O setor público na Europa é bastante diverso, variando de país para país. No entanto, é possível fazer algumas análises gerais sobre o setor público na região.
Em termos de tamanho, o setor público na Europa é geralmente grande em comparação com outras regiões do mundo. Os países escandinavos, por exemplo, têm um setor público que representa cerca de metade da economia, enquanto outros países, como a Alemanha e a França, têm um setor público que representa cerca de um terço da economia. No entanto, existem exceções, como a Irlanda, que tem um setor público relativamente pequeno em comparação com outros países europeus.
O setor público europeu é geralmente responsável por uma ampla gama de serviços, como saúde, educação, segurança social, transporte público e infraestrutura. Esses serviços são geralmente financiados por meio de impostos e contribuições sociais. Além disso, muitos países europeus também possuem sistemas de bem-estar social abrangentes, que fornecem assistência financeira e outros tipos de apoio a pessoas que estão desempregadas, doentes ou incapacitadas.
Outra característica do setor público na Europa é que ele é frequentemente altamente regulamentado. Isso pode ser especialmente verdadeiro no que diz respeito a questões como proteção ambiental, direitos trabalhistas e proteção ao consumidor. Além disso, muitos países europeus possuem uma série de leis e regulamentos para garantir que as empresas e indivíduos paguem os impostos corretos. Dentre as principais empresas estatais europeias, temos: KLM, Deustsche Bank e Gazprom.
Já nos Estados Unidos, são relativamente raras em comparação com outras regiões do mundo, como a Europa e a Ásia. Isso ocorre porque, historicamente, os Estados Unidos têm uma forte cultura de livre mercado e uma tradição de limitar a intervenção do governo na economia.
No entanto, existem algumas empresas estatais americanas importantes, geralmente relacionadas a áreas como defesa nacional, energia e transporte. Alguns exemplos incluem a Amtrak (companhia ferroviária nacional), a Tennessee Valley Authority (TVA), que fornece eletricidade e outros serviços para a região do Vale do Tennessee, e a Corporação de Financiamento de Exportações dos Estados Unidos (US Ex-Im Bank), que fornece empréstimos e garantias de crédito para empresas americanas que fazem negócios no exterior.
Uma característica importante das empresas estatais americanas é que elas são geralmente submetidas a rigorosas regulamentações e monitoramento. Por exemplo, a TVA é sujeita a uma série de regras e diretrizes estabelecidas pelo Congresso, enquanto a US Ex-Im Bank é supervisionada pelo Congresso e pelo governo federal.
As empresas públicas no Brasil são aquelas que são controladas diretamente pelo Estado, seja através do governo federal, estadual ou municipal. Essas empresas têm um papel importante na economia brasileira, atuando em diversos setores, como energia, transporte, telecomunicações, entre outros.
Das estatais que se encontram na bolsa de valores, no mês de janeiro de 2023, seu somatório de valor de mercado chega a R$547 bilhões, queda de 2,8% de valor frente a dezembro de 2021.
Já com relação ao resultado líquido de Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras (que foi privatizada recentemente), Caixa e BNDES, chegou a R$209 bilhões, no terceiro trimestre de 2022, aumento de 55% frente ao mesmo período do ano anterior. Estes dados são do Ministério da Economia.
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de aumento no resultado líquido no 1o trimestre de 2022, na comparação com o ano anterior
As empresas públicas no Brasil enfrentam desafios significativos, incluindo a falta de eficiência operacional e a corrupção. Além disso, muitas dessas empresas têm histórico de prejuízos financeiros, o que tem levado o governo a buscar formas de privatizá-las ou de torná-las mais eficientes. Vale ressaltar, que com o novo governo, a agenda é contrária. Deseja reestatizar algumas empresas que foram privatizadas, como a Eletrobras e interromper o ciclo de privatizações que tivemos durante o governo passado.
Fonte: Governo Brasileiro
Além da diminuição da quantidade de estatais nos últimos anos, a quantidade de pessoas empregadas nestas empresas também diminuiu. Em 2018, a quantidade de colaboradores nas estatais federais era de 495.197 e caiu para 433.274 no terceiro trimestre de 2022, de acordo com dados do Ministério da Economia.
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Queda na quantidade de colaboradores
Fonte: Poder 360
PERFIL DAS EMPRESAS DO SETOR
Portanto, podemos ver que, a maioria das estatais, são do setor de energia, e financeiro, com quantidade de empregados menor que 500, e com a maior quantidade de seus empregados estando na faixa dos 36 aos 50 anos.
Fonte: gov.br
QUANTIDADE DE EMPRESAS ESTATAIS POR REGIÃO DO BRASIL
Fonte: D&B Hoovers
CORRUPÇÃO
A corrupção é um problema grave em muitas estatais brasileiras. O Brasil tem um histórico de corrupção em suas empresas estatais, incluindo a Petrobras, a Eletrobras, a Caixa Econômica Federal, entre outras.
Um dos principais motivos para a corrupção nas estatais é a falta de transparência na gestão dessas empresas. Muitas vezes, os cargos de liderança nas estatais são preenchidos por indicações políticas, e não por critérios técnicos. Isso pode levar a um ambiente propício para a corrupção, já que as pessoas que ocupam esses cargos podem estar mais interessadas em beneficiar seus aliados políticos e empresariais do que em tomar decisões que sejam melhores para a empresa e para o país como um todo.
Outro fator que contribui para a corrupção nas estatais brasileiras é a falta de fiscalização adequada. Muitas vezes, os órgãos de controle do governo não possuem os recursos ou a independência necessários para investigar e punir casos de corrupção. Além disso, a Justiça brasileira muitas vezes é lenta e ineficiente na punição de casos de corrupção, o que pode fazer com que os responsáveis por esses crimes fiquem impunes.
Um dos casos mais emblemáticos de corrupção nas estatais brasileiras é o escândalo da Operação Lava Jato, que envolveu principalmente a Petrobras e outras empresas do setor de petróleo e gás. Não se sabe ao certo o quanto que foi desviado durante todo o esquema, porém sabe-se que há acordos para se devolver até R$22 bilhões aos cofres públicos.
Para combater a corrupção nas estatais brasileiras, é preciso fortalecer os mecanismos de controle e fiscalização, aumentar a transparência na gestão dessas empresas e promover uma cultura de ética e integridade no setor público. Isso exigirá um esforço conjunto do governo, da sociedade civil e do setor privado para combater a corrupção e promover uma cultura de integridade e transparência no Brasil.
Fonte: Gazeta do Povo
SUBNICHOS
Setor de petróleo, gás e energia
O setor público brasileiro de petróleo e gás é liderado pela Petrobras, que é a maior empresa do setor na América Latina e uma das maiores do mundo, no Brasil, no fornecimento de combustíveis, a Petrobras possui cerca de 83% de market share. Além dela, existem outras empresas públicas que atuam no setor de petróleo e gás no Brasil, como a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), responsável pela gestão dos contratos de partilha de produção no pré-sal, e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pela elaboração de estudos e pesquisas no setor energético brasileiro.
O setor público brasileiro de petróleo e gás também é regulado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), uma agência reguladora federal que tem como objetivo regular, fiscalizar e promover a indústria de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil. A ANP é responsável por realizar leilões de áreas de exploração e produção de petróleo e gás, conceder autorizações e fiscalizar as atividades das empresas do setor.
Fonte: Gov.br
Financeiro
O setor financeiro estatal é composto em grande maioria por bancos e seguradoras de propriedade do governo, independente da esfera. Essas instituições são criadas com o objetivo de fornecer serviços financeiros para atender às necessidades do governo e do público em geral, e suas operações são regulamentadas pelo governo.
No setor de bancos públicos, existem instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que são de propriedade do governo federal e possuem mais de 21 mil agências, distribuídas ao longo de todo o país. Esses bancos oferecem serviços financeiros como empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e contas bancárias para indivíduos e empresas, além de prestar serviços financeiros específicos para o governo, como gestão de recursos públicos e financiamento de programas sociais. Além disso, ambos possuem braços que são seguradoras, a Caixa Seguridade e o Banco do Brasil Seguridade.
Fonte: Gov.br
Infraestrutura e Transportes
Em termos gerais, o setor público brasileiro de infraestrutura e transportes é responsável por desenvolver, construir, operar e manter a infraestrutura de transportes do país, que inclui rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, sistemas de transporte público e outras instalações relacionadas.
O setor é composto por uma série de órgãos públicos e empresas estatais, tais como o Ministério da Infraestrutura, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), dona de grande quantidade de aeroportos no país, entre eles o de Guarulhos; e o DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, que detém cerca de 13% das rodovias nacionais
Fonte: Gov.br
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Privatizações
Eletrobras em 2022
A privatização da Eletrobras é um processo no Brasil que visava a venda da maior empresa de energia elétrica da América Latina. A proposta foi apresentada pelo governo brasileiro em 2017 e aprovada pelo Congresso Nacional em 2021, com o objetivo de modernizar o setor elétrico e melhorar a eficiência da empresa.
O governo deixou de ser o acionista majoritário ao promover a capitalização da empresa, no dia 14 de junho do ano passado. A união manteve alguns privilégios, como poder de veto em algumas decisões estratégicas. Foi levantado um montante de R$29,3 bilhões, sendo a maior privatização desde a da Telebras, em 1998.
O presidente Lula, nos últimos meses, vem criticando bastante a privatização. Portanto, para os próximos anos, o cenário é de reduções nas privatizações das empresas estatais.
BR Distribuidora em 2019
A BR Distribuidora era uma subsidiária da Petrobras e atuava no segmento de distribuição de combustíveis e lubrificantes, com mais de 8.000 postos de combustíveis em todo o Brasil. No ano de 2019, saiu sua privatização, quando a Petrobras deixou de ser dona de 71% de suas ações, para ser dona de 41% delas. Naquele momento, ela já havia deixado de ser estatal. Porém, a participação da Petrobras foi diminuindo ao longo do tempo, quando ela ia vendendo suas ações, até que em Junho de 2021, toda a sua posição como acionista foi liquidada, com a petroleira brasileira levantando cerca de R$24,4 bilhões, com a soma de todas as diminuições de participação que eram feitas.
Fonte: Economia Uol e CNN
ANÁLISE DE PLAYERS
Petrobras
A Petrobras é uma das maiores empresas de energia do mundo, com sede no Brasil. Foi fundada em 1953 e é uma empresa estatal de capital aberto, com ações negociadas na bolsa de valores brasileira. A empresa é especializada na exploração, produção, refino, transporte e distribuição de petróleo e gás natural. A Petrobras tem um papel importante na economia brasileira, representando uma grande parte do PIB do país. A empresa enfrentou vários escândalos de corrupção nos últimos anos, mas tem tomado medidas para melhorar sua governança e transparência. A Petrobras também tem investido em energia renovável e pesquisa tecnológica para aumentar sua eficiência e reduzir seu impacto ambiental. A empresa emprega mais de 50 mil pessoas e é responsável por uma cadeia de fornecedores e prestadores de serviços que geram empregos em todo o país.
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de valor de mercado
Banco do Brasil
O Banco do Brasil é uma das maiores instituições financeiras do Brasil e foi fundado em 1808. É uma empresa estatal de capital aberto, com ações negociadas na bolsa de valores. O banco oferece serviços financeiros diversos, como crédito, investimentos, seguros, previdência e cartões de crédito. O Banco do Brasil tem uma ampla rede de agências em todo o país, além de uma presença internacional em mais de 20 países. A instituição também tem se destacado em iniciativas de inclusão financeira e desenvolvimento social, como o programa de microcrédito. O banco enfrentou desafios nos últimos anos, como a pressão por aumento da eficiência e redução de custos, além da concorrência acirrada no setor financeiro. No entanto, tem buscado se adaptar às mudanças do mercado e investir em tecnologia e inovação para manter sua posição de liderança no setor. Vale ressaltar que possui 54 milhões de clientes, em todos os estados brasileiros.
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de valor de mercado
Correios
Os Correios do Brasil são a empresa estatal responsável pelo serviço postal no país. Fundada em 1663, é a mais antiga instituição pública em operação no Brasil. Os Correios oferecem serviços de envio de correspondências, encomendas, serviços financeiros e de logística integrada. A empresa também tem investido em tecnologia para aumentar sua eficiência e ampliar sua presença digital. Os Correios enfrentam desafios financeiros e operacionais nos últimos anos, como a queda no volume de correspondências e a concorrência de empresas privadas no setor de logística. No entanto, a instituição ainda é uma das principais opções de envio para muitos brasileiros, especialmente para áreas remotas e de difícil acesso. Os Correios também têm um papel importante no desenvolvimento social e econômico do país, empregando mais de 88 mil pessoas e gerando impacto em várias cadeias produtivas.
Está presente em 100% dos municípios brasileiros
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de lucro no segundo trimestre de 2022
Caixa
A Caixa Econômica Federal é uma instituição financeira pública brasileira, fundada em 1861. É responsável por programas sociais como o Bolsa Família e o FIES, além de oferecer serviços financeiros diversos como crédito, investimentos, seguros, previdência e cartões de crédito. A Caixa é uma das principais instituições financeiras do país e tem uma ampla rede de agências em todo o território nacional. A instituição também tem investido em tecnologia e inovação para oferecer soluções financeiras digitais aos seus clientes. A Caixa tem um papel importante na economia brasileira, sendo um dos principais agentes financeiros do governo federal e responsável por financiar diversos setores, como habitação e infraestrutura. A instituição emprega mais de 85 mil pessoas e tem um forte compromisso com a inclusão financeira e social, promovendo programas e projetos voltados para a melhoria da qualidade de vida da população.
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de lucro em 2022
BIG PICTURE
13.732 desligamentos no ano até Q3/2022
0,75 é a dívida líquida (EBITDA) das estatais federais, um número saudável
-6,5% de redução de despesas com pessoal no terceiro tri em relação ao mesmo período em 2022
13,75% é a Taxa Selic
24 estatais foram privatizadas até o terceiro tri de 2022
R$306 Bilhões é o total de dívida das estatais brasileiras no Q3/2022
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Baixa
As empresas estatais brasileiras, em geral, têm uma grande vantagem em relação aos novos entrantes, uma vez que muitas delas têm exclusividade na prestação de serviços em seus setores. Além disso, o processo de privatização no Brasil reduziu ainda mais a ameaça de novos entrantes no mercado. Porém este cenário pode se inverter nos próximos anos, caso o novo governo deseje reestatizar empresas, como a Eletrobras.
Produtos Substitutos – Baixa
As empresas estatais brasileiras, em geral, têm uma grande vantagem em relação aos novos entrantes, uma vez que muitas delas têm exclusividade na prestação de serviços em seus setores. Além disso, o processo de privatização no Brasil reduziu ainda mais a ameaça de novos entrantes no mercado. Porém este cenário pode se inverter nos próximos anos, caso o novo governo deseje reestatizar empresas, como a Eletrobras.
Poder dos Fornecedores – Baixa
Como as empresas estatais geralmente têm grande porte e poder de compra, elas tendem a ter uma vantagem em relação aos fornecedores. No entanto, em alguns setores, como o de energia elétrica, os fornecedores podem ter algum poder de barganha, especialmente quando há escassez de recursos, como no caso da falta de chuva que afeta a geração de energia hidrelétrica.
Poder dos Compradores – Média
No caso das empresas estatais brasileiras, os clientes são geralmente empresas ou órgãos públicos, o que limita o seu poder de barganha. No entanto, em alguns setores, como o de telecomunicações, os clientes têm algum poder de barganha, uma vez que podem escolher entre diferentes provedores de serviços. Já no setor petroleiro, por exemplo, a Petrobras tem forte poder sobre os compradores, podendo inclusive alterar os preços.
Rivalidade entre players – Baixa
No caso das empresas estatais brasileiras, a rivalidade é limitada, uma vez que muitas dessas empresas são monopolistas em seus setores. No entanto, em alguns setores, há concorrência de empresas privadas, o que pode levar a uma maior rivalidade. Um exemplo disso é o setor de telecomunicações, onde empresas estatais como a Telebras competem com empresas privadas como a Claro e a Vivo.
OPORTUNIDADES
Investimento em tecnologia e inovação
As empresas estatais brasileiras têm um grande potencial para investir em tecnologia e inovação para melhorar a eficiência e a qualidade dos seus serviços. Por exemplo, empresas estatais de energia elétrica poderiam investir em tecnologias de energia renovável para reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis e melhorar a sustentabilidade. Além disso, as empresas estatais poderiam utilizar tecnologias de inteligência artificial e big data para otimizar processos e melhorar a tomada de decisão.
Parcerias público-privadas
As empresas estatais brasileiras podem buscar parcerias com empresas privadas para explorar novas oportunidades de negócios e ampliar sua atuação em novos setores. Por exemplo, empresas estatais de transporte poderiam se associar a empresas privadas de tecnologia para desenvolver soluções inovadoras de mobilidade urbana. As parcerias público-privadas podem ser uma maneira eficaz de aproveitar o conhecimento e a experiência do setor privado para melhorar a eficiência e a competitividade das empresas estatais.
AMEAÇAS
Falando sobre empresas públicas, é possível identificar que algumas de suas maiores ameaças se deem devido a dificuldades de crises econômicas e relacionamento dentro do país de origem, ou mesmo com relações internacionais.
Crises Econômicas Mundiais
As crises mundiais têm reflexos diretos na economia dos países, o que pode influenciar no funcionamento das empresas do setor público. Isso ocorre porque, uma vez que os recursos se tornam mais caros, escassos ou haja problemas de exportação, pode trazer consequências para o administrativo e distribuição do dinheiro público. Além disso, o Real é uma moeda fraca, que cai mais que as fortes, como Euro e Dólar, o que leva a disparadas nestas moedas em relação ao Real, quando tais crises ocorrem
Crises Institucionais
Uma crise institucional interna pode acabar trazendo diversos malefícios para o setor público, já que pode fazer com que investidores internacionais deixem de investir no Brasil, o que afeta indiretamente as estatais. Pois o investimento externo no Brasil movimenta a economia, o que reflete na performance e resultado das empresas públicas.
Maior pressão por transparência e prestação de contas:
Com a crescente demanda por maior transparência e prestação de contas, as empresas estatais brasileiras podem ser obrigadas a adotar práticas mais rigorosas de governança corporativa, a fim de aumentar a confiança do público em suas atividades e garantir uma maior eficiência na gestão dos recursos públicos.
Investimento em tecnologias digitais:
As empresas estatais brasileiras podem precisar investir em tecnologias digitais para melhorar sua eficiência operacional, reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços prestados. Por exemplo, a adoção de soluções de inteligência artificial e big data pode ajudar as empresas estatais a tomar decisões mais informadas e eficientes.
Foco na sustentabilidade e responsabilidade social:
As empresas estatais brasileiras podem enfrentar uma crescente pressão da sociedade para adotar práticas mais sustentáveis e responsáveis socialmente. Por exemplo, empresas estatais de energia podem ser incentivadas a investir em fontes de energia renovável e reduzir sua pegada de carbono, enquanto empresas estatais de transporte podem ser pressionadas a adotar medidas para reduzir o impacto ambiental e social de suas operações.
Reestatizações:
Com a chegada de um novo governo, que prefere um estado mais forte, a agenda de privatizações do governo Bolsonaro foi encerrada. O cenário para os próximos anos é de possível criação de novas empresas estatais e possíveis reestatizações, inclusive com contestações a Lei das Estatais, que impede a indicação para cargos estratégicos das estatais, apenas por motivos políticos, ou seja, tal lei faz com que as indicações tenham que ser, de fato, criteriosas.
