Instituições de Ensino Continuado


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ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

A educação continuada, realidade no Brasil desde os anos 70, é uma forma de ensino baseada no constante aprendizado, promovendo oportunidades para o desenvolvimento dos alunos enquanto profissionais e indivíduos. Hoje, a concorrência acirrada e a volatilidade do mercado profissional tornaram necessária a educação contínua para qualquer profissional se destacar.

Assim como a educação continuada traz uma leva de benefícios para o profissional que está imerso nessa modalidade, como desenvolvimento de novas competência, excelência técnica e operacional, também é importante para os colaboradores e empresas, bem como a criação de times de alta performance, com melhores resultados e maior produtividade.

Por parte das instituições de ensino, a educação continuada é presente por meio de:

  1. Cursos de extensão;
  2. Pós-graduação;

Já por parte das empresas, é presente por meio de:

  1. Reciclagem;
  2. Cursos livres;
  3. Cursos técnicos;
INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

Cursos de Extensão

Os cursos de extensão universitária são oferecidos no Brasil em 2.300 instituições de ensino superior, e são cursos que não possuem validade acadêmica, mas são oportunidades de desenvolvimento de conhecimentos em diversas áreas de atuação.

Para a inscrição nos cursos, não é necessário diploma em ensino superior e vínculo com a faculdade que o oferece, sendo uma oportunidade de formação em um curto período (aproximadamente 3 meses), de forma a complementar a graduação.

Não podemos considerar cursos de extensão universitária como pós-graduações, uma vez que são de curta duração e focados no aperfeiçoamento, especialização e aquisição de conhecimento em novas áreas de formação.

Pós-graduação

Os cursos de extensão universitária são oferecidos no Brasil em 2.300 instituições de ensino superior, e são cursos que não possuem validade acadêmica, mas são oportunidades de desenvolvimento de conhecimentos em diversas áreas de atuação.

Para a inscrição nos cursos, não é necessário diploma em ensino superior e vínculo com a faculdade que o oferece, sendo uma oportunidade de formação em um curto período (aproximadamente 3 meses), de forma a complementar a graduação.

Não podemos considerar cursos de extensão universitária como pós-graduações, uma vez que são de curta duração e focados no aperfeiçoamento, especialização e aquisição de conhecimento em novas áreas de formação.


A pós-graduação Lato sensu, que é centralizada nos cursos de especialização e MBAs (Master Business Administration), englobam as modalidades de formações com foco no que o mercado espera, sendo capacitações mais práticas e fundamentais para o aumento da qualificação da mão de obra nacional. A carga horária mínima exigida é de 360 horas e é necessária a graduação para inscrição em um curso dessa modalidade.

Segundo a Agência Brasil, os alunos cursando uma especialização têm um rendimento médio mensal 150% maior do que a média de rendimento daqueles que cursam graduação.

Os MBAs, por sua vez, são cursos de especialização na área de negócios e gestão e é muito indicado para profissionais que já atuam no mercado de trabalho, como empresários ou gestores.

Fonte: SEMESP

A pós-graduação Stricto sensu compreende as formações em mestrado e doutorado, mais voltadas para a carreira acadêmica. O mestrado é indicado para quem deseja se tornar um professor de instituições de ensino superior, sendo necessário que o aluno desenvolva e apresente um projeto de pesquisa à uma banca examinadora e tenha domínio de um ou mais idiomas estrangeiros. O doutorado, por sua vez, é destinado tanto para quem deseja ser professor de IES, quanto um pesquisador acadêmico, durando aproximadamente 4 anos para desenvolver a tese de doutorado.

Em sua totalidade, podemos perceber que, na modalidade Stricto sensu, houve uma variação negativa de -1,74% na quantidade de matrículas entre o ano de 2019 e 2020 (no somatório de mestrado e doutorado).

Reciclagem

Os cursos de reciclagem são qualificações que agregam nos currículos após o cumprimento da graduação ou de um curso profissionalizante, sendo considerado um aperfeiçoamento profissional. Os cursos são importantes para acompanhar as mudanças de mercado e promover evolução na carreira.

Cursos Técnicos

Os cursos técnicos abrangem uma enorme variedade de opções (13 eixos tecnológicos), e são a forma mais rápida de conquistar uma profissão e se alocar no mercado de trabalho. São cursos muito focados na parte prática e muitos deles oferecem certificações intermediárias, que possibilitam o acesso a vagas de emprego.

Cursos Livres

Os cursos livres são mais focados no desenvolvimento pessoal do indivíduo, principalmente no que tange a evolução das soft skills (habilidades pessoais estratégicas) sendo um aprendizado de curta duração com aplicabilidade rápida/imediata. Estes são regidos sobre legislação, mas  não são regulamentados pelo MEC. Por sua legislação, o curso livre não faz exigência de nenhuma formação anterior específica, podendo ser realizado por praticamente qualquer pessoa, tampouco tem carga horária mínima ou fixa definida, ficando definida, então, por conta do profissional ou instituição que oferta o conteúdo.

Na última década, a pós-graduação stricto sensu cresceu 48,6% no Brasil, passando de 3.128 programas (2011) para 4.650 (2020). A informação, que reúne somente cursos de mestrado e doutorado, foi divulgada no último mês de fevereiro pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação. Anualmente, são formados no país cerca de 60 mil mestres e algo como 22 mil doutores. Se consideradas as modalidades latu senso, como MBA e especialização, o número de pós-graduados brasileiros torna-se ainda maior, e revelador da importância da contínua qualificação profissional.

IMPACTO DA PANDEMIA NO SETOR

Com a chegada da pandemia do Covid-19, o ensino, como um todo, teve que se reestruturar para o ensino totalmente remoto.

No que tange a educação continuada, os impactos foram menores quando comparado aos da educação básica e superior, devido à adequação ao modelo híbrido e a distância previamente à pandemia. Por isso, as empresas e instituições que já possuíam estas modalidades conseguiram se adaptar melhor à nova situação.

A adaptação ao ensino EAD trouxe uma maior facilidade e flexibilidade no que tange o acesso aos materiais de pesquisa e economia de tempo de deslocamento e combustível, mas, por outro lado, a falta de acesso à internet de qualidade, a falta de habilidades para manusear as tecnologias, e a mínima interatividade das aulas dificulta a qualidade de ensino e deixa mais evidente a desigualdade entre os alunos.

Distinção entre EAD e Ensino Remoto Emergencial

A oferta de cursos lecionados por Ensino à Distância vêm aumentando cada vez mais, sendo mediada por tecnologias em que discentes e docentes estão separados fisicamente. Nessa modalidade, é necessário um planejamento e uso de estratégias de forma a possibilitar uma estrutura informacional adequada, suporte técnico aos professores e estudantes e a alocação desses no ambiente virtual,  e o treinamento contínuo em tecnologia aos professores.

Diferentemente do EAD, o ensino remoto emergencial, que vêm sendo realizado no contexto da pandemia do Covid-19, é ofertado sem planejamento, treinamento e com limitações de tempo, ocasionando o baixo desempenho acadêmico e o aumento da evasão dos estudantes.

No anuário da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) é apresentado as estatísticas do mercado farmacêutico no Brasil. Segundo a SCMED, o mercado farmacêutico industrial no Brasil em 2019 pode ser resumido nos seguintes números:

Entrantes Potenciais – Alto

Pelo fato de não haver um alto custos de entrada no setor de ensinos continuados, a barreira de entrada é baixa, o que facilita a entrada de novos players.

Produtos Substitutos – Alto

Por conta da baixa barreira de entrada e, por isso, muitos concorrentes, há várias possibilidades de cursos relativamente semelhantes em outras instituições/empresas.

Poder dos Fornecedores – Alto

Devido à necessidade de os docentes necessitarem um maior grau de graduação, o poder de fornecedores se torna alto pois a oferta é menor.

Poder dos Compradores – Alto

Os compradores podem exigir melhor qualidade e cobrar maior prestação de serviços uma vez que existe concorrência.

Rivalidade entre players – Alto

Por conta da baixa barreira de entrada e alta quantidade de produtos substitutos, podemos considerar a rivalidade entre players alta.

OPORTUNIDADES

O mercado de instituições de educação continuado, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Ferramentas tecnológicas educacionais

Atualmente foram desenvolvidas várias ferramentas tecnológicas educacionais a preço acessível que facilitam e tornam o aprendizado mais dinâmico.

Incentivos governamentais

A SEE (Secretaria de Educação e Esportes) fará da formação continuada seu principal foco de atuação e investimento, como forma de  inclusão social e a promoção da melhoria do ensino.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Entrada no mercado de trabalho

Pela necessidade e anseio de entrada o quanto antes no mercado de trabalho, principalmente para os estudantes de rendas mais baixas, a educação continuada e aprendizado contínuo é escanteado pelos empregos.

Ticket médio

Pelo fato de a maioria dos modelos de ensino continuado serem privados e seu ticket médio ser relativamente alto, em períodos de crise econômica, como o que o Brasil se encontra, cursos de aprendizado contínuo não são uma prioridade, por serem considerados uma demanda elástica.

TENDÊNCIAS

Educação 5.0

Após a 4ª revolução industrial, onde o foco era na conectividade, no que tange dispositivos conectados, análise de dados e inteligência artificial, entramos na era da personalização, onde há customização consequente do ganho de produtividade vindo da cooperação entre o homem e a máquina.

Essa tendência, que foi acelerada pela pandemia do COVID-19, utiliza a tecnologia de formas mais saudáveis, produtivas e que promovem a qualidade de vida das pessoas. A Educação 5.0, portanto, é voltada ao protagonismo social e estimula a integração cada vez maior entre os seres humanos e a tecnologia.

Você como hoteleiro não precisa ficar fora deste movimento, o canal Airbnb, por exemplo, dá espaço para que hotéis utilizem a plataforma e acesse um perfil de tráfego diferente das OTAs tradicionais.

Empowerment

O empoderamento do ensino é uma tendência que visa instruir o aluno a liderar seu próprio aprendizado, provendo mais autonomia.

Nanodegrees

As conhecidas “pílulas do conhecimento”, que evidencia uma perspectiva de inclusão de conteúdos (que não são o padrão nacional da base curricular) e permitem que o estudante trilhe a sua formação e conhecimento de forma personalizada.

Gamefication

A percepção em relação à importância dos jogos e à dinâmica envolvida mudou com o tempo. Nesse cenário, que também envolve o uso cada dia mais comum da tecnologia na educação, estudiosos de várias áreas do conhecimento voltam suas pesquisas para essa brincadeira que ganhou ares de seriedade.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Hotelaria e Turismo

Introdução


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INDICE

Introdução

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Cenário Internacional
Desempenho
Destinos Nacionais por Viagens Aéreas
Panorama do Setor
Turismo Internacional no Brasil
Fechamentos
Compra Online
Hábitos de Consumo
Hotelaria
Taxa de Ocupação
Diária Média
Emprego Hotelaria
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Para iniciarmos a análise quanto ao mercado de turismo, é válido entendermos um pouco mais da realidade do setor e suas ramificações, a nível brasil e mundo, para assim compreendermos o que pode ser esperado para futuro. 

Turismo 

Não é novidade que houve uma grande queda no setor de turismo nacional, o índice de atividades turísticas caiu cerca de 36,7%, de acordo com o IBGE, o setor que foi um dos mais afetado durante a pandemia do corona vírus,  sempre teve um forte papel na nossa economia, em 2018 e 2019 o turismo representava cerca de 8,1% e 7,7% do nosso PIB, caindo para 5,5% em 2020, maior queda dos últimos anos (32,6%).

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De queda em 2020
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De participação no PIB em 2020

Cenário Internacional

Assim como o cenário nacional, o turismo internacional foi extremamente afetado pela pandemia. De acordo com a Organização Mundial do Turismo, OMT, a pandemia conseguiu derrubar o indicador de chegadas internacionais para patamares de 1992, onde a redução foi de cerca de 75% ou 900 milhões de turistas, com o prejuízo acumulado de aproximadamente US$ 1,1 Trilhão de receita e de US$ 2 Trilhões em PIB Global.

Em 2021 o cenário não esta sendo muito diferente, de janeiro a maio a queda estimada (quando comparado a 2019) esta em 85%, queda justificada pela aparição de novas variantes do vírus da COVID-19.

Porém, com o aumento da expectativa de vacinação a nível global, é esperado que em 2022 o turismo internacional comece sua retomada. Enquanto isso, a maior aposta das organizações é o turismo doméstico, fomentando que pessoas do próprio país viajem internamente, tornando a viagem mais segura e também ajudando a economia local, assim, está tendência deve continuar para todo 2021 e começo de 2022.

Os principais pontos que devem entrar em destaque primeiramente são os picos de alta e de baixa, que ocorreram no ano de 2013 com uma alta de 1.900.000 passageiros embarcados e como é de se esperar a baixa foi em 2020 comum total de 143.000 passageiros. Em relação ao ano anterior houve uma queda de 91,61% . Para uma análise mais visual inserimos o gráfico de linhas a seguir:

Imagem2 - Hotel

DESEMPENHO

Como é de se esperar os voos internacionais são uma minoria quando comparados com os domésticos, proporcionalmente ele é 24 vezes menor do que os nacionais. É válido ressaltar que tais dados são coletados de operadoras de turismo, assim, este número deve ser lido com o contexto de agências, onde o público internacional pode ser ligeiramente maior com viagens sem operadoras. Com intuito de não desviarmos do tema, passamos uma “lupa” nos 4% embarques internacionais de maneira a extrair o comportamento nos últimos 10 anos.

Uma analogia que é de suma importância para insights financeiros, refere-se ao gráfico que compara os embarques dos voos nacionais com os internacionais. Apesar da gigante diferença entre as duas categorias, quando saímos do âmbito do embarque e vamos para o faturamento de cada um, notamos que nesse novo gráfico os números não ficam desproporcionais. Dessa maneira, apesar das viagens para fora do país serem uma parcela muito pequena do total, financeiramente elas são bastante significativos.

O setor internacional foi o mais prejudicado, com a redução de 80,3% nos pacotes de viagens, -79,3% locação de veículos internacionais, -77,7% hotéis internacionais e -76,9% aéreo internacional. Entretanto, o desempenho do turismo nacional esteve longe do usual, com redução acima dos 60%.

No anuário da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) é apresentado as estatísticas do mercado farmacêutico no Brasil. Segundo a SCMED, o mercado farmacêutico industrial no Brasil em 2019 pode ser resumido nos seguintes números:

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%
de redução global da ati- vidade turística em 2020

Quando se trata de procurar agências de viagem para turismo, o Nordeste é completamente requisitado

Fonte: ANUÁRIO BRAZTOA

Para complementar essa percepção trouxemos agora uma perspectiva geográfica, para entendermos quais são os principais destinos internacionais, atrelado com a média do valor desembolsado por cada turista com agências de viagens.

Fonte: ANUÁRIO BRAZTOA

Nesse momento vamos destrinchar pelas tipos de viagens e conseguirmos  perceber o percentual de demanda global por viagens domésticas (-86%) e internacionais (-98%). Sendo para os voos nacionais uma recuperação mais acelerada do que para o outro grupo.

PANORAMA DO SETOR

Um dos setores que mais sofreu com a pandemia de covid foi o turismo. Com a necessidade de distanciamento social e outras medidas sanitárias, desde março do ano passado, excursões foram canceladas e viagens suspensas. A consequência disso foi o fechamento de agências, crise no setor hoteleiro e prejuízos que, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, ultrapassam R$ 370 bilhões. Um dos setores que mais sofreu com a pandemia de covid foi o turismo.


TURISMO INTERNACIONAL

Com relação ao turismo no Brasil, vimos nos últimos 10 anos um crescimento das chegadas internacionais, na ordem de 31%, muito em razão da realização dos dois megaeventos mundiais, a Copa do Mundo FIFA 2014 e as Olimpíadas Rio 2016. Já em 2019 houve redução de 4% na chegada de turistas internacionais. Para 2020, a UNWTO (Organização Mundial do Turismo) estima que o número de viagens internacionais tenha reduzido 75%, enquanto a IATA aferiu uma redução de 77% na demanda por voos internacionais. Isso e, cada vez mais, os números são imprescindíveis para tomadas de decisões e nos trazem um parâmetro conciso para análises do setor.

CONSUMO DO TURISMO

De acordo com os dados do WTTC os principais destinos consumidos pelos brasileiros são os Estados Unidos como principal destino com 18%, Argentina 11%, Portugal e França 9% e Itália 8%. Com relação aos mercados consumidores do Brasil destacam-se a Argentina 38%, Estados Unidos 8% e Chile, Paraguai e Uruguai 5%.

A queda de 65,9% na demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais, identificada pela IATA, foi o pior desempenho da história da aviação comercial desde os atentados de setembro de 2001 nos Estados Unidos, impactando tanto o fluxo de brasileiros viajando para o exterior, quanto o número de turistas estrangeiros que vieram ao Brasil.

Segundo os dados do Banco Central, os dados dos turistas estrangeiros no Brasil recuaram 49,2% no ano passado, ante 2019. As viagens de estrangeiros ao Brasil somaram US$ 3,044 bilhões em receitas. Já os brasileiros a gastarem 69,3% menos com viagens internacionais em 2020, na comparação com o ano anterior. As despesas de brasileiros no exterior somaram US$ 5,394 bilhões, o menor desde 2005.

A demanda por voos domésticos, medida em passageiros quilômetros transportados (RPK), registrou queda de 48,7%, em relação ao ano anterior. O pico da retração do setor foi vivenciado no mês de abril e maio, e apresentou melhora no decorrer do ano. Finalizando com uma queda média de 48%. Ao todo, durante o ano de 2020, foram transportados 45,2 milhões de passageiros em voos domésticos, uma diminuição de 52,5% em comparação com o ano anterior

FECHAMENTOS

Um ponto válido a ser comentado sobre o ano de 2020 é o número de fechamentos de empresas devido a pandemia. De acordo com o CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), mais de 50mil estabelecimentos ligados ao turismo fecharam as portas em 2020, representando cerca de 16,¨7% de todas es empresas ligadas ao ramo, onde sua maioria foram bares e restaurantes (39,5mil). Os estados mais afetados neste sentido fora: São Paulo (redução de 15,2 mil), Minas Gerais (5,4 mil), Rio de Janeiro (4,5 mil) e Paraná (3,8 mil).

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Empresas fechadas em 2020

COMPRA ONLINE

Levantamento da consultoria CVA Solutions, subsidiária da norte-americana CVM, revelou em pesquisa que por conta do isolamento social e aceleração dos serviços online das drogarias, 25,9% dos entrevistados afirmaram fazer compras online. Em 2019, 21,4% afirmou o mesmo. A região que mais adere esse meio é a Grande São Paulo, onde 47,4% costuma comprar medicamento pela internet, enquanto que na região Norte do país apenas 12% a faz. Houve aumento também dos consumidores que aderem aos programas de fidelidade, sendo 34,2% em 2021, versus 31,2% em 2019.

