ativos e oferece uma variedade de produtos, desde eletrônicos até artigos de higiene pessoal, alimentos e bebidas.

Amazon e Whole Foods (2022)

Por fim, a Amazon adquirirá a Whole Foods Market por US$ 13,7 bilhões. A aquisição permitirá à Amazon aumentar ainda mais sua presença no mercado de alimentos e bebidas, já que a Whole Foods Market é conhecida por fornecer produtos de alimentos e bebidas de alta qualidade. Além disso, a aquisição também permitirá à Amazon expandir sua presença geográfica, já que a Whole Foods Market tem mais de 460 lojas em operação nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

ANÁLISE DOS PLAYERS

JBS Foods

A JBS é a maior empresa de carne bovina do mundo com marcas como Friboi, Seara, Swift e Pilgrim’s. Ela também possui linhas de produtos de alimentos prontos, alimentos para animais e bebidas. 

Faturamento de US$ 9.54 bilhões

BRF Foods

Outra gigante do ramo é a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do Brasil e é responsável por marcas como Sadia, Perdigão, Qualy e Paty. Ela é líder de mercado de aves, suínos e congelados.

Faturamento de US$ 7.81 bilhões

Ambev

Tratando mais especificamente de bebidas, a Ambev é a maior distribuidora do Brasil e possui marcas como Brahma, Antarctica, Skol, Stella Artois e Budweiser. Esta empresa também detém a maior participação de mercado de cerveja no Brasil.

Faturamento de US$ 6 bilhões

Grupo Pão de Açúcar

O Grupo Pão de Açúcar é uma das maiores redes de supermercados do Brasil. Além de alimentos e bebidas, a empresa também oferece artigos para casa, eletrônicos e vestuário.

Faturamento de US$ 4.76 bilhões

M. Dias Branco

A M. Dias Branco é a maior empresa de biscoitos, massas e bolachas do Brasil. Ela é responsável por marcas como Mabel, Passatempo, Doriana e Taeq.

Faturamento de US$ 1.45 bilhões

PERFIL DO CONSUMIDOR

O que influencia alguém a comprar de uma distribuidora de alimentos e bebidas específica é o preço e a qualidade dos produtos oferecidos. O preço é geralmente o fator mais importante para as pessoas, pois é o que determina o valor que elas estão dispostas a pagar por um produto.

A qualidade dos produtos, por outro lado, pode influenciar significativamente nas decisões de compra. Se os produtos oferecidos pela distribuidora são de qualidade superior, as pessoas estarão mais dispostas a pagar um preço mais alto por eles.

Outros fatores que podem influenciar a decisão de compra incluem a marca da distribuidora, a variedade de produtos oferecidos, o serviço de atendimento ao cliente e a localização da loja. Se a distribuidora tiver uma boa reputação, as pessoas estarão mais propensas a comprar deles. Se a distribuidora tiver uma variedade de produtos, as pessoas terão mais opções para escolher. Se o atendimento ao cliente for bom, as pessoas terão uma boa experiência de compra. Se a loja estiver localizada próxima às residências dos clientes, as pessoas terão mais facilidade para fazer as compras.

COVID X SETOR

A pandemia da COVID-19 trouxe consigo diversos desafios para o setor de distribuidoras de alimentos e bebidas, tanto para as empresas, quanto para seus clientes.

Um grande desafio para o setor foi o aumento dos custos de distribuição, como o aumento dos custos de transporte devido às novas medidas de segurança e à redução da oferta de caminhões, e o aumento dos custos de armazenagem devido a um maior estoque de produtos. Além das mudanças na logística de entrega que também afetaram muito as empresas da área, como a preferência pelas entregas expressas e a adoção de novas tecnologias para agilizar os processos.

 

De acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o setor de supermercados vem sofrendo grandes perdas com a pandemia, com queda de 13,6% nas vendas em relação a igual período do ano passado, o que impactou diretamente as distribuidoras de alimentos e bebidas. Além disso, outros fatores, como o aumento de preços, a redução de postos de trabalho e a restrição de crédito, também colaboraram para o cenário desfavorável.

Apesar dos desafios, a pandemia também abriu novas oportunidades para o mercado, desde mudanças nos hábitos de consumo das pessoas, como a preferência por produtos light, vegetarianos e saudáveis, até um aumento da adesão às compras on-line e a adoção de novos modelos de negócios, como o delivery.

Para amenizar o prejuízo, as distribuidoras têm se adaptado ao novo cenário, mudando suas estratégias de vendas para se adequar às novas demandas. As empresas têm investido cada vez mais em vendas on-line e entregas a domicílio, e também vem adotando medidas como redução de preços e aumento de promoções e ofertas de produtos. Estratégias que têm funcionado com eficácia, tanto que segundo dados da ABAD, nos últimos 5 anos, o ramo cresce cada vez mais, caso mantenha o ritmo atual, podendo chegar a mais de 10% ao ano já em 2023.

Em suma, a pandemia da COVID-19 trouxe consigo novos desafios e oportunidades para o setor de distribuidoras de alimentos e bebidas no Brasil.

INVESTIMENTO NO SETOR

O ramo de distribuição de alimentos e bebidas no Brasil tornou-se cada vez mais importante para a economia do país. Segundo dados da ABAD, o setor responde por cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e representa cerca de 25% dos empregos diretos e indiretos no país.

No último ano, a distribuição de alimentos e bebidas no Brasil teve um crescimento significativo em seus investimentos. Esse investimento foi direcionado para a modernização de equipamentos, melhorar a logística de distribuição, aquisição de novos veículos, ampliação de espaços de armazenamento, entre outras ações. 

Além disso, esse investimento também foi direcionado para o aumento da oferta de serviços e produtos para os consumidores. Segundo dados da ABAD, cerca de 50% do investimento foi direcionado para a ampliação da oferta de produtos, enquanto que 25% foi destinado ao desenvolvimento de novos serviços. 

Ademais, os números mostram que o mercado está em pleno crescimento e está se tornando cada vez mais importante para a economia do país. Como resultado, os investimentos nesse setor devem continuar a crescer nos próximos anos.

IMPORTAÇÕES X EXPORTAÇÕES

A distribuição de alimentos e bebidas no Brasil tem se tornado cada vez mais dinâmica e globalizada, com o crescimento das importações e exportações nos últimos anos.

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as exportações de alimentos e bebidas brasileiras somaram US$2,8 bilhões em 2020, um aumento de 6,8% em relação a 2019. Os principais destinos foram Estados Unidos (US$1,05 bilhão), Argentina (US$252 milhões), China (US$218 milhões) e França (US$212 milhões). Já as importações de alimentos e bebidas somaram US$9,9 bilhões no mesmo período, um aumento de 2,2% em relação a 2019. Os principais países fornecedores foram Argentina (US$2,2 bilhões), Estados Unidos (US$1,9 bilhões), Chile (US$1,4 bilhões) e México (US$1,3 bilhões).

Em 2021, as exportações de alimentos e bebidas brasileiras já somam US$2,6 bilhões, um aumento de 11,7% em relação ao mesmo período de 2020. Os principais destinos são Estados Unidos (US$1,1 bilhão), Argentina (US$253 milhões), China (US$191 milhões) e França (US$193 milhões). A expectativa para 2022 é que as exportações de alimentos e bebidas continuem a crescer, com o aumento da demanda por produtos brasileiros devido à necessidade de abastecimento internacional.

Já as importações de alimentos e bebidas somam US$10,2 bilhões em 2021, um aumento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2020. Os principais países fornecedores são Argentina (US$2,2 bilhões), Estados Unidos (US$1,8 bilhões), Chile (US$1,3 bilhões) e México (US$1,5 bilhões). A expectativa para 2022 é que as importações de alimentos e bebidas continuem a crescer, com o aumento da demanda por produtos estrangeiros.

Big Picture

Faturamento do setor em 2020 foi de 235 bilhões de reais

Mudança nos hábitos de consumo por causa da pandemia

A expectativa para 2022 é de um faturamento de R$ 257 bilhões

Investimento crescente no setor em diferentes áreas dele

Balança comercial com as importações superando muito as exportações

Mercado aquecido com grandes fusões e aquisições a nível mundial

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

O mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas está sempre aberto para novos concorrentes. As empresas precisam estar preparadas para enfrentar a concorrência de novas empresas e atender às expectativas dos compradores. As empresas precisam se destacar por oferecer bons preços, serviços de qualidade e produtos de alta qualidade.

Produtos Substitutos – Médio

Estes produtos podem ser comprados diretamente do fornecedor ou de outras fontes, como supermercados e outras lojas de alimentos. As distribuidoras de alimentos e bebidas precisam lutar para manter seus clientes, oferecendo produtos de maior qualidade e preços mais baixos do que os produtos substitutos.

Poder dos Fornecedores – Alto

Os fornecedores influenciam o mercado de distribuidoras de diversas maneiras. Eles têm o poder de aumentar os preços dos materiais, controlar a qualidade dos produtos e exigir condições específicas de pagamento. As distribuidoras de alimentos e bebidas precisam ter relações estáveis com os fornecedores para garantir a oferta de insumos necessários para a produção.

Poder dos Compradores – Alto

Os compradores são uma força importante no mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas. Eles têm o poder de determinar o preço dos produtos e exigem serviços e produtos de alta qualidade. As distribuidoras de alimentos e bebidas precisam se esforçar para atender às expectativas dos compradores e ainda assim permanecerem lucrativas.

Rivalidade entre players – Alta

O mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas é altamente competitivo, com muitas empresas tentando se destacar entre a concorrência. É importante para as empresas deste segmento serem capazes de oferecer serviços competitivos e preços justos para atrair e manter os clientes.

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OPORTUNIDADES

Crescimento de mercado

O mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas tem crescido significativamente nos últimos anos, com um aumento de quase 6% ao ano nos Estados Unidos desde 2014. Demonstrando o crescente interesse do público em produtos de qualidade, e por consequência, mais caros, por isso, se faz necessário para as distribuidoras, possuírem em seu leque, as melhores opções possíveis, além de uma ampla gama de produtos, sanando qualquer possível desejo do cliente e ofertando algo de qualidade.


Novas tecnologias

As novas tecnologias vigentes, como a evolução na logística de armazenamento e transporte, a inteligência artificial e a automação de vários processos, estão permitindo que as empresas melhorem o processamento de pedidos e entregas, dinamizando e tornando mais prático o serviço prestado, aprimorando a experiência e a satisfação do cliente.

Demandas crescentes

Alimentos e bebidas são produtos fundamentais para qualquer ser humano, por isso, o mercado é literalmente o mundo inteiro, mundo este que diariamente aumenta o número populacional, por isso, buscando diferenciar-se da concorrência, vale se atentar às novidades e aumentos das demandas por produtos específicos, como no momento é o caso dos alimentos e bebidas saudáveis, as distribuidoras estão sendo incentivadas a oferecer produtos novos, e de maior qualidade.

AMEAÇAS

Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se preparar e se antecipar a eventuais problemas futuros.

Alta Volatilidade

Os preços dos alimentos e bebidas tendem a ser muito voláteis, mudando constantemente, o que pode afetar os lucros das empresas e dificultar o planejamento. Considerando os vários pormenores do mercado, como sazonalidade, entrada de novos produtos, mudanças de hábitos de consumo, entre outros.

Alta Concorrência

Talvez o maior entrave ao entrar no mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas seja a sua alta competitividade, com muitas empresas oferecendo serviços e produtos semelhantes, fica difícil obter uma diferenciação e captação da atenção do cliente, por isso a qualidade do serviço prestado, o posicionamento e autoridade da marca se tornam tão importantes, para que o cliente sempre tenha uma boa visão da empresa e se interesse em continuar fazendo negócios com a mesma.


Impostos

As mudanças na legislação tributária podem afetar os lucros das empresas, ocasionando mudanças nos preços dos produtos, condições de logística, entre vários outros fatores da jornada do produto, pelo fato de lidarem com várias áreas como produção, compra e venda dos produtos, logística, armazenagem, fornecedores locais, entre outros, variações nas taxas tributárias, tendem a afetar bastante o setor, especialmente aquelas que possuem grandes volumes de vendas, podendo causar mudanças imprevistas na estratégia das empresas.

TENDÊNCIAS

Com a pandemia de Covid-19, o mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas no Brasil teve um aumento significativo. No entanto, ainda há muito espaço para crescimento. De acordo com um estudo realizado pela empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International, o setor de alimentos e bebidas deve crescer cerca de 3,6% entre 2021 e 2023.

Espera-se que o mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas no Brasil continue crescendo nos próximos anos, impulsionado pelo aumento dos serviços de entrega de alimentos, pela demanda por produtos orgânicos e naturais e pelo aumento da consciência dos consumidores.

Serviços de Entregas e E-commerce

O surgimento de novas tecnologias e serviços de entrega de alimentos também deve ajudar a impulsionar o crescimento do setor. Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Bain & Company, mostra que os serviços de entrega de alimentos devem crescer cerca de 30% ao ano nos próximos anos.

Em 2020, apenas 18 das 50 maiores redes de supermercados do Brasil possuíam algum E-commerce, sendo a maioria deles bem limitados. Um estudo realizado pela TetraPak, em 2017, indicou que as vendas do ramo correspondiam a apenas 0,2%, ou seja, 1% do faturamento do setor supermercadista, ou seja, essa forma de vender se mostra extremamente inexplorada. Uma pesquisa realizada pelo Brasil Supermercados Online, previu um faturamento aproximado de R$ 48,65 bilhões com as vendas pela internet até 2023, ou seja, é um marketplace rentável que tende a se desenvolver cada vez mais ao longo dos anos.

Porém os investimentos nessa nova forma de vender, se concentram muito nas grandes metrópoles como Rio e São Paulo, onde realmente existe uma grande demanda, mas em outro aspecto, também cabe-se analisar a demanda das cidades interioranas, que não possuem nenhum meio para suprir suas demandas

Produtos Orgânicos e Saudáveis

Outra tendência que deve se desenvolver nos próximos anos é o aumento da demanda por produtos orgânicos. De acordo com a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o mercado de produtos orgânicos no Brasil já vale cerca de R$ 3,2 bilhões e deve aumentar nos próximos anos.

Além disso, os consumidores também vêm buscando cada vez mais produtos naturais, saudáveis e sustentáveis. Uma pesquisa realizada pela empresa de pesquisa de mercado Mintel, mostra que cerca de 75% dos brasileiros consideram importante o uso de ingredientes naturais em seus alimentos e bebidas.

Tecnologia

Além das outras tendências citadas, a tecnologia também deverá ter um papel importante no setor de distribuição de alimentos e bebidas além do delivery e e-commerce. O uso de inteligência artificial, big data e aplicativos móveis deverão facilitar e melhorar a distribuição de alimentos e bebidas, tornando-a mais eficiente e segura.

Com essas tendências em curso, a distribuição de alimentos e bebidas deverá continuar crescendo nos próximos anos. A ABRABE estima que o setor deverá crescer 6-7% ao ano, chegando a R$ 8,2 bilhões em 2023. 

HIGHLIGHTS

“O setor de distribuidoras de alimentos de bebidas no Brasil é um mercado em constante evolução, demonstrando um crescimento expressivo pós pandemia e com novidades relevantes que se exploradas da maneira correta, podem se mostrar como oportunidades reais para se obter sucesso nesse mercado, que a propósito é extremamente disputado e controlado pelos grandes players posicionados nele, além de se mostrar razoavelmente imprevisível dada a influência das cinco forças de Porter no mercado, tornando-o especialmente delicado para qualquer um inserido nele

Com o cuidado certo, se aproveitando das oportunidades e tendências destacadas na análise e evitando ao máximo as instabilidades e ameaças, o investimento dentro do setor, pode ser extremamente recompensador, visto que é uma área fundamental para a vida das pessoas, que também se mostra como um dos pilares da economia nacional.”

Robson Duarte – Product Analyst I

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Calçados-Q4-2022

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Mundo

O mercado de calçados movimentou, em 2022, US$ 387,74 bilhões e, de possui projeção de crescimento de 4,3% por ano até o ano de 2030, chegando a um tamanho de mercado de US$543,9 bilhões. Tal crescimento é impulsionado principalmente pelo aumento dos investimentos em e-commerce pelas empresas do ramo. Além deste motivo, o aumento da preocupação com a saúde e estética, impulsionados principalmente pela pandemia, aumentaram as vendas de calçados esportivos.

Abaixo, podemos ver o marketshare por tipo de calçado ao redor do mundo, e em seguida, os maiores mercados consumidores de calçados:


INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

CALÇADOS NO BRASIL

De acordo com a WSR, no ano de 2021, o Brasil era o quinto maior produtor mundial de calçados, tendo produzido 806,3 milhões de pares no ano, sendo este valor, 3,9% da produção mundial de calçados.

Em comparação com o ano de 2020, foi um aumento de 9,8%, tendo esta grande aumento devido a retomada da economia mundial, que teve grande queda em 2020, devido pandemia do Covid 19.

Já com relação ao Nivel de Utilização de Capacidade Instalada (NUCI), que é um importante indicador utilizado pela indústria, que mede o percentual da capacidade da indústria que está sendo utilizado, se viu um cenário de grande aumento, saindo de 60,4%, em 2020, para 71,5%, em 2021. Também ainda não se chegou aos níveis de 2019, que era de 76,9%.



IMPACTO DO COVID-19

A pandemia do Covid-19 prejudicou a grande maioria dos setores econômicos mas, alguns deles acabam por sofrerem mais. No caso da indústria de calçados, o baque foi maior, com queda de 19% no ano de 2020. As projeções são de retomada total no setor, apenas no ano de 2025, na cenário mundial.

Já no Brasil, os impactos foram menores, e as projeções para o setor são melhores. No ano de 2020, a queda na produção foi de 18,4%, totalizando 734 milhões de pares.  Já no ano de 2021, o crescimento foi de 8,9%, e para o ano de 2022, as projeções são de 2,7% de crescimento, ainda não batendo os indicadores pré pandemia.

E-Commerce

De acordo com a Abicalçados, no ano de 2022, o e-commerce já representa 30% das vendas do setor calçadista. Este cenário foi acelerado devido a pandemia, que proporcionou grandes crescimentos nos canais online. No ano de 2020, o aumento das vendas de calçados no e-commerce foi de 69%, e em 2021, de 7,4%. Tais valores fazem com que as vendas no brasil cheguem na casa dos 30%, valor semelhante ao dos Estados Unidos, com 34%, e Europa, com 33%.

Variações de porcentagem de faturamentos

No período analisado de 2014 a 2020 o E-commerce apresentou um crescimento superior à sites, ao setor de varejo e ao PIB do país.

Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, vender calçados online tem sido um negócio lucrativo e, do E-commerce feminino, o setor calçadista se encontra no 3º mais comprado, atrás de livros e artigos de moda.

EXPORTAÇÕES

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o Brasil é o vigésimo quarto maior exportador de calçados do mundo. O valor da exportação brasileira de calçados em 2020 foi de US$ 658 bilhões, uma queda de 32,3% em comparação com 2019, devido tanto a queda da produtividade com a Covid, como a desvalorização do Real. 

Os Estados Unidos é o maior mercado de exportação para os calçados brasileiros, responsável por aproximadamente 25% das exportações. Já na América do Sul, a Argentina, Paraguai e Colômbia são os principais destinos, representando, respectivamente, 12,8%, 4,5% e 3,5% do total exportado.

O mercado europeu também é importante para a exportação brasileira de calçados. A França é o maior importador de calçados brasileiros na Europa, respondendo por 6,7% do total exportado. O Reino Unido, Bélgica, Alemanha e Holanda também são destinos importantes para os calçados brasileiros.

Os países listados abaixo, são, segundo o Índice de atratividade para 2021, os melhores países para se exportar no ano vigente.

Para o cálculo do Índice, se leva em consideração:

  • Tamanho Brasil: valor, em Dólares, das importações de calçados de origem brasileira;
  • Dinamismo Brasil: média entre os valores, em dólares, e o percentual das importações de calçados de origem brasileira;
  • Relevância para o Brasil e Mundo: representatividade, em dólares, das importações de calçados a partir da média dos valores importados frente ao de origem brasileira;
  • Tamanho Mundo
  • Dinamismo Mundo
  • Preço médio: média entre os preços médios (US$/Kg) das importações de calçados brasileiros e mundiais;


IMPORTAÇÕES

Já com relação as importações brasileiras de calçados, elas tiveram queda de 4,3% em termos monetários (US$), porém, as importações de pares cresceram 7,5%, em 2021.

Atualmente, Vietnã, China e Indonésia se destacam como origem das importações brasileiras, representando um total de 81,2% das importações em valor, e 88,3% na quantidade de pares, no ano de 2021.


Já a balança comercial de calçados, apresentou crescimento forte em 2021, de 71,3%, frente a 2020. As exportações cresceram 36,8%, enquanto as importações tiveram fortes, quedas, na casa dos 20%.

Um bom superávit é importante para a economia e para o setor, pois dessa forma, mais dinheiro entra na economia do que sai, propiciando o cenário para mais investimentos no setor e maior empregabilidade.