O mercado mundial de alimentos e bebidas cresceu de US$ 3.559,94 bilhões em 2022 para US$ 3.763,14 bilhões em 2023, uma taxa de crescimento de 5,7%. A guerra entre Rússia e Ucrânia interrompeu as chances de recuperação da economia global da pandemia de COVID-19, pelo menos no curto prazo. O conflito entre esses dois países tem levado a sanções econômicas a vários países, a um aumento nos preços das commodities e às perturbações da cadeia de suprimentos, o que acarreta inflação de bens e serviços e afeta diversos mercados em todo o mundo. O setor é esperado para atingir US$ 4.651,03 bilhões em 2027 com um CAGR de 5,4%.
O ramo de alimentos e bebidas é esperado para se beneficiar com o aumento da digitalização dos serviços de alimentação. Os consumidores estão cada vez mais optando por pedidos de comida online para entrega domiciliar. Por exemplo, de acordo com a KPMG, o gasto médio anual por pessoa com aquisições no Reino Unido aumentou em 42% em dois anos, de £452 ($506) em 2019 para £641 ($721) em 2021. Grandes empresas fornecem serviços de entrega de alimentos, como Deliveroo, Just Eat e Uber Eats, sendo esta uma tendência que, provavelmente, continuará no período de previsão e impulsionará o mercado de serviços de alimentação e bebidas no futuro.
Nos EUA, os supermercados tiveram crescimento de 50% na demanda em 2020, o que representa 15,8% de aumento de vendas nas redes varejistas.
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de taxa de crescimento
PANORAMA BRASIL
Como forma de atender a demanda da população que permanecia em casa pela quarentena, os varejistas de todo o mundo migraram tanto para o universo digital, aderindo ao e-commerce e serviços de delivery, quanto para hábitos mais sustentáveis e orgânicos, visando melhor saúde e aumento de imunidade.
No que tange o e-groceries, vendas online de produtos alimentícios, apenas nos EUA, o mesmo atingiu a marca de US$ 100 bilhões, e segundo a Nielsen, em países como os EUA, Reino Unido, França e Japão, 25% dos compradores online já compram alimentos pela internet.
Fonte: Revista PEGN
EXPANSÃO
O setor de food service contribuiu para a elevação de 1,8% nas vendas da indústria para o mercado interno este ano, representando 26,3% do total (contra 24,4% em 2020). Isso foi alavancado pela reabertura dos estabelecimentos, ativação do delivery e aceleração da transformação digital, de forma a aproveitar a retomada da economia.
As exportações da indústria brasileira bateram um novo recorde, com US$ 45,2 bilhões, um aumento de 18,6%, contribuindo significativamente para o faturamento (26,5%). Esta alta foi impulsionada pela melhora da economia mundial em conjunto com o câmbio favorável. No entanto, o mercado de alimentos industrializados ainda passa por um cenário desafiador, uma vez que há a previsão de redução do crescimento das economias mundiais de 3,4% para 2,9% segundo o FMI.
Enquanto a economia brasileira sofre uma desaceleração nas taxas de crescimento do PIB (estimadas para entre 0,8% e 1%), a indústria de alimentos tem perspectiva positiva para 2023 com incrementos entre 1,5% e 2% na produção e nas vendas. As incertezas na economia mundial e o aumento de custos de produção ainda são elementos que influenciam o âmbito, mas o destaque vai para o food service, que segue em processo de recuperação.
Outro fator que deve impactar diretamente o setor é que a situação econômica da China e da Índia se mostra animadora, uma vez que o horizonte da taxa de câmbio R$/US$ permanece estável, e medidas de flexibilização das restrições à circulação de pessoas alimentam o desenvolvimento desses países. Além disso, os investimentos em infraestrutura possibilitam que a expansão da economia da Índia alcance entre 5,8% a 6,1%, segundo projeções do FMI.
No que tange a oferta, a entrada da nova safra de grãos em Fevereiro de 2023 pela Conab, prevista com até 14,5% de expansão, pode ser prejudicada pela estiagem causada por La Niña, porém, mesmo assim, poderá ser uma importante melhora na oferta de matérias-primas para alimentos, baixando custos de produção. Também é pautado na acomodação dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional.
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contribuindo significativamente para o faturamento
FUSÕES E AQUISIÇÕES
O ramo vem atingindo uma maturidade e solidez dos players ativos na indústria, isso é notável pelo fato de que as fusões e aquisições caíram ao longo do último ano, de R$ 13,6 bilhões, para R$ 8,7 bilhões. Mesmo que ainda seja um valor alto, apresentou uma retração de 36%.
Nestlé e Garoto
A Nestlé e a Garoto estão próximas de se unirem, com a reabertura do processo de aquisição da Garoto por parte da Nestlé. O Cade irá avaliar a transação. O portal UOL prevê que a aprovação da compra será dada após 21 anos desde o início do processo, em 2002.
Calbee
A Calbee, conhecida por seus salgadinhos populares, vai investir cerca de 140 bilhões de ienes (US$ 1 bilhão) nos próximos três anos para alcançar maior crescimento e eficiência. Desse total, 80 bilhões serão destinados para expandir operações internacionais com fusões e aquisições, bem como para equipamentos no Japão e no exterior. Outros 60 bilhões irão para aumentar produtividade via automação e para questões ambientais, sociais e de governança. A empresa vai devolver 25 bilhões aos acionistas. A meta é melhorar as margens no mercado interno e alcançar 30%-35% de vendas externas até o ano fiscal de 2025, alcançando uma rentabilidade líquida de 10% ou mais. Também está programada para 2024 a construção de uma nova fábrica em Hiroshima com capacidade de produção anual estimada em 28 bilhões de ienes.
ANÁLISE DOS PLAYERS
JBS Foods
A JBS é a maior empresa de carne bovina do mundo com marcas como Friboi, Seara, Swift e Pilgrim’s. Ela também possui linhas de produtos de alimentos prontos, alimentos para animais e bebidas.
Lucro de R$ 20,5 bilhões
BRF Foods
Outra gigante do ramo é a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do Brasil e é responsável por marcas como Sadia, Perdigão, Qualy e Paty. Ela é líder de mercado de aves, suínos e congelados.
Receita líquida: R$ 34,5 bilhões
Ambev
Tratando mais especificamente de bebidas, a Ambev é a maior distribuidora do Brasil e possui marcas como Brahma, Antarctica, Skol, Stella Artois e Budweiser. Esta empresa também detém a maior participação de mercado de cerveja no Brasil.
Receita líquida de R$ 10,8 bilhões
Cargill
A Cargill está comprometida a fornecer serviços e produtos alimentícios, agrícolas, financeiros e industriais para o mundo há mais de 155 anos. Com 155.000 funcionários em 70 países, trabalhando em parceria com produtores rurais, clientes, governos e comunidades, buscamos maneiras responsáveis de abastecer o mundo com alimentos, tendo o menor impacto ambiental possível e melhorando as comunidades onde operamos.
Receita líquida: US$ 165 bilhões
Bunge Alimentos
A Bunge se orgulha por deter mais de dois séculos de experiência em processamento de sementes oleaginosas, produção e fornecimento de óleos e gorduras vegetais especiais. Sempre comprometidos em melhorar a segurança alimentar global, trabalhando para levar alimentos saudáveis às mesas e aumentar a sustentabilidade onde atuam.
Receita líquida: US$ 16,8 bilhões
PERFIL DO CONSUMIDOR
Os dados do IBGE indicam que arroz, café, feijão, pão de sal e carne bovina foram os alimentos mais consumidos no monitoramento alimentar. Entre os outros itens, a banana foi a fruta mais citada (16,0%). Além disso, os sucos e refrescos (39,8%) e os refrigerantes (23%) foram as bebidas mais consumidas.
Uma análise por sexo mostrou que homens e mulheres tiveram prevalências similares no consumo de alimentos. Os homens apresentaram maior incidência no consumo de arroz, feijão, carne bovina e refrigerantes, enquanto as mulheres tiveram taxas mais altas no consumo de café, pão de sal, sucos e refrescos, bolos e óleos e gorduras.
Por todo o país, a salada crua de hortaliças também se destacou entre os itens mais consumidos, figurando na 20ª posição no Nordeste (10,6%), Sul (10,2%), Sudeste (17,8%) e Centro-Oeste (27,4%), comprovando o alto consumo de verduras em todas as regiões.
SUBNICHOS
A indústria alimentícia possui inúmeros subnichos, e diversos extremamente relevantes para a economia brasileira, inclusive, alguns como o setor de bebidas, distribuidoras, supermercados, bares e restaurantes, carnes, entre outros. Dentre eles, podemos destacar:
Panificação e Confeitaria
O setor de panificação e confeitaria teve um aumento significativo em seu faturamento, que chegou a R$ 92 bilhões em 2022. Mais de 70 mil padarias estão ligadas à Abip e atuam com mais de 2,5 milhões de trabalhadores, dos quais 920 mil são diretos e 1,6 milhão indiretos.
61,65 % dos produtos que são vendidos nessas lojas são de produção própria, enquanto 38,35% são de revenda. Mesmo com a pandemia, o setor teve um incremento no fluxo de clientes de 5,25% na média nacional entre janeiro e maio de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, o crescimento do faturamento nominal foi de 19,5% (sem descontar a inflação) nesse período.
A produção física do setor de embalagens brasileiro apresentou sinais de recuperação ao longo de 2022, mesmo que ainda abaixo do nível registrado em 2012. De acordo com dados macroeconômicos exclusivos da FGV, a produção de embalagens teve uma contração de 3,0% em 2021, após quatro anos consecutivos de resultados positivos. Apesar da queda no início de 2022, a produção voltou a crescer, indicando a tendência para uma recuperação.
EXPORTAÇÃO
Até o acumulado do terceiro trimestre de 2022, as exportações diretas do setor de embalagem tiveram um faturamento de US$ 592,739 milhões, um avanço de 34,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As embalagens metálicas foram responsáveis por 43,7% das exportações, seguidas pelas embalagens plásticas com 26,1%, pelas embalagens de papel, cartão e papelão com 23,1%, e por embalagens de madeira e vidro com 3,9% e 3,1%, respectivamente. No quesito evolução das exportações por segmento, todos registraram variáveis positivas em relação ao mesmo período de 2021. Entre eles, as embalagens metálicas se destacaram, com um crescimento de 61,5%, logo seguida pelas embalagens de madeira, com um acréscimo de 49,0%.
COMMODITIES
Como é possível observar nos gráficos, várias commodities brasileiras registraram uma baixa nos preços em janeiro de 2023, apesar de o Brasil possuir grande relevância no que tange à exportação. No entanto, commodities como açúcar e óleo de soja se mantiveram em alta.
COVID X SETOR
A indústria brasileira de alimentos e bebidas teve um destacável crescimento de 12,8% em faturamento no ano de 2020, em comparação a 2019, totalizando R$ 789,2 bilhões nas exportações e vendas para o mercado interno. Esta quantia representou 10,6% do PIB nacional, segundo a ABIA. Em 2019, o setor contabilizou R$ 699,9 bilhões, diferente da maioria dos outros setores que foram muito impactados negativamente, o ramo alimentício experienciou um aumento de faturamento.
Desconsiderando a inflação no período, a indústria de alimentos obteve aumento de 3,3% no valor das vendas reais. Por outro lado, na produção física (volume de produção), o setor cresceu 1,8% comparando-se a 2019. Este resultado foi possível com o incremento das vendas para o varejo (16,2%) e para o mercado externo (11,4%) no ano 2020.
Em decorrência da pandemia, o Brasil foi um destaque na américa latina no crescimento do delivery, registrando uma marca de cerca de 48,77% de aumento nos gastos das pessoas com o serviço, no mundo todo, esses gastos cresceram cerca de 187%.
Apesar dos custos adicionais de produção de 4,8% em 2020 devido ao impacto da Covid-19 na indústria, o setor conseguiu criar 20 mil novas vagas diretas, atingindo assim uma alta de 1,2% em relação a 2019. Com 1,68 milhão de empregos diretos, alimentos e bebidas são a principal geração de emprego na indústria de transformação do Brasil.
INVESTIMENTOS NO SETOR
Além das fusões e aquisições que, como dito anteriormente na análise, caíram ao longo do último ano, os investimentos internos das empresas, focados principalmente em P&D, cresceram de R$ 13,2 bilhões para R$ 14,9 bilhões segundo dados da ABIA e do Banco Central, totalizando R$ 23,6 bilhões investidos no setor. Mesmo com o aumento nos investimentos internos, o valor não foi suficiente para compensar o déficit nas fusões. Entretanto, o faturamento manteve o crescimento, o que pode gerar uma tendência de cada vez menos fusões ao longo dos próximos anos.
IMPORTAÇÕES X EXPORTAÇÕES
A balança comercial da indústria de alimentos é sempre muito consistente e positiva, com as exportações superando de forma discrepante as importações. O agronegócio segue liderando os lucros e investimentos, com um saldo positivo de US$ 84,5 bilhões, superando inclusive o saldo geral (US$ 61,2 bilhões).
IMPOTAÇÕES
A indústria importou mais do que nos anos anteriores, com crescimento em todas as áreas. O total geral importado pulou de US$ 158,8 bilhões, para US$ 219,4 bilhões, um aumento de aproximadamente 38,6%, entretanto as exportações compensaram, tornando o saldo comercial de 2021 o maior desde 2017.
Também vale-se destacar que a participação da indústria de alimentos no total das importações nacionais caiu de 3,4% para 2,8%, mesmo com o aumento relatado. Isso indica que o setor está, de fato, em um crescimento acelerado, maior do que o da economia nacional geral, e pelo mesmo ser um dos principais motores da economia do país, isso se torna um sinal muito positivo para o Brasil e para a indústria alimentícia.
EXPORTAÇÕES
2021 foi um ano excelente para as exportações da indústria, atingindo um recorde de faturamento em todos os tipos de mercadorias vendidas, totalizando cerca de US$ 59 bilhões (agrobusiness alimentar, alimentos In Natura e alimentos industrializados) na comparação com o período 2012 – 2021. Houve, também, maior participação no faturamento, contribuindo com quase 35% do faturamento total do setor.
Além das informações já mencionadas, a ABIA disponibiliza também os principais mercados que importam mercadorias brasileiras, com destaque para a ásia, responsável por quase metade (46,4%) das exportações nacionais.
ÍNDICES QUE ENVOLVEM O SETOR
Índice de ruptura
O índice se remete à indisponibilidade dos produtos para o consumidor final, sendo um indicador importante para setores que possuem grandes giros e volumes de estoque.
Atualmente, a falta de produtos nas gôndolas possui valor médio de 10,38%, o que evidencia o reaquecimento do setor e aumento das compras em varejos alimentícios.
No segundo semestre de 2021, os produtos que apresentaram maior ruptura foram:
Leite longa vida (18,1%);
Frango in natura (12%);
Leite com sabor (11,9%);
Sorvetes (11,5%);
Azeite (11,3%).
Fonte: Veja, Poder 360, CAGED, APAS
BIG PICTURE
72% da produção da indústria é para abastecer o mercado interno
Faturamento do setor corresponde a 10,8% do PIB nacional
em 10 anos, a produção de alimentos precisará crescer 20% e para isso, a do Brasil 40%
Em 2020, o varejo alimentício equivaleu a 7,5% do PIB
Grandes investimentos no setor, superando a casa dos R$ 20 bilhões
Quase 35% do faturamento vem das exportações
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Média
O setor de alimentos e bebidas está aberto para novos concorrentes do mercado e há um grande potencial para crescimento nesta área. Para tomar vantagem da situação atual, os novos concorrentes precisam oferecer produtos diferenciados que combinem qualidade com baixo preço para vencer a intensa disputa neste setor, além dos custos de produção não serem necessariamente baixos.
Produtos Substitutos – Alta
Por existirem uma gama extremamente ampla de produtos e concorrentes, há muitas alternativas à disposição nas prateleiras, o que representa uma ameaça às empresas desse setor, considerando que em muitos casos os clientes apenas escolhem a partir do preço.
Poder dos Fornecedores – Baixa
Os fornecedores no setor de alimentos e bebidas têm pouco poder, uma vez que a demanda é alta e podem ser adquiridos em vários lugares. Os principais ingredientes deste setor são bastante comuns, como frutas e produtos lácteos, carne, grãos, açúcar, etc., dificultando o domínio por parte dos fornecedores.
Poder dos Compradores – Alta
Os compradores no setor de alimentos e bebidas têm muito poder, pois há uma grande variedade de produtos para escolher entre preços variados. Os compradores podem facilmente mudar de marca ou optar por um produto substituto se não estiverem satisfeitos com um dos produtos do mercado.
Rivalidade entre players – Alta
O setor de alimentos e bebidas é altamente competitivo devido à ampla variedade de produtos disponíveis. A disputa entre as empresas é intensa para conquistar fatias de mercado. O nível de preço é frequentemente negociado para se destacar na concorrência, mas também pode ser limitado devido ao alto nível de substitutos presentes no mercado.
OPORTUNIDADES
A indústria de Alimentos é marcado por grandes oportunidades, mesmo com todas as perdas causadas pela pandemia. A pandemia obrigou o segmento a evoluir, o que abre portas para desafios e oportunidades.
Novos fornecedores
Investir em novos fornecedores que possam fornecer materiais mais sustentáveis, de maior qualidade e a preços mais baixos para reduzir custos e melhorar a qualidade é uma estratégia a ser considerada para a obtenção de resultados satisfatórios. Atualmente, existem diversos fornecedores emergentes que oferecem soluções avançadas e respaldadas em princípios ecológicos. Abraçar essas novas tendências trará diversos benefícios para o setor alimentício, tanto em curto quanto em longo prazo. Além de reduzir custos e aumentar a qualidade, os materiais oferecidos por esses novos fornecedores servirão como diferenciais competitivos da empresa perante o mercado.
Setor em crescimento
Uma das principais oportunidades do ramo é o próprio crescimento exponencial que tem experimentado. Ao longo dos anos, este setor tem mostrado um destacado grau de relevância para a economia brasileira.
Isto é notoriamente demonstrado tanto pela expansão nos faturamentos quanto pelo aumento nas exportações, que contribuem significativamente para o PIB nacional. Além disso, o número de empregos ligados a este setor também vem aumentando e preenchendo as vagas oferecidas por empresas privadas, públicas e entidades.
Snacks
O cenário econômico e a inflação são preocupações importantes dos consumidores brasileiros, mesmo assim o orçamento dos lares sempre conta com a compra de snacks. Dados apontam que estes são escolhidos com menos frequência das marcas favoritas para priorizar marcas genéricas e que são consumidos em média duas vezes ao dia.
Snacks desempenham um importante papel emocional, já que para 83% dos entrevistados, em tempos difíceis são usados como recompensa. Além disso, 75% declararam sempre encontrar espaço no seu orçamento, especialmente a Geração X (82%). 80% afirmam que os consomem para se mimar. É comum encontrar nos consumidores a opinião de que somente o chocolate é essencial para satisfazer suas vontades (70%).
O momento mais relevante para saborear snacks varia, considerando-se que entre almoço e jantar é o mais indicado, mas também tem ganhado destaque pela manhã. Quanto às necessidades nutricionais, 86% acreditam que os snacks devem atender diferentes necessidades nutricionais para pessoas diferentes. A maioria (80%) afirmou checar os rótulos nutricionais antes de ingerir, sendo 98% consomem para se sentirem realizados e 74% buscam porções controladas.
Verifica-se ainda que é grande a preocupação de consumidores por snacks sustentáveis. Embalagens biodegradáveis (86%), ingredientes de origem ética (77%) e embalagens plásticas mais limpas (70%) têm despertado não somente interesse, mas também generosidade dos consumidores, que declaram estar dispostos a pagar um preço mais alto para terem esta qualidade.
Delivery
O que se esperava que fosse um crescimento devido a um momento atípico da história e que não se manteria para os anos seguintes, agora se traduz como algo que de fato veio para ficar, após revolucionar os hábitos de consumo das pessoas por oferecer uma maior praticidade para os clientes, o delivery segue crescendo, de acordo com um estudo realizado pela GS&NPD, em parceria com o Instituto Food Service Brasil (IFB), 89% dos locais passaram a atuar também dessa maneira durante a pandemia da COVID-19 e que atualmente o serviço é responsável por mais da metade (56%) do faturamento dos estabelecimentos.
