A relação território/cervejarias demonstra a proximidade que a população tem em relação aos locais de produção, neste ponto o Rio de Janeiro tem a maior concentração de cervejaria, com uma a cada 561 km².
Destacam-se também os estados de Santa Catarina e o Distrito Federal.
A cerveja continua sendo o produto mais registrado no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) alcançando o número de 9.950 registros, bem a frente do segundo lugar, polpa de fruta, com 2.535, e dos demais.
A cerveja, em 2017, alcançou a marca de 5 mil novos registros, em 2018 o número chegou perto de 6.700 e a quase 10 mil em 2019.
Avaliando os ambientes interno e externo, conclui-se que a entrada no mercado cervejeiro, desde que planejada, há mais oportunidades e pontos fortes, do que barreiras e dificuldades. O mercado é promissor, a busca pelo produto vem crescendo gradativamente, a valorização do processo artesanal tem chamado a atenção dos apreciadores da bebida, justamente pela possibilidade de especificação do seu sabor.
Já como pontos negativos, existe a possibilidade do consumidor optar por um produto substituto, por não poder pagar pela bebida artesanal que apresenta um valor mais elevado do que as tradicionais, por exemplo. Além da concorrência acirrada, por ser um produto fácil de produzir, há uma grande diversidade de sabores especiais e novas descobertas a cada dia. Mesmo assim, a qualidade do produto oferecido é a maior estratégia.
O Estado de São Paulo tem alto potencial de crescimento de produção, porém ainda se faz necessário elevar o consumo da bebida por habitante, e uma das apostas feitas para que isso ocorra, é a expansão do mercado da cerveja artesanal.
De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:
Distribuição do número de cervejarias por município:
Número de cervejarias por ano:
Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.
Número de cervejarias por estado:
Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.
Número de cervejarias por estado:
Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.
Registro de produto para cerveja por ano:
Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.
Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.
Ano de fundação da sua cervejaria
Fontes: CerveBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.
Big Picture
1.209
cervejarias
com fábricas próprias.
1,2
Milhões de pontos de venda por todo país
1,6%
Do PIB nacional.
99%
Dos lares são atendidos pela indústria cervejeira
14,1
Bilhões de litros no ano.
R$107
Bilhões de faturamento ao ano (base de 2017)
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Alta
Apesar de ser um segmento com players grandes, o mercado de cerveja não é fechado devido ao custo inicial ser acessível, tendo um grande potencial de entrantes.
Produtos Substitutos – Alta
Produtos novos podem surgir a qualquer momento e impactar seriamente no produto que está no mercado.
Poder dos Fornecedores- Média
Tendo em vista a grande quantidade de players similares e a alta capacidade de diferenciação entre os produtos.
Poder dos Compradores – Alta
Devido à variedade de opções, fazendo com que, muitas vezes, a variável preço seja mais importante.
Rivalidade entre players – Alta
Considerando a grande quantidade de estabelecimentos e a constante busca pela diferenciação, podemos considerar que há grande rivalidade entre os players.
OPORTUNIDADES
O mercado de Cervejas Artesanais, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.
Marca atrelada à cidade da produção
Por ser um setor em crescimento durante os últimos anos porém com pequena taxa de exportação para outas unidades federativas, as cervejas artesanais tende a ser mais consumidas e atreladas seu local de origem.
Estrutura pequena, montada para expansão
Os estabelecimentos de cervejarias artesanais se iniciam com estrutura pequena por serem, usualmente, empresas familiares, com instalações mais simples e volumes reduzidos.
Produção sob encomenda
Com as cervejarias artesanais, há a possibilidade de produção sob encomenda para seus clientes como, por exemplo, com seu nome próprio, rótulo único e sabor exclusivo, agregando valor para o consumidor no ato da compra.
Produção nichada
Pelo fato de as cervejas artesanais serem produzidas com menor volume comparado às cervejas industriais, torna-se mais fácil a produção para um nicho específico da população, à exemplo de cervejas com baixo teor de gordura, de álcool e também, de produção com novas técnicas de aplicação de lúpulo.
AMEAÇAS
Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.
Novos entrantes
Como mostrando nas 5 forças de Porter, existe um alto potencial de entrantes no setor de cervejas artesanais, uma vez que o preço de entrada é acessível. Assim, aumenta-se a quantidade de players e, consequentemente, a concorrência.
Concorrência regional e nacional
Relacionado com o tópico descrito acima, a concorrência regional e nacional de cervejarias artesanais pode ser considerada uma ameaça devido à quantidade de estabelecimentos dentro do setor.
Tributação alta
Na produção de cervejas, os insumos, normalmente, são provindos de outros países, à exemplo de Estados Unidos e Europa. Os impostos cobrados chegam até 60% do preço da garrafa que é vendida para o consumidor.
As cervejas artesanais custam, em média, 3 vezes mais cara do que as industriais, mas, por serem fábricas de bebidas alcóolicas, as cervejarias artesanais são consideradas macro cervejarias pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, por isso, pagam os mesmos tributos de cervejarias industriais, mesmo produzindo em menor volume.
TENDÊNCIAS
Queda no consumo, sem paralisá-lo
Em pesquisa feita pelo aplicativo Annie com usuários do sistema Android, 71% das pessoas responderam que sua renda foi ou será impactada pela crise do coronavírus. A diminuição dos recursos entre os consumidores é um óbvio motivador para a queda de consumo.
Consumo mais engajado
Para muitos consumidores, a preferência por comprar de empresas que possuem atuação social, com ações de solidariedade e sustentabilidade, não é algo novo. Mas o número de pessoas que aderiram a marcas com esse engajamento cresceu exponencialmente durante a pandemia.
Uso da tecnologia para compras e consumo
Tecnologia para comprar produtos e serviços online não é novidade. Mas nunca houve antes uma demanda tão grande do consumidor por encontrar aquilo que precisa de maneira digital. Delivery – O sistema de entrega em domicílio chegou para ficar. De olho na qualidade desse serviço, as cervejarias passaram a dar mais atenção às questões de distribuição, transporte e armazenamento dos produtos, de forma que o produto chegue ao consumidor o mais fresco possível.
Mudança na definição de itens essenciais
Unindo as três tendências anteriores, surge uma quarta. O fato do consumidor ter menos dinheiro disponível, sofrer o impacto dos problemas sociais e precisar da tecnologia para pesquisar e comprar faz, assim, com que ele escolha muito bem quais produtos e serviços devem ser consumidos. Os itens essenciais se tornam o foco, muitas vezes, único.
Novos sabores
O mercado de cervejas tem buscado cada vez mais a utilização de novas matérias-primas, tecnologias e insumos, com o objetivo de trazer novos sabores e aromas à bebida. O Brasil está em posição de destaque como fornecedor de matéria-prima, pela grande variedade de frutas disponíveis no país, e também pelos tipos de madeira utilizados no envelhecimento das bebidas.
Novos microrganismos
A indústria cervejeira tem investido em novidades na produção. Bactérias e leveduras, antes tratadas como contaminantes, hoje fazem parte do processo de fabricação. Novos microrganismos têm sido testados, criando percepções sensoriais da bebida, que durante muito tempo primou pela tradição em sua fabricação.
As azedinhas vieram para ficar
Muitos especialistas estão cantando essa bola ano a ano. Mas foi em 2020 que as cervejas ácidas realmente despontaram na avaliação. Grande parte das cervejarias têm pelo menos uma opção de cervejas Sours. Na verdade, trata-se de uma grande categoria que engloba vários estilos com acidez elevada! Muitos deles são leves, refrescantes, adicionados de frutas e ideais para o calorão do verão brasileiro. Novidades nessa área são a Imperial ou Double Sours, feitas para ter maior teor alcoólico, e o crescimento das Sours mais complexas.
Saúde é o que interessa
Há alguns anos que o mercado global de cervejas vem enfrentando uma perda de volume. Em parte, por conta de uma preocupação crescente das pessoas com a saúde. O crescimento das cervejas sem álcool e sem glúten, por exemplo, são uma tentativa do mercado recuperar esse público. O sucesso estrondoso da Heineken 0.0% no Brasil deve trazer à tona em breve novas cervejas artesanais sem álcool.
Mercado fitness e nutrição
Cresce a produção de cervejas low carb e sem álcool, para atender a clientes mais conscientes de que o consumo da bebida pode estar atrelado ao conceito de uma vida saudável.
Automatização
O emprego de novos sistemas de produção e de níveis automatizados dos processos de fabricação garante a padronização da bebida, além de minimizar o risco de problemas que possam colocar em xeque a qualidade da cerveja e a saúde do consumidor.
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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
Em 2020 o PIB do Brasil foi de R$ 7,4 trilhões, uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior. Apesar dessa queda, o PIB da Pecuária no mesmo período aumentou sua representatividade no PIB total, passando de 8,4% para 10%, evidenciando a força do setor na economia brasileira.
Evolução da participação do PIB do agronegócio da pecuária de corte sobre o PIB total do Brasil – 10 anos
O movimento do agronegócio da pecuária de corte em 2020 foi de R$ 747,05 bilhões, 20,8% acima dos R$ 618,50 bilhões registrados em 2019. Esse volume inclui todos os negócios e movimentações relacionados à cadeia, incluindo desde valores dos insumos utilizados na pecuária, passando por investimentos em genética, sanidade animal, nutrição, exportações e vendas no mercado interno.
Parte desse crescimento se deve ao faturamento total na pecuária, da ordem de R$ 178,24 bilhões no ano passado, um aumento de 40,3% em relação aos R$ 127 bilhões registrados em 2019. A produção de insumos e de serviços ligados à produção pecuária, que registrou ganhos de R$ 60,44 bilhões, um recuo de 18,7% em relação aos R$ 74,31 bilhões registrados em 2019.
O PIB da Pecuária de Corte cresceu 20,8% em 2020, somando R$ 747,05 bilhões
Nesse mesmo período, a área de pastagens utilizada cresceu 0,2%, passando de 164,9 milhões de hectares para 165,2 milhões de hectares, com uma produtividade média de 4,2 @/ha/ano ou 65,5 kg de carcaça/ha/ano.
Com um rebanho de 187,55 milhões de cabeças, a pecuária brasileira registrou em 2020 um abate de 41,5 milhões de cabeças, queda de 4,2% em relação as 43,3 milhões de cabeças abatidas em 2019. Nesse mesmo período, o Brasil registrou um aumento de 8% nas exportações de carne bovina, que passaram de 2,49 milhões TEC em 2019 para 2,69 milhões TEC em 2020. Do total de carne produzida, 73,93% ou 7,63 milhões TEC tiveram como destino o mercado interno, enquanto 26,07% foram destinadas às exportações, o equivalente a 2,69 milhões TEC. Do total exportado, houve um aumento de 9,8% no volume de carne in natura, que passou de 2,04 milhão TEC em 2018 para 2,24 milhões TEC. Esse aumento ocorreu devido não somente ao número de países de destino, que passou de 154 para 157 países, mas também ao aumento do volume de carne destinada a mercados já consolidados, como a China, cujo volume exportado aumentou 127% entre 2019 e 2020.
Localização dos frigoríficos de bovinos com serviço de Inspeção Federal (SIF) ativos em 2020
Rebanho bovino do Brasil – milhões de cabeças
PRODUÇÃO
Dentre os principais estados produtores de carne, o Paraná vem ganhando destaque nacional no ano de 2021. O estado produziu 1,5 milhão de toneladas de carne no primeiro trimestre de 2021, quase um quarto das 6,5 milhões de toneladas produzidas nos primeiros três meses em todo o Brasil. Entre janeiro e março, foram abatidas 521,6 milhões de cabeças de bovinos, suínos e aves no Estado, 12,2 milhões de animais a mais que no mesmo período do no passado, mostram os dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Enquanto o volume de carne reduziu no Brasil em relação ao primeiro trimestre de 2020, a produção paranaense cresceu 4,8% no período. Março foi o mês que liderou o abate, com a produção de 548,5 mil toneladas de carne de frango, suína e bovina, seguido do mês de janeiro (496,2 mil toneladas) e fevereiro (473,4 mil toneladas). O Estado mantém a liderança folgada na produção de frango, respondendo por um terço da nacional. Foram abatidas, no período, 518,7 milhões de aves, que somaram 1,2 milhão de toneladas de carne de frango. Foram 12 milhões de animais abatidos a mais e um crescimento de 4,9% na produção na comparação com primeiro trimestre de 2020.
O estado se destaca na produção bovina, suína e de frangos
Evolução do rebanho bovino brasileiro por região – milhões de cabeças
CONSUMO
A pandemia da Covid-19 provocou mudanças à mesa dos brasileiros, que cortaram o consumo de carne bovina para o menor nível em 25 anos, de acordo com dados do governo, que calcula a disponibilidade interna do produto subtraindo o volume exportado da produção nacional. Não bastasse a perda de renda da população, os preços de cortes bovinos dispararam, na esteira de valores recordes da arroba do boi gordo, limitando o consumo interno, enquanto a China importa como nunca, carnes do Brasil. Agora, cada brasileiro consome 26,4 quilos desta proteína ao ano, queda de quase 14% em relação a 2019 quando ainda não havia crise sanitária. Este é o menor nível desde 1996, início da série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Só nos primeiros quatro meses do ano, o consumo per capita de carne bovina caiu mais de 4% em relação a 2020
De acordo com o IBGE, o preço das carnes em geral subiu 35% no país nos 12 meses até abril, mais que cinco vezes o próprio IPCA no período.
Os brasileiros estão trocando a carne bovina por proteínas mais baratas. O consumo de carne caiu 5% no ano passado, para 36 kg por pessoa. É o menor nível desde 2008. Trata-se também do 4º ano seguido de queda. Com o aumento do preço da carne, o brasileiro está preferindo recorrer a fontes de proteína mais baratas, o consumo de ovos, por exemplo, (251 unidades per capita) saltou 9% em 2020, chegando ao maior nível em 20 anos, já o de frango subiu 7%, para 45 kg por pessoa.
Já o consumo de carne suína per capita aumenta no Brasil pelo segundo trimestre consecutivo, chegando a 17,58 kg nas projeções no trimestre (gráfico 1) e 17,58 kg na média semestral, lembrando que o consumo recorde foi atingido em 2020, com 16,9 kg. Ou seja, apesar de problemas de poder aquisitivo da população em geral e das restrições da pandemia de Covid-19, a carne suína tem se mostrado cada vez mais como uma opção para o consumidor brasileiro, que tem aumentado cada vez mais a presença da suína na mesa em 2021.
ABATES
Por outro lado, o abate de frangos e suínos seguiu a tendência de alta. Com aumento desde 2005, o abate de suínos cresceu 6,4% em 2020, totalizando 49,3 milhões de cabeças abatidas, o que representa um novo recorde. Desde 1997, início da série histórica, somente na passagem de 2003 para 2004 não houve crescimento da atividade. Houve alta em todos os meses no confronto de 2020 com 2019, sendo que a maior foi em junho (mais 568,3 mil cabeças). Já o abate de frangos cresceu 3,3% e chegou a 6 bilhões de cabeças, novo recorde da série histórica. Comparando os meses de 2020 e 2019, houve reduções em maio (menos 29 milhões de cabeças) e agosto (menos 177 mil cabeças). Entre as altas, destaque para março (mais 61,7 milhões de cabeças) e dezembro (mais 53,2 milhões de cabeças).
O aumento do preço da carne bovina fez o brasileiro migrar o consumo para frangos e suínos, acarretando o aumento da demanda e consequentemente o aumento do número de abates para suprir a demanda nacional.
EXPORTAÇÃO
Apesar de o país ser o maior produtor de bovinos do mundo, ao adicionarmos a produção de aves e de suínos, o país passa a ocupar a terceira posição mundial no mercado internacional, com uma produção que corresponde a 9,2%, em 2020, ou 29 milhões de toneladas, atrás da China e dos Estados Unidos. Mas em quantidade de carnes exportadas (bovina, suína e aves), em 2020, o Brasil passou a ocupar o segundo lugar, com 7,4 milhões de toneladas ou 13,4% do total mundial.
Entre 2000 e 2020, as exportações de carnes brasileiras renderam US$ 265 bilhões. Porém, ao se fazer o recorte sobre a carne bovina, o país, em 2020, foi o maior exportador de carnes do mundo, com 2,2 milhões de toneladas e 14,4% do mercado internacional. Em seguida, aparecem a Austrália, Estados Unidos e Índia. “
Já em setembro de 2021 a média diária de exportações de carne
bovina atingiu 12,4 mil toneladas, uma disparada de 83,1% em relação ao volume embarcado por dia, em setembro de 2020
CARNE DE FRANGO
A carne de frango é considerada importante alimento para o consumo interno e para as exportações. O Brasil possui o quarto maior rebanho de galináceos do mundo, com 5,6% do total em 2020, ou 1,5 bilhão de cabeças.
Destaque para os três maiores rebanhos: China (19,2%), Indonésia (14,7%) e Estados Unidos (7,5%). Os Estados Unidos, apesar de ter o terceiro maior rebanho de galináceos, quando se trata de produção da carne de frango, em 2020, lideraram com 16,7%, seguidos do Brasil com 11,8% (14 milhões de toneladas) e da China com 11,7% da produção mundial. Em 2020, o Brasil se tornou o maior exportador de carne de aves com 4,3 milhões de toneladas (20,9%) e em segundo lugar os Estados Unidos com 18,2% do volume total exportado. Em 2020, as exportações brasileiras de carne de aves renderam US$ 6,6 bilhões. Em relação aos últimos 20 anos, Estados Unidos e Brasil perderam participação. Ganharam importância Holanda, Tailândia e Polônia.
SUÍNOS
Com relação aos suínos, o Brasil, em 2020, alcançou a terceira posição mundial na produção, com 41 milhões de cabeças, ou seja, 4,4% do total. O destaque é a China com 41,1% do rebanho mundial, seguida dos Estados Unidos (8,4%). A China vem conseguindo superar a Peste Suína Africana e continua liderando a produção de suínos no mundo, mas o seu consumo destina-se principalmente ao mercado interno. Em relação às exportações de carne suína, em 2020, a Alemanha e os Estados Unidos lideraram com participações acima de 15% do total cada um. O Brasil foi o 7º lugar em 2020 e o 8º nas duas últimas décadas, com participação abaixo de 5%.
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Alta
Devido ao alto capital que deve ser imobilizado para a produção de carnes, em geral a barreira de entrada para esse mercado é vista como elevada, entretanto, para o varejo, a barreira de entrada do segmento é vista como intermediária.
Produtos Substitutos – Alta
Com raras exceções o produto não tende a ser atrelado à uma marca específica, com exceção do mercado de aves e processados, logo o valor da mercadoria tende a ser o principal fator no tocante à substituição de produtos, junto a qualidade e questões sanitárias.
Poder dos Fornecedores – Baixa
No que tange poder de barganha dos fornecedores, em geral o setor trabalha com valores de mercado, onde grandes redes tendem a conseguir negociar melhores margens do que pequenas redes.
Poder dos Compradores – Baixa
No que tange o cliente de ponta, o poder de barganha do mesmo não tende a ser muito elevado, já no que diz respeito aos lojistas, o poder de barganha pode ser analisado como intermediário e proporcional ao porte da empresa ou rede.
Rivalidade entre players – Alta
O mercado de carnes no Brasil é marcado tanto por grandes redes quanto por pequenos produtores e a luta por espaços tende a ser muito acirrada para todos.
OPORTUNIDADES
No tocante à oportunidades de mercado o mercado tanto de produção quanto de varejo de carnes, traz consigo excelentes oportunidades e cabe ao gestor estar atento e preparado para elas.
Mercado de exportação
O mercado de exportação de carnes no Brasil se mostra extremamente promissor, tendo como um dos principais destinos o mercado asiático, fazendo muito sentido para a produção nacional
Parcerias com o varejo
Uma parceria no viés institucional amarrando a produção ao contato com o cliente de ponta, pode ser extremamente benéfica para ambas as partes, trazendo previsibilidade na demanda e melhores margens para ambas as partes.
Carnes nobres
O mercado de carnes nobres se mostra como uma excelente oportunidade no que tange nicho de mercado no país, neste caso a empresa abriria mão de escala em alguns produtos selecionados e ganharia uma maior margem.
Comercialização de animais premiados
O mercado de comercialização de animais no país movimenta grandes cifras, em especial quando são tratados animais premiados, matrizes ou reprodutores.