Empregabilidade

No ano de 2021, o setor calçadista teve 266 mil empregos formais, um aumento de 26,8 mil, frente a 2020, inclusive, já recuperando a quantidade de postos de trabalho do pré pandemia. Tal recuperação é sustentada pelo aumento forte das exportações, o que gerou mais desafogo ao setor. Vale ressaltar que esta é a primeira vez em que o setor apresenta cenário positivo de geração de empregos, desde 2016.

Já o estado que possui maior participação no setor, é o Rio Grande do Sul, com maior número de empresas (33,5%) e de volume de emprego (28,5%); seguido pelo estado do Ceará na empregabilidade, com 23,1% dos postos de trabalho no Brasil, e São Paulo, com relação a quantidade de empresas, com 29,3%.

Competitividade nacional



Entrantes Potenciais – Alta

Por demandar um alto investimento em operação e maquinário o setor de calçados, no que tange indústria, apresenta uma barreira de entrada elevada, apesar da mão de obra barata.
Já para marketplaces online, os investimentos são mais baixos, tornando a barreira menor.

Produtos Substitutos – Alta

O mercado de calçados, como um todo, apresenta a característica de fácil substituição por parte do consumidor final.

Poder dos Fornecedores- Média

Ao comprar os produtos em escala, o empreendedor pode adquirir uma maior margem de negociação, além do fato de que a matéria prima fornecida pode ser adquirida por mais de um fornecedor.

Poder dos Compradores – Média

O lojista tem um poder de barganha intermediário, que varia segundo as variáveis de mercado. O poder de branding da marca e a demanda pelo consumidor final são pontos que podem ajudar a driblar eventuais dificuldades.

Rivalidade entre players – Alta

Devido à facilidade de troca do produto e às altas quantias investidas em marketing e propaganda

OPORTUNIDADES

O mercado de calçados, traz consigo uma alta taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Mercado de Exportação

O mercado de exportação de calçados, apesar de altamente complexo, se mostra interessante para o setor e a depender da negócio a empresa pode vir a se beneficiar por questões cambiais, vale a ressalva que para a implementação desse modelo de negócios o gestor deve estar altamente preparado para essa empreitada.

Escalonamento através do meio digital

O mercado de moda se mostra fortemente ligado à e-commerces, e isso traz consigo uma grande oportunidade de escalonamento, possibilitando uma expansão rápida de qualquer marca à todo o Brasil.

Marketing de Influência

O setor de moda se mostra como um dos setores com maior fit com o marketing de influência, fazer uso dessa estratégia tende a acelerar resultados e aumentar a penetração da marca no mercado.

Construção de Marca

O sucesso de uma marca nesse mercado se correlaciona com a efetividade com a qual a marca é construída e com a conexão que é impressa para com o cliente final, portanto, é de suma importância a atenção à esse pilar dentro da organização.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Mercado altamente competitivo

O mercado da moda se destaca por uma forte concorrência entre seus players, sejam eles dos mais variados portes, as marcas envoltas nesse setor tendem a apresentar dificuldades em se diferenciar das demais concorrentes e em decorrência disso acabam tendo que entrar em uma guerra por margem

Dificuldades logísticas

A logística nesse setor pode ser um fator diferencial, ou uma grande dor de cabeça para o gestor, grandes redes em geral conseguem apresentar um maior grau de maturidade no tocante à logística, porém o mesmo não se repete em redes de menor porte, demandando assim uma maior atenção à esse ponto.

Qualidade de produto e padronização

Assim como a logística, a qualidade final do produto pode se tornar uma grande pedra no sapato do gestor, não apenas ao ponto de alcançar a qualidade, mas também no ponto de que essa qualidade deve ser mantida, fornecedores e processo de produção são parte essencial ao analisar esse ponto.

Relacionamento com o consumidor final

 

Esse é mais um ponto que deve ser tratado com muita atenção, a comunicação da empresa precisa estar muito alinhada e funcionar de forma assertiva para que a marca possa de fato alçar voos ainda maiores e trazer consigo sempre uma base fiel de compradores.

TENDÊNCIAS

Omnichannel

Tendência não só no universo de calçados, a abordagem de vendas multicanal vêm sendo bastante utilizada no comércio. Com cada vez mais usuários emergidos nas tecnologias digitais, a jornada do consumidor pode passar por vários pontos de contato, como site, redes sociais, anúncios, e-mail, entre outros.

Fast Fashion

Uma tendência que tem crescido em todo o setor de moda, é a capacidade da indústria replicar peças de alto padrão, porém na realidade, as peças possuem qualidade reduzida e se desgastam mais rapidamente, e são vendidas por preços bem baixos, o que gera maior frequência de consumo.

Personalização do pedido

Em muitos sites das principais companhias, a possibilidade do usuário personalizar o modelo de seu sapato já é real, onde o usuário pode escolher a cor de cada peça que compõe a peça, tornando o modelo único.

Marketing de influências

As parcerias com influenciadores para alavancamento do marketing teve uma variação de +16,4% entre os anos de 2019 e 2020. Essa tendência se evidencia à medida que as vendas via influencers aumentaram 670% entre as black fridays de 2019 e 2020.

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Centros-Comerciais-Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

Países na América Latina como um todo continuam construindo shoppings, enquanto grandes países da América do Norte com os Estados Unidos abandonam esse modelo. Para a realidade da América Latina, existem cerca de 1,9 mil shoppings e a tendência é que sejam criados cada vez mais. Nos últimos 10 anos o setor cresceu em média 5% ao ano, o que equivale a 100 novos empreendimentos ao ano. Atrelando esse contexto para a realidade do Brasil, é perceptível um destaque alto em relação ao país, apresentando aproximadamente 600 centros comerciais, ficando atrás apenas do México com cerca de 650. Com isso, o México até 2025 possui o objetivo de alcançar a marca de 760 shoppings construídos.

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INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Top 10 Países

E-commerce 2021
Mobile
Distanciamento Social
Fusões e Aquisições
Varejo e Frete
Itens e Consumidores
Frequência de Compra
2. ANÁLISE INTERNA
Top 5 empresas
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Consumo
Phygital
Pagamento e Frete
Highlights

Segundo o diretor da Lizan Retail Advisors, Jorge Lizan, “O México definitivamente sai na dianteira, tanto em número de projetos como na sofisticação deles. Colômbia, Peru e Chile são outros países onde essa indústria segue crescendo. No Brasil, o setor não está crescendo neste momento por conta da recessão econômica, mas os empreendedores estão focados em estabilizar e consolidar seus portfólios.

Em contrapartida os Estados Unidos vão na direção contrária do setor e o que reforça essa linha de raciocínio é o artigo pesquisador urbanístico Nolan Gary “Dado que o varejo enfrenta dificuldades nos Estados Unidos ante o aumento do comércio online e o estancamento dos salários desde 2008, as redes de shopping, os empreendedores e investidores americanos têm muitos motivos para buscar oportunidades no sul do continente”. Com isso, se torna cada vez mais real para os Estados Unidos o contexto da morte dos shoppings, tendo em vista que dezenas de centros comerciais fecharam nos últimos 10 anos e mais 1,1 mil correm perigo de fechamento.

Realidade dos Centros Comerciais

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) estima que o faturamento total dos centros comerciais brasileiros em 2019 foi de aproximadamente R$ 213 bilhões, o que representa um aumento de 8,2% em relação a 2018.

Além disso, o setor de centros comerciais tem experimentado uma mudança significativa nos últimos anos, com mais espaços se concentrando nos shoppings comerciais. Esta tendência foi reforçada pela pandemia de Covid-19, que incentivou a mudança para formas de compra online e delivery, bem como a reestruturação de lojas físicas.

O estudo também revelou que o número de empregados em centros comerciais no Brasil aumentou em 2019, chegando a um total de 1,3 milhão. Os principais estados em termos de empregos são São Paulo (587.000 empregos), Minas Gerais (164.000 empregos) e Rio de Janeiro (157.000 empregos).

Crescimento do Mercado

O mercado de centros comerciais no Brasil vem crescendo a cada ano, sendo um dos mais importantes setores de varejo no país. De acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em 2019, o setor contava com 678 shoppings e 1.087 lojas de varejo, números que aumentaram significativamente desde 2018, que era de 653 shoppings e 1.062 lojas.  Os centros comerciais no Brasil também têm aumentado sua presença no mercado de aluguel de espaço comercial. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) estima que a receita total do setor em 2018 foi de R$ 33,25 bilhões, o que representa um crescimento de 5,3% em relação a 2017. Os principais mercados de centros comerciais no Brasil são São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Outros dados importantes do setor incluem o crescimento do público, que foi de 8,6% em 2018 em relação a 2017, chegando a uma média de 15,3 milhões de visitantes por mês. O número de lojas também aumentou, chegando a 8.845 lojas em todo o país. O número de novas lojas abertas também aumentou de 1.337 em 2018 para 1.415 em 2019.  Os setores de lazer, entretenimento e cultura também estão em alta nos centros comerciais no Brasil. O número de salas de cinema aumentou significativamente nos últimos anos, com mais de 1.200 salas em todo o país. Além disso, os centros comerciais têm oferecido cada vez mais atrações, como parques aquáticos, parques temáticos, museus e outras atividades de lazer.  Com o crescimento econômico e o aumento do poder aquisitivo, o mercado de centros comerciais no Brasil tem se beneficiado. Além disso, o setor tem sido favorecido pelo crescimento do turismo interno, que vem contribuindo para o aumento do número de visitantes aos shoppings. Embora o setor esteja em expansão, o mercado de centros comerciais ainda enfrenta desafios, como o crescimento do e-commerce, a necessidade de melhora na infraestrutura dos shoppings e a competição com outros estabelecimentos de varejo. Esses desafios devem ser superados para que o setor possa continuar se expandindo e se fortalecendo.

Indicativos do Segmento

Para o segmento de centros comerciais e mais especificamente shoppings centers um fator que impacta bastante no aumento das vendas são as datas comemorativas, sendo muitas vezes utilizadas como parâmetro para analisar a evolução do desempenho das empresas ao longo dos anos. Considerando as vendas ligadas ao dia dos pais, ocorrendo entre o dia 8 e 14 de agosto, foi constatado um aumento de 10,9% das vendas em relação ao ano ao mesmo período no ano de 2021, movimentando cerca de 4,2 bilhões de reais, assim ressaltando o crescimento previsto para o segmento a longo prazo.

Tratando do ticket médio visualizado nesse mesmo período, em comparação ao ano de 2021 se manteve estável, indicando o ticket médio de R$ 193,00, sendo 10% superior ao de 2019 (R$ 176,00) e expressivamente mais alto que o gasto médio em lojas de rua (R$96,00). 

Instabilidade na Bolsa

As vendas dos shoppings cresceram 34,8% no primeiro trimestre de 2022, reforçando a realidade de recuperação para o cenário de pós pandemia. Além disso, a Abrasce realizou uma projeção de vendas para o ano de 2022 para uma alta de 13,8% para 17,3% no acumulado em relação a 2021, mas considerando a inflação o aumento real é por volta de 9,2%. 

Contudo, para a bolsa, apesar do momento ser positivo de maneira geral os preços dos FIIs e ações de shoppings seguem uma trajetória volátil na bolsa. Dentre os players com maior liquidez, somente a Multiplan (MULT3) que registra alta significativa por volta dos 20%. Uma das justificativas para esse resultado é alta dos juros, que acaba por desacelerar a economia e reduzir o poder de compra das pessoas com o objetivo de controlar a inflação.

Crescimento ao Longo dos Anos

O primeiro shopping no Brasil foi inaugurado no ano de 1966, sinalizando que a indústria tem quase 60 anos. Em virtude de um grande crescimento no número de empreendimentos no segmento a partir de 2006, foi possível se visualizar uma curva de crescimento relevante, atingindo 571 empreendimentos em 2017, representando 15,580 Milhões de M² de área bruta locável. De 2006 até 2017 foram inaugurados cerca de 200 shoppings no Brasil.



SUBNICHOS

O nicho de mais impacto para o segmento de centros comerciais é de fato o de shoppings centers, mas não é apenas ele que influencia o mercado de maneira geral, assim possuindo mais duas categorias de empresa que tem certa presença no segmento, sendo elas outlets centers e strip malls.

O nicho de shoppings centers é representado por grandes centros comerciais com diversos tipos de lojas, agregando uma estrutura que compõe grande variedade de serviços e produtos, sendo o nicho de grande porte.

O segundo nicho é o de outlets, que representa um porte um pouco menor e agrega produtos mais baratos do que em shoppings centers, se tratando muitas vezes de uma venda direta entre produtor e consumidor.

O terceiro nicho é o de edifícios empresariais que contemplam em grande parte os escritórios de diversas empresas para compor a sua estrutura.

Por fim, o quarto nicho é o de strip malls, de modo geral são semelhantes a shoppings por apresentar uma grande variedade de serviços e produtos, mas diferentemente do shopping possui isso como um dos principais objetivos, possuindo como foco solucionar todas as demandas do consumidor em um só lugar.

BIG PICTURE

Contexto dos Edifícios Empresariais

Para a realidade dos empresários e o impacto constatado na pandemia, é perceptível um déficit gerado para a utilização de tais ambientes de trabalho em detrimento desse período, indicando uma queda para o segmento. Prova disso, é que em São Paulo, por exemplo, uma área total de 663 mil metros quadrados foi devolvida por empresas, de acordo com levantamento da consultoria Newmark a pedido do Estadão/Broadcast.

Já para a realidade do pós pandemia, o contexto continua semelhante e se acentua cada vez mais com a realidade do home-office impactando na dinâmica de trabalho no Brasil. Em reflexo disso, através do estudo realizado com 218 empresas, 35% delas reduziram suas sedes. Em 2021, os escritórios devolvidos somam 390 mil metros quadrados, sendo 117 mil metros quadrados a mais que em 2020.

Realidade das Empresas no Brasil

Considerando a distribuição de shoppings por região, é perceptível uma concentração maior para região Sudeste com 51%, seguido do Nordeste com 17%, Sul com 16%, Centro-Oeste com 11% e Norte com 5%.

Já para o contexto dos estados com maior quantidade, os que se destacam são São Paulo com 190, seguido por Rio de Janeiro com 69, Minas Gerais com 46, Paraná 38, Rio Grande do Sul com 37, Goiás com 33, Pernambuco e Bahia com 22, Ceará com 21 e Distrito Federal com 20.

TOP 10 MAIORES SHOPPINGS

  1. Shopping Center Leste Aricanduva (São Paulo – SP) com 425 mil m²
  2. Rio Mar Fortaleza (Fortaleza – CE) com 320 mil m² 
  3. Salvador Shopping (Salvador – BA) com 298 mil m²
  4. Rio Mar Recife (Recife – PE) com 295 mil m²
  5. Shopping Center Interlagos (São Paulo – SP) com 280 mil m²
  6. Shopping União de Osasco (Osasco – SP) com 246 mil m²
  7. Norte Shopping (Rio de Janeiro – RJ) com 245 mil m²
  8. Shopping Iguatemi (Fortaleza – CE) com 238 mil m²
  9. Shopping Midway Mall (Natal – RN) com 227 mil m²
  10. Shopping Iguatemi Plaza (Sorocaba – SP) com 64 mil m²

TOP 10 FATURAMENTOS ENTRE OS MAIORES SHOPPINGS

  1. Salvador Shopping USD 24.12M
  2. Shopping Riomar Recife USD 15.82M
  3. Shopping Riomar Fortaleza USD 11.50M
  4. Shopping Midway Mall USD 6.43M
  5. Shopping Center Interlagos USD 3.93M
  6. Shopping União de Osasco USD 3.75M
  7. Shopping Iguatemi USD 3.08M
  8. Shopping Center Leste Aricanduva USD 3.04 M
  9. Norte Shopping USD 2.35M
  10. Shopping Iguatemi Plaza USD 0.12M

COVID X SETOR

Em março de 2020 com a intensificação da pandemia do Coronavírus todas as atividades não essenciais precisaram paralisar e para os shoppings não foi diferente, assim reduzindo o faturamento do segmento de forma crítica. Contudo, após alguns meses, na segunda quinzena de Junho algumas cidades começaram a flexibilizar as normas de proteção relativas ao Covid-19 e gradualmente os shoppings iniciaram o seu retorno. Já em meados de Agosto todos os shoppings reabriram apesar de possuir restrições.

De acordo com um estudo realizado pela FX Data Intelligence, é feito um comparativo de agosto de 2020 com setembro do mesmo ano e é constatado um aumento de 2,3% na movimentação do comércio de lojas e 17,8% dos shoppings de todo o país. As lojas de shoppings desempenharam um crescimento de 5% e as de rua 0,3%  nesse mesmo período. 

O cenário de maneira geral tende a uma recuperação e retorno do crescimento do segmento, mas ainda apresenta certo déficit gerado pela paralisação no pico da pandemia.

INVESTIMENTOS NO SETOR

Em 2020 o segmento de centros comerciais recebeu o retorno de alguns investimentos, dentre eles a inauguração de 7 shoppings centers. Já para 2021 é perceptível uma breve redução para inaugurações, com apenas 5 shoppings e até o fim de 2022 a previsão é da inauguração de 9 shoppings, retomando a crescente evidenciada nos últimos anos.

Outro fator que mudou na dinâmica do segmento para o contexto do pós-pandemia, foi expresso na fala de Glauco Humai, presidente da Abrasce, “A pandemia trouxe oportunidades de fusão e aquisição porque o setor é muito fragmentado. São mais de 30 administradores, sem contar mais de 200 que são individuais, ou seja, não fazem parte de nenhum grupo. Os grupos buscam sinergias para aumentar o poder de negociação e ter redução de custos. É um movimento esperado há muito tempo no setor”.

Exemplo dessas aquisições é a compra do Diamond Mall (em Belo Horizonte) pela Multiplan por R$ 340.000.000,00 para possuir 49,99% do empreendimento que pertencia ao Atlético Mineiro. Outro caso desse gênero de compra é a evidenciada pelo grupo Hemisfério Sul Investimentos que adquiriu o Shopping Uberaba por R$ 333.000.00,00 e o Uberlândia Shopping por R$ 195.000.000,00.

Após tais aquisições ressalta o presidente da Multiplan, José Isaac Peres: “A gente gosta de fazer (empreendimentos do zero), mas neste momento uma aquisição ou uma fusão pode ser o melhor negócio”.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

O setor realmente tende ao crescimento, assim indicando a possibilidade de novos entrantes, contudo o investimento para construir um centro comercial realmente expressivo como um shopping é muito alto, servindo assim como uma forte barreira de entrada.

Produtos Substitutos – Média

Um fator que vem para substituir o shopping no que tange a facilidade de realizar as compras é o meio digital, que vem sendo cada vez mais demandado pelos consumidores, apesar de atualmente a maioria ainda preferir realizar compras em shoppings.

Poder dos Fornecedores – Baixa

No que tange fornecimento para esse setor, em geral, os fornecedores não apresentam um grande poder de barganha.

Poder dos Compradores – Média

Se for considerada a comparação dos valores apresentados por lojas em shoppings e as mesmas marcas fora dele, o consumidor possui alto poder quanto a isso, mas a proposta da experiência proporcionada pelo shopping e facilidade de comparação com varias lojas de outras marcas muitas vezes contorna tal questão.

Rivalidade entre players – Alta

Para o caso de shoppings Centers, na maioria das vezes não se localizam geograficamente de maneira tão próxima e possuem focos em públicos diferentes, assim muitas vezes não possuindo um alto nível de concorrência, mas com o crescimento do setor isso pode aumentar.

OPORTUNIDADES

Expansão

Com os avanços tecnológicos e os novos formatos de lojas, os centros comerciais têm a oportunidade de expandir sua presença para novas áreas geográficas, oferecendo aos clientes mais variedade de produtos e serviços.

Inovação

Os centros comerciais podem inovar em seus serviços, adotando novos formatos de lojas e oferecendo experiências diferenciadas para os clientes, como serviços personalizados ou eventos temáticos.

Novos canais de venda

Os centros comerciais têm a oportunidade de explorar novas formas de venda, como e-commerce e marketplaces, para aumentar sua base de clientes e lucros.

AMEAÇAS

Competição

Com a crescente quantidade de novos centros comerciais em todo o mundo, a concorrência entre estes empreendimentos está cada vez maior.

Desenvolvimento de novos formatos de compra

Com o avanço da tecnologia, novas formas de comprar e vender produtos e serviços estão se desenvolvendo, como marketplaces, lojas virtuais, etc. Estes novos formatos podem ameaçar a existência dos centros comerciais tradicionais.

Mudanças na legislação

Mudanças na legislação podem afetar a forma como os centros comerciais operam, como a regulamentação de preços, por exemplo.

TENDÊNCIAS

PANORAMA DOS PRÓXIMOS ANOS

Na convenção de Las Vegas realizada pelo ICSC (Innovating Commerce Service Communities) que já foi entidade global de shopping centers  e hoje se apresenta como uma comunidade que congrega marketplaces, físicos e virtuais, ocorreu a divulgação de um relatório sobre o segmento em 2022, listando as principais tendências para o futuro. 