Com um salto de 80% em 2020 para 89% em 2022, setor se mostrou resiliente até mesmo à crise sanitária mundial, sendo uma das únicas alternativas para diversos pontos da indústria. Para 2023, o IFB prevê um crescimento médio de 7,5% ao longo do ano.
AMEAÇAS
Sazonalidade
A sazonalidade pode ser um grande risco do setor, considerando que diferentes produtos caem ou aumentam de interesse ao longo do ano, um exemplo muito claro são os sorvetes, cujas vendas aumentam no verão e crescem no inverno, e em oposição, os vinhos costumam ser muito mais consumidos em tempos frios.
Devido a esse fator, manter o conhecimento do público e dos produtos oferecidos precisa ser sempre uma prioridade, para agilizar tomadas de decisões e planos de ação eficientes.
Competição Acirrada Dentro do Setor
Devido à crescente concorrência entre as empresas do setor de alimentos e bebidas, os mercados tendem a tornar-se cada vez mais instáveis, criando pressão para a redução dos preços dos produtos finais. Esta competição exacerbada implica um grande desafio para estas empresas, uma vez que exige que elas aumentem a sua capacidade de produção para garantir lucros satisfatórios.
Custos de produção
Seja devido à escassez de matéria-prima ou à inflação, os fabricantes de alimentos e bebidas estão tendo que lidar com custos operacionais mais altos, o que impacta diretamente o preço dos produtos para os consumidores.
Para driblar a alta e continuar oferecendo produtos economicamente atrativos sem perder a lucratividade, os gestores terão que, entre outras ações, enxugar os processos e diminuir desperdícios
A alta significativa do dólar, a inflação em constante crescimento, o aumento dos preços dos combustíveis e os conflitos armados internacionais exercem grande impacto sobre o custo de produção dos alimentos. Esta situação afeta diretamente também os elevados gastos com insumos pelos produtores. Os dados da CNA mostram que entre janeiro de 2020 e março de 2022, houve um alto aumento no preço dos principais fertilizantes (288%), além dos preços mais significativos da soja, milho e trigo (preço subiu 110%). Isto significa que as margens de lucratividade dos produtores têm diminuído a cada mês e isso exige a adoção de estratégias de gestão e controle de custo de produção.
Mudanças nos padrões alimentares
Devido às preocupações com saúde, meio ambiente e obesidade, os hábitos alimentares estão mudando rapidamente e as principais mudanças incluem prescrições sem glúten e lactose, veganismo e vegetarianismo. Atualmente, segundo informações da SVB, aproximadamente 30 milhões de brasileiros se consideram vegetarianos (12% da população), não existe uma pesquisa sobre a quantidade de veganos, mas as estimativas são de cerca de 7 milhões de pessoas.
Ademais, novas regulamentações em torno da saúde dos alimentos podem introduzir um alto nível de custo para os produtos da indústria de alimentos e bebidas e especialmente para aqueles que precisam seguir essas regulamentações.
As tecnologias de automação industrial, Internet das Coisas e inteligência artificial, premissas do conceito industrial 4.0, continuarão avançando tanto nas grandes indústrias como nas pequenas fábricas.
A ampliação do alcance da rede 5G no país irá acelerar essas transformações no chão fabril, permitindo um nível de precisão na comunicação entre máquinas, sensores e pessoas ainda não visto.
Essas novas tecnologias irão garantir que o principal tripé do segmento se mantenha firme: a qualidade nos processos de fabricação, a produtividade e a segurança alimentar.
Procura por Alimentos Mais Saudáveis
Desde a pandemia, ficou mais evidente a mudança nas preferências dos consumidores em relação à sua alimentação.
O apoio aos produtores locais, à qualidade e à segurança dos alimentos foram algumas das tendências que devem se manter na indústria de alimentos e bebidas em 2023.
As escolhas saudáveis que envolvem desde alimentos mais nutritivos até dietas à base de plantas continuarão sendo adotadas por um número cada vez maior de pessoas.
Os consumidores também estão em busca de produtos que estimulem a melhora da saúde física e mental por meio de ingredientes funcionais.
Sustentabilidade em todas as etapas
A sustentabilidade segue como forte tendência para 2023. Embora não seja um conceito novo, ela continua ganhando força à medida que aumenta a demanda dos consumidores por marcas mais ecológicas e responsáveis.
O principal fator motivador para a adoção de práticas mais sustentáveis são justamente as demandas dos clientes, porém, para os fabricantes, a sustentabilidade significa processos mais enxutos e redução de desperdícios.
Uso de dados
Gestores de diversos segmentos estão apostando cada vez mais na análise de dados e métricas para obter insights relevantes. Os dados coletados têm se tornado a chave para mensurar o desempenho das organizações e identificar oportunidades de melhoria. Um software de gestão que contenha todos os processos envolvidos é imprescindível para acompanhar os dados ao longo da produção de alimentos e bebidas e gerar relatórios completos de forma ágil.
A transformação digital e a produção inteligente estão consolidando-se como grandes aliadas do setor, pois permitem otimizar a transparência do monitoramento via sensores conectados e a Internet das Coisas, bem como usar tecnologias avançadas como Machine Learning, Digital Twins e robótica. Segundo estudo recente da Food Engineering, 66% das empresas já utilizam a rastreabilidade por lotes como prática de segurança alimentar. Embora ameaçadora, essa tendência promete significativos ganhos nas receitas do mercado, que pode chegar a quase US$ 72 bilhões em 2025 conforme prevê o relatório “The Internet of Things: Mapping Value Beyond the Hype” da McKinsey.
Com isso, fica claro que a mudança nas preferências de consumo e no avanço tecnológico estão modificando a paisagem global da indústria de alimentos e bebidas. A junção destes dois fatores fornecerá as ferramentas para superar os desafios enfrentados e alcançar os objetivos exigidos.
HIGHLIGHTS
“O setor de alimentos e bebidas é um dos principais motores da economia nacional, e serve até como termômetro para o desenvolvimento do país, com uma participação de mais de 10% no PIB, o sucesso do setor é vital para o crescimento do Brasil como um todo, a marca de mais de R$ 1 trilhão é um comprovante da evolução nacional.
Para os players já inseridos no mercado e os interessados em se iniciar nele, é crucial se atentar às tendências, ameaças e oportunidades destacadas, já que em um mercado tão competitivo, qualquer diferenciação e melhora no produto final e na produção pode ser uma virada de chave para um maior faturamento e margem de lucro.”
A análise de Instituições de ensinos é dividida em suas 3 principais frentes, que são:
Instituições de Ensino Básico
Instituições de Ensino Superior
Instituições de Ensino Continuado
Em cada um dos mercados terão análises macroeconômicas, análise interna do setor. As tendências serão abordadas para o mercado de instituições de ensino de maneira geral. Basicamente teremos um overview completo desse setor com dados mais específicos sobre as 3 frentes de atuação.
É importante salientar que essa análise foi desenvolvida em Janeiro de 2023, época em que ainda não foram lançados os anuários e dados concretos dos anos de 2022, afinal, o ano de 2022 acabou de se encerrar, por isso, utilizamos dados referentes a 2021, que iremos substituí-los pelos dados atualizados assim que estiverem disponíveis.
O mercado de instituições de ensino básico no mundo deve crescer significativamente nos próximos anos, principalmente com a digitalização dos processos educacionais. A pesquisa Global Market Insights diz que o mercado alcançou US$ 4,9 trilhões em 2022, com um crescimento de 7% ao ano.
O crescimento se deve ao fato de as instituições de ensino básico estarem se modernizando e adotando soluções digitais para melhorar a experiência dos alunos e professores. A ascensão da educação a distância e do ensino híbrido também contribuirá para o crescimento desse mercado.
As principais tendências que devem impactar o mercado incluem a adoção de soluções de aprendizagem baseadas em nuvem, plataformas baseadas em Inteligência Artificial, IoT, aprendizagem com gamificação e realidade aumentada/realidade virtual. Essas soluções ajudarão as instituições de ensino a melhorar a experiência dos alunos e a tornar o ensino mais eficiente e atraente.
O mercado também se beneficiará do aumento dos investimentos dos governos em infraestrutura educacional, como novas escolas, laboratórios, bibliotecas e tecnologia de última geração. Além disso, as políticas públicas de educação, como a inclusão de crianças de todas as classes sociais, devem impulsionar o crescimento do setor.
Estados Unidos: Com cerca de 60 milhões de alunos matriculados em instituições de ensino básico em 2022, os Estados Unidos serão o maior mercado de nicho do mundo. O gasto total previsto do governo federal com educação em 2022 é de US$ 781 bilhões, o que corresponde a aproximadamente 10% do PIB do país.
Nos Estados Unidos é organizada a partir de uma estrutura de ensino público de três etapas: a educação primária (elementar), a educação secundária (secundária) e a educação superior (universitária). A educação primária se divide em educação pré-escolar (pré escolar) para crianças de até 5 anos de idade, ensino fundamental para crianças de 5 a 13 anos de idade e ensino médio para jovens de 14 a 18 anos. A educação secundária é realizada em escolas públicas e privadas e é composta por colégios, comunidades e universidades.
China: A China é o segundo maior mercado de ensino básico do mundo, com cerca de 41 milhões de alunos. O custo chinês com educação em 2022 é de US$ 632 bilhões ( 5% do PIB).
A educação na China é dividida em duas etapas: a educação primária (elementar) e a educação secundária (secundária). A educação primária abrange crianças de 6 a 11 anos de idade, enquanto a educação secundária abrange jovens entre 12 e 15 anos. A educação primária e secundária na China é realizada em escolas públicas, comunidades e universidades.
Índia: A educação básica na Índia é organizada a partir de uma estrutura de ensino público de três etapas: a educação infantil (de 4 a 6 anos), o ensino fundamental (de 7 a 10 anos) e o ensino médio (de 11 a 14 anos). A educação infantil e o ensino fundamental são oferecidos em escolas públicas, particulares e comunidades. O ensino médio é oferecido em escolas públicas, privadas, comunidades e instituições de ensino profissional.
O terceiro maior mercado de ensino básico do mundo, com cerca de 34 milhões de alunos matriculados, gastou com educação em 2022 US$ 274 bilhões, o que corresponde a cerca de 3% do PIB do país.
Brasil: Já o Brasil é o quarto colocado, com cerca de 28 milhões de alunos matriculados em 2022. O gasto total previsto do governo brasileiro com educação é de US$ 207 bilhões, o que corresponde a cerca de 5% do PIB do país.
A educação básica no Brasil é organizada a partir de uma estrutura de: Educação infantil (de 4 a 5 anos), o ensino fundamental (de 6 a 14 anos) e o ensino médio (de 15 a 18 anos). A educação infantil é oferecida em creches, que são instituições públicas ou privadas. O ensino fundamental e o ensino médio são oferecidos em escolas públicas, privadas e particulares.
Japão: A educação no Japão é organizada a partir de uma estrutura de três etapas: Educação infantil (de 4 a 5 anos), o ensino fundamental (de 6 a 15 anos) e o ensino médio (de 16 a 18 anos). A educação infantil e o ensino fundamental são oferecidos em escolas públicas, particulares e comunidades. O ensino médio é oferecido em escolas públicas, privadas e comunidades.
O quinto maior mercado de ensino básico do mundo, com 23 milhões de alunos. O gasto total previsto do governo japonês com educação é de US$ 212 bilhões, o que corresponde a cerca de 5,5% do PIB do país.
Em cada um dos mercados terão análises macroeconômicas, análise interna do setor. As tendências serão abordadas para o mercado de instituições de ensino de maneira geral. Basicamente teremos um overview completo desse setor com dados mais específicos sobre as 3 frentes de atuação.
É importante salientar que essa análise foi desenvolvida em Janeiro de 2023, época em que ainda não foram lançados os anuários e dados concretos dos anos de 2022, afinal, o ano de 2022 acabou de se encerrar, por isso, utilizamos dados referentes a 2021, que iremos substituí-los pelos dados atualizados assim que estiverem disponíveis.
0
% de aumento de vendas nas redes varejistas.
Escolas Internacionais referência de Ensino Básico
A lista das melhores escolas do mundo varia de ano a ano e depende de diversos critérios, como o desempenho em provas, o nível de ensino, a inovação, a equidade e a satisfação dos alunos e pais. Algumas das escolas frequentemente consideradas como as melhores incluem:
Finn Hill Junior High School, Kirkland, Washington, EUA: Uma escola pública de ensino fundamental e médio, conhecida por seu ensino inovador e personalizado, incluindo programas de aprendizagem baseados em projetos.
Raffles Institution, Cingapura: Fundada em 1823, esta escola secundária é conhecida por sua excelência acadêmica, com ênfase em ciências, matemática e pesquisa.
Harkness School, Exeter, Nova Hampshire, EUA: Esta escola particular de ensino médio é conhecida por seu sistema único de ensino baseado em discussões em pequenos grupos, que estimula a participação ativa dos alunos.
St. Paul’s School, Londres, Reino Unido: Fundada em 1509, esta escola secundária é conhecida por sua tradição acadêmica e pelo seu rigoroso programa de ensino em ciências, humanidades e artes.
International School of Geneva, Suíça: Esta escola internacional é conhecida por seu ensino multicultural e multilíngue, oferecendo programas de ensino em inglês, francês e alemão.
BRASIL
No Brasil, o ensino básico é obrigatório para todos os alunos entre 6 e 14 anos de idade. Existem programas de ensino básico para alunos com deficiências especiais e para aqueles que não falam português como língua materna.
O mercado de instituições de ensino básico no Brasil é vasto e diversificado, abrangendo desde escolas públicas até escolas privadas de prestígio. As escolas públicas são administradas pelo governo federal, estadual ou municipal e são gratuitas para os alunos. Embora a qualidade do ensino varie de acordo com a região, as escolas públicas geralmente enfrentam desafios financeiros, falta de recursos e baixos níveis de remuneração para os professores.
Já as escolas privadas são administradas por organizações não governamentais e cobram mensalidades dos alunos. As escolas privadas geralmente oferecem um ensino de qualidade superior ao das escolas públicas, com recursos e infraestrutura mais avançados. Algumas escolas privadas de prestígio também oferecem programas internacionais e bilíngues, além de uma ampla gama de atividades extracurriculares.
O mercado de ensino básico no Brasil está em constante evolução, com o surgimento de novas escolas e a implementação de novas tecnologias e metodologias de ensino. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados, como a falta de recursos para escolas públicas, a desigualdade educacional entre regiões e a necessidade de melhorias na formação de professores.
Em geral, o mercado de instituições de ensino básico no Brasil é dinâmico e competitivo, oferecendo uma ampla variedade de opções de ensino para pais e alunos. Fonte: Britannica
No Brasil existem atualmente 182.468 escolas de educação básica ativas, sendo 23,14% escolas privadas, somando um total de 42.226.
As escolas, distribuídas em todas as regiões do Brasil, têm maior concentração no estado de São Paulo.
Os alunos estão distribuídos em todas as regiões do país. Novamente, como se vê na imagem abaixo, a maior concentração se encontra na região sudeste.
A maioria dos alunos da educação básica estão nos anos fundamentais e a maior concentração está no sudeste. São 47.874.246 alunos entre escolas estaduais, federais, municipais e privadas.
Na distribuição por etapa, a grande maioria dos alunos estão na etapa fundamental, seguido dos alunos de educação infantil e do ensino médio.
O Brasil conta com um total de 2.212.018 professores, destes 23,3% são professores de escolas privadas e 76,7% são professores em escolas públicas. Mais de 85% dos professores cursaram o ensino superior, entretanto, nos anos finais do fundamental e médio apenas 56,8% e 63,3% respectivamente lecionam em sua área de formação.
Os professores, de maneira geral, sofrem com baixos salários e dupla – quando não tripla – jornada com a intenção de somar remuneração. Isso influencia na qualidade do ensino, uma vez que não disponibilizam tempo para preparo da aula.
Além dos docentes, o Brasil conta com 161.426 diretores na educação básica. Mais da metade exercem o cargo exclusivamente por indicação e 13,4% por ser proprietário ou sócio da escola em que atuam.
A atual situação do mercado, educação e do ecossistema educacional básico apresenta desenvolvimento. A gestão escolar é descentralizada, tem baixa profissionalização e se divide em diferentes perfis, favorecendo as estratégias de expansão por aquisições dos grupos educacionais. As escolas e alunos da rede privada permanecem em crescimento e o comportamento do mercado tem favorecido o surgimento de novas empresas.
O número de escolas privadas vem subindo nos últimos anos em uma taxa média de 1,72% por ano, como mostra o gráfico abaixo, mesmo passando por períodos de recessão e alta incerteza econômica.
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%
Taxa de crescimento por ano com o número de alunos
OUTROS DADOS
Fonte: INEP
INDICADORES QUE ENVOLVEM O SETOR
A Taxa de Analfabetismo: É um indicador que mede a porcentagem da população adulta que não sabe ler e escrever. É geralmente calculada com base em dados censitários ou de pesquisas de amostra representativa da população.
Essa taxa é considerada um indicador importante de desenvolvimento social e econômico, pois reflete o nível de exclusão e falta de habilidades básicas da população. O inverso da Taxa de Analfabetismo é a Taxa de Alfabetização.
No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2019, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 6,6% (11 milhões de analfabetos).
A taxa de 2018 havia sido 6,8%. Esta redução de 0,2 pontos percentuais no número de analfabetos do país, corresponde a uma queda de pouco mais de 200 mil pessoas analfabetas em 2019.
A Região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (13,9%). Isto representa uma taxa aproximadamente, quatro vezes maior do que as taxas estimadas para as Regiões Sudeste e Sul (ambas com 3,3%). Na Região Norte essa taxa foi 7,6 % e no Centro-Oeste, 4,9%.
A taxa de analfabetismo para os homens de 15 anos ou mais de idade foi 6,9% e para as mulheres, 6,3%. Para as pessoas pretas ou pardas (8,9%), a taxa de analfabetismo foi mais que o dobro da observada entre as pessoas brancas (3,6%).
Fonte: Fonte: gráfico mais recente do IBGE sobre analfabetismo
No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio, passou de 47,4%, em 2018, para 48,8%, em 2019.
Também em 2019, 46,6% da população de 25 anos ou mais de idade estava concentrada nos níveis de instrução até o ensino fundamental completo ou equivalente; 27,4% tinham o ensino médio completo ou equivalente; e 17,4%, o superior completo.
O nível de instrução foi estimado para as pessoas de 25 anos ou mais de idade, pois pertencem a um grupo etário que já poderia ter concluído o seu processo regular de escolarização.
IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica): É uma ferramenta importante para monitorar a qualidade da educação básica no Brasil e para alcançar o objetivo de oferecer uma educação de qualidade para todos.
O indicador varia de 0 a 10 e é calculado de acordo com o desempenho dos alunos no Saeb e a taxa de aprovação. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o índice caiu de 5,9 em 2019 para 5,8 em 2021. Já no 9º ano do ensino fundamental, avançou de 4,9 para 5,1 no mesmo período. No ensino médio, o Ideb ficou estacionado em 4,2
O índice não indica que a educação melhorou na pandemia no caso de alunos do fim do ensino fundamental ou piorou no ensino médio. Parte das escolas adotaram a aprovação automática de alunos na pandemia, o que pode aumentar artificialmente o índice e prejudicar a análise de dados do Ideb. Além disso, a porcentagem de alunos que fizeram a avaliação do Saeb foi mais baixa.
A participação de menores estudantes na avaliação do Saeb por conta da pandemia distorce o resultado. Isso porque, eventualmente, os alunos que conseguiram participar das provas são melhores e os que têm menos condições de estudo podem ter ficado de fora dos testes.