“Isto mostra um potencial enorme de expansão para as drogarias que pretendem ampliar sua gama de clientes, oferecer comodidade e melhorar a percepção de marca”, diz Cimatti.

HÁBITOS DE CONSUMO

Para o Ministério do Turismo, a retomada das atividades no setor é consequência do avanço da vacinação no país. A expectativa da pasta é que no próximo verão, seja possível chegar aos níveis de ocupação de hotéis e movimentação de viajantes de antes da pandemia.  Para o Ministério do Turismo, a retomada das atividades no setor é consequência do avanço da vacinação no país.

A expectativa da pasta é que no próximo verão, seja possível chegar aos níveis de ocupação de hotéis e movimentação de viajantes de antes da pandemia. Segundo dados da ABAV – Associação Brasileira de Agências de Viagem, a expectativa é fechar 2021 com quase 70% do faturamento que tinha em 2019.  Naquele ano, foram registradas 95 milhões de viagens no país. E se o movimento cresce nos hotéis, aumentam também as contratações.


O gráfico fornecido pelo IATA passa uma certa positividade para o mercado de viagens como um todo pela possível crescente que irá ter nos próximos anos, porém não será uma volta muito rápida, a previsão de alcance da linha de previsão pré-pandemica será apenas em 2024.

HOTELARIA

Assim como o mercado de turismo, o de hotelaria sofreu bastante em 2020 devido a pandemia, o isolamento social e paralisação do turismo foram extremamente prejudiciais para o setor, que atingiu os mais baixos números, assim como diversos outros. Para entendermos o setor de hotelaria bem, é necessário passar por alguns indicadores específicos do mercado, sendo eles: Taxa de Ocupação Média, Diária Média e RevPAR (Receita por apartamento disponível), os dados são da fonte do FOHB (Fórum de Operadores de Hotel do Brasil), e levam em consideração o desempenho de hotéis urbanos e hotéis resorts, sendo os dados de 2020 referentes somente a hotéis que estavam abertos.

TAXA DE OCUPAÇÃO

A taxa de ocupação de 2020 caiu de maneira significativa devido a pandemia, chegando a 50% de queda no conglomerado do ano quando comparado com 2019. Apesar da queda devido a pandemia, a taxa de ocupação vinha em uma crescente desde 2017, ano que cresceu 1,9%, primeiro ano de crescimento após a crise que começou em 2014, onde um ano antes da crise, em 2013, o indicador chegou ao seu recorde com uma taxa de ocupação de 65% dos quartos/apartamentos disponíveis. Em 2021 vemos uma evolução de 7,5% quando comparado ao mesmo período de 2020 (onde em jul/20 se chegou a uma taxa de ocupação de 8% no mês e de 28% no semestre), porém, ainda existe um grande gap de aproximadamente 48% para se chegar aos patamares de 2019.

DIÁRIA MÉDIA

Dentro dos indicadores, a diária média foi o que sofreu o menor impacto pela pandemia, com uma variação anual de -6% em 2020, quando comparado com 2019. É válido ressaltar que a região nordeste chegou até mesmo a ter uma variação positiva 3,1% ainda em 2020, porém, quando falamos de valor, vemos que o nordeste ainda tem uma diária média inferior do que ao Sudeste e Sul.

Em 2021 vimos uma queda ainda maior da Diária Média, isso pode ser considerado um reflexo do setor para estimular os turistas e visitantes a se hospedarem e até mesmo a busca para atrair clientes de turismo doméstico (da própria cidade ou estado), isso é evidenciado pelo fato de que vimos a ocupação média aumentar no primeiro semestre.


RevPAR

O RevPAR, ou receita por apartamento, é um indicador que acompanhou o indicador de taxa de ocupação e obteve uma queda significativa em 2020.

No acumulado anual, vemos que a queda também foi de cerca de 52% em relação ao ano de 2019, onde caiu de R$ 139,6 para R$ 65,8. É válido ressaltar que assim como a diária média, o NE foi uma região que teve um desempenho menos danoso do que o restante do país, ficando com uma queda de 40% e um valor de R$ 75, a menor queda e maior taxa entre todas as regiões.

Desde o início da pandemia cerca de 500 hotéis fecharam no Brasil, totalizando aproximadamente 132.000 quartos. O percentual de empreendimentos afiliados a cadeias hoteleiras ainda é pequeno em número de hotéis (13,7%), mas em número de apartamentos é mais representativo, chegando a 39,2%, do total de apartamentos disponíveis no Brasil, demonstrando que os hotéis afiliados a cadeias têm em média maior número de quartos, especialmente aqueles afiliados a cadeias internacionais

O percentual de hóspedes estrangeiros em 2020 no total da amostragem de hotéis urbanos foi de 8,3%. A maior concentração encontra-se nos hotéis urbanos com diária média acima de R$ 413, onde 31% dos hóspedes são estrangeiros. Em 2020, estima-se que o número de turistas internacionais tenha caído para 1,8 milhões, uma queda de 72% em comparação ao ano anterior.

EMPREGO HOTELARIA

Com a recuperação econômica e a volta do turismo, a alta nas taxas de ocupação dos hotéis também gerou mais postos de trabalho para o setor no país. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, apontaram que o setor hoteleiro contratou mais de 12,7 mil pessoas em todo o Brasil. O número é 30,9% superior ao registrado no mês de junho, quando 9,7 mil trabalhadores foram chamados para atuar em meios de hospedagem dos destinos nacionais.

Desde 2020, o Ministério do Turismo vem adotando uma série de ações em prol da manutenção de empregos e empresas do setor. Entre elas, a liberação de R$ 5 bilhões em linhas de crédito para estabelecimentos afetados pelo coronavírus e a formulação de medida provisória para regulamentar o cancelamento e a remarcação de pacotes turísticos e eventos culturais.

FECHAMENTOS

Um ponto válido a ser comentado sobre o ano de 2020 é o número de fechamentos devido ao lockdown. Além dos indicadores serem prejudicados, o número total e hotéis abertos foi muito afetado durante todo o ano passado, em Junho/20, cerca de 50% dos hotéis estavam temporariamente fechados, com a região nordeste sendo a mais afetada, com 69% dos estabelecimentos sem funcionar. Desses, a grande maioria voltou a funcionar, porém, de acordo com a CNC, cerca de 3Mil hotéis não abriram novamente as portas. Em 2021, já se espera que a maioria dos hotéis já estejam abertos, e uma retomada leve e gradual durante este ano, com a volta mais robusta do setor somente em 2022.


BIG PICTURE

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

Devido a baixa que sofre o mercado de hotelaria e turismo, e a complexidade nesse tipo de ramo, que não é fácil, deve ser levado em consideração, nesse quesito pode ser interpretado que existe uma certa dificuldade para entrantes.

Produtos Substitutos – Média

Como sabemos, dificilmente irá ter algum outro tipo de experiência que vai substituir as viagens. Porém com as incertezas econômicas e pandêmicas as pessoas estão buscando novas formas de lazer.

Poder dos Fornecedores – Baixa

Devido a alta concentração de players no mercado e a similaridade entre os serviços prestados, podemos considerar um baixo pode de barganha dos fornecedores.

Poder dos Compradores – Média

A quantidade de variedade de companhias e agências de turismo que podem atender as necessidades dos compradores é média, logo, o cliente tem um poder considerado relevante.

Rivalidade entre players – Média

Devido ao fechamento de um número muito grande de empresas referente ao turismo cria-se um gap de oportunidade. Porém os players que se mantiveram são bastante competitivos e o número de clientes já não é o mesmo

OPORTUNIDADES

O mercado de hotelaria e turismo é marcado por grandes oportunidades ao longo dos últimos anos, apesar de ter sido bastante afetado pela pandemia, ele se encontra em constante expansão e inovação, e vem nos últimos anos ajudando a economia como um todo a No Brasil esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:

A tendência é que seja sempre uma crescente referente ao número de passageiros

Apesar da queda brutal do número de viagens, é válido pontuar que o turismo é uma das principais formas de lazer buscada pelas pessoas o que traz uma grande rotatividade para dentro do setor.

O número de empresas que pararam de atuar no segmento é grande

Tendo em vista a grande quantidade de players no segmento, há redução desse número causa a diminuição da competitividade e consequentemente a oportunidade de ascensão de mercado por parte de players mais fortes.

O faturamento por viagem internacional é muito alto comparado as nacionais

Com a flexibilização das medidas de distanciamento, e a volta do turismo e das viagens percebe-se uma boa oportunidade no que tange oferta de viagens internacionais, tendo em vista que seu planejamento e execução são mais rentáveis do que viagens nacionais e a maioria depende de agencias e pessoas envolvidas no assunto para se concretizar.

AMEAÇAS

Como todo mercado em constante crescimento o setor de hotelaria e turismo também enfrenta diversas ameaças. Sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.

A previsão para volta a normalidade é demorada falando do número de viajantes, apenas em 2024

Apesar dos bons números de recuperação do setor, as incertezas sobre questões econômicas e pandêmicas ainda assombram o setor e acabam por atrasar o processo de recuperação.

O COVID-19 trouxe um impacto financeiro negativo para a população

Por ser um setor que está diretamente ligado com o poder de compra da população é sempre válido destacar que o impacto financeiro causado pela pandemia é um dos principais obstáculos que ameaçam a recuperação do setor. Principalmente quando se fala de viagens internacionais que também enfrentam o recorrente aumento do preço do cambio que aumentam ainda mais o custo e inviabilizam a ocorrência de viagens.

Ainda existe um receio de sair do país com relação ao Corona vírus

Não so as incertezas econômicas assombram o setor, mas também, questões sanitárias estão sendo responsáveis por influenciar como vai ser a recuperação do segmento. As pessoas mudaram seus hábitos de consumo e estão receosas com a contaminação, exigindo que setores como o de hotelaria e turismo apresentem padrões de higiene e limpeza que tragam confiança ao viajante.

TENDÊNCIAS

Estadias mais longas

As chamadas long stays são as estadias mais longas, e seu aumento de demanda já é uma realidade em canais como Airbnb (na modalidade hotéis). Uma parte dos viajantes irá expandir o escopo das suas viagens, especialmente porque tem encontrado mais flexibilidade na sua vida profissional e pessoal. Esta é uma tendência importante para ficar de olho, porque reservas de longos períodos impactam fortemente na sua receita.

Acomodações alternativas

Ocorrerá o aumento de ofertas de acomodações alternativas nos canais de distribuição. A aceitação desta categoria de acomodação cresce desde as novas gerações até viajantes de negócios mais tradicionais. Você como hoteleiro não precisa ficar fora deste movimento, o canal Airbnb, por exemplo, dá espaço para que hotéis utilizem a plataforma e acesse um perfil de tráfego diferente das OTAs tradicionais.

Novos meios de pagamento e criptomoedas

Para acompanhar as inovações monetárias trazidas pelas criptomoedas, muitos países já falam em criar moedas digitais. O próprio pix que chegou recentemente teve grande adoção e já mexeu profundamente com a indústria de pagamentos. Com o amadurecimento e diminuição da volatilidade das criptomoedas, é possível que vejamos a adoção em larga escala destes novos meios de pagamentos.

Tecnologia como transformador de mercado

A tecnologia continuará transformando o mercado profundamente nestes anos, podemos citar algumas tendências tecnológicas:

  • Novos clientes e negócios digitais;
  • Crescimento expressivo das reservas mobile;
  • Assistentes virtuais mais inteligentes ajudando nos roteiros de viagem (Alexa, Siri, Cortana);
  • Atendimento humanizado via Chatbots;
  • Mais disponibilidade de conectividade com redes móveis
  • 5g;
  • Realidade virtual e realidade aumentada para experimentação e promoção de destinos

Desinfecção por luz UV-C

Os hospitais utilizam luz ultravioleta tipo C (UV-C) para desinfetar e matar vírus há mais de duas décadas. Agora, os espaços públicos internos, incluindo aeroportos, academias e cinemas, estão implementando o uso de luz UV-C para controlar a disseminação viral. A luz UV-C possui propriedades germicidas que combatem o Sars-CoV-2 e outras partículas nocivas, tanto no ar quanto em superfícies. Dependendo do local, a tecnologia de luz UV-C pode ser utilizada em sistemas de climatização AVAC (aquecimento, ventilação e ar-condicionado), corrimãos de escadas rolantes ou aeroportos e aviões por meio de robôs equipados com a luz que realizam a desinfecção à medida que se locomovem.

Hootsuite

Gerenciar as contas nas redes sociais de um hotel ou pousada demanda tempo. Organizar as postagens, publicar cada uma delas em suas respectivas páginas, responder as perguntas, interagir com os usuários, são apenas algumas dessas atividades. O aplicativo Hootsuite ajuda a gerenciar todas essas plataformas.  Desde o agendamento de mensagens ao desenvolvimento de relatórios, a ferramenta é essencial para otimizar as ações de marketing digital.

Hospedin

Mais tempo, controle e organização com o primeiro software hoteleiro voltado para aumentar a produtividade. O Hospedin foi desenvolvido para administrar pousadas, hotéis, hostels ou qualquer conjunto de acomodações. Através dele o usuário tem mapa de reservas, visualiza a disponibilidade dos quartos, gerenciador de canais para concentrar todas as reservas em um único lugar, extrai gráficos, indicadores e relatórios. E ainda tem total controle dos produtos ou serviços para o hóspede e faz o gerenciamento das receitas e despesas que passam pelo estabelecimento

H System

Através desta plataforma o gestor pode fazer a gestão dos canais onde seu hotel ou pousada está inserido, além de ter a disposição uma forma de gerir seu programa de fidelidade. O H System também faz conexão com operadoras, apresentando a disponibilidade do estabelecimento para operadoras, consolidadoras e agências de turismo.  O aplicativo também faz o controle dos canais de vendas e análise de mercado.

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Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

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Big Picture

Coworking

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

NÚMEROS DO BRASIL

A ideia de espaços abertos não é nova no mundo, e há relatos históricos de ambientes de trabalho compartilhados antes mesmo do século 20. Entretanto, notícias apontam que o surgimento do coworking como conhecemos datam de meados da década de 1990 na Europa e do início dos anos 2000 nos Estados Unidos.

No Brasil, a primeira experiência que se teve com a palavra coworking é datada do ano de 2007, embora a Delta Business Coworking já disponibilizasse ambientes de trabalho compartilhados desde 2004, sob os nomes de “business center” ou “escritórios virtuais”.

  • A expansão do modelo no país só ocorreu a partir da década de 2010. De acordo com o Censo Coworking Brasil, o país passou de 238 espaços em 2015, para 1.497 em 2019, um crescimento de mais de seis vezes em quatro anos.

    O número de pessoas por espaço compartilhado também aumentou: em 2015, havia cerca de 6.500 posições de trabalho, uma média de 27 pessoas por local; em 2019, esse número saltou para 39, totalizando 58.383 trabalhadores adeptos do modelo.

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Números do Brasil

Estrutura
Pandemia
Investimento
Perfil de Consumo
Número de Empresas
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Experiência
T.I. e Automação
Pet Friendly
Softwares

EVOLUÇÃO DO COWORKING NO BRASIL

Depois da explosão de 2017, em 2018 o mercado começou a se organizar e amadurecer para continuar evoluindo de forma mais sustentável. Em 2017 teve um crescimento espantoso, com o mercado mais do que dobrando de tamanho. Já em 2018 essa taxa cai um pouco, como esperado, mas continua acelerada. O que foi visto em 2019, foi a continuidade de uma evolução importante no mercado. Com crescimento de 25% em relação a 2018, foi possível perceber novos players entrando no segmento, e cada vez mais empresas tentando otimizar espaços ociosos.

Segundo dados do Censo Coworking 2019 que realizou um estudo com todos os municípios com mais de 150 mil habitantes, existem cerca 1.497 espaços conhecidos de coworking, distribuídos entre 195 municípios do Brasil.

RANKING DOS MERCADOS BRASILEIROS

O coworking agora chega a 195 municípios brasileiros, mantendo Roraima como o único estado onde não foi registrado um espaço ativo.

NÚMEROS DO SETOR

Estruturas e principais características

É percebido uma grande pluralização do perfil dos espaços. Não existe “espaço ideal”. Cada um dos coworkings vem experimentando diferentes tipos de estrutura, com diferentes serviços e testando o que funciona. Ao passo que um pequeno espaço aposta na proximidade do fundador com os membros, shoppings espalhados pelo Brasil confiam na sua atratividade para inaugurar espaços de trabalho. Ainda segundo o Censo 2019 realizado pelo Coworking Brasil, obteve-se os seguintes números:  

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IMPACTO DA PANDEMIA

O mercado brasileiro de coworkings foi muito afetado ao longo do primeiro semestre de 2020, especialmente pela queda do faturamento com o fechamento de alguns espaços, em razão da pandemia provocada pela Covid-19.

Em julho, contudo, após ajustes em relação aos protocolos de segurança, foi percebida uma recuperação de 70% em relação ao mês anterior e que vem crescendo de maneira gradual.

Esse é um movimento que vem acontecendo no Brasil e no mundo, uma vez que empresas de diversos perfis e tamanhos buscam os espaços em virtude de um novo contexto que exige redução de custo, flexibilidade dos seus contratos e retenção dos colaboradores.

Apesar de muitos pontos negativos, a pandemia também trouxe impactos positivos, como a experiência do anywhere office, modelo de trabalho que permite que o trabalhador execute suas atividades de onde e como quiser.

Uma pesquisa divulgada recentemente pela empresa de consultoria norte-americana McKinsey, realizada com 100 executivos do país, revelou que no futuro pós-pandemia, nove em cada 10 organizações combinarão trabalho remoto com trabalho presencial.

Por fim, vale ressaltar que esta nova forma de trabalho se tornará cada vez mais comum, mas não será para todos. Há funções que necessitam do funcionário 100% na empresa. Já para as funções não essenciais de desempenho local, os executivos acreditam que seus colaboradores deverão estar presentes entre 20% e 80% do tempo.

As estratégias para sobrevivência

De descontos para manter os membros antigos até vouchers promocionais para captar o público do home-office, foram algumas das estratégias que os gestores utilizam para manter as contas girando.

Um dado relevante foi encontrado, quando comparada a média de dias fechados com número de contratos cancelados. O resultado: os espaços que ficaram mais de 77 dias fechados, perderam mais de 70%, enquanto os que pararam apenas por 47 dias tiveram uma redução com menos de 30%.

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Consolidação no mercado

Mudanças na rotina – 60% dos brasileiros ouvidos por uma pesquisa global da consultoria Accenture disseram que o empregador mudou ou vai mudar funções ou estrutura da equipe para se adaptar a novos modelos de trabalho. No total, a pesquisa entrevistou 9,6 mil pessoas em todo o mundo, sendo 512 do Brasil.