Em primeiro lugar, as lojas virtuais estão se tornando cada vez parte do cotidiano dos consumidores, distanciando parte deles das lojas físicas presentes em centros comerciais, então uma maneira de aproveitar parte do espaço em shopping centers para impactar positivamente a realidade digital, tais espaços também estão sendo utilizados como centros de apoio logístico, para a retirada de produtos por clientes. 

Outro fator que impacta o setor é a substituição da mão de obra humana por máquinas. Segundo um estudo realizado pela Deloitte, nos próximos cinco anos já existirão lojas 100% autônomas, mas isso é muito mais evidente para a realidade global do que no Brasil, sendo introduzida de forma retardatária em reflexo da mão de obra barata e a própria cultura que aprecia a interação humana para esse gênero de contato. Contudo, já será uma realidade a introdução de lojas parcialmente autônomas em um médio prazo. 

Indo de encontro com o primeiro ponto, algo que tende a se tornar cada vez mais frequente é a presença de Dark Stores, sendo elas centros logísticos focados apenas em compras on-line, em virtude do aumento expressivo da representatividade de compras pela internet. 

Em síntese,  os shoppings vão continuar se alterando, tanto para adaptar-se ao contexto do omnichannel quanto para se adequar aos novos hábitos dos consumidores.

Novos Programas de Entrega e seu Impacto em Shoppings

A Amazon iniciou a entrega de produtos que são comercializados em shoppings, principalmente para a realidade de lojas varejistas. Tal experiência foi iniciada com motoristas do Amazon Flex, ou seja, que fazem as entregas dos seus próprios carros, coletando pacotes em locais de varejo em vez de estações de entrega da Amazon, assim garantindo mais uma fonte de renda para a empresa e impactando positivamente as lojas presentes nos shoppings.

Inovações e Atrativos

A Carrefour Property serviu de exemplo para o segmento de shoppings centers inovarem e atrair ainda mais clientes para voltarem às lojas. Tal situação é reflexo de um desconto dado para clientes do Carrefour que retornam frequentemente a loja, ganhando descontos para o estacionamento na loja, podendo ser aplicado para aumentar o movimento nos shoppings. É destacado que as promoções são renovadas a cada 15 dias e que o cupom possui um QR Code no qual o cliente pode fazer o pagamento pelo celular.

Sustentabilidade

A sustentabilidade tem se tornado cada vez mais importante para os centros comerciais. Esta tendência é baseada na necessidade de reduzir o impacto ambiental dos empreendimentos, ao mesmo tempo em que garante a qualidade dos serviços e produtos oferecidos.

Para isso, os centros comerciais têm adotado medidas que vão desde a redução do consumo de recursos naturais à implementação de novos materiais de construção e equipamentos com menor consumo energético, bem como a adoção de sistemas de gestão que garantem a eficiência dos processos desde a aquisição de materiais até a disposição de resíduos.

Além disso, os centros comerciais têm investido em programas de educação ambiental e em iniciativas para reduzir o uso de plástico e embalagens, bem como para fomentar o uso de produtos ecológicos e conscientes. Estas iniciativas têm contribuído para o desenvolvimento de uma economia circular, o que promove a redução de custos e o aumento da eficiência.

Serviços e Experiências Digitais

Os serviços e experiencias digitais estão cada vez mais presentes na realidade da maioria dos setores e para os centros comerciais não é diferente. Dessa maneira, existem pontos mais relevantes dentro do contexto digital que são fundamentais para o segmento, sendo eles:

Experiências de realidade virtual e aumentada

Os centros comerciais estão começando a usar a realidade virtual e aumentada para oferecer experiências aos seus clientes. Estas experiências permitem que os clientes explorem os produtos de maneiras novas e divertidas.

Serviços de compras on-line

Os centros comerciais estão começando a oferecer serviços de compras on-line para seus clientes. Isso permite que os clientes comprem produtos em seu próprio tempo e comodidade, o que torna o processo de compras mais conveniente.

Serviços de entrega

Os centros comerciais estão começando a oferecer serviços de entrega para seus clientes. Isso torna mais fácil para os clientes receberem seus produtos no tempo e lugar desejados, o que resulta em um melhor serviço ao cliente.

Plataformas de mídia social

Os centros comerciais estão começando a oferecer plataformas de mídia social para aumentar sua presença e atrair mais clientes. Estas plataformas permitem que os clientes interajam com os produtos e experiências dos centros comerciais de forma mais imersiva.

Serviços e aplicativos móveis

Os centros comerciais estão começando a oferecer serviços e aplicativos móveis para que os clientes possam acessar informações como promoções e cupons de desconto. Isso facilita o acesso a informações e torna a experiência de compras mais conveniente.

Sigilo e disclaimer

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

HIGHLIGHTS

“O segmento foi afetado de maneira crítica no período do lockdown, exprimindo que é realmente sensível a fatores externos que impeçam a frequência de clientes de maneira presencial, apresentando risco para situações semelhantes, pois em algumas lojas o faturamento cessou por completo nesse período. Contudo, considerando o cenário de retomada, a perspectiva é de crescimento do segmento, principalmente para a realidade de shoppings e agora tais lojas tendem a não ser apenas um local para vendas, mas também retiradas de produtos comprados na internet, iniciando assim planos de ação para contornar a obrigatoriedade da relação 100% presencial. De maneira geral existem fatores que influenciam positivamente e negativamente, mas na somatória total tende ao crescimento.”


RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Instituições Financeiras 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

O Brasil terminou 2021 com 18.302 agências bancárias. São 2.351 a menos do que o registrado no início da pandemia, segundo dados do BC (Banco Central). Motivo: a covid-19 impulsionou os pagamentos e o atendimento bancário por meios digitais. 

Segundo dados do Banco Central, a rede de agências bancárias está diminuindo no Brasil desde 2017. Mas os fechamentos aceleraram na pandemia de covid-19. Foram 1.334 de março a dezembro de 2020 e mais 1.017 em 2021. A queda acumulada na pandemia foi de 11% e levou a rede de agências bancárias ao menor patamar da série histórica, iniciada em 2007.

 

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Visão Geral

Cenário Bancário Atual
Principais Instituições Financeiras Digitais
Volume de Ativos
Crescimento do Número de Instituições Financeiras
Fintechs no Brasil
Evolução Tecnológica
Índices do Setor
Análise dos Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Bancos Digitais
Low Code
Experiência do Cliente
Serviços Multiplataforma
Big Data
Highlights

CENÁRIO BANCÁRIO ATUAL

O Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Itaú e Santander respondem por 86% das agências do país. Por outro lado também são responsáveis por 93% dos fechamentos registrados na pandemia –2.351, no total. Resultado: fecharam 15,4 mil postos de trabalho em 2020 e no 1º semestre de 2021. A exceção é da Caixa, que manteve seu número, e agora vai ampliar a rede de agências.

O banco que mais reduziu a rede de atendimento presencial na pandemia foi o Bradesco. A instituição fechou 1.527 agências desde março de 2020 e, com isso, passou o posto de maior rede física de atendimento do país para o Banco do Brasil.

Apesar da queda do número de agências no Brasil, a participação dos correspondentes bancários no mercado cresceu 11,9% nos últimos três anos, de acordo com a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária. O número de empresas que prestam serviços em nome das instituições financeiras foi de 118,4 mil para 210,6 mil nesse período. Entre os fatores que explicam esse avanço estão o aumento do uso de tecnologias no sistema financeiro e o fechamento das agências bancárias.

Em muitas regiões do Brasil onde não há unidades físicas de atendimento à população, os correspondentes cumprem esse papel. Os grandes bancos fecharam 1,8 mil agências bancárias nos últimos meses. Segundo o relatório da Febraban, a composição das transações totais de correspondentes bancários em 2019 era 4,5 bi, enquanto que em 2020, esse número saltou para 5,8 bi. O aumento geral do mercado de transações bancárias foi de 20%.



Adaptações ao Novo Mercado

PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DIGITAIS

Com o avanço dos serviços digitais, o padrão de consumo dos clientes também tende a mudar. Mais de 75% dos brasileiros estão dispostos a trocar uma instituição financeira convencional por uma digital. É o que indica o Ranking de Onboarding Digital 2021, realizado pela empresa de verificação de documentos digitais idwall, em parceria com a Cantarino Brasileiro. O estudo identificou as preferências dos brasileiros e o que os faz ter uma boa experiência nos aplicativos dos bancos. 

Para o estudo, foram realizadas mais de 2 mil entrevistas online entre 17 de novembro e 13 de dezembro de 2021. Existem atualmente mais de 250 milhões de contas digitais abertas no Brasil, número este superior a quantidade de habitantes do país. A pesquisa mostra, ainda, que a maioria dos clientes (64%) tem contas tanto em bancos tradicionais quanto em bancos digitais. Em 2020, esse número era 59,1% e, em 2019, e 40,5%.

Houve aumento também no volume de consumidores que usam um banco digital como sua conta principal: são 37% dos entrevistados em 2021 contra 21% em 2020. O Nubank é o mais popular: 21,1% dos clientes o adotam como principal. Especialistas apontam que, isso pode estar relacionado à crescente bancarização da população e à intensificação do mobile banking. 

Sem contar que essas instituições têm tarifas menores, processos de cadastro fáceis e leque de serviços mais amplo, além de oferecem cada vez mais serviços completos voltados para diferentes tipos de clientes, desde aquele que usa a instituição para movimentar dinheiro, como também para aquele que quer investir em produtos financeiros, tudo isso sem necessitar de migração de plano ou intermediação de terceiros.

Os quatro maiores bancos brasileiros com ações na Bolsa brasileira divulgaram seus resultados do 4º trimestre de 2021. Com isso, o lucro líquido consolidado de Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) somou R$ 81,63 bilhões no ano passado. De acordo com a empresa de informações financeiras Economatica, o total é o maior valor nominal já registrado desde 2006.

Volume de Ativos

O ativo total consolidado dos quatro maiores bancos brasileiros em 2021 chegou a R$ 6,71 trilhões, valor 4,41% superior ao registrado em 2020. O maior crescimento entre 2021 e 2020 foi o do Banco do Brasil (11,99%), juntamente com o Bradesco tendo o segundo maior crescimento (3,94%) e o Itaú Unibanco o terceiro maior (2,53%). O Santander perdeu 3,89% entre 2002 e 2021.

O Itaú Unibanco segue sendo o maior banco por ativos no Brasil e na América Latina, com R$ 2,16 trilhões, seguido por: Banco do Brasil, com R$ 1,93 trilhão; Bradesco, com R$ 1,65 trilhão e Santander, com R$ 963 bilhões

Cresce número de instituições financeiras no país

Aspectos regulatórios e a exigência crescente do brasileiro por serviços eletrônicos dão o tom do desenvolvimento da área financeira no país. É o que se pode deduzir das últimas estatísticas do Banco Central, segundo as quais, até fevereiro de 2022 tínhamos cerca de 650 instituições, entre bancos, fintechs e financeiras, um total 15% acima do registrado na contagem anterior, feita em 2019. Incluindo-se cooperativas e administradoras de consórcio neste grupo, o total de participantes do sistema financeiro sobe para 1.648, uma alta de 1,16% na comparação com três anos atrás.

O perfil digital foi ponto comum dos negócios com números de expansão mais expressivos. Foi o caso, por exemplo, das instituições de pagamento, que passaram de 19 para 43 desde então. Já as sociedades de crédito direto e de empréstimo entre pessoas, por sua vez, expandiram de 15 para 78 no mesmo período, uma alta de 420%, contrastando fortemente com o encolhimento de 11% obtido de 2013 a 2018 nestes nichos. Já o número de bancos permanece estável, totalizando 177 representantes, volume que desde 2013 não apresenta variações expressivas.

Causa do crescimento

As causas dessas movimentações verificadas no mercado financeiro são uma mescla entre a pegada cada vez mais plugada dos usuários e transformações no campo das leis. Há cerca de um ano, por exemplo, o Banco Central mudou as regras para instituições de pagamento, o que justifica, ao menos em parte, o crescimento na quantidade de empresas neste campo, agora desde o seu nascimento, rompendo assim o limite de R$ 500 milhões antes exigidos para que fossem reconhecidas pela autoridade monetária.

As fintechs, contudo, mesmo tendo crescido numericamente, ainda são pouco expressivas em nichos como o de crédito, fato que especialistas atribuem a estas só poderem operar com capital próprio, enquanto os bancos o fazem com recursos provenientes dos depósitos captados. O mercado de pagamentos, em compensação, recebeu importante alento com a chegada do Pix, que coloca à disposição até mesmo dos menores entrantes, uma infraestrutura totalmente provida pelo BV. Toda essa diversificação, contudo, ainda não foi suficiente para descaracterizar a grande concentração bancária que existe por aqui, um mercado com mais de 85% dos serviços financeiros em poder de cinco bancos, como se sabe.

Fintechs no Brasil: evolução do ecossistema e seus benefícios

As fintechs chegaram há poucos anos e, no começo, incomodaram demais as empresas estabelecidas no setor, ou seja, os grandes bancos. O crescimento foi rápido, e influenciado por novas regulamentações somente entre 2016 e 2022 surgiram 513 novas startups do setor financeiro. 

Já são 1.289 fintechs atuando no Brasil, segundo dados do estudo Inside Fintech da consultoria de inovação aberta Distrito. Com isso, a forma como essas empresas se relacionam no mercado também foi mudando

Evolução tecnológica

Com o penetração das fintechs no mercado Brasileiro, o setor de instituições financeiras abriu os olhos para as evoluções tecnológicas que o setor precisa passar para continuar em crescimento, especialmente os bancos, responsáveis pelo maior share das instituições financeiras Brasileiras. O setor bancário está em uma evolução tecnológica contínua. Os clientes se acostumaram com o ritmo acelerado da inovação, e os bancos continuam a ampliar as fronteiras das aplicações tecnológicas.

 Os consumidores intensificaram a realização de transações em tempo real, como o PIX, e o atendimento online – especialmente por aplicativos dos bancos ou mensagens instantâneas. Essa dinâmica aumentou a expectativa em torno da velocidade, disponibilidade, segurança e eficiência em relação aos serviços bancários. Para atender essa demanda, vultuosos investimentos em tecnologia e em qualificação de pessoas são necessários, além de uma proposta de valor que proporcione uma melhor experiência do cliente e promova a competitividade dos bancos.

ÍNDICES DO SETOR

Dentre as prioridades dos bancos em 2022, segundo relatório da Delloite com base em uma pesquisa realizada com 24 bancos participantes.

ANÁLISE DOS PLAYERS

Itaú Unibanco

Faturamento: R$24,9 bilhões

Bradesco

Faturamento: R$21,9 bilhões

Banco do Brasil

Faturamento: R$19,7 bilhões

Santander Brasil

Faturamento: R$14,9 bilhões

Big Picture

18.302 Número de agências bancárias 2021

1.289 Número de fintechs no país

1,63 Bilhões Lucro líquido dos bancos 2021

Itaú Banco com o maior número de ativos

6,71 Trilhões Volume de ativos

Nubank Banco Digital mais utilizado

ANÁLISES INTERNAS DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Muito alta, principalmente ao tratar do Brasil, o setor é bem concentrado em grandes players, além de apresentar uma burocracia gigantesca. Provavelmente é um o setor com maior barreira de entrada dentre os setores analisados.

Produtos Substitutos – Baixa

A ameaça de produtos substitutos vem crescendo nos últimos anos, apesar de ainda se manter baixa, principalmente quando analisado um público de idade mais avançada.

Poder dos Fornecedores – Baixo

É difícil caracterizar quais são necessariamente os fornecedores dentro do setor bancário, podem se destacar produtos financeiros(que tendem a acompanhar o valor de mercado) ou taxas cobradas pelo próprio branco.

Poder dos Compradores – Médio

Em geral o setor não apresenta um poder de barganha médio para os compradores, devido as diversas opções disponíveis no mercado, o que coloca esse pode de barganha na mão deles.

Rivalidade entre players – Alta

A rivalidade dentro desse mercado é muito elevado, o setor apresenta a característica de concentração em poucos players e o restante do market share é muito disputado entre as instituições restantes.

OPORTUNIDADES

O mercado de Instituições financeiras, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes ser utilizadas como estratégias de penetração no mercado. 

Open Banking

O Open banking impulsiona o mercado de Instituições financeiras a medida que fomenta fortes incentivos de mercado, e estímulos regulatórios com compartilhamento de dados para informações de contas e iniciativas de pagamento.

Busca por disrupção

O mercado de instituições financeiras vem passando por diversas disrupções nos últimos anos. Bancos digitais, corretoras independentes e casas de análise tomam cada vez mais espaço entre os brasileiros, e unir essa tendência de mercado à inovação pode trazer bons frutos no longo prazo.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

População com pouco acesso à educação financeira

Um mercado muito interessante são as instituições de médio e pequeno porte, o problema é que, com a falta de educação financeira adequada no país, muitas dessas instituições acabam não executando o máximo de suas capacidades, o que pode inclusive ser visto como uma oportunidade para oferecer soluções de marketing e posicionamento de marca.

Setor excessivamente burocrático

A burocratização desse setor carrega consigo  uma falta de velocidade na tomada de decisão, o que pode acarretar em um eventual tempo de negociação mais longo, além de exigências no que tange certificações e garantias.

TENDÊNCIAS

Se os últimos 24 meses nos ensinaram alguma coisa, é que ninguém sabe ao certo o que o futuro reserva. A pandemia de Covid-19 e suas variantes não deixou nenhuma indústria sem sofrer algum tipo de impacto nesses dois anos, mas sem dúvida o mercado bancário e financeiro enfrentou mudanças bruscas.

Bancos Digitais

De acordo com um estudo da fintech israelense Rapyd, 83% dos brasileiros já confiam em bancos digitais a ponto de manter o dinheiro apenas nestas instituições, o que significa que o banco online finalmente se tornou uma ferramenta transformadora nas finanças. A boa notícia é que o banco digital não se trata apenas de ficar sem papel e sem dinheiro físico as tecnologias contribuíram substancialmente para a mudança de um modelo bancário tradicional centralizado para um mais distribuído, orientado pela tecnologia. Tanto que uma pesquisa do Instituto 

Locomotiva em parceria com a TecBan mostra que a quantidade de pessoas que possuem contas em bancos digitais está próxima das que possuem contas apenas em bancos tradicionais: 42% versus 49%, respectivamente. Diante do crescimento do consumo e do varejo online e da chegada do Open Banking e da consolidação do Pix, é possível afirmar que os bancos tradicionais estão ganhando concorrentes cada vez mais fortes, que estão atraindo mais clientes.

Low Code

Em 2022, a terceirização de desenvolvimento de software usará soluções de Low-Code para acelerar o processo de desenvolvimento de produto e entregar uma melhor experiência para o usuário. Esse tipo de solução está se tornando mais popular na indústria de desenvolvimento de software, e permite que os desenvolvedores criem aplicativos sem precisar perder tempo para escrever códigos. Isso é feito usando uma interface visual para arrastar e soltar diferentes componentes para completar seu aplicativo. Na verdade, hoje a projeção para o uso de soluções Low-Code é tal que, segundo o Gartner, espera-se que até 2025, 70% dos novos aplicativos desenvolvidos pelas empresas usem a tecnologia Low-Code ou No-Code. 

As soluções Low-Code são populares porque permitem que os desenvolvedores criem aplicativos com rapidez e facilidade, entregando um produto mais confiável, simples e intuitivo para o cliente e com baixo custo para a instituição. 

Foco na Experiência do Cliente

O setor bancário está se tornando uma indústria orientada para a experiência do usuário. Num futuro próximo, espera-se que a experiência do cliente seja um diferencial importante para os provedores de serviços financeiros e parceiros tecnológicos, tanto em termos de marca quanto para atrair e reter clientes.  Muitos bancos priorizam a experiência do cliente durante sua transformação digital, garantindo que as soluções projetadas atendam a todas as necessidades do consumidor em termos de conveniência, segurança, conforto e engajamento. Por sua vez, os clientes já esperam ofertas mais personalizadas, incluindo o uso de seus comentários e preferências para construir um serviço que lhes ofereça ainda mais comodidade. 

Em 2022, a capacidade de antecipar as necessidades dos clientes e fornecer ótimas experiências diferenciará os bancos, fintechs e provedores de soluções de seus concorrentes. Em breve, análises avançadas irão melhorar o conhecimento dos bancos sobre seus clientes de tal forma que eles terão a capacidade não apenas de personalizar ofertas, mas também de antecipar necessidades e aumentar a qualidade do serviço.

Serviços Multiplataforma

Embora a preferência dos clientes por serviços bancários via dispositivos móveis tenha dado um salto nos últimos anos, isso não significa que eles não gostam de ter escolhas. Pelo contrário, a maioria dos clientes precisa de um atendimento ao cliente multicanal perfeito, no qual eles podem alternar entre dispositivos e telas, mas também pontos de contato, inclusive com pagamentos por voz ao invés de digitar, interagindo com uma aplicação de modo a ajudar os clientes a realizar uma operação bancária com mais conveniência, principalmente com Open Banking agora no Brasil. 