A taxa média de insucesso na educação básica é maior no ensino médio. Chegou a 11,9% no 2º ano nas escolas públicas:
FUSÕES E AQUISIÇÕES
SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica):
É um sistema de avaliação do desempenho dos alunos e escolas no Brasil. O SAEB foi criado em 1995 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e é aplicado a cada dois anos para avaliar a qualidade da educação básica no país.
O SAEB inclui avaliações de leitura, matemática e ciências, e os resultados são usados para monitorar o progresso da educação básica no Brasil e para identificar áreas que precisam de melhora. Além disso, os resultados do SAEB também são usados para avaliar o desempenho dos professores e escolas, e para orientar as políticas de educação no país.
LÍNGUA PORTUGUESA A pontuação média do aprendizado em língua portuguesa para alunos do 2º ano do ensino fundamental caiu de 750 pontos em 2019 para 725,5 pontos em 2021. Ou seja, 24,5 pontos a menos.
A coordenadora-geral do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica substituta, Clara Machado da Silva Alarcão, disse que a pandemia de covid-19 deixou “lacunas” para a alfabetização. Afirmou que a queda era esperada pelo contexto.
A proporção de alunos com problemas na alfabetização passou de 15,5% em 2019 para 33,8% em 2021. No gráfico abaixo, são considerados alunos com déficit na língua portuguesa aqueles que são dos grupos “nível abaixo de 1″ até “nível 2″.
De acordo com o relatório, 8 Estados ficaram acima da média nacional em língua portuguesa: Ceará, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
MATEMÁTICA A pontuação média dos alunos de 2º ano também foi pior em matemática. Saiu de 750 pontos em 2019 para 741 pontos em 2021.
Há 14 Estados que ficaram acima da média. Em contrapartida, 9 unidades ficaram distantes da linha média do país: Amapá, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins.
Despesa Per Capita: quantidade de recursos financeiros investidos por estudante. A despesa per capita com educação no Brasil era de cerca de R$ 2.000 a R$ 3.000 por ano.
É importante destacar que esta despesa varia de estado para estado e que existem muitas iniciativas para aumentar a despesa per capita com educação no Brasil, a fim de melhorar a qualidade da educação e aumentar o acesso a ela.
Infraestrutura escolar: O indicador “Infraestrutura escolar” é uma medida usada para avaliar as condições físicas e de equipamentos das escolas. É composto por uma série de fatores, tais como a disponibilidade de água potável, energia elétrica, esgoto, acessibilidade, salas de aula adequadas, bibliotecas, laboratórios, áreas de recreação, entre outros.
Esse indicador é importante porque reflete a qualidade do ambiente escolar e pode afetar diretamente a aprendizagem dos alunos. Além disso, uma infraestrutura escolar inadequada pode ser um obstáculo para a atração e retenção de professores qualificados e para a realização de atividades extracurriculares.
INVESTIMENTOS
1. Investimento de R$ 2,1 bilhões para melhoria da infraestrutura do ensino básico, no ano de 2020: O investimento tem como objetivo melhorar a qualidade de ensino nas escolas públicas brasileiras, modernizando a infraestrutura e dotando as escolas de mais recursos para o ensino de qualidade.
2. Investimento de R$ 1,5 bilhão para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em 2019: O programa visa a oferta de cursos técnicos, qualificação profissional, capacitação e empreendedorismo para alunos de baixa renda, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida desses alunos.
3. Investimento de R$ 100 milhões para o Programa de Combate à Evasão Escolar, em 2018: O programa tem como objetivo reduzir o índice de Evasão Escolar nas escolas públicas brasileiras, com iniciativas como o aumento do número de professores em sala de aula, melhorias na infraestrutura escolar e a criação de programas de incentivo à permanência na escola.
PLAYERS
10 melhores escolas do Brasil no Ideb 2021 (1º ao 5º ano)
Escola de Ensino Fundamental Francisca Diogo Gomes (Massapê, Ceará) Escola Municipal Antônio Silvano Balacó (Pires Ferreira, Ceará) Centro Educacional Rural (Pires Ferreira, Ceará) Escola Municipal José Alves de Sena (Ararendá, Ceará) Escola Municipal José Eneas Pinheiro (Milhã, Ceará) Escola Municipal Prefeito Raphael Cláudio de Araújo (Mucambo, Ceará) Escola Municipal Joaquim José Monteiro (Cruz, Ceará) Escola Municipal Macário José de Farias (Cruz, Ceará) Escola Municipal Francisco Ricardo da Silva (Mucambo, Ceará) Escola Municipal Maria Vânia Farias Linhares (Mucambo, Ceará) O Estado também se destaca na avaliação dos anos finais do ensino fundamental, que compreendem as turmas de 5º ao 9º ano: das 10 melhores escolas do Brasil nesse nível, 8 são cearenses.
A maior nota do Ideb 2021 (9,1) foi da Escola de Ensino Fundamental Joaquim José Monteiro, na cidade de Cruz, no Norte cearense; seguida pelo Centro de Educação Infantil e Fundamental (CEIF) Edval Araújo da Silva, que obteve 8,9 no índice.
Considerando os anos finais, 70 das 100 melhores escolas do Brasil são do Ceará.
10 melhores escolas do Brasil no Ideb 2021 (5º ao 9º ano)
Escola Municipal Joaquim José Monteiro (Cruz, Ceará) Centro de Educação Infantil e Fundamental Edval Araújo da Silva (Novo Oriente, Ceará) Escola Municipal Alzira Maria de Araujo (Pires Ferreira, Ceará) Escola Municipal Firmino José (Ararendá, Ceará) Escola Municipal João Evangelista da Cruz (Cruz, Ceará) Escola Municipal Pedro Marques da Cunha (Cruz, Ceará) Escola Municipal 03 de Dezembro (Ararendá, Ceará) Escola Municipal Santa Cecília (Cruz, Ceará) Escola Municipal Professora Janaina Mercia Freire Silva (Custódia, Pernambuco) Escola Municipal de Educacao Basica Engenheiro Guttenberg Breda Netto (Coruripe, Alagoas) 10 melhores escolas do Brasil no Ideb 2021 (Ensino Médio)
Escola de Aplicacao do Recife (Pernambuco) Escola Preparatória de Cadetes Do Ar (Minas Gerais) Colegio Tiradentes Ijui (Rio Grande do Sul) Colégio Tiradentes Passo Fundo (Rio Grande do Sul) Colégio Militar de Fortaleza (Ceará) Colégio Tiradentes Santa Maria (Rio Grande do Sul) Escola de Aplicação Professora Ivonita Alves Guerra (Pernambuco) Presidente Vargas Etec (São Paulo) Irmã Agostina Etec (São Paulo) Eeep Adriano Nobre (Ceará)
Nota do Ideb: A média padronizada dos estudantes é obtida a partir das proficiências médias em Língua Portuguesa e Matemática alcançadas na Prova Brasil ou no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Observe que os valores são aproximados e podem variar de acordo com a região. Além disso, há muitas outras escolas de excelência no Brasil que não foram mencionadas aqui.
PERFIL DO CONSUMIDOR
De maneira qualitativa podemos afirmar que o perfil do consumidor deste mercado é basicamente formado por pais e responsáveis que procuram um ensino de qualidade para seus filhos. Eles costumam estar preocupados com fatores como a excelência da instituição, o custo-benefício, a reputação, as instalações, os espaços para recreação e as atividades oferecidas.
Os consumidores também consideram a localização da instituição e outros fatores como a segurança e os transportes para garantir que seus filhos cheguem à escola de forma segura. Além disso, os pais e responsáveis querem ter certeza de que seus filhos estarão em um ambiente saudável e acolhedor onde poderão desenvolver suas habilidades acadêmicas e sociais.
SUBNICHOS
Escolas Públicas: São escolas financiadas pelo governo e oferecem educação gratuita para todos os alunos. Elas seguem currículos estabelecidos pelo governo e têm como objetivo garantir acesso à educação básica para todas as crianças. Embora a qualidade da educação possa variar, escolas públicas são uma opção viável para muitas famílias com orçamentos limitados.
Escolas Privadas: São escolas que não são financiadas pelo governo e cobram mensalidades dos alunos. Elas têm mais liberdade para escolher o currículo e oferecer programas diferenciados, mas também têm o desafio de arcar com seus próprios custos financeiros. Escolas privadas tendem a ter menor número de alunos por classe e mais recursos disponíveis, o que pode levar a uma melhor qualidade de ensino.
Escolas Religiosas: São escolas que se baseiam em uma determinada crença religiosa e incluem ensino religioso em seu currículo. Algumas escolas religiosas são financiadas pelo governo, enquanto outras são privadas e cobram mensalidades.
Escolas Bilíngues: São escolas que oferecem ensino em duas línguas, com o objetivo de desenvolver habilidades linguísticas e interculturais nos alunos. Essas escolas têm se tornado cada vez mais populares, especialmente em áreas urbanas com grande presença de comunidades estrangeiras.
Escolas Especializadas: São escolas que oferecem programas de ensino especializados em áreas como música, artes, esportes, ciências ou tecnologia. Essas escolas buscam oferecer uma educação mais aprofundada e desenvolver habilidades específicas nos alunos.
Escolas de Ensino à Distância: São escolas que oferecem programas de ensino aos alunos de forma online ou a distância. Essas escolas são uma opção para pessoas que não podem frequentar uma escola tradicional por motivos como trabalho, localização ou condições de saúde.
Escolas Internacionais: São escolas que oferecem ensino em língua estrangeira e seguem currículos internacionais. Essas escolas são uma opção para famílias que desejam uma educação internacional para seus filhos ou para alunos
FUSÕES E AQUISIÇÕES
OVERVIEW GERAL O setor de educação registrou 19 do operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 72,7% em comparação com o mesmo período ano anterior, quando foram registradas 11 transações. Os dados constam na pesquisa da KPMG realizada trimestralmente com 43 setores da economia brasileira. A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira.
Entre os grandes players do setor de educação, o destaque é a Cogna, maior grupo de ensino privado do país. A empresa é a maior compradora em número de transações dos últimos 10 anos, com 15 negócios concluídos. Este ano, a Cogna fez uma operação com a Eleva no valor de R$ 580 milhões, operação envolvendo o ensino básico.
Segundo a pesquisa da KPMG, dentre as operações dos três primeiros meses deste ano, 14 delas foram realizadas entre empresas brasileiras e outras cinco envolveram companhias estrangeiras.
“Esse crescimento no setor indica a retomada gradual das empresas de educação que começou em 2021 com os avanços da vacinação no Brasil, porém com crescimento muito acelerado no primeiro trimestre de 2022. Outro ponto relevante é o aumento das operações envolvendo capital estrangeiro no trimestre, indicando o potencial da educação brasileira frente as transações de fusões e aquisições”, analisa o sócio de educação da KPMG, Marcos Boscolo.
LEVANTAMENTO A pesquisa da KPMG, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira, também revelou que o número de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano aumentou quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2022 foram 553, contra 375 negociadas em 2021. Em todo o ano passado, foram realizadas 1.963 operações.
“A pesquisa mostra que os processos de fusões e aquisições de empresas brasileiras continuam bastante aquecidos tanto para transações domésticas como para transações de empresas estrangeiras fazendo aquisições no Brasil. Esses números são bastante animadores para o ano, apesar dos desafios que ainda se apresentam no contexto econômico local e internacional”, analisa o sócio da KPMG, Luís Motta.
Sobre os setores que mais fizeram transações, empresas de internet continuam liderando com 242, seguidas por tecnologia da informação com 83, e prestadoras de serviços com 35. Outros segmentos que se destacaram foram instituições financeiras com 26, telecomunicação e mídia com 20, hospitais e clínicas com 16, seguros com 13, e transporte com 12.
BALANÇO O setor de educação fechou 2021 com 52 operações de fusões e aquisições, um aumento de 93% ao ano anterior. O volume de transações foi muito próximo à melhor marca histórica alcançada em 2008 quando foram fechados 53 negócios. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa realizada trimestralmente pela KPMG.
Das 52 operações fechadas no ano passado, a maioria (46) foi realizada entre empresas brasileiras e seis delas envolveram companhias estrangeiras.
COEDUCAR Para sanar a falta de familiaridade de professores e alunos com o ensino a distância (EAD), pouca motivação para o aprendizado digital e adoção de uma metodologia pedagógica adequada ao meio tecnológico, cinco empresas digitais se uniram recentemente em uma solução integrada inédita no Brasil. A canadense D2L, que atua no mercado global de LMS (sistema de gestão de aprendizado) há 23 anos, juntou-se às parceiras Amazon Web Services (AWS), Raíz Educação, Layers e Dreamshaper no novo projeto Coeducar, um ecossistema completo para escolas de ensino básico.
A D2L entra com a plataforma, a Raíz Educação com o conteúdo, a AWS com a infraestrutura, a Layers com a comunicação e a Dreamshaper com a regulamentação e transição para o Novo Ensino Médio, que começa a ser introduzido ainda este ano.
Com 20 mil alunos já plugados de maio para cá, o grupo focou primeiro no ensino privado, mas o objetivo é chegar ao ensino público em 2023.
COVID X PANDEMIA
O vírus covid-19, que até então estava se espalhando apenas nos continentes asiático e europeu, começa a dar as caras no Brasil em meados de março de 2020. Em uma medida de contenção do vírus alinhada aos movimentos internacionais, o Brasil inicia um trabalho de fechamento dos estabelecimentos. Medida que afastou, fisicamente, milhões de jovens e crianças das escolas. A transição digital, ainda embrionária no setor educacional básico, teve de acontecer as pressas, isso porque os alunos deviam continuar os estudos mesmo estando em casa.
A tragédia evidenciou as vulnerabilidades da educação. As escolas que possuíam recursos e tecnologias conseguiram responder mais rapidamente a demanda das aulas à distância. No entanto, as secretarias que estavam despreparadas para atender os alunos remotamente na educação pública demorou para responder e algumas regiões do Brasil ficaram por meses sem uma maneira eficiente de dar aulas. Isso aumentou a discrepância entre o ensino público e privado com consequências catastróficas para esses alunos e o para a o país. No Brasil, em geral, a orientação dos professores aos alunos por meio de aplicativos e redes sociais foi a estratégia mais usada, mas a medida ainda não resolvia o problema dos alunos sem acesso a internet, que neste caso foi amenizada em algumas cidades com a entrega de materiais impressos.
Além do calamitoso problema causado na aprendizagem dos jovens e adolescentes, a Secretaria de Política Econômica (SPE) divulgou, por meio do Boletim Macrofiscal que o impacto causado pela pandemia na educação podem reverberar por 15 anos na economia brasileira.
Mais de 92% das escolas de educação básica do Brasil adotaram estratégias de ensino remoto ou híbrido. Em 2021, o 2º ano da pandemia, 8,9% das unidades de ensino básico ajustaram a data de término do ano letivo. A porcentagem foi de 43,1% em 2020. Além disso, 72,3% das escolas recorreram à reorganização curricular. Ou seja, fizeram escolhas de qual parte do conteúdo seria ou não ministrada nas salas de aula. As provas foram aplicadas de 8 de novembro a 10 de dezembro de 2021.
Cerca de 5,3 milhões de estudantes de 72.000 escolas públicas e privadas participaram. O diretor de Avaliação da Educação Básica substituto do Ministério da Educação, Rubens Campos de Lacerda Júnior, disse que a adesão foi significativa e “próxima das edições anteriores” do Saeb. A taxa de resposta caiu, em 2022, em todos os anos avaliados pelo relatório: o 5º ano do ensino fundamental, o 9º ano do ensino fundamental e o ensino médio.
O percentual mais baixo foi do ensino médio (61,4%). Caiu 14,2 pontos percentuais em relação ao documento de 2019:
Em resumo, a pandemia tem afetado profundamente o mercado de instituições de ensino básico, desafiando a maneira como as escolas oferecem educação e lidam com questões financeiras e de equidade
NÚMERO DE EMPRESAS DO REGIÃO
Educação primária é o nível de educação que começa logo após a educação infantil e precede a educação secundária. A meta da educação primária é fornecer às crianças os fundamentos necessários para elas serem bem-sucedidas na vida. Esses fundamentos normalmente incluem habilidades de leitura, escrita, matemática, além de bases em ciências e artes.
Educação secundária é o nível de ensino que segue diretamente a educação primária. Normalmente começa por volta dos 12 anos de idade e termina antes dos 18 anos. O objetivo deste nível da educação é preparar os alunos para a vida adulta através da aquisição de conhecimento acadêmico avançado, bem como habilidades práticas.
NÚMERO DE EMPRESAS POR FAIXA DE FATURAMENTO (CNAE)
BIG PICTURE
A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 6,6% (11 milhões de analfabetos).
28 milhões de alunos matriculados em 2022
O mercado de instituições de ensino básico no mundo alcançou US$ 4,9 trilhões em 2022, com um crescimento de 7% ao ano.
O gasto total previsto do governo brasileiro com educação é de US$ 207 bilhões, o que corresponde a cerca de 5% do PIB do país.
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Média
A Força das Novas Entradas representa a ameaça da entrada de novos competidores no mercado, que podem influenciar no preço dos serviços oferecidos pelas demais instituições e diminuir sua lucratividade. A abertura de uma instituição desse tipo existem barreiras de preço, burocracia e entre outras questões, porém não é um tipo de negócio onde necessite um investimento para maquinários e um conhecimento técnico muito avançado, como por exemplo o mercado de construção civil.
Produtos Substitutos – Baixa
A Força da Substituição se refere à disponibilidade de serviços ou produtos oferecidos por outras empresas, que podem atender a mesma necessidade do consumidor. No setor educacional os produtos substitutos estão relacionados com outras formas de ensino básico (educação à distância, ensino híbrido etc), cursos livres e tutoriais online. Porém, atualmente é muito difícil existir um produto que substitua uma escola, seja ela pública ou privada,
Poder dos Fornecedores – Baixa
A força de fornecedores está relacionada à capacidade de parganha para com os seus clientes, como há fornecedores de sobra para esse mercado, o poder se barganha deles é pequeno. Neste mercado, os fornecedores são basicamente materiais escolares, técnicos e profissionais, como professores e outros funcionários.
Poder dos Compradores – Média
A força dos compradores refere-se à capacidade dos consumidores em influenciar o mercado por meio de sua habilidade em exigir preços baixos ou serviços mais qualificados do que os já oferecidos pelas instituições de ensino básico. Os compradores têm um poder de barganha médio, pois de fato existem muitos players para se escolher, porém há uma demanda de novos alunos muito grande, então acaba havendo um equilíbrio.
Rivalidade entre players – Alta
A força de concorrência é a competição que existe entre as instituições de ensino básico, como escolas públicas, privadas e particulares. Visto que a quantidade de escolas é enorme podemos afirmar que a concorrência é muito presente nesse mercado.
OPORTUNIDADES
Investimento em tecnologia educacional: com a chegada das plataformas digitais, cada vez mais instituições de ensino básico estão investindo em recursos tecnológicos para proporcionar aos alunos uma educação mais enriquecedora.
Oferta de cursos extracurriculares: com a chegada da demanda por experiências mais relevantes para os alunos, as instituições de ensino básico podem oferecer cursos extracurriculares que possam atender às expectativas dos alunos e fornecer-lhes habilidades práticas que podem ser úteis na vida adulta.
Fomento à inovação educacional: com as recentes mudanças na maneira como os educadores trabalham para aproximar-se dos alunos, também existe a oportunidade de fomentar uma cultura em que todos se sintam motivados a repensar o modo tradicional de ensinar e aprender.
Parcerias interdisciplinares: as instituições também buscam parcerias interdisciplinares com outras organizações onde possam adquirir expertise para melhorar o ensino e aprendizagem dos seus alunos.