Preferência pelo híbrido – Entre 2 mil profissionais ouvidos pela JLL, empresa especializada em serviços imobiliários, 66% disseram querer um modelo híbrido de trabalho, tendo o coworking como local de trabalho associado ao escritório e ao home office. Já 24% querem trabalhar remotamente e apenas 10% deseja retornar ao escritório em tempo integral.

Por que investir no setor?

A grande vantagem é que os custos da infraestrutura são diluídos por todos os participantes. Por isso, o espaço compartilhado é muito procurado por empreendedores individuais, freelancers e microempresas.

No entanto, a estrutura fornecida pela administradora atrai empresas de grande porte. Salas privativas, salas de reunião e auditórios são alguns dos espaços preferidos desse público, uma vez que é possível atender uma quantidade maior de clientes e manter a equipe unida e focada em um ambiente com maior privacidade.

Segundo o mesmo censo da Coworking Brasil, somente em 2018, a receita média anual foi de R$ 319 mil, sendo R$ 107 mil de lucro — representando uma margem de lucro em torno dos 33%.

Os principais custos

O investimento inicial consiste principalmente no imóvel onde você vai montar a estrutura. A partir daí, e preciso avaliar as condições do lugar para definir quais são as obras necessárias para abrir o espaço.

Os demais custos que impactam bastante o orçamento são o mobiliário, a climatização e o cabeamento estruturado. Embora o Wi-Fi possa ser um bom recurso no início, à medida que o número de coworkers aumenta, a rede sem fio fica sobrecarregada. Assim, um cabeamento estruturado de qualidade é essencial.

O Coworking Brasil chegou a um valor médio de R$ 277 mil como investimento inicial. O valor pode chegar a  R$ 1000 por m². No entanto, com uma boa negociação com fornecedores, é possível deixar esse valor ainda mais barato.

PERFIL DE CONSUMO

De acordo com o Censo 2019 realizado pelo Coworking Brasil, foi possível observar um salto na média de coworkers residentes por espaço, subindo de 21 para 39. Os contratos mensais também assumem a liderança com larga vantagem, representando 73% de todos os coworkers.

Com um mercado tão novo, era natural que o tempo de turnover nos estudos anteriores fosse relativamente baixo. Agora, com espaços há mais tempo no jogo, os números começam a fazer mais sentido. Mais da metade dos coworkers já permanece ao menos 6 meses nos espaços. Em 2019, os contratos acima de 12 meses cresceram 30% em relação a 2018. As buscas orgânicas no Google permanece como um dos métodos mais efetivos para encontrar novos coworkers, e os espaços continuam alimentando uma competição saudável, com 77% dos founders indicando clientes para espaços vizinhos.

Que tipo de plano é mais utilizado pelos coworkers?

Qual é o tempo médio de permanência dos coworkers?

Qual é o tamanho médio das empresas que frequentam o espaço?

warga

NÚMERO DE EMPRESAS NO SETOR

Visuais pra análises (2)

Em dados atualizados em Setembro/2022, existem no total 184.493 de empresas ativas do CNAE 82.11-3, referente à Serviços combinados de escritório e apoio administrativo.

Big Picture

1497
É o número de espaços conhecidos até 2019.

388
É o número de espaços compartilhados somente em São Paulo.

R$ 277 mil
É o investimento médio inicial para abertura de um coworking.

R$ 130 Milhões
É o faturamento do setor de coworking em 2019.

33%
É a porcentagem estimada da margem de lucro de um coworking.

88%
Dos espaços de coworkings são multidisciplinar, sem segmento específico.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

O investimento inicial para abertura de um coworking se torna um pouco alto. Entretanto, o retorno chama bastante atenção de possíveis empreendedores.

Produtos Substitutos – Média

O mercado de coworking vem como um suporte para grandes empresas que vem transformando o local de trabalho. Além disso, os grandes cafés podem se tornar substitutos desses locais.

Poder dos Fornecedores – Baixa

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a grande quantidade de players similares (difícil diferenciação).

Poder dos Compradores – Média

Poder dos compradores, tendo em vista que os mais variados coworkings que se tem no mercado possuem os mais diversos preços, desde os mais acessíveis até os mais caros, a depender da estrutura oferecida.

Rivalidade entre players – Média

O mercado é bastante robusto e está em constante crescimento. Nesse sentido, surgem a cada dia diversos players que se dividem no setor.

OPORTUNIDADES

O mercado de Coworking, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Localização

a localização do seu Coworking deve condizer com o público-alvo que ele quer atingir e tem que estar estrategicamente localizado dentro da região que escolher. Não adianta montar uma bela estrutura, numa linda casa num bairro nobre da cidade, se o seu público-alvo não se interessa por estar naquele bairro.

Serviços especiais

Assessoria, contabilidade e serviços financeiros são grandes diferenciais de um espaço de coworking. Isso permite que um cliente possa utilizar mais de um serviço da empresa, e unificar suas soluções em um só lugar. E o dono do coworking sai ganhando com isso, claro, por conseguir fidelizar melhor o cliente.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Forte concorrência de cafés

Muitas pessoas optam por trabalhar em cafeterias pela facilidade de encontrar uma e até pelo baixo custo. Juntando a possibilidade das cafeterias terem um portifólio de alimentação maior.

Falta De Segurança

Medidas de segurança devem fazer parte de toda infraestrutura do coworking. Nesse quesito, é importante investir em sistemas de alarme, câmera e contratação de profissional para esse fim.

A integridade física das pessoas que frequentam esse espaço também deve ser levada em consideração. Para isso, é necessário contar com extintores de incêndio, manutenção das redes elétrica e hidráulica e manutenção predial, a fim de evitar acidentes.

TENDÊNCIAS

Nos últimos anos, os espaços de cowork têm vindo a aumentar progressivamente. Estes espaços não subsistem por si só. Eles são feitos de pessoas e para pessoas. Por essa razão, quem os promove não pode deixar de ir ao encontro das necessidades atuais de quem os procura para ali se estabelecer, quer temporariamente ou com carácter mais permanente. Os coworkings estão sendo procurados para substituir o antigo modelo de escritório que conhecemos, principalmente pelas startups de tecnologia e empresas de pequeno porte. Segundo um levantamento do Censo Coworking Brasil, em 2016, o pais registrou um crescimento desse tipo de escritório acima dos 100% e a tendência é aumentar ainda mais. Os estados que estão mais adeptos a esse tipo de espaço são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Foco na experiência do utilizador e na flexibilidade

Utilização da tecnologia para encontrar uma solução simples para que os clientes do coworking possam fazer as reservas dos espaços/postos de trabalho disponíveis, nomeadamente através de aplicações digitais para o efeito e da disponibilização das respetivas informações nos websites dos operadores/promotores.


Tecnologia da informação e automação dos espaços

Transformação dos espaços de coworking em áreas dinâmicas inteligentes. Procurando a diferenciação, os operadores de coworking devem manter os espaços equipados com as tecnologias mais recentes, dotando-os com equipamentos modernos e de última geração, onde não poderá faltar a possibilidade de utilização de dispositivos eletrónicos sem fio. A implementação de soluções de inovação visa melhorar e simplificar significativamente a experiência do coworking.

Coworks pet friendly

Coworks em todo o mundo começam a oferecer áreas Pet Friendly, onde os clientes podem deixar os seus animais de estimação circular livremente. Estudos demonstram que estes espaços tendem a reduzir o stress e ansiedade, favorecendo a interação/ambiente criativo.


Criação de espaços de cowork em hotéis, centros comerciais e escritórios

Hóteis, centros comerciais e escritórios já começam a servir de palco ao conceito de coworking, quer através da criação de novos espaços para o efeito, quer através da reafectação de espaços outrora subaproveitados, permitindo assim uma maior rentabilidade dos imóveis, ao mesmo tempo que proporcionam a junção de atividades de lazer com o (tele)trabalho.

Software para coworking e escritório virtual

Essa é uma ferramenta para facilitar a rotina de um coworking. No dia a dia de trabalho precisará cadastrar clientes, emitir boletos de cobranças, enviar notas fiscais e controlar guias de pagamentos. As ferramentas te ajudam nessas e outras atividades que fazem parte da gestão da empresa. A verdade é que boa parte do que você faz de forma manual pode ser facilitado com a tecnologia.

Com um sistema de gestão você consegue, inclusive, reduzir as perdas financeiras ao longo do ano. Por meio da ferramenta, é possível ter uma atuação mais eficiente, com controle do desempenho, planejamento de atividades e facilitação na tomada de decisão

PRINCIPAIS SOFTWARES

QuickBooks ZeroPaper

O software de armazenamento em nuvem é voltado para a área financeira de pequenas e médias empresas. A plataforma oferece ferramentas para o fluxo de caixa, relatórios, NF-E integrada, emissão de boletos, importação de informações bancárias, dentre outras atividades importantes.

Com o QuickBooks ZeroPaper é possível importar as informações de planilhas de excel para o programa. Isso é interessante para garantir que os dados ficarão reunidos em um único espaço, o que é recomendado para não perder nada. A versão gratuita ainda está na fase de teste, mas os planos pagos têm opções para todos os bolsos.

ConexaApp

Um bom software para coworking e escritório virtual deve ser pensado para resolver as principais questões. O ConexaApp é um desses recursos que ameniza os conflitos da rotina profissional e libera tempo na sua agenda.

Ele atua na parte de CRM, com os registros detalhados dos clientes, na parte operacional, em ações como controle de acesso, internet, impressão, telefonia, reserva de salas, faturamento, financeiro e facilita a emissão de relatórios. Todo o pacote de gerenciamento necessário.

OpenSev

Grande parte da evolução de uma empresa está relacionada com a sua capacidade de analisar os dados atuais, por isso, vale a pena ter um software para coworking e escritório virtual que ajude com essa tarefa.

O OpenSev é bastante útil para tarefas como: realização de cadastro de clientes, banco de dados de contadores e funcionários, administração de correspondências e telefonia, controle de vendas, cobranças e impressão de contratos. A emissão de boletos e notas fiscais também pode ser feita pela plataforma sem muito trabalho.

HIGHLIGHTS

“Em resumo, o mercado de Coworking no Brasil se mostra recém firmado e em constante evolução, visando sanar uma necessidade cada vez maior das empresas, principalmente as pequenas e médias. O mercado cresce junto com a tecnologia, sempre buscando novos softwares que possam agregar à experiência do cliente.

Um investimento planejado pode se mostrar bastante eficaz ao entrar no mercado, que ainda não possui tanta concorrência e é cada vez mais procurado por diversas empresas em todo o país, mas também é um mercado de difícil diferenciação entre concorrentes, por isso apostar em cidades que ainda não possuam tantos espaços pode ser um diferencial.”

Robson Duarte – Product Analyst I

Sigilo e Disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida. A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

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Cosméticos

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

NÚMEROS DO BRASIL

O mercado de beleza e cuidados pessoais tem sido bastante agitado no Brasil e no mundo nas grandes empresas consolidadas. Junto a isso, existe também uma atividade iminente de pequenas marcas que se posicionam em nichos e contam com o ambiente digital para se posicionar com o público. As duas, as gigantes e as pequenas, se engajam para acompanhar transformações na sociedade que se refletem no consumo, como a busca por produtos mais naturais, personalizados e que comuniquem valores. O mercado chegou a atingir a marca de 29,62 bilhões de dólares em 2019 e hoje é o terceiro maior mercado mundial de cosméticos e cuidados pessoais.

  • Segundo dados do último relatório divulgado em 2021, o Brasil é o terceiro país no ranking de consumo de cosméticos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e China. A pesquisa trouxe as considerações mais importantes dos hábitos de consumo do brasileiro quando diz respeito à higiene e cuidados pessoais que vem crescendo a cada dia. Principalmente com a infinidade de novas marcas que surgem, dia após dia na área de cuidados pessoais e que abrangem todos os gostos e bolsos também.

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Brasil

Market Share
Pandemia
Investimento no Setor
Fusões e Aquisições
Perfil de Consumo
Número de Empresas
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Consumidores
Beleza
Representatividade
Experiência Prática
Big datas
Inovações Tecnológicas

MARKET SHARE E PANORAMA FUTURO

Segundo relatório, cinco empresas respondem por 47,8% do mercado brasileiro: Natura & Co, Grupo Boticário, Grupo Unilever, Grupo L’Oréal e Colgate-Palmolive Co. De 2013 a 2018, houve um aumento de 24,5% nas vendas do varejo, apesar de um decréscimo de 0,3% em Valor de 2014 a 2015.

  • Para 2023, a Euromonitor International prevê um aumento de 20,6% e ainda prevê três grandes tendências globais que impulsionarão o mercado de beleza e cuidados pessoais nos próximos cinco anos: engajamento digital, posicionamentos éticos e atributos orgânicos e naturais.

    De acordo com o British Beauty Council, o mercado global de cosméticos naturais deve chegar a 122 bilhões de reais até 2024. A BioBrazil Fair afirma que o mercado brasileiro de cosméticos naturais cresce 20% ao ano e já vale 3 bilhões de reais.

Digitalização

Na área de digitalização, as multinacionais estão investindo em sua presença nas redes sociais, além de inteligência artificial, realidade virtual e aplicativos de beleza usados por 39% dos consumidores em todo o mundo em 2019. Um exemplo é a L’Oréal, que adquiriu a Modiface, uma empresa especializada em realidade aumentada, e introduziu ferramentas como Vichy Skin Consult e provadores virtuais de maquiagem.

No Brasil, marcas como O Boticário e Natura também possuem espelhos virtuais próprios para testes de produtos.

Canais de vendas

Em seu caderno de tendências para 2019 e 2020, a Abihpec destacou que o comércio eletrônico era o canal de distribuição com crescimento mais rápido no setor, especialmente as vendas pelo celular.

Mas a grande maioria das vendas, cerca de 90%, ainda era feita por meio de quatro canais: farmácias e drogarias, venda direta, hiper e supermercados e lojas especializadas.

Cosméticos Veganos

Um dos primeiros e que mais cresce neste segmento é o de produtos naturais e veganos. De acordo com um estudo publicado pela Technavio, o mercado de cosméticos veganos está estimado em cerca de R$ 18 bilhões até 2024, crescendo a uma taxa de crescimento anual composta de 4%.

Relatório divulgado pela consultoria de mercado Grand View Research indica que o mercado global de cosméticos veganos deve atingir US$ 20,8 bilhões até 2025, uma taxa de crescimento anual de 6,3%. Para os produtos cruelty free (livre de crueldade animal), a previsão é de alta de 6% entre 2017 e 2023, segundo análise da Market Research Future.

IMPACTO DA PANDEMIA

A pandemia de Covid-19 mudou os hábitos brasileiros e afetou a economia como um todo. Enquanto isso, a indústria de cosméticos permaneceu quase intacta e isso se deve aos muitos que encontraram o autocuidado como forma de superar essa crise.

Assim, é estimado que atualmente 1,5% do orçamento do brasileiro seja destinado ao consumo de produtos cosméticos e serviços relacionados à estética, como cosmetologia e manicure. Pesquisa da Technavio afirma que 70% dos entrevistados admitiram mudar seus hábitos de saúde e higiene pessoal após a pandemia.

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INVESTIMENTO NO SETOR

A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Fragrâncias e Cosméticos (ABIHPEC) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) assinaram um acordo para promover, facilitar e acelerar a internacionalização da indústria de HPPC e suas empresas associadas. A parceria deverá investir mais de R$ 24 milhões, dos quais 56,5% virão da ApexBrasil e 43,5% de pares da ABIHPEC e empresas participantes do Beautycare Brasil.

Para este novo contrato, o projeto selecionou 19 mercados-alvo para abordar o foco comercial e a promoção da imagem, bem como a pesquisa e análise de oportunidades e expansão dos negócios. São eles: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Japão, México, Panamá, Peru, Reino Unido, Rússia e Turquia.

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Com essa análise do balanço comercial do mercado de cosméticos que possui como Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) 3304, é possível perceber que até Junho de 2022, o Brasil importou muito mais do que exportou produtos cosméticos. O saldo até o momento fica no negativo, com um déficit de -$45.558.036,00.

POR QUE INVESTIR NO SETOR?

São produtos que demandam reposição

Cosméticos são produtos que são utilizados em um curto período de tempo, então os consumidores precisam comprá-los novamente. Isso cria um ciclo de vendas eficaz que permite que as vendas cresçam rapidamente no mercado.

Diversidade de produtos e público segmentado

As linhas de produtos cosméticos podem se ramificar e se tornar muito diversificadas, o que é um ponto muito positivo. As opções nesse mercado são amplas e o público é segmentado, então é possível focar na venda de produtos específicos.

Alta demanda

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o brasileiro se preocupa tanto com a aparência que gasta mais com beleza do que com comida, isso, também, porque 66% da população brasileira acreditam que gasto com beleza é necessidade e não luxo.

Além disso, esse segmento inclui mulheres e homens de todas as idades e perfis, e um mercado que abrange um público que, além de grande, possuem o desejo em investir na própria aparência, definitivamente é um mercado promissor e não é à toa que cresce cada vez mais.

Excelentes margens de lucro para revendedores

Qualquer tipo de vendedor, seja ele autônomo, distribuidor, revendedor ou dono de loja, apresenta ter margens líquidas de lucro (cerca de 30%) bem promissoras.

A internet está a favor do mercado de cosméticos

As lojas virtuais estão em alta atualmente, e não é diferente no ramo de cosméticos. Além da facilidade das compras online e da divulgação assertiva que a internet possibilita, a maioria dos produtos desse ramo são compactos, em peso e volume, favorecendo e possibilitando o seu envio para inúmeras localidades espalhadas pelo Brasil.

Disponibilidade de fornecedores de alta qualidade

É notável a quantidade de fornecedores que trabalham com produtos da beleza. Ao investir em cosméticos, esse volume é uma boa oportunidade, visto que existirá um mar de opções para um negócio.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Fusões e aquisições na categoria de beleza têm aumentado nos últimos anos e 2019 foi um ano fortíssimo nesse mercado. Em 21 de novembro de 2019, a receita do varejo de beleza já era superior a 19% em relação a 2018, de acordo com Capstone Headwaters do Investment Bank.

Compradores estratégicos, firmas de capital de risco e firmas de private equity estão ativos e novos entrantes estão no mercado de cosméticos. As empresas unicórnio de beleza surgiram, houve vários acordos de bilhões de dólares e apostas foram feitas na próxima safra de indies com aumentos de capital na faixa de US $ 5 a US $ 10 milhões.

De acordo com uma pesquisa do banco de investimentos americano Intrepid, houveram 26 negócios de M&A no mercado de beleza no primeiro trimestre de 2020. Esse resultado é 7% inferior ao primeiro trimestre de 2019 e 13% inferior ao forte desempenho visto no final trimestre do ano anterior.