A instituição que tiver capacidade de realizar a mesma transação com a mesma facilidade em um aplicativo móvel, site, filial física ou qualquer outro canal sairá na frente na preferência do usuário. Portanto, os bancos em 2022 precisam pensar em fornecer aos clientes serviços bancários omnichannel para melhorar a experiência do usuário. Em palavras simples, ter que iniciar uma transação através de um canal bancário e terminá-la através de outro.

Big data

Em 2020, as pessoas criaram 1,7 MB de dados a cada segundo (!), de acordo com dados da Domo, que agregou informações de diversas fontes e pesquisas. Os provedores de tecnologia financeira seus clientes geram grandes quantidades de dados que podem ser agregados para fornecer uma visão mais abrangente da situação financeira de um cliente. 

Espere que as instituições financeiras façam parcerias com plataformas de agregadores de dados para que possam usar big data para melhorar a retenção de clientes e melhorar os serviços.

HIGHLIGHTS

“O setor de instituições financeiras representa um importante segmento para o país, pois é responsável por movimentar um volumoso e expressivo montante de capital de origem pública e privada, de pessoas físicas e jurídicas. O setor como um todo vem passando por inúmeras mudanças e evoluções ocasionadas pelo crescimento exponencial das fintechs e com isso a necessidade de evolução digital dos big players mais tradicionais e consolidados no setor, que se encontravam, até então, em posição de domínio absoluto. O setor como um todo apresenta um nível de concorrência extremamente acirrado, além de uma elevada barreira de entrada. Apesar desse cenário, o segmento apresenta boas oportunidades, principalmente para empresas prestadoras de serviços focados em instituições financeiras, devido a importância dessas empresas para o setor e seu desenvolvimento como um todo” 

Vinícius Ribeiro – Business Analyst II

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

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Agricultura Q2-22 – Freemuim

Introdução


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INDICE

1.ANÁLISE MACROECONÔMICA

Brasil x Mundo

Meio Ambiente
Índices do Setor
Exportações
Fusões e Aquisições
Top Players
Subnichos
Aquicultura
Covid X Setor
Importação
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Highlights

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama Brasil x Mundo

No que tange a agricultura, temos 5 países que se destacam pela produção de grãos, sendo eles:

  • China: Por prover alimentos para mais de 1 bilhão de habitantes, o país se destaca na produção agrícola, sendo o maior produtor de arroz do mundo, além de serem fortes na produção de milho, cevada e oleaginosas. Atualmente, são responsáveis por ¼ de toda a comida produzida no mundo;
  • Estados Unidos: Os dois produtos mais comercializados são a soja e o milho, seguidos pelos frutos secos. O país é, hoje, o maior exportador agrícola do mundo, atingindo mais de US$160 bilhões em 2021;
  • Brasil: O maior produtor de soja e exportador de milho do mundo, além de ser o maior produtor de açúcar e café.

No Brasil o setor de saúde deve movimentar no País até o final de 2021 cerca de R$ 313,9 bilhões, o que representa um acréscimo de 13,8% em comparação a 2020 e de 21,8% em relação a 2019. Além disso, os brasileiros devem desembolsar R$ 160,9 bilhões só com planos de saúde e tratamentos, e quase R$ 153 bilhões com medicamentos em 2021. Já em relação a participação no PIB o setor de saúde representa 8% do Produto Interno Bruto.

  • Índia: No país, 58% da população trabalha no campo, representando 18% do PIB indiano. Durante os últimos 14 anos, houve um crescimento de 11% no setor, representando grande evolução. O país é, hoje, um dos principais produtores de trigo e leite no mundo;
  • Rússia: No país, 124 milhões de hectares são de terras cultivadas, produzindo cerca de 70% do total de grãos consumidos nacionalmente. Os produtos mais produzidos são o trigo e a beterraba. Além da produção, a exportação na Rússia também apresentou crescimento, com aumento de 20% em 2020.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a produtividade agrícola, em 58 anos, cresceu 155,7%. Os maiores saltos foram evidenciados nos cereais (204%, com destaque para trigo, arroz e milho), oleaginosas (102,6%), plantações de açúcar (85,4%) e frutas (81,6%).

É válido salientar que, no que tange agricultura, há grande destaque para pequenos agricultores familiares, que produzem, atualmente, cerca de 35% dos alimentos do mundo, com estimativa de mais de 608 milhões de fazendas familiares no mundo.

Cabe a ressalva que há grande discrepância entre países: enquanto na China o valor chega a 80% dos alimentos fornecidos no país, em países como o Brasil e a Nigéria o valor não ultrapassa os 10%.

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% foi o aumento da produtividade em 58 anos

MEIO AMBIENTE

O ano de 2020, com a chegada do Covid 19, o meio ambiente foi amplamente prejudicado com o aumento dos descartes relacionados à doença, como materiais hospitalares e máscaras, o que foram principais causas para ser o 3º ano mais quente da história. Em contramão, vemos que foi um ano importante para a redução da emissão de gases de efeito estufa, com queda de 8,8% nas emissões de dióxido de carbono (CO²) quando comparado a 2019. Quando analisamos o ano de 2021, o grande destaque foi para o desmatamento: o território total desmatado na Amazônia foi de 8.712 km², sendo a 2ª pior média histórica do país.


O ano de 2020 foi fundamental para a agricultura brasileira, com recorde na produção nacional, sendo o equivalente a R$470,5 bilhões, representando um crescimento anual de 30,4%. De forma geral, não houve apenas o recorde do valor da produção, como aumento da área plantada (crescimento de 2,7%) e da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas (crescimento de 5%).

Os principais  motivos para o aumento e resultados positivos no ano de 2020 foi o recorde histórico na produção de grãos, bem como a elevação dos preços agrícolas no mercado. No ano em destaque, a soja foi uma das principais culturas para a safra, com crescimento de 6,5% em comparação a 2019. De maneira geral, os estados que se destacaram foram, principalmente, Mato Grosso, seguido da Bahia e do Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, o Sudeste agrupa mais da metade dos médicos do país – 53,2% – que atendem 42,1% da população brasileira. O estado de São Paulo concentra mais de um quarto dos médicos – 28,1% do total – para atender uma população que representa 21,9% do país. Estados do Sul e do Centro-Oeste têm distribuição mais equilibrada, com presenças bastante próximas de médicos e população.

SOJA – R$169.100.228
MILHO – R$73.949.252
CANA DE AÇÚCAR – R$60.800.886
CAFÉ – R$27.254.184
24%
ALGODÃO – R$19.127.892
20%
ARROZ – R$11.631.701
16%
LARANJA – R$10.898.251
14%

Segundo o Governo Federal, a perspectiva da produção de grãos para os próximos 10 anos é de um crescimento de 27%, chegando a 333 milhões de toneladas, sendo uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. Provavelmente, a soja, milho e algodão continuarão sendo os grandes carros chefes da produção de grãos brasileira.

ÍNDICES QUE ENVOLVEM O SETOR

FLORESTAS PÚBLICAS

EXPORTAÇÕES

FUSÕES E AQUISIÇÕES

O ano de 2021 foi muito interessante no que tange as M&As do agronegócio, com, de Janeiro a Outubro, 41 transações anunciadas no Brasil (Em 2020, no mesmo período, haviam 11 transações). O grande destaque, de fato, foi para as Agtechs, que foi responsável por 16 das 41 transações, além de empresas de produção de insumos agrícolas. A maioria das transações foi feita entre organizações brasileiras, com destaque para investidores estratégicos, ou seja, que já atuam no setor.

TOP PLAYERS

Cooperativa Agrária Agroindustrial

A empresa está localizada em Guarapuava, no Paraná, além de ter sede em Entre Rios, onde atua desde 1951, seguindo no ramo de a pesquisa agrícola até a industrialização.

As principais culturas produzidas são soja, milho, trigo e cevada.

Possuem:

  • ISO 9001:2015
  • ISO 14001:2015

ISO 45001:2018

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US$ Bilhoes de Faturamento anual

São Martinho S/A

A empresa foi iniciada na Itália e, no Brasil, iniciou sua trajetória no interior de São Paulo, em 1914. Atualmente, é composta por 4 usinas  e possui mais de 350.000 hectares de área agrícola de colheita, sendo 100% da colheita mecanizada. Durante a safra de 2019/2020, obteve margem recorde de 22,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moídas.

Fazenda Bela Vista

A empresa teve início em 1960 em Tapiratiba e Guaxupé, municípios na divisa entre São Paulo e Minas Gerais. É especializada em leites, cremes de leite e requeijões, iogurte (copo e líquidos), queijos, manteiga e sucos. Seu rebanho é composto por vacas holandesas de alto padrão genético e tem como principal produto o Laticínio – Leite A.

Slc Agrícola S/A

A empresa foi fundada em 1977, com a produção de soja, algodão e milho, além da criação de gado, integrando a lavoura e a pecuária. Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em Bolsa de Valores.

Atualmente, possuem 22 unidades de produção em 7 estados brasileiros.

Bom futuro agrícola Ltda

Em Rondonópolis, no Mato Grosso, foi criada a empresa em 1982. Suas áreas de atuação são segmentadas em:

  • Agrícola;
  • Pecuária;
  • Piscicultura;
  • Sementes;
  • Energia;
  • Aeroportuário;
  • Imobiliário;
  • No que tange a lavoura, possui 33 fazendas, além de 6 usinas de energia, 17 áreas destinadas à pecuária, 3 áreas de produção de piscicultura, entre outros.

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US$ Bilhoes de Faturamento anual
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US$ Bilhoes de Faturamento anual
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US$ Bilhoes de Faturamento anual
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US$ Bilhoes de Faturamento anual

SUBNICHOS

PECUÁRIA

Em 2020 o PIB do Brasil foi de R$ 7,4 trilhões, uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior. Apesar dessa queda, o PIB da Pecuária no mesmo período aumentou sua representatividade no PIB total, passando de 8,4% para 10%, evidenciando a força do setor na economia brasileira.

Como conclusão, vemos que há uma migração do consumo de proteínas bovinas para frangos, ovos e suínos (com destaque para frango), muito atrelado à alta variação de preços dos mesmos. Por isso, vemos, ao longo dos anos, a variação positiva na evolução dos rebanhos de porco e frangos, bem como a negativa de bois. Dentro do segmento das proteínas bovinas, vemos a transição para um consumo de carnes de menor qualidade (de segunda-dianteiras), como forma de continuar o consumo por um preço menor, o que está muito atrelado, também, à diminuição do poder aquisitivo da população por conta da atual crise econômica.

Os procedimentos cirúrgicos programados foram cancelados ou adiados e, em 2020, tiveram uma redução média de 59,8%, nos sistemas público e privado. Em algumas regiões do país, essa baixa nas operações chegou a 90%, com 1,3 milhão de cirurgias que foram suspensas somente no SUS.

Evolução do rebanho bovino brasileiro por região – milhões de cabeças

Com base no gráfico ao lado, conseguimos perceber a evolução do rebanho bovino com grande crescimento no Norte, que representava um percentual ínfimo nas primeiras colunas do gráfico e, em 2019, possuía rebanho maior que o do Nordeste, por exemplo, bem como o crescimento do rebanho no Centro Oeste, que, assim como o Norte, possuía um percentual baixo e, nos últimos anos, continha o maior market-share deste mercado.

AQUICULTURA

O Brasil é, hoje, um dos grandes produtores da proteína animal referente à aquicultura, com grande variedade de espécies de água doce e salgada.

Hoje, o Brasileiro consome, em média, 10,19 kg/ano da proteína, sendo o valor mais baixo desde 2010.

COVID X SETOR

Primeiramente, no que tange o Covid, é válido salientar que as alterações do meio ambiente causadas pelo ser humano, como utilização da terra e mudanças climáticas são fatores determinantes no surgimento de zoonoses, ou seja, doenças transmitidas através de animais.

Com a vinda do Covid-19, vemos grandes impactos no meio ambiente em todo o mundo, com a produção de mais de 8,4 milhões de toneladas de resíduos plásticos em excesso, principalmente advindo de hospitais através de máscaras, luvas descartáveis, seringas, etc, sendo grande parte dos resíduos descartados em aterros. Dos resíduos descartados, uma parte foi incinerada e, aproximadamente, 25 mil toneladas foram lançadas nos oceanos.

IMPORTAÇÃO

Durante o ano de 2021, o Brasil bateu recordes de importação de commodities, com crescimento de 42% nos gastos com grãos (atrelado à aceleração do preço internacional dos commodities), devido ao longo período de estiagem no Brasil, que afetou a lavoura nacional. Durante o primeiro semestre, o Brasil importou 102% a mais de milho pela perspectiva de falta e não suprimento da demanda. Já com a soja, as compras externas aumentaram em 92%, com grande destaque para a China.

A importação de soja, mesmo o Brasil sendo o maior exportador do mundo, foi necessária devido a crescente demanda nacional e os recordes de venda para a China. Entre Janeiro e Outubro de 2021 e considerando apenas trigo, milho, arroz e soja, foram importados 8,9 milhões de toneladas, 15% a mais que o mesmo período do ano anterior.

SOJA

O Brasil, durante o ano de 2021, aumentou em 5,2% o volume de soja exportada, com uma quantia de 86,628 milhões de toneladas.

EXPORTAÇÃO – Soja 2021

MILHO

A exportação de milho, desde 2020, vêm em queda contínua quando comparado a 2019. Em 2020, o volume diminuiu em 15,5%, seguido de -71% em 2021.


BIG PICTURE

O Brasil bateu recordes de importação de commodities em 2021

Crescimento de 272% nas M&As em 2021

A produtividade agrícola, em 58 anos, cresceu 155,7%

O Brasil é o 5º maior produtor agrícola

2021 foi a 2ª pior média histórica do país em desmatamento

O Brasil é o maior exportador de soja do mundo

Número de empresas por região e faixa de faturamento(US$)

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

AS 5 FORÇAS DE PORTER

É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico


Entrantes Potenciais – Médio

Alto know how técnico sobre as áreas, porém, em alguns casos custo inicial acessível; Demanda em crescimento, o que diminui riscos e aumenta confiança para entrada de competidores.

Produtos Substitutos – Alto

Mercado bastante diverso e com números de opções variadas para substituição. Marcas tendem a não ser únicas, com isso no mercado sempre existem serviços similares.

Poder dos Fornecedores- Médio

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a percepção de diferenciação de tipos de serviços englobados pelos players de mercado.

Poder dos Compradores – Médio

Poder dos compradores, tendo em vista que certos tipos de variedades podem ser exclusivas para certos tipos de dores, no entanto há uma série de produtos para o comprador também levar em consideração.

Rivalidade entre players – Médio

Competitividade agressiva entre as marcas, marketing agressivo e margem de lucro cada vez mais apertada. No entanto, devido a grande demanda advindo do momento atual de transformações sustentáveis que o mundo busca, observa-se que possui mercado vasto para exploração.

OPORTUNIDADES

O mercado de Meio Ambiente, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Inovações tecnológicas sustentáveis

O mercado está caminhando para uma valorização prioritária do tech e do sustentável, empresas buscam investir em iniciativas que tocam esse quesito para enquadramento em normas fiscais, mas também visando um melhor posicionamento institucional da marca.

Ações governamentais

Iniciativas dos governos Federal e Estaduais impulsionam o desenvolvimento do mercado sustentável. Parcerias público-privadas também vem crescendo nesse quesito.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Multinacionais estrangeiras

Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se tornam cada vez mais fortes e tendem a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players. Havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.

Flutuação cambial

A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representa altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. Investimentos na área sustentável acabam sofrendo bastante com essa flutuação.

TENDÊNCIAS

O agronegócio é, atualmente, um dos principais sustentadores do PIB brasileiro. Para 2022, a perspectiva, segundo o CNA e o Cepea, é de um aumento de 5% nos resultados do agronegócio, caso se confirme a safra recorde de um volume 14% maior que em 2021, de 289 milhões de toneladas. O clima no ano de 2022 será melhor para o produtor brasileiro, o que será fundamental para o aumento do volume da safra.

0
% De aumento nos resultados do PIB do agronegócio

Em 2022, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) inicia uma estratégia a médio prazo, que conta com 7 principais subprogramas para o meio ambiente:

1.Ação climática;

2.Ação química e poluição;

3.Ação da natureza;

4.Políticas científicas;

5.Governança ambiental;

6.Transformações financeiras e econômicas;

7.Transformações digitais.

No que tange o Brasil, vemos uma grande movimentação para a digitalização do setor: segundo a McKinsey & Company, em 2019, mais de 47% dos produtores agrícolas utilizavam tecnologia de alta precisão na safra, sendo um valor mais alto que o dos Estados Unidos.

Hoje, a digitalização é utilizada para diversas funções, como:

  • Pesquisa de preço de insumos;
  • Mapeamento da lavoura;
  • Planejamento de atividades;
  • Tomar decisões.
  •  

Muito da transição para uma agricultura mais digital no Brasil é advinda de empresas de máquinas e equipamento e startups agrícolas, conhecidas como agtechs.

NOVOS APPS

OLIO

É um aplicativo voltado para a sustentabilidade, com o objetivo de diminuir os desperdícios de alimento. O Olio utiliza da geolocalização para identificação de usuários próximos, permitindo o anúncio gratuito de sobras em refeições, seja em casa ou estabelecimento comercial.

SAI DESSE BANHO

Também voltado para a sustentabilidade mas com o objetivo da diminuição do desperdício de água, o aplicativo propõe desafios ao usuário de reduzir o tempo do banho em alguns minutos, informando quantos litros de água foram economizados.

CATAKI

O aplicativo reúne pessoas com consciência ambiental e de reciclagem, de forma a oferecer contato de catadores mais próximo da região do usuário.

AGROMERCADO

O Agromercado provê, para os produtores, cotações agropecuárias, acompanhamento as atualizações diárias de diversos itens.

ADAMA ALVO

O aplicativo ajuda na identificação de pragas no campo, como insetos, ervas invasoras e doenças , com identificação por fotos, além de informações sobre as principais ameaças às lavouras brasileiras, oferecendo, assim, o tratamento indicado.

GRÃO DIRETO

O aplicativo faz a conexão entre os produtores rurais e os compradores de grãos, podendo negociar, dentro do aplicativo, milho, soja e etc.

AEGRO

O Aegro é um aplicativo de gerenciamento para auxílio na lavoura, que conta com planejamento e orçamento de safras, monitoramento de estoques, de pragas, controles de custo, etc.

TENDÊNCIAS DE CONSUMO

Sabe-se que, atualmente, há grande transição para hábitos de consumo mais saudáveis, por isso, a demanda por alimentos com menor quantidade de conservantes é alta, visando um consumo mais natural.  Há, também, um aumento da quantidade de veganos no Brasil, com mais de 14% da população sem o consumo de carne. Esse dado é importante para vermos a perspectiva de uma maior demanda dos grãos, como forma de substituição da proteína, à exemplo da soja. Sabe-se, também, que alimentos feitos à base de plantas são, naturalmente, com maiores preços agregados. Por isso, vemos a movimentação para uma maior universalização deste setor, como a Plant & Bean, que planeja tornar alimentos à base de plantas acessíveis a todos na Europa.

INOVAÇÃO PRO SETOR
TECNOLOGIA 5G

A China vêm, atualmente, investindo seus recursos na implementação de tecnologia 5G no processo industrial alimentício, sendo necessária pelo fato de receberem e transmitirem grandes quantidades de dados. As redes 5G tornam o processamento de dados e a comunicação entre os dispositivos e servidores mais rápidos e com maiores potências, de forma a aumentar a competitividade, eficiência e produção da indústria alimentícia, além de permitir monitoramento em tempo real mais eficiente pela equipe, quase que instantaneamente.

HIGHLIGHTS

“O setor de agricultura foi um dos setores beneficiados pela pandemia, com o aumento da demanda por grãos e o aumento dos preços dos produtos, por isso, foi ano recorde no que tange o faturamento atrelado. Com o impulsionamento no ano de 2020 e as novas tecnologias pra o segmento, a perspectiva é de um crescimento interessante para os próximos anos com o aumento da produção em 27% até a safra de 2030/31.
O meio ambiente é, também, um setor que, há alguns anos vêm ganhando muita visibilidade pelo grande impacto das ações humanas que refletem diretamente, como o aumento das temperaturas globais e mudanças climáticas. Por isso, há, mundialmente, grande pressão e planejamento para utilização viável e menos impactante do meio ambiente.”

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Cervejas Artesanais-Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

  • O setor cervejeiro no Brasil vêm continuamente demonstrando crescimento, que mesmo tendo desacelerado nos últimos anos, ainda se mantém consistente e relevante. Isso é evidenciado pelo número de estabelecimentos que de 2019 para 2020 mostrou um aumento de 14,4%. Já para 2021, o crescimento foi de 12%. 
  • Essa desaceleração pode ser explicada pelo desenvolvimento rápido e acumulado desse setor que, desde 2000, cresce a cada ano, tendo seu auge de desenvolvimento em 2016, quando atingiu uma  incrível marca de 48.5%.