AMEAÇAS
Competição existente
As instituições de ensino básico estão na luta constante por alunos e, assim, oferecem serviços cada vez mais competitivos, o que pode resultar em custo baixo para as empresas por meio do aumento da concorrência no mercado.
Escassez de recursos: A maioria das escolas não tem acesso a recursos suficientes para oferecer serviços de qualidade, o que significa que elas não podem atender às necessidades educacionais dos alunos e/ou podem ter uma má imagem quando se trata de ensino básico.
Contratação de professores qualificados: Um dos principais objetivos das escolas é ter professores qualificados, mas encontrar pessoas com habilidades adequadas é um desafio devido à falta de recursos para contratar e treinar profissionais qualificados.
Desenvolvimento tecnológico: As novas tecnologias estão mudando rapidamente como trabalham as escolas e a maneira como os alunos consumem os conteúdos de forma rápida e precisa. No entanto, infraestruturas inadequadas podem limitar o potencial dessas tecnologias para educar os alunos de maneira eficaz.
Questões políticas: O ensino básico está sujeito a frequentes mudanças políticas, o que torna o setor instável e difícil de prever sua evolução futura em vista da agenda governamental vigente. Isso pode afetar negativamente os negócios das empresas relacionadas a este setor.
Ameaças legais: as escolas muitas vezes estão sujeitas a um complexo conjunto de leis, regulamentos e políticas locais, estaduais, federais e globais que regem questões relacionadas à privacidade, segurança da informação e outros assuntos relacionados à educação. Elas também correm o risco de ser processadas por infrações dessas leis, o que pode ter um impacto significativo em sua operação diária.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), o mercado de educação superior no Brasil conta com mais de mil instituições, sendo que cerca de 70% são universidades particulares. O número total de alunos matriculados em 2021 foi estimado em cerca de 8 milhões, dos quais aproximadamente 48% estudam em instituições privadas.
Segundo dados da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (CONFENEN), as universidades com maior número de alunos são: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP).
Apesar do grande número de alunos matriculados, o índice médio nacional de conclusão dos cursos superiores tem sido cada vez menor nos últimos anos. Segundo um estudo feito pelo Conselho Nacional da Educação (CNE), apenas 16% dos alunos brasileiros concluem seus cursos dentro do tempo previsto. Além disso, outro relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que os brasileiros têm uma taxa muito baixa na comparação internacional.
Outra preocupação séria é a desigualdade social na educação superior brasileira. As universidades particulares cobram taxas mais altas que as universidades públicas, tornando-se inacessíveis para os estudantes oriundos das classes socioeconômicas mais baixas. Além disso, há também pouca diversidade racial e social entre os professores e funcionários dessas instituições.
Apesar desses desafios, existem várias iniciativas sendo tomadas pelo governo para melhorar o mercado educacional brasileiro. Por exemplo, o Programa Nacional de Acesso a Cursos Superiores (PRONATEC) tem lutado para fomentar a educação superior no país oferecendo bolsas parciais para estudantes carentes e financiando projetos voltados à formação acadêmica nos estados brasileiros. Além disso, várias leis foram aprovadas recentemente visando à melhoria da qualidade desses cursos.
Podemos concluir que em 2021 houveram uma grande oferta de instituições de ensino superior no país de maneira geral, incluindo instituições privadas e públicas, com 2564 instituições oferecendo 41.895 cursos diferentes. Além disso, tivemos um elevado número de ingressos nas instituições, com 3.945.091 pessoas entrando para estudar. O número de matrículas também foi alto, com 8.987.120 pessoas matriculadas em cursos. Finalmente, houveram 1.327.325 concluintes de cursos em 2021, o que indica uma taxa de sucesso significativa na educação superior no país.
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADO NO BRASIL
Em 2021 houve uma grande oferta de instituições de ensino superior privadas no Brasil, com 2251 instituições oferecendo 30920 cursos diferentes. Além disso, houve um elevado número de ingressos nas instituições, com 3.452.830 pessoas entrando para estudar, ou seja, 87% de todos os ingressos em instituições de ensino superior foram de instituições de ensino superior.
O número de matrículas também foi considerável, com 6.908.214 pessoas matriculadas em cursos. E obtivemos 1.107.906 concluintes de cursos, o que indica uma ótima taxa de sucesso na educação superior privada no Brasil.
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PÚBLICO NO BRASIL
Em 2021 existiam 313 instituições de ensino superior público oferecendo um total de 10975 cursos. Isso representa um número pequeno de instituições e cursos disponíveis para os estudantes, se comparados com as instituições privadas. Além disso, o número de ingressantes nas instituições foi de 492.261, o que equivale a 13% do total, apesar de ser um número pequeno, na prática vemos muito interesse mostrando um grande interesse dos alunos em ingressar no ensino superior público brasileiro, por serem gratuitas e na sua maioria têm um nível de ensino regular.
As matrículas também aumentaram para 2.078.906 e os concluintes foram 219.419, mostrando que houve uma boa taxa de conclusão dos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior públicas brasileiras.
PRINCIPAIS INDICADORES DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADO
NÚMERO DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
Vamos analisar o número de instituições de ensino superior nos últimos anos, para realizar essa análise, podemos utilizar os dados de instituições de ensino superior disponíveis no Censo da Educação Superior do Ministério da Educação.
Esses dados mostram o número total de instituições de ensino superior por ano, bem como os tipos (públicas e privadas). Isso nos permite comparar o número de instituições entre os anos para avaliar se houve crescimento ou queda.
Comparando os números de 2017 com os de 2021 (mais atualizados disponíveis) notamos que em 2017 existiam 296 IES (Instituições de Ensino Superior) públicas e 2.152 IES privadas. 5 anos após houve um crescimento de 17 IES públicas e 109 IES privadas. Crescimento de 5,05% por parte da rede privada e de 5,74% por parte das públicas, um crescimento extremamente parecido de maneira percentual.
Quando começamos a segmentar um pouco mais, conseguimos extrair ainda mais informações, logo, para isso iremos analisar o seguinte gráfico:
O que há de interessante são as proporções de cada tipo de IES, claramente as faculdades são uma maioria, em segundo são os centros universitários, em seguida são as universidades e em último lugar ficam as IFs e Cefet.
Para ficar mais palpável iremos explicar o que são cada umas dessas instituições:
Faculdade: é uma instituição de ensino superior, geralmente privada, que oferece cursos em várias áreas do conhecimento. Elas são autorizadas pelo governo a conceder diplomas de graduação e oferecer programas de pós-graduação.
Centro Universitário: é uma instituição de ensino superior que oferece curso de graduação, pós-graduação e programas especiais. Geralmente, esta instituição tem um enfoque mais prático nos seus cursos do que as faculdades regulares.
Universidades: são instituições acadêmicas com atribuições para ministrar cursos superiores, pós-graduações, pesquisa científica e extensão cultural. Essas instituições são reconhecidas pelo governo e só podem ser criadas por lei federal ou estadual.
IF e Cefet: o Instituto Federal (IF) é uma rede nacional formada por diversos campi em todo o Brasil que oferecem cursos técnicos e tecnológicos gratuitamente para a comunidade local. O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) é um centro estadual de educação tecnológica responsável pela formação básica dos alunos para as áreas técnicas na indústria brasileira.
Instituições de educação superior públicas são universidades, colégios e outras organizações que fornecem ensino superior sob o controle do governo. Estas instituições podem ser federais, estaduais ou municipais, dependendo de qual nível de governo as controla. As instituições federais são geralmente controladas por um departamento específico no governo federal, enquanto as instituições estaduais e municipais geralmente são administradas por departamentos específicos nos governos estaduais e locais.
Quando falamos das IES públicas sabemos que a predominância são de instituições federais, e muito próximo em segundo lugar estão as estaduais, e por último, são as Municipais que vem diminuindo gradativamente nos últimos 5 anos.
Financeiro
GERAL
PRIVADO
PÚBLICO
Algumas informações chave ficam nítidas através da análise desses 3 gráficos. A primeira é que o fluxo de caixa das públicas é muito maior, muito provavelmente pelos seus tamanhos, as instituições federais costumam ter diversos prédios e milhares de funcionários.
Falando dos funcionários, nas IES públicas eles são responsáveis por quase metade dos custos e nas privadas, gira em torno de 25%. A receita das privadas são em sua maioria “próprias” e as públicas por “transferência”.
Cursos
Analisando o gráfico acima nota-se um crescimento sempre constante, porém não muito alto, pois em 5 anos aumentou em torno de 17% o número de cursos totais.
É de se esperar que o número de cursos seja diretamente proporcional ao número de instituições de ensino superior, o que percebemos é que a proporção entre particulares e públicas se mantém mas o crescimento é diferente nos últimos anos (2020 e 2021) onde existe uma queda de IES, graças à pandemia, e os cursos mantém uma crescente possivelmente por uma movimentação natural do mercado de absorver os alunos/clientes das IES que faliram, também houveram muitas faculdades online que impulsionaram, além de cursos inovadores que são incorporados nos últimos anos.
Inserimos o gráfico à seguir para facilitar a comparação e a visualização dos pontos já mencionados:
Em 2021:
Entendo a proporção de número de vagas por área conseguimos dizer quais são as
3 principais áreas gerais para cada tipo de instituição de ensino superior, logo:
Para as IES públicas Federais: Educação Engenharia, produção e construção Negócios, administração e direito
Para as IES públicas Estaduais:: Educação Negócios, administração e direito Engenharia, produção e construção
Para as IES públicas Municipais:: Educação Negócios, administração e direito Saúde e Bem-estar
Para as IES privadas:: Negócios, administração e direito Educação Saúde e Bem-estar
Para mais detalhes acesse o dashboard: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiNjUzZjU2YzItY2VlZC00MzcwLTk4OWYtODMzNWEyNzJkM2ZhIiwidCI6IjI2ZjczODk3LWM4YW
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VAGAS E INGRESSANTES
A partir desse gráfico conseguimos visualizar o que já tínhamos falado anteriormente, do crescimento das aulas online, principalmente no ano de 2020 por causa da pandemia. Outro ponto interessantíssimo é que nas IES privadas o número só aumenta e em 2021 já representava mais de 75% dos cursos totais, no outro extremo estão as IES públicas, com ênfase na federal, que diminui percentualmente a quantidade de cursos EaD, 2017 eram 12% e em 2021 apenas 8%
As proporções entre cada tipo de IES não é novidade mas é de se esperar um tendência muito parecida do número de ingressantes com relação ao número de cursos, perceba que os dois obtiveram um crescimento constante nesses 5 anos, e uma evolução de 18% para o número de ingressantes e de 17% para o número de cursos, ou seja, estão diretamente ligados.
Através de dados fornecidos pelo INEP, observamos que as colunas se mantém muito parecidas ao longo dos anos e a principal categoria, que é de vaga nova, tem como maneiras de entrar o vestibular (66%), em seguida o ENEM (21%) e outras formas (totalizando 13%). Essas informações fazem bastante sentido quando juntamos com a quantidade de IES públicas (minoria) e privadas (maioria).
Fica muito claro que as faculdades públicas são dominadas pelas faculdades, e com números muito menos expressivos, estão as IFs, Cefet e Faculdades. Já nas privadas os centros universitários vêm se tornando cada vez mais comuns ao longo dos anos, tendo uma proporção muito similar às universidades e as Faculdades obtiveram uma queda expressiva nesses 5 anos.
Em 2021, curiosamente pedagogia é o curso número 1 quando destacamos o número de ingressantes mas se pararmos para analisarmos com cuidado, a pedagogia abrange qualquer área de ensino, desde saúde até artes, logo, faz sentido ter mais alunos do que cursos mais específicos. Administração chega extremamente próxima aos números da pedagogia e em seguida estão direito, enfermagem e gestão de pessoas, nessa ordem.
OUTROS DADOS:
Em 2021 nas instituições de ensino superior: Os estrangeiros correspondem à 7046 Os deficiêntes correspondem à 24064 54,5% são compostos por pessoas brancas 43,2% por pessoas pretas 2,3% por amarelos/indígenas 1.627.817 homens 2.317.274 mulheres
Idades
PERFIL DO CONSUMIDOR
Docentes
De 2017 até 2019 o número se mantém em torno de 330 mil, mas nos anos durante e após a pandemia eles caem claramente por volta de 5%, ou seja, 2020 temos 314 mil e em 2021 alcançamos a casa dos 315 mil. Podemos esperar uma retomada desses valores mas talvez não alcance o que era antes, até pelo forte crescimentos de aulas EaD, que tem número muito maior de vagas por docente.
Como já era de se esperar, o número de docentes corresponde à quantidade de IES e de cursos fornecidos por categoria. Porém, enquanto a quantidade de docentes das públicas comparado às particulares é quase meio a meio, o número de IES públicas em 2021 corresponde a apenas 13,8% do número total, demonstrando um número desproporcional de docentes por IES.
Dados interessantes sobre as especializações dos docentes e outras características:
Idades
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Média
Com o avançar das tecnologias educacionais, novos concorrentes têm surgido na área da educação superior oferecendo forma de ensino inovadoras, flexíveis e baratas a estudantes do mundo todo . Isso acaba criando uma maior competitividade entre as instituições existentes já presente no mercado, fazendo com que elas tenham que adotar novas estratégias de marketing para conseguir atrair o maior número possível de alunos em meio à forte concorrência. Apesar disso, vale lembrar que essas instituições tem uma credibilidade maior que essas alternativas de ensino, por isso, classificamos como média.
Produtos Substitutos – Média
A educação online é uma das principais ameaças às instituições de ensino tradicionais. Muitas vezes, ela pode ser considerada como uma alternativa mais barata e prática à educação presencial, pois permite que os alunos ganhem as mesmas habilidades sem precisar frequentar aulas presenciais e se deslocaram até o local da universidade. Pórem, ainda não tem o mesmo valor agregado para o mercado e consequentemente para os alunos também.
Poder dos Fornecedores – Baixa
Os fornecedores desempenham um papel importante para as instituições de ensino superior. Esses fornecedores não tem um poder de barganha tão grande, visto que empresas de materiais de estudo, estruturais e entre outros tem um número de empresas muito grande, logo menor poder de barganha.
Poder dos Compradores – Média
Os compradores desempenham um papel importante nas decisões das instituições de ensino superior. Alunos e seus pais são os principais compradores para essas instituições. Por isso, as instituições têm que trabalhar muito para garantir que seus serviços sejam atrativos para estes clientes finais. Os compradores têm um poder de barganha médio, pois de fato existem muitos players para se escolher, porém há uma demanda de novos alunos muito grande, então acaba havendo um equilíbrio.
Rivalidade entre players – Alta
As instituições de ensino superior estão cada vez mais competindo entre si por alunos. Isso pode ser visto com a divulgação da oferta acadêmica, assim como promoções para atrair novos alunos. Também há uma pressão sobre o preço dos cursos e outros serviços que as instituições oferecem, pois os alunos estão sempre à procura dos melhores preços. Lembrando que essa concorrência é uma realidade maior para as instituições privadas.
OPORTUNIDADES
Oferecer cursos online
O ensino superior online cresceu 13 vezes mais rápido do que os cursos presenciais nos últimos dez anos. Segundo a Code and Theory, o aumento da tecnologia colaborativa, bem como a pandemia da Covid-19, tornaram o ensino superior online mais popular do que nunca. As universidades estão atualmente oferecendo cursos de graduação e pós-graduação inteiramente online para estudantes em toda parte do mundo.
Investir na experiência dos alunos: As universidades precisam investir em recursos e metodologias que melhorem a experiência dos alunos no ensino superior. Investimentos em tecnologia educacional para melhorar serviços acadêmicos e administrativos, bem como desenvolver programas de mentoria e orientação estudantis são fatores importantes para desenvolver uma experiência positiva para os alunos.
Promover programas interdisciplinares: Muitas universidades estão adotando abordagens interdisciplinares para sua educação superior, permitindo a flexibilidade de combinar diferentes áreas de estudo num mesmo curso de forma organizada por disciplinas. Isso possibilita que os alunos tenham um conhecimento holístico sobre diversas disciplinas específicas e áreas do saber, preparando-se melhor para encontrar soluções inovadoras para problemas reais no mercado de trabalho atual.
Fomentar serviços de consultoria profissional: Os serviços especializados de consultoria profissional são cada vez mais valorizados pelas empresas modernas e podem ser oferecidos pelas universidades tanto a seus alunos quanto às empresas locais e regionais com objetivo de fomentar o desenvolvimento dessas empresas e incentivar o talento local.
Desenvolver parcerias educacionais: As parcerias educacionais entre universidades com outras instituições educacionais podem ser extremamente benéficas para ambas as partes envolvidas, pois ela possibilita a troca interinstitucional de conhecimento acadêmico, laboratorial e tecnológico entre as instituições participantes . Além disso, ela permite que os alunos possam ter experiências diversificadas nas universidades parceiras e ampliar seus horizontes acadêmicos e profissionais a longo prazo
AMEAÇAS
Competição de custo
A crescente competição de custo entre as instituições de ensino superior pode reduzir o valor percebido e a qualidade dos serviços.Com o aumento do número de faculdades particulares, os alunos têm uma variedade mais ampla de opções disponíveis para eles. Esta tendência tem pressionado as instituições de ensino superior a oferecerem preços mais baixos, resultando numa redução dos orçamentos das escolas.
Inovação tecnológica: O surgimento da tecnologia digital revolucionou o setor da educação, tornando possível o aprendizado remoto e virtual em vez do aprendizado presencial tradicional em salas de aula. Essas mudanças tecnológicas também permitiram que outras plataformas oferecessem cursos online e gratuitos, gerando uma competição intensa no setor da educação.
Financiamento: O financiamento é um dos principais fatores que têm impactado as instituições de ensino superior nos últimos anos. O estrangulamento do orçamento federal para a educação tem feito com que muitas universidades e faculdades reduzam seus fundos destinados à pesquisa e à expansão acadêmica, assim como à qualidade do ensino que elas fornecem.
Acessibilidade: Embora haja um esforço crescente para melhorar a acessibilidade à educação superior, muitas pessoas nos países em desenvolvimento não têm formais direitos à educação devido às barreiras financeiras ou geográficas existentes na região em que vivem. Além disso, muitos outros grupos sócio-económicos não têm acessibilidade devido à falta de informações sobre programas governamentais existentes para prover financiamento para a educação superior.
Estrutura regulatória: Os regulamentos governamentais atuais são geralmente inadequados para lidar com as novas tendências no setor da educação superior, particularmente aqueles relacionados com programas on-line e cursos livres (MOOCs). Muitas vezes os processos regulatórios são demasiadamente rigorosos ou desatualizados quando comparados com os avança rápidos dentro dessa área específica da educação.
INSITUIÇÕES DE ENSINO CONTINUADO
ANÁLISE MACROECONÔMICA
A educação continuada, realidade no Brasil desde os anos 70, é uma forma de ensino baseada no constante aprendizado, promovendo oportunidades para o desenvolvimento dos alunos enquanto profissionais e indivíduos. Hoje, a concorrência acirrada e a volatilidade do mercado profissional tornaram necessária a educação contínua para qualquer profissional se destacar. Assim como a educação continuada traz uma leva de benefícios para o profissional que está imerso nessa modalidade, como desenvolvimento de novas competência, excelência técnica e operacional, também é importante para os colaboradores e empresas, bem como a criação de times de alta performance, com melhores resultados e maior produtividade.
Por parte das instituições de ensino, a educação continuada é presente por meio de: Cursos de extensão; Pós-graduação;
Já por parte das empresas, é presente por meio de: Reciclagem; Cursos livres; Cursos técnicos;
Pós-Graduação
A pós graduação é um dos principais modelos de educação continuada no Brasil, sendo feita após a conclusão de um curso do Ensino Superior (bacharelado, licenciatura ou tecnólogo).
Essa graduação é uma forma de aprofundar temas que foram abordados na graduação, de maneira a se especializar no assunto. Entre os benefícios de uma pós-graduação, temos o aumento de remuneração, maior reconhecimento na área, maiores chances de empregabilidade e desenvolvimento de networking dentro da área.