Principais fusões e aquisições:

Natura e Avon: A compra da Avon pela Natura, anunciada em maio, forma a quarta maior empresa de cosméticos do mundo, com faturamento anual superior a 10 bilhões de dólares, mais de 40 mil colaboradores e presença em cem países. Juntas, as empresas terão a liderança na venda por relações, com mais de 6,3 milhões de representantes e consultoras, e presença global com 3,2 mil lojas.

Colgate-Palmolive e Hello Products: A Colgate-Palmolive anunciou a compra da marca premium de produtos de higiene bucal Hello Products. Entre os itens produzidos pela empresa estão creme dental, enxaguatório bucal, escova e fio dental. O valor da transação não foi informado.

Beiersdorf (Nívea) e Stop The Water While Using Me!: Os dois parceiros com sede em Hamburgo pretendem intensificar em conjunto o impacto de cuidados com a pele sustentáveis ​​e promover seu compromisso com a proteção do clima e dos recursos.  O valor da transação não foi informado.

PERFIL DE CONSUMO

A pesquisa Datafolha/ICTQ traçou o perfil socioeconômico dos consumidores de produtos de beleza em farmácias e drogarias no Brasil. Foi possível observar que as mulheres são as que mais consomem nesses estabelecimentos. E dentre os consumidores, a faixa etária que mais se destaca é a de 26 a 40 anos. Ainda de acordo com o estudo, a classe C é a campeã nesse tipo de consumo, sendo a maioria com escolaridade de nível superior.

Gênero

IDADE

CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA

ESCOLARIDADE

NÚMERO DE EMPRESAS NO SETOR

Em dados atualizados em Agosto/2022, existem no total 207.699 de empresas ativas no setor de cosméticos no Brasil.

Big Picture


É a colocação do brasil no ranking mundial de consumo de cosméticos.

66%
É a porcentagem da população que acredita que o consumo de cosméticos é uma necessidade

R$122bi
É a previsão do mercado global até 2024.

$29,62bi
É o faturamento do setor de cosméticos em 2019.

1,5%
É a porcentagem estimada que mensura quanto do orçamento do brasileiro é gasto com cosméticos.

5,8%
Foi a porcentagem de crescimento do setor em 2020, ano do início da pandemia.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

O ramo de cosméticos e beleza é relativamente trabalhoso em uma perspectivas de produtos tecnológicos. Em contrapartida, existe a possibilidade de produtos naturais e artesanais.

Produtos Substitutos – Alta

O mercado de cosméticos é bastante abrangente e extremamente competitivo. Nesse sentido, existem diversas opções disponíveis de cosméticos para os consumidores que se substituem.

Poder dos Fornecedores – Baixa

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a grande quantidade de players similares (difícil diferenciação).

Poder dos Compradores – Baixo

Poder dos compradores, tendo em vista que os mais variados produtos que se tem no mercado possuem os mais diversos preços, desde os mais acessíveis até os mais caros.

Rivalidade entre players – Alta

O mercado é bastante robusto e diverso. Nesse sentido, diversos players se dividem no setor com posicionamento bastante forte e efetivos.

OPORTUNIDADES

Expansão do mercado

Conforme citado anteriormente, o ramo de cosméticos é bastante abrangente, está presente e em constante crescimento em todo o mundo. Ainda assim, as possibilidades de expansão são incalculáveis. Um dos caminhos são as aquisições de novas marcas para o aumento de portfólio e assim, atingir novos consumidores.

Investimento em novos produtos

O mercado está se renovando constantemente e isso se potencializa ramo de cosméticos. Empresas do setor estão buscando a todo momento renovar seu portfólio e se diferenciar no mercado.  Inclusive, o Brasil é o terceiro mercado mundial de cosméticos, que pode ser visto como fator crucial para o investimento em novos produtos.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Forte concorrência

Conquistar espaço nas prateleira está exigindo cada vez mais das empresas no disputado mercado de cosméticos no Brasil. Com um mercado tão dinâmico quanto o de tecnologia, as empresas de cosméticos estão tendo de se reinventar e criar oportunidades para quem é de fora do segmento para não perder território. 

Potencial de novos entrantes

A atratividade do setor e o crescimento do mercado faz com que o ramo de cosméticos sempre haja novos entrantes, sejam eles nacionais ou internacionais, em todos os canais de vendas: varejo, franquia e vendas diretas. No entanto, vale a ressalva que mesmo com esse dinamismo, poucas empresas detém o market share do mercado total. 

TENDÊNCIAS

Consumidores são leais as suas marcas favoritas na Indústria de Cosméticos

Uma pesquisa feita pela Ipsos constata que a maioria das pessoas está satisfeita com os produtos que elas usam atualmente e estão disponíveis hoje.

Mais de 80% concordaram com a afirmação “Minhas necessidades pessoais de beleza e higiene são atendidas por produtos que posso comprar hoje”. Além disso, a maioria (55%) provavelmente “Escolherá uma marca confiável que conheço em detrimento de uma nova marca que não tenho ou não usei antes”, com a mesma porcentagem (55%) dizendo “Sou leal aos itens de cuidados com o rosto, corpo, cabelo ou beleza que uso”.

A preferência dos consumidores por marcas que eles conhecem e confiam coloca desafios para que as novas marcas de beleza avancem. Novas marcas devem oferecer algo realmente novo e diferente para abocanhar seu espaço no mercado.

Beleza limpa, natural e sustentável

Quando se trata de características do produto que atraem consumidores para novas marcas, basicamente são: limpos, naturais e sustentáveis.

Dois terços da pesquisa da Ipsos disseram: “Eu estaria interessado em experimentar novos produtos de outras marcas, se forem naturais” e 59% concordaram: “Eu estaria interessado em experimentar novos produtos de outras marcas, se eles forem limpos”.

Novas marcas sustentáveis ​​também atraem o interesse de 55% dos pesquisados. Fabricar esses produtos para atender a um ou todos esses critérios é um desafio particular para as principais marcas devido à sua escala.


Representatividade

O mundo tem vivido um momento de transição, e as novas gerações estão muito mais ligadas a temas como individualidade, amor próprio, intolerância e aceitação.

Antes eram os “peixes grandes” que ditavam o que estaria mais tarde nas prateleiras. Hoje são eles que precisam investir milhões em pesquisas sobre comportamento social, tendências das ruas e hábitos de compra.

Essa mudança de perspectiva alterou a forma como as pessoas compram — e o consumidor não aceita mais qualquer oferta. É essencial que cada um se enxergue e se identifique naquilo que olha.

Experiência prática

Enquanto as marcas de beleza veem o ambiente digital como a onda do futuro, uma porcentagem considerável de clientes (41%) declarou que não compraria nenhum produto de beleza apenas experimentado virtualmente.

Eles querem uma experiência prática antes de tomar qualquer decisão. Essa necessidade dá às marcas do varejo físico a vantagem na introdução de novos produtos.

No entanto, e-commerces podem superar a resistência de alguns consumidores oferecendo amostras grátis (36%), além de uma política de fácil devolução (20%).


Maquiagem para homens e mulheres

Já é possível perceber o crescimento da busca por produtos e tratamentos estéticos voltados para trazer uma aparência mais jovial, tanto para homens quanto para mulheres:

  • Produtos contra queda capilar;
  • Cremes hidratantes (facial e corporal);
  • Tinturas ou tonalizantes para fios brancos ou grisalhos;
  • Tratamentos para celulites e estrias;
  • Produtos com proteção solar.

Além destes citados, os produtos de higiene pessoal contras bactérias e vírus continuarão em alta. Os hábitos de higiene e limpeza como prevenção da contaminação do coronavírus se tornaram parte da rotina da população

Big Datas

A tecnologia está capacitando as marcas de cosméticos sobre o comportamento dos consumidores e seus desejos. O volume de Big Data e sua influência na indústria aumentaram notavelmente.

Algoritmos poderosos, que armazenam dados sobre cuidados com a pele, maquiagem e até o uso de perfumes e combinam enormes bancos de dados, analisando bilhões de formulações para criar um produto adaptado a um indivíduo.

Isso pode ser usado para criar e fornecer serviços de beleza e melhorar sua qualidade.

Inovações Tecnológicas em Cosméticos

Nas últimas décadas, a indústria cosmética passou por um processo de evolução que resultou em um salto tecnológico muito semelhante aos avanços digitais conquistados no mesmo período.

Muitas dessas tecnologias acompanharam também as mudanças observadas no mundo. O aumento da poluição, fenômenos climáticos, a alta incidência da radiação no planeta, além de hábitos cada vez mais arraigados, como tabagismo, má alimentação, sedentarismo, alcoolismo, enfim, todas essas alterações ambientais e culturais fizeram surgir ativos e produtos dermocosméticos epigenéticos – que tentam reverter os danos ambientais e de hábitos que aceleram o envelhecimento da pele.

Nanobiotecnologia

A Nanobiotecnologia tem como foco, principalmente, os produtos destinados à pele do rosto e do corpo. De forma geral, as vantagens das nanoemulsões estão relacionadas à penetração na pele já que, devido a suas dimensões reduzidas, as nanoemulsões podem adentrar na superfície, melhorando a penetração de ingredientes ativos.

Probióticos

Os probióticos passaram a ocupar espaços também nos potes de creme e são indicadas para tratamento da acne, rosácea e dermatite. Estudos demonstram sua eficácia na prevenção do fotoenvelhecimento, devido às suas atividades antioxidantes e imunomodulatórias, e eficácia significativa na cicatrização de feridas.

Biomiméticos

Fórmulas biomiméticas, que tem como foco principal a compreensão do fenômeno natural, minimiza a irritação e aumenta efetivamente a hidratação da pele. Nos produtos, a indústria pode utilizar peptídeos biomiméticos a fim de desempenharem funções semelhantes as do organismo.

HIGHLIGHTS

“O mercado de cosméticos no Brasil é o terceiro maior do mundo, além de se mostrar estável mesmo durante a pandemia, e ademais, segue em constante expansão e busca por inovação.

Em contraponto, é um mercado extremamente competitivo, com muitos players bem estabelecidos em um mercado que possui a tendência de clientes fiéis, além da enorme gama de produtos e públicos, cada um com suas especificidades. O que o torna extremamente delicado e difícil de entrar, porém, com enorme recompensa caso bem executado.”

Robson Duarte – Product Analyst I

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

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Equipe Ray Market Sound
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Consultoria

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA ECONÔMICO

O mercado de consultoria e gestão empresarial no Brasil vem se mostrando um setor promissor para empresas: a vocação empreendedora do brasileiro é uma fonte de novas oportunidades, visto que ao mesmo tempo que muitos negócios estão iniciando a jornada, há outros que já se firmaram e procuram renovação.

Entre esses dois extremos, há os empresários cuja ausência de algumas habilidades ou ferramentas traz falhas que podem colocar em risco o negócio de um modo geral. Diante desses casos, a procura por profissionais do mercado de consultoria e gestão tende a ser alta.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

Localização das empresas por região

Porte segundo faixa de faturamento

Distribuição por número de consultores

O que nos da indícios de grande parte das consultorias serem compostas apenas pelos donos da empresa.

Serviços que as empresas de consultoria oferecem

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ANÁLISE MACROECONÔMICA DO SETOR

Setores onde atuam os clientes das empresas de consultoria

Tendência de posicionamento estratégico do setor de consultoria para os próximos anos

Motivos que levam a contratação de empresas de Consultoria

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CONTEXTO DAS CONSULTORIAS

A partir de análises realizadas pela D&B Hoovers, podemos inferir que o mercado de consultoria está diretamente relacionado com a economia do país, principalmente com o lucro das empresas.

As consultorias estão utilizando cada vez mais tecnologias para impulsionar os resultados de seus clientes. Um dos setores que vem sendo bastante atacado pelas empresas é o segmento de Saúde, que com o crescimento de novas tecnologias vem demandando de uma maior gestão e novas soluções para melhorar sua eficiência.

As empresas tem uma forte dependência no capital intelectual de seus consultores, por isso investem pesado em recrutamento e seleção.

Com exceção das grandes firmas de consultoria, as empresas desse segmento costumam focar num determinado tipo de setor ou empresa e especializarem seu serviço.

Dois tipos de Consultoria

Consultorias de alto valor agregado, na qual os clientes têm menos certeza da solução para seu problema e dependem mais da habilidade, criatividade e intelecto do consultor para desenvolvê-las. O trabalho com Data Analytics vem trazendo um maior valor para as soluções das consultorias em gestão de diversas áreas, tais como performance financeira, hábitos do consumidor e eficiência operacional, de forma a conseguir resultados maiores tanto na parte financeira, como em processos e na estratégia de vendas.

“Segundo o CEO da empresa no País, Altair Rossato, a demanda por consultoria está forte por aqui. Com mais empresas buscando profissionalizar a gestão, realizar a transformação digital ou simplesmente sobreviver às sucessivas crises, a área de consultoria cresceu 26% no ano passado por aqui, contra 8% da Deloitte como um todo. Esses números também são maiores do que os registrados pela Deloitte global: 5,5% de expansão do faturamento geral e 7,1% na área de consultoria.”

Consultorias de baixo-custo que trabalham essencialmente com problemas e serviços que o cliente entende. Por compreenderem, sabem exatamente qual o serviço requerido e buscam consultores para resolver seus problemas. São chamadas de Consultorias de Commodities.

PERFIL DO CONSULTOR BRASILEIRO

O que vemos no mercado brasileiro de consultoria é um perfil de profissional tradicional, aquele que confia muito mais na sua experiência com outros clientes ou em outras empresas para realizar seus serviços. Já estão no mercado faz um tempo e se colocam como referência técnica para pequenas empresas, as quais prestam serviços.

Mais de 40 a 59 anos (36,5%)

Ensino Superior Completo + MBA (41,9% + 33%)

Sexo masculino (59,7%)

Trabalha em Home Office ou em Coworking (61,6%)

Dedicação Exclusiva (60,6%)

Novos KPIs para as empresas de tecnologia

Indicadores de performance são importantes para enxergarmos nossa performance passada, atual e tendência futura,  não deixando haver dúvidas a esse respeito.

Os indicadores são a matemática “gritando” em nossos ouvidos. Mas, não podemos ficar nos indicadores tradicionais. Quando falamos em indicadores tradicionais nos referimos a: faturamento, vendas, marketing, desenvolvimento e suporte.

Temos que implantar indicadores não tão tradicionais, tais como:

-Desenvolvimento de talentos;

-Nível de utilização de nossas ofertas;

-Sustentabilidade das ofertas em nossos clientes;

-Número de inovações implementadas e respectivos impactos;

-ROI das implementações;

-Crescimento do conhecimento técnico;

-Potenciais demandas disruptivas.

Desenvolvimento de talentos

Quantas pessoas elevaram sua performance individual? É perceptível que trocar pessoas em nosso segmento é complicado, mas muitos reclamam (com razão) da baixa performance de muitos integrantes.

O que temos que fazer já está evidente: implementarmos um plano de desenvolvimento onde possamos mensurar o avanço das habilidades do time. Cobrar o resultado comparando com os melhores em performance já está sendo feito e não está resolvendo. Temos que investir no desenvolvimento humano, ponto!

Nível de utilização de nossas ofertas

Ainda é baixo o número de clientes que utilizam em plenitude nossas ofertas. Talvez alguns não saibam, porque não mediram.

Um cliente com baixo nível de utilização é uma presa fácil para a concorrência, não podemos deixar isso acontecer.

Sustentabilidade das ofertas em nossos clientes

Qual o nível de nossos usuários? Aliás, é a mesma equipe do cliente que foi treinada por nós?

Estamos deixando motivos enormes para que nossa equipe de suporte não dê conta de atender aos chamados, além de estarmos propensos a aumentarmos nosso time para dar conta de todas as demandas.

Quanto menos preparados estiverem nossos usuários, pior a percepção que eles mesmos terão de nosso atendimento pós-venda.

Número de inovações implementadas e respectivos impactos

Chega de ofertas “sem graça”. Não adianta implementarmos funcionalidades porque achamos que elas irão agregar muito valor para os clientes, e para isso só temos uma solução: medirmos o impacto de nossas inovações nos clientes.

ROI das implementações

Temos que implementar uma fábrica de casos de sucesso na área de consultoria. Se não for assim, os motivos de comemoração de cada implementação se restringem a um “alívio” pelo projeto ter virado.

Absurdo. Temos todas as condições para transformar implantações em casos de sucesso, com retorno sobre os investimentos efetuados pelos nossos clientes e deixamos essa grande oportunidade passar.

Nossas implantações não podem mais ser apenas de cunho técnico, precisam ter a visão de negócio.

Crescimento do conhecimento técnico

Nossa experiência ao longo desses anos de consultoria deixa claro que a falta de conhecimento no time tem sido um dos principais fatores que impedem o crescimento das empresas, mas pouca coisa é feita de efetivo para mudar esse quadro.

Temos que acompanhar a multiplicação do conhecimento interno para soltar uma das amarras do crescimento.

Potenciais demandas disruptivas

Não é mais uma coisa bonita no que diz respeito a administração, é um fator real que está fazendo com que empresas percam clientes para outras que apresentaram um novo formato de encarar determinados processos, revolucionado o jeito de trabalhar.

Já presenciamos e é bem frustrante ver empresas perdendo seus clientes para a concorrência por eles estarem mudando o jeito de fazer o negócio (o susto não é pequeno).

Temos que estar atentos aos novos KPI´s para que não sejamos negativamente surpreendidos.

Número de empresas no setor

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Big Picture

26%
De crescimento de 2019 para 2020

R$130 bi
Tamanho do mercado de consultoria da América Latina.

Tecnologia da informação
É o setor que as empresas mais estão investindo atualmente

Conhecimento técnico
É o motivo que mais agrega na hora da compra

-19%
Foi o decrescimento em termos percentuais do mercado de consultoria na América Latina.

Gestão estratégica
É o serviço mais oferecido pelas consultorias

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

O mercado de consultoria é um mercado em que novas pessoas/empresas entrem constantemente, portanto a ameaça de novos entrantes é Alta.

Produtos Substitutos – Alta

A transformação digital vem alterando toda a gestão das empresas. A tendência é que serviços como mapeamento de processos tendam a se tornar obsoletos, portanto a ameaça de produtos substitutos é Alta.

Poder dos Fornecedores- Média

Por se tratar de um serviço, podemos dizer que a consultoria não tem fornecedores. Porém, estendendo o conceito para softwares, percebemos que esse poder de barganha é baixo, devido a competitividade desse setor.

Poder dos Compradores – Alta

Baixo poder de barganha por parte dos clientes, visto que os negócios de alto padrão do setor são escassos.

Rivalidade entre players – Alta

Forte busca pela diferenciação, eficiência e preço para conter clientes.

OPORTUNIDADES

O mercado de consultorias traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do mundo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Percepção de organização

Atrelado ainda a pandemia do corona vírus, gestores de empresas passaram a ter grande percepção de necessidade de gestão da organização. Seja ela por parte estratégica ou organizacional, passaram a buscar mais constantemente esse tipo de serviço.