AMEAÇAS
Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se prepara e se antecipar a eventuais problemas futuros.
Mercado exterior
Com relação a oscilações de mercado exterior, o mercado de carnes tende a ser extremamente sensível, por esse motivo cabe ao gestor estar atento e preparado para oscilações de mercado e flutuações cambiais.
Armazenagem dos produtos
O produto carne é altamente perecível, e o armazenamento desse produto deve seguir uma série de pré requisitos sanitários, para a garantia da qualidade do produto entregue ao consumidor final.
Logística e distribuição
Assim como o armazenamento, a logística e distribuição dos produtos podem gerar consequências onerosas ao negócio quando não forem executados de maneira assertiva.
Prevenção à doenças no rebanho
É de extrema importância, garantir a saúde do rebanho, prezando por pontos como vacinação e atendimento veterinário, esses gastos são de total importância no que tange a qualidade do produto final.
TENDÊNCIAS
Carne de origem vegetal
Uma forte tendência de mercado, alavancada pelo aumento do mercado vegano no país é a produção de produtos similares à carnes, porém de origem vegetal, é uma forma de se conectar à um novo público. Diversas empresas de grande porte já consolidadas no mercado trazem produtos vegetarianos e veganos como uma forma de diversificação do seu portfólio de produtos.
Tecnologia na produção
O uso de tecnologia para auxílio na produção, auxiliando na análise de indicadores e no aumento da qualidade do produto trazem ao setor um aumento exponencial na produção, auxiliando o atendimento de demanda do mercado nacional e do mercado exterior.
Inovação e tecnologia em embalagem
No que tange tendências, tecnologia e inovação, o mercado de carnes vem investindo bastante no desenvolvimento de embalagens para garantir ao produto um maior frescor, facilidade de visualização do produto e principalmente durabilidade,
Automação de processos em frigoríficos
A automação e otimização em processos chave dentro da produção de carnes no país, vem sendo cada vez mais necessária para frigoríficos no país, através da automação e do uso inclusive de robôs para a realização de alguns processos, as empresas conseguem aumentar a qualidade no produto final, além de um acréscimo na agilidade da produção e advindo dessa agilidade, uma economia que abarca o processo produtivo como um todo.
Sigilo e disclaimer
Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
O mercado de moda movimenta, em média, R$ 200 bilhões por ano. De acordo com a Fiesp, são mais de 6 bilhões de peças comercializadas a cada 12 meses. O país conta com uma das maiores redes varejistas de roupas e acessórios do mundo. Segundo dados do Empresômetro, empresa especialista em inteligência de mercado, o Brasil tem mais de 1 milhão de varejistas formalizados de roupas e acessórios, representando 5,53% de todas as empresas ativas do país.
A Região Sudeste conta com a maior concentração de varejistas de roupas, com mais de 460 mil empresas; somente São Paulo congrega mais de 250 mil. Na Região Sul, o Rio Grande do Sul tem no mercado mais de 80 mil negócios. A Bahia, o maior estado da Região Nordeste, conta com mais de 60 mil empreendimentos nessa atividade.
REGIÃO SUDESTE DOMINA MAIS DE 50% DO MARKET SHARE DO SEGMENTO
CALÇADOS NO BRASIL
Segundo o ITC (2019), o Brasil ocupa a 20ª posição no ranking mundial de produtores de calçados, em razão da baixa competitividade, com participação de US$ 1,085 bilhão.
A produção brasileira de calçados, desde o ano de 2018, vinha em uma trajetória relativamente estável, 2019 foi um ano marcado pelo crescimento, atingindo a produção de 935,5 milhões de pares. Com a crise em 2020, os panoramas gerais do setor calçadista retomaram os do ano de 2015.
IMPACTO DO COVID-19
A pandemia do Covid-19 prejudicou a grande maioria dos setores econômicos mas, alguns deles acabam por sofrerem mais. No caso da moda, como um todo, a queda acumulada em 2020 foi de quase 23%, na comparação com 2019, fazendo com que os varejistas de moda fossem obrigados a baixar preços. Pela primeira vez desde 1998, o setor de vestuário registrou deflação de 1,1%.
No setor de calçados, a pandemia causou uma queda de -18,4% na produção.
A rápida transformação digital e crescimento do E-Commerce foram fundamentais para a diminuição do prejuízo causado pela pandemia.
E-Commerce
Com o mundo enfrentando uma situação de pandemia, podemos observar o crescimento exponencial das vendas online, tanto em 2020 como em 2021.
Em 2020 podemos observar o crescimento de 40% do comércio digital, com 2021 seguindo a mesma tendência e já evidenciando um crescimento de 22,05% em relação ao ano anterior.
Os E-Commerces vem sendo tendência para o mercado de moda e estar presente neles vem sendo cada vez mais primordial para a saúde financeira das empresas, assim como também para o acesso da marca ao consumidor final.
Variações de porcentagem de faturamentos
No período analisado de 2014 a 2020 o E-commerce apresentou um crescimento superior à sites, ao setor de varejo e ao PIB do país.
Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, vender calçados online tem sido um negócio lucrativo e, do E-commerce feminino, o setor calçadista se encontra no 3º mais comprado, atrás de livros e artigos de moda.
EXPORTAÇÃO
Apesar de ser um dos principais produtores de calçados, quando entramos na questão de exportações, o Brasil se encontra em 20º lugar no ranking, ocupando uma parcela de 0,74% da exportação mundial.
Atualmente, os principais destinos dos calçados brasileiros são EUA, Argentina, Alemanha, França e Paraguai.
Em 2020, o comércio de exportações de calçados brasileira sentiu o impacto da chegada da pandemia, sofrendo queda de 21,1% em comparação com 2019.
Apesar de os valores atuais ainda estarem abaixo dos pré-pandêmicos, o aumento de 22,8% no ano de 2021 evidencia a recuperação do setor.
Os países listados abaixo, são, segundo o Índice de atratividade para 2021, os melhores países para se exportar no ano vigente.
Para o cálculo do Índice, se leva em consideração:
Tamanho Brasil: valor, em Dólares, das importações de calçados de origem brasileira;
Dinamismo Brasil: média entre os valores, em dólares, e o percentual das importações de calçados de origem brasileira;
Relevância para o Brasil e Mundo: representatividade, em dólares, das importações de calçados a partir da média dos valores importados frente ao de origem brasileira;
Tamanho Mundo
Dinamismo Mundo
Preço médio: média entre os preços médios (US$/Kg) das importações de calçados brasileiros e mundiais;
Subíndices:
Tamanho de mercado
Saldo comercial
Dinamismo
Desconcentração de mercado
Market-share
Preço médio
Quantidade de mercados
IMPORTAÇÃO
Bem com no cenário das exportações, as importações brasileiras em 2020 também obtiveram queda. No valor, em dólares, as taxas caíram em -19,8%, e na quantidade de pares produzidos, -25,4%.
Atualmente, Vietnã, China e Indonésia se destacam como origem das importações brasileiras, representando um total de 90% (em volume) das mesmas.
O maior market-share, representando 63,9% das importações, se enquadra no material “Têxtil”, mas que também obteve queda na variação entre os anos de 2019 e 2020. O único material que teve uma variação positiva foram os “Injetados” (11,2%), que abrangem o mercado de calçados esportivos.
Empregabilidade
No ano de 2020, a indústria calçadista totalizou 247,4 mil empregos formais e 5.600 estabelecimentos fabricantes.
Por conta da crise econômica devido à pandemia do Covid-19, as indústrias calçadistas foram obrigadas a reduzir a quantidade de funcionários, demitindo aproximadamente 21,4 mil empregados. Pela recuperação do setor e vacinação em massa, o segundo semestre do ano foi marcado pela retomada de contratações.
Competitividade Nacional
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Alta
Por demandar um alto investimento em operação e maquinário o setor de calçados, no que tange indústria, apresenta uma barreira de entrada elevada, apesar da mão de obra barata.
Produtos Substitutos – Alta
O mercado de calçados, como um todo, apresenta a característica de fácil substituição por parte do consumidor final.
Poder dos Fornecedores- Média
Ao comprar os produtos em escala, o empreendedor pode adquirir uma maior margem de negociação, além do fato de que a matéria prima fornecida pode ser adquirida por mais de um fornecedor.
Poder dos Compradores – Média
O lojista tem um poder de barganha intermediário, que varia segundo as variáveis de mercado. O poder de branding da marca e a demanda pelo consumidor final são pontos que podem ajudar a driblar eventuais dificuldades.
Rivalidade entre players – Alta
Devido à facilidade de troca do produto e às altas quantias investidas em marketing e propaganda
OPORTUNIDADES
O mercado de calçados, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.
Possibilidade de deal com grande empresa de mercado
A primeira oportunidade que o mercado de moda traz consigo é a possibilidade de deals futuros, envolvendo principalmente as grandes redes, anteriormente foi citado o caso da marca NV e sua aquisição pelo Grupo Soma.
Mercado de Exportação
O mercado de exportação de calçados, apesar de altamente complexo, se mostra interessante para o setor e a depender da negócio a empresa pode vir a se beneficiar por questões cambiais, vale a ressalva que para a implementação desse modelo de negócios o gestor deve estar altamente preparado para essa empreitada.
Escalonamento Através do Meio Digital
O mercado de moda se mostra fortemente ligado à e-commerces, e isso traz consigo uma grande oportunidade de escalonamento, possibilitando uma expansão rápida de qualquer marca à todo o Brasil.
Marketing de Influência
O setor de moda se mostra como um dos setores com maior fit com o marketing de influência, fazer uso dessa estratégia tende a acelerar resultados e aumentar a penetração da marca no mercado.
Construção de Marca
O sucesso de uma marca nesse mercado se correlaciona com a efetividade com a qual a marca é construída e com a conexão que é impressa para com o cliente final, portanto, é de suma importância a atenção à esse pilar dentro da organização.
AMEAÇAS
Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.
Mercado Altamente Competitivo
O mercado da moda se destaca por uma forte concorrência entre seus players, sejam eles dos mais variados portes, as marcas envoltas nesse setor tendem a apresentar dificuldades em se diferenciar das demais concorrentes e em decorrência disso acabam tendo que entrar em uma guerra por margem.
Dificuldades Logísticas
A logística nesse setor pode ser um fator diferencial, ou uma grande dor de cabeça para o gestor, grandes redes em geral conseguem apresentar um maior grau de maturidade no tocante à logística, porém o mesmo não se repete em redes de menor porte, demandando assim uma maior atenção à esse ponto.
Qualidade de Produto e Padronização
Assim como a logística, a qualidade final do produto pode se tornar uma grande pedra no sapato do gestor, não apenas ao ponto de alcançar a qualidade, mas também no ponto de que essa qualidade deve ser mantida, fornecedores e processo de produção são parte essencial ao analisar esse ponto.
Relacionamento com o Consumidor Final
Esse é mais um ponto que deve ser tratado com muita atenção, a comunicação da empresa precisa estar muito alinhada e funcionar de forma assertiva para que a marca possa de fato alçar voos ainda maiores e trazer consigo sempre uma base fiel de compradores.
TENDÊNCIAS
Marcas como agentes de igualdade e inclusão
Em 2020 se tornou ainda mais evidente a desigualdade no mundo e, por isso, o papel de agente de transformação das empresas e sua representatividade são cobradas.
Por exemplo, 68% das pessoas autodeclaradas pardas e negras não se sentem representadas pelas marcas, fazendo com que os empreendedores percam um público potencial.
É importante elaborar um plano de marketing diversa, de forma a tornar a marca cada vez mais inclusiva.
Experiência do Usuário
Com o aumento dos usuários do E-commerce em 2020, os consumidores tendem a ser mais exigentes em relação à usabilidade e experiência do usuário.
Para 2021, o Google muda o algoritmo, de forma a utilizar o critério “Google Page Experience”, que prioriza a estabilidade das vendas, a segurança do site e a velocidade de carregamento, de forma a priorizar as lojas que dão melhor experiência ao consumidor.
Omnichannel
Tendência não só no universo de calçados, a abordagem de vendas multicanal vêm sendo bastante utilizada no comércio. Com cada vez mais usuários emergidos nas tecnologias digitais, a jornada do consumidor pode passar por vários pontos de contato, como site, redes sociais, anúncios, e-mail, entre outros.
Marketing de Influências
As parcerias com influenciadores para alavancamento do marketing teve uma variação de +16,4% entre os anos de 2019 e 2020. Essa tendência se evidencia à medida que as vendas via influencers aumentaram 670% entre as black fridays de 2019 e 2020.
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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a geração de energia elétrica no mundo está próxima de 25.721 TWh (terawatt-hora). Deste total, o consumo atinge 21.371 TWh, sem considerar as perdas naturais ocorridas durante a transmissão.
O carvão ainda desempenha um papel significativo, representando 38% da matriz elétrica global. Essa fonte é amplamente utilizada em usinas térmicas, conhecidas pelo seu alto impacto ambiental e emissões poluentes. Além disso, o gás natural, outra fonte não renovável, ocupa o segundo lugar com 23% de participação na geração de energia elétrica.
A produção de energia elétrica na União Europeia apresenta diferentes cenários. Na França, a energia nuclear é a líder, enquanto na Estônia e na Polônia, as fontes de carvão são predominantes. Por outro lado, na Dinamarca, as fontes renováveis têm destaque. De forma geral, cerca de 45% da eletricidade é gerada a partir da queima de combustíveis.
Alemanha
Na Alemanha, também tem havido um aumento significativo na participação das fontes renováveis de energia. Isso se deve às iniciativas do governo alemão para reduzir as emissões de gases poluentes e garantir maior segurança energética. Além disso, o país decidiu abandonar a energia nuclear após o acidente de Fukushima.
Reino Unido
O Reino Unido, sendo uma ilha com potencial energético limitado, tem passado por um processo de substituição do carvão pelo gás natural e pela energia nuclear em sua matriz elétrica. Nas últimas décadas, houve um crescimento expressivo das energias renováveis.
No setor elétrico britânico, tanto a geração quanto a comercialização de energia operam em um regime de livre mercado, enquanto a transmissão e a distribuição são atividades reguladas. A comercialização de energia no mercado atacadista pode ocorrer por meio de contratos ou no mercado de curto prazo.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, as principais fontes de energia são o carvão e o gás natural, o que faz com que o país esteja entre os maiores emissores de CO2 do mundo. O sistema elétrico é dividido em três sistemas independentes, que não estão completamente interligados entre si. Além disso, cada estado possui sua própria regulação dos serviços de eletricidade.
PANORAMA BRASIL
A matriz energética brasileira representa o conjunto de recursos energéticos (fontes de energia) utilizados no país para suprir sua demanda de energia. O Brasil é o 7º maior consumidor de energia do mundo e o maior da América do Sul, assim como um grande produtor de petróleo e gás natural na região e o segundo maior produtor de etanol combustível do mundo.
Regiões do Brasil que mais consumiram energia elétrica, até Maio de 2023, em MWh
A região sudeste é a que mais consome energia no Brasil, com cerca de metade do consumo nacional estando concentrado apenas nesta região. Isto se dá tanto por conta da grande população da região, como também a forte indústria, que é a maior do Brasil. O sul e o nordeste seguem em segundo e terceiro lugar, respectivamente. O sul por conta da indústria e o nordeste por conta de sua grande população. De acordo com o Balanço Energético de 2022 do Ministério de Minas e Energia, a proporção de energia elétrica proveniente de hidrelétricas no Brasil em 2021 foi de 56,8%. Ao considerar a adição do percentual importado de países vizinhos, o total chega a 60,2%. Outras fontes renováveis compreendem 22,8% da participação na matriz energética.
Conforme o mesmo balanço, os combustíveis fósseis (não renováveis) representam aproximadamente 16% da produção de energia no Brasil. Completando a matriz, a energia nuclear corresponde a 1,1%. A geração de energia elétrica no Brasil, tanto em centrais de serviço público quanto em autoprodutores, alcançou 656,1 TWh em 2021, representando um aumento de 4% em relação a 2020. As centrais elétricas de serviço público contribuíram com 82,6% da geração total. A geração hídrica, que é a principal fonte de produção de energia elétrica no Brasil, apresentou uma redução de 8,6%, em comparação com 2020.
A geração de energia elétrica a partir de fontes não renováveis representou 22,6% do total nacional, em comparação com 16,8% em 2020. No entanto, é relevante ressaltar o avanço do gás natural nos últimos dez anos, substituindo o óleo combustível e o diesel, o que contribuiu para reduzir as emissões provenientes da geração de eletricidade por fontes não renováveis.
Oferta Interna de Energia, por fonte
O Brasil possui uma matriz elétrica predominantemente renovável, com destaque para a fonte hídrica, que representa 53,4% da oferta interna. Levando em consideração que quase todas as importações vêm da usina de Itaipu, a contribuição da fonte hídrica chega a cerca de 57%. As fontes renováveis representam 78,1% da oferta interna de eletricidade no Brasil, que é a soma da produção nacional com as importações, que são principalmente de origem renovável.
No que diz respeito ao consumo final, houve um aumento de 5,7%, totalizando 570,8 TWh, com destaque para os setores industrial e residencial, que representaram 37% e 26%, respectivamente.
É importante frisar que os setores industrial, residencial e comercial, juntos, chegam a fazer parte de quase 80% do consumo nacional de energia.
O brasileiro gastou R$256 bilhões com conta de energia elétrica em 2022. – Dar destaque meu patrão
Na última edição da PNAD em que tal pesquisa foi aplicada, foi visto que cerca de 99,5% das residências brasileiras possuem energia elétrica, seja por fonte geral ou alternativa.
EXPANSÃO DO SETOR
Existem diversos fatores que podem impulsionar a expansão do setor de energia elétrica no Brasil. Alguns dos principais são:
Investimentos em infraestrutura: A realização de investimentos significativos em infraestrutura elétrica, como a construção de novas usinas, linhas de transmissão e subestações, é fundamental para expandir a capacidade de geração e distribuição de energia elétrica no país. Estímulo às energias renováveis: O incentivo e o desenvolvimento de fontes de energia renováveis, como a solar, eólica, biomassa e hidrelétrica de baixo impacto ambiental, podem impulsionar a expansão do setor de energia elétrica de forma sustentável e reduzir a dependência de fontes não renováveis, como o carvão e o petróleo. Crescimento populacional e expansão da economia: Com o crescimento populacional, a demanda brasileira por energia elétrica aumenta consequentemente, vale ressaltar que o aumento da população vem diminuindo nos últimos anos. Além disso, a expansão da economia, com mais gente indo para as cidades, prosperando e comprando eletrodomésticos, também contribui para a expansão do setor de energia.
FUSÕES E AQUISIÇÕES
De acordo com um levantamento realizado pela Redirection International, consultoria especializada em assessoria de fusões e aquisições (M&A), o volume de transações envolvendo empresas de energias renováveis no Brasil cresceu 58% em 2022 em relação a 2021, passando de 31 para 49 negociações comunicadas ao mercado.
O setor de energias renováveis tem apresentado um desempenho positivo, acompanhando o aumento nas atividades de M&A no setor energético como um todo, que registrou um crescimento de 81% no ano passado, o maior dos últimos quatro anos, com um total de 114 operações, em comparação com 63 em 2021.
Eletrobras em 2022
A privatização da Eletrobras é um processo no Brasil que visava a venda da maior empresa de energia elétrica da América Latina. A proposta foi apresentada pelo governo brasileiro em 2017 e aprovada pelo Congresso Nacional em 2021, com o objetivo de modernizar o setor elétrico e melhorar a eficiência da empresa. O governo deixou de ser o acionista majoritário ao promover a capitalização da empresa, no dia 14 de junho do ano passado. A união manteve alguns privilégios, como poder de veto em algumas decisões estratégicas. Foi levantado um montante de R$29,3 bilhões, sendo a maior privatização desde a da Telebras, em 1998. O presidente Lula, nos últimos meses, vem criticando bastante a privatização.
CPFL e Enercan
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também autorizou o aumento da participação da CPFL Geração no capital social da Enercan por meio da aquisição de ações representativas de até 6,51% do capital social pertencente à Companhia Estadual de Energia Elétrica Geração (CEEE-G). A Enercan é responsável pela operação, manutenção e administração da Usina Hidrelétrica Campos Novos, localizada no Rio Canoas, em Santa Catarina. No momento, a CPFL detém 48,78% de participação na empresa, a CEEE-G possui 6,51% e o grupo Votorantim detém 44,76%. Após a conclusão da transação, a CEEE-G não terá mais nenhuma participação na Enercan.