De 2020 para 2021, houve um aumento de 4,8% no número de alunos matriculados em alguma especialização. Esse crescimento foi puxado pela rede pública, com acréscimo de 46,4% das matrículas. Nos cursos de mestrado, o aumento no mesmo período foi de 8,4%, sendo 3,4% na rede privada e 11,5% na rede pública.
De 2020 para 2021, o acréscimo de alunos matriculados em cursos de doutorado foi de 37,4%, com equilíbrio entre as redes privada e pública: 36,1% de crescimento na primeira e 37,8% na segunda.
O que extraímos desses gráficos é que a rede privada é muito forte em especialização e a pública em mestrado e doutorado. Porém, a especialização em 2021 teve 1,12 milhão de alunos ainda cursando só nas redes privadas, e o mestrado e doutorado somados chegam a um pouco mais que 300 mil alunos, ou seja, uma disparidade muito grande. Isso pode acontecer pela facilidade de começar um curso de especialização, o que não é tão acessível como um mestrado e muito menos um doutorado.
Fica claro por meio dessa tabela que em todos os cursos os alunos que concluíram alguma pós-graduação recebem salários melhores do que as que apenas concluíram o ensino superior. Com certeza o fato de ter realizado uma pós afeta diretamente no salário, porém é bom lembrar que os profissionais que já finalizaram uma pós-graduação normalmente tem uma idade mais elevada em comparação com aqueles que concluíram o ensino superior apenas, logo, os pós-graduados tem mais tempo de carreira.
Concluindo que as 2 principais variáveis que afetam o salário são o tempo de carreira e seu nível de escolaridade (pós-graduação ou apenas o ensino superior).
Cursos de Extensão
Os cursos de extensão universitária são oferecidos no Brasil em 2.300 instituições de ensino superior, e são cursos que não possuem validade acadêmica, mas são oportunidades de desenvolvimento de conhecimentos em diversas áreas de atuação.
Para a inscrição nos cursos, não é necessário diploma em ensino superior e vínculo com a faculdade que o oferece, sendo uma oportunidade de formação em um curto período (aproximadamente 3 meses), de forma a complementar a graduação.
Não podemos considerar cursos de extensão universitária como pós-graduações, uma vez que são de curta duração e focados no aperfeiçoamento, especialização e aquisição de conhecimento em novas áreas de formação.
RECICLAGEM, CURSOS TÉCNICOS E CURSOS LIVRES
Os cursos de reciclagem são qualificações que agregam nos currículos após o cumprimento da graduação ou de um curso profissionalizante, sendo considerado um aperfeiçoamento profissional. Os cursos são importantes para acompanhar as mudanças de mercado e promover evolução na carreira.
Os cursos técnicos abrangem uma enorme variedade de opções (13 eixos tecnológicos), e são a forma mais rápida de conquistar uma profissão e se alocar no mercado de trabalho. São cursos muito focados na parte prática e muitos deles oferecem certificações intermediárias, que possibilitam o acesso a vagas de emprego.
Os cursos livres são mais focados no desenvolvimento pessoal do indivíduo, principalmente no que tange a evolução das soft skills (habilidades pessoais estratégicas) sendo um aprendizado de curta duração com aplicabilidade rápida/imediata.
Estes são regidos sobre legislação, mas não são regulamentados pelo MEC. Por sua legislação, o curso livre não faz exigência de nenhuma formação anterior específica, podendo ser realizado por praticamente qualquer pessoa, tampouco tem carga horária mínima ou fixa definida, ficando definida, então, por conta do profissional ou instituição que oferta o conteúdo.
CURSOS MAIS BUSCADOS NA INTERNET:
PRINCIPAIS TEMAS Embora não haja uma lista oficial dos temas mais consumidos no Brasil, existem algumas áreas e temas que são populares entre os estudantes brasileiros. Aqui estão alguns exemplos:
Desenvolvimento web e programação: Cursos que ensinam habilidades em linguagens de programação como HTML, CSS, JavaScript, Python e outras são muito populares entre os estudantes brasileiros. Esses cursos ensinam habilidades valiosas para quem deseja trabalhar na área de tecnologia ou criar um negócio online.
Marketing Digital: Com o crescimento do comércio eletrônico e das mídias sociais, os cursos de marketing digital são cada vez mais procurados pelos estudantes brasileiros. Esses cursos abrangem habilidades em SEO, mídias sociais, e-mail marketing, anúncios online, entre outros.
Idiomas: Aprender um novo idioma é uma habilidade valorizada em todo o mundo e os cursos online de idiomas são muito populares no Brasil. Cursos em inglês, espanhol e francês são os mais procurados.
Finanças: Cursos online que ensinam habilidades em finanças pessoais, investimentos e finanças corporativas são populares entre os estudantes brasileiros. Esses cursos ajudam a desenvolver habilidades valiosas para gerir o próprio dinheiro e planejar o futuro financeiro.
Saúde e bem-estar: Cursos que ensinam habilidades em nutrição, atividade física, yoga, meditação e outras áreas relacionadas à saúde e bem-estar também são populares entre os estudantes brasileiros. Com a pandemia da COVID-19, esses cursos se tornaram ainda mais procurados.
IMPACTO DO SETOR NA PANDEMIA
Com a chegada da pandemia do Covid-19, o ensino, como um todo, teve que se reestruturar para o ensino totalmente remoto. No que tange a educação continuada, os impactos foram menores quando comparado aos da educação básica e superior, devido à adequação ao modelo híbrido e a distância previamente à pandemia. Por isso, as empresas e instituições que já possuíam estas modalidades conseguiram se adaptar melhor à nova situação.
A adaptação ao ensino EAD trouxe uma maior facilidade e flexibilidade no que tange o acesso aos materiais de pesquisa e economia de tempo de deslocamento e combustível, mas, por outro lado, a falta de acesso à internet de qualidade, a falta de habilidades para manusear as tecnologias, e a mínima interatividade das aulas dificulta a qualidade de ensino e deixa mais evidente a desigualdade entre os alunos.
EAD x Ensino Remoto Emergencial A oferta de cursos lecionados por Ensino à Distância vêm aumentando cada vez mais, sendo mediada por tecnologias em que discentes e docentes estão separados fisicamente. Nessa modalidade, é necessário um planejamento e uso de estratégias de forma a possibilitar uma estrutura informacional adequada, suporte técnico aos professores e estudantes e a alocação desses no ambiente virtual, e o treinamento contínuo em tecnologia aos professores.
Diferentemente do EAD, o ensino remoto emergencial, que vêm sendo realizado no contexto da pandemia do Covid-19, é ofertado sem planejamento, treinamento e com limitações de tempo, ocasionando o baixo desempenho acadêmico e o aumento da evasão dos estudantes.
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Alta
Pelo fato de não haver um alto custos de entrada no setor de ensinos continuados, a barreira de entrada é baixa, o que facilita a entrada de novos players.
Produtos Substitutos – Alta
Por conta da baixa barreira de entrada e, por isso, muitos concorrentes, há várias possibilidades de cursos relativamente semelhantes em outras instituições/empresas.
Poder dos Fornecedores – Alta
Devido à necessidade de os docentes necessitarem um maior grau de graduação, o poder de fornecedores se torna alto pois a oferta é menor.
Poder dos Compradores – Alta
Os compradores podem exigir melhor qualidade e cobrar maior prestação de serviços uma vez que existe concorrência.
Rivalidade entre players – Alta
Por conta da baixa barreira de entrada e alta quantidade de produtos substitutos, podemos considerar a rivalidade entre players alta.
OPORTUNIDADES
O mercado de instituições de educação continuado, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.
Treinamento em habilidades digitais Com a crescente digitalização de vários setores, as habilidades digitais estão se tornando cada vez mais importantes. O setor de ensino continuado pode fornecer treinamento em habilidades digitais, como programação, análise de dados, marketing digital e gestão de projetos.
Incentivos governamentais A SEE (Secretaria de Educação e Esportes) fará da formação continuada seu principal foco de atuação e investimento, como forma de inclusão social e a promoção da melhoria do ensino.
Cursos online e educação a distância Com a crescente demanda por flexibilidade e conveniência, o ensino online e a distância estão se tornando cada vez mais populares. O setor de ensino continuado pode fornecer cursos online e educação a distância para atender a essa demanda.
Programas de educação executiva O setor de ensino continuado pode oferecer programas de educação executiva para profissionais experientes que desejam se manter atualizados sobre as tendências em sua área e desenvolver novas habilidades para aprimorar sua carreira.
AMEAÇAS
Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.
Entrada no mercado de trabalho Pela necessidade e anseio de entrar o quanto antes no mercado de trabalho, principalmente para os estudantes de rendas mais baixas, a educação continuada e o aprendizado contínuo são escanteados pelos empregos.
Ticket médio Pelo fato de a maioria dos modelos de ensino continuado serem privados e seu ticket médio ser relativamente alto, em períodos de crise econômica, como o que o Brasil se encontra, cursos de aprendizado contínuo não são uma prioridade, por serem considerados uma demanda elástica.
Credibilidade e qualidade Para ter sucesso, o setor de ensino continuado precisa fornecer programas de alta qualidade e credibilidade. Qualquer escândalo ou falha em fornecer uma educação de qualidade pode levar a uma perda de confiança do público e danificar a reputação da instituição.
Tecnologia A tecnologia está mudando rapidamente a forma como as pessoas aprendem e acessam informações. Instituições de ensino continuado que não se adaptarem às mudanças tecnológicas podem ficar para trás e perder a oportunidade de atingir novos públicos.
Mudanças regulatórias Mudanças nas leis e regulamentações governamentais podem ter um impacto significativo no setor de ensino continuado. Qualquer mudança pode afetar os requisitos de credenciamento, requisitos de licenciamento e padrões de qualidade.
TENDÊNCIAS
PANORAMA DOS PRÓXIMOS ANOS
Grupos educacionais e o cenário favorável para o mercado de educação Afora a Pandemia que desacelerou circunstancialmente o crescimento do setor de educação no Brasil, o momento é propício. Investidores que anteriormente foram atraídos pelas políticas de acesso do ensino superior estão se voltando para a educação, enxergando oportunidades que estão se traduzindo em um mercado aquecido.
As movimentações já aconteciam previamente. Contudo, o evento-referência na virada de grandes grupos educacionais para educação acontece com o impedimento da fusão entre Kroton e Estácio pelo Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2017. Uma transação avaliada em R $5,5 bilhões. À época, o ocorrido aliado a alta concentração das matrículas em poucos players, indicava uma evidente saturação no setor.
Neste cenário, surge um consenso sobre oportunidades de negócio na educação. De lá até aqui, inúmeras movimentações relevantes no mercado aconteceram. Cito algumas como exemplo: aquisição da Somos pela Cogna (ex Kroton), novos grupos começam a ganhar espaço como Bahema, Rede Decisão, Inspira Rede de Educadores e Camino Education. IPO da Arco Educação e da Vasta Educação, troca de ativos entre Cogna e Eleva Educação e mais recentemente a aquisição dos sistemas de ensino COC e Dom Bosco pela Arco, abertura de capital da Cruzeiro do Sul e a intenção de IPO da Eleva Educação e do Grupo SEB para escolas Maple Bear e perfil de escolas Premium.
Para pouco mais de 2.000 universidades privadas no Brasil, temos mais de 40.000 escolas particulares. O mercado descentralizado favorece as aquisições, isso acelera a estratégia de crescimento nos grandes grupos educacionais. As escolas contam com excelente LTV, receita previsível, uma vez que o ticket é conhecido ao longo do tempo, boa retenção e baixa inadimplência em condições normais.
Para além das escolas particulares, existem empresas editoriais e soluções B2C que atendem dependências administrativas públicas. Somadas, as escolas representam um mercado educacional e um ecossistema educacional de mais de 180 mil instituições de ensino e um universo de 47 milhões de alunos.
PLATAFORMAS 1. Blackboard Learn: É uma plataforma de aprendizagem desenvolvida para suportar professores, alunos e funcionários da escola. Oferece ferramentas para criar, organizar e compartilhar conteúdo, bem como ferramentas de avaliação, tarefas e muito mais.
2. Moodle: É uma plataforma completa de aprendizagem que oferece recursos básicos como cursos online, fóruns de discussão, projetos colaborativos, testes e quizzes interativos.
3. Schoology: Esta plataforma online permite aos professores criar cursos com seu próprio conteúdo e também fornece soluções personalizadas às necessidades da escola. Possui recursos para que os alunos e professores possam colaborar uns com os outros dentro do mesmo ambiente virtual online.
4. Canvas: Esta plataforma possui um conjunto completo de ferramentas para tornar o aprendizado ainda mais envolvente e intuitivo entre alunos e educadores. Oferece praticamente todos os tipos de recursos necessários em um ambiente educacional moderno – desde visualização de grade até notificações em tempo real sobre atividades dos alunos e gerenciamento de tarefas pedagógicas complexas.
TENDÊNCIAS DE CONSUMO 1. Experiência do aluno: as instituições de ensino estão buscando cada vez mais enfatizar a experiência do aluno como elemento fundamental para o sucesso acadêmico. Isso inclui desenvolver planos de aula interativos, aplicativos e processos de aprendizagem personalizados, bem como oferecer serviços de orientação e suporte para os alunos.
2. Desenvolvimento profissional: as instituições estão tendendo para oferecer cursos que auxiliem no desenvolvimento profissional dos alunos, como habilidades de liderança e gerenciamento, capacitação em tecnologia digital, entre outras.
3. Ensino à distância: com o avanço da tecnologia, muitas instituições estão incluindo o ensino à distância em seus portfólios com o intuito de proporcionar aulas online para os alunos e melhorar a flexibilidade em termos de horário e localização.
4. Recursos de áudio-visual: as últimas tendências também incluem investir nos recursos audiovisuais com objetivo de estimular uma participação maior nos processos educacionais. Estimular os alunos através da visualização das aulas ajuda a melhorar o entendimento dos conteúdos abordados e despertar o interesse na aprendizagem.
APLICATIVOS Coursify: O Coursify é um aplicativo inovador que permite que os alunos inscrevam-se e preencham automaticamente as informações de seu curso, acompanhem o progresso de atividades, e tenham acesso a tutoriais, vídeos e materiais educacionais.
MySchoolApp: O MySchoolApp é um aplicativo móvel que fornece informações relevantes sobre as instituições de ensino para os estudantes. Ele permite que os alunos fiquem conectados à sua instituição, monitorando notícias importantes, datas importantes do calendário acadêmico, horários dos cursos e eventuais alterações nos programas acadêmicos.
Soluto: Um aplicativo de gerenciamento de tarefas e conteúdo educacional que permite que professores interajam com alunos, compartilhem conteúdo, organizem tarefas e obtenham análises em tempo real.
Duolingo: um aplicativo de aprendizagem de idiomas que usa jogos e desafios para ensinar novos idiomas de forma divertida.
Khan Academy: um aplicativo com uma vasta coleção de vídeos e recursos educacionais gratuitos em matemática, ciências, economia e muito mais.
Quizlet: um aplicativo de estudo que permite criar e compartilhar flashcards e jogos de estudo personalizados.
EdX: uma plataforma de ensino online com mais de 2.500 cursos de universidades de todo o mundo.
Estes são apenas alguns dos muitos aplicativos de educação disponíveis e cada um deles oferece uma abordagem diferente para o ensino e o aprendizado.
HIGHLIGHTS
“A conjuntura do mercado que está se formando ao redor da educação, nos dá a dimensão do tamanho do crescimento que vamos presenciar nos próximos anos no setor educacional. Quando se trata de oportunidades de negócios temos inúmeros lacunas a serem preenchidas e bastante espaço para expansão. Vamos visualizar uma enormidade de inovação e testemunhar abundantes mudanças na educação. Na maneira de ensinar, aprender, avaliar, na dinâmica escolar e na forma de administrar e fazer negócios.
Os movimentos de mercado, os grandes grupos, o surgimento de novos grupos, o crescimento e migração das escolas e na base de alunos e o crescente aumento das edtechs com as mais diversas soluções são indícios de um setor em ascensão. Sem negligenciar, é claro, a pandemia que evidenciou inúmeras vulnerabilidades e deixou muitos problemas que persistirão por um longo período.
Com amplos hiatos a serem resolvidos, oportunidades e um mercado em franca evolução, a criação do mercado & educação surge com o intuito de agregar e discutir sobre notícias, dados e informações do mercado, educação e o ecossistema educacional básico, a fim de acompanhar e dar visibilidade aos desdobramentos desta empreitada.”
Tamanho do Mercado de Bebidas Alcóolicas no Mundo (em milhões de dólares)
O mercado de bebidas oferece uma grande variedade de produtos, desde bebidas alcoólicas e não alcoólicas a refrigerantes, sucos, água, café e chá. O mercado de bebidas é um dos principais setores da indústria de alimentos e bebidas no mundo, com vendas globais que somaram US $ 1,85 trilhão em 2019.
De acordo com um relatório publicado pela Statista em 2020, o setor de bebidas alcoólicas representou cerca de 25% do total de vendas de bebidas no mundo em 2019. O segmento de bebidas alcoólicas também foi responsável por cerca de 89% das vendas de bebidas alcoólicas. Os EUA lideraram o mercado de bebidas alcoólicas em 2019, com um volume de negócios estimado em US $ 231,4 bilhões, seguido por China e Japão.
O segmento de bebidas não alcoólicas foi responsável por cerca de 75% das vendas de bebidas no mundo em 2019. Os EUA também lideraram o mercado de bebidas não alcoólicas em 2019, com um volume de negócios estimado em US $ 687,2 bilhões, seguido por China e Japão.
De acordo com um estudo da Technavio, o mercado de bebidas alcoólicas deve registrar um crescimento de 5,06% entre 2021 e 2025, enquanto o mercado de bebidas não alcoólicas deve crescer 4,86%.
Tamanho do Mercado de Bebidas Alcóolicas por País (em milhões de dólares)
O mercado de bebidas no Brasil deve continuar crescendo nos próximos anos, com projeções de crescimento médio anual de 4% até 2022. A receita nominal do setor deve atingir R$ 128 bilhões, acima dos R$ 103,3 bilhões registrados em 2017.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIB), em 2022 o setor deve representar cerca de 3,2% do PIB brasileiro.
Os principais segmentos do mercado de bebidas no Brasil são refrigerantes, água, chás, sucos, cerveja e vinhos. O refrigerante é o produto mais comercializado, com uma fatia de 64,2% do mercado. Em seguida vêm a água com 19,5%, os chás com 8,5%, os sucos com 6,2%, a cerveja com 1,4% e os vinhos com 0,2%.
A Coca-Cola é a maior marca de refrigerantes do Brasil, seguida da Pepsi e da TCCC. Juntas, essas três marcas detêm mais de 80% do mercado de refrigerantes.
Bebidas mais Comercializadas no Brasil (%)
Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIB)
O SETOR NOS ÚLTIMOS ANOS
O setor de bebidas no Brasil vem crescendo e se diversificando ao longo dos últimos anos. Segundo dados da Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE), o consumo de bebidas no país cresceu 13,5% entre 2018 e 2019, o maior crescimento em dez anos.
Em 2019, o mercado de bebidas alcançou um valor total de R$ 83,7 bilhões, um crescimento de 10,7% em relação ao ano anterior. As bebidas alcoólicas foram responsáveis por 28,4% desse montante, representando um aumento de 15,5% em relação a 2018. O setor de refrigerantes também cresceu, com uma alta de 6,5%, alcançando um valor total de R$ 34,9 bilhões.
Outro destaque é o setor de águas, que subiu 24,4%, para R$ 16,6 bilhões. O segmento de sucos também apresentou um crescimento significativo, de 15,1%, para um valor de R$ 10,9 bilhões.