Digitalização

A pandemia nos trouxe uma grande aceleração da digitalização. Empresas tiveram que realizar todo o processo num espaço de tempo ínfimo, e algumas outras ainda precisam passar por este processo.

Indicadores Tangíveis

Embora a tendência de desempenho baseado em valor não seja nova, ela está exasperada pelo clima atual. As empresas que contratam consultores em 2021 esperam ver um valor tangível de seus investimentos, colocando o valor em estratégias geradoras de taxas anteriores. Os consultores deverão implementar soluções econômicas, em vez de priorizar diagnósticos caros.

Métricas acima de tudo

Com o valor dos dados se tornando cada vez maior e mais importante, empresas estão se tornando Data driven com uma frequência crescente. Além disso, muitas estão passando a oferecer este tipo de serviço.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Forte concorrência

Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se tornam cada vez mais fortes e tendem a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players, havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.

 

Flutuação cambial

A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores financeiros das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representou altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. A área de Tecnologia da Informação (TI) é uma das mais atingidas. Afinal, muitos softwares e soluções utilizados nas corporações vêm de fora e têm seu valor em dólar convertido para o real de acordo com o câmbio.

 

Startups surgindo a todo vapor

Empresas iniciantes, que têm uma estrutura organizacional muito voltada para startups, costumam ter uma ascensão ainda maior, visto que conseguem se adaptar muito mais facilmente a realidade do momento e podem, por ventura, atrapalhar alguns planos de empresas de consultorias com maior Market Share de mercado.

TENDÊNCIAS

Transformação Digital

Esse tema vem sendo bastante tocado nos últimos anos, mas nunca com a devida importância. Como ilustrado na charge abaixo, no Instagram da ACE Startups, a crise de saúde pública proveniente do COVID-19 chacoalhou totalmente essa transformação no mercado. Serviços que são essencialmente presenciais estão em queda com a quarentena, exigindo que as empresas pensem em soluções digitais.

Todas as maiores consultorias do mundo investem pesadamente em soluções digitais. Muitas delas possuem um braço digital da própria empresa, como a McKinsey Digital, que trabalha bastante com a parte de Advanced Analytics.

A partir de pesquisa feita pela consultoria BCG com grandes executivos de empresas em todo o mundo, 9 de 10 indicam que olham para os investimentos em IA como uma oportunidade de crescimento.

Data Analytics / Customer Analytics

Com os avanços da tecnologia, o trabalho na ciência de dados vem sendo cada vez mais relevante. As empresas vêm descobrindo que conseguem exceder bastante a análise dos dados da forma descritiva. A Data Analytics é uma forte tendência para o setor de consultoria, principalmente aquelas que trabalham com vendas, marketing e estratégia, as quais conseguem obter bastante informação de seus clientes.

Uma solução possível de ser feita é a partir da metodologia RFM, “clusterizar” os clientes daquela empresa e ter estratégias comerciais focadas para cada um deles.

De Acordo com o Google Trends, as pessoas nos últimos dois anos vêm pesquisando mais sobre data analytics do que sobre mapeamento de processos, contrapondo o tradicional serviço das consultorias pelo Brasil.

Customer and Employee Experience

No mercado fala-se muito acerca de experiência, como tornar aquele seu produto uma experiência. Grandes empresas excederam esse conceito em seus mercados e se tornaram referências no Brasil, como a Reserva por exemplo. Com esses modelos, várias empresas buscam melhorar a experiência entregue para seu cliente e também para seu funcionário, muito também pelo aumento na valorização do profissional. Algumas consultorias vem surgindo com o foco de melhorarem a experiência do cliente da empresa. Como esse conceito em ascensão pode impulsionar serviços de consultorias de gestão na área de Marketing e Vendas?

De Acordo com o Google Trends, as pessoas no último ano vêm pesquisando mais sobre experiência do cliente do que sobre mapeamento de processos, contrapondo o tradicional serviço das consultorias pelo Brasil

Interdisciplinaridade

 

Trazendo como referência as maiores consultorias do mundo, todas elas focam bastante em trazer os melhores profissionais possíveis, investindo pesado em recrutamento e employer branding. Essas empresas buscam profissionais qualificados de diversas áreas do conhecimento, para que consigam agregar experiências e aprendizados diferentes dentro de um mesmo projeto. No caso das empresas juniores, por existir essa separação por graduação, uma solução são os projetos conectados. A partir da interdisciplinaridade dos projetos, as empresas juniores conseguirão trazer soluções de alto valor agregado, condizentes com as novas tendências do mercado.

Recorrência

Prática muito comum na maioria das consultorias no Brasil, porém não tão praticada no Movimento Empresa Júnior. É o modelo de recorrência, ou seja, como fazer com que seu cliente tenha seu serviço durante todo o ano, de uma forma em que ele pague uma quantia mensal pelos seus serviços, seguindo a linha das empresas de tecnologia com os serviços de streaming. Esse modelo tende a ser incorporado pelas empresas juniores, de forma que consegue trazer um impacto maior naquele cliente e uma maior previsibilidade de receita.

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Games

Introdução

Compreender o cenário Brasil referente ao setor de Games em 2021, passando pelos seguintes pontos: Análise macroeconômica, análises internas do setor e tendências.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

O mercado de games teve receita 12% maior em 2020 no comparativo anual, muito por conta da pandemia de COVID-19. O dado vem de novo relatório da SuperData, braço de análise de entretenimento da Nilsen.

De acordo com o levantamento, o setor de jogos digitais teve receita de US$ 126,6 bilhões em 2020, representando os 12% a mais que no ano passado. O mercado de jogos mobile ainda é hegemônico no topo, sendo responsável 58% do faturamento anual do setor.

Distribuição do faturamento por categoria.


INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Pandemia

Top 10 – Gratuitos

Jogos de Console
Top 10 – Premium
Mercado Nacional
Ticket Médio
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDêNCIAS
Previsões
Público
Players

PANDEMIA

A receita de games foi apenas 6% maior em janeiro e fevereiro no comparativo anual, mas cresceu para 14% no restante do ano. Como o lockdown da COVID-19 teve um efeito mundialmente em março, os gastos com games dispararam e não voltaram mais”, aponta o documento.

O comportamento do usuário foi de investimento em dois setores, aponta o estudo. O primeiro foi o de games gratuitos, sendo responsáveis por 78% da receita total de 2020.

Os jogadores também investiram em jogos premium, sendo responsáveis por 28% da receita total em games. No ano passado, este setor representava somente 9% do faturamento.

Jogos Rentáveis

O game gratuito com maior receita foi Honor of Kings, o principal MOBA da Tencent e muito conhecido no mercado asiático, rendendo US$ 2,4 bilhões. Na lista ainda aparecem nomes conhecidos como Free Fire, Pokémon Go, League of Legends e Candy Crush Saga.


JOGOS DE CONSOLE

Nos consoles, nomes já consagrados aparecem no topo da lista. Call of Duty: Modern Warfare foi o título mais rentável com US$ 1,9 milhão. Contudo, na análise do SuperData, o battle royale gratuito Warzone foi incluído nesta conta. Em segundo lugar, aparece FIFA 20, com US$ 1 milhão, seguido de GTA V, com US$ 911 milhões.

INTERNACIONALIZAÇÃO

MERCADO NACIONAL

Transações financeiras feitas nas principais plataformas e consoles de jogo cresceram 140% em 2020 ante 2019, segundo um estudo feito pela bandeira de cartões Visa.

Segundo a companhia, também foi registrado um aumento de 105% na quantidade de cartões realizando compras de jogos ou extensões entre outubro de 2019 e setembro de 2020.

TICKET MÉDIO

O ticket médio gasto nas plataformas de games, no entanto, se manteve estável. Os valores giraram em torno de R$ 51. Porém, a Visa mapeou que ao longo do ano alguns períodos registraram picos. O principal deles aconteceu em março, logo no começo da pandemia, quando o valor médio gasto chegou a R$ 56,00.

“Mesmo que a flutuação do câmbio tenha sido bastante considerável durante o ano, o volume de transações de cada mês, entre maio e setembro de 2020, superou o mês de dezembro de 2019, quando o faturamento costuma crescer por conta das festas de fim de ano”, afirma Oscar Pettezzoni, diretor da Visa Consulting & Analytics.

São Paulo e Rio Dominam

A maior concentração de transações com games no Brasil ocorreu nas seguintes cidades: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). Em 2019, Belo Horizonte (MG) ocupando o quinto lugar.


Vendas de Equipamentos

A venda de chamados “periféricos gamers” também cresceu no ano passado. Segundo a HyperX, que produz equipamentos como teclado, mouse, mousepad, headset, a alta nas vendas foi de 50% no Brasil e de 107% na América Latina.

Jogos para Celular

Os jogos para celular também ganharam espaço em 2020. Se antes os chamados “gamers” (nome dado às pessoas que jogam com frequência) se concentravam nos videogames e computadores, agora eles também passaram a usar o celular, especialmente com a popularização de jogos como o Free Fire. A desenvolvedora de games Etermax teve, em 2020, um crescimento de 120% em usuários ativos diários, 25% acima da previsão original.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER


Entrantes Potenciais – Médio

Alto know how técnico sobre as áreas, porém, em alguns casos custo inicial acessível; Demanda em crescimento, o que diminui riscos e aumenta confiança para entrada de competidores.

Produtos Substitutos – Alto

Mercado bastante diverso e com números de opções variadas para substituição. Marcas tendem a não ser únicas, com isso no mercado sempre existem serviços similares.

Poder dos Fornecedores – Médio

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a percepção de diferenciação de tipos de serviços englobados pelos players de mercado;

Poder dos Compradores – Médio

Poder dos compradores, tendo em vista que certos tipos de variedades podem ser exclusivas para certos tipos de dores, no entanto há uma série de produtos para o comprador também levar em consideração.

Rivalidade entre players – Médio

Competitividade agressiva entre as marcas, marketing agressivo e margem de lucro cada vez mais apertada. No entanto, devido a grande demanda advindo do momento atual de transformações sustentáveis que o mundo busca, observa-se que possui mercado vasto para exploração.

OPORTUNIDADES

O mercado de Games, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Experiencia do cliente

O bom atendimento realmente influencia a experiência de compra do cliente na farmácia. Muitos atendentes ainda não perceberam a diferença que atender bem pode fazer para o consumidor. Porém, todo empresário do ramo farmacêutico precisa estar atento sobre como a equipe da loja está se relacionando com os clientes.

Logística otimizada 

É necessário ter uma boa gestão de estoque, para não vender um produto no marketplace e ao mesmo tempo faltar na loja física, por exemplo. Então esse processo de integração e comunicação precisa estar muito bem afinado”, explicou o CCO.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Forte concorrência

          Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se tornam cada vez mais fortes e tendem a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players. Havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.

Flutuação cambial

          A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores financeiros das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representou altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. A parte de importação acaba sofrendo bastante com essa flutuação.

TENDÊNCIAS

Um dos motivos para que os analistas pensem isso é que o mercado asiático teve considerável aumento em receita este ano, tanto no setor de jogos gratuitos (11% no comparativo anual), quanto no de games premium (20%). A China, principal mercado do continente, foi um dos exemplos de combate rápido com a COVID-19, com período curto de lockdown e mesmo assim teve boa receita em jogos em 2020.

Previsões até 2023

 No final de 2023, o faturamento do segmento de jogos no mundo deve alcançar US$ 200 bilhões. As perspectivas positivas fomentam desde empreendedores da indústria de games até investidores buscando retorno financeiro.

  Mercado mundial de games bate recorde em 2020 e deve movimentar US$ 200 bi até 2023

Público

 Se antes o mercado de games era extremamente nichado e predominantemente masculino, hoje, o cenário é completamente diferente. Para se ter uma ideia, a Pesquisa Games Brasil 2021, revelou que 51,5% do público de jogos eletrônicos do país é feminino. Essa mudança veio para mostrar que os e-sports caíram de vez no gosto do público e o segmento tem alcançado cifras astronômicas.

Players se Inserindo no Mercado

Recentemente a Magazine Luiza comprou o KaBuM!, a maior plataforma e-commerce de tecnologia e games do país, por cerca de 3,5 bilhões de reais. Já a Netflix anunciou que vai passar a oferecer jogos de celular como parte de sua assinatura.

Algumas marcas têm levado em consideração a força e importância do público gamer ao realizar as suas ações. Como fez o Tik Tok que – após identificar que o Brasil é uma das principais regiões do mundo quando o assunto é consumo de vídeos e criação de conteúdos sobre jogos

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.


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Franquias

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

O setor de franchising no Brasil se mostra extremamente maduro, atualmente no país são mais de 3 mil marcas no país, com um faturamento total de R$ 167.187 Bilhões no ano de 2020 e um ecossistema muito sólido e desenvolvido.

O setor como um todo foi impactado pela crise do novo coronavírus, apresentando uma queda de faturamento de 10,5% no ano de 2020 em relação ano de 2019, entretanto o setor apresentou um forte aquecimento no segundo semestre de 2020 (22% de crescimento em relação ao terceiro semestre do mesmo ano).

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim


IMPACTO DA CRISE

O setor de franquias foi bastante afetado pela crise do novo coronavírus, isso se refletiu no faturamento total do setor, que registrou uma queda de 10,5% em relação ao ano de 2019 (a queda foi tão grande que chegou a apresentar número menores do que 2018).

Dentro desse impacto os setores mais impactados foram Alimentício (-15,5%), entretenimento e lazer (-29,0%), hotelaria e turismo (-49,8%) e moda (20,9%), entretanto alguns setores vieram a apresentar um crescimento relevante durante a pandemia, Casa e construção (+12,8%) e saúde e bem estar (+3,1%). O saldo final do setor foi de 6,6% de unidades abertas e 9,2% de unidades fechadas, trazendo um saldo negativo de 2,6%, além de um taxa de 2,5% de repasse de unidades de franquias, a quantidade total de unidades no ano de 2020 foi de 156,798.

As pequenas redes foram muito impactadas durante esse período e as redes de maior musculatura passaram por esse período com um maior fôlego, de 2019 para 2020 a média de unidades por rede de franquias subiu 6,5%, totalizando 58,8 unidades por rede.


Modelo de Negócio

O modelo de negócios de uma franquia se mostra extremamente interessante no que tange expansão da rede e reconhecimento de marca.

O modelo consiste na liberação do uso da marca e do repasse de know how dentro da gestão do negócio, atrelado a isso é cobrada uma taxa de franquia, que permite o uso da marca pelo franqueado, cobrança de royalties, que são cobrados normalmente com base na performance da unidade e taxa de marketing, para o investimento em campanhas publicitárias e de marketing envolvendo a rede.

Desse modo a marca franqueadora consegue imprimir um crescimento acelerado e altamente rentável ao mesmo passo em que o franqueador inicia um negócio com todo o know how repassado pela franqueadora, diminuindo drasticamente os riscos da operação.

MODELO DE COBRANÇA

Taxa de franquias

A taxa de franquia normalmente é cobrada no momento da venda da unidade ao franqueador, esses valores podem variar bastante de acordo com a empresa, tipo de estabelecimento, tamanho da operação, localização e etc.

Royalties

Os royalties são remunerações pagas às franqueadoras pelo uso da marca e podem ser cobrados de diversos modos, a depender da rede em questão, em geral existe os modelos de cobrança de royalties mais comuns são: Sell in (Onde é cobrada uma porcentagem em cima do valor pago pela empresa, geralmente em estoque) muito comum em franquias de moda e vestuário, Sell out (Onde é cobrada uma porcentagem sobre o valor vendido pela franqueadoras) comum em franquias alimentícias, e por fim, taxa fixa (Onde é cobrada uma taxa fixa e pré definida ao franqueador) muito comum em micro franquias.

Fundo de marketing

O fundo de marketing é cobrado por algumas franqueadoras e tem como objetivo final reservar uma parte do valor arrecadado pela rede para a elaboração de ações que visem melhorar o posicionamento da marca no mercado.

Internacionalização

No que tange internacionalização do setor de franchising brasileiro serão analisadas as marcas brasileiras no exterior e as marcas estrangeiras com atuação no Brasil.

Redes Brasileiras com atuação internacional

163 marcas, com atuação em 106 países

Segmentos destaque:

  • Moda (36)
  • Saúde e bem estar (34)
  • Alimentício (27)
  • Redes estrangeiras com atuação nacional

    205 marcas, de 30 países

    Segmentos destaque:

    • Alimentício (53)
    • Saúde e bem estar (35)
    • Moda (28)

ANÁLISE DE PLAYERS

O setor de franquias brasileiro é composto por grandes marcas, com reconhecimento nacional e internacional, para auxiliar na compreensão do segmento como um todo serão analisados alguns players desse mercado, são eles:

  • O Boticário;
  • Cacau Show;
  • Chili beans;
  • Pit stop Skol.

O Boticário

A maior rede de franquias do Brasil com 3620 unidades, a rede boticário oferece uma série de produtos relacionados cosméticos e perfumaria dentro e fora do Brasil, o valor para abrir uma unidade da marca gira entre R$ 110.00,00 e R$ 500.00,00, segundo pesquisas.

Cacau Show

Com fundação no ano de 1988, a Cacau show é uma marca de chocolates do estado de São Paulo, a marca tem atuação em todo o Brasil e um total de , 3620 unidades, segundo pesquisas o valor para adquirir uma franquia da marca gira entre R$ 165 mil a R$ 238,7 mil.

Chilli Beans

A maior empresa de pós venda de relógios e óculos de sol e acessórios da América Latina e sem dúvidas uma das marcas mais icônicas do Brasil, a Chilli beans possui hoje 847 unidades ao redor do país, o valor pesquisado para se tornar um franqueado gira em torno de R$ 160.00,00 para uma loja compacta.

Pit stop Skol

A maior micro franquia do Brasil, com 1866 unidades, a marca criada pela Ambev vem sendo o grande destaque entre as micro franquias do país, com um valor de investimento de R$ 70.000,00 a marca vem chamando atenção pelo seu forte e acelerado crescimento.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

O ideal para expandir seu negócio via franquias é ter pelo menos mais de uma unidade do seu negócio, embora de fato não seja impossível expandir via franquia um negócio desde a sua primeira unidade, é interessante ter o apoio de uma consultoria especializada para modelar o negócio porém esse trabalho também pode ser realizado de outras maneiras.

Produtos Substitutos – X

É impossível responder essa pergunta para o mercado como um todo, sendo necessário definir qual segmento ou produto está sendo analisado e a partir daí elaborar a análise.

Poder dos Fornecedores – Média

Analisando o fornecedor como a rede franqueadora, em geral o pedir de barganha é mediano variando de acordo com o porte da empresa, local onde a unidade será aberta e modelo de loja. Em geral quanto maior o porte da marca, maior o seu poder de barganha.