ANÁLISE DOS PLAYERS
Eletrobras
É uma das maiores empresas do setor elétrico no Brasil e tem uma presença significativa na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A capacidade instalada da Eletrobras é de aproximadamente 50 GW, distribuída em diversas usinas hidrelétricas, termelétricas, eólicas e nucleares em todo o país.
Além disso, a empresa é responsável por uma parcela significativa da geração de energia elétrica no Brasil. Em 2020, a Eletrobras foi responsável por cerca de 34% da capacidade instalada total de geração de energia elétrica no país.
Vale ressaltar que no ano de 2021, sua privatização foi aprovada pelo governo brasileiro, visando trazer mais investimentos para o setor elétrico.
Engie
A Engie Brasil é uma empresa de geração de energia elétrica com sede no Brasil. É uma sociedade anônima de capital aberto e suas ações são negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira. A principal atividade da empresa é a geração de energia, com foco especial na energia elétrica. Atualmente, a Engie Brasil é responsável pela operação de 11 usinas hidrelétricas no país.
Como a maior geradora privada de energia elétrica no Brasil, a Engie Brasil se destaca como uma das principais empresas do setor energético no país e na América Latina. Fundada em 1994 como resultado de um projeto realizado pelo Banco Nacional, a empresa tem se consolidado ao longo dos anos.
A Engie Brasil segue um modelo de negócio principalmente voltado para a produção de energia elétrica. Desde 2017, o grupo expandiu suas atividades e também está envolvido na área de transmissão de energia. Além disso, a empresa busca diversificar sua matriz energética, investindo em energia eólica e solar, além das tradicionais hidrelétricas.
Neoenergia
A Neoenergia é uma empresa brasileira atuante no setor de energia. É uma sociedade anônima de capital aberto cujas ações são negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira. Sua principal atividade é a geração de energia.
Presente em diversos estados do Brasil, a Neoenergia é um dos principais grupos privados do setor de energia do país, tendo cerca de 13 milhões de unidades consumidoras. A empresa foi fundada em 1997, após obter a concessão das companhias elétricas Coelba e Cosern.
A empresa segue um modelo de negócio focado principalmente em sua capacidade de geração de energia elétrica, contando com mais de 4.000 megawatts instalados. Além da geração de energia elétrica, o grupo também atua no setor de energia eólica, aproveitando os recursos disponíveis nessa fonte renovável.
Transmissão Paulista
A ISA CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista S.A) é uma empresa brasileira que atua como concessionária de energia elétrica. É uma sociedade anônima de capital aberto cujas ações são negociadas na B3.
Com presença em 17 estados do Brasil, a CTEEP é uma das maiores empresas do setor nopaís. O grupo foi estabelecido em 1999, após a reestruturação da Companhia Energética de São Paulo (CESP).
O modelo de negócio da CTEEP é baseado principalmente na transmissão de energia elétrica, desempenhando um papel fundamental na infraestrutura energética do Brasil. A empresa é responsável por transmitir aproximadamente um terço da energia elétrica produzida no país. Nos últimos anos, a CTEEP tem se dedicado à expansão de suas operações em todo o território brasileiro.
Vale ressaltar que o grupo tem maior destaque na região Sudeste do país, onde é diretamente ligado à 60% do consumo de energia elétrica da região. Somente no estado de São Paulo, 90% da energia consumida é responsabilidade da CTEEP.
SUBNICHOS
Energia Hidrelétrica
A energia hidrelétrica tem sido a principal fonte de geração do sistema elétrico brasileiro há várias décadas, devido à sua competitividade econômica e à abundância desse recurso energético em nível nacional. O sistema gerador do Brasil possui uma capacidade instalada de mais de 150 GW, com predominância de hidrelétricas. Isso se deve à extensa área territorial do país, que inclui muitos planaltos e rios caudalosos. Estima-se que o potencial hidrelétrico brasileiro seja de 172 GW, dos quais mais de 60% já foram aproveitados. Cerca de 70% do potencial não utilizado está localizado nas bacias hidrográficas Amazônica e Tocantins-Araguaia. A hidreletricidade é uma tecnologia madura e confiável que, no contexto de crescente preocupação com as emissões de gases de efeito estufa, possui a vantagem adicional de ser uma fonte renovável de geração.
Energia Solar
A energia hidrelétrica tem sido a principal fonte de geração do sistema elétrico brasileiro há várias décadas, devido à sua competitividade econômica e à abundância desse recurso energético em nível nacional. O sistema gerador do Brasil possui uma capacidade instalada de mais de 150 GW, com predominância de hidrelétricas. Isso se deve à extensa área territorial do país, que inclui muitos planaltos e rios caudalosos. Estima-se que o potencial hidrelétrico brasileiro seja de 172 GW, dos quais mais de 60% já foram aproveitados. Cerca de 70% do potencial não utilizado está localizado nas bacias hidrográficas Amazônica e Tocantins-Araguaia. A hidreletricidade é uma tecnologia madura e confiável que, no contexto de crescente preocupação com as emissões de gases de efeito estufa, possui a vantagem adicional de ser uma fonte renovável de geração.
Fonte: Portal Solar
Energia Eólica
O Brasil possui atualmente 890 parques eólicos instalados em 12 estados, registrando uma capacidade instalada de 25,04 gigawatts (GW) em operação comercial, beneficiando 108,7 milhões de habitantes. Desses parques, 85% estão localizados na Região Nordeste. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), até 2028, o Brasil terá uma capacidade instalada de energia eólica de 44,78 GW, representando 13,2% da matriz energética nacional. Atualmente, a energia eólica já corresponde a 20% da geração de energia necessária para o país. No ano passado, o setor alcançou um recorde de 4 GW de capacidade instalada, e a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum, espera que esse número seja superado este ano. Ela prevê que, até o final de 2023, a capacidade instalada atingirá 29 GW, representando um investimento superior a R$ 28 bilhões, uma vez que cada gigawatt de energia eólica instalada representa aproximadamente R$ 7 bilhões.
Fonte: Agência Brasil
Biomassa
A produção de bioeletricidade destinada à rede elétrica alcançou 25,5 mil GWh em 2022, correspondendo a 4,3% da geração total no Brasil, de acordo com o levantamento divulgado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). De acordo com tal relatório, referente ao ano de 2022 Minas Gerais ocupa a terceira posição na geração, representando 11,8% do total nacional. Além de Minas Gerais, outros cinco estados são responsáveis por 90,5% da geração de bioeletricidade para a rede. São Paulo ocupa o primeiro lugar, com 42,6%, seguido pelo Mato Grosso do Sul (12,8%). Paraná (11%), Goiás (10%) e Mato Grosso (2,2%) completam as posições seguintes. Todos esses estados estão localizados na região Centro-Sul, conhecida por sua produção sucroenergética. Enquanto São Paulo registrou um aumento de 1,3% em sua geração total em 2022 em comparação com 2021, Minas Gerais teve uma queda de 4,6% no mesmo período. Vale ressaltar que essa geração de bioeletricidade para a rede não inclui a parcela destinada ao consumo próprio da indústria. Ela engloba diversas biomassas, como bagaço e palha de cana, biogás, lixívia, resíduos de madeira, entre outras. Em 2022, essa forma de geração ocupou a terceira posição na matriz de oferta de energia para a rede, apresentando um aumento de 0,5% em relação ao ano anterior. Essa oferta superou a produção das usinas termelétricas a gás, que alcançaram 22.826 GWh em 2022.
Fonte: Diário do Coméricio
COVID X SETOR
A pandemia do novo coronavírus teve impactos significativos no setor elétrico brasileiro, com redução no consumo de energia elétrica no país por grandes setores como a indústria e o comércio, além do aumento da inadimplência Para reduzir o impacto nas distribuidoras e nos consumidores, o Governo Federal realizou uma série de ações, como a suspensão do corte de energia elétrica por falta de pagamento de abril até o fim de julho e a isenção de tarifa de energia para o consumidor de baixa renda por 90 dias. Em junho de 2020, foi observada uma retomada do consumo.
O setor residencial aumentou sua demanda significativamente, em comparação com outros setores, devido ao aumento do trabalho e estudo em casa, além do uso mais intensivo de dispositivos em lares durante todo o dia. Por outro lado, as cadeias de abastecimento no setor de energia também foram afetadas, com a fabricação da maioria dos equipamentos do setor diminuindo drasticamente.
O consumo da rede elétrica, no acumulado dos seis primeiros meses de 2020, foi 4,5% inferior ao observado no mesmo período de 2019, sendo que o mês de maio foi o de redução mais severa, sendo 11% inferior ao mesmo mês em 2019.
Fonte: Gov.br
INVESTIMENTOS NO SETOR
No primeiro semestre de 2022, o Ministério de Minas e Energia (MME) aprovou 161 projetos de energia elétrica como prioritários para emissão de debêntures. Dentre esses projetos, 153 são de geração de energia, cinco são de transmissão e três são de distribuição de energia elétrica. Até junho deste ano, ocorreram 29 emissões de debêntures de infraestrutura no setor de energia elétrica, totalizando cerca de R$ 10,5 bilhões em recursos obtidos para a implantação de projetos cruciais para a infraestrutura nacional.
As concessionárias e autorizatárias responsáveis pelos projetos de energia elétrica têm demonstrado um interesse crescente em utilizar a emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura como forma de financiar seus investimentos, uma vez que esses títulos têm sido bem aceitos no mercado. No setor de energia, aproximadamente 67% do investimento total aprovado como prioritário (CAPEX) foi financiado por meio da emissão de debêntures incentivadas entre 2012 e junho de 2022.
No ano de 2021, foram aprovados 226 projetos de energia elétrica como prioritários, resultando em 62 emissões de debêntures incentivadas de infraestrutura e a obtenção de R$ 20,4 bilhões em recursos para investimento.
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
MÉDIA
Existem várias empresas de geração, transmissão e distribuição de energia, tanto estatais quanto privadas. A competição se dá principalmente na obtenção de contratos de concessão e licitações públicas, bem como na busca por clientes no mercado livre de energia. No entanto, a regulação governamental e a existência de áreas geográficas específicas para cada empresa de distribuição reduzem a intensidade da rivalidade.
BAIXA
A entrada no setor de energia elétrica requer investimentos significativos em infraestrutura, tecnologia e licenças regulatórias. Além disso, existem barreiras governamentais e regulatórias que dificultam a entrada de novos concorrentes. Isso reduz a ameaça de novos entrantes e cria uma indústria com altas barreiras à entrada.
ALTA
No setor de energia elétrica, a ameaça de produtos substitutos é baixa. A eletricidade é uma forma indispensável de energia em muitos setores da economia e não possui substitutos diretos para a maioria de suas aplicações.
ALTA
No setor de energia elétrica, os principais fornecedores são as empresas de geração de energia. O poder de negociação dos fornecedores é alto, uma vez que o consumidor é altamente dependente da energia elétrica e não é tão fácil ou barato diversificar sua fonte de energia.
BAIXA
Os compradores no setor de energia elétrica são, principalmente, os consumidores industriais e residenciais. Devido à natureza essencial da eletricidade e à dependência dos compradores, o poder de negociação dos compradores é relativamente baixo.
OPORTUNIDADES
Mercado Livre de Energia
A abertura do mercado de energia é uma ótima oportunidade para o futuro do setor elétrico do país. A expectativa é de que sejam investidos recursos na ordem de R$ 142 bilhões até 2025 no mercado livre de energia Empresas de energia elétrica foram as mais rentáveis em 2021, com faturamento de R$ 52,2 bilhões, ante R$ 44,8 bilhões faturados em 2020
Geografia Nacional para Energia Solar
O território brasileiro é um dos melhores lugares do planeta para se ter instalações de painéis fotovoltaicos pela quantidade de horas que temos com o sol exposto e pela intensidade dos raios.
Comercialização de Energia
O mercado de energia vai além da simples distribuição de eletricidade com a emissão de uma fatura mensal. Claro, essa é uma parte do mercado conhecida como ambiente regulado, onde os consumidores residenciais adquirem energia da distribuidora, que é a responsável pela infraestrutura elétrica. Nesta modalidade, não há a opção de escolher o fornecedor. No entanto, as indústrias e grandes estabelecimentos comerciais consomem quantidades de energia acima do mínimo estabelecido pelo governo. Eles têm a opção de comprar energia elétrica de qualquer fornecedor de sua escolha. É nesse ponto que entram os comercializadores de energia, empresas que contribuem para a liquidez do mercado, aumentando a capacidade de converter energia em dinheiro.
Ganhos de Eficiência
De acordo com Esposito (2016), a aplicação de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), como as Redes Elétricas Inteligentes (REI), pode resultar em ganhos de eficiência relacionados a diversos aspectos, tais como: possibilitar aos consumidores tomar decisões inteligentes de consumo, ajustando-o para momentos em que a energia esteja mais barata; identificar pontos na rede de distribuição onde ocorra furto de energia; e reduzir os custos de supervisão e manutenção de redes por meio do sensoriamento remoto.
AMEAÇAS
Alta carga tributária
Esse é um desafio mais do que essencial para o momento vivido no ramo da energia elétrica. As cargas tributárias são o fator mais desmoralizante dessa fonte energética. Para que essa redução aconteça, é preciso que haja uma diminuição gradativa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com essa medida, os tributos da conta de luz podem diminuir até 12% em um ano.
Concentração forte em uma única fonte
O Brasil, atualmente, possui a energia hidrelétrica como sua principal fonte, correspondendo a mais da metade da produção de eletricidade gerada. Esta forte concentração, pode se tornar um problema no futuro, uma vez que alguns fatores, como alterações nos regimes pluviométricos podem ameaçar a oferta deste tipo de energia.
Redução de perdas
No momento, o Brasil ocupa a 33ª posição entre os países com maiores índices de perdas no setor energético, incluindo perdas decorrentes de furtos, desvios e ineficiências no processo. Para impulsionar o setor e promover melhorias nos serviços, é necessário implementar novas tecnologias na operação, distribuição e transmissão de energia. Isso não só aumentaria os investimentos, mas também reduziria os custos envolvidos.
Envelhecimento da matriz energética
Grande parte das usinas brasileiras têm uma idade avançada, o que aumenta os riscos de falhas operacionais e diminui a eficiência na geração de energia. A modernização e diversificação da matriz energética são necessárias para garantir uma oferta estável e sustentável de eletricidade.
Como contornar as ameaças
Ameaça: Alta carga tributária Para contornar essa ameaça, é necessário implementar medidas que promovam uma redução gradativa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre a energia elétrica. Muitas das empresas privadas de geração de energia também poderiam entrar em contato com os órgãos governamentais para poder diminuir tais impostos.
Ameaça: Concentração forte em uma única fonte Para mitigar essa ameaça, é fundamental diversificar a matriz energética do Brasil, reduzindo a dependência excessiva da energia hidrelétrica. É necessário investir em fontes de energia renovável, como solar, eólica, biomassa e outras, diversificando a geração de eletricidade. Ameaça: Redução de perdas Para lidar com o problema das perdas no setor elétrico, é essencial investir em tecnologias e práticas que reduzam os índices de perdas, como furtos, desvios e ineficiências no processo. A implementação de novas tecnologias na operação, distribuição e transmissão de energia, como redes inteligentes e sistemas avançados de monitoramento, ajudaria a identificar e combater essas perdas. Além disso, é importante fortalecer as medidas de fiscalização e punição para coibir práticas ilegais e melhorar a eficiência geral do sistema.
Ameaça: Envelhecimento da matriz energética Para enfrentar o envelhecimento da matriz energética, é necessário investir na modernização das usinas existentes e na implementação de novas fontes de energia mais eficientes e sustentáveis. Isso envolve a substituição gradual de usinas mais antigas por tecnologias mais avançadas, com maior eficiência na geração de energia e menor impacto ambiental.
TENDÊNCIAS
Crescimento anual
Espera-se, que entre 2022 e 2027, que o mercado de energia cresça uma taxa anual composta de 3,5% ao ano, principalmente por conta do mercado livre de energia, da expansão das energias renováveis e do ganho de eficiência que os players do setor vêm obtendo.
Descarbonização
Refere-se à transição globalmente defendida para aumentar os investimentos em fontes renováveis e de baixa emissão de carbono, como a energia térmica.
Segundo a Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia Elétrica (Abraceel), o mercado livre de energia desempenhará um papel fundamental nesse processo, e estima-se que cerca de R$ 142 bilhões sejam investidos até 2025.
Através da análise de dados internos e externos as produtoras de café podem analisar a expectativa do mercado, definindo de forma mais assertiva questões tocantes à produção.
Digitalização do setor
A digitalização do setor elétrico está intimamente relacionada às soluções tecnológicas da Inteligência Artificial (IA) e da Internet das Coisas (IoT). A expansão desses serviços permitirá fornecer mais informações aos consumidores, que poderão avaliar o consumo de energia de seus dispositivos, como eletrodomésticos, bem como o consumo geral de suas residências.
Energia Solar
Até 2050, de acordo com o investidor e PhD, Paulo Puterman, a maior parte da eletricidade no Brasil será solar e gratuita. Para isso, seria necessário investimentos na casa dos R$2 trilhões até o final do ano em questão, para se atingir tal meta.
Sigilo e disclaimer
Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
Compreender o cenário Brasil referente ao setor de Energia Solar em 2022, passando pelos seguintes pontos: Análise macroeconômica, análises internas do setor e tendências.
Desde 2009, a produção global de energia solar chegou a atingir seu pico continuamente, com 694 terawatts-hora em 2019. Entre 2009 e 2018, os números aumentaram cerca de 673 tdfgds-hora.
No gráfico abaixo podemos observar a tendência no que tange a geração de energia. Entre elas há uma média em relação ao mundo, juntamente com diversos países relevantes. Se destacam o Brasil por estar em primeiro lugar na listagem e muito acima da porcentagem mundial, e o Reino Unido que diminui a sua produção.
Quando analisamos o mercado de energia elétrica renovável nacional nos últimos anos, é clara a evolução do segmento, com uma evolução constante de produção, até mesmo em comparação a geração de energia de fontes não renováveis, a energia limpa tem crescido em proporção. Em 2014, cerca de 70% da geração de energia nacional era renovável, este número cresceu para aproximadamente 87% no último trimestre de 2020, enquanto em números absolutos o valor cresceu de 421GWh* para 487GWh*.
Quando analisamos os dados de energia sustentável mais afundo, vemos que um nicho específico desse setor tem chamado a atenção e criado fortes expectativas, o de ENERGIA SOLAR.
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da geração de energia renovável em 2020 contra
Apesar do ano de 2020 ter sido prejudicial para a grande maioria dos setores, o mercado de engenharia elétrica foi um verdadeiro ponto fora da curva no que tange o balanço positivo do setor.
As demandas dos clientes se alteraram à medida que houveram menos obras, dando mais espaço para os serviços de manutenção de instalações elétricas e de cabeamentos estruturados, que necessitaram de maior cobertura devido ao sistema de home office implementado nas organizações.
Em 2018, era estimado que 99,7% dos domicílios possuíam energia elétrica, seja por fonte geral (99,5%) ou alternativa. Em se tratando de disponibilidade de energia em tempo integral, as regiões se encontram com:
Em 2020 foram utilizados 475.648 GWh de energia, com principal foco em São Paulo, representando 27,1% do consumo do país.
Top 10 Players em Receita no Brasil
Essa lista foi retirada procurando às seguintes palavras-chaves, “energia solar” e “fotovoltaica” nas descrições de cada empresa. Existe a possibilidade das informações não estarem completamente atualizadas e o core business delas não ser voltado para a energia solar.
Top 10 Players em Receita no Mundo
Essa lista foi retirada procurando às seguintes palavras-chaves, “energia solar” e “fotovoltaica” nas descrições de cada empresa. Existe a possibilidade das informações não estarem completamente atualizadas e o core business delas não ser voltado para a energia solar.