São Paulo também se mantém como o estado com maior número de estabelecimentos ativos, com 340 cervejarias, tendo também o maior aumento em relação ao ano anterior, registrando a abertura de 55 novos estabelecimentos. Mas outro estado que chama atenção é o Espírito Santo que nos últimos 5 anos, mostrou uma média anual de crescimento de 53,5%, sendo a maior do país no período. 

No último ano também foi notada uma maior dispersão das cervejarias pelo Brasil, em 2021 existiam cervejarias espalhadas por 672 municípios, um aumento de 10,3% comparado ao ano anterior. Outra importante marca alcançada foi o aumento no número de produtos registrados no ano, o Brasil atingiu o total de 35.741 produtos, um aumento de 5,2% em 2021, chegando a um total de mais de 1000 produtos novos no mercado, mostrando a grande busca por novidades e inovações.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Highlights
Fim
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PANORAMA MUNDIAL

Comparativamente, o mercado cervejeiro global foi avaliado em 743.8 bilhões de dólares em 2020 para 680.9 bilhões em 2021. E segundo a Grand View Research, espera-se um CAGR de 7.0% até 2030, uma evolução bem expressiva do setor.

Tratando especificamente das cervejas artesanais, segundo o grupo Imarc, o valor do mercado atingiu 103.85 bilhões de dólares e espera-se que até 2027, esse montante chegue a marca de 200.62 bilhões, o que demonstraria um CAGR de 11.20% no período 2022-2027.

Segundo uma pesquisa publicada em 2020 pela Barth-Haas Group, o Brasil é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, apenas atrás de China e Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), a produção nacional é de aproximadamente 14 bilhões de litros por ano e representa 1,6% do PIB, com faturamento de 100 bilhões de reais por ano e uma geração de 2,7 milhões de empregos.

COVID X SETOR

A Pandemia afetou diretamente o faturamento do setor, o mesmo continuou crescendo mesmo em 2020, porém em um ritmo menor do que o demonstrado nos anos anteriores, a partir do anuário de 2021 disponibilizado pela CervBrasil, fica notável a queda no crescimento dos principais índices de desenvolvimento do setor como a quantidade de estabelecimentos registrados que em 2019 o crescimento era de 36% e em 2020, o número caiu para 14%, ou o número de produtos registrados que antes da pandemia, em 2019, mesmo em baixa, obtinha uma marca de 64% de acréscimo e em 2020 esse número caiu para 33,2% e em 2021 caiu ainda mais, registrando uma marca de 5,2%, podendo indicar uma estabilidade nos produtos que circulam no mercado atualmente, e uma mudança no perfil de investimento dos players já atuantes no mercado, que de buscar sempre inovar cada vez mais nos produtos, agora tem outras áreas de interesse. 

Outra grande mudança causada pela pandemia foi uma drástica mudança nos hábitos de consumo, onde os clientes deixaram de frequentar os bares, para beber em casa, segundo a pesquisa conduzida pelo Credit Suisse, além da mudança de hábitos, os consumidores também têm bebido mesmo, 64% dos respondentes alegaram beber em média 3 vezes na semana, contra 77% antes da pandemia, além de uma maior preferência por marcas mais baratas (42% demonstrou essa preferência) 

PERFIL DO CONSUMIDOR

Adentrando em detalhes do público geral, segundo uma pesquisa realizada pela Mind Miners em parceria com a AT Kearney, o maior público são os homens entre 25 e 40 anos de classe A e B, tanto em bares, quanto em casa. Público esse que aponta grande interesse sobre as cervejas artesanais por sua diferenciação das bebidas industriais com relação ao sabor

 

Entre os motivos apontados pelos entrevistados para preferir uma cerveja artesanal, estão o sabor diferenciado, o apoio à cultura cervejeira artesanal, a diversidade de rótulos, a influência de amigos e até o fato de que consumir cerveja artesanal está na moda.

Ao comparar cervejas artesanais com cervejas de larga escala, 77% dos entrevistados dizem que a diferença de sabor entre as duas é gritante, 59% concordam que a cerveja artesanal agrega mais qualidade ao produto e 45% dizem preferir consumir menos quantidade de uma bebida artesanal do que mais quantidade de uma cerveja industrializada.

 

Já entre os que não consomem bebidas artesanais, as razões apontadas foram a falta de oportunidade – em surpreendentes 72% dos casos –, o preço (13%)  e o fato de não gostarem do sabor (12%).

 

O levantamento ainda mostra um recorte regional interessante para o consumo das artesanais. Enquanto nas regiões Sul e Sudeste, 18% e 15% dos entrevistados, respectivamente, dizem consumir cervejas artesanais com frequência, apenas 3% dos entrevistados da região Nordeste afirmaram o mesmo. Por outro lado, os números ficam mais parecidos quando são analisados os entrevistados que dizem já ter experimentado cervejas artesanais algumas vezes – 53% na região Sul, 57% na região Sudeste e 43% no Nordeste.

 

Outro recorte apresentado no questionário ajuda a entender o perfil do público. Segundo a pesquisa, homens de classe alta e com idades entre 25 a 40 anos são os principais consumidores de rótulos artesanais. Se for analisada a frequência de consumo, os homens entrevistados informaram ainda beber mais cervejas artesanais em casa e em bares do que as mulheres ( 53% e 44% contra 42% e 35%, respectivamente).

Ao observar o consumo de artesanais entre os mais jovens – com idades entre 18 e 24 anos, apenas 28% dos consumidores dizem beber cervejas artesanais em casa, contra uma média de 51% nas demais faixas etárias. Entre este público estão ainda os que informaram consumi-las com menos frequência em quaisquer lugares, sejam restaurantes, bares, baladas e outros eventos sociais.

ÍNDICES DO SETOR

Número de cervejarias por ano:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Um grande indicativo do crescimento do setor é o contínuo crescimento no número de cervejarias sendo abertas ano a ano.

Em compensação, o crescimento vem sendo reduzido desde a pandemia, 2021 registrou a pior média desde 2010, com 12%.

Isso pode ser associado tanto à pandemia, como também ao crescimento acumulado por tantos anos, possa haver uma estabilidade no setor.

Número de cervejarias por estado:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Analisando os números por estado, os maiores destaques ficam com São Paulo e Espírito Santo, o primeiro por ser a única unidade federativa a superar a marca de 340 estabelecimentos e o segundo pelo percentual de 53,5% de crescimento médio ao ano.

Outro detalhe interessante é perceber que a média anual de Santa Catarina já supera a do Rio Grande do Sul, e caso seja mantida, em breve o estado tende a alcançar a segunda colocação no ranking dos lugares com mais estabelecimentos ativos no país.

Número de produtos registrados por ano:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Com relação as inovações, a curva de crescimento tem caído cada vez mais, mas o número bruto da quantidade de produtos é impressionante, com quase 36 mil produtos registrados no ano, isso mostra um recorde da produção brasileira, mas o decréscimo da curva indica uma maior estabilidade dos produtos no mercado.

Número de produtos registrados por estado:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Olhando os números por estado, é possível perceber detalhes interessantes sobre as inovações no setor cervejeiro no país, o principal destaque é São Paulo que além de ter mais que o dobro de registros do segundo lugar, ainda possui a segunda melhor média por estabelecimento do Brasil.

Outra informação impressionante é a média de Alagoas, com cerca de 35 produtos por estabelecimento,

IMPORTAÇÕES X EXPORTAÇÕES

Balança comercial do mercado de cerveja no Brasil:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Relação valor/peso da exportação de cerveja brasileira em 2021 (%):​

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Um dos pontos mais fortes da indústria cervejeira nacional são as incríveis médias na balança comercial, onde as exportações evoluem exponencialmente, e mantém-se uma baixa quantidade de importações, em 2021, o Brasil exportou mais de 241 mil toneladas de cerveja para 71 países ao redor do mundo, o que faturou mais de 131 milhões de dólares, gastando apenas pouco mais de 15 milhões em importações em aproximadamente 18 mil toneladas da bebida.

A balança comercial dessa forma se faz extremamente positiva, mas ainda há uma desvalorização da bebida brasileira, com relação a alguns países, como é possível enxergar fazendo a relação de valor por peso, que mostra que o valor médio (em dólar) de importação por quilo é $0,86, que junto com 2017, são os menores valores médios pagos pelo Brasil, o que indica uma melhora nesse aspecto, mas que ainda não equivale aos $0,55 da média de exportação.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Com relação aos grandes players do mercado, 2022 não foi um ano de muitas movimentações externas das empresas, foco foi mais interno como por exemplo a Ambev que tomou um rumo de realizar menos aquisições e focar os investimentos em desenvolver tecnologias, tanto em meios de produção quanto principalmente em novos marketplaces, como seu aplicativo B to C “Zé Delivery”, que funciona de maneira parecida com o Ifood, mas promovendo principalmente rótulos da marca e também a ampliação do app B to B “Bees”, que mesmo tendo sido criado apenas em 2021, a empresa afirma que já conseguiu digitalizar 88% dos seus clientes e está diretamente conectada ao Bees Bank, um serviço de conta digital e crédito para os seus clientes.

Mas como destaque, vale ressaltar a fusão entre a CBCA e a Startup Brewing, a intenção das marcas é dobrar a capacidade de produção e atingir um faturamento de 70 milhões de reais ainda em 2022. O acordo foi assinado em julho, mas mesmo com pouco tempo, a expectativa das empresas é a melhor possível, com um total de três fábricas, estima-se que a produção pode atingir 500 mil litros mensais.

ANÁLISE DOS PLAYERS

No ramo das cervejas artesanais, existem grandes empresas quase endêmicas, que por mais sucesso que consigam, seu foco se mostra mais à nível regional do que nacional, visando dominar cada vez mais o mercado daquela região ou estado, ao invés de expandir para novos lugares por isso, a ideia foi detalhar os players por alguns estados.

Pernambuco


A Ekaut teve o início de sua atividade no dia 23 de outubro de 2014 e seu nome foi inspirado em Albert Eckhout, um dos primeiros pintores a pintar paisagens do nordeste do Brasil para o mundo.  Assim possuindo sua proposta extremamente bairrista, enaltecendo a tradução da arte e inovação, consequentemente produzindo cerveja de qualidade.

O faturamento da Ekaut é de cerca de 9.38 Milhões de dólares ao ano.

A Debron teve o início de sua atividade no dia 28 de março de 2014 e seu principal foco é no sabor, exprimindo a tradição de seu tom forte através da pureza alemã (Reinheitsgebot). Dessa maneira, a marca apresenta seis tipos de cervejas artesanais, para agregar uma variedade de sabores ao consumidor.

O faturamento da Debron é de cerca de 5.97 Milhões de dólares ao ano.

São Paulo


A Schornstein teve o início de sua atividade no dia 30 de janeiro de 2006, nascendo em Santa Catarina, mas possuindo sua primeira sede em São Paulo. A cerveja Schornstein é uma cerveja com apenas 5% de teor alcoólico, sendo fabricada com trigo, especiarias, coentro, laranja e tangerina. 

O faturamento da Schornstein é de cerca de 13.65  Milhões de dólares ao ano.

A Colorado teve o início de sua atividade no dia 15 de setembro de 1996, nascendo em Ribeirão Preto, São Paulo. Desde a sua fundação, a Colorado tem como foco valorizar a utilização de ingredientes nacionais em suas cervejas. Mel, graviola, rapadura, uvaia, frutas vermelhas, castanha do Pará, mandioca, café, paçoca, goiaba, mate, limão e garapa são alguns dos ingredientes do Brasil que já foram utilizados nas receitas. 

O faturamento da Colorado é englobado no total da AMBEV, sendo cerca de 6  Bilhões de dólares ao ano.

Rio Grande do Sul


A Salva teve o início de sua atividade no dia 22 de julho de 2014, nascendo no Rio Grande do Sul. Possui um grande foco em manter a cerveja extremamente artesanal e humanizada, passando isso em sua forma de se comunicar com o público e com um estilo próprio, fazer da bebida uma experiência.

O faturamento da Salva é de cerca de 9.38 Milhões de dólares ao ano

A Stier Bier teve o início de sua atividade no dia 9 de agosto de 2013, nascendo no Rio Grande do Sul. A marca tem um enorme foco na qualidade do seu produto, ganhando premiações e ostentando o título de melhor IPA (Indian Pale Ale) do Brasil, pelo primeiro lugar obtido no concurso brasileiro de cervejas de 2020.

O faturamento da Stier é de cerca de 7.39 Milhões de dólares ao ano.

Minas Gerais


A Loba teve o início de sua atividade no dia 07 de agosto de 2013, fabricando cervejas especiais 100% maltadas, sem adição de cereais não maltados, mantendo assim, a tradição das mais conceituadas cervejas do mundo. 

O faturamento da Loba é de cerca de 2.84  Milhões de dólares ao ano.

A Antuérpia teve o início de sua atividade no dia 03 de novembro de 2005, sendo uma cerveja original de Juiz de Fora, situada na zona da mata mineira. A cerveja possui várias linhas para agregar o custo benefício ideal para diferentes consumidores, além de trazer à tona diferentes sabores.

O faturamento da Antuérpia é de cerca de 1.53  Milhões de dólares ao ano.

Big Picture

1.549 cervejarias
com fábricas próprias.

1,2
Milhões de pontos de venda por todo país

1,6% Do PIB nacional.

99%
Dos lares são atendidos
pela indústria cervejeira

14,1 Bilhões de litros no ano.

R$130 Milhões em Exportações
em 2021

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Apesar de ser um segmento com players grandes e bem estabelecidos, o mercado de cerveja é aquecido, está em constante crescimento e possui uma barreira de entrada pequena, por isso, a possibilidade de novos entrantes é alta.

Produtos Substitutos – Alta

Um dos grandes elementos motivadores dos consumidores de cervejas artesanais é a inovação no sabor, além disso, o número de produtos registrados só cresce ano após ano, por isso novos produtos podem surgir a qualquer momento.

Poder dos Fornecedores- Média

Tendo em vista a grande quantidade de players similares e a alta capacidade de diferenciação entre os produtos.

Poder dos Compradores – Alta

Devido à variedade de opções, faz com que, muitas vezes, a variável do preço seja o elemento mais importante no momento da escolha.

Rivalidade entre players – Alta

Considerando a grande quantidade de estabelecimentos e a constante busca pela diferenciação, podemos considerar que há grande rivalidade entre os players.

OPORTUNIDADES

O mercado de Cervejas Artesanais traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Marca atrelada à cidade da produção

Por ser um setor em crescimento durante os últimos anos porém com pequena taxa de exportação para outras unidades federativas, as cervejas artesanais tendem a ser mais consumidas e atreladas a seu local de origem, é muito comum que em cada lugar, se tenham marcas diferentes e muitas sendo endêmicas daquela região.

Produção sob encomenda

Com as cervejarias artesanais, há a possibilidade de produção sob encomenda para seus clientes como, por exemplo, com seu nome próprio, rótulo único e sabor exclusivo, agregando valor para o consumidor no ato da compra.

Estrutura pequena, montada para expansão

Os estabelecimentos de cervejarias artesanais se iniciam com estrutura pequena por serem, usualmente, empresas familiares, com instalações mais simples e volumes reduzidos, o que ajuda no custo, diminuindo o aporte inicial que o empreendedor precisa aplicar caso queira iniciar sua produção nesse mercado.

Produção nichada

Pelo fato de as cervejas artesanais serem produzidas com menor volume comparado às cervejas industriais, torna-se mais fácil a produção para um nicho específico da população, à exemplo de cervejas com baixo teor de gordura, de álcool e também, de produção com novas técnicas de aplicação de lúpulo.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Novos entrantes

Como mostrado nas 5 forças de Porter, existe um alto potencial de entrantes no setor de cervejas artesanais, uma vez que o preço de entrada é acessível. Assim, aumenta-se consideravelmente a quantidade de players e, consequentemente, a concorrência.

Concorrência regional e nacional

Relacionado com o tópico descrito acima, a concorrência regional e nacional de cervejarias artesanais pode ser considerada uma ameaça devido à quantidade de estabelecimentos dentro do setor, tanto em nível regional para uma cervejaria que está começando, como também para uma empresa com um nível de maturidade maior, que ainda assim teria uma concorrência ainda mais qualificada e complicada de se enfrentar.

Tributação alta

Na produção de cervejas, os insumos, normalmente, são provindos de outros países, por exemplo dos Estados Unidos e Europa. Os impostos cobrados chegam até 60% do preço da garrafa que é vendida para o consumidor. 

As cervejas artesanais custam, em média, 3 vezes mais do que as industriais para serem produzidas, mas, por serem fábricas de bebidas alcóolicas, as cervejarias artesanais são consideradas macro cervejarias pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, por isso, pagam os mesmos tributos de cervejarias industriais, mesmo produzindo em menor volume.

TENDÊNCIAS

Queda no consumo, sem paralisá-lo

Em pesquisa feita pelo aplicativo Annie com usuários do sistema Android, 71% das pessoas responderam que sua renda foi ou será impactada pela crise do coronavírus. A diminuição dos recursos entre os consumidores é um óbvio motivador para a queda de consumo.

 A ideia é que essa queda seja revertida nos próximos anos, com a redução da crise, e as cervejarias se mostram cada vez mais preparadas para atender a demanda, ano a ano aumentando a produção, a quantidade de estabelecimentos no país e o número de possibilidades disponíveis no mercado.

Consumo mais engajado

Para muitos consumidores, a preferência por comprar de empresas que possuem atuação social, com ações de solidariedade e sustentabilidade, não é algo novo. Mas o número de pessoas que aderiram a marcas com esse engajamento cresceu exponencialmente durante a pandemia.


Uso da tecnologia para compras e consumo

Tecnologia para comprar produtos e serviços online não é novidade. Mas nunca houve antes uma demanda tão grande do consumidor por encontrar aquilo que precisa de maneira digital. Delivery – O sistema de entrega em domicílio chegou para ficar. De olho na qualidade desse serviço, as cervejarias passaram a dar mais atenção às questões de distribuição, transporte e armazenamento dos produtos, de forma que o produto chegue ao consumidor o mais fresco possível.

Mudança na definição de itens essenciais

Unindo as três tendências anteriores, surge uma quarta. O fato do consumidor ter menos dinheiro disponível, sofrer o impacto dos problemas sociais e precisar da tecnologia para pesquisar e comprar faz, assim, com que ele escolha muito bem quais produtos e serviços devem ser consumidos. Os itens essenciais se tornam o foco, muitas vezes, único.


Evolução das tecnologias de produção

Além das mudanças e da impulsão dos aplicativos de Delivery, as empresas seguem modernizando também os meios de produção e controle de qualidade, como máquinas até para medir o amargo da cerveja, novos tipos de lúpulo, entre várias outras inovações que podem revolucionar maneira de produzir cerveja no mundo, com muitos processos padronizados e automatizados, que diminuem o risco de problemas na produção.

Novos sabores

O mercado de cervejas tem buscado cada vez mais a utilização de novas matérias-primas, tecnologias e insumos, com o objetivo de trazer novos sabores e aromas à bebida. O Brasil está em posição de destaque como fornecedor de matéria-prima, pela grande variedade de frutas disponíveis no país, e também pelos tipos de madeira utilizados no envelhecimento das bebidas.


Novos microrganismos

A indústria cervejeira tem investido em novidades na produção. Bactérias e leveduras, antes tratadas como contaminantes, hoje fazem parte do processo de fabricação. Novos microrganismos têm sido testados, criando percepções sensoriais da bebida, que durante muito tempo primou pela tradição em sua fabricação.

As azedinhas vieram para ficar

Muitos especialistas estão cantando essa bola ano a ano. Mas foi em 2020 que as cervejas ácidas realmente despontaram na avaliação. Grande parte das cervejarias têm pelo menos uma opção de cervejas Sours. Na verdade, trata-se de uma grande categoria que engloba vários estilos com acidez elevada! Muitos deles são leves, refrescantes, adicionados de frutas e ideais para o calorão do verão brasileiro. Novidades nessa área são a Imperial ou Double Sours, feitas para ter maior teor alcoólico, e o crescimento das Sours mais complexas.


Mercado fitness e nutrição

Há alguns anos que o mercado global de cervejas vem enfrentando uma perda de volume. Em parte, por conta de uma preocupação crescente das pessoas com a saúde. O crescimento das cervejas low carb, sem álcool e sem glúten, por exemplo, são uma tentativa do mercado recuperar esse público. O sucesso estrondoso da Heineken 0.0% no Brasil deve trazer à tona em breve novas cervejas artesanais sem álcool.

HIGHLIGHTS

“O mercado cervejeiro em geral vem se mostrando cada vez mais crescente, mercado extremamente aquecido, com novidades o tempo todo. Faz parte do dia a dia da maioria dos brasileiros, tomar cerveja, e a bola da vez são as cervejas artesanais, que vem pra ficar.

Trazendo um leque muito maior ao público, para que até pessoas que normalmente não são consumidoras da bebida, tenham seu interesse despertado pelas diferentes características das novas cervejas, sejam pelos novos sabores, por não possuir gordura, entre vários outros fatores.