Poder dos Compradores – Média

Analisando o cliente como sendo o franqueado, o poder de barganha também é visto como intermediário, sendo maior para marcas menores e menor para marcas maiores.

Rivalidade entre players – X

A rivalidade entre os players deve ser analisada mediante o segmento em questão, no ramo alimentício por exemplo a rivalidade é bem alta, porém para garantir a assertividade da análise é necessário identificar o ramo de atuação da franquia em questão.

OPORTUNIDADES

O mercado de franquias como um todo carrega consigo grandes oportunidades de negócio, seja para o franqueador ou para o franqueado, cabe ao bom gestor estar atento para conseguir surfar nas ondas de crescimento do mercado.

Expansão rápida

A oportunidade mais clara que esse modelo de negócios oferece é o de expansão rápida e com custo baixo, o modelo de expansão por franquias demanda do capital de terceiros e não somente do capital da franqueadora, o que torna essa expansão rápida e rentável.

Repasse de franquias

O repasse de franquias é um modo de conseguir adquirir franquias de grandes marcas à um baixo custo, é importante que o repasse seja feito via intermédio da franqueadora.

Mercado de fornecedores

Se tornar fornecedor de uma rede de franquias é uma excelente oportunidade de negócios e é interessante para empresas fornecedoras de matérias prima e de serviços, é uma forma de crescer em escala, essa oportunidade é mais latente em redes ainda em seu início, onde a fornecedora irá poder aproveitar a onda de crescimento da rede.

Microfranquias

As microfranquias nada mais são do que franquias com o valor de investimento inferior à R$ 80.000,00 e vem ganhando muito espaço no Brasil, se mostrando negócios extremamente aderentes e lucrativos.

AMEAÇAS

É de extrema importância estar atento para as ameaças que o setor de franquias traz consigo e se preparar para evitar eventuais intempéries.

Escolha do ponto

fator chave e decisivo para a vida útil de qualquer franquia é a escolha do ponto, esse fator é diferencial para o sucesso da empresa, e é importante que essa decisão seja tomada em conjunto entre franqueadora e franqueado.

Escolha do franqueado

O perfil do franqueado é totalmente relacionado ao sucesso da empreitada e para isso é importante que seja realizado um processo seletivo completo e bem elaborado, que garanta um match entre o franqueado e a marca.

Erro de precificação

A precificação das taxas cobradas pela franquia podem ser fator decisivo entre o sucesso e o fracasso do negócio, uma precificação muito agressiva pode sufocar o franqueado e uma precificação equivocada pode tornar impossível o trabalho da franqueadora.

Despadronização

Um dos pontos mais importantes no que tange experiência do cliente e difusão da marca, a despadronização do negócio desde o produto até os processos internos podem acabar por limitar o faturamento da rede e dificultar a operação do franqueado.

TENDÊNCIAS

Para o ano de 2021 é projetado um crescimento no que tange faturamento, unidade de lojas e geração de empregos para o setor, segundo a ABF (associação brasileira de franquias) o segundo trimestre de 2021 saltou de 27.720 milhões de reais em 2020 para 41.140 milhões no segundo trimestre de 2021.

Além desse número animador o avanço da vacinação no país e o aumento da confiança do consumidor nas empresas tende a alavancar ainda mais esse reaquecimento e trazer boas perspectivas ao ecossistema como um todo.

Microfranquias

Uma forte tendência para o mercado de franquias como um todo é o de microfranquias, toda franquia com taxa de franquias inferior à R$ 80.000,00 se enquadra nessa classificação, atualmente o Pit stop Skol é a maior microfranquia do Brasil, porém existem outras grandes marcas como a Premiapão, Kumon e Solar prime.

Feira de Franquias

As feiras de franquias sempre foram um dos principais meios para venda de unidades e divulgação da marca, durante o período de pandemia esses eventos não vieram a ocorrer, entretanto, com o avanço da vacinação no Brasil é possível que as feiras voltem a ocorrer e sirva novamente como um bom meio de posicionamento institucional das marcas.

Modelos de Venda Digital

Usar as técnicas de marketing digital para a expansão do negócio nunca foi tão necessário, algumas marcas como a Premiapão são grandes cases de sucesso para esse tipo de posicionamento e se as estratégias forem utilizadas da maneira correta as chances de sucesso para o negócio são exponencializadas.

Repasse de Franquias

O repasse de franquias é uma forma de negociação de unidades que ocorre entre o franqueador e um comprador final, é importante que esse momento ocorra sob mediação da franqueadora.

O interessante nesse caso é que o comprador final pode adquirir os direitos de uso da marca por um valor muito abaixo do valor de mercado da franquia.

Sigilo e disclaimer

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Construção Civil

Introdução


Acesse

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORÂMA ECONÔMICO

Para o entendimento inicial da nossa análise, é necessário primeiramente entender o panorama geral da economia brasileira, e,  para isso, foram levantados 3 grandes pilares da nossa economia, o PIB, o IPCA (Inflação) e a taxa SELIC.

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama Econômico

Empregos
PIB do Setor
Indicadores Imobiliários
Análise de Intenção de Compra
Financiamento Imobiliário
Maiores Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Tendências Quantitativas
Tendências Qualitativas
Fim

PIB

  • Como o resultado do PIB de 2021 ainda não foi divulgado, para entender a economia nacional olhamos para a previsão da Dimac/Ipea, onde a última foi de diminuição do crescimento previsto que havia sido de 4,8% para 4,5%. Tal perspectiva é devida ao baixo dinamismo da nossa economia e a crise nacional instalada especialmente no segundo semestre. O órgão também reduziu o crescimento do PIB em 2022, que está no momento em 1,1%, demostrando que a crise econômica irá se intensificar, além disso o cenário político para um ano de eleição causa incertezas para a economia, causando uma maior insegurança quanto a investimentos, que juntamente com a taxa de juros crescente traz uma forte recessão para o país.

IPCA

  • Já o IPCA, índice chave para o desempenho da inflação, teve uma grande alta em 2021, a maior dos últimos anos, finalizando o ano com uma variação de 10,06% (a maior foi em 2015, onde fechou o ano em 10,67%), ficando dentro da expectativa do IPEA, que era de 10%. Para 2022 a expectativa do IPEA é que o indicador fique em torno de 4,9%, projeção que veio crescendo nos últimos lançamentos. A alta do IPCA indica uma diminuição do poder aquisitivo das famílias, provocando uma grande baixa na economia.

TAXA DE JUROS (SELIC)

  • A SELIC é um grande indicador de mercado, visto que ele é a base da taxa de juros nacional, com o aumento da SELIC, vemos uma diminuição do volume de empréstimos e uma maior insegurança enquanto a investimentos. Dessa forma, vemos que a SELIC sofreu um grande salto em 2021, começando o ano em uma mínima de 2% e finalizando em 9,25%, ocasionando com esse aumento as consequências citadas anteriormente.  As previsões para 2022 na SELIC também não são as melhores, pois a expectativa é que ela finalize o ano em 11,75%. É válido ressaltar que este número tende a crescer, tendo em vista que as previsões seguem crescendo a semanas.

Panorama econômico global e doméstico.

O comércio internacional tem mostrado forte recuperação desde abril de 2020; Sem, contudo, ter retornado aos níveis pré-Covid-19. Os preços de commodities no mercado internacional reagiram a partir de abril, depois da forte queda no primeiro trimestre do ano, mas perderam fôlego desde setembro.

O novo aumento do número de casos de Covid-19 na Europa e em vários estados dos Estados Unidos vem sendo seguido pela retomada de medidas de distanciamento social, o que tende a afetar a atividade econômica, em particular os serviços (agosto, 2021).

Repercussão midiática (Globo)

INTRODUÇÃO

Para a análise especificamente do setor de construção civil iremos utilizar os dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os dados foram minerados principalmente de publicações do IBGE e de instituições públicas como o Caged. É interessante pontuar que os dados são referentes ao terceiro trimestre de 2021, visto que foi a última publicação de dados pelo IBGE, todos os dados referentes a efeito comparativo dos demais anos anteriores foram ajustados para a mesma faixa de tempo para uma análise fidedigna.


Veja o Dashboards RMS + CAGED

EMPREGOS

Outro indicador chave para o entendimento do setor é o de empregos gerados, entendendo que ele é um forte guia do desempenho e crescimento do setor. Quando vemos o saldo de empregos do setor nos últimos anos, os dados acompanham a evolução do PIB, mostrando uma queda significativa de 2015 – 2017. O único ponto de divergência foi em 2020, onde a crise teve origem sanitária, causando uma menor queda nos empregos e também o segundo semestre de 2020 obteve uma recuperação mais significativa, deixando o saldo do ano positivo e recuperando os empregos perdidos no primeiro semestre, os dados são do CAGED.

O primeiro dado a ser analisado para o entendimento da dinâmica do setor de construção civil é o PIB do setor, dado acompanhado pelo IBGE. Com estas informações conseguimos ter uma boa perspectiva da evolução do setor frente os anos. De antemão podemos analisar que o setor é extremamente sensível a crises, com suas principais quedas nos anos de 2015 e 2016, e com uma queda significativa também em 2020.

PIB DO SETOR




Acesse o Dashboard PIB da Construção

INDICADORES IMOBILIÁRIOS

Os indicadores do setor imobiliário são excelentes indicadores para medirmos o desempenho do setor de engenharia civil, os 3 principais são: Unidade Vendidas, Unidades Lançadas e Estoque em unidades, transpassando assim por todo o cenário imobiliário nacional. Lançamentos: houve um crescimento de 24,59% em 2021 em relação a 2019. Vendas: houve um crescimento de 42,29% em 2021 em relação a 2019. Por outro lado: queda no estoque de unidades novas disponível para comercialização: -3,39% em 2021 em relação a 2019.

O impacto do aumento das vendas e diminuição do estoque é o aumento do preço dos imóveis de maneira direta, mostrando que o mercado ainda está aquecido, além disso, é válido ressaltar que o preço do imóvel também é afetado pelo preço do material de construção
.

OFERTA FINAL (ESTOQUE)
POR REGIÃO

Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

ÍNDICE NACIONAL DE CUSTO DE CONSTRUÇÃO

O INCC é um índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas que mede o valor/preço de construções habitacionais. Nos últimos 2 anos foi observado um crescimento significativo no preço das matérias primas para a elaboração de obras, indicando novamente um aumento do preço final do imóvel ou baixa na margem por parte dos empreendedores, deixando assim o ambiente de negócios mais competitivo. Em geral, houve um crescimento de 21,34% em um ano do INCC geral em um ano e maio (comparado a jul/2020), porém quando analisado o INCC somente do material de construção (sem mão de obra), o crescimento foi de 42,45%;

gbf

Principais aumentos dentro de material de construção:

1.Vergalhão de aço;

2.Elevador;

3.Tubos de ferro e aço;

4.Tubos de PVC;

5.Argamassa;

6.Massa de concreto

7.Metais p/ Instalações hidráulicas

ANÁLISE DE INTENÇÃO DE COMPRA

Uma pesquisa feita em setembro de 2021 com mais de 1.200 pessoas indica a perspectiva de intenção de compra da população frente o mercado imobiliário. A pesquisa foi feita pela BRAIN e tem uma margem de erro de 3%, assim como um nível de significância: 95%, sendo uma pesquisa relevante para a realidade do setor.

frfrf

Desses 39%:

0
% Está visitando imóveis e stand de vendas
0
% Ainda está procurando somente pela internet
0
% ainda não começou a procurar ativamente

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

Uma boa perspectiva do movimento de compra do público consumidor é a de financiamento imobiliário, com tais dados conseguimos entender a baixa da crise de 2015-2018 e o movimento de recuperação que foi interrompido pela pandemia da COVID-19 em 2020, contudo, a expectativa é de volta ao crescimento em 2021 (no qual ainda não temos os dados) e em 2022 uma nova queda devido a crise, alta da SELIC e inflação;

Variação do
volume de financiamentos
imobiliários

MAIORES PLAYERS POR RECEITA – BRASIL


BIG PICTURE

39%
De intenção de compra

1,2
Milhões de pontos de venda por todo país

Crescimento de 13,85%
no ano de 2021

PIB do setor cresce 7% porém ainda está longe do seu pico

O sudeste foi a
maior crescimento
em oferta
18,4%

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

Barreira de entrada média tendo em vista que o segmento possui uma cadeia produtiva muito extensa e que permite entradas no segmento de maneira mais simples, como empresas de aluguéis de máquinas ou de pequenas reformas.

Produtos Substitutos – Baixa

Baixo número de rotatividade dos produtos substitutos, tendo em visto que o mercado em si atende necessidades únicas (como espaços geográficos totalmente exclusivos).

Poder dos Fornecedores- Média

Poder de barganha dos fornecedores pode ser considerado como médio, tendo em vista que as ofertas são únicas e no Brasil o mercado imobiliário é aquecido.

Poder dos Compradores – Média

Médio poder dos compradores, entendendo que certos tipos de construções e moradias são específicos, como a de luxo, por exemplo. No entanto, as opções ainda são vastas e no Brasil existem os mais variados tipos de players.

Rivalidade entre players – Alta

Alta rivalidade entre os players devido ao alto número de players e a constante alta demanda pelo serviço;

OPORTUNIDADES

O mercado de construção civil, apesar de ter sido marcado por uma baixa devido aos últimos acontecimentos econômicos, consegue encontrar algumas brechas para recolocação no mercado. Algumas delas impulsionam a geração de trabalhos para a movimentação dos desempregados no Brasil, outras têm relação direta com o poder de compra dos consumidores, enquanto algumas delas são diretamente ligadas à questões governamentais.

Alta na compra de imóveis

Após 2020 e 2021 de alta de compra em imóveis, vemos que este fato passado tende a influencia positivamente o mercado, visto que as vendas de 2021 são refletidas em obras e infraestrutura que se perdura para 2022.

Investimentos públicos no ano eleitoral

Assim como o ano eleitoral pode trazer pontos negativos e ameaças para o setor também traz pontos positivos, visto que é usual de anos de eleição que os governantes façam obras de infraestrutura, aumentando o gasto e oportunidades para o setor.

Elevado Déficit Habitacional e Carência de Infraestrutura

Com a crise o Déficit Habitacional cresceu, abre portas para o investimento público e privado em moradias, está previsto que, até o ano de 2030, seja necessária a construção de mais moradias para atender à demanda do país. Com isso, existe o estímulo à atividade da área.

AMEAÇAS

Apesar das oportunidades de evolução na área de construção civil, existem, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Crise econômica

Como visto anteriormente, observamos que a crise econômica nacional pode gerar pontos negativos para o setor, visto que o poder de aquisição das famílias está reduzido devido a inflação e além disso com a Selic alta os empreendedores ficam receosos para realizar investimentos nos seus empreendimentos.

Cenário Político

Com uma grande perspectiva de polarização nas eleições de 2022, o cenário político traz grandes incertezas para o ano, afetando assim a economia e também os setores.

Alta do INCC

Com a alta dos índices de preços, a consequência para as empresas pode ser a baixa de vendas para o ano, considerando que o preço da matéria prima sobe o preço final das obras, aumentando o preço para o consumidor final.

TENDÊNCIAS

TENDÊNCIAS QUANTITATIVAS

Como principais tendências quantitativas para o ano de 2022, o mercado de Construção Civil tende a continuar crescendo, porém em um ritmo menos acelerado. Vemos que a alta dos juros (SELIC) e da inflação faz com que o crescimento seja mais tímido do que em 2021, ficando na estimativa de 2%. O crescimento se manterá devido a alta de vendas dos últimos anos do setor, considerando que esse “boom” irá se traduzir em uma manutenção do ritmo das obras, gerando renda e empregos.

PONTOS ALTOS PARA 2022

1.Alta de compra de imóveis como ativos

2.Investimentos privados em infraestrutura

3.Investimentos públicos no ano eleitoral

PONTOS BAIXOS PARA 2022

1.Alta da taxa de juros

2.Aumento da inflação

3.Alta do INCC

TENDÊNCIAS QUALITATIVAS

Observando as principais tendências qualitativas para os próximos anos, vemos que estão entre as principais, todas aquelas que envolvem o tema tecnologia, e em como esta afetará o setor. Assim, foram levantadas algumas das principais tendências para os próximos anos:

Sustentabilidade

Segundo o estudo do World Green Building Trends 2018, os fatores que motivam futuras atividades de construção sustentável contribuem diretamente com sua implantação. Os principais foram os seguintes:

  • Demandas de clientes: 34%;
  • Regulamentações ambientais: 33%;
  • Edifícios mais saudáveis: 27%;

Ainda sobre o estudo, em 2018 foi constatado que no Brasil cerca de 21% dos projetos de construção civil continham algum elemento sustentável. No entanto, foi verificado que em 2021 este número tem a expectativa de alcançar a marca dos 42%. Ainda longe da marca de países mais desenvolvidos (acima de 60%), mas, mesmo assim, um grande salto, o que só corrobora para a ideia de que o mercado de construção civil sustentável no Brasil para a próxima década promete grande expansão.

Novos meio de vendas

Através de novas tecnologias, o setor de engenharia civil está mudando o modo de agregar valor para seus clientes. Através de óculos de realidade aumentada e de impressões 3D o setor tem conseguido promover uma boa experiência para os clientes, abrindo novas portas de vendas e expandindo as possibilidades.

Impressão 3D

Mais uma tendência é a tecnologia de modelagem 3D. Building Information Modeling (BIM) é uma sigla que pode ser traduzida como Modelagem da Informação da Construção. O processo de digitalização das obras aumenta a precisão de todos os processos, reduzindo custos, melhorando cronogramas e facilitando a auditoria da qualidade. É um software que, além de tudo, traz a facilidade e praticidade de acompanhar tudo relacionado à obra em dispositivos móveis. Assim, garante, inclusive, a economia do tempo do engenheiro, Um fato chocante é que o potencial de crescimento neste sentido é muito grande. De acordo com a McKinsey & Company, o setor de construção civil é um dos menos “digitais”, ganhando neste levantamento apenas para agricultura e caça, o que deflagra uma necessidade urgente pela digitalização.

Novos materiais

O uso de novos materiais de construção é algo que veio para ficar na construção civil. Com o aumento do custo da obra e com as inovações tecnológicas presentes nos últimos anos, vemos que novas opções de material de construção foram surgindo e ganhando espaço de mercado, exemplos disso são: o uso de drywall, steel frame e light steel frame; A modularização também está começando a ser tendência, pois, a fundação necessária é bem menor do as tradicionais o que diminui consideravelmente o preço da obra; Wood frame também pode ser tendência, mas barra na plantação das arvores para corte de madeira.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Farmácia

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

O Brasil ocupa a 5ª posição no ranque dos países mais populosos do mundo. Possui atualmente cerca de 207 milhões de habitantes. Isso o torna altamente atrativo pelo potencial de consumo.