A energia hidrelétrica é de longe a principal fonte de geração de eletricidade no Brasil, respondendo por quase 64% da produção do país em 2020. Outras fontes renováveis como eólica e biomassa representaram 9,2 e 9% da produção, respectivamente. Naquele ano, a geração de eletricidade no Brasil foi de aproximadamente 621 terawatts-hora.
Em linha com as tendências globais, a geração de energia solar no Brasil disparou nos últimos anos. Em 2020, a geração de energia solar no país sul-americano ultrapassou 10,7 terawatts-hora, um aumento de mais de 61% em relação ao ano anterior. A energia solar foi responsável por 1,7% da geração de eletricidade do Brasil em 2020.
Ao analisarmos o nicho específico de energia solar vemos um crescimento significativo durante os últimos anos. Em potência instalada, a energia solar saiu de 21MW em 2014 para aproximadamente 8.470MW ao final do primeiro trimestre em 2021 de acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), chegando a ser um pouco mais de 4% do total da capacidade instalada de energia renovável nacional.
Tal crescimento é um reflexo de diversos incentivos e campanhas, públicas e privadas, para o avanço da energia solar. Ainda em 2020 vimos campanhas de empresas como a AMBEV, que irá implantar mais de 51.000 painéis fotovoltaicos e tem como objetivo até 2025 ter toda sua energia vinda de fontes renováveis. Além disso também vimos campanhas públicas, como a do estado do Espírito Santo que lançou uma série de estímulos para a implantação de tal tecnologia.
Fazendo a análise comparativa entre as 2 pesquisas da ABSOLAR de 2021 e 2022, percebemos que houve um bom crescimento em todos os 4 indicadores disponíveis.
Aumento de 35,3% quando falamos em investimento privado
39,2% a mais de empregos provindos ao setor
Crescimento de 14% no que tange tributos no ano de 2022
42,8% de toneladas de CO2 evitas em comparação ao ano anterior (2021)
Podemos também deduzir que não houve um impacto relevante da pandemia, é possível que sem ela o crescimento fosse maior, porém o mercado não deixou de crescer em momento nenhum, pelo menos no que tange esses quatro indicadores acima.
Com relação à energia centralizada (aquela produzida por grandes centros e depois distribuídas para consumo) foi também foi tido um avanço constante durante os últimos anos, este porém em menor escala quando comparada a energia de fonte distribuída. Esta representa 36% da potência instalada de energia solar fotovoltaica e também 1,9% da energia total nacional (energia de fonte renovável e de fonte não renovável) de acordo com a ABSOLAR. Porém essa é considerada uma evolução boa, visto que é o segundo segmento que mais cresceu, ficando atrás apenas de energia eólica.
As previsões feitas para a energia solar centralizada também são extremamente positivas, de acordo com ANEEL, se o segmento continuar crescendo na mesma escala, em 2025 já haverá o dobro de capacidade de produção do que em 2020 e o Brasil será um dos líderes globais em energia solar, visto um grande potencial geográfico e territorial, promovido boa parte pelos estados com predominância do Semiárido, onde a incidência solar é elevada, além da continuidade de estímulos governamentais e novos programas e investimentos privados.
Tendências Globais
Na energia centralizada já conseguimos perceber uma mudança no quadro de estados, estando presentes em maior número estados que o clima semiárido é predominante e quais tem poucas, ou nenhuma, usina hidroelétrica.
É válido ressaltar que o gráfico leva em considerações todos os projetos ainda em construção, assim, se fosse analisado somente a potência instalada atual o estado do Piauí está em primeiro lugar.
Fatores que devem impactar no crescimento do setor
Custos trabalhistas
Aumento da demanda
Recuperação Econômica Gradual dos Países
Avanços Tecnológicos
Diminuição do valor das tecnologias
Conscientização da população
Investimentos no Setor
As operações de fusão e aquisição de projetos de energia solar e eólica no Brasil terão um crescimento extraordinário nos próximos anos.
É o que afirmam especialistas do setor, que apontam os problemas crônicos do sistema elétrico brasileiro, agravados pela crise hídrica atual.
As três distorções somadas representam um valor de R$ 1,626 bilhão não pago por hospitais públicos e privados, por convênios, planos de saúde e seguradoras. Um valor que afeta principalmente pequenas e médias empresas que não conseguem se manter com valores tão elevados sem as devidas quitações.
O mercado brasileiro de energia solar tem tudo para disparar com a entrada de maisinvestimentos privados e capital estrangeiro. Entre os diversos fatores que contribuem para essa perspectiva promissora podemos citar:
Incentivos à energia solar nas próximas décadas;
Novo marco legal da energia solar, que dará mais segurança jurídica a investidores e geradores;
Necessidade urgente de diversificação e modernização do setor elétrico nacional;
Abertura do mercado para investidores estrangeiros;
Integração dos certificados de carbono nos projetos;
Consolidação do setor com o avanço de fusões e aquisições envolvendo projetos de energia renovável.
Uma reportagem do Valor Econômico aponta que o Brasil foi o epicentro das fusões e aquisições na América Latina nos últimos anos, com destaque para as energias renováveis.
Ao todo, nas últimas duas décadas, o Brasil teve 673 transações de fusões e aquisições no setor de energia. No caso das energias limpas, entre 2010 e 2019, houve crescimento de 5,4% nesse tipo de transação no país.
A presidente da consultoria Mangifera Analytics, Rachel Andalaft, acredita que a necessidade de reduzir nossa dependência às hidrelétricas e o aumento da demanda de energia nos próximos anos vão impulsionar a construção de projetos de novas usinas de geração solar.
A Brookfield Business Partners, braço de “private equity” da gestora canadense, firmou um acordo para a compra de 100% das ações da Aldo Solar, líder nacional em distribuição de pequenos sistemas de geração de energia solar fotovoltaica.
O fechamento da operação, que não teve seu valor revelado, está previsto para o fim de agosto. A Aldo Solar foi fundada em Maringá (PR), em 1982, como uma empresa familiar, atuando com comércio itinerante de componentes eletrônicos. Hoje, opera no mercado de “geração distribuída” de energia, vendendo equipamentos para geração solar em telhados residenciais e em pequenas usinas solares que atendem ao consumo de pequenas e médias empresas.
A empresa fechou o ano passado com faturamento de R$ 1,6 bilhão e possui mais de 11 mil revendedores e instaladores independentes em todo Brasil. Segundo o anúncio, a operação com a Brookfield permitirá que a Aldo Solar aumente sua presença nacional, lance novos produtos e serviços, e continue apoiando o desenvolvimento do mercado de geração distribuída, “viabilizando retornos sólidos, consistentes e de longo prazo para a sociedade, parceiros comerciais, e usuários finais”.
Plataformas de Crowfunding
Entre as plataformas de crowdfunding de maior destaque no país está a Bloxs, que já captou dezenas de milhões de reais em usinas espalhadas pelas regiões mais ensolaradas do país, como:
Terra do sol
Usina Solar Adágio Salvador
Solar21 Condomínios
CGC Energia Solar SP
Arion Geração Solar MG
Com cotas a partir de apenas R$ 5.000, centenas de investidores puderam garantir rentabilidades superiores a 20% ao ano, em operações de dívida ou equity.
Atualmente, está aberta para captação mais um projeto de energia solar de altíssima qualidade em parceria com a TMX Energia, que já captou mais de R$ 10 milhões até o momento, em duas operações de muito sucesso na Bloxs: TMX Energy I e II.
Perfil do consumidor
Através da observação dos 2 gráficos vistos anteriormente, conseguimos retirar os seguintes insights, em primeiro colocado nas duas tabelas temos as residências tradicionais com 76,6% de todos os sistemas porém apenas com 43,6% da potência, nesse caso podemos interpretar que os sistemas instalados nas residências são de sua maioria menos potentes em comparação com outras categorias. Pode-se dizer que a vertente oposta às residências são as industrias que controlam 2,1% dos sistemas e produzem 7,8% da potência total.
DIANTE DESSE CENÁRIO EXPANSIONISTA FAVORÁVEL, APRESENTAMOS A SEGUIR OS PRINCIPAIS PLAYERS DO SETOR, COM BASE NA SUA REPRESENTATIVIDADE NO MERCADO.
Top 5 empresas
1 – Canadian Solar Brasil
Fundada em 2001 em Ontário, Canadá, a Canadian Solar opera como fornecedora global de energia, com subsidiárias comerciais de sucesso em 19 países em 5 continentes. A Canadian Solar é um fabricante líder global de módulos fotovoltaicos solares e um fornecedor de soluções de energia solar, com mais de 14.000 funcionários em todo o mundo. Com instalações industriais de ponta no Canadá, China, Brasil e países do Sudeste Asiático, a Canadian Solar possui elevada capacidade de fabricação de módulos e já entregou mais de 52 GW de módulos solares para clientes em mais de 150 países nos últimos 20 anos. No Brasil a Canadian Solar já conseguir 1500 GWh de energia gerados por ano, 172000 residências alimentadas por ano,
2 – Renovigi Energia Solar S/A
Fundada em 2012 na cidade de Chapecó -SC, a Renovigi é focada em desenvolver e oferecer ao mercado soluções que agregam à inovação e sustentabilidade, a Renovigi atua em todo o território brasileiro, com uma rede de mais de 3.500 empresas Credenciadas.
É considerada a maior fabricante de sistemas fotovoltaicos no Brasil, é uma empresa que investe em inovação transformadora e conta com mais de 1 milhão de painéis solares já instalados no país.
Eleita pela Exame e Deloitte como a média empresa com maior crescimento no Brasil por dois anos consecutivos, a Renovigi também foi certificada pela GPTW como excelente lugar para se trabalhar nos anos de 2020 e 2021.
3- Energisa
Inovação e credibilidade são atributos que definem o Grupo Energisa, um dos principais
conglomerados privados do setor elétrico do país. Há 116 anos, oferece soluções integradas para o mercado de energia elétrica no Brasil, em geração, transmissão, distribuição, soluções e comercialização, além de geração distribuída e energias renováveis. O Grupo Energisa controla 11 distribuidoras, em uma área de 2.034 milhões km². Presente em 862 municípios, emprega cerca de 19 mil colaboradores próprios e terceirizados e atende 7,7 milhões de unidades consumidoras, o que corresponde ao total de 20 milhões de pessoas. Juntas, essas distribuidoras respondem por um sistema elétrico composto por mais de 19,6 mil km de linhas de transmissão, mais de 600,3 mil km de redes de distribuição e 683 subestações com capacidade total de 15.094 MVA.
4 – Hidráulica Industrial S/A Indústria e Comércio ou WEG
Com mais de 2GW de equipamentos fotovoltaicos distribuídos e 500MW em usinas construídas. Esse crescimento é resultado da experiência e tecnologia que a WEG dedica à geração e distribuição de energias renováveis, oferecendo soluções completas, incluindo módulos, inversores, transformadores, cubículos e subestações, além de toda a engenharia de integração e software aplicativo.
A WEG oferece capacidade e flexibilidade para atender grandes usinas, indústrias de diversos portes e segmentos, pequenos comércios ou residências.
5 – Enel Green Power
A Enel Green Power foi fundada em dezembro de 2008 e, como parte do Grupo Enel, gerencia e desenvolve atividades de produção de energia a partir de fontes renováveis em todo o mundo.
A empresa opera com mais de 1.200 fábricas em todos os 5 continentes. Está presente com ativos em operação ou em construção em 21* países e tem também atividades de desenvolvimento em mais 6 países. A capacidade renovável instalada é mais 50 GW com uma variedade de alternativas de produção que inclui as principais fontes de energias renováveis, incluindo a energia eólica, solar, hidrelétrica e geotérmica. A Enel Green Power desempenha um papel fundamental no processo da transição energética, sendo um dos principais operadores do setor de energia renovável em todo o mundo. O objetivo da empresa é acompanhar o planeta em direção a uma nova era descarbonizada de energias sustentáveis, para todos.
A Enel Green Power também é um dos membros fundadores da RES4MED – Renewable Energy Solutions for the Mediterranean and Beyond, uma associação criada em 2012 para promover as energias renováveis e as infraestruturas necessárias de energia elétrica para o seu transporte na região do Mediterrâneo.
BIG PICTURE DO SETOR DE ENERGIA FOTOVOLTAICA
ANÁLISES INTERNAS DO SETOR
5 Forças de Porter
O QUE É?
É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico
MÉDIA
É um mercado com complexidade alta e que necessita de expertise, porém, como está em ampla expansão, é provável a entrada de novos competidores no futuro próximo.
MÉDIA
O produto em si é específico e particular, não existem muitas variedades de substitutos. Porém, com o avanço da tecnologia, futuros avanços e evolução nos produtos podem trazer não substitutos, mas produtos mais atuais e baratos.
ALTA
Alta dependência da china, EUA e seus equipamentos devido a uma cadeia produtiva ainda em expansão, assim gerando uma dependência dos fornecedores e dos seus preços.
BAIXO
Mercado ainda com poucos players, os compradores não tem muito poder de barganha nem opções de produtos ou empresas substitutas (variando de localidade a localidade).
ALTA
Existem ainda um número pequeno de empresas no ramo quando comparado com outros setores, porém, existe uma perspectiva de aumento da concorrência com o crescimento do mercado esperado para os próximos anos.
Oportunidades
O mercado de saúde é marcado por grandes oportunidades, ele se encontra em constante expansão e inovação, e vem nos últimos anos ajudando a economia como um todo a crescer num ritmo extremamente acelerado, diversas healthtechs vem surgindo e trazendo soluções para mercados extremamente sólidos e robustos. No Brasil esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:
Popularização de Práticas Sustentáveis
Através das análises de crescimento de mercado tanto quando falamos de energia fotovoltaica quanto das demais energias sustentáveis.
Estímulos Financeiros
É notório que o governo brasileiro e até uma parcela de países vem estimulando a boa prática da instalação das placas fotovoltaicas através de facilitações fiscais e entre outras ações.
Altos investimentos privados
Nota-se que o setor de energia solar chama a atenção de grandes investidores pela várias vantagens que apresenta de adesão dos produtos pela população e pelo comércio, além da grande diminuição do valor da tecnologia.
Alta dependência de usinas hidroelétricas
Atualmente a matriz elétrica do Brasil tem 63,8% de origem das hidroelétricas, algo que se torna um ponto extremamente positivo para o mercado de energia solar por causa das crises hídricas que
Geografia Nacional
O território brasileiro é um dos melhores lugares do planeta para se ter instalações de painéis fotovoltaicos pela quantidade de horas que temos com o sol exposto e pela intensidade dos raios.
Ameaças
Como todo mercado em constante o setor de Saúde também enfrenta diversas ameaças. Sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.
Crescimento do mercado e da concorrência
É natural que atrelado ao crescimento do mercado exista um aumento da concorrência, logo, terá um aumento da competitividade.
Dependência de fornecedores
A dependência de fornecedores externos é algo que precisa ser considerado, afinal como colocado nas 5 forças de Porter cria-se uma barreira alta para novos entrantes.
Aumento da competitividade entre players
A competitividade entre essas duas energias renováveis está presente quando olhamos para o ramo centralizado. A energia eólica segue tendências de crescimento muito próximas aos da solar.
Crise proporcionada pela pandemia
A alta do dólar se torna um impasse para as negociações de exportação como um todo, desde a material prima até a tecnologia. Além da diminuição do poder de compra de diversos brasileiros que tinham condições de adquirir o produto.
TENDÊNCIAS
A análise recente da Frost & Sullivan, revela que a década de 2020 será crucial para todos os participantes da indústria de energia, pois a transição para a energia renovável deverá aumentar, enquanto o carvão terá uma retração na maioria dos mercados desenvolvidos. Custos decrescentes e políticas de energia renováveis adotadas por vários países nas seis principais geografias – América do Norte, América Latina , Europa , Oriente Médio , China e Índia – são razões importantes pelas quais são esperadas adições de capacidade solar fotovoltaica (PV) e eólica para subir nesta década. Um estimado de US $ 3,40 trilhões serão investidos em energia renovável durante a próxima década, incluindo US $ 2,72 trilhões em energia eólica e solar. Em 2030, 54,1% da capacidade instalada será renovável (incluindo energia hidrelétrica), e 37,9% será uma combinação de energia solar e eólica.
O aumento da necessidade de flexibilidade é a tendência mais significativa observada nos mercados desenvolvidos. Os operadores do sistema estão sob pressão crescente para gerenciar o sistema com produção renovável incerta, produção de carvão em declínio e variabilidade do lado da demanda. Como resultado, tecnologias e soluções como sistemas de armazenamento de energia de bateria (BESS), motores a gás, resposta do lado da demanda (DSR) e usinas de energia virtuais (VPP) estão testemunhando taxas de adoção sem precedentes entre concessionárias, fornecedores de soluções e consumidores finais.
As oportunidades de crescimento para os participantes do mercado variam consideravelmente, dependendo da região:
– América do Norte : Altos custos de energia impulsionam o forte crescimento do mercado de serviços de energia e contratos de desempenho, que mais do que dobrarão de tamanho durante a década, valendo US $ 19,14 bilhões em 2030.
– América Latina : O crescimento da população e do PIB, juntamente com o aumento da eletrificação e da industrialização, deve impulsionar a demanda de eletricidade em 3,15% ao ano até 2030.
– Europa : Até 2030,espera-se que US $ 12,91 bilhões sejam investidos anualmente em armazenamento de energia de bateria. A capacidade total instalada deverá passar de 2,91 GW em 2019 para 70,02 GW até 2030.
– Índia: A energia renovável será responsável por 72,04% das adições de capacidade na Índia durante a próxima década. Custos competitivos de projetos de energia solar fotovoltaica e eólica serão a chave para investimentos futuros.
– China: A adoção de armazenamento de energia será acelerada rapidamente na China . O país é responsável por 62% da capacidade global de produção de armazenamento de bateria e está investindo para aumentar ainda mais a capacidade. Isso beneficiará o setor de armazenamento de energia, pois deverá permitir uma queda nos preços das baterias.
– Oriente Médio: Impulsionado pela mudança na política de energia da Arábia Saudita, o mercado de energia solar no Oriente Médio testemunhará um aumento nos níveis de atividade na década de 2020. Espera-se que a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, Qatar e o Irã sejam os principais mercados para energia solar fotovoltaica.
Inteligência Artificial (IA)
Solar + Armazenamento
A proporção de geradores fotovoltaicos associados a sistemas de armazenamento de energia será superior a 30%. A maior penetração de novas fontes de energia exigirá das redes de alimentação requisitos cada vez mais severos para regulação de frequência e picos de demanda, ao mesmo tempo que os custos das baterias diminuem com o avanço da tecnologia.
Alta Densidade de Potência
A densidade de potência do inversor aumentará em mais de 50% com a tendência de menor custo de geração solar (LCOE), exigindo requisitos mais altos de maior potência em um único módulo e de fácil manutenção do inversor – o que deve ser viabilizado com avanços na pesquisa de semicondutores de banda larga.
Segurança & Confiabilidade
Até 2025, será essencial a apresentação de requisitos de segurança, robustez, confiabilidade, disponibilidade e privacidade do sistema. Isso porque o aumento da capacidade cumulativa de usinas fotovoltaicas e a maior complexidade de arquitetura de rede, eleva os riscos de segurança desses empreendimentos.
Maior aceitação da tecnologia de microinversores
Microinversores convertem corrente contínua de sistemas fotovoltaicos em corrente alternada. A tecnologia é vantajosa em relação às unidades de coluna convencionais. O projeto do sistema é mais flexível, é fácil de instalar e há otimização de rendimento. Além disso, a corrente distribuída é mais segura.
Curiosamente, a tecnologia de microinversores promete ainda mais potencial. Há um aumento na demanda por unidades de filme fino que estão chegando ao mercado, e novos microinversores podem dar suporte à revolução. Os microssolares têm muitas vantagens e, sem dúvida, é uma área com potencial de crescimento em 2021.
Highlights
“Após as informações extraídas para construção do relatório, fica claro o crescimento do mercado de energia solar nos últimos anos e o potencial de manter essa tendência daqui para frente, esse fenômeno se deve por diversos fatores, entre os principais está a diminuição dos valores das placas, o aumento de estímulos financeiros e maior interesse pelas tendências “verdes”.
Dessa forma, essa situação do mercado desencadeia algumas ações, como atração de grandes investidos, concorrência mais assídua, aumento dos players e popularização da tecnologia tanto nas residências quanto nas industrias.”