O mercado que já é enorme, só tende a crescer, e as cervejas artesanais tomarem cada vez mais o espaço das industriais, mas em compensação é também um setor extremamente competitivo, com cada vez mais players, e alguns gigantes no mercado, fica difícil encontrar um espaço para crescer, mas ainda existe a janela de oportunidade de ser pioneiro em diversas regiões.”

Robson Duarte – Product Analyst I

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Mercado PET-Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Durante a pandemia do Covid-19, o mundo inteiro passou por uma crise sem precedentes, com diversos nichos de mercado entrando em graves crises, porém não foi isso que aconteceu com o mercado Pet. O mercado pet como um todo, em 2020, tinha um valor de U$138,27 bilhões e em 2022, já possui um valor de U$156,39 bilhões, mostrando um crescimento de 13,10% em apenas 2 anos, segundo dados do Statista. Tal crescimento em faturamento se dá ao fato que, devido a pandemia e lockdowns, os donos de pets se tornaram mais preocupados com a saúde dos mesmos, aumentando os gastos com comidas de maior qualidade, acessórios e produtos no geral, visando melhorar sua qualidade de vida em um período em que era mais necessário ficar dentro de casa, além disso, outro fator que ajudou o crescimento desse mercado foi a necessidade de animais de companhia em um período longo de isolamento, como cachorros, gatos e pássaros. 

Ainda falando sobre o crescimento de tal mercado, vale ressaltar que este crescimento foi em anos em que a economia global teve grandes quedas devido ao coronavirus, sendo um dos setores que mais cresceu em tal período. Até 2030, é esperado que este mercado chegue a um valor total de U$269,498 bilhões, tendo uma taxa de crescimento anual (CAGR) de 6,5%, a partir de 2021. 

Participação percentual nas vendas no mercado pet

Fonte: Grandviewresearch

Adicione o texto do seu título aqui
INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

Fonte: Grandviewresearch

Fonte: Grandviewresearch

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Dólares é o que se gasta em média anualmente com um pet

Fonte: Simplyinsurance

Fonte: Euromonitor

ANÁLISE MICROECONÔMICA

O mercado brasileiro demonstrou ser um dos mais fortes e resilientes do mundo, com um crescimento de 42,5% durante a pandemia, indo de U$6.8 bilhões em 2019 para U$9.96 bilhões em 2021, além disso, ainda é esperado que o mercado cresça 22% em 2022, mesmo com as dificuldades impostas por questões externas, como a guerra na Ucrânia.

Dois dos principais motivos para este setor ser tão forte no pais são:

Brasil é um país exportador

As exportações cresceram 33% no ano de 2021, chegando a U$412,5 milhões, principalmente por conta das exportações de rações, segundo dados da ABINPET, exportar num cenário com dólar alto é muito importante para a saúde financeira das empresas com um todo.

As vendas não caíram apesar da pandemia

A relação do brasileiro com seus pets é muito forte, portanto mesmo com períodos onde a pandemia mais apertou no bolso do consumidor, não se deixou de comprar produtos para seus animais de estimação, apesar do ticket ter diminuído. 

HÁBITOS DE CONSUMO NO BRASIL

Fonte: Euromonitor

Hábitos de consumo por espécie

Fonte: Euromonitor

Fonte: Euromonitor

Quando observamos o crescimento da população nacional de animais, tivemos um crescimento entre 2020 e 2021, de 3,6%, tendo como a população de gatos, que cresceu 5,9%, a de peixes cresceu 4,5% e de cães, que cresceu 3,9%, todas acima da média nacional, segundo dados da ABINPET.

Em pesquisa do IBOPE, em parceria com o instituto Waltham, foi possível traçar um perfil do dono de dois dos animais mais populares do Brasil: Cão e gato.

Perfil do dono de cães

Tal pesquisa demonstrou que 51% dos entrevistados eram casados, com média de 41 anos de idade, e desses, 93% moram com mais de uma pessoa. Além disso, 82% são de classe AB, 59% moram em casa e 24% deles adotaram seus pets. Traçando um perfil, é possível ver que se tratam de pessoas que querem trazer um novo membro à sua família já formada, sendo pessoas com boas condições de vida e que moram em casa.

Perfil do dono de gatos

Já para os donos de gatos, a pesquisa obteve menos dados. Segundo a mesma, 61% são mulheres, com média de 40 anos de idade e que moram em casa.

Composição de mercado – População dona de pet

Quanto ao perfil de donos de pet, a grande maioria é das classes consideradas classe média, B2 e C1, representando 31% e 23%, respectivamente, logo depois vemos as classes B1 e A, com 15% 12%, de acordo com o levantamento feito pela QualiBest com mais de 3000 respostas.

Outro dado trazido pela mesma pesquisa diz que 31% dos donos de Pets tem entre 18 e 24 anos, seguido pela faixa etária de entre 25 e 34 anos, com 27%.

O levantamento também revela que a maioria (54%) dos donos são do gênero feminino, tendo compatibilidade com o dado da COMAC, que mostra que cerca de 63% das famílias tem como principal proprietário de cachorro (quem o animal se refere como dono, quem faz as compras e quem cuida do pet) pessoas do gênero feminino, enquanto a média para gatos é ainda maior, de 67%.

Principais segmentos de mercado no Brasil

De acordo com a ABINPET, o mercado pet pode ser dividido em três segmentos distintos, o pet food, pet vet e o pet care, os quais todos obtiveram resultados positivos no ano de 2021.

Pet Food

Corresponde toda o setor voltado a alimentos para pets, incluindo suplementos, sendo fabricados em ambientes industriais ou não. Se trata do principal segmento do mercado pet no Brasil, sendo correspondente a 79% do faturamento total deste setor no país, no ano de 2021. Vale ressaltar que houve um aumento de 33% neste segmento, entre o ano de 2020 e o de 2021.Além disso, este setor também é o que mais exporta, sendo responsável por 95% das exportações deste mercado no Brasil, o que corresponde a US$392 milhões.

Pet Vet

Se trata do segundo maior segmento do mercado pet no Brasil e abrange grande parte dos serviços voltados a saúde do animal, entre eles, clínicas, hospitais, laboratórios veterinários e planos de saúde para pet, que vem tendo uma forte tendência de crescimento nos últimos anos.

Paixão pelos pets no Brasil

Em 2021, em pesquisa realizada pelo OpinionBox, para descobrir mais sobre hábitos dos donos de pet no Brasil, se obteve diversos dados bastante interessantes e que mostram o quanto o brasileiro é apaixonado pelos pets, onde 46% dos entrevistados disse que já deixaram de frequentar locais onde os pet são proibidos, com destaques a restaurantes, que foram metade destes estabelecimentos onde já se deixou de ir por não se permitir animais. 

Outro dado interessante mostra que 81% das pessoas gastariam o quanto de dinheiro fosse necessário para trazer bem estar aos seus pets, os deixando seguros e saudáveis, e 65% das pessoas já tiveram que fazer adaptações em seus apartamentos para estar trazendo segurança aos seus pets.

De acordo com outra pesquisa, realizada pela DogHero, 78% das pessoas que possuem animal em casa, os consideram um filho e 15% já fez uma festa de aniversário para seu animal. Outro dado interessante que mostra a paixão do brasileiro pelo seu animal é que 36% dos entrevistados disseram que dividem o quarto com o próprio animal e 86% deles acabariam um relacionamento caso seu parceiro não gostasse de seu animal. Além disso, ainda sobre os casais, 6 em cada 10, têm ou pretendem ter um animal de estimação e dão preferencia a um condomínio pet friendly quando forem buscar um novo local para morar. 

PANORAMA EMPRESARIAL DO SETOR

Mapa interativo nacional, estadual e municipal

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – MÉDIO

Quando falamos no subsetor de pequenas lojas e hospitais veterinários, a barreira de entrada é menor, devido aos menores investimentos e alta quantidade de fornecedores. Quando falamos de industria de grandes redes, o cenário muda, devido aos altos investimentos necessários e alta competitividade entre os players.

Produtos Substitutos – MÉDIO

É um mercado com um alto número de players, portanto, estão sempre a procura de inovações nos produtos oferecidos, apesar disso, o que é oferecido, é quase sempre bastante parecido, dessa forma, a entrada de produtos substitutos pode ser classificada como média.

Poder dos Fornecedores – BAIXO

No setor de produtos voltados a medicina veterinária, o poder de barganha é alto pelo fato de haverem poucos fornecedores, já nos outros nichos do setor pet, o poder é baixo por haver um grande quantidade de fornecedores.

Poder dos Compradores – MÉDIO

Os consumidores deste mercado tendem a fazer compras no impulso, assim, não existe muita barganha por parte do consumidor final (B2C). Porém, pode existir um poder forte quando a venda é em atacado/indústria, focado no (B2B) *veterinários, pet shops e casas de banho.

Rivalidade entre players – ALTO

Existem ainda um número pequeno de empresas no ramo quando comparado com outros setores, porém, existe uma perspectiva de aumento da concorrência com o crescimento do mercado esperado para os próximos anos.

OPORTUNIDADES

O mercado PET é marcado por grandes oportunidades, ele se encontra em constante expansão e inovação, e vem nos últimos anos em ritmo acelerado, diversos modelos de negócio vem surgindo e trazendo soluções para mercados extremamente sólidos e robustos.

No Brasil, e no mundo, esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:

Humanização dos pets

O processo de humanização dos pets, como foi mostrado anteriormente, é algo que tem crescido bastante não só no Brasil, mas como no mundo todo, onde o pet realmente se torna um ˜filho” dentro do ambiente familiar, com isso, grandes oportunidades surgem, como produtos e serviços que antes eram “exclusivos” para humanos, que se tornaram agora utilizados pelos pets, como centros de estética para animais, alimentação natural e vegana, fotografia para pets e até mesmo linhas de produto de grife para animais, com caminhas de cachorro chegando a até R$1600,00, de determinadas marcas.

Aumento no número de gatos

O crescimento do numero de gatos nos últimos anos vem trazendo uma grande oportunidade para quem investe em linhas de produtos para esta espécie, uma vez que as vendas de produtos para gato tendem a crescer proporcionalmente.

Dog Walker

Com um cotidiano extremamente atarefado e corrido, os donos de cachorros podem acabar não tendo tempo ou energia para sair para passear com eles, com isso, surgiu a modalidade de Dog Walker, em que o individuo passeia com outros cachorros enquanto o dono está no trabalho, deixando o cachorro mais feliz e mais saudável. O contato é feito através de aplicativos, que intermediam o contato entre o dono e o passeador dos cachorros.

AMEAÇAS

Como todo mercado em constante expansão, o setor PET também enfrenta diversas ameaças. Sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.

Crescimento da concorrência

Por ser um mercado bastante atrativo, muita gente quer um pedaço dele. Com isso, grandes players, como Unilever, já estão entrando neste setor, mostrando que a concorrência de grandes players é algo que vem crescendo.

Saturação do mercado

Se toda loja pudesse comercializar todas as marcas que existem hoje, teríamos pontos de vendas que obrigatoriamente seriam maiores que hipermercados. O espaço físico desses pontos de venda é limitado. Existem os mega pets, mas 90% estão limitados no máximo a 100 m², o que torna inviável a comercialização de todas as marcas. Assim, o comerciante acaba por optar pelos produtos onde não há a necessidade de trabalho de marca, nomes já conhecidos e consagrados no segmento.

TENDÊNCIAS

Produtos naturais e ecológicos para pets

De acordo com a Pet Food Processing, mais de 50% dos donos de pets estão dispostos a pagar mais por produtos considerados sustentáveis. Esta é uma tendência que vem crescendo bastante não só neste segmento, mas em diversos outros do varejo. Outra tendência observada é que os consumidores também estão cada vez mais desconfiados da toxicidade potencial de produtos químicos sintéticos e outros materiais prejudiciais para a saúde de seus animais, o que favorece os alimentos naturais.

Suplementos para animais de estimação

De acordo com a Kerry, industria alimentícia britânica que atua no setor pet, os donos de animais de estimação estão cada vez mais comprando suplementos alimentares para seus pets, com aumentos nas vendas de produtos deste nicho de 116% de 2019 para 2020, e estes números continuam a subir, de acordo com a mesma. Isto se dá devido ao fato de que os donos cada vez mais se importam com a saude de seus bichinhos.

Aumento do foco das vendas para o digital

O mercado digital mundial de produtos pet valia U$20,75 bilhões de dólares em 2019, e é esperado que se cresça a uma taxa anual composta de 11,3% de 2020 a 2027, podendo chegar a valores acima de 42 bilhões de dólares. Esse crescimento foi bastante impulsionado pela pandemia e pelo surgimento de novas necessidades advindas dela. 

Aumento nas vendas de produtos premium

40% dos donos preferem pagar a mais para trazer alimentos de maior qualidade para seus animais de estimação, do segmento premium, e segundo. Diversos vendedores já relataram grandes aumentos nas vendas de produtos premium. 

Crescimento do pet tech

De acordo com o Global Market Insights, o mercado de Tech Pet, crescerá a uma taxa composta anual de 22% de 2022 a 2027. Com destaque a coleiras equipadas com GPS, caixas de excrementos autolimpantes e alimentadores inteligentes com timers, que soltam a comida em determinadas horas do dia, são alguns dos destaques desta área, que bastante cresce.

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
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Consultoria Q4 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

Em reflexo da pandemia, o setor que só vinha a crescer apresentou certo período de recessão, indicando uma perspectiva de incerteza quanto à sua velocidade de recuperação. Com isso, um estudo redigido em 2021 pela KPMG, realizado com 500 CEOs, indicou que somente 45% dos gestores acreditavam que o mercado voltaria ao normal em 2022 e 24% acreditam que o modelo de negócio foi alterado para sempre em função da pandemia. Dessa maneira, o mercado de consultoria é um mercado bastante promissor, tendo em vista que se recuperou mais rápido que as expectativas, mas ainda possui uma grande influência por eventos externos como a pandemia, apresentando certo risco para o segmento.

 

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Tamanho do Brasil X USA

Perfil do Consumidor
Covid X Setor
Adaptações ao Novo Mercado
Players de Mercado
Mudanças de Cenário e Ambiente
Impacto nos Setores em Geral
Cenário Pós 2020
Prioridades do Mercado
Diversificações na Atuação
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Necessidades do Segmento
Perspectivas para 2022
Highlights

Tamanho do Brasil X USA

Em 2019, os Estados Unidos foi o país com a maior participação do mercado, movimentando cerca de US$ 71 Bilhões, representando aproximadamente 44,5% do total. Já o Brasil representou cerca de 0,8% do cenário mundial, que soma US$ 1,28 Bilhão. Já em 2020, com os impactos decorrentes da pandemia do Covid-19 estima-se um recuo de 19% em relação ao ano anterior, caindo para o valor de US$ 132 Bilhões. Em contrapartida, o Brasil prevê um crescimento para no PIB de 0,37% para o segmento de consultoria no ano 2023 enquanto em boa parte dos setores o mundo como um todo entra em recessão.

Realidade do Brasil e América do Sul

Na América do Sul é possível se constatar que ao analisar as empresas por tipo e dar enfoque ao segmento de consultoria de gestão e consultoria estratégica é notável o destaque de ambas no setor para o ano de 2018, atestando assim o valor estimado de 1 Bilhão e 790 Milhões respectivamente. Para o Brasil, existem duas principais atividades utilizadas para enquadrar as empresas de consultoria na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), sendo elas: 7020-4/00 (Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica) e 6204-0/00 (Consultoria em Tecnologia da Informação). 

Empresas de Consultoria no Brasil

Considerando o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) de consultorias de gestão é possível se evidenciar uma quantidade total próxima de 90 mil, onde o estado que mais apresenta tal classificação de empresa é São Paulo, que conta com pouco mais de 35 mil consultorias. Vale-se ressaltar que das empresas visualizadas pouco mais de 50 mil são micro empresas.

PERFIL DO CONSUMIDOR

Primeiramente, os serviços são majoritariamente ofertados a outras empresas as quais agregam a necessidade de receber algum tipo de auxílio em determinada área e com isso as consultorias aplicam suas metodologias para sanar tal problemática. De maneira, geral o público agrega empresas que não possuem profissionais com conhecimento técnico para executar determinadas manobras na empresa, ou seja, muitas vezes uma empresa de menor porte. Ademais, para as grandes empresas, tal serviço é adquirido pelo alto nível de especificação da execução da atividade, nível o qual mesmo com conhecimento técnico é mais eficiente solicitar ajuda de um especialista, assim necessitando do auxílio de terceiros para solucionar a situação.

O consumidor de consultoria espera em um primeiro contanto uma sensação de confiança sendo passada pela parte da empresa prestadora do serviço, através da demonstrações de gatilhos de venda como autoridade, para tornar evidente a experiência da empresa e todo o seu conhecimento, assim tranquilizando o cliente. Tal elo de confiança é fundamental, pois um motivo de negação a esse gênero de serviço por gestores é o sentimento de incerteza em abrir sua empresa para terceiros e não poder metrificar a eficácia do investimento.

Outro ponto relevante é a segmentação do público, ou seja, entender se o foco da consultoria é atender empresas de um porte grande, médio ou pequeno, entender se o público vem principalmente de algum segmento específico, entender se em determinado período do ano há mais demanda e se há por que tipo de serviço. Esses fatores tendem a variar dentre os vários nichos de consultoria, portanto devem ser visualizados separadamente.

COVID X SETOR

Indústria Global de Consultoria

Adaptações ao Novo Mercado

Para o segmento de consultoria se recuperar da situação gerada pela pandemia do Covid-19 foi necessário traçar novas estratégias de negócio. Nesse contexto, surgiram cada vez mais demandas de serviços voltados à consultoria em gestão devido ao alto crescimento econômico no mercado europeu, investimentos públicos, a terceirização de operações de back-end para economias de baixo custo e as reformas regulatórias no setor financeiro. Dessa maneira, é esperado que o crescimento econômico mais rápido, venha em conjunto da consultoria digital e a ascensão da globalização impulsionando ainda mais o crescimento.

Ainda no contexto da pandemia, muitas empresas estão constantemente tentando reduzir custos e aumentar sua eficiência para assim transferir os custos economizados para os clientes e assim amenizar o impacto gerado pela grande concorrência que as consultorias tendem a enfrentar. Tal realidade está levando a um aumento da demanda por improvisação de processos voltados aos negócios e consultorias ligadas a eficiência operacional.

ANÁLISE DOS PLAYERS

Ernst Young

N° de funcionários: 366.114

Trata-se da líder global em auditoria, impostos, transações e consultoria.

Deloitte.

N° de funcionários: 460.372

Presta serviços de auditoria, consultoria fiscal, financial advisory, risk advisory, consultoria fiscal.

PWC

N° de funcionários: 270.308

Presta serviços de auditoria e asseguração, consultoria tributária e societária, consultoria de negócios e assessoria em transações.

KPMG

N° de funcionários: 238.036

A KPMG é uma organização global de firmas independentes que prestam serviços profissionais nas áreas de Audit, Tax e Advisory.

Mudança de Cenário e de Ambiente

 

As empresas de consultoria enfrentam um macroambiente com um nível de complexidade cada vez maior no qual devem continuar a prestar a melhor assessoria. Com isso, são as próprias características do setor que tendem a gerar esse tipo de problema. Dessa maneira, tais empresas estão entregando cada vez mais projetos no exterior e até trabalhando como subcontratados de empresas parceiras e independentes. Ademais, entregar projetos de maneira rápida com assertividade e eficácia, juntamente com prazos apertados, orçamentos e preocupações em garantir a satisfação do cliente, é o que torna o mercado e a própria execução do serviço complexa.

Impacto nos Setores em Geral

Apesar de a pandemia ter impactado negativamente vários setores, é esperado que algumas empresas de consultoria aproveitem a onda de alta demanda e cresçam bastante. A partir disso, a tendência é que empresas maiores contratam consultorias para analisar cenários futuros do mercado, entender a viabilidade de novos produtos ou mapear estratégias a serem usadas pela própria contratante Outras empresas podem precisar também de auxílio para digitalizar sua operação que é uma demanda que existe internamente no mercado de consultorias, exibindo assim um leque de possibilidades a serem exploradas pelo segmento.

Cenário Pós 2020

Em 2021 o segmento iniciou uma rápida recuperação e já apresentou melhoras, tendo como sua principal razão a vocação empreendedora no país. Dessa maneira, o Laboratório da Consultoria atestou que 76,7% das novas contratações virão do setor privado, sendo a maior parte taxa de empresas de serviços, correspondendo assim a um acréscimo de 74%.

Tal informação também indica que apesar do bom resultado em quantidade de empreendedores, não há uma condição semelhante quando a realidade é voltada a resultado financeiro, muitas vezes por conta da falta de produtividade e competitividade, assim abrindo margem para a necessidade de ajuda de terceiros, como consultorias.