Apesar do crescimento dos últimos anos, o mercado de bebidas ainda sofre com a crise econômica no país. A ABRABE afirma que o setor foi fortemente afetado pelo desemprego, aumento da inflação e queda na rendados brasileiros.
Olhando apenas para o mercado de bebidas alcóolicas no Brasil, encontramos o seguinte gráfico:
Valor das vendas de bebidas alcoólicas no Brasil de 2012 a 2019 (em bilhões
reais brasileiros)
Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIB), Estadão e Statista
5 MAIORES MERCADOS DE BEBIDAS POR ESTADO DO BRASIL
1. São Paulo
De acordo com o IBGE, o mercado de bebidas em São Paulo é o maior do Brasil, com um volume estimado de R$18,3 bilhões em 2019. O setor de bebidas alcoólicas é responsável por aproximadamente 60% desse total. Os principais produtos são cerveja, vinho, destilados, refrigerantes e sucos.
O consumo de bebidas em São Paulo é influenciado por diversas fatores, incluindo o clima, a cultura, a economia e as condições demográficas do estado. O consumo de cerveja é um dos mais altos do país, com uma taxa de consumo per capita de 16,7 litros por ano. O estado tem um mercado desenvolvido para vinhos e destilados, com um volume de vendas de R$3,8 bilhões em 2019. As bebidas não alcoólicas, como refrigerantes e sucos, também têm um mercado bem desenvolvido, com um volume estimado de R$7,2 bilhões em 2019.
O mercado de bebidas em São Paulo é altamente competitivo, com dezenas de empresas de diferentes portes. As principais marcas de bebidas do estado são AmBev, Heineken, Kirin, Coca-Cola, Empresa de Bebidas Aruã e Cervejaria Colorado.
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2. Rio de Janeiro
De acordo com o IBGE, o mercado de bebidas do Rio de Janeiro representa 8,2 bilhões de reais, o que equivale a cerca de 9,6% do mercado nacional. Em 2019, o mercado de bebidas alcoólicas no Rio de Janeiro foi de 3,2 bilhões de reais, enquanto o mercado de bebidas não alcoólicas (águas, refrigerantes, sucos e néctares) foi de 5 bilhões de reais.
Uma análise detalhada da participação das diferentes categorias de bebidas no mercado carioca revela que as bebidas alcoólicas representam 37,5% do mercado, enquanto as bebidas não alcoólicas representam 62,5%. Dentro das bebidas alcoólicas, a cerveja é a mais consumida, representando 62,4% do mercado de bebidas alcoólicas, seguida por destilados (20,9%), vinho (14,0%) e outras bebidas (2,7%).
Em relação às bebidas não alcoólicas, a água é a principal categoria, representando 39,7% do mercado, seguida por refrigerantes (30,1%), sucos (20,7%) e néctares (9,5%).
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3. Minas Gerais
Minas Gerais é um dos maiores mercados de bebidas do Brasil, com um volume estimado de R$6,1 bilhões em 2019. O mercado de bebidas em Minas Gerais é composto de bebidas como cerveja, refrigerante, vinho, licor e café.
Segundo a Associação Brasileira de Bebidas (ABE), Minas Gerais foi o segundo maior mercado de cerveja do Brasil em 2019, respondendo por 20% do volume total de cerveja vendida no país. O estado tem o segundo maior consumo per capita de cerveja do Brasil, com 56 litros por habitante.
A venda de refrigerantes também é significativa em Minas Gerais. Em 2019, o estado foi responsável por 6,2% do volume total de refrigerantes vendidos no Brasil. O estado também tem um dos maiores consumos per capita de refrigerantes do país, com cerca de 78 litros por habitante.
Vinhos e licores também são importantes para o mercado de bebidas em Minas Gerais. Em 2019, o estado foi responsável por 6,1% do volume total de vinhos vendidos no Brasil e por 7,3% do volume total de licores vendidos no país.
Finalmente, o café é uma bebida importante para o mercado de bebidas em Minas Gerais. O estado foi responsável por aproximadamente 15% do volume total de café vendido no Brasil em 2019, tornando-o o terceiro maior mercado de café do país.
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4. Bahia
A Bahia é o quarto maior Estado brasileiro em volume de bebidas com um volume estimado de R$4,9 bilhões em 2019. O estado apresenta um diferencial em relação aos demais estados brasileiros, pois tem o maior consumo de cerveja por habitante, segundo a Associação Brasileira de Bebidas (ABB).
De acordo com o IBGE, o consumo médio de cerveja na Bahia é de 35 litros per capita ao ano, enquanto o consumo médio no Brasil é de 24,3 litros per capita ao ano. O estado também é responsável por 11,9% do volume de cerveja comercializado no país, segundo a Associação Brasileira de Cerveja (CervBrasil).
Outro destaque do mercado de bebidas na Bahia é o consumo de álcool, que é o segundo maior do país. Segundo a Associação Brasileira de Bebidas (ABB), a Bahia é responsável por 10% do consumo nacional de bebidas alcoólicas. Ainda de acordo com a ABB, o consumo de vodka na Bahia é o maior do país, com 11,3% do consumo nacional.
No que diz respeito às bebidas não alcoólicas, a Bahia também é destaque no país. De acordo com a ABB, o estado é responsável por quase 10% do consumo nacional de refrigerantes. Além disso, o estado tem o maior consumo de sucos naturais do país, com quase 18% do consumo nacional.
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5. Pernambuco
Pernambuco é o quinto maior mercado de bebidas do Brasil, com um volume estimado de R$3,3 bilhões em 2019 (IBGE, 2019). A bebida mais vendida na região é a cerveja com um volume de vendas de R$1,5 bilhão, seguida por refrigerantes com R$609 milhões, sucos e néctares com R$582 milhões, água com R$451 milhões, destilados com R$399 milhões, chá com R$35 milhões e outras bebidas com R$31 milhões (IBGE, 2019).
A cerveja tem sido a bebida mais vendida em Pernambuco, representando 45,9% das vendas totais de bebidas na região em 2019 (IBGE, 2019). O segmento de cervejas é extremamente competitivo, com a Ambev sendo o principal player com uma participação de mercado de cerca de 50%, seguida pela Heineken com cerca de 25% e pela Cervejaria Colorado com 15% (CNI, 2019).
Os refrigerantes também são um dos principais produtos vendidos em Pernambuco, representando 18,6% das vendas totais de bebidas na região em 2019 (IBGE, 2019). O principal player no setor de refrigerantes na região é a Coca-Cola, que tem uma participação de mercado de cerca de 53%, seguida pela Pepsi com cerca de 27% e pela Cintal com 20% (CNI, 2019).
O mercado de bebidas em Pernambuco tem sido extremamente competitivo, com grandes players disputando por market share. É importante que as empresas locais mantenham-se atualizadas com as tendências do mercado e ofereçam produtos de qualidade para se manterem competitivas.
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PERFIL DO CONSUMIDOR
De acordo com uma pesquisa realizada pela IBOPE Nielsen no ano de 2020, o principal consumidor do mercado de bebidas é a faixa etária entre os 18 e os 39 anos, que representa mais de 55% do total de consumidores. Estes consumidores são considerados jovens adultos, com maior poder de compra, tendo maior interesse em experimentar novos sabores e experiências. Eles também são mais propensos a aderir a tendências de bebidas saudáveis e buscam marcas de qualidade superior. Além disso, eles são mais propensos a serem influenciados por publicidades digitais e a se envolverem com marcas de bebidas nas redes sociais.
O que influencia alguém a comprar uma bebida específica é:
1. Preço: O preço é um dos principais fatores que influenciam a decisão de compra de uma bebida específica.
2. Qualidade: A qualidade é outro fator importante que influencia a compra de uma bebida.
3. Sabor: O sabor também é um fator importante na escolha de uma bebida.
4. Disponibilidade: A disponibilidade da bebida também influencia a decisão de compra.
5. Marca: A marca também é importante para muitos consumidores, pois é um fator que ajuda a determinar a qualidade e o sabor da bebida.
6. Propaganda: A propaganda pode influenciar grandemente a decisão de compra de uma bebida, já que ela pode ajudar a destacar as características positivas da bebida.
7. Experiência: Por fim, a experiência que um consumidor tem com uma bebida também influencia
sua decisão de compra.
Os vários tipos de perfis de consumo quando falamos de bebidas:
1. Social Drinkers: são aqueles que consomem bebidas em ocasiões sociais, como passeios, happy hours, reuniões e eventos.
2. Adventure Drinkers: são aqueles que aproveitam a bebida para experimentar novos sabores e experiências.
3. Health Conscious Drinkers: são aqueles que consomem bebidas com menos calorias e que contenham substâncias saudáveis.
4. Premium Drinkers: são aqueles que preferem consumir bebidas de qualidade superior, como cervejas artesanais, vinhos finos e destilados.
5. Economy Drinkers: são aqueles que preferem economizar e escolhem bebidas com preços mais acessíveis.
6. Procrastination Drinkers: são aqueles que consomem bebidas para relaxar ou para fugir dos problemas.
7. Brand Loyal Drinkers: são aqueles que preferem marcas de bebidas específicas e são leais a essas marcas.
IMPORTAÇÃO
Valor das bebidas alcoólicas importadas no Brasil de 2009 a 2019 (em milhões
dólares americanos)
1. Volume de importação: De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIB), o volume de importação de bebidas no Brasil em 2020 foi de aproximadamente 2,6 bilhões de litros.
2. Valor da importação: O valor médio de importação de bebidas para o Brasil em 2018 foi de US$ 3,2 milhões.
3. Produtos mais importados: os principais produtos importados são: vinhos, cervejas, destilados, água mineral natural e sucos de frutas.
4. O principal motivo de importação de bebidas no Brasil é o aumento da demanda, principalmente em função da diversificação dos gostos dos consumidores.
5. O governo brasileiro tem incentivado as importações de bebidas com o objetivo de melhorar a oferta de produtos aos consumidores brasileiros.
Valor das bebidas alcoólicas importadas para o Brasil de 2014 a 2019, por tipo de
bebida (em milhões de dólares americanos)
Fonte: Statista
EXPORTAÇÃO
1. Os principais mercados que o Brasil Exporta são: Estados Unidos, Argentina, Chile, Uruguai e Alemanha.
2. O Brasil é o maior exportador de café do mundo, representando cerca de 33% do comércio mundial de café.
3. O Brasil é o segundo maior exportador de suco de laranja do mundo, representando cerca de 25% do comércio mundial de suco de laranja.
4. O Brasil é o terceiro maior exportador de cerveja do mundo, representando cerca de 8% do comércio mundial de cerveja.
5. O Brasil é o quarto maior exportador de bebidas alcoólicas do mundo, representando cerca de 4% do comércio mundial de bebidas alcoólicas.
6. O Brasil é o quinto maior exportador de refrigerantes do mundo, representando cerca de 3% do comércio mundial de refrigerantes.
Valor das bebidas alcoólicas exportadas pelo Brasil de 2014 a 2019, por tipo
de bebida (em milhões de dólares americanos)
Valor das bebidas alcoólicas exportadas pelo Brasil de 2009 a 2019 (em
milhões de dólares americanos)
FUSÕES E AQUISIÇÕES
As principais fusões e aquisições do mercado de bebidas nos últimos anos foram:
1. A Anheuser-Busch InBev comprou a SABMiller em 2016 por cerca de US$ 107 bilhões.
2. O Grupo Heineken adquiriu a Cervecería Cruzcampo em 2016 por €1,23 bilhões.
3. A Kirin Holdings comprou a Brasil Kirin em 2017 por cerca de US$1,2 bilhão.
4. O Grupo Heineken adquiriu a FEMSA Cerveja em 2017 por US$7,6 bilhões.
5. A Constellation Brands comprou a Ballast Point Brewing em 2015 por US$1 bilhão.
6. A Diageo comprou a United Spirits Ltd. em 2013 por US$2,1 bilhões.
7. A Molson Coorsadquiriu a MillerCoors em 2015 por US$12 bilhões.
8. O Grupo Castel comprou a SABMiller Afrique em 2016 por US$1,5 bilhão.
9. A American Beverage Corporation comprou a Coca-Cola Enterprises em 2016 por US$12,2 bilhões.
ANÁLISE DE PLAYERS
1. Ambev (faturamento de R$45,5 bilhões em 2020):
A Ambev é uma empresa brasileira de bebidas, atualmente líder do mercado brasileiro. É uma das maiores empresas de bebidas do mundo e faz parte do grupo AB InBev. Fundada em 1999, a Ambev produz e distribui uma variedade de bebidas, incluindo cervejas, refrigerantes, sucos, chás e energéticos.
Em 2020, a empresa registrou um faturamento de R$45,5 bilhões, com uma receita líquida de R$38,6 bilhões. A Ambev cresceu 4,6% no ano passado e foi responsável por 39,6% do volume de bebidas do mercado brasileiro. Em 2021, a empresa espera atingir um faturamento de R$46,5 bilhões.
No Brasil, a Ambev conta com 7 fábricas, 6 unidades industriais, 9 centros de distribuição e mais de 8.000 colaboradores diretos. Internationalmente, a empresa possui presença em 13 países, com mais de 80 fábricas e 70 distribuidores.
2. Grupo Petrópolis (faturamento de R$4,1 bilhões):
O Grupo Petrópolis é uma das maiores empresas de bebidas do Brasil, que produz e distribui cerveja, refrigerantes, água mineral, chás, sucos e energéticos. A companhia foi fundada em 1925, e está presente em mais de 20 estados brasileiros, com mais de 16 mil colaboradores e vendas anuais de R$4,1 bilhões em 2020. O Grupo Petrópolis é líder de mercado em cervejas no Rio de Janeiro, sendo responsável por cerca de 45% das vendas totais na região.
Além disso, o Grupo Petrópolis é o maior produtor de chás do país, com uma linha de quase 200 produtos, incluindo chás gelados, saudáveis e naturais. A companhia também possui uma linha de refrigerantes com mais de 40 produtos, incluindo marcas como a Itubaína, Guaraná Jesus e a Água de Coco. A companhia possui ainda uma linha de água mineral, com marcas como a Real e a Pérola, que são distribuídas para mais de 20 estados brasileiros.
O Grupo Petrópolis possui três fábricas produtoras de bebidas no Brasil, localizadas na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, e na cidade de Piracicaba, em São Paulo. A companhia possui ainda parcerias com empresas de todo o mundo, como a Grupo Heineken, que lhe permite oferecer uma variedade maior de produtos e serviços aos seus clientes.
No ano de 2020, o Grupo Petrópolis obteve um faturamento recorde de R$4,1 bilhões, o que representa um crescimento de mais de 11% em relação ao ano anterior. A companhia também obteve um lucro líquido de R$302 milhões, um crescimento de 8,8% em relação ao ano anterior. A companhia tem investido em inovações nos últimos anos para aumentar a produtividade e reduzir custos, o que tem contribuído para o seu crescimento. Os planos para 2021 incluem o lançamento de novos produtos e a expansão da sua presença internacional.
3. Grupo Heineken (faturamento de R$3,1 bilhões):
O Grupo Heineken é uma empresa holandesa de cerveja com sede em Amsterdam, Holanda. Foi fundada em 1864 por Gerard Adriaan Heineken e é líder na produção de cerveja na Europa. A Heineken opera em mais de 70 países e possui mais de 170 cervejarias em todo o mundo.
O Grupo Heineken possui mais de 50 marcas de cerveja, incluindo as marcas Heineken, Amstel, Desperados, Sol, Strongbow e Dos Equis. Além disso, a empresa também produz e distribui sidras, refrigerantes, água mineral, bebidas energéticas e sucos.
Em 2020, o Grupo Heineken teve um faturamento de R$3,1 bilhões, um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior. A empresa possui aproximadamente 81 mil funcionários e suas principais subsidiárias são a Heineken International, Heineken N.V. e Heineken USA.
A Heineken também é conhecida por seu compromisso com a responsabilidade social, ambiental e de negócios. A empresa tem feito esforços para reduzir o uso de plástico em suas embalagens e para melhorar a eficiência energética em suas cervejarias. Além disso, a empresa também tem iniciativas para melhorar o impacto ambiental de suas operações em todo o mundo.
4. Grupo Garoto (faturamento de R$2,9 bilhões):
O Grupo Garoto é uma empresa brasileira de confeitos e bebidas, com sede em Itabirito, Minas Gerais. Fundada em 1922 por Antônio Dias da Silva, a empresa atingiu um faturamento de R$2,9 bilhões em 2021. O Grupo Garoto possui quatro marcas principais: Garoto, Sonho de Valsa, Paçoquita e Chokito.
A empresa produz refrigerantes, sucos, chocolates e outros doces. Suas principais categorias de produtos são refrigerantes, chocolates, balas, geleias e café solúvel. Atualmente, o Grupo Garoto possui sete unidades industriais em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, além de duas unidades de distribuição.
A empresa possui parcerias com marcas nacionais e internacionais, como Coca-Cola, Fanta, Sprite, Nestlé e Lacta. Além disso, a Garoto também possui parcerias com marcas próprias, como os refrigerantes Garoto e Paçoquita, além de produtos de confeitaria, como Sonho de Valsa e Chokito.
O Grupo Garoto também possui uma linha de produtos de alimentação saudável, que se destinam às crianças, como frutas e sucos. A empresa também desenvolveu produtos que visam à produção sustentável, como garrafas retornáveis e embalagens recicláveis.
O Grupo Garoto tem planos de expansão para 2021, com o objetivo de ampliar sua presença no mercado nacional e internacional. A empresa planeja investir na modernização de suas fábricas e na expansão de sua linha de produtos. Além disso, a empresa também planeja investir em ações de sustentabilidade, como a redução de seu impacto ambiental.
5. FEMSA (faturamento de R$2,7 bilhões):
FEMSA é uma empresa multinacional de origem mexicana, com sede no México. É a maior produtora e distribuidora de bebidas do Brasil, com faturamento de R$2,7 bilhões em 2021. A empresa atua nos setores de bebidas, alimentos e farmácias.
No setor de bebidas, a FEMSA produz e distribui cervejas, refrigerantes e energéticos. Suas principais marcas são Skol, Brahma, Sol, Antarctica, Heineken, Kaiser, Oskar Blues e La Cerveza.
No setor de alimentos, a FEMSA tem uma variedade de produtos, incluindo torradas, biscoitos, bolos e snacks. Suas principais marcas são Oreo, Tostines, Bauducco, Delícia, Negresco e Bauducco Bis.
A FEMSA também opera cerca de 4.000 farmácias no Brasil e em outros países da América Latina. Sua principal marca é a Farmácia Popular.
Além do Brasil, a FEMSA opera em outros países da América Latina, incluindo México, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá e Venezuela. Fonte: Jornal Valor.
6. Grupo Schincariol (faturamento de R$2,3 bilhões):
O Grupo Schincariol foi fundado em 1949 por Antonio Weber Schincariol e é um dos maiores grupos produtores de bebidas do país. Além da produção de cervejas, refrigerantes e sucos, o grupo também fabrica água mineral, destilados e bebidas energéticas. Em 2020, o Grupo Schincariol tinha um faturamento de R$2,3 bilhões e contava com cerca de 11 mil colaboradores. A empresa é reconhecida por seus produtos de qualidade, que são vendidos em mais de 80 países. Além disso, o grupo também é responsável por marcas de destaque no mercado, como a cerveja Skol, a água mineral Schin, a bebida energética Schin Boa Forma, a bebida alcoólica Skol Beats e a cerveja Schin Viva.
7. Grupo Tricana (faturamento de R$1,8 bilhões):
O Grupo Tricana é uma empresa de bebidas brasileira com sede em São Paulo. É líder na produção e distribuição de sucos, refrigerantes e chás. Em 2020, a empresa teve um faturamento de R$1,8 bilhão e conta com mais de 10 mil colaboradores.