Depois de tanto tempo com restrições, retomar as atividades fora de casa é um desejo de muitas pessoas para começar a retornar à realidade. Por isso, comer fora de casa acaba sendo um dos programas sociais mais buscados e o setor de food service comemora. Este claramente não é um hábito que surgiu com a flexibilização da pandemia: segundo uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), as vendas da indústria alimentícia para o setor de refeições fora do lar cresceram 184,2% entre os anos de 2009 e 2019, em uma média de 11% ao ano, registrando em 2019 um valor acumulado de R$ 184,7 bilhões.
Depois do baque sofrido em 2020, em que o share da alimentação caiu dos 33% de 2019 para 24% (os 76% restantes foram direcionados ao varejo alimentício), o esperado era que 2021 fosse um ano decisivo para a retomada do setor, e os números não decepcionaram. A ABIA estimou o fechamento do ano em 27% de participação nas vendas totais da indústria de alimentos no mercado interno (R$ 173,3 bilhões) em 2021. O aumento representa 23,9% a mais que o registrado no ano anterior, precedendo a recuperação completa do food service em 2022.
O setor de bares e restaurantes no Brasil foi um dos muitos setores impactados diretamente pela pandemia da Covid-19. De março do ano passado até julho de 2021, estima-se que 335 mil empresas fecharam em definitivo e 1,3 milhão de trabalhadores foram demitidos no país. Até março de 2020, eram 1 milhão de negócios do setor e 6 milhões de empregados diretos. Sendo assim, 30% das empresas de bares e restaurantes encerraram suas atividades no país por conta da pandemia, e 20% dos trabalhadores deste setor perderam seus empregos.
Só nos primeiros quatro meses de 2021, mais 100 mil empregos foram perdidos e mais 35 mil empresas fecharam as portas. O faturamento do setor em 2020 foi de R$ 175 bilhões, frente a R$ 235 bilhões em 2019. Um prejuízo de arrecadação de R$ 60 bilhões.
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% Dos B&R encerraram atividade
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Milhões de trabalhadores foram demitidos
Após longos meses de prejuízos, consequência direta da pandemia da Covid-19, o setor de bares e restaurantes tem se aproximado dos patamares pré-pandêmicos, e já sinaliza crescimento no país. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a expectativa de faturamento para este ano é de R$ 215 bilhões.
Em julho de 2021, segundo a Abrasel, o setor está faturando, em nível nominal (ou seja, sem correção da inflação), semelhante a julho de 2019. Em termos reais, considerada a correção da inflação, o mês está 15% abaixo comparando esses dois períodos. A expectativa da Abrasel, no entanto, é de que no segundo semestre o faturamento cresça, uma vez que o setor está acelerando, devendo fechar os últimos seis meses deste ano no mesmo patamar do segundo semestre de 2019, já considerando a inflação.
Apesar da perspectiva de crescimento, especialistas apontam um cenário de super endividamento das empresas. O setor está superendividado, com mais de 64% com dívidas em atraso, e a normalização do faturamento não será suficiente para equacionar o problema tão grande que foi gerado. Além disso, muitos empresários do ramo estão enfrentando dividas em bancos e dívidas de impostos e aluguel.
E o que mudou em relação ao período pré-pandêmico?
Com as adaptações para seguir em funcionamento mesmo durante a pandemia, algumas características das operações no mercado de bares e restaurantes já não são mais as mesmas. Como exemplo, se antes os estabelecimentos optavam por operar apenas presencialmente, ou seja, recebendo pessoas no salão, hoje há mais flexibilidade. Os sistemas de retirada e de entrega ganharam muitos adeptos nesse período e tendem a continuar sendo uma alternativa lucrativa.
Nesse sentido, as tecnologias de conectividade e cloud ajudaram consideravelmente a expandir o negócio para o ambiente digital, facilitando, assim, o relacionamento com o consumidor, ao oferecer o que ele precisa ou deseja. Além disso, o levantamento da Abrasel mostra que 72% do setor opera com menos funcionários hoje do que antes da Covid-19. Embora 31% dos estabelecimentos tenham a intenção de investir em novas contratações, 58% vão ajustar o quadro de funcionários e 27% ainda terão que recorrer a demissões.
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% Do setor opera com menos funcionários
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% Do setor ainda terão que recorrer a demissões
Entre as que estão contratando, uma em cada cinco afirmam estar com dificuldades em encontrar mão de obra. Os cargos mais qualificados são os que têm menos oferta de profissionais, segundo a pesquisa. Profissionais como chefs de cozinha, gerentes e cozinheiros são os mais difíceis de encontrar vaga, depois vêm os especialistas, como sushimans.
Sazonalidade movimenta o mercado
Com a chegada do verão, o setor de bares e restaurantes, em especial nas regiões litorâneas do país, projeta bons números para o período. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a área deve movimentar cerca de R$ 80 bilhões e gerar mais de 60 mil vagas de emprego entre os meses de janeiro e março de 2022.
A expectativa é de que, no verão, nas regiões litorâneas, o aumento nas vendas nos bares e restaurantes possa chegar a 30%. Uma das explicações para as perspectivas positivas do setor se dá ao fato de que muitas pessoas deixaram de viajar para o exterior. Sendo assim, o consumo interno tem sido alavancado de forma inédita, especialmente nos pontos turísticos nacionais.
COMPORTAMENTO DO PÚBLICO
Inegavelmente, a conduta do consumidor mudou bastante. Embora esses novos hábitos tenham sido adquiridos pelas necessidades impostas, alguns podem ter vindo para ficar. A consultoria Dunnhumby divulgou um relatório em abril de 2021 sobre o comportamento do consumidor brasileiro após a chegada da Covid-19 ao País. Entre os resultados, destaca-se que 4 a cada 10 pessoas continuam comendo mais em casa, em comparação ao período anterior.
De olho nessa tendência, o mercado de bares e restaurantes começaram a investir em sistemas de entrega e retirada, programas de fidelidade ou em kits personalizados. Estes levam uma experiência para a casa da pessoa, que pode montar, por exemplo, seu lanche preferido de uma hamburgueria.
Ainda na reportagem baseada em pesquisa da Dunnhumby, os entrevistados responderam sobre fatores que pesam na hora da compra. Nesse sentido, o preço é o grande decisor para 80% das pessoas, enquanto 21% priorizam a qualidade. Em paralelo, a pesquisa antes de comprar também se tornou um hábito para 47% dos brasileiros. Aliás, na pesquisa, o Brasil é o quinto país com maior preferência em manter este hábito de comer em casa, perdendo apenas para a Coreia, Malásia, Tailândia e China.
Preferências Preço x Qualidade
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Outros pontos importantes da mudança do hábito do consumidor são a preocupação com os impactos da alimentação em diferentes setores. Segundo o estudo da EY Parthenon, publicado pela Veja Insights, em setembro de 2020, no pós-pandemia, haverá um novo estilo de vida para os brasileiros. Sendo assim, 75% dos entrevistados pretendem priorizar decisões de compra mais saudáveis, enquanto 70% deles se atentarão mais aos impactos ambientais e sociais de seus gastos. Além disso:
89% aumentarão ou manterão seus gastos atuais em alimentos frescos;
64% buscarão o serviço de kits de comida;
62% comprarão refeições preparadas em estabelecimentos para consumo posterior;
72% vão continuar ou aumentar a compra de alimentos congelados;
33% optarão por novas marcas para apoiar negócios locais.
Ou seja, há uma busca por alimentos mais nutritivos e cuja produção cause menor impacto ambiental, como as proteínas vegetais. Dependendo do público-alvo do negócio, o mercado de bares e restaurantes precisa responder a essas novas demandas e se ajustar.
Restaurantes de comida a quilo
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) estima que 40% dos restaurantes especializados em comida a quilo fecharam no país devido à crise econômica causada pela pandemia de covid-19. O Brasil tinha cerca de 200 mil estabelecimentos desse tipo, e a estimativa atual é de que esse número tenha caído para 120 mil.
Nas regiões com grande concentração de escritórios, as medidas de restrição e o grande número de pessoas em trabalho remoto reduziram o movimento nos estabelecimentos de refeição rápida. Segundo a Abrasel, os restaurantes por quilo ou self-service, que tinham grande procura antes da crise, atualmente têm menos de 10% do movimento pré-pandemia.
Saúde financeira dos restaurantes
Muitos bares e restaurantes tiveram que operar de portas fechadas e apenas por delivery, o que impactou diretamente o faturamento e fez com que vários deles precisassem recorrer a linhas de crédito para manter seus negócios abertos e com saúde financeira. De acordo com uma pesquisa feita pela Abrasel, em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, quase 4 em cada 5 bares e restaurantes tiveram que captar recursos durante a crise.
O estudo, realizado com 875 estabelecimentos comerciais de todo Brasil durante o mês de junho, mostra que aqueles que procuraram por empréstimo optaram, em sua maioria, por bancos privados (43,7%), seguido das cooperativas de crédito (16,6%) e aplicativos de delivery (9,42%).
Outras opções como amigos ou agentes privados, adquirentes, bancos digitais e aplicativos de pagamento também foram mencionadas. A pesquisa revela ainda que dos bares e restaurantes que tentaram um empréstimo durante a pandemia, apenas 50% conseguiram. Entre as principais razões para a não liberação dos recursos foram citadas: restrições com o nome da empresa (39,3%) ou com o nome do proprietário/sócio (23,2%) e não conseguir apresentar garantias e/ou faturamento suficientes (33,6%).
O crédito é uma realidade para os estabelecimentos comerciais mesmo antes da crise ocasionada pela Covid-19. Dos entrevistados, 74,9% afirmaram já terem solicitado um empréstimo desde que começaram os negócios, tendo como principais motivos garantir fluxo de caixa (26,6%), pagar dívidas (25,0%), realizar reformas no espaço físico e/ou ampliar o estabelecimento (10,7%). No mais, nota-se que para 8,6%, o valor do empréstimo também foi direcionado para implantar e/ou ampliar o modelo de delivery.
Delivery
O serviço de delivery passou de um diferencial para uma necessidade do mercado, em diferentes áreas. Com a chegada da pandemia, esse mercado se tornou ainda mais fundamental, estimulando o maior consumo e influenciando hábitos da população, tanto com relação ao aumento da frequência de pedidos por um mesmo usuário de apps de entrega, como com a chegada de novos consumidores. De acordo com dados do site Statista, o Brasil foi destaque no segmento de delivery na América Latina em 2020. Sozinho, o país foi responsável por quase metade do mercado, chegando a 48,77%. Em seguida, México e a Argentina, com cerca de 27,07% e 11,85%, respectivamente.
Atualmente, o país conta com grandes players de atuação nacional e outras empresas do segmento com abrangência unicamente regional. Entretanto, nos três Estados do sul do Brasil o mercado é explorado pelos grandes apps, como iFood, Rappi, com margem de negócio para players regionais compreenderem com maior propriedade o perfil e as necessidades dos consumidores locais.
A importância das parcerias com marketplaces de delivery
Segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), por causa da piora da pandemia que enfrentamos no começo de 2022, a projeção de faturamento do setor neste ano, prevista inicialmente para R$ 235 bilhões, deve cair para R$ 215 bilhões. Ele deve ser, porém, superior ao do ano passado, R$ 175 bilhões. De acordo com a associação, das cerca de um milhão de empresas do setor de bares e restaurantes no início do ano passado, 300 mil fecharam as portas por causa da pandemia do coronavírus.
Mas o que fazer nesses momentos de crise? Como aumentar o faturamento? Muitos donos de bares e restaurantes tiveram que apostar no ambiente digital numa velocidade em que não esperavam. Além disso, empresas de vale refeição como a sodexo fizeram parcerias com os principais marketplaces de alimentação do mercado, para que todos passassem a aceitar o cartão-refeição da empresa.
Saída do Uber eats
O anúncio de encerramento das operações de entrega de refeições no Brasil feito pela Uber Eats foi recebido com pesar e muita apreensão pelo setor de bares e restaurantes. Para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), é sintomático que cerca de um mês após a Delivery Center anunciar o fim de suas atividades no país, outra gigante do delivery faça o mesmo.
Na visão de especialistas, isso representa uma significativa perda de competitividade no mercado de delivery. Segundo ele, uma possível solução para a crise possa ser a implementação do padrão Open Delivery, iniciativa liderada pela Abrasel e que disponibiliza um código aberto para padronização de cardápios e pedidos, tornando o mercado de delivery mais transparente, ágil, acessível e competitivo, já que a tendência é que os restaurantes passem a trabalhar com mais marketplaces, estimulando melhores práticas, preços e prestação de serviço..
Recuperação do setor
Embora a pandemia do coronavírus tenha afetado em cheio o setor de alimentação fora do lar, o número de novos negócios abertos apenas no primeiro semestre de 2021 já é maior do que no mesmo período de 2019, antes do aparecimento da doença que paralisou o mundo. Dados divulgados na última semana pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária (IBPT) apontam a abertura de 16.659 restaurantes, lanchonetes, casas de suco e similares em todo o Brasil de janeiro a junho de 2021.
É um número maior do que no mesmo período de 2019, quando 13.326 novos negócios foram criados, e de 2020, com 10.939 sendo que a pandemia no Brasil começou a afetar o comércio a partir do final do mês de março. A pesquisa leva em consideração os dados públicos da Receita Federal do Brasil, e estima que 85% deles são de negócios independentes e 15% de franquias. Esse bom desempenho contrasta com o número de fechamento de empresas ao longo da pandemia que, segundo entidades representativas do setor, ficou entre três a quatro em cada 10 estabelecimentos.
Alimentação fora de casa cresce e indústria vê volta a normalidade
Após cair mais de 24% em 2020, a participação do food service nas vendas da indústria de alimentos e bebidas apresentou retomada em 2021, ano em que foi iniciada a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. As vendas para bares e restaurantes somaram R$ 176,3 bilhões, crescimento de 26% ante o registrado no primeiro ano de pandemia, segundo números divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). Descontada a inflação, as vendas reais da indústria de alimentos e bebidas cresceram 3,2% no último ano, resultado semelhante ao observado em 2020.
Ticket Médio
Em relação ao tíquete médio despendido nos estabelecimentos de foodservice, uma pesquisa do IDF mostra o crescimento de quase 13% em outubro de 2021, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, passando de R$ 31,50 para R$ 35,60.
Esse aumento poderia ser comemorado se não corroborasse a subida da inflação no setor, que foi de 3,2 pontos percentuais no período, saindo de 5,5% em outubro de 2020 para 8,7% no mesmo mês de 2021.
Fonte: IFB
Emprego
A oferta de empregos em bares e restaurantes vem em um bom momento para a retomada da economia no setor. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Abrasel, mostra que quase metade das empresas desse segmento estão com as finanças ajustadas e prontas para recuperar o tempo perdido, em função da pandemia.
Uma estimativa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) prevê que o setor deve movimentar cerca de R$ 80 bilhões e gerar mais de 60 mil vagas de emprego entre janeiro e março do ano que vem. Nas regiões litorâneas, o aumento nas vendas em bares e restaurantes pode chegar a 30% em virtude do verão.
Formas de pagamento
Uma pesquisa, realizada através da internet, pela ABRASEL em que obteve mais de 1.200 respostas de todos os estados do país metrificou padrões de consumo por parte dos clientes. O levantamento mediu como anda a aceitação do Pix em bares e restaurantes. Nada menos do que 93% disseram já ter adotado o sistema para receber dos clientes. No entanto, o Pix ainda está longe de se transformar no meio preferencial de pagamento: apenas 3% disseram ser este o principal método usado pelos clientes no salão ou balcão, índice que melhora ligeiramente no delivery: 7%.
O cartão de crédito continua sendo o mais usado – tanto no salão (65%) quanto no delivery (73%). Em ambos os casos, o pagamento com dinheiro em espécie foi apontado como meio preferencial por apenas 1% dos estabelecimentos entrevistados.
Big Picture
R$ 173,3 bi
Vendas totais da indústria de alimentos em 2021
40%
dos restaurantes a quilo no Brasil fecharam as portas
48,77%
Participação do Brasil no Share Latino Americano
de delivery
31%
Do setor pretende contratar novos funcionários
64%
Dos empreendimentos possuem dívidas atrasadas
80%
Do público leva em consideração o preço ao escolher um restaurante
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
O QUE É?
É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico
Entrantes Potenciais – Alta
O segmento de bares e restaurantes apresenta um alto risco de entrantes potenciais devido a sua baixa barreira de entrada, o segmento não exige certificações específicas, o que vai definir a barreira será o porte e proposta do empreendimento.
Produtos Substitutos – Alta
O segmento apresenta um alto índice de produtos substitutos devido a sua extensa quantidade de player e diferentes forma de atuação.
Poder dos Fornecedores- Baixa
Devido a alta concentração de players no mercado os players acabam perdendo poder de barganha.
Poder dos Compradores – Alta
Devido a alta concentração de player e diferentes produtos e experiências ofertadas nos empreendimentos do setor, os compradores acabam possuindo um alto poder de compra.
Rivalidade entre players – Muito Alta
O setor apresenta uma alta rivalidade entre os players, muito por conta da alta variedade de empresas e produtos ofertados. Além disso, com o boom do delivery, as empresas estão enfrentando uma corrida de eficiência na modalide.
OPORTUNIDADES
O mercado de Bares & Restaurantes, apesar da baixa causada pela pandemia, é marcado por grandes oportunidades ao longo dos últimos anos, ele se encontra em constante expansão e inovação, e vem ajudando a economia como um todo. No Brasil esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:
Setor ligado ao cotidiano do Brasileiro
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor ao longo dos últimos anos de pandemia, o segmento está ligado ao cotidiano do brasileiro, sendo assim, a medida que trabalhos, faculdades e escolas voltam a normalidade, o movimento do ramo tende a aumentar e consequentemente os gastos.
Novas formas de atuação
Devido ao boom da modalidade de delivery e take Away, novas oportunidades de mercado surgiram, ajudando o empreendimento a ampliar seu raio de atuação sem a necessidade de investir grande quantias de dinheiro, um exemplo disso são as Dark Kitchens.
Pontos físicos mais baratos
A crise provocada pela pandemia irá tirar muitos empresários do mercado por conta das dificuldades de manter o negócio em pé. Ao mesmo tempo, isso iria criar oportunidades para outros ingressarem no mercado, com um aumento da vacância de espaços em shoppings centers e nas ruas consequentemente, com melhores negociações de aluguéis.
AMEAÇAS
Como todo mercado em constante recuperação pós pandemia, o setor de Bares & Restaurantes também enfrenta diversas ameaças. Sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.
Inflação
Ainda que já seja possível encontrar bares e restaurantes lotados novamente, 2022 dificilmente será um ano brilhante para o setor. Primeiro, pela dificuldade de cravar a recuperação com uma inflação acumulada acima dos 10% e diante de uma economia incerta, o que abala a confiança do consumidor brasileiro.
Variantes e contaminação local
Segundo, pelas ondas da Ômicron e de influenza, que estão dificultando a operação e provocando novos fechamentos desta vez, em decorrência do alto índice de contaminações entre os trabalhadores, afastando cerca de 20% dos funcionários dos salões toda semana, segundo a Abrasel.
Mudança do padrão de consumo
Este será um dos maiores desafios do setor: convencer as pessoas a voltarem a comer fora de casa. Muitos dos que precisaram voltar às atividades presenciais criaram estratégias alternativas para fazer suas refeições nesses últimos dois anos, com novos hábitos de consumir comida caseira ou adequados ao delivery de marmitas. Mais do que isso, os 71% de brasileiros que perderam renda nesse período, seja pelo desemprego, pressão inflacionária ou achatamento salarial, devem rever essa frequência de alimentação na rua.
TENDÊNCIAS
Segundo a ABIA, o share de mercado do food service deve ter uma melhora este ano, alcançando os patamares de 28% de crescimento. Como o cenário para este ano é de aumento da taxa de juros, endividamento, inadimplência e encarecimento do crédito, os negócios do setor de food service devem estar atentos e preparados para aproveitarem o crescimento estimado para o ano.
Cardápios informativos
Com a sociedade cada vez mais consciente sobre a origem do que consome cotidianamente, é natural que isto seja refletido na forma como as pessoas esperam transparência e produção justa dos alimentos, alinhados com a redução do impacto no meio ambiente.