Prioridades do Mercado

A decorrência das solicitações de empresas por serviços de consultoria, é reflexo do aumento do padrão de qualidade exigido pelo mercado, no consumo de bens ou serviços no geral. Além das pessoas estarem mais conscientes quanto a realização de uma seleção natural das empresas, ou seja, aquelas que não se adaptarem às mudanças serão colocadas de lado e perderão o ritmo de jogo. Com isso, a prioridade para empresas do nicho é procurar maneiras de se reinventar em razão da alta quantidade de concorrentes que foram geradas em razão de toda a demanda, podendo dar foco a efetividade de seus processos, diferenciação de seus serviços e sua estrutura de empresa como um todo.

Diversificações na Atuação

No intuito de se adaptar às novas demandas, tendo em vista a realidade atual, se faz extremamente relevante que ocorra um investimento na digitalização das empresas de consultoria, para assim conseguir competir com mais efetividade em relação aos grandes players. Dessa forma, o mercado brasileiro em geral tende a perder muito caso a digitalização tardia das pequenas consultorias continue acontecendo, em função da dependência das pequenas e médias empresas que por falta de dinheiro para investimento, tendem a recorrer a pequenas consultorias. Ademais, como alternativa para essa situação, se torna uma saída bem mais viável adquirir uma franquia do ramo, com um modelo de negócio e processos já estruturados e validados. O momento atual é uma grande oportunidade para adequação às necessidades do mercado, abrindo margem para crescimento de várias empresas.

Big Picture

Os tópicos listados a seguir apontam os principais dados do mercado de consultoria dos próximos anos, apontando assim o rumo que o mercado vai seguir, indicando de modo geral o seu crescimento.

ANÁLISES INTERNAS DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Para o mercado de consultorias focadas em pequenas empresas existem poucas barreiras de entradas considerando que exista o mínimo de know-how, sendo assim de fácil entrada;

Produtos Substitutos – Baixa

Tratando do mercado de consultorias diretamente, não há produto ou serviço que o substitua integralmente de modo geral, então a substituição não é tão impactante;

Poder dos Fornecedores – Baixo

Tratando os fornecedores como os softwares que auxiliam o monitoramento e execução dos serviços de consultorias, existem muitas opções, não sendo uma real dificuldade.

Poder dos Compradores – Alto

Para a realidade dos compradores, existe uma infinidade de consultorias que realizam o básico em relação a gestão e termos ligados a ela, aumentando a cartela de opções do público.

Rivalidade entre players – Alta

Indo de paralelo ao poder dos compradores, a rivalidade entre os players é um fator frequente, já que devido a alta quantidade de players o mercado se torna disputado.

OPORTUNIDADES

No tocante à oportunidades de mercado o mercado de e Consultoria, traz consigo excelentes oportunidades e cabe ao gestor estar atento e preparado para elas.

Demanda em Larga Escala

Com a pandemia surgiram muitos problemas internos nas consultorias em relação a adaptação com a nova realidade. Porém, também surgiram muitas empresas que precisavam de auxílio com questões semelhantes e muitas outras questões que aumentavam a necessidade da contratação profissional para tal resolução. Assim, a demanda por consultorias aumentou e tende a permanecer em alta.

Amplitude no Espaço de Atuação

Com a pandemia houve a necessidade de se adaptar à nova realidade presente e com isso muitas empresas investiram na sua digitalização, ajudando com a nova necessidade, mas também amplificando muitos os resultados por atender uma demanda maior de clientes, tendo em vista as novas formas de contato.

AMEAÇAS

Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se prepara e se antecipar a eventuais problemas futuros.

Alta Concorrência

Com o período de instabilidade gerado pela pandemia, surgiu a oportunidade de auxiliar quem precisava de direcionamento em sua empresa. Contudo, isso gerou uma intensificação na quantidade de empresas que realizavam tal tipo de serviço, em reflexo da criação de mais empresas do segmento, assim aumentando a concorrência.

Falta de Diferenciação

Considerando a alta no número de concorrentes para o segmento, é fundamental que haja diferenciação no modo de trabalho da empresa, em seus processos, e na sua área de atuação. Empresas que não se diferenciam acabam por ser substituídas por outras com uma proposta semelhante e uma proposta com valor mais interessante.

TENDÊNCIAS

Em momentos de mudanças no mercado e instabilidade de outras empresas é onde se abrem as portas para guiar os clientes de consultorias para uma saída mais oportuna, já que nesse momento é onde há mais demanda e oportunidade de inovar. Ainda em reflexo do período difícil gerado pela pandemia do Covid-19, as evoluções geradas pela adaptação ao novo mercado contribuíram para a digitalização de método de trabalho, ajudando assim no avanço do segmento e o colocando numa crescente ainda maior

Necessidades do Segmento

Segundo um estudo realizado pelo MIT Technology Review em 2021, foi constatado que 45,7% da empresas brasileiras já estão implementando o processo de transformação digital, 30,5% estão focadas na fase de desenvolvimento e método de abordagem e apenas 1,9% das empresas como um todo não apresentam nenhum plano real de mudança. Contudo, os consultores autônomos e as pequenas consultorias ainda enfrentam alguns desafios ligados a essa realidade, tendo em vista que eles somam 83% do mercado de consultores e conforme indicado pelo Laboratório de consultoria, ainda não estão adequados à nova realidade.

Perspectivas para 2022

Para traçar uma métrica de evolução, ao analisar o grande player de mercado AdopTI, é perceptível que seu resultado em 2021 foi muito promissor, faturando cerca de 35 Milhões de reais em vendas, 90% de crescimento em relação ao ano anterior. Além de que para 2022 as projeções também são bem otimistas, assim mantendo a perspectiva de faturar 45 Milhões, tendo em vista a ampliação da empresa em portfólio e espaço físico.

Expansão do Setor

Através de várias pesquisas realizadas por Robert Half, pelo Fórum Econômico Mundial e Comissão Europeia, foi constatada uma crescente muito grande para o segmento, a qual era previsto que o mercado de consultoria tende a crescer 50% até o ano de 2025. Tal crescimento significativo aborda o cenário apenas do Brasil, ou seja, em uma escala mundial pode crescer um pouco mais ou menos. Com isso, para assegurar a permanência em um mercado tão competitivo que tende a ficar ainda mais disputado após o crescimento, deve-se investir na capacitação dos consultores para poder agregar mais serviços com mais qualidade aos clientes, já que, 85% dos consultores já estão buscando esse tipo de aprimoramento e treinamentos para suas competências. 

Panorama dos Próximos Anos

Acredita-se que no período de 2021 até 2026 o mercado de consultoria expanda a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 4,3%. Com isso, se abriu margem para exibir uma maior taxa de crescimento no setor da consultoria financeira, onde são prestados serviços de auditoria, contabilidade, tributação, regulamentação, dentre outros. Além de auxiliar diretamente os clientes a implementar gestão de riscos, transformar as finanças e gerir seu compliance, influem diretamente no planejamento financeiro de projetos, questões fiscais, fusões, aquisições e até financiamentos.

Consultoria Financeira

Ao longo dos anos, a consultoria financeira apresentou um desempenho relativamente estável em consideração aos anos de crise e suas consequências, sendo impulsionadas por um grupo de fatores. Em razão das instabilidades econômicas a demanda por turnarounds e gerenciamento de crises cresceu bastante, além de um pouco depois a demanda de serviços de consultoria contábil e gerenciamento de riscos também entrou em um período de alta, principalmente no setor de serviços financeiros.

Indicativos do Mercado

O  maior mercado identificado do setor foi o Norte Americano e o que cresce mais rápido é o Pacifico-Asiatico, indicando mercados fortes que tendem a evoluir daqui para frente. Apesar de que, em 2020 foi observado uma enorme contração, transformações digitais e projetos não discricionários em torno de risco continuaram razoáveis, enquanto áreas mais discricionárias foram fortemente atingidas. Contudo, nos próximos anos a tendência desses impactos é ser reduzida e que o setor se recupere, em virtude da mobilização dos governos para que sejam feitas reformas rigorosas de auditoria e regulamentações como o GDPR

Impacto dos EUA no mercado

Os Estados Unidos correspondem ao maior mercado de serviços de consultoria de geração de resultado no mundo, integrando as principais empresas globais do ramo. Ademais, em virtude da alta volatilidade do mercado norte americano, acompanhado de reformas voltadas a regulamentações governamentais, é gerada uma grande demanda de um auxílio externo para solucionar essa questão, tendo em vista a necessidade de assistência em suas operações financeiras em todo o país.

Indústria de Consultoria nos EUA

Os Estados Unidos são pioneiros no mercado e têm um papel significativo em trazer  avanços para o mercado global. Exemplos deles são os players citados anteriormente, como: Deloitte, Ey, KPMG e PWC. A indústria de serviços de consultoria no país se expandiu ao decorrer dos últimos anos, justamente devido ao aumento de pessoas empregadas no segmento, crescendo anualmente nos últimos cinco anos. Contudo, a questão mais complicada na visão dos especialistas na indústria regional é atrair e desenvolver novos negócios, com 40% dos gerentes seniores citando isso como um dos problemas que mais afetam.

Cenário Competitivo

O mercado de consultoria é bastante competitivo em função de seu número significativo de players regionais e globais. Tais players representam uma parcela de mercado considerável, assim concentrando-se na sua expansão para uma perspectiva mundial. Eles visam investir cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento, alianças estratégicas e seu planejamento de crescimento inorgânico e orgânico, visando se manter com um bom posicionamento no mercado.

Inovações do Setor

Considerando a grande quantidade de empresas de consultoria que desempenham os mesmos serviços, para realizar uma inovação quanto ao próprio modelo de negócio e se diferenciar das demais, uma saída é afunilar a área de atuação, assim segmentando o serviço ou produto vendido. Exemplos desses segmentos são o contábil, jurídico, comunicação, engenharia, ambiental, dentre muitos outros.

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Overview do consultor

(Tiago Garcéa)

“O mercado de consultoria tende a desempenhar um crescimento expressivo a longo prazo, considerando principalmente a realidade do Brasil que se destaca não apenas no mercado como também no desempenho econômico como um todo.

De maneira geral, as empresas que possuírem como intuito demonstrar uma curva de crescimento maior, devem se especializar ainda mais para agregar algum diferencial de mercado, porque da mesma maneira que o mercado cresce aumentam as empresas de consultoria que realizam o básico em grande quantidade.”


RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
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Automotivo Q4 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

MUNDO X BRASIL

No 1T21, o PIB de Transportes avançou 1,3% na comparação anual e 3,6% na margem dessazonalizada, resultado acima do estimado. Para 2021, a expectativa foi revisada de +5,4% para alta de 8,7%. Para 2022, esperamos alta de 3,0% (ante expectativa anterior de +4,5%).

A revisão do PIB de Transportes foi motivada pela incorporação do último resultado acima do esperado e pela melhora da perspectiva para a atividade econômica doméstica (projeção para o PIB brasileiro passou de +2,7% para +4,4% em 2021), que tende a favorecer o transporte de cargas.

Após ligeira retração esperada para o 2T21, o PIB de Transportes deve retomar trajetória de crescimento a partir da segunda metade do ano, favorecido pela perspectiva de avanço da vacinação contra a covid-19, benéfica, sobretudo, para o transporte de passageiros nos modais aéreo e rodoviário.

Estimativa da Produção de Veículos no Mundo de 2000 até 2021

Através da análise do gráfico percebe-se que há uma constante de crescimento da produção de veículos a não ser pelos períodos de 2008 e 2009 onde foi impactada pela crise dos bancos americanos onde se desencadeou para diversos países e setores. Além disso, os anos de 2019, 2020 e 2021 também se mostram com uma certa queda por conta da escassez dos chips que são utilizados para fabricação de grande parte dos carros mas principalmente por causa da pandemia do covid-19.

Adicione o texto do seu título aqui
INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

Produção Global de Veículos em 2020, por País

China
21.09%
EUA
14.91%
Japão
10.5%
Alemanha
China
5.3%
Coreia do Sul
China
4.9%
México
China
4.5%
Índia
China
4.3%
Brasil
China
2.9%

  • A indústria automotiva vem ganhando cada vez mais destaque na América Latina, tanto no setor de produção, tanto no setor de vendas. Atualmente, o mercado é liderado por México e Brasil, os dois maiores integrantes de tal setor na região. Apesar da queda iminente na produção de veículos e peças diante da pandemia de COVID-19, dados já apresentavam que o mercado mexicano vinha em leve queda. De 2018 para 2019, houve uma queda na produção de mais de 90 mil veículos motorizados no país, alcançando um total de 4,01 milhões veículos produzidos. Enquanto no mesmo período, o Brasil aumentava sua produção em 63 mil veículos fabricados, chegando em um acumulado de 2,94 milhões.

    Esses são os números de veículos motorizados fabricados pelos maiores produtores da América Latina no último balanço divulgado em 2021:

A produção global de veículos vem muito forte nos países da China, EUA e Japão, o top 3 países que mais fabricam carros totalizam um percentual de 46,5%, ou seja, quase metade do total. 

É importante destacar a colocação do Brasil que apesar de estar no último lugar nessa tabela, ainda assim é o país oitavo país que mais produz carros convencionais em todo o mundo.

Número de carros de passageiros vendidos por Países Latino Americanos (por mil unidades)

Quando falamos de carros para passageiros (carros tradicionais) vimos que o Brasil ultrapassa o México com tranquilidade, visto que o forte dos Mexicanos são os veículos comerciais leves.

Os grandes destaques da América latina em 2021 são:

  1. Brasil = 1.558.470 veículos vendidos
  2. México = 520.110 veículos vendidos
  3. Argentina = 241.620 veículos vendidos

Atualmente no Brasil, o mercado automotivo é um dos que mais sofrem com a tributação, tanto para o consumidor final, tanto para os fabricantes e distribuidores de autopeças. Nesse contexto, o saldo registrado de geração de tributos diretos no ano de 2019 foi de 79,1 bilhões de reais. Em nível de comparação, o gráfico abaixo representa a participação dos tributos no preço final do consumidor em diferentes países:

BRASIL

Em maio de 2021, a produção automotiva total caiu 0,2% na margem dessazonalizada. Apesar de as
vendas internas estarem ganhando tração, em linha com o processo de flexibilização das medidas de
distanciamento social, o aumento da produção contínua sendo limitado pelos problemas de
abastecimento de insumos, diante das pressões nos preços.

No entanto, o resultado ocorre de forma discrepante entre os segmentos automotivos. O
desequilíbrio entre oferta e demanda prejudica a produção de veículos leves, enquanto a de pesados
sustenta melhor desempenho.

Para 2021, nossa projeção foi mantida, mas considerando redução na produção de veículos leves,
levando em conta as maiores dificuldades de recomposição de estoques e, por outro, aumento na
perspectiva da produção de caminhões.

Para 2022, a estimativa foi elevada, com aumento esperado para a produção de veículos leves. O
cenário contempla a normalização entre oferta e demanda do setor no 1S22. Além disso, o crescimento
adicional das vendas internas e das exportações deve beneficiar a produção. Mesmo que as incertezas
políticas derivadas das eleições presidenciais limitem um maior ímpeto do setor no próximo ano.

Projeções (realizadas em 2021):

ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO

Ao todo no Brasil, hoje são registradas 61 fábricas no país, em 10 estados diferentes e 42 municípios distribuídos pelo país. Desse total, 3 ficam localizadas no Nordeste, 4 no Centro-Oeste, 21 no Sul  e 35 no Sudeste. O estado com maior destaque na produção, contando com mais de 26 fábricas em seu território é o estado de São Paulo.

De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:

0
% de aumento na produção de veículos em 2022

Produção Total de Veículos

Em maio de 2021, a produção total caiu 0,2% na margem dessazonalizada, após alta de mesma magnitude em abril. Na variação anual, a forte taxa de crescimento (+347,6%) ainda reflete a base deprimida no mesmo período do ano passado (-84,4%). No mês, apesar do crescimento das vendas internas e externas, a escassez global de insumos necessários para a cadeia industrial limitou o desempenho da produção. Nesse sentido, os estoques seguem em níveis historicamente baixos,
somando apenas 96,5 mil unidades em maio, o que representa 15 dias de vendas.

O volume da produção total deve continuar reduzido nos próximos meses, uma vez que as pressões de custos de insumos limitam uma rápida recuperação, especialmente na produção de leves. No decorrer do 2S21, a produção total deve voltar a mostrar modesta aceleração, devido ao avanço da vacinação e, consequentemente, maior mobilidade e melhora nas vendas.

Para 2022, nossa projeção foi elevada de 9,2% para 15,0%, em linha com a melhora na produção de leves considerando a normalização entre oferta e demanda no 1S22. No mercado interno, as vendas devem mostrar maior crescimento em linha com a melhora da atividade, impulsionando a produção. Além disso, as exportações devem crescer com a retomada global pós pandemia.
De toda forma, as incertezas domésticas ligadas ao cenário político limitam a maior velocidade do setor, especialmente no 3T22.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Vendas Totais de Veículos

Em maio de 2021, as vendas internas cresceram 7,1% na margem dessazonalizada, após alta de 6,4% em abril. Apesar da alta, as vendas ainda estão 4,8% abaixo do resultado de fevereiro/21 – antes do endurecimento das medidas de isolamento. Na variação anual, as vendas cresceram 205,8%, ainda refletindo a fraca base em maio/20 (-74,9%). Assim, as vendas mostram gradual crescimento com a reabertura das atividades.

Para 2021, nossa projeção foi elevada, de 19,6% para 21,2%, em linha com a melhora na perspectiva para a atividade econômica e a revisão altista para massa de renda e concessões de crédito. Para o restante do ano, a dissipação das incertezas ligadas à pandemia, considerando os avanços da vacinação (cenário de que 70% da população seja vacinada até o final do ano), deve
impulsionar as contratações de emprego e expansão nas concessões de crédito para aquisição de veículos.

Para 2022, a projeção também foi revisada para cima (de 10,5% para 11,3%), considerando a base mais alta em 2021. As vendas devem manter maior dinamismo no próximo ano, com fatores adicionais positivos: i) redução da taxa de desemprego; e ii) menores níveis de juros bancários, com o aumento da competição e menor risco de crédito. Mesmo assim, no 2S22, as vendas devem mostrar ligeiro arrefecimento na margem, por causa das incertezas políticas elevadas com a proximidade da eleição.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Produção e vendas internas de veículos leves

Em maio, a produção de veículos leves recuou 0,4% na margem dessazonalizada, após alta de 1,4% no mês anterior. Na variação anual, a produção cresceu 368,9%, resultado da base de comparação mais fraca em maio de 2020, dado que no mesmo período do ano passado as fábricas ainda estavam adaptando a sua produção ao quadro pandêmico.

As vendas internas de veículos leves cresceram 7,6% na margem dessazonalizada, o segundo aumento consecutivo, recuperando parcialmente o recuou sofrido em mar/20 (-16,5%). Na variação anual, as vendas de leves cresceram 212,4%, expressivo resultado que reflete a base de comparação reduzida devido às medidas restritivas mais duras em mai/20.

Para 2021, a projeção para a produção foi reduzida, considerando que as maiores dificuldades de fornecimento de insumos devem limitar a recomposição dos estoques neste ano. Montadoras anunciaram paralisação da produção no início de junho por até 10 dias. Para as vendas internas e externas, no entanto, a projeção foi elevada, tendo em vista a melhora da atividade econômica. Assim, as vendas devem ganhar tração ao longo do 2S21, favorecendo, em parte, a produção.

Para 2022, a expectativa foi revisada para cima. Para a produção, o cenário considera a normalização dos estoques no 1S22. Além
disso, as vendas devem seguir elevadas, com a melhora do cenário doméstico. As exportações também devem mostrar maior dinamismo
ao longo de 2022, dada a recuperação econômica de países demandantes após a pandemia.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções


Produção e vendas internas de caminhões

Em maio de 2021, a produção de caminhões cresceu 4,1% na margem dessazonalizada (+243,1% YoY), após +13,6% em abril e atingiu o volume
mais alto desde 2014. O melhor desempenho acompanha o forte crescimento das vendas internas, que também alcançaram em maio os
níveis mais elevados desde 2014 (+17,5% MoMsa).

Para 2021, nossa projeção foi elevada, considerando o bom desempenho nos últimos meses e a melhora do cenário para vendas domésticas e externas de caminhões, bem como para a atividade econômica de forma geral. Para os próximos meses, o cenário é de manutenção de volumes elevados da produção do setor, acompanhando os níveis ainda altos das vendas domésticas. No entanto, a produção e as vendas do setor devem mostrar ligeira desaceleração no decorrer do ano, levando em conta: i) a relativa estabilidade de setores industriais demandantes; ii) a elevação da Selic, pressionando o custo de crédito para aquisições de bens; e iii) a normalização dos estoques.

Para 2022, a taxa de crescimento projetada para o setor foi reduzida, considerando a base mais forte em 2021. No próximo ano, além da continuidade de melhora dos setores demandantes, favorecendo as vendas, os juros bancários devem se reduzir com menores riscos de inadimplência, favorecendo novos financiamentos. O setor externo também deve continuar em crescimento, beneficiando as exportações. De toda forma, com a proximidade das eleições presidenciais, as incertezas domésticas devem voltar a subir, especialmente no 3T22, limitando o setor.



Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Exportações totais de veículos

Em maio, as exportações de veículos cresceram 1,6% na margem dessazonalizada, após queda de 4,1% em abril. Na variação anual, o crescimento foi de 855,4%, refletindo ainda a base de comparação reduzida (-90,8%). No mês, as exportações
representaram 19,2% do total produzido em maio, alcançando o maior share do ano.
A recuperação na margem foi determinada pelo aumento de 3,1% das exportações de veículos leves e de 19,7% em ônibus,
enquanto as vendas externas de caminhões caíram 2,7% em maio, considerando a série livre de efeitos sazonais. Apesar da queda
na margem em caminhões, os volumes seguem superiores ao registrado em 2020 e 2019.
Para 2021 e 2022, nossas projeções foram elevadas, passando de 25,9% para 39,1% em 2021 e de 9,9% para 10,9% em 2022,
com revisão altista para leves e pesados, motivada pela recuperação mais acelerada da economia mundial, dados os avanços
na vacinação ao redor do mundo. Assim, as exportações devem continuar em crescimento nos próximos meses, ganhando impulso
a partir do 2º semestre, diante da retomada econômica em países demandantes do setor, principalmente na América Latina.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Exportação por destinos

As exportações brasileiras continuam direcionadas principalmente a países da América Latina. Nos últimos anos, países, além da Argentina, mostraram intenso crescimento nas exportações, com destaques ao Chile que representou 11,2% em 2021, ante apenas 4,8% em 2017, e a Colômbia, que também alcançou 11,2% em 2021, após 2,3% em 2017.

No entanto, a Argentina ainda mantém a maior participação, representando, sozinha, 38,7% das exportações, com maior destaque em veículos leves. Nos últimos meses, as vendas de veículos na Argentina mostraram ligeiro arrefecimento, devido ao aumento de novos casos de covid-19 no país em maio.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Importações totais de veículos

Em maio, as importações totais cresceram 98,5% na variação anual, refletindo a fraca base de comparação, dado que em mai/20 as importações caíram 61,7%. O share alcançou 10,3% em maio, após 9,8% em abril. Entre os segmentos, o crescimento na variação foi disseminado entre leves (+97,6%) e caminhões (135,4%). As taxas de participação das importações nas vendas internas também cresceram em leves (+0,6 p.p. ante abril, para 10,8%) e em caminhões (1,0 p.p., para 4,7%).

As importações devem continuar em crescimento nos próximos meses, diante da melhora da atividade econômica, favorecendo as vendas. No entanto, os níveis depreciados do real ante o dólar devem restringir o maior dinamismo das importações.

Em 2022, o crescimento deve se manter de forma gradual. Por um lado, a continuidade de melhora da economia favorece a demanda
por veículos. No entanto, as incertezas políticas relacionadas à questão eleitoral devem restringir maior apreciação do real
ante o dólar, limitando o crescimento.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Preços de veículos novos

Em maio, os preços automotivos cresceram 0,3% em relação ao mês anterior, em termos reais. Em termos nominais, a alta na margem foi de 1,2%, após 1,0% em abril. O aumento dos preços ao consumidor reflete as maiores pressões da cadeia produtiva no abastecimento de insumos, levando em conta o aumento nos custos dos insumos diante dos problemas de oferta global e câmbio desvalorizado.

Apesar disso, o repasse dos preços ao consumidor vêm ocorrendo de forma gradual, acompanhando a retomada da demanda por veículos. Assim, a expectativa é de que os preços do setor continuem em elevação no decorrer do ano, ainda levando em conta as pressões nos custos de insumos e o aumento nas vendas de veículos. 

Para 2022, os preços devem mostrar ligeira redução real, uma vez que a normalização da oferta global deve diminuir as pressões nos preços dos insumos para a produção.


Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Confiança do consumidor

O índice de confiança do consumidor subiu 3,1 pontos em maio, o segundo crescimento consecutivo na margem, atingindo o patamar de 76,2 pontos na série com ajuste sazonal. Os avanços em maio seguem a trajetória de recuperação da confiança iniciado em abril, com a reabertura das atividades. No acumulado de abril e maio, a confiança do consumidor recuperou cerca de 80% das perdas sofridas em março, quando a confiança caiu 9,8 p.p. na margem dessazonalizada.

No mês, ambos os componentes cresceram. O índice de situação atual (ISA) subiu 4,2 p.p. na margem e 3,7 p.p. na variação anual, o primeiro crescimento na métrica anual desde o início da pandemia, refletindo a base mais fraca no mesmo período do ano passado. O índice de expectativas (IE), cresceu 3,2 p.p. na margem dessazonalizada e 18,9 p.p. na variação anual.
Apesar do crescimento disseminado entre os componentes, os níveis seguem bem divergentes. O ISA alcançou 68,7 pontos em maio, enquanto o IE atingiu 82,4 pontos, considerando a série com ajuste sazonal. A diferença relaciona-se ao maior pessimismo
dos consumidores no período corrente, devido às incertezas ligadas à questão pandêmica e maiores pressões dos preços no orçamento familiar, especialmente em famílias de renda mais baixa. Tal dinâmica deve melhorar no 2º semestre, com maior impulso da confiança.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Número de carros leves registrados entre 2014 até 2021, por tipo de combustível

Registros de veículos elétricos e híbridos no Brasil de 2006 a 2021

ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO

Ao todo no Brasil, hoje são registradas 61 fábricas no país, em 10 estados diferentes e 42 municípios distribuídos pelo país. Desse total, 3 ficam localizadas no Nordeste, 4 no Centro-Oeste, 21 no Sul  e 35 no Sudeste. O estado com maior destaque na produção, contando com mais de 26 fábricas em seu território é o estado de São Paulo.

De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:

0
% de aumento na produção de veículos em 2022

PLAYERS

Principais marcas de automóveis de passageiros no Brasil em 2021, por número de matrículas (em 1.000)

Principais marcas de comerciais leves do Brasil em 2021, por número de unidades
registros (em 1.000)

Principais marcas de caminhões no Brasil em 2021, com base no número de matrículas

Número de concessionárias de veículos automotores no Brasil em 2021, por marca


Em termos de players de mercado assim fica a composição do cenário nacional por tamanho e relevância das empresas no setor:

  • Fiat Chrysler: 691 concessionárias
  • Volkswagen: 409 concessionárias
  • Chevrolet: 362 concessionárias
  • Renault: 244 concessionárias

Não somente da semelhança cultural entre vários países latinoamericanos, mas também, na composição econômica dos mesmos e da grande estabilidade dos players que fazem parte do mercado automotivo no mundo, os modelos de carros vendidos em cada localidade são, de certa maneira, muito semelhantes. A fim de exemplificar o panorama de vendas na região, o gráfico abaixo exibe os modelos de veículos mais vendidos no primeiro trimestre de 2021 na América Latina:

Outro dado relevante a ser abordado é a quantidade de empregos envolvidos em determinado setor. No caso do setor automobilístico, hoje, no país estima-se que direta e indiretamente existam mais de:

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Milhão de empregos
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Empregos

empregos diretos do setor exclusivo de produção de autoveículos e máquinas agrícolas, foram contabilizados em 2021 mais de:

Os carros híbridos e  elétricos vêm tomando cada vez mais espaço no panorama nacional. Do ano de 2019 para o ano de 2020, houve um aumento de mais de 70% nos emplacamentos dos carros exclusivamente elétricos.

Estima-se que até 2021, a frota de carros elétricos beirou os 73 mil carros, sendo São Paulo o estado com maior número de modelos.

IMPACTO DA PANDEMIA

O impacto da pandemia afetou de forma direta o setor automobilístico ao redor do mundo. Não diferente no Brasil. fechamentos de grandes fábricas como a da Ford no ano de 2021, são indicadores de extrema importância no panorama do setor nacional. A falta de matéria-prima como os semicondutores, são problemas recorrentes até os dias atuais.

No quesito produção, em território nacional, houve uma queda significativa no número de veículos produzidos de 2019 para 2020. No ano de 2019, foram produzidos cerca de 2,94 milhões de veículos no país, já em 2020, o número foi de 2,01 milhões, uma queda significativa que demonstra o tal impacto.

Big Picture

Previsão de 9,4% de crescimento em 2022

57 unidades industriais no país

4897 concessionárias

1,2 milhão de empregos (diretos + indiretos)

27 fabricantes atuando no mercado nacional

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

A barreira de entrantes potenciais é vista com baixa, uma vez que esse mercado exige uma grande quantidade de capital para investimento, além das complicações em trâmites legais e a forte consolidação de imagem e marca dos players.

Produtos Substitutos – Média

Os produtos substitutos raramente conseguem prover a mesma conveniência dos automóveis no uso diário. Existem alternativas no mercado, que em grande maioria, atuam em paralelo, não ameaçando diretamente.

Poder dos Fornecedores- Alta

O poder de barganha dos fornecedores pode ser considerado com baixo, diante da grande oferta de fornecedores que na maioria das vezes são pequenas empresas. Além disso, o uso de materiais substitutos facilita neste quesito.

Poder dos Compradores – Alta

Os consumidores do mercado automotivo, de forma geral, são muito sensíveis ao preço, alternando sem muita dificuldade para modelos alternativos, uma vez que o ticket médio do mercado possui alto equilíbrio.

Rivalidade entre players – Muito Alta

Com um número moderado de players e empresas com grande experiência de mercado, além da alta taxa de fidelização dos clientes, o que implica em uma dinâmica de alta competitividade.

OPORTUNIDADES

Mesmo com a falta de matéria-prima que afeta o mercado global, as tendências de produção visam um aumento para o ano de 2022. Cada vez mais, também, carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no mercado, em paralelo com o fortalecimento do mercado de automóveis seminovos, que vêm acompanhando de forma gradativa o aumento do ticket médio dos carros novos.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Atualmente, a crise dos chips e semicondutores vêm afetando de maneira brusca a produção de automóveis ao redor de todo o mundo. Além disso, com a instabilidade do dólar afetando o barril de petróleo, o preço da gasolina aparece como um dos grandes vilões nesse mesmo viés, assim como a altas taxas de juros que vêm dificultando o acesso ao crédito no Brasil.

A falta de insumos tem sido um problema constante, que fez várias montadoras darem um tempo nas produções no ano passado e que deve ainda continuar em 2022. Previsões mais otimistas já veem o setor se normalizando, ainda no segundo semestre deste ano, mas a previsão é que volte à normalidade somente a partir de 2023.

TENDÊNCIAS

Tecnologias de Ponta

Com um mundo cada dia mais conectado, dinâmico e interativo, essas qualidades não poderiam passar despercebidas no setor automotivo, os consumidores cada vez mais buscando integrar até mesmo os veículos ao seu estilo de vida, logo, as exigências por computadores de bordo melhores, com mais funcionalidades, com Wi-Fi, link com smartphones têm se mostrado ainda mais como prioridade na busca por um automóvel,

Nos modelos de luxo, isso vai além, com piloto automático para estacionamento, diferentes modos de funcionamento do motor (sport, supersport), assistente de condução, entre outros. Tornando dirigir uma experiência única daquele produto.

(Fonte)
Assim como os processos para compra, financiamento e aluguel de veículos passam a ser mais tecnológicos, os consumidores também esperam mais tecnologia nos automóveis.

Os veículos atuais devem ser equipados com Wi-Fi, conectividade e interatividade. Modelos equipados com os melhores computadores de bordo, além de desempenharem funções já utilizadas pelos celulares dos usuários.

A exigência do consumidor em relação à tecnologia cresceu, já que hoje vivemos um mundo completamente tecnológico.

Principalmente para o público que consome carros de luxo, esses modelos devem vir equipados com o que há de mais moderno para alcançar uma boa posição no mercado.

Fonte: Anfavea.


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Milhões de carros seminovos e usados vendidos em 2021
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% de aumento em comparação com 2020

O ano de 2021 apresentou fortes tendências no comportamento dos consumidores dentro do setor automotivo no Brasil. Um grande destaque vai para a categoria dos SUVs, que, mesmo com maior média de preço, lideraram os emplacamentos até o final do dado ano. Em comparação com o ano de 2018, no qual um a cada cinco veículos vendidos no país era um SUV, os emplacamentos no ano de 2021 registraram dados muito mais animadores para o setor. Até o mês de dezembro, de todos os carros emplacados no ano, cerca de:

Carros Elétricos

Talvez a maior revolução do mercado dos últimos anos, os carros elétricos vêm ganhando mais espaço, segundo a FENABRAVE, o segmento de veículos eletrificados foi o que apresentou o maior crescimento nas vendas durante o mês passado. Segundo o levantamento mensal da federação, foram 6.391 unidades vendidas no mês, um aumento de 50,31% em comparação com o mês anterior. Comparando com o mesmo período do ano anterior, demonstra um crescimento ainda maior, apresentando um aumento de 131,98%

Ainda de acordo com o balanço da Fenabrave, no acumulado do ano foram emplacados 32.242 veículos eletrificados no país – alta de 41,75% em relação ao mesmo período de 2021 (de janeiro até setembro). 

E as perspectivas para 2023 são ainda melhores. com as montadoras tendo em foco baratear os carros que possuem essa tecnologia, como a Renault que pretende lançar uma versão do Kwid como o carro elétrico com menor preço no mercado, a tendência é que os modelos híbridos e elétricos venham ganhando cada vez mais preferência ao longo dos próximos anos

“Atualmente, o consumidor já conta com uma boa variedade de opções de eletrificados, e a tendência é que os segmentos continuem em crescimento nos próximos anos”
Mauricio Andreta Jr., presidente da Fenabrave

Declínio dos carros populares

Com a evolução constante do setor sendo guiada por inovação tecnológica e a alta competitividade no mercado, a indústria a cada ano vem apostando em melhorar os seus produtos, o que causa um encarecimento natural dos carros ofertados. Devido a isso, para que os automóveis possuam as features desejadas por essa camada do público, os valores finais fogem cada vez mais do orçamento de um “carro popular”, por isso, mesmo os modelos mais famosos e queridos tendem a deixar de serem produzidos, como é o caso do Gol da Volkswagen que deixará as linhas de produção.   

“O próprio consumidor tem exigido uma qualidade maior em relação aos carros, o que foge do conceito de carro popular. Esse segmento sempre significou veículos de baixa cilindrada, mais básicos, sem ar-condicionado e sem direção hidráulica. Hoje, raramente encontramos algo assim no mercado. Então, a tendência é que os carros populares acabem”
Consultor automotivo Gabriel de Oliveira

Outro fator contribuinte para o declínio dos carros populares, é a ascensão do mercado de seminovos, que trazem alternativas mais em conta quando comparadas aos modelos 0 km.

Fonte: IEMA.

Carros Alugados

A locação de carros vêm crescendo exponencialmente nos últimos anos, e com a pandemia e serviços de transporte como a Uber, a necessidade e desejo do cliente final de possuir um veículo próprio foi intensamente questionada e reduzida, por isso as locadoras vêm se sobressaindo a cada dia mais. Ao longo de 2021, as buscas por aluguel de carros cresceram 56% no Brasil, mesmo com a crise na indústria automotiva, o anuário da ABLA consta que a locação de veículos cresceu 33,5% em 2021. O faturamento bruto do setor saltou de R$ 17,6 bilhões em 2020 para R$ 23,5 bilhões no ano passado, o maior crescimento nos últimos cinco anos.

Também em 2021 as locadoras já possuíam 25,5% do total de automóveis comerciais leves emplacados no país, porém esse número ainda é menor do que o de 2019, quando as locadoras tinham cerca de 541.346 emplacamentos, contra os 441.858 de 2021. 

‘Mesmo diante da pandemia e da crise na indústria automotiva, as locadoras de veículo vivem sua melhor fase. Segundo o anuário da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), divulgado no dia 8 de março, a locação de veículos cresceu 33,5% em 2021. O faturamento bruto do setor saltou de R$ 17,6 bilhões em 2020 para R$ 23,5 bilhões no ano passado, o maior crescimento em cinco anos.

A frota também aumentou. Em 2021, as locadoras compraram 441.858 carros zero quilômetro, o que representa 25,5% do total de automóveis comerciais leves emplacados no país. No comparativo com o ano anterior, o crescimento da frota das locadoras foi de 22,5%, quando foram comprados 360.567 veículos. O resultado, no entanto, ainda é menor do que o anotado em 2019, com 541.346 emplacamentos.

(Fontes)
Procura por aluguel de carros cresce 56% no país em 2021

Tecnologias e Meio Ambiente

Toda essa tecnologia traz a necessidade de proteção de dados, eliminando riscos de invasão e compartilhamentos sem consentimento. Para isso, as montadoras vêm firmando parcerias com startups de tecnologia. A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, se uniu à FIEMG Lab, hub de inovação tecnológica da Federação das Indústrias de Minas Gerais.

Já a Ford dividiu-se em Ford Blue, com os veículos à combustão tradicionais, e a Ford Model e, focada em modelos elétricos. Nas palavras de seu CEO, Jim Farley, “a Ford Model e será o centro de inovação e crescimento da Ford, com uma equipe dos melhores talentos de software, elétricos e automotivos do mundo” que visa “criar veículos elétricos e experiências digitais verdadeiramente incríveis para as novas gerações de clientes da Ford.”

As notícias não param. Recentemente, a Caoa Chery fechou sua fábrica em Jacareí – SP até 2025, com ideia de reformá-la para a produção de veículos elétricos e híbridos. Com isso, 485 funcionários serão demitidos.

Diante de restrições e pelas causas ambientais que constantemente são levantadas, as grandes fabricantes de veículos vêm se adaptando cada vez mais quanto a esses quesitos. Para efeito de comparação, dados levantados pelo Instituto de Energia e meio Ambiente de São Paulo, o IEMA, apresentaram que os carros representam cerca de 72,6% das emissões de gases efeito estufa (GEE), representando 88% dos quilômetros rodados por veículos motorizados na capital paulista. Nesse viés, modelos de carros híbridos e elétricos começam a aparecer cada vez mais no mercado brasileiro. Mesmo com o preço médio extremamente elevado, marcas como Renault, por exemplo, já apresentaram modelos mais “acessíveis” como o Kwid elétrico, utilizando a estratégia de baratear a imagem do veículo ao associá-lo com um carro popular da marca.

Fonte: IEMA.

Restrições e Tecnologias

No primeiro mês de 2022, a resolução PROCONVE L7 entrou em vigor, visando diminuir as tendências de poluição causadas por veículos automotivos. Tal resolução, afeta diretamente nas linhas de produção das fabricantes de veículos, uma vez que as restrições impostas pela resolução, visa ajustes em peças como:

  • Motor
  • Catalisador
  • Tanque de combustível

Essas mudanças visam, prioritariamente, alterar a composição das peças supracitadas, a fim de diminuir os poluentes gerados no funcionamento dos veículos, como gases do escapamento e emissões evaporativas geradas no tanque de combustível, por exemplo. Com a PROCONVE L7 em vigor, espera-se que haja um aumento nos custos iniciais a fim de monitorar e garantir que a produção esteja de acordo, contando, também, com a descontinuação de diversas linhas de produção de veículos que irão acarretar em prejuízos para as fornecedoras e montadoras.

Seminovos

Os juros e impostos sobre carros 0 km causaram o aumento dos preços, diminuindo dessa forma, a possibilidade de muitos consumidores adquirirem veículos próprios, além do surgimento de diversas alternativas para transporte urbano.
Uma dessas alternativas é o mercado de seminovos, onde se faz possível a compra de um automóvel em boas condições por um preço inferior, por esse motivo, é um mercado que se tornou a primeira opção de muitos clientes.

Por outro lado, algumas fontes têm demonstrado uma estagnação ou leve queda dos preços, indicada no monitoramento divulgado pela KBB Brasil, indicando uma regularidade no mercado, que deve manter o panorama geral não muito distante do último ano.

A alta taxa de inflação acumulada para os carros 0 km encareceu ainda mais os novos modelos. No primeiro semestre de 2022, a inflação acumulada está perto de 20%, o que impulsiona o interesse por seminovos e condições facilitadas de pagamento, como o financiamento

Fonte: IEMA.

HIGHLIGHTS

“Basicamente fica bem claro que o tamanho desse mercado é gigante, e vem crescendo e se inovando desde que foi criado, é importante ficar de olho nas novas tecnologias e na tendência sustentável que está presente atualmente em praticamente todos os mercados do mundo.

Vale a pena destacar a falta de matéria-prima que afeta o mercado global, as tendências de produção visam um aumento para o ano de 2023. Cada vez mais, também, carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no mercado, em paralelo com o fortalecimento do mercado de automóveis seminovos, que vêm acompanhando de forma gradativa o aumento do ticket médio dos carros novos.

E para finalizar, o mercado brasileiro é um grande berço de novas tecnologias, de produção em massa e grandes marcas. Sendo o segundo maior mercado da américa latina quando falamos em veículos no geral e o oitavo no mundo. Posição muito positiva porém ainda pode ser melhorado visando a exportação e grande mercado interno brasileiro”

Pedro Rocha
Product Analyst

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