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Desempenho

Indústria no Brasil
Projeções para o Varejo
Gastos e Vendas
Crescimento do Setor
Compra Online
Hábitos de Consumo
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

A população brasileira está envelhecendo em ritmo acentuado. Durante as próximas 3 décadas cerca de 20% da população estará com mais de 65 anos de idade.

Com uma população crescente que envelhece a cada ano, contrapondo essas informações demográficas, podemos concluir que o Brasil terá um acentuado crescimento na demanda por medicamentos e serviços de saúde. Nesse patamar as indústrias farmacêuticas, distribuidoras e varejistas vão faturar alto no mercado brasileiro.

No ano de 2021 o mercado farmacêutico no Brasil chegou a movimentar cerca de R$ 88,28 bilhões, o que equivale aproximadamente a US$ 14,92 bilhões (dólares), segundo a consultoria especializada IQVIA.

Ao compararmos o resultado de 2021, observamos um resultado 14,21% de crescimento em relação ao ano de 2020. Esses números indicam que o Brasil representa 2% do mercado mundial, ficando na 8ª colocação em faturamento no rank das 20 economias globais. Nosso país se posiciona como líder na América Latina, ficando à frente de países como: México, Colômbia e Argentina.

DESEMPENHO

Segundo levantamento do IMS Institute for Healthcare Informatics, em 2010 o Brasil ocupava 10ª posição mundial no ranking que avalia o uso global de mercados, isto é, o consumo de fármacos pela população.

Em 2015, o país subiu para a 7ª posição, e já em 2020 passou a ocupar o 5º lugar no ranking global no consumo de medicamentos. Conforme revela o relatório da QuintilesIMS Institute o Brasil ocupará a 5ª posição do Ranking dos Mercados Farmacêuticos do mundo no ano de 2022.

O relatório anual da INTERFARMA (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) revelou que o mercado farmacêutico brasileiro já ultrapassou a marca de R$ 100 bilhões em 2019, chegando a R$ 102,8 bilhões, referente as vendas de todos os laboratórios presentes no país. Esse montante representa um crescimento de aproximadamente 11,4% em comparação ao ano de 2018.

No anuário da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) é apresentado as estatísticas do mercado farmacêutico no Brasil. Segundo a SCMED, o mercado farmacêutico industrial no Brasil em 2019 pode ser resumido nos seguintes números:

INDÚSTRIAS NO BRASIL

No ano de 2021, foram contabilizadas 349 indústrias de medicamentos no Brasil, sendo 118 empresas multinacionais, ou seja, 33,81%. As demais 231 (66,19%) são de capital nacional. Ao analisarmos o mercado, as indústrias de capital nacional detinham 59,27% do faturamento, sendo correspondente a 80,46% de caixas vendidas (unidades).

O fato das empresas brasileiras estarem na dianteira das vendas é explicado pelo importante crescimento nas vendas dos medicamentos genéricos, além da ampliação do parque fabril. Quando voltamos o olhar para a geração de empregos, somente em 2021 foram gerados cerca de 90 mil novos postos de trabalho direto nas indústrias farmacêuticas, de acordo com o Ministério da Economia.

Histórico de resultados da indústrias farmacêuticas no Brasil

No anuário da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) é apresentado as estatísticas do mercado farmacêutico no Brasil. Segundo a SCMED, o mercado farmacêutico industrial no Brasil em 2019 pode ser resumido nos seguintes números:

O anuário ainda conclui que o Preço Médio global praticado no período ficou na casa dos R$ 16,34. Para fins de cálculos foi utilizada a fórmula: faturamento total do setor dividido pelos totais das embalagens vendidas em 2019. Ao olharmos para dentro do país, mais especificamente na indústria do mercado e varejo farmacêutico, a SINDUSFARMA apontou em 2020 a presença de 441 empresas farmacêuticas atuando no mercado brasileiro de medicamentos.

Todas essas indústrias, juntas, possuem o faturamento de R$ 100.000,00 ao ano, de acordo com a análise da consultoria IQVIA. Dessas 441 indústrias farmacêuticas, 20%, ou seja, 89 são de origem internacional, isto é, possuem matriz no exterior. Já 80%, ou seja, 352 indústrias farmacêuticas possuem capital nacional.

O Estado de São Paulo é a região que mais concentra a indústria de medicamentos do mercado farmacêutico, sediando cerca de 45% de todas as empresas farmacêuticas.

EXPORTAÇÕES DA INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS

Ainda é tímida a presença de produtos fabricados no Brasil em outros países, isso acontece em parte, devido as alíquotas de importação de insumos e entraves relacionados às exportações. De forma resumida, o Brasil tem muito que avançar em relação a burocracia, carga tributária e modernização de tarifas.

Apesar desse cenário, existe uma expansão do mercado farmacêutico do Brasil para o exterior. Muitas empresas do país estão em processo de internacionalização, isto é, se adequando para vender para outros países.

A SINDUSFARMA apontou que a indústria farmacêutica brasileira fechou 2020 com saldo de US$ 1,07 bilhão em exportações. Ao comparar o resultado com o ano anterior, a SINDUSFARMA revelou um decréscimo de 7,20%.

Entretendo, o saldo ainda é tido como positivo para o setor, pois se analisarmos no começo das exportações, em meados dos anos 2000, as exportações foram 5 vezes menores do que em 2020.

PROJEÇÕES PARA O VAREJO

O mercado farmacêutico passou por mudanças durante o período de pandemia, isso refletiu na troca de antigos hábitos pelos consumidores brasileiros. Em relação aos medicamentos, a pandemia do Coronavírus elevou o consumo dos medicamentos sem tarja.

Os medicamentos que não precisam de receita para serem vendidos, é uma categoria muito rentável para os estabelecimentos farmacêuticos, justamente por isso está em constante investimento por parte da indústria farmacêutica, que sempre renova as opções de produtos.

De acordo com a base de dados da Close-up, os medicamentos MIP (Medicamentos Isentos de Prescrição) tem uma representatividade de 5% nos últimos meses, (entre setembro de 2020 a janeiro 2022)  com um ganho de 0,2pp ao comparar com o mesmo período do ano anterior.

 

Ainda segundo dados da Close-up, os medicamentos MIPs (também chamados de OTC) tiveram uma representatividade em Reais Descontos de 15,8% nos últimos 12 meses com crescimento de 19,5%.

Ao analisarmos as projeções é perceptível uma tendência de crescimento na representatividade dessa categoria, alcançando 18,7% no mês de janeiro de 2022.

Fica claro que o consumidor está em busca de medicamentos da categoria OTC, isto é, aqueles que não necessitam de prescrição médica para serem comprados. Apostar nesses produtos é uma ótima estratégia a ser adotada pelas farmácias e drogarias, conforme os dados analisados.

Gastos com medicamentos e volume de vendas

A QuintilesIMS Institute calculou a estimativa de gastos com medicamentos e volume de vendas para o ano de 2022. No cálculo foram considerados os grupos de Referência, Similares e Similares sem marca, MIP (Medicamentos Isentos de Prescrição Médica) e outros.

Maior demanda para medicamentos já consolidados

A INTERFARMA apontou que o perfil do consumidor no mercado farmacêutico brasileiro tende a ser, em sua maioria, um público que gasta mais com medicamentos já consolidados no varejo, com mais de 11 anos de presença no mercado. Isso indica que no mix de produtos a farmácia precisa contar com medicamentos já conhecidos pelos consumidores, isto é, aqueles são “famosos” entre as pessoas.

Diante dessas projeções, farmácias devem se posicionar claramente no mercado com o mix de produto ideal para atender os consumidores. Para se ter uma ideia, o medicamento mais vendido nas farmácias brasileiras entre os anos de 2013 e 2017 foi o Dorflex.





CRESCIMENTO DO SETOR

Segundo a entidade, grande parte do resultado foi impulsionado pela venda de produtos classificados como “não medicamentos”, por exemplo, itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumarias. Essas mercadorias movimentaram R$ 18,7 bilhões nas gôndolas e tiveram avanço de 9,16% em relação ao ano anterior. O valor representa 32% da receita total do setor.

Além disso, os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) registraram incremento anual de 17,68%, chegando pela primeira vez à casa dos R$ 10 bilhões em receita. A comercialização geral de medicamentos foi de R$ 39,4 bilhões no período. De acordo com a Abrafarma, o segmento de e-commerce e delivery ganhou relevância, com alta de 137,11% em relação ao ano anterior. A categoria totalizou R$ 1,77 bilhão em receita e ampliou a representatividade de 1% para 3% do volume de negócios.

Compra Online

Levantamento da consultoria CVA Solutions, subsidiária da norte-americana CVM, revelou em pesquisa que por conta do isolamento social e aceleração dos serviços online das drogarias, 25,9% dos entrevistados afirmaram fazer compras online. Em 2019, 21,4% afirmou o mesmo. A região que mais adere esse meio é a Grande São Paulo, onde 47,4% costuma comprar medicamento pela internet, enquanto que na região Norte do país apenas 12% a faz. Houve aumento também dos consumidores que aderem aos programas de fidelidade, sendo 34,2% em 2021, versus 31,2% em 2019.

“Isto mostra um potencial enorme de expansão para as drogarias que pretendem ampliar sua gama de clientes, oferecer comodidade e melhorar a percepção de marca”, diz Cimatti.

HÁBITOS DE CONSUMO

Dos respondentes do estudo da CVA Varejo Drogarias 2021, realizado em março com 5.340 pessoas, 70% procuram as drogarias para comprar medicamentos. E há o crescimento de dois pontos percentuais na busca de itens de higiene e beleza nos últimos dois anos, chegando a 16%. Entre os que compram medicamentos, 88% costumam comprar genéricos, sendo a Medley a marca preferida para 60% deles, seguida da NeoQuímica para 52,8% e Eurofarma para 50%.

A associação também aponta que o tíquete médio das farmácias saltou de R$ 55,07 para R$ 65,69, alta de 19,2%.

A pesquisa também demonstrou que a maioria dos shoppers preferem comprar sempre na mesma farmácia e apenas 9,5% disseram não considerar determinada loja para compra, são indiferentes quanto a isso. Um mercado que tem o índice de fidelidade de 90,5% precisa estar muito atento para não perder seu público, pois a recuperação se mostra mais difícil.

No meio de um intenso debate sobre clínicas farmacêuticas, nos quais os shoppers poderiam ser atendidos em variados serviços como vacinação, testes glicêmicos e aferição de pressão arterial, a pesquisa mostra que esse tipo de atendimento não é procurado pela maioria dos entrevistados. 96,78% dos entrevistados afirmaram não utilizar nenhum serviço de assistência farmacêutica.

Entre as poucas pessoas que buscam algum tipo de assistência na farmácia, tivemos: 1,88% para aplicação de injeção, 0,7% para controle de pressão arterial, 0,33% avaliação metabólica, 0,28% teste glicêmico e 0,05% aplicação de vacina.

Dos entrevistados, 64,95% afirmaram acreditar que as farmácias onde efetuaram suas compras possuem preços mais baixos que os concorrentes, e 24,50% apontaram a localização como fator importante para a escolha.

Nota-se que grande parte da população já aderiu a algum programa de fidelidade, cerca de 84,66%.

A associação também aponta que o ticket médio das farmácias saltou de R$ 55,07 para R$ 65,69, alta de 19,2%.

Farmácias de Manipulação

O setor magistral somou R$ 6,96 bilhões de faturamento, com margem de crescimento relativo acima da inflação do país, de 2017 para 2019, de 5,8%, enquanto a evolução do PIB do Brasil foi de apenas 2,2% no mesmo período.

Totalizou 7.939 pontos de venda em 31 de dezembro de 2019, o que representa um crescimento de 6% em dois anos, já descontados os estabelecimentos baixados ou inativados no mesmo período. Farmácias de manipulação empregam 58 mil pessoas, com aumento de 5,9% vagas em apenas dois anos e crescimento das oportunidades para profissionais jovens.

33% estão localizadas apenas no estado de São Paulo. As regiões que apresentaram as maiores variações positivas nos últimos dois anos em relação a novos empreendimentos foram o Nordeste, com taxa de 20,7%, e o Norte, que registrou crescimento de 17,9%.

Ocupação do Mercado

Mais de 70% do segmento de farmácias de manipulação é ocupado pelo sexo feminino. A predominância ocorre tanto no quadro societário, como já mostrado em edição anterior do panorama, quanto no de funcionárias, entre farmacêuticas, técnicas especializadas, atendentes e outras profissionais.

Nos anos de 2018 e 2019, o número de mulheres no quadro de funcionários cresceu 6,7%, enquanto a parcela masculina aumentou apenas 4,8%. Esses números mostram que cada vez mais as mulheres participam ativamente da composição da renda familiar e, como se sabe, muitas delas são as chefes de família.

Fontes: CFM; Cofen: BC; ANS.


ANÁLISE DOS PLAYERS

No ano de 2020 o varejo farmacêutico mostrou mais uma vez sua força, apresentando um crescimento no faturamento de 15,6%, segundo dados divulgados pela IQVIA, empresa global no uso de informação, tecnologia, análises avançadas e expertise humana. Conforme os números apresentados, o faturamento das farmácias foi de R$ 139,37 bilhões no ano de 2020. Em 2019, esse valor foi de R$120,54 bilhões.

Acompanhando o crescimento do mercado, grande parte das principais empresas do segmento farmacêutico também obtiveram crescimento em faturamento. Diante disso, o objetivo deste conteúdo é apresentar as 5 maiores empresas desse segmento, de acordo com o Ranking IBEVAR 2020 (que ordena as companhias pelo faturamento, representando a receita líquida), e contar a história de cada uma delas.

Raia Drogasil

A Raia Drogasil surgiu em novembro de 2011, a partir da fusão entre a Droga Raia, fundada em 1905, e a Drogasil, fundada em 1935. A companhia está presente no mercado farmacêutico através da diversificação dos seus ativos em RD Farmácias, RD Serviços e RD Marcas.

Hoje em dia a companhia possui mais de 1.800 lojas em 22 Estados, que juntos representam 97% do mercado farmacêutico brasileiro, e mais de 36 mil funcionários.

Farmácias Pague Menos

Em 1981, a Farmácia Pague Menos foi fundada no bairro fortalezense de Carlito Pamplona. Em 1985, adotou de forma pioneira no Brasil o conceito de drugstore, passando a comercializar, em adição aos medicamentos, produtos de higiene, beleza e conveniência em um modelo de auto serviço.

Em 2020, a empresa abriu capital na Bolsa de Valores de São Paulo com suas ações cotadas a R$ 8,50 no IPO, bem abaixo do esperado, mesmo assim, conseguiu captar cerca de R$ 746,9 milhões de reais.

Drogaria DPSP

A Drogaria São Paulo foi fundada por Thomaz de Carvalho, em 1943, com sua primeira unidade na rua José Bonifácio, em São Paulo. Na época de sua fundação, as drogarias trabalham com venda por atacado e as farmácias por varejo, realizando também manipulação de receituários.

Em agosto de 2011, a Drogarias Pacheco e a Drogaria São Paulo realizaram um acordo de fusão de suas operações, criando a segunda maior rede varejista de produtos farmacêuticos do Brasil, o Grupo DPSP, formado por 691 filiais e R$ 4,4 bilhões em faturamento. Em 2013, dois anos após a fusão, o crescimento do grupo formado pela Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo foi de 13%.

Panvel

A Panvel nasceu em 1973, quando houve a fusão de duas das maiores redes de farmácia do Rio Grande do Sul: a Panitz e a Velgos. Por esse motivo a companhia levou o nome de Panvel, representando a união dos nomes das empresas que foram fundidas.

Hoje em dia, com um forte projeto de expansão e crescimento constante, a rede possui mais de 4 mil colaboradores e mais de 400 lojas distribuídas por diversas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Clamed

Em 1919 surgia a Drogaria Catarinense, como a primeira iniciativa de um grupo de empresas que se projetariam para o século 21. Logo, a farmácia se tornaria uma poderosa rede. Recentemente, em 2006, um novo e decisivo passo foi dado com a mudança da razão social para Cia. Latino Americana de Medicamentos.

Com sede em Joinville, a Clamed é um grande guarda-chuva, sob o qual estão abrigadas marcas de sucesso, como a Drogaria Catarinense, Farmácia Preço Popular, Drogaria Catarinense de Manipulação, Profórumula e a drogaria online  Farmagora, consolidadas no mercado farmacêutico do Sul do Brasil.

Big Picture

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

O mercado Farmacêutico é bastante fechado visto que um alto capital inicial é necessário para adentrar no setor. Além disso, é um segmento com players gigantes.

Produtos Substitutos – Alta

Produtos novos podem surgir a qualquer momento e impactar seriamente no produto que está no mercado.

Poder dos Fornecedores – Média

Os fornecedores podem elevar os preços ou diminuir a qualidade das mercadorias e serviços adquiridos, a fim de exercerem o poder de barganha.

Poder dos Compradores – Alta

O cliente é a fonte de sobrevivência das empresas. Assim como os fornecedores podem exercer um poder sobre o setor por completo.

Rivalidade entre players – Alta

Forte busca pela diferenciação, eficiência e preço para conter clientes; Visto que hoje em dia, a quantidade de farmácias existentes é exorbitante.

OPORTUNIDADES

O mercado Farmacêutico, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Experiência do cliente

O bom atendimento realmente influencia a experiência de compra do cliente na farmácia. Muitos atendentes ainda não perceberam a diferença que atender bem pode fazer para o consumidor. Porém, todo empresário do ramo farmacêutico precisa estar atento sobre como a equipe da loja está se relacionando com os clientes.

Logística otimizada

É necessário ter uma boa gestão de estoque, para não vender um produto no marketplace e ao mesmo tempo faltar na loja física, por exemplo. Então esse processo de integração e comunicação precisa estar muito bem afinado”, explicou o CCO.

Testes Rápidos em Farmácias

Foi visto o crescimento desta modalidade, mas se fala de uma solução que vai muito além do Covid-19, existem testes para doenças crônicas, sexualmente transmissíveis, preveníveis, entre outras. É importante pensar em uma oportunidade que compõe o mix de serviços farmacêuticos, sendo talvez a grande vertente do momento e o que pode trazer maior rentabilidade, funcionando com uma âncora maior do serviço farmacêutico

Implementação de farmácia clínica

A implementação de projetos desse tipo, é um momento único que permitirá às farmácias consolidarem-se como hub de saúde e de mudar ainda mais a experiência que proporcionam para os shoppers. Atualmente são mais de cinco mil consultórios farmacêuticos no país e as grandes redes são as percursoras.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Forte concorrência

Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se torna cada vez mais forte e tende a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players. Havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.

Flutuação cambial

A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores financeiros das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representou altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. A parte de importação acaba sofrendo bastante com essa flutuação.

Negociação de preços e descontos

Diante da concorrência de mercado, principalmente entre as grandes redes, as farmácias menores precisam encontrar alternativas para não perder clientes. Além da negociação de preços, estão formas de pagamentos e descontos em diversos produtos.