Para isso, a disponibilização de cardápios que contenham não apenas a composição dos pratos, mas que tragam também a origem dos ingredientes e seus diferenciais, pode ser um grande diferencial na experiência destes consumidores.
Carnes veganas
Alimentação vegana e vegetariana já é uma realidade difundida e “posta à mesa” há alguns anos. Para transformar e integrar ainda mais esta cultura ao meio gastronômico, a inserção de, pelo menos, uma opção vegana no cardápio está se tornando um diferencial para restaurantes na atração de um público que ainda pode estar muito segmentado.
Além disso, apostar nesses pratos pode ser importante para oferecer mais uma opção para clientes que estão habituados com sabor, cheiro e textura da carne, mas que ainda não sabem que é possível atingir a mesma experiência com produtos que possuem ingredientes 100% de origem vegetal.
Ghost restaurants/Dark Kitchens
Em linha com o crescimento exponencial do delivery nos últimos meses, estes estabelecimentos vêm se consolidando como modelo de negócio, uma vez que funcionam exclusivamente para entregas a domicílio e dispensam a necessidade de um salão.
As vantagens desta estratégia estão no baixo custo e no direcionamento de um serviço que tende a permanecer em alta, mesmo com a reabertura do atendimento presencial e a perspectiva de um abrandamento da pandemia.
Análise de dados
Em sintonia com o boom do delivery, alguns restaurantes têm investido também na análise de dados gerados pelos sistemas de gestão e entrega, como a localização dos pedidos, ticket médio e quais pratos possuem mais sucesso dentro do estabelecimento.
Este recurso já é realidade em grandes redes de alimentação e vem crescendo cada vez mais em restaurantes de pequeno e médio porte, uma vez que auxiliam os empreendedores no controle de estoque, na composição de seus cardápios e no desenvolvimento de estratégias de venda, promoções, planos de fidelização ou descontos.
Parcerias entre restaurantes e supermercados
As redes supermercadistas estão aproveitando o cenário de retorno da alimentação fora do lar para apostar em serviços integrados de alimentação, com parcerias com restaurantes e opções de pratos prontos a baixo custo. Crescem também os corredores de congelados e as ofertas nas categorias de pratos semiprontos, cujo preço consegue se manter ainda abaixo dos restaurantes.
A rede Bob’s, por exemplo, lançou em novembro sua linha de produtos congelados, distribuída em supermercados pelo País. Antes, o Grupo Big já tinha fechado parceria com a Swift, da JBS, para instalação de geladeiras com itens para o dia a dia, implementando um espaço da marca dentro das lojas do hipermercado.
SOFTWARES
Goomer
A Goomer possui soluções digitais para os restaurantes, podendo ficar disponível nas mesas ou ser levado pelo garçom. Um das grandes vantagens é que existe solução do pedido até o momento do pagamento. O gestor pode detalhar as informações, colocar fotos dos pratos, além de sugerir harmonizações na tela para o cliente. Com a solução da Goomer para bares e restaurantes, a cozinha recebe automaticamente o pedido com as especificações e personalizações do cliente em tempo real. Dessa maneira, os garçons podem atender cada cliente de forma personalizada.
Bematech Mister Chef
Desenvolvido para aumentar o desempenho e a eficiência do seu restaurante, o Bematech Mister Chef é um sistema que ajuda a controlar toda a gestão financeira, de estoque e análise de indicadores via web, otimizando as receitas e reduzindo custos originados pela falta de controle.
Tecknisa
A Teknisa traz inovação para automação comercial para food service. As soluções e aplicativos integrados ao ERP geram uma gestão unificada de todas as áreas da empresa. Com sistemas POS e PDV para restaurantes, pizzarias, hamburguerias, sushis e temakerias, a empresa gera ainda economia na aquisição de softwares e nos valores das entregas fiscais.
MarketUP
O ERP MarketUP é um sistema de gestão que será a ferramenta auxiliar na administração do negócio. Desenvolvida especialmente para bares, cafés e restaurantes, a aplicação conta com recursos exclusivos para gerenciamento de estoque, emissão de documentos fiscais, controle em tempo real de fluxo de caixa, além da ferramenta “comanda”, que funciona organizando o atendimento às mesas.
TECNOLOGIA
IoT é poderosa aliada do setor
Para isso, a Internet das Coisas (IoT) é uma das tecnologias em destaque. Com a ajuda de dispositivos conectados, como sensores e câmeras, é possível monitorar todos os ambientes em tempo real.
Na prática, a IoT implementada no mercado de bares e restaurantes auxilia, por exemplo, a gerir o fluxo de pessoas no salão e a manter o padrão de higiene na cozinha. O gerenciamento do estoque também pode ser realizado por meio de recursos inteligentes, evitando-se o desperdício de alimentos e o abastecimento desnecessário.
Conectividade e cloud: uma parceria de sucesso
Trazer a digitalização para dentro dos restaurantes aumenta as chances de uma operação eficiente. Hoje, para garantir um ambiente seguro, algumas práticas, como a reserva online de mesas, já são bastante utilizadas. Sobretudo, a conectividade e a cloud são elementos-chave para que esses sistemas de gerenciamento das reservas, o delivery e a retirada de produtos funcionem da melhor forma. Os serviços em nuvem trazem o melhor custo-benefício para manter softwares atualizados, bem como para armazenamento.
Como exemplo, o cardápio digital via tablets disponibilizados no estabelecimento ou por QR Code é uma tendência que depende da conexão de internet. Aliás, o QR Code pode ser usado não só para acessar o menu, mas para pagamento pelo Pix ou, ainda, para que o cliente possa se logar à rede Wi-Fi do estabelecimento. Isso está bastante alinhado ao aumento do uso do celular para compras. Segundo estudo da MeSeems/MindMiners, 62% dos brasileiros consomem exclusivamente pelos smartphones. Nesse sentido, torna-se cada vez mais importante disponibilizar esses novos meios de pagamento, como o por aproximação, Pix ou pelo WhatsApp.
HIGHLIGHTS
“Apesar do setor ter sido bastante afetado pela pandemia e ainda apresentar reflexos desses prejuízos, o segmento apresenta boas perspectivas de retomada, principalmente pelas novas formas de atuação que estão surgindo e as inúmeras inovações tanto no âmbito tecnológico como também de consumo por parte da população. O setor apresenta boas oportunidades para empresas que já atuavam no ramo, como também para novos empresários que queiram adentrar no mercado de forma inovadora e diferente. É válido pontuar também que o setor está muito ligado tanto a rotina do dia a dia da população que muitas vezes realizam refeições fora do lar por motivos de trabalho e estudo, como também é um setor ligado ao lazer e a sazonalidade, apresentando assim boas oportunidade de atuação.”
Vinícius Ribeiro – Business Analyst
Sigilo e disclaimer
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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
Para entendermos inicialmente o mercado Fitness nacional, é necessário compreender o perfil da nossa sociedade quanto a hábitos saudáveis. Os principais indicadores que são utilizados para saber se uma sociedade esta mais saudável ou não, são: Tabagismo, Excesso de peso e obesidade, consumo alimentar e atividade física. Os dados usam como base a Pesquisa ‘Vigilância De Fatores De Risco E Proteção Para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico’ (VIGITEL), feita pelo Ministério da Saúde anualmente, os dados mais recentes são referentes ao ano de 2019, ainda não liberada a pesquisa de 2020.
Tabagismo
Os índices de consumo de tabagismo tem caído constantemente ano a ano, desde 2006, ano que a primeira pesquisa foi realizada, a porcentagem da população que era considerada fumante era de 15,7%, enquanto em 2019, ano da ultima pesquisa liberada, a porcentagem estava em 9,8%, representando uma queda de 37,5%.
% de fumantes no Brasil
Fonte: Ministério da Saúde brasileiro
Ao mesmo tempo que se fuma menos, a população brasileira tem cada vez mais buscado se exercitar e levar uma vida mais ativa. Ainda de acordo com os dados da VIGITEL 2019, a população total inativa (aquela que pratica nenhuma ou menos de 150min de atividade semanal) tem diminuído constantemente desde 2009, ano que a pesquisa começou a medir tal indicador, em 2009 15,9% da população era sedentária, hoje este valor está em 13,9%. Os indicadores de pessoas ativas também tem crescido, sendo as pessoas ativas no lazer (no mínimo 150 minutos de atividade semanal) 39% da população em 2019, contra 30% em 2009. As pessoas ativas no deslocamento também cresceram de maneira significativa nos últimos anos, passando de 10,8% para 14,1%.
CONSUMO ALIMENTAR
Consumo de frutas e hortaliças
O consumo de alimentos saudáveis tem crescido nos últimos anos, apontando uma tendência de consciência do povo quanto a sua alimentação, de acordo com a VIGITEL, de 2008 até 2015 o consumo cresceu constantemente e de 2015 para 2019 teve sutis quedas.
Fonte: VIGITEL
Consumo de refrigerantes com frequência
A porcentagem de pessoas que consomem refrigerantes também vem caindo ano a ano, chegando a uma queda significativa de 50%, caindo de 30% da população em 2006 para 15% em 2019.
Especificamente quanto ao consumo alimentar, existem alguns outros dados externos ao do ministério da saúde que são válidos serem ressaltados. Primeiramente é que não somente nossa sociedade esta mais saudável, mas como ela tem feito mais esforços tem a intenção de se cuidar mais, mesmo quando esse esforço não é concretizado. É o que revela o dado do Instituto Qualibest, que fez uma pesquisa com o público e chegou ao dado de que 73% dos entrevistados fazem esforços no dia a dia para se alimentarem melhor, 35% diz ter uma dieta equilibrada e somente 14% procuram ter uma dieta baseada em produtos naturais. Além destes dados, o relatório da QualiBest (Empresa especializada em aplicar questionário com pessoas físicas de maneira digital) trás outros insights, dentre eles a que as pessoas mais saudáveis são mais felizes e que também tem mais tendência de cozinhar seus próprios alimentos.
Excesso de peso e obesidade
Quanto aos indicadores de obesidade e excesso de peso, em contramão dos demais indicadores, ele tem demonstrado uma “piora”, onde houve um crescimento de 72%, onde em 2006 11,8% da população tinha o IMC acima de 30kg/m², em 2019, mais de 20% da população estava obesa. Entendendo um pouco mais este indicador, vemos que o principal motivo de aumento do indicador é o consumo de alimento ultra processados, que tem se comportado como uma constante ano a ano. Os dados de sobrepeso também são alarmantes, onde atualmente mais da metade da população (55,4%) esta acima do peso ideal (IMC >= 25kg/m²), este número era 23% menor em 2006, sendo 42,6%.
Um ponto válido a ser discutido é porque esses indicadores só crescem enquanto os demais apresentam melhora. Esse comportamento pode ser justificado pelo consumo de alimentos ultra processados e pelo comportamento de estresse da nossa sociedade, que devido ao excesso de trabalho, tem se mantido constantes ao longo dos anos, assim como o consumo de álcool, que também obteve um aumento significativo.
PANDEMIA
Com a pandemia e o isolamento social a população brasileira alterou significativamente seu comportamento, hábitos sociais, trabalho e saúde foram modificados, em alguns casos, para pior. Uma pesquisa feita pelo FIOCRUZ em parceria com a UFMG, a “ConVid – Pesquisa de Comportamentos”, trás alguns insights sobre os efeitos da pandemia em alguns dos indicadores da saúde citados abaixo:
De maneira geral, todos os hábitos de alimentação foram prejudicados com a pandemia: o consumo de legumes e verduras caiu 11% entre os respondentes; o consumo de alimentos ultra processados aumentou em média 35% e doces e chocolates foram em média 11% mais consumidos. Tais dados comprovam que o isolamento social foi extremamente prejudicial para os hábitos de alimentação saudável da população em geral.
Um dos hábitos mais afetados foi a atividade física, diminuindo drasticamente o percentual de pessoas que realizam no mínimo 150min de atividade mensal, tal queda é justificada devido ao fechamento das academias;
Hábitos negativos também foram potencializados no momento da pandemia. Foi registrado um aumento no volume de cigarros fumados por quem já é fumante e 17,6% da amostra afirmou aumentar o consumo de álcool.
ACADEMIAS
Outro fator chave para o entendimento do ‘fitness’, é o segmento de academias. Ele acompanha o comportamento da sociedade e demonstra bem como anda todo o setor no país! Os principais dados do setor são da International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA).
Número de academias
O Brasil é o segundo maior mercado de academias do mundo. De acordo com o relatório da IHRSA, o volume de academias no Brasil só fica atrás do estados unidos. Em 2019, ano do ultimo relatório disponível, o número de academias era de 29.525, este número representou uma queda de 15% em relação ao valor de 2018. Isso pode ser justificado pela ascensão das academias de franquias de baixo custo, que minaram as pequenas academias de bairro que eram grande parte do mercado até então. Tal queda não foi o suficiente para retirar o Brasil do Top 2 global em número de academias, visto que o terceiro colocado ainda é o México com 12,871 academias.
Faturamento
Mesmo o número de academias diminuindo, o faturamento do setor cresceu em 2019, depois de uma singela queda em 2018 quando comparado com 2017.
Número de membros
Enquanto o faturamento e o número de clientes vem oscilando, o número de membros das academias só cresce com o passar dos anos, mostrando a tendência de crescimento do setor.
Taxa de penetração da população
Um indicador relevante para entender o comportamento do mercado é a taxa de penetração da população em academias, o Brasil é um país que tem atualmente uma taxa de penetração de aproximadamente 4,6% da população. Comparado aos demais países da américa latina, o Brasil fica abaixo somente da Argentina, que tem 6,6% de penetração. Porém, quando analisado uma perspectiva global, o brasil tem uma taxa pequena quando comparado a países mais desenvolvidos como EUA, Canadá e toda a Europa, nesses países a taxa varia entre 15% e 20%. Esse valor mais abaixo se dá pelo fato do valor das academias representar uma alta porcentagem do salário mínimo nacional, restringindo as academias a um público de classes mais altas, que representam somente 5% da nossa população (quem ganha mais de 5mil reais).
Outros dados relevantes (2018)
Expansão das academias em rede
Um modelo de negócios que veio para ficar no mercado fitness foi o de academias de rede. Um preço mais acessível, menos profissionais de educação física no espaço de treino e maior amplitude de horários são alguns dos diferenciais desse tipo de academia que está dominando o mercado. Nos últimos anos, o crescimento das academias de rede foi gigantesco, o maior case é a rede de academias SmartFit, que de 2012 até 2019 instalou mais de 600 academias espalhadas pelo país, contando em todas essas unidades com mais de 2 milhões de clientes. entrando assim no Top 5 de academias de rede do mundo (todas as demais são internacionais).
ALIMENTOS SAUDÁVEIS
O setor de alimentos é um dos setores base para a economia fitness. Pegando o barco do varejo alimentício como um todo, a venda de produtos saudáveis vem crescendo ano a ano no país, é estimado pela Organis – Associação de Promoção dos Orgânicos que o mercado de orgânicos quadruplicou de faturamento de 2013 até 2017, além de em 2019 ter crescido cerca de 15% e em 2020 ter chegado a grande marca de 30%, acompanhando a grande alta do varejo alimentício no ano da pandemia e movimentando cerca de R$ 5,8 bilhões. Além de faturamento, o setor cresceu em produção, de acordo com o Ministério da Agricultura o número de unidades de produção orgânica cresceu 5,4% ano passado, atingindo a marca de 22.427 unidades.No aspecto geral de Alimentos Saudáveis o mercado também tem crescido bem. De acordo com o Euromonitor Internacional (consultoria), o mercado movimentou em 2019 cerca de US$ 35 bilhões e apresenta um crescimento médio de 12,5% ao ano. Ainda segundo o Euromonitor, o setor cresceu, de 2009 até 2014 cerca de 98%, número expressivo e extremamente positivo para o setor.Além disso, o nicho de marmitas também tem crescido significativamente. Esse segmento que é repleto de MEIs (representam 94% das empresas) cresceu mais de 150% de 2014-2019 em número de empresas, atingindo o valor de 239,8 mil em 2019.
ANÁLISE DO SETOR
Oportunidades
1.Hábitos saudáveis em crescimento: Quanto mais saudável nossa população fica mais ela tende a consumir produtos fitness e todo seu ecossistema, com a ascensão de hábitos saudáveis por longos anos, podemos afirmar que os próximos anos é esperado cada vez mais pessoas nas academias e movimentando o mercado alimentício fitness.
2.Novas perspectivas e métodos de exercício: Com a demanda do públicos por novos métodos de treinamento diferentes da academia, existe uma grande oportunidade de mercado para ser explorada, grande exemplo disso foi o ‘boom’ de academias de cross training visto nos últimos anos.
3.Mercado multifacetado: Com o crescimento do fitness outros setores periféricos são aquecidos, como o de marmitas (como já falado), o de moda fitness, aplicativos e oportunidades em TI, dentre outros. Com tal ecossistema aquecido existem mais possibilidades para empreendimento.
Ameaças
1.Grande concorrência: Com um mercado repleto de médios players, tanto em academias quanto em alimentação, a concorrência fica acirrada e podem haver efeitos negativos para um negócio que não sabe aproveitar a oportunidade;
2.Academias de rede: As academias e rede já vem a alguns anos alterando a dinâmica do mercado fitness, elas são a grande ameaça para quem pensa em empreender no setor.
TENDÊNCIAS
Entendendo os dados propostos do setor fitness, podemos afirmar que a expectativa para o setor é de crescimento. Com as academias em plena expansão, um público que busca cada dia mais se alimentar melhor e tem menos hábitos não saudáveis a perspectiva para o segmento fitness como um todo é de expansão. Considerando que temos menos de 5% da população em academias, que somente 35% das pessoas afirmam ter uma dieta saudável e que temos somente 40% da população nacional minimamente ativa, o tamanho do espaço a ser explorado ainda é gigantesco.
Treinamentos híbridos
Uma grande aposta do mercado fitness para os próximos anos são exercícios menos convencionais, com propostas mais dinâmicas e inclusivas do que academias, promovendo não somente um exercício mas também um momento muitas vezes em grupo de relaxamento. O treinamento funcional surgiu nos últimos anos como a grande aposta para essa modalidade, porém, nos últimos anos tipo de treino como o Cross training tem ganhado cada vez mais espaço no meio fitness.
Flexibilidade de horários
Um comportamento da nossa sociedade que veio para ficar foi o de trabalho em excesso. Com rotinas cada vez mais apertadas e atarefadas, ter disponibilidade para ir a academia em horários menos convenientes como a madrugada é uma tendência para o futuro do fitness.
Aulas e metodologias digitais
Com a pandemia, as academias precisaram ser adaptar para ensinar e manter seus alunos ativos mesmo de casa. Essa barreira criada em 2020 foi superada através de aulas online e até mesmo planos de treinamentos pagos na internet onde se pode fazer um treino rápido, eficiente e dinâmico dentro da própria casa com nada mais que um telefone.
Treinamentos ao ar-livre
Atualmente a maioria das pessoas já se movimenta em lugares aberto, parques, praias e até mesmo ruas estão repletas de pessoas correndo e fazendo exercícios funcionais, cerca de 41% das pessoas que se afirmam ativas dizem se exercitas majoritariamente fora de casa, apenas 28% estão na academia ou afins. Porém, com a pandemia essa tendência foi intensificada, com pessoas passando cada vez menos tempo em espaços de academia tradicionais.
Ambientes híbridos e completos
Estamos na era da experiência, ter um ambiente que proporcione um pouco de tudo para o cliente pode ser de fato um grande diferencial competitivo. Espaço para academia, Cross Training, treinamento funcional, restaurante, loja de roupa… Quando reunidos todos essas variações dentro de um único local a experiencia do cliente sobe para outro patamar, permitindo uma maior retenção e utilização dos serviços.
Highlights
“O setor fitness é promissor em nível mundo. A pandemia acelerou o processo de cuidados com a saúde, tendo vários de seus subnichos com resultados positivos nos últimos 2 anos.
Além disso, observamos modernização do segmento através do meio digital, que demonstra adaptação aos novos tempos de aulas online, dentre outras temáticas, que transforam o segmento também pensamento no futuro.
– Vinícius Ribeiro, analista de mercado sênior
Sigilo e disclaimer
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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
A produção automotiva apresentou expressiva retração em 2020 (-26,5% em relação à 2019). Com paralisação das atividades industriais e perda de dinamismo nas vendas domésticas e externas, devido à pandemia de 2020, o desempenho da produção foi prejudicado, que interrompeu três anos consecutivos de crescimento. O faturamento do setor em 2019 foi de R$ 150,9 bilhões e a estimativa para o ano de 2020 foi cerca de R$103 bilhões. Segundo dados da mesma instituição, a projeção é que o ano de 2021 consiga recuperar as perdas de 2020 e as vendas voltem ao mesmo patamar de 2018. Trazendo nessa perspectiva um crescimento de 21,2% sobre 2020 e projeção de movimentar R$ 135 bilhões.
O único sub-setor do ramo de autopeças que apresentou crescimento foi o de Reposição, que fechou o ano de 2020 1,4% acima de 2019.
A produção de novos veículos teve um tombo importante neste ano. Em projeção ajustada, a indústria deve produzir pouco mais de 1,6 milhões de novos veículos. Número bem abaixo do recorde de 2013, quando foram produzidos no Brasil mais de 3,7 milhões unidades. Esses números mostram a importância que o setor de reparação terá nos próximos anos.
Quem tem um automóvel com até dois anos de uso está optando por um modelo mais velho. Acontecendo também a troca de um carro mais sofisticado por um modelo de entrada, com o intuito de reforçar o caixa do consumidor.
EXPORTAÇÕES
A indústria de autopeças iniciou 2021 com exportações em alta, conforme dados da balança comercial divulgados no site do Sindipeças. O setor mandou para o exterior um total de US$ 446,6 milhões em janeiro, uma alta de 14,4% sobre os US$ 390,6 milhões do mesmo mês do ano passado.
IMPORTAÇÕES
Já as importações, no mesmo comparativo, caíram 7,6%, baixando de US$ 943,4 milhões para US$ 871,9 milhões. O déficit comercial caiu 23,1%, de US$ 552,8 milhões para US$ 425,2 milhões em termos interanuais. A dificuldade de comprar componentes eletrônicos, principalmente nos países asiáticos, certamente contribuiu para a queda nas compras no exterior.
Risco Brasil
Além de toda a transformação em nível global, o Brasil apresenta desafios adicionais ao setor automotivo. Um deles é a previsibilidade necessária a investimentos de longo prazo. Para isso, tem contribuído muito o Rota 2030, política industrial que trouxe organização para toda a cadeia automotiva. Por conta desse programa, todos os fabricantes estão trabalhando para cumprir (ou até mesmo antecipar) as ousadas metas de eficiência energética, de emissões de poluentes e de segurança.
Outro ponto estimulado pelo Rota 2030 é que muitas empresas estão investindo mais recursos em Pesquisa e Desenvolvimento, sem falar do montante destinado aos Programas Prioritários, que tem o objetivo de estimular sobretudo as pequenas e médias empresas do setor de autopeças, startups, a academia e várias instituições de pesquisa.
A indústria de autopeças emprega 331 mil trabalhadores no Brasil, sem contar o contingente de mão de obra alocado no setor de serviços (atacadistas, varejistas, assistência técnica etc.), em 3.077 empresas, das quais 1.824 com cinco ou mais empregados.
De acordo com a Bain & Company, esse resultado é decorrente do novo comportamento dos motoristas: com o isolamento social e o medo de contágio pela covid-19, as pessoas passarão a transitar em pequenas distâncias e a dirigir menos, buscando por regiões mais próximas de suas residências.
Esse comportamento deve permanecer pelos próximos anos. Desta forma, haverá diminuição na movimentação dos veículos, exigindo uma frequência menor de manutenção.
Na abertura do Congresso de Gestão da APAS Show 2019, o Sócio Sênior da McKinsey & Company, Sajal Kohli, apontou que, no futuro, 90% das compras do varejo ao redor do mundo serão influenciadas pelo digital.
Com isso, em virtude dos avanços tecnológicos e a transformação digital que todo o mundo está vivendo, é possível perceber a necessidade de investimentos nessa área.
As empresas precisarão investir em comunicação, fidelização do cliente e oferecer serviços adicionais para reconquistar o mercado. Algumas das medidas mencionadas são preços competitivos, revisões gratuitas em veículos, contratos de serviços de longo prazo e extensão das garantias. Para sobreviver no pós-pandemia, a pesquisa recomenda que os empresários se preparem para novas formas negócios, em um mercado ansioso por giro de caixa, aumentando da capacidade produtiva e manutenção dos níveis de estoque e de pessoal. “Esperamos que ocorra um movimento de menor dependência de cadeias de suprimento globais, especialmente a China. Nesse contexto, o Brasil pode se aproveitar para aumentar a produção para exportação a alguns países”.
Com isso, é possível perceber a importância da busca não só pela fidelização dos clientes, mas também no esforço das lojas em se tornarem referência na relação de custo-benefício em categorias, para que possam ser priorizadas pelos clientes em compras futuras.
Em 2020, quando a produção automotiva caiu 82% no segundo trimestre do ano, com 23% de retração no terceiro e 2% no último, sempre em relação ao mesmo período de 2019, a indústria de autopeças viu-se obrigada a investir em inovação e criatividade para buscar a retomada em 2021. Empresas que já possuem um histórico de pesquisas e investimentos em inovações tecnológicas saíram na frente. Com visão no futuro, elaboraram suas estratégias para atender às tendências da indústria automobilística.
Eletrificação de veículos, compartilhados ou autônomos, inteligência artificial, big data, compostos inteligentes e convergência entre máquina e serviços virtuais são tendências que devem acrescentar dados, integração de sistemas e plataformas ao mercado da mobilidade. No quesito sustentabilidade, a meta é zerar a emissão de carbono até 2025, que faz parte dos planos em comuns dessas empresas.
Em um cenário cada vez mais competitivo, a tecnologia é um dos principais aliados na logística das empresas na busca pela redução de custos e aumento na eficiência das operações, sendo crucial para sobrevivência das companhias. Além disso, com a tecnologia, é possível obter diversos benefícios.
Emissão de relatórios que identificam e facilitam a correção de erros
Negociações automáticas com fornecedores
Integração de processos e pessoas
Mais precisão no controle do estoque
Análise de pricing
De acordo com dados da área de Pricing da Nielsen, em média, 40% do produtos no varejo, poderiam gerar maior lucro e faturamento se houvesse ajustes no preço, tanto para cima como para baixo. Ou seja, entre as reduções e aumentos, ainda assim os itens acabam com preço acima da média do mercado. Há uma necessidade de atenção detalhada para a definição de preços adequados para os produtos para não impactarem o cliente negativamente, avaliando desde o segmento do produto, seja ele premium ou popular, até as necessidades de margem das lojas.
O CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente) é uma ferramenta que também pode auxiliar na precificação, principalmente em promoções feitas pelas empresas. Como disse Lucas Marques, COO do Méliuz: “Conseguimos usar a ferramenta para verificar a eficiência dos encartes físicos e identificar os produtos que, em oferta, agregam valor ao varejo e os que apenas queimam margem”. Em uma análise feita pelo Meliuz em um supermercado, percebeu-se que produtos populares, como de limpeza, por exemplo, traziam melhores resultados do que itens menos comuns, como de mercearia salgada, que impactaram de forma negativa no lucro. Desse modo, fica evidenciado a importância do estudo para que seja feita a melhor precificação possível, não afastando clientes e aumentando as margens.
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Big Picture
8º maior
Produtor de veículos do mundo.
6º maior
Mercado interno
1,3 Milhão
De empregos
4,8
Veículos/Habitante.
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Média
Visto que o segmento é específico e exige muito conhecimento específico (Know How), além de necessitar de um capital elevado dependendo do tipo de peça fornecida.
Produtos Substitutos – Baixa
Apesar de possuir uma ampla variedade de players, os serviços prestados se assemelham muito.
Poder dos Fornecedores – Média
Tendo em vista a semelhança nos serviços prestados, o poder de barganha acaba ficando limitado.
Poder dos Compradores – Alta
Tendo em vista a semelhança nos serviços prestados, o comprador ganha maior poder de barganha.
Rivalidade entre players – Alta
Forte busca pela diferenciação, eficiência e preço para conter clientes.
OPORTUNIDADES
O mercado de autopeças, apesar de muito tradicional no que tange serviços, vem sendo marcado por grandes oportunidades. Ele se encontra em constante expansão e inovação e vem nos últimos anos ganhando destaque na economia nacional, apresentando resultados positivos na maioria dos indicadores do segmento.
No Brasil esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:
Logística / Distribuição
As indústrias de autopeças precisam contar com parceiros que entendam muito bem o papel da logística em uma linha de produção e deem todo o suporte necessário para garantir a execução perfeita de todas as atividades.
Empresas logísticas que atendem montadoras de acessórios automotivos precisam ter uma intralogística afinada e profissionais altamente capacitados para evitar qualquer tipo de prejuízo aos clientes deste segmento.
Market Share nacional em expansão
Para se ter ideia, nos Estados Unidos, apenas quatro grandes empresas dominam 50% desse mercado, enquanto no Brasil as quatro maiores possuem cerca de 10%. Ou seja, há muito mais espaço para disputar por aqui.
Mercado de reposição
O segmento de reposição automotiva brasileiro movimenta R$ 100 bilhões e deve crescer entre 6% e 7% até 2023. Embora o número pareça animador, ele se baseia no envelhecimento da frota principalmente de veículos de passeio, que não deve aumentar significativamente, o que vai demandar mais manutenção e consequentemente, maior número de componentes substituídos.
Oportunidades na inovação do setor
O setor automotivo vem passando por inúmeras inovações, desde novos modelos de carros (elétricos/híbridos) até upgrades que visam melhorar a eficiência dos carros (otimizadores de combustão). Isso aponta uma excelente oportunidade para os players que visam a diferenciação e destaque no mercado.
AMEAÇAS
Como todo mercado em expansão o setor de autopeças também enfrenta diversas ameaças, apesar de estar com boas perspectivas, sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.
Concorrentes fortes com serviços completos
Por ser um setor que apresenta muita complexidade em alguns serviços prestados, alguns players ganham mais destaque e consequentemente mais mercado a medida que prestam serviços mais completos.
Moeda instável
Visto que é um setor que depende de insumos e produto final, o segmento fica muito refém da volatilidade da moeda, impactando diretamente o consumidor final.
Instabilidade econômica
O efeito cambial, o desemprego e consequente queda na renda do brasileiro, a inadimplência e a dificuldade em obter insumos e componentes importados são pontos críticos para os empresários do setor em 2021.
TENDÊNCIAS
Após encerrar 2020 com números melhores do que os estimados no início da pandemia, a indústria de autopeças espera resultados positivos para este ano, prometendo ampliar investimentos e também o quadro de mão de obra, que foi fortemente atingido no ano passado.
Em sua projeção mais recente, o Sindipeças estima crescimento de 14,6% no faturamento líquido do setor, que deve chegar a R$ 142,6 bilhões, ante os R$ 124,5 bilhões do ano passado, obtidos a partir das vendas para montadoras, reposição, mercado externo e transações intersetoriais. A queda em 2020 sobre 2019, quando a receita ficou em R$ 150,9, foi de 17,6%.
Fonte: Anfavea.
Omnichannel para ontem!
Ao menos há cinco anos esse nome corre todas as listas de principais estratégias para o varejo tanto para modelos de negócio B2B quanto B2C.
Em resumo, o omnichannel trata da integração de multicanais para uma melhor experiência do consumidor. Ou seja, uma integração do online com o offline, que vai desde o uso simultâneo e interligado de diferentes canais de comunicação, de atendimento e de vendas. É convergir todas as ações de lojas físicas, ecommerces, aplicativos, redes sociais e quaisquer ferramentas que a marca utilize, proporcionando ao cliente o acesso a marca em qualquer local, horário ou meio. Apostar em diversos canais de venda integrados pode sim ser uma das respostas para o setor de autopeças. Estas apostas nada mais são que a adaptação aos novos comportamentos dos consumidores, que não se restringem a compras, mas também a suas vidas pessoais. É fundamental utilizar esse momento para oferecer uma melhor experiência aos clientes e aos colaboradores.
Impressão 3D
A impressão 3D tornou-se atraente pelo fato de que não necessita de moldes construídos para dar forma às peças, pois a construção dos moldes custa caro, o que não fazia sentido para o fabricante produzi-las em pequena escala. A razão para tal é a possibilidade de se imprimir peças de qualquer forma ou comprimento. Para o consumidor final, isso significa produtos sob medida e atualizações estéticas totalmente únicas.
O que vender?
Segundo dados apresentados pelo Google, alguns dos termos mais pesquisados na categoria são capacetes, pneus, rodas e suspensão. Além disso, vale ficar atento a outros acessórios que viraram tendência no mercado, como câmera de ré, central multimídia, faróis de LED, filtro de ar esportivo e calha de chuva. Também vale ter atenção a itens para limpeza e organização do veículo.
Para serem resilientes, as empresas do mercado de autopeças precisarão atingir um equilíbrio delicado, contrabalançando a necessidade de contenção de custos com o olhar estratégico para evitar cortes muito profundos que prejudiquem a sua retomada.
De acordo com dados do Mercado Livre, 82% dos consumidores que compram peças e acessórios usam a Internet e 39% fazem compras online com frequência. Um grande desafio para quem deseja vender auto parts no Mercado Livre é lidar com todas as variações. Na prática, um único item pode ser usado para diversos modelos de carros, de diferentes marcas e anos. Por isso, muitas vezes o seller acaba criando um anúncio para cada variação do mesmo produto. O Mercado Livre passa a mostrar todas as peças compatíveis com o carro pesquisado. Na hora de publicar um anúncio, o seller pode definir todos os atributos para os quais a peça é compatível, tais como marca, modelo, ano e versão.
Sigilo e disclaimer
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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
O setor automotivo no Brasil, hoje, tem extrema relevância no cenário regional e mundial. O país movimenta hoje cerca de 3% do PIB do setor mundial, e ficou na 9ª posição no quesito de produção nesse mesmo panorama, de acordo com dados levantados pela ANFAVEA divulgados no ano de 2021.
A indústria automotiva vem ganhando cada vez mais destaque na América Latina, tanto no setor de produção, tanto no setor de vendas. Atualmente, o mercado é liderado por México e Brasil, os dois maiores integrantes de tal setor na região. Apesar da queda iminente na produção de veículos e peças diante da pandemia de COVID-19, dados já apresentavam que o mercado mexicano vinha em leve queda. De 2018 para 2019, houve uma queda na produção de mais de 90 mil veículos motorizados no país, alcançando um total de 4,01 milhões veículos produzidos. Enquanto no mesmo período, o Brasil aumentava sua produção em 63 mil veículos fabricados, chegando em um acumulado de 2,94 milhões.
Esses são os números de veículos motorizados fabricados pelos maiores produtores da América Latina no último balanço divulgado em 2020:
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US$ Bilhos em exportações
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US$ Bilhos em Importações
IMPACTO DA PANDEMIA
O impacto da pandemia afetou de forma direta o setor automobilístico ao redor do mundo. Não diferente no Brasil. fechamentos de grandes fábricas como a da Ford no ano de 2021, são indicadores de extrema importância no panorama do setor nacional. A falta de matéria-prima como os semicondutores, são problemas recorrentes até os dias atuais.
No quesito produção, em território nacional, houve uma queda significativa no número de veículos produzidos de 2019 para 2020. No ano de 2019, foram produzidos cerca de 2,94 milhões de veículos no país, já em 2020, o número foi de 2,01 milhões, uma queda significativa que demonstra o tal impacto.
ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO
Ao todo no Brasil, hoje são registradas 61 fábricas no país, em 10 estados diferentes e 42 municípios distribuídos pelo país. Desse total, 3 ficam localizadas no Nordeste, 4 no Centro-Oeste, 21 no Sul e 35 no Sudeste. O estado com maior destaque na produção, contando com mais de 26 fábricas em seu território é o estado de São Paulo.
De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:
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% de aumento na produção de veículos em 2022
Em termos de players de mercado assim fica a composição do cenário nacional por tamanho e relevância das empresas no setor:
Fiat Chrysler: 677 concessionárias
Volkswagen: 388 concessionárias
Chevrolet: 359 concessionárias
Renault: 294 concessionárias
O número total de concessionárias existentes no país é de
4.897 (2021).
Não somente da semelhança cultural entre vários países latinoamericanos, mas também, na composição econômica dos mesmos e da grande estabilidade dos players que fazem parte do mercado automotivo no mundo, os modelos de carros vendidos em cada localidade são, de certa maneira, muito semelhantes. A fim de exemplificar o panorama de vendas na região, o gráfico abaixo exibe os modelos de veículos mais vendidos no primeiro trimestre de 2021 na América Latina:
Atualmente no Brasil, o mercado automotivo é um dos que mais sofrem com a tributação, tanto para o consumidor final, tanto para os fabricantes e distribuidores de autopeças. Nesse contexto, o saldo registrado de geração de tributos diretos no ano de 2019 foi de 79,1 bilhões de reais. Em nível de comparação, o gráfico abaixo representa a participação dos tributos no preço final do consumidor em diferentes países:
Outro dado relevante a ser abordado é a quantidade de empregos envolvidos em determinado setor. No caso do setor automobilístico, hoje, no país estima-se que direta e indiretamente existam mais de:
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Milhão de empregos
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Empregos
Já empregos diretos do setor exclusivo de produção de autoveículos e máquinas agrícolas, foram contabilizados em 2021 mais de:
Os carros híbridos e elétricos vêm tomando cada vez mais espaço no panorama nacional. Do ano de 2019 para o ano de 2020, houve um aumento de mais de 70% nos emplacamentos dos carros exclusivamente elétricos.
Estima-se que até 2021, a frota de carros elétricos beirou os 73 mil carros, sendo São Paulo o estado com maior número de modelos.
Big Picture
Previsão de 9,4% de crescimento em 2022
57 unidades industriais no país
4897 concessionárias
1,2 milhão de empregos (diretos + indiretos)
27 fabricantes atuando no mercado nacional
Entrantes Potenciais – Baixa
A barreira de entrantes potenciais é vista com baixa, uma vez que esse mercado exige uma grande quantidade de capital para investimento, além das complicações em trâmites legais e a forte consolidação de imagem e marca dos players.
Produtos Substitutos – Média
Os produtos substitutos raramente conseguem prover a mesma conveniência dos automóveis no uso diário. Existem alternativas no mercado, que em grande maioria, atuam em paralelo, não ameaçando diretamente.
Poder dos Fornecedores- Alta
O poder de barganha dos fornecedores pode ser considerado com baixo, diante da grande oferta de fornecedores que na maioria das vezes são pequenas empresas. Além disso, o uso de materiais substitutos facilita neste quesito.
Poder dos Compradores – Alta
Os consumidores do mercado automotivo, de forma geral, são muito sensíveis ao preço, alternando sem muita dificuldade para modelos alternativos, uma vez que o ticket médio do mercado possui alto equilíbrio.
Rivalidade entre players – Muito Alta
Com um número moderado de players e empresas com grande experiência de mercado, além da alta taxa de fidelização dos clientes, o que implica em uma dinâmica de alta competitividade.
OPORTUNIDADES
Mesmo com a falta de matéria-prima que afeta o mercado global, as tendências de produção visam um aumento para o ano de 2022. Cada vez mais, também, carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no mercado, em paralelo com o fortalecimento do mercado de automóveis seminovos, que vêm acompanhando de forma gradativa o aumento do ticket médio dos carros novos.
AMEAÇAS
Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.
Atualmente, a crise dos chips e semicondutores vêm afetando de maneira brusca a produção de automóveis ao redor de todo o mundo. Além disso, com a instabilidade do dólar afetando o barril de petróleo, o preço da gasolina aparece como um dos grandes vilões nesse mesmo viés, assim como a altas taxas de juros que vêm dificultando o acesso ao crédito no Brasil.
TENDÊNCIAS
PANORAMA DE VENDAS/PRODUÇÃO
O agronegócio é, atualmente, um dos principais sustentadores do PIB brasileiro. Para 2022, a perspectiva, segundo o CNA e o Cepea, é de um aumento de 5% nos resultados do agronegócio, caso se confirme a safra recorde de um volume 14% maior que em 2021, de 289 milhões de toneladas. O clima no ano de 2022 será melhor para o produtor brasileiro, o que será fundamental para o aumento do volume da safra.