Competitividade

Apesar dessa prática de pesquisa e pechincha estar se popularizando, pesquisas feitas pela rede de farmácias apontam que o primeiro critério na hora do cliente escolher em qual farmácia comprar é a localização, seguida do atendimento e depois do preço.

TENDÊNCIAS

As projeções de desempenho do mercado farmacêutico no Brasil neste e no próximo ano são boas, segundo os dados apresentados no Fórum Expectativas 2023, realizado pelo. As empresas do setor preveem que a situação econômica vai melhorar no próximo ano: 57% estão otimistas sobre a recuperação dos empregos e o crescimento da economia no país.

Os cálculos da IQVIA indicam um crescimento do mercado farmacêutico geral (varejo e canal institucional) de 12,5% este ano e 10,5% no próximo, em valores. A pandemia da covid-19 trouxe uma busca maior por saúde, com foco na prevenção. Esse cenário  vem contribuindo para que a expansão do setor de Farmácias seja uma realidade.

Prescrição eletrônica na farmácia

A prescrição digital de medicamentos tem suas vantagens em relação ao método “analógico” de receitar medicamentos. Isso porque os pedidos em papéis costumam gerar problemas, principalmente, pela escrita ilegível.

Sendo assim, a prescrição eletrônica é uma tendência quando pensamos no futuro do setor. E, como isso já vem sendo disseminado, é natural que a prática se fortaleça ainda mais em 2022.

Entre as vantagens da prescrição eletrônica também estão: redução de receitas falsas e a  integração com sistemas de interações medicamentosas e contraindicações, por exemplo. 

Serviços farmacêuticos

A farmácia de hoje é bem diferente da farmácia de anos atrás. E, a tendência é que ela siga mudando, ampliando seu portfólio de produtos e, também, de serviços.

Isso porque além de ser um local para compra de medicamentos e produtos de beleza e conveniência, a tendência é que as farmácias passem a oferecer serviços.

Elas podem disponibilizar, por exemplo, exames para colesterol e diabetes, além de vacinas. Também podem entrar na relação de serviços programas de saúde como os relativos à perda de peso, parar de fumar  e qualidade de vida. Isso, sem dizer do aconselhamento breve com farmacêuticos.

Inteligência artificial e nuvem

Para aumentar a eficiência operacional e fornecer insights científicos e de negócios em P&D, fabricação e operações comerciais, as empresas farmacêuticas estão usando cada vez mais a tecnologia de nuvem.

Os dados consolidados e padronizados reduzem as complexidades e ineficiências enquanto aumentam o ritmo de possível inovação. Além disso, quando a I.A. é usada para analisar e obter insights desses dados, a P&D é acelerada , os ensaios clínicos são otimizados e os pacientes alcançam os resultados esperados.

Intervenções não Farmacológicas

Juntamente com tecnologias de imagem mais precisas e precisas, as intervenções de precisão que utilizam robótica, nanotecnologia ou engenharia de tecidos podem fornecer alternativas à intervenção farmacêutica.

Terapias Curativas

Os tratamentos que curam doenças podem reduzir ou eliminar a demanda por alguns medicamentos prescritos. O desenvolvimento, o marketing e os preços de tratamentos curativos podem exigir que as empresas biofarmacêuticas adotem novos recursos.

Tratamentos Personalizados

A personalização na medicina – impulsionada por insights baseados em dados – poderia combinar os pacientes com medicamentos personalizados ou criar terapias que funcionariam para apenas algumas pessoas, ou mesmo uma pessoa. As empresas Biopharma estão trabalhando cada vez mais em programas personalizados de gerenciamento de doenças.

HIGHLIGHTS

“O mercado farmacêutico já é bem estabelecido no país e tem um bom grau de maturidade e definição, o que o torna mais estável, e com a pandemia da covid-19, o interesse geral pelo setor cresceu, o que traz uma possível expansão do mercado pelo maior interesse da população em cuidar melhor da saúde, além de que a tendência do Brasil é o envelhecimento da população, o que promove ainda mais a necessidade de remédios.

Um contraponto a tudo isso, é a alta rivalidade entre os players, que a cada dia acentuam ainda mais a concorrência e competitividade no mercado, onde há pouca possibilidade de diferenciação.

Neste prisma, cabe analisar que, é um mercado em expansão e estável, com tendências bem definidas, logo, um investimento cuidadosamente planejado, com estratégias para superar as adversidades do mercado pode se mostrar recompensador.

Robson Duarte – Product Analyst I

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RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
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Estética

Introdução

Compreender o cenário Brasil referente ao setor de Estética em 2021, passando pelos seguintes pontos: análise macroeconômica, análises internas do setor e tendências.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

O mercado de estética e bem-estar é um dos setores de maior destaque e potencial no país. Isso porque, apesar de uma década marcada pelo baixo crescimento econômico geral, de 2014 a 2019, ainda antes da pandemia de COVID-19 o mercado de estética cresceu 567% no Brasil.

Nesses 5 anos, o número de profissionais da área aumentou de 72 mil para mais de 480 mil. O Brasil, atualmente, é o 4º no ranking mundial em consumo de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC).

Cerca de 66% dos consumidores acha que cuidar da beleza não é um luxo, mas uma necessidade. E para quase a metade dos entrevistados (49,4%), gastar dinheiro para melhorar a aparência física é um investimento que vale a pena, porque dá a sensação de felicidade e satisfação 

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Visão Geral

Desempenho
Pandemia
Fatos Relevantes
Influência de Indicadores
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Software
Automação

Alguns fatores contribuíram para isso, a popularização de procedimentos estéticos e produtos de beleza, acompanhada por um avanço na tecnologia recente que permitiu baratear os custos envolvendo esse tratamento, além de uma maior parcela de profissionais qualificados foi um fator determinante.

Para Luciano Chaves, presidente da SBCP, o aumento pela procura de procedimentos não cirúrgicos – em 2014, representavam apenas 17,4% da fatia de procedimentos estéticos realizados pelos cirurgiões plásticos e em 2016 passou a ocupar 47,5% da agenda de especialistas – pode ser associada aos seguintes fatores: pessoas mais jovens, que não procuravam cirurgias, estão procurando procedimentos menos invasivos e preventivos; redução dos custos desses procedimentos e maior qualificação e disponibilidade de especialistas que os realizam.

Outro fator importante é a constante ampliação do mercado masculino, até 2018 o Brasil ocupava o segundo lugar mundial de homens que compram produtos para fins estéticos, de acordo com a Euromonitor International, atrás somente dos Estados Unidos. O público masculino representa também 30% dos pacientes em clínicas estéticas, segundo levantamento da Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC Spas), sendo que as compras com itens de cuidados pessoais para este grupo aumentou 35%.

O que eles querem?

De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), já é possível traçar um perfil do que é mais procurado pelos homens quando o assunto é tratamento estético: além de terem como principal preocupação o rejuvenescimento e o cuidado com o corpo, optando por tratamentos de redução de medidas, eles também buscam serviços mais especializados.  A radiofrequência, a limpeza de pele e aplicações a laser são, por exemplo, os tratamentos mais procurados.

Outra busca significativa são as depilações. Tanto a laser quanto a cera, os homens representam uma parcela significativa do tratamento nas clínicas de estética do país. Normalmente influenciado por mulheres, as depilações masculinas estão indo além do peito e das pernas, o que é considerado comum, e hoje já focam em áreas como as axilas, virilha e até mesmo o rosto, principalmente para desenhar e definir a barba e sobrancelha.

 

A distribuição de CNAEs semelhantes (Centros de estética, salões de beleza, clínicas de procedimentos estéticos não cirúrgicos etc.) ao redor do país ainda é bem desigual.

Influência de Indicadores Econômicos

O cenário atual com a crise devido à pandemia alterou de forma brutal o setor, por se tratar de serviços não essenciais, principalmente presenciais e com alto risco de contágio, as consequências foram latentes. Segundo uma pesquisa do SEBRAE Nove de cada dez micro e pequenas empresas que prestam serviço para beleza, como salões, barbearias, ateliês e estúdios de maquiagem, afirmam ter perdido faturamento por causa das medidas de isolamento social.

A perda média do faturamento foi de 57%. Conforme a mesma pesquisa, 62% das micro e pequenas empresas do segmento de beleza descrevem que interromperam o funcionamento temporariamente e 5% encerraram em definitivo. Apesar do impacto na ampla maioria dos estabelecimentos, apenas 4% assinala ter feito demissões, isso porque o recrutamento da mão de obra no segmento não implica em vínculo empregatício — é feito principalmente por meio de contrato de parceria, conforme previsto na Lei 13.352/2016.

Fonte: SEBRAE

DESEMPENHO

Com o melhor desempenho desde 2014, quando se iniciou a crise econômica no país, as vendas no Brasil de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) fecharam 2020 com um crescimento superior a 40%, alcançando R$168,07. Em relação aos R$ 116,8 bilhões apurados no ano anterior. Os dados são da Euromonitor International. Já de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o setor cresceu 4,2%, atingindo um faturamento ex-factory de R$ 55,7 bilhões.

Os maiores crescimentos em vendas foram registrados pelos segmentos de produtos premium de beleza e higiene pessoal (12%), seguidos pelos dermocosméticos e produtos de prestígio de higiene e beleza. Vale ressaltar a diferença entre os produtos de prestígio e premium. Para a Euromonitor, os produtos de prestígio excluem os de massa e os dermocosméticos e os classificados como premium excluem apenas os de massa.

PANDEMIA

Procedimentos estéticos não pararam com a presença da COVID-19. A verdade é que existe um movimento mundial de crescimento da procura por esse tipo de intervenção. Procedimentos estéticos, historicamente, são mais realizada durante os períodos de férias. É quando sempre vemos o maior aumento nos procedimentos, porque as pessoas não estão indo para o trabalho e faculdade, tendo mais tempo para recuperação.

“Embora a pandemia dificilmente se qualifique como férias, ao exigir trabalho de casa, sem querer garantiu um período glorioso para a recuperação sem precisar de afastamento e sem que as pessoas saibam do procedimento”, aponta Paolo Rubez, membro da sociedade brasileira de cirurgia plástica.

Em meio a todo o estresse e ansiedade, muitos pacientes relatam crises com as próprias aparências físicas. Além disso, muitos foram forçados a passar horas em videoconferências com iluminação ruim, ângulos infelizes e recortes estranhos, expondo características que nunca notaram antes. Durante a quarentena também aumentou a busca pelo autocuidado e agora as pessoas estão “alocando recursos e tempo para cuidar de si mesmas e priorizando coisas que podem ter deixado de lado até então”, diz o médico.

FATOS RELEVANTES

O Brasil também se destaca em lançamentos, como o terceiro maior em produtos lançados no mercado global, depois de Estados Unidos e China. As criações brasileiras são exportadas para 174 países, segundo o Ministério da Economia e a Secretaria de Comércio Exterior, sendo a Argentina responsável por quase um quarto (24,8%) do valor exportado em 2020.

Outra mudança importante com relação aos produtos de beleza, de acordo com o portalcosmeticos.br, é uma mudança do consumo de resultado imediato para o longo prazo. Bem-estar, saúde e qualidade de vida ganharam maior prioridade diante da aparência externa.

De acordo com dados da ABIHPEC, o setor teve taxa de crescimento anual de 8,2% nos últimos 10 anos, movimentando cerca de R$ 100 bilhões por ano. Desde 2013, o crescimento de profissionais da área foi de 567% no Brasil, passando de 72.000 para mais de 480.000 profissionais.

Cerca de 7 mil salões formais são abertos por mês no Brasil. Se contabilizarmos os informais, esse valor é ainda maior. Assim, o crescimento do setor é muito superior ao do PIB e não se projeta saturação deste mercado no curto prazo. Independente da época do ano, a procura por serviços de beleza sempre acontece, fazendo com que o mercado não seja sazonal, o que justifica seu desempenho promissor. Outro fato que contribui para isso é que a mulher brasileira gasta anualmente 11 vezes mais com beleza do que mulheres inglesas.

INFLUÊNCIA DE INDICADORES ECONÔMICOS

O ambiente competitivo do mercado de salões de beleza no Brasil é um grande desafio. Isso porque são poucas as barreiras de entrada e saída, as oportunidades para economia de escala são mínimas, existem flutuações erráticas das vendas e desvantagens ao negociar com compradores ou fornecedores, há fácil substituição dos produtos e serviços e dificuldades na fidelização de clientes.

Um outro problema do mercado de salões de beleza no Brasil é a grande variação de valores praticados em diferentes estabelecimentos, o que dificulta que clientes façam comparações. Um levantamento da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, apontou que os preços de serviços de beleza podem variar até 92%. É difícil manter padrões nos preços, devido à variação de custos de cada estabelecimento, porém tal instabilidade faz com que muitos clientes deixem, por vezes, de frequentar tais locais, ou reduzam a frequência. 16,7% dos consumidores deixam de realizar serviços de beleza para poupar o bolso, conforme dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Outros problemas são relativos a carências estruturais, por exemplo:

  • Indefinição de normatização legal das relações jurídicas de natureza civil, tributária, trabalhista, de exercício profissional e comercial da atividade;
  • Carência de formação dos empreendedores em relação à gestão e escassez de profissionais qualificados;

Desconhecimento de normas técnicas, sanitárias e ambientais de funcionamento resultando em precariedade;
Elevado grau de informalidade e de mortalidade de negócios.

BIG PICTURE

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

Média barreira de entrada. Alguns procedimentos exigem um know-how maior do que os outros. Na mesma forma, o custo dos serviços irá depender dos serviços oferecidos.

Produtos Substitutos – Média

Praticamente nenhuma empresa do setor é insubstituível. Há marcas premium que, de fato, podem não possuir comparação quanto a excelência, mas isso representa a minoria das empresas do setor.

Poder dos Fornecedores – Baixa

Baixo poder de barganha devido à alta variedade. No entanto, quanto maior a especificidade e diferença no serviço, maior o poder de barganha dos fornecedores.

Poder dos Compradores – Alta

Alto poder de barganha dos compradores, tendo em vista a variedade de opções, o que faz com que muitas vezes a variável preço seja a mais importante no momento da decisão.

Rivalidade entre players – Alta

Esse mercado apresenta uma rivalidade extremamente elevada, tanto pela facilidade em trocar de canal de compras, quanto pelas estratégias de tráfego utilizadas pelos players.

OPORTUNIDADES

No setor de estética, é possível considerar diversos pontos que trazem uma diferenciação cada vez maior nas empresas do ramo de estética. Assim, ao identificar as baixas barreiras de entrada de novos players, é importante estar atento aos fatores que podem gerar certa diferenciação entre a concorrência.

Otimizações de Espaço e Estrutura

Através da otimização do espaço de salões de beleza e centros de estética, é possível atrair um maior número de clientes fiéis e conquistar também pessoas que frequentariam o espaço pela alocação dos demais serviços. Dentre eles, podem ser considerados: lojas, restaurantes e centros de bronzeamento.

Público Masculino

O público masculino representa uma parte do setor de estética que tem se mostrado muito relevante nos últimos meses. O crescimento dos produtos e serviços voltados para homens mostrou que é um investimento promissor, gerando cada vez mais lucros para quem os oferece.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversos fatores que prometem um crescimento e diferenciação de mercado, os empreendedores voltados ao setor de estética precisam ter uma atenção especial a fatores que podem vir a dificultar o serviço prestado e o crescimento das suas empresas.

Serviços que Exigem Know-How

Considerando que uma das principais formas de ter um destaque maior dentre os concorrentes é oferecer serviços que estejam fora da cartela das demais empresas, esse é um fator que pode gerar uma migração dos clientes de locais que não possuem essa grande diferenciação. Sendo assim, empreendimentos do setor perderiam clientes para outras empresas com maior expertise.

Instabilidade Econômica

Esse é um fator que vem mudando a realidade de empresas dos mais diversos ramos. Isso se dá pelo fato de os consumidores mudarem as suas prioridades de compra, uma vez que o cenário econômico se encontra desfavorável. Além disso, é um fator preocupante também no sentido de manutenção do espaço.

TENDÊNCIAS

O crescimento da estética no Brasil mostra que é possível vencer e crescer mesmo na crise. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2060 a população maior de 65 anos será de 25,5%. Levando uma vida saudável, o consumo de produtos e procedimentos estéticos também aumentará para poder atender o envelhecimento da população.

 Antes de 2020, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), em matéria do Terra, o mercado de estética cresceu 567% no Brasil. Passou de 72 mil para mais de 480 mil profissionais  o que atesta a grande procura das pessoas por serviços de beleza e bem-estar.

Com a crescente cobrança social para com as empresas, por um posicionamento sustentável, estabelecimentos que fazem serviços voltados para estética e beleza estão cada vez mais optando por usar produtos de origem natural e que não realizem testes em animais durante o processo de produção. As marcas chamadas de Indie Brands estão ganhando mercado e dividindo as prateleiras com produtos de marcas tradicionais.

Cerca de 90% dessas empresas foram fundadas entre 2015 e 2019, o público-alvo da maioria delas tem entre 19 a 40 anos e busca consumo mais saudável, sustentável e ético. Por isso, os ingredientes naturais imperam: 86% possuem um portfólio totalmente vegano, 74%  totalmente natural e 23% apenas produtos orgânicos. Outra característica que chama a atenção é o alto índice de terceirização, que chega a 72% da produção. No que se refere aos canais de vendas, as lojas físicas também dominam, com 72%.

Software de Simulação 

Os softwares de simulação têm crescido no mercado. Eles têm como objetivo principal reproduzir os possíveis resultados de procedimentos estéticos e cirúrgicos por meio de simulações, que podem ser feitas a partir de fotos do paciente ou de ilustrações que imitam o corpo humano. Com apenas alguns cliques, o profissional conseguirá demonstrar como o paciente ficará com o nariz mais fino ou os lábios mais grossos, e ainda terá o auxílio de editores integrados em questões de métrica e simetria.

Automação dos Processos Estéticos

Ao automatizar os processos da clínica, todas as suas informações ficam reunidas em um único sistema, que oferece a facilidade de acessar anamneses, evoluções em laudos, diagnósticos etc., além de ter tudo isso salvo com segurança na nuvem. Falando especificamente dos procedimentos estéticos, alguns desses processos podem ser mais precisos com a ajuda da tecnologia. Usando um software de gestão, é possível ter o controle de todos os procedimentos que o paciente já fez, com informações de datas, horários e profissionais participantes, além de configurar lembretes para quando uma manutenção for necessária. Dessa forma, tanto a clínica quanto o paciente se beneficiam, o que, por consequência, gera melhorias na visão que os pacientes têm do consultório.

A prática traz para o vendedor do produto, seja ele uma pessoa física ou uma empresa, uma maior previsibilidade de receita, além de uma diminuição na sazonalidade do mercado.

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