Fonte: Anfavea.
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Milhões de carros seminovos e usados vendidos em 2021
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% de aumento em comparação com 2020
O ano de 2021 apresentou fortes tendências no comportamento dos consumidores dentro do setor automotivo no Brasil. Um grande destaque vai para a categoria dos SUVs, que, mesmo com maior média de preço, lideraram os emplacamentos até o final do dado ano. Em comparação com o ano de 2018, no qual um a cada cinco veículos vendidos no país era um SUV, os emplacamentos no ano de 2021 registraram dados muito mais animadores para o setor. Até o mês de dezembro, de todos os carros emplacados no ano, cerca de:
Restrições e Tecnologias
No primeiro mês de 2022, a resolução PROCONVE L7 entrou em vigor, visando diminuir as tendências de poluição causadas por veículos automotivos. Tal resolução, afeta diretamente nas linhas de produção das fabricantes de veículos, uma vez que as restrições impostas pela resolução, visa ajustes em peças como:
Motor
Catalisador
Tanque de combustível
Essas mudanças visam, prioritariamente, alterar a composição das peças supracitadas, a fim de diminuir os poluentes gerados no funcionamento dos veículos, como gases do escapamento e emissões evaporativas geradas no tanque de combustível, por exemplo. Com a PROCONVE L7 em vigor, espera-se que haja um aumento nos custos iniciais a fim de monitorar e garantir que a produção esteja de acordo, contando, também, com a descontinuação de diversas linhas de produção de veículos que irão acarretar em prejuízos para as fornecedoras e montadoras.
Tecnologias e Meio Ambiente
Diante de restrições e pelas causas ambientais que constantemente são levantadas, as grandes fabricantes de veículos vêm se adaptando cada vez mais quanto a esses quesitos. Para efeito de comparação, dados levantados pelo Instituto de Energia e meio Ambiente de São Paulo, o IEMA, apresentaram que os carros representam cerca de 72,6% das emissões de gases efeito estufa (GEE), representando 88% dos quilômetros rodados por veículos motorizados na capital paulista. Nesse viés, modelos de carros híbridos e elétricos começam a aparecer cada vez mais no mercado brasileiro. Mesmo com o preço médio extremamente elevado, marcas como Renault, por exemplo, já apresentaram modelos mais “acessíveis” como o Kwid elétrico, utilizando a estratégia de baratear a imagem do veículo ao associá-lo com um carro popular da marca.
Fonte: IEMA.
Sigilo e disclaimer
Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
No que tange a agricultura, temos 5 países que se destacam pela produção de grãos, sendo eles:
China: Por prover alimentos para mais de 1 bilhão de habitantes, o país se destaca na produção agrícola, sendo o maior produtor de arroz do mundo, além de serem fortes na produção de milho, cevada e oleaginosas. Atualmente, são responsáveis por ¼ de toda a comida produzida no mundo;
Estados Unidos: Os dois produtos mais comercializados são a soja e o milho, seguidos pelos frutos secos. O país é, hoje, o maior exportador agrícola do mundo, atingindo mais de US$160 bilhões em 2021;
Brasil: O maior produtor de soja e exportador de milho do mundo, além de ser o maior produtor de açúcar e café.
No Brasil o setor de saúde deve movimentar no País até o final de 2021 cerca de R$ 313,9 bilhões, o que representa um acréscimo de 13,8% em comparação a 2020 e de 21,8% em relação a 2019. Além disso, os brasileiros devem desembolsar R$ 160,9 bilhões só com planos de saúde e tratamentos, e quase R$ 153 bilhões com medicamentos em 2021. Já em relação a participação no PIB o setor de saúde representa 8% do Produto Interno Bruto.
Índia: No país, 58% da população trabalha no campo, representando 18% do PIB indiano. Durante os últimos 14 anos, houve um crescimento de 11% no setor, representando grande evolução. O país é, hoje, um dos principais produtores de trigo e leite no mundo;
Rússia: No país, 124 milhões de hectares são de terras cultivadas, produzindo cerca de 70% do total de grãos consumidos nacionalmente. Os produtos mais produzidos são o trigo e a beterraba. Além da produção, a exportação na Rússia também apresentou crescimento, com aumento de 20% em 2020.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a produtividade agrícola, em 58 anos, cresceu 155,7%. Os maiores saltos foram evidenciados nos cereais (204%, com destaque para trigo, arroz e milho), oleaginosas (102,6%), plantações de açúcar (85,4%) e frutas (81,6%).
É válido salientar que, no que tange agricultura, há grande destaque para pequenos agricultores familiares, que produzem, atualmente, cerca de 35% dos alimentos do mundo, com estimativa de mais de 608 milhões de fazendas familiares no mundo.
Cabe a ressalva que há grande discrepância entre países: enquanto na China o valor chega a 80% dos alimentos fornecidos no país, em países como o Brasil e a Nigéria o valor não ultrapassa os 10%.
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% foi o aumento da produtividade em 58 anos
MEIO AMBIENTE
O ano de 2020, com a chegada do Covid 19, o meio ambiente foi amplamente prejudicado com o aumento dos descartes relacionados à doença, como materiais hospitalares e máscaras, o que foram principais causas para ser o 3º ano mais quente da história. Em contramão, vemos que foi um ano importante para a redução da emissão de gases de efeito estufa, com queda de 8,8% nas emissões de dióxido de carbono (CO²) quando comparado a 2019. Quando analisamos o ano de 2021, o grande destaque foi para o desmatamento: o território total desmatado na Amazônia foi de 8.712 km², sendo a 2ª pior média histórica do país.
O ano de 2020 foi fundamental para a agricultura brasileira, com recorde na produção nacional, sendo o equivalente a R$470,5 bilhões, representando um crescimento anual de 30,4%. De forma geral, não houve apenas o recorde do valor da produção, como aumento da área plantada (crescimento de 2,7%) e da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas (crescimento de 5%).
Os principais motivos para o aumento e resultados positivos no ano de 2020 foi o recorde histórico na produção de grãos, bem como a elevação dos preços agrícolas no mercado. No ano em destaque, a soja foi uma das principais culturas para a safra, com crescimento de 6,5% em comparação a 2019. De maneira geral, os estados que se destacaram foram, principalmente, Mato Grosso, seguido da Bahia e do Mato Grosso do Sul.
Por outro lado, o Sudeste agrupa mais da metade dos médicos do país – 53,2% – que atendem 42,1% da população brasileira. O estado de São Paulo concentra mais de um quarto dos médicos – 28,1% do total – para atender uma população que representa 21,9% do país. Estados do Sul e do Centro-Oeste têm distribuição mais equilibrada, com presenças bastante próximas de médicos e população.
Segundo o Governo Federal, a perspectiva da produção de grãos para os próximos 10 anos é de um crescimento de 27%, chegando a 333 milhões de toneladas, sendo uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. Provavelmente, a soja, milho e algodão continuarão sendo os grandes carros chefes da produção de grãos brasileira.
ÍNDICES QUE ENVOLVEM O SETOR
FLORESTAS PÚBLICAS
EXPORTAÇÕES
FUSÕES E AQUISIÇÕES
O ano de 2021 foi muito interessante no que tange as M&As do agronegócio, com, de Janeiro a Outubro, 41 transações anunciadas no Brasil (Em 2020, no mesmo período, haviam 11 transações). O grande destaque, de fato, foi para as Agtechs, que foi responsável por 16 das 41 transações, além de empresas de produção de insumos agrícolas. A maioria das transações foi feita entre organizações brasileiras, com destaque para investidores estratégicos, ou seja, que já atuam no setor.
TOP PLAYERS
Cooperativa Agrária Agroindustrial
A empresa está localizada em Guarapuava, no Paraná, além de ter sede em Entre Rios, onde atua desde 1951, seguindo no ramo de a pesquisa agrícola até a industrialização.
As principais culturas produzidas são soja, milho, trigo e cevada.
Possuem:
ISO 9001:2015
ISO 14001:2015
ISO 45001:2018
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US$ Bilhoes de Faturamento anual
São Martinho S/A
A empresa foi iniciada na Itália e, no Brasil, iniciou sua trajetória no interior de São Paulo, em 1914. Atualmente, é composta por 4 usinas e possui mais de 350.000 hectares de área agrícola de colheita, sendo 100% da colheita mecanizada. Durante a safra de 2019/2020, obteve margem recorde de 22,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moídas.
Fazenda Bela Vista
A empresa teve início em 1960 em Tapiratiba e Guaxupé, municípios na divisa entre São Paulo e Minas Gerais. É especializada em leites, cremes de leite e requeijões, iogurte (copo e líquidos), queijos, manteiga e sucos. Seu rebanho é composto por vacas holandesas de alto padrão genético e tem como principal produto o Laticínio – Leite A.
Slc Agrícola S/A
A empresa foi fundada em 1977, com a produção de soja, algodão e milho, além da criação de gado, integrando a lavoura e a pecuária. Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em Bolsa de Valores.
Atualmente, possuem 22 unidades de produção em 7 estados brasileiros.
Bom futuro agrícola Ltda
Em Rondonópolis, no Mato Grosso, foi criada a empresa em 1982. Suas áreas de atuação são segmentadas em:
Agrícola;
Pecuária;
Piscicultura;
Sementes;
Energia;
Aeroportuário;
Imobiliário;
No que tange a lavoura, possui 33 fazendas, além de 6 usinas de energia, 17 áreas destinadas à pecuária, 3 áreas de produção de piscicultura, entre outros.
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SUBNICHOS
PECUÁRIA
Em 2020 o PIB do Brasil foi de R$ 7,4 trilhões, uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior. Apesar dessa queda, o PIB da Pecuária no mesmo período aumentou sua representatividade no PIB total, passando de 8,4% para 10%, evidenciando a força do setor na economia brasileira.
Como conclusão, vemos que há uma migração do consumo de proteínas bovinas para frangos, ovos e suínos (com destaque para frango), muito atrelado à alta variação de preços dos mesmos. Por isso, vemos, ao longo dos anos, a variação positiva na evolução dos rebanhos de porco e frangos, bem como a negativa de bois. Dentro do segmento das proteínas bovinas, vemos a transição para um consumo de carnes de menor qualidade (de segunda-dianteiras), como forma de continuar o consumo por um preço menor, o que está muito atrelado, também, à diminuição do poder aquisitivo da população por conta da atual crise econômica.
Os procedimentos cirúrgicos programados foram cancelados ou adiados e, em 2020, tiveram uma redução média de 59,8%, nos sistemas público e privado. Em algumas regiões do país, essa baixa nas operações chegou a 90%, com 1,3 milhão de cirurgias que foram suspensas somente no SUS.
Evolução do rebanho bovino brasileiro por região – milhões de cabeças
Com base no gráfico ao lado, conseguimos perceber a evolução do rebanho bovino com grande crescimento no Norte, que representava um percentual ínfimo nas primeiras colunas do gráfico e, em 2019, possuía rebanho maior que o do Nordeste, por exemplo, bem como o crescimento do rebanho no Centro Oeste, que, assim como o Norte, possuía um percentual baixo e, nos últimos anos, continha o maior market-share deste mercado.
AQUICULTURA
O Brasil é, hoje, um dos grandes produtores da proteína animal referente à aquicultura, com grande variedade de espécies de água doce e salgada.
Hoje, o Brasileiro consome, em média, 10,19 kg/ano da proteína, sendo o valor mais baixo desde 2010.
COVID X SETOR
Primeiramente, no que tange o Covid, é válido salientar que as alterações do meio ambiente causadas pelo ser humano, como utilização da terra e mudanças climáticas são fatores determinantes no surgimento de zoonoses, ou seja, doenças transmitidas através de animais.
Com a vinda do Covid-19, vemos grandes impactos no meio ambiente em todo o mundo, com a produção de mais de 8,4 milhões de toneladas de resíduos plásticos em excesso, principalmente advindo de hospitais através de máscaras, luvas descartáveis, seringas, etc, sendo grande parte dos resíduos descartados em aterros. Dos resíduos descartados, uma parte foi incinerada e, aproximadamente, 25 mil toneladas foram lançadas nos oceanos.
IMPORTAÇÃO
Durante o ano de 2021, o Brasil bateu recordes de importação de commodities, com crescimento de 42% nos gastos com grãos (atrelado à aceleração do preço internacional dos commodities), devido ao longo período de estiagem no Brasil, que afetou a lavoura nacional. Durante o primeiro semestre, o Brasil importou 102% a mais de milho pela perspectiva de falta e não suprimento da demanda. Já com a soja, as compras externas aumentaram em 92%, com grande destaque para a China.
A importação de soja, mesmo o Brasil sendo o maior exportador do mundo, foi necessária devido a crescente demanda nacional e os recordes de venda para a China. Entre Janeiro e Outubro de 2021 e considerando apenas trigo, milho, arroz e soja, foram importados 8,9 milhões de toneladas, 15% a mais que o mesmo período do ano anterior.
SOJA
O Brasil, durante o ano de 2021, aumentou em 5,2% o volume de soja exportada, com uma quantia de 86,628 milhões de toneladas.
EXPORTAÇÃO – Soja 2021
MILHO
A exportação de milho, desde 2020, vêm em queda contínua quando comparado a 2019. Em 2020, o volume diminuiu em 15,5%, seguido de -71% em 2021.
BIG PICTURE
O Brasil bateu recordes de importação de commodities em 2021
Crescimento de 272% nas M&As em 2021
A produtividade agrícola, em 58 anos, cresceu 155,7%
O Brasil é o 5º maior produtor agrícola
2021 foi a 2ª pior média histórica do país em desmatamento
O Brasil é o maior exportador de soja do mundo
Número de empresas por região e faixa de faturamento(US$)
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
AS 5 FORÇAS DE PORTER
É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico
Entrantes Potenciais – Médio
Alto know how técnico sobre as áreas, porém, em alguns casos custo inicial acessível; Demanda em crescimento, o que diminui riscos e aumenta confiança para entrada de competidores.
Produtos Substitutos – Alto
Mercado bastante diverso e com números de opções variadas para substituição. Marcas tendem a não ser únicas, com isso no mercado sempre existem serviços similares.
Poder dos Fornecedores- Médio
Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a percepção de diferenciação de tipos de serviços englobados pelos players de mercado.
Poder dos Compradores – Médio
Poder dos compradores, tendo em vista que certos tipos de variedades podem ser exclusivas para certos tipos de dores, no entanto há uma série de produtos para o comprador também levar em consideração.
Rivalidade entre players – Médio
Competitividade agressiva entre as marcas, marketing agressivo e margem de lucro cada vez mais apertada. No entanto, devido a grande demanda advindo do momento atual de transformações sustentáveis que o mundo busca, observa-se que possui mercado vasto para exploração.
OPORTUNIDADES
O mercado de Meio Ambiente, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.
Inovações tecnológicas sustentáveis
O mercado está caminhando para uma valorização prioritária do tech e do sustentável, empresas buscam investir em iniciativas que tocam esse quesito para enquadramento em normas fiscais, mas também visando um melhor posicionamento institucional da marca.
Ações governamentais
Iniciativas dos governos Federal e Estaduais impulsionam o desenvolvimento do mercado sustentável. Parcerias público-privadas também vem crescendo nesse quesito.
AMEAÇAS
Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.
Multinacionais estrangeiras
Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se tornam cada vez mais fortes e tendem a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players. Havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.
Flutuação cambial
A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representa altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. Investimentos na área sustentável acabam sofrendo bastante com essa flutuação.
TENDÊNCIAS
O agronegócio é, atualmente, um dos principais sustentadores do PIB brasileiro. Para 2022, a perspectiva, segundo o CNA e o Cepea, é de um aumento de 5% nos resultados do agronegócio, caso se confirme a safra recorde de um volume 14% maior que em 2021, de 289 milhões de toneladas. O clima no ano de 2022 será melhor para o produtor brasileiro, o que será fundamental para o aumento do volume da safra.
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% De aumento nos resultados do PIB do agronegócio
Em 2022, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) inicia uma estratégia a médio prazo, que conta com 7 principais subprogramas para o meio ambiente:
1.Ação climática;
2.Ação química e poluição;
3.Ação da natureza;
4.Políticas científicas;
5.Governança ambiental;
6.Transformações financeiras e econômicas;
7.Transformações digitais.
No que tange o Brasil, vemos uma grande movimentação para a digitalização do setor: segundo a McKinsey & Company, em 2019, mais de 47% dos produtores agrícolas utilizavam tecnologia de alta precisão na safra, sendo um valor mais alto que o dos Estados Unidos.
Hoje, a digitalização é utilizada para diversas funções, como:
Pesquisa de preço de insumos;
Mapeamento da lavoura;
Planejamento de atividades;
Tomar decisões.
Muito da transição para uma agricultura mais digital no Brasil é advinda de empresas de máquinas e equipamento e startups agrícolas, conhecidas como agtechs.
NOVOS APPS
OLIO
É um aplicativo voltado para a sustentabilidade, com o objetivo de diminuir os desperdícios de alimento. O Olio utiliza da geolocalização para identificação de usuários próximos, permitindo o anúncio gratuito de sobras em refeições, seja em casa ou estabelecimento comercial.
SAI DESSE BANHO
Também voltado para a sustentabilidade mas com o objetivo da diminuição do desperdício de água, o aplicativo propõe desafios ao usuário de reduzir o tempo do banho em alguns minutos, informando quantos litros de água foram economizados.
CATAKI
O aplicativo reúne pessoas com consciência ambiental e de reciclagem, de forma a oferecer contato de catadores mais próximo da região do usuário.
AGROMERCADO
O Agromercado provê, para os produtores, cotações agropecuárias, acompanhamento as atualizações diárias de diversos itens.
ADAMA ALVO
O aplicativo ajuda na identificação de pragas no campo, como insetos, ervas invasoras e doenças , com identificação por fotos, além de informações sobre as principais ameaças às lavouras brasileiras, oferecendo, assim, o tratamento indicado.
GRÃO DIRETO
O aplicativo faz a conexão entre os produtores rurais e os compradores de grãos, podendo negociar, dentro do aplicativo, milho, soja e etc.
AEGRO
O Aegro é um aplicativo de gerenciamento para auxílio na lavoura, que conta com planejamento e orçamento de safras, monitoramento de estoques, de pragas, controles de custo, etc.
TENDÊNCIAS DE CONSUMO
Sabe-se que, atualmente, há grande transição para hábitos de consumo mais saudáveis, por isso, a demanda por alimentos com menor quantidade de conservantes é alta, visando um consumo mais natural. Há, também, um aumento da quantidade de veganos no Brasil, com mais de 14% da população sem o consumo de carne. Esse dado é importante para vermos a perspectiva de uma maior demanda dos grãos, como forma de substituição da proteína, à exemplo da soja. Sabe-se, também, que alimentos feitos à base de plantas são, naturalmente, com maiores preços agregados. Por isso, vemos a movimentação para uma maior universalização deste setor, como a Plant & Bean, que planeja tornar alimentos à base de plantas acessíveis a todos na Europa.
INOVAÇÃO PRO SETOR
TECNOLOGIA 5G
A China vêm, atualmente, investindo seus recursos na implementação de tecnologia 5G no processo industrial alimentício, sendo necessária pelo fato de receberem e transmitirem grandes quantidades de dados. As redes 5G tornam o processamento de dados e a comunicação entre os dispositivos e servidores mais rápidos e com maiores potências, de forma a aumentar a competitividade, eficiência e produção da indústria alimentícia, além de permitir monitoramento em tempo real mais eficiente pela equipe, quase que instantaneamente.
HIGHLIGHTS
“O setor de agricultura foi um dos setores beneficiados pela pandemia, com o aumento da demanda por grãos e o aumento dos preços dos produtos, por isso, foi ano recorde no que tange o faturamento atrelado. Com o impulsionamento no ano de 2020 e as novas tecnologias pra o segmento, a perspectiva é de um crescimento interessante para os próximos anos com o aumento da produção em 27% até a safra de 2030/31.
O meio ambiente é, também, um setor que, há alguns anos vêm ganhando muita visibilidade pelo grande impacto das ações humanas que refletem diretamente, como o aumento das temperaturas globais e mudanças climáticas. Por isso, há, mundialmente, grande pressão e planejamento para utilização viável e menos impactante do meio ambiente.”
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