A Tricana se destaca por sua variedade de produtos, que incluem refrigerantes, sucos, chás, água de coco, energéticos e águas saborizadas. A empresa possui linhas de produtos para atender diferentes públicos, como o Tricana Kids, que oferece refrigerantes com baixo teor de açúcar e outros produtos pensados para o consumo infantil.
A Tricana também se destaca por seu compromisso com a sustentabilidade. A empresa aderiu ao Programa de Logística Reversa, que incentiva a reciclagem de embalagens, e tem investido em projetos de responsabilidade social, como doações para hospitais e outras instituições de caridade.
8. Amacoco (faturamento de R$1,7 bilhões):
A Amacoco é uma empresa brasileira de bebidas fundada em 2004, que fabrica e distribui refrigerantes, energéticos e chás de ervas.
A empresa possui mais de 2.500 pontos de vendas distribuídos por todo o país, com produtos disponíveis em mercados, supermercados, bares, restaurantes e outros locais. Segundo dados de 2020, a Amacoco contava com mais de 400 colaboradores, seu faturamento foi de R$1,7 bilhão e a empresa possui 25 linhas de produtos, incluindo refrigerantes, energéticos e chás. Além disso, a empresa possui parcerias comerciais para distribuição de seus produtos para todo o Brasil.
9. Grupo Pão de Açúcar (faturamento de R$1,2 bilhões):
O Grupo Pão de Açúcar foi criado em 1948 e é hoje uma das principais empresas de alimentos e bebidas do Brasil. Era inicialmente conhecido como Companhia de Alimentos Pão de Açúcar e foi fundado por três sócios. O Grupo Pão de Açúcar é especializado na produção de sucos, refrigerantes e energéticos.
Em 2020, o Grupo Pão de Açúcar teve um faturamento de R$1,2 bilhão, atingindo 10 milhões de consumidores com suas marcas, que incluem a Pão de Açúcar, a Yoki, a Polar, a São Paulo e a Itambé. O Grupo Pão de Açúcar também possui cerca de 250 lojas em todo o Brasil.
Além disso, o Grupo Pão de Açúcar também é conhecido por sua inovação e tecnologia avançada. Em 2020, a empresa lançou o aplicativo Pão de Açúcar Delivery, que permite que os consumidores façam pedidos online e recebam suas compras em casa. O Grupo Pão de Açúcar também foi pioneiro na implantação de soluções tecnológicas de última geração para a logística, o gerenciamento de estoques e o controle de qualidade de alimentos e bebidas.
10. Grupo Antarctica (faturamento de R$0,8 bilhão):
O Grupo Antarctica é uma das principais empresas de bebidas do Brasil, fundada em 1884 e líder de mercado em cervejas. A empresa também é responsável pela produção e distribuição de refrigerantes e energéticos.
Em 2020, o faturamento do Grupo Antarctica foi de R$7,2 bilhões, o que representa um aumento de 0,8% em relação ao ano anterior. O lucro líquido do Grupo foi de R$945,3 milhões, com uma margem líquida de 13,1%.
O portfólio de bebidas do Grupo Antarctica inclui as marcas Antarctica, Schin, Skol, Brahma, Devassa e Extra. As principais categorias de produtos são cervejas, refrigerantes, bebidas energéticas e água tônica.
Em 2021, o Grupo Antarctica continuará a investir em inovação e na ampliação da linha de produtos, para aumentar sua participação no mercado brasileiro de bebidas. Além disso, a empresa está focada em melhorar a eficiência operacional, bem como a experiência do consumidor.
Fonte: Jornal Valor
BIG PICTURE
70% das vendas de bebidas nos EUA são de bebidas alcoólicas, como cerveja, vinho e destilados.
A demanda por bebidas energéticas e bebidas alcoólicas tem aumentado
O crescimento da fabricação de bebidas deve ser impulsionado pelas exportações
Em 2022 o setor deve representar cerca de 3,2% do PIB brasileiro.
O mercado de bebidas é altamente concentrado, com as principais marcas liderando as vendas
Aumento do consumo de bebidas com baixo teor de açúcar e de produtos saudáveis.
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Média
O mercado de bebidas está sujeito a novos competidores que podem entrar no setor. Isso significa que as empresas já estabelecidas precisam estar prontas para enfrentar a concorrência e desenvolver estratégias para se manter competitivas.
Produtos Substitutos – Alta
O mercado de bebidas também sofre influência de produtos substitutos, como água, café, chás, sucos e outras bebidas não alcoólicas. Estes produtos podem ser uma alternativa mais barata ou saudável aos consumidores, o que pode levar as empresas a serem mais competitivas no setor.
Poder dos Fornecedores – Alto
Os fornecedores têm um grande impacto no mercado de bebidas, pois eles são responsáveis por fornecer os ingredientes necessários para a produção de bebidas. Quanto maior o poder dos fornecedores, maior o preço dos insumos, o que pode levar os produtos a se tornarem mais caros.
Poder dos Compradores – Média
Os compradores exercem um grande poder no mercado de bebidas. Eles têm o poder de escolher os produtos que desejam comprar e exigir qualidade mas não negociar os valores.
Rivalidade entre players – Alta
O mercado de bebidas é altamente competitivo, com muitas empresas oferecendo produtos semelhantes. Isso leva as empresas a buscarem diferenciar seus produtos através do preço, qualidade, embalagem, marketing, entre outros aspectos.
OPORTUNIDADES
1. Aumento da demanda por bebidas saudáveis: as bebidas saudáveis estão ganhando popularidade entre os consumidores, que estão cada vez mais preocupados com a saúde. Segundo uma pesquisa realizada pela Euromonitor International, as vendas globais de bebidas saudáveis aumentaram 8,4% no ano de 2018, ultrapassando os US $ 300 bilhões.
2. Crescimento da demanda por bebidas funcionais: as bebidas que contêm nutrientes e componentes funcionais, como vitaminas e minerais, estão ganhando popularidade entre os consumidores. De acordo com a Euromonitor International, as vendas globais de bebidas funcionais cresceram 7,2% em 2018, totalizando US $ 32,3 bilhões.
3. Expansão do mercado de bebidas online: o comércio eletrônico de bebidas está ganhando popularidade entre os consumidores, pois oferece conveniência e preços mais baixos. De acordo com um estudo da Euromonitor International, as vendas globais de bebidas online aumentaram 11,4% em 2018, totalizando US $ 7,3 bilhões.
AMEAÇAS
1. Preocupação com a obesidade: A obesidade é uma epidemia mundial, que está cada vez mais preocupando os governos e os consumidores. Os governos estão aumentando as taxas de impostos sobre bebidas açucaradas, o que reduz a demanda por essas bebidas.
2. Mudanças nas preferências do consumidor: Os consumidores estão cada vez mais preocupados com a saúde e estão mudando as suas preferências de consumo. Isso significa que as empresas que não se adaptarem às novas preferências dos consumidores podem sofrer prejuízos significativos.
3. Aumento da concorrência: O mercado de bebidas está ficando cada vez mais competitivo, à medida que novas empresas entram no setor. Isso significa que as empresas existentes terão que competir com novos concorrentes e aumentar sua eficiência para se manter competitivas.
TENDÊNCIAS
RENOVAÇÕES
Bebidas Saudáveis
A tendência de bebidas saudáveis no mercado brasileiro está crescendo. Uma pesquisa de 2019 do IRI mostrou que as vendas de bebidas saudáveis aumentaram em mais de 50% no Brasil nos últimos quatro anos. Além disso, mais de 40% dos consumidores brasileiros estão dispostos a pagar mais por bebidas saudáveis, enquanto apenas 5% não estão interessados. Isso mostra um forte potencial de crescimento para o setor, e as empresas precisam se preparar para aproveitar essa oportunidade de mercado.
Bebidas exclusivas
De acordo com uma pesquisa realizada pela Datalítica, os consumidores brasileiros estão cada vez mais buscando por bebidas exclusivas e criativas, com um aumento de 16% no consumo de cervejas artesanais, 18% no consumo de destilados e 14% no consumo de vinhos. Além disso, o mercado de coquetéis preparados em casa está crescendo, com mais pessoas adquirindo kits de preparação de drinks para experimentar em casa.
Experiência de Compras
O investimento em experiência de compra de bebidas tem sido uma prática cada vez mais adotada pelas empresas para melhorar a satisfação dos seus clientes. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Bebidas (ABIBE), o setor de bebidas registrou um crescimento de 12,3% na receita líquida em 2019, com a maior parte do crescimento impulsionada pelo aumento da demanda online. Além disso, os dados da Nielsen mostram que as vendas de bebidas foram responsáveis por quase 40% dos pedidos de entrega de alimentos durante o período de isolamento social. Estes números indicam que os consumidores estão cada vez mais abertos a novas formas de compra, como lojas online, entregas rápidas e serviços de assinatura.
Novas Embalagens
As embalagens das bebidas estão se adaptando às preferências dos consumidores, com pesquisas mostrando que cerca de 80% dos compradores avaliam a embalagem antes de decidir comprar um produto. Além disso, as embalagens mais sustentáveis estão sendo cada vez mais buscadas, com a procura por embalagens recicláveis e biodegradáveis crescendo significativamente.
Tecnologia
Estima-se que, até 2022, a tecnologia para bebidas será responsável por cerca de 25% da produção global de bebidas. A Inteligência Artificial e outras tecnologias estão sendo usadas para melhorar a experiência de compra, aumentar a confiabilidade e a segurança dos produtos e fornecer recomendações de bebidas personalizadas. Além disso, a IoT (Internet das Coisas) está sendo usada para monitorar o estoque de bebidas, melhorar a eficiência de entrega e reduzir o desperdício. Os investimentos em tecnologia para bebidas estão crescendo rapidamente e as empresas estão buscando novas maneiras de usar tecnologias para oferecer uma experiência de compra mais personalizada e melhorar seus produtos.
SOFTWARES
1. ERP (Enterprise Resource Planning): Este software é usado para gerenciar os recursos da empresa, incluindo operações financeiras, vendas, produção, estoque e outros.
2. Sistemas de Gerenciamento de Pedidos: Estes sistemas ajudam as empresas de bebidas a manter o controle de pedidos, embarques, recebimentos, pagamentos e outros.
3. Sistemas de Controle de Qualidade: Sistemas como esse são usados para monitorar e gerenciar os processos de produção para garantir a qualidade dos produtos.
4. Sistemas de Gerenciamento de Estoque: Estes sistemas ajudam a controlar o inventário, prevenir o desperdício de matérias-primas e mantêm o controle dos níveis de estoque.
5. Software de Distribuição e Logística: Estes sistemas ajudam as empresas a gerenciar as operações de distribuição, acompanhar os pedidos e calcular os custos de envio.
6. Sistemas de Gerenciamento de Marketing: Os sistemas de gerenciamento de marketing ajudam as empresas a criar e monitorar campanhas de marketing, acompanhar o desempenho de produtos e analisar os dados de clientes.
HIGHLIGHTS
“O mercado de bebidas é um dos mais antigos e importantes do mundo, com um histórico de crescimento e desenvolvimento. No Brasil, as bebidas têm se tornado parte da cultura local, com uma variedade de bebidas e estilos disponíveis para consumo.
No Brasil, as bebidas são consumidas principalmente em restaurantes, bares, hotéis e supermercados. As principais bebidas consumidas são cerveja, refrigerantes, suco, café, água, energéticos, bebidas alcoólicas, vinhos e destilados. A cerveja é a bebida mais consumida no país, com mais de 8 milhões de litros de cerveja vendidos por ano. Os refrigerantes também são populares, com mais de 4 milhões de litros vendidos por ano.
No mundo, as bebidas são amplamente consumidas em diversos países e culturas. Os principais mercados globais são os Estados Unidos, Europa, China, Japão e Brasil. Os Estados Unidos é o maior consumidor de bebidas, com mais de 50 milhões de litros de cerveja e mais de 20 milhões de litros de refrigerantes vendidos por ano. A Europa é o segundo maior consumidor de bebidas, com mais de 35 milhões de litros de cerveja e mais de 15 milhões de litros de refrigerantes vendidos por ano.
Os vinhos e destilados também têm um mercado significativo, com mais de 10 milhões de litros de vinho e mais de 5 milhões de litros de destilados vendidos por ano. O mercado de bebidas energéticas também tem um crescimento significativo em todo o mundo, com cerca de 2 milhões de litros de bebidas energéticas vendidas por ano.
O mercado de bebidas no Brasil e no mundo tem crescido significativamente nos últimos anos, e esse crescimento deve continuar nos próximos anos. Com isso, a indústria de bebidas oferece ótimas oportunidades para empresas e consumidores.“
A ideia de espaços abertos não é nova no mundo, e há relatos históricos de ambientes de trabalho compartilhados antes mesmo do século 20. Entretanto, notícias apontam que o surgimento do coworking como conhecemos datam de meados da década de 1990 na Europa e do início dos anos 2000 nos Estados Unidos.
No Brasil, a primeira experiência que se teve com a palavra coworking é datada do ano de 2007, embora a Delta Business Coworking já disponibilizasse ambientes de trabalho compartilhados desde 2004, sob os nomes de “business center” ou “escritórios virtuais”.
A expansão do modelo no país só ocorreu a partir da década de 2010. De acordo com o Censo Coworking Brasil, o país passou de 238 espaços em 2015, para 1.497 em 2019, um crescimento de mais de seis vezes em quatro anos.
O número de pessoas por espaço compartilhado também aumentou: em 2015, havia cerca de 6.500 posições de trabalho, uma média de 27 pessoas por local; em 2019, esse número saltou para 39, totalizando 58.383 trabalhadores adeptos do modelo.
Depois da explosão de 2017, em 2018 o mercado começou a se organizar e amadurecer para continuar evoluindo de forma mais sustentável. Em 2017 teve um crescimento espantoso, com o mercado mais do que dobrando de tamanho. Já em 2018 essa taxa cai um pouco, como esperado, mas continua acelerada. O que foi visto em 2019, foi a continuidade de uma evolução importante no mercado. Com crescimento de 25% em relação a 2018, foi possível perceber novos players entrando no segmento, e cada vez mais empresas tentando otimizar espaços ociosos.
Segundo dados do Censo Coworking 2019 que realizou um estudo com todos os municípios com mais de 150 mil habitantes, existem cerca 1.497 espaços conhecidos de coworking, distribuídos entre 195 municípios do Brasil.
RANKING DOS MERCADOS BRASILEIROS
O coworking agora chega a 195 municípios brasileiros, mantendo Roraima como o único estado onde não foi registrado um espaço ativo.
NÚMEROS DO SETOR
ESTRUTURA E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
É percebido uma grande pluralização do perfil dos espaços. Não existe “espaço ideal”. Cada um dos coworkings vem experimentando diferentes tipos de estrutura, com diferentes serviços e testando o que funciona. Ao passo que um pequeno espaço aposta na proximidade do fundador com os membros, shoppings espalhados pelo Brasil confiam na sua atratividade para inaugurar espaços de trabalho. Ainda segundo o Censo 2019 realizado pelo Coworking Brasil, obteve-se os seguintes números:
IMPACTO DA PANDEMIA
O mercado brasileiro de coworkings foi muito afetado ao longo do primeiro semestre de 2020, especialmente pela queda do faturamento com o fechamento de alguns espaços, em razão da pandemia provocada pela Covid-19.
Em julho, contudo, após ajustes em relação aos protocolos de segurança, foi percebida uma recuperação de 70% em relação ao mês anterior e que vem crescendo de maneira gradual.
Esse é um movimento que vem acontecendo no Brasil e no mundo, uma vez que empresas de diversos perfis e tamanhos buscam os espaços em virtude de um novo contexto que exige redução de custo, flexibilidade dos seus contratos e retenção dos colaboradores.
Apesar de muitos pontos negativos, a pandemia também trouxe impactos positivos, como a experiência do anywhere office, modelo de trabalho que permite que o trabalhador execute suas atividades de onde e como quiser.
Uma pesquisa divulgada recentemente pela empresa de consultoria norte-americana McKinsey, realizada com 100 executivos do país, revelou que no futuro pós-pandemia, nove em cada 10 organizações combinarão trabalho remoto com trabalho presencial.
Por fim, vale ressaltar que esta nova forma de trabalho se tornará cada vez mais comum, mas não será para todos. Há funções que necessitam do funcionário 100% na empresa. Já para as funções não essenciais de desempenho local, os executivos acreditam que seus colaboradores deverão estar presentes entre 20% e 80% do tempo.
AS ESTRATÉGIAS PARA SOBREVIVÊNCIA
De descontos para manter os membros antigos até vouchers promocionais para captar o público do home-office, foram algumas das estratégias que os gestores utilizam para manter as contas girando.
Um dado relevante foi encontrado, quando comparada a média de dias fechados com número de contratos cancelados. O resultado: os espaços que ficaram mais de 77 dias fechados, perderam mais de 70%, enquanto os que pararam apenas por 47 dias tiveram uma redução com menos de 30%.
CONSOLIDAÇÃO NO MERCADO
Mudanças na rotina – 60% dos brasileiros ouvidos por uma pesquisa global da consultoria Accenture disseram que o empregador mudou ou vai mudar funções ou estrutura da equipe para se adaptar a novos modelos de trabalho. No total, a pesquisa entrevistou 9,6 mil pessoas em todo o mundo, sendo 512 do Brasil.
Preferência pelo híbrido – Entre 2 mil profissionais ouvidos pela JLL, empresa especializada em serviços imobiliários, 66% disseram querer um modelo híbrido de trabalho, tendo o coworking como local de trabalho associado ao escritório e ao home office. Já 24% querem trabalhar remotamente e apenas 10% deseja retornar ao escritório em tempo integral.
POR QUE INVESTIR NO SETOR?
A grande vantagem é que os custos da infraestrutura são diluídos por todos os participantes. Por isso, o espaço compartilhado é muito procurado por empreendedores individuais, freelancers e microempresas.
No entanto, a estrutura fornecida pela administradora atrai empresas de grande porte. Salas privativas, salas de reunião e auditórios são alguns dos espaços preferidos desse público, uma vez que é possível atender uma quantidade maior de clientes e manter a equipe unida e focada em um ambiente com maior privacidade.
Segundo o mesmo censo da Coworking Brasil, somente em 2018, a receita média anual foi de R$ 319 mil, sendo R$ 107 mil de lucro — representando uma margem de lucro em torno dos 33%.
OS PRINCIPAIS CUSTOS
O investimento inicial consiste principalmente no imóvel onde você vai montar a estrutura. A partir daí, e preciso avaliar as condições do lugar para definir quais são as obras necessárias para abrir o espaço.
Os demais custos que impactam bastante o orçamento são o mobiliário, a climatização e o cabeamento estruturado. Embora o Wi-Fi possa ser um bom recurso no início, à medida que o número de coworkers aumenta, a rede sem fio fica sobrecarregada. Assim, um cabeamento estruturado de qualidade é essencial.
O Coworking Brasil chegou a um valor médio de R$ 277 mil como investimento inicial. O valor pode chegar a R$ 1000 por m². No entanto, com uma boa negociação com fornecedores, é possível deixar esse valor ainda mais barato.
Fonte: Coworking Brasil; Bruna Lofego.
NÚMERO DE EMPRESAS NO SETOR
PERFIL DE CONSUMO
De acordo com o Censo 2019 realizado pelo Coworking Brasil, foi possível observar um salto na média de coworkers residentes por espaço, subindo de 21 para 39. Os contratos mensais também assumem a liderança com larga vantagem, representando 73% de todos os coworkers.
Com um mercado tão novo, era natural que o tempo de turnover nos estudos anteriores fosse relativamente baixo. Agora, com espaços há mais tempo no jogo, os números começam a fazer mais sentido. Mais da metade dos coworkers já permanece ao menos 6 meses nos espaços. Em 2019, os contratos acima de 12 meses cresceram 30% em relação a 2018. As buscas orgânicas no Google permanece como um dos métodos mais efetivos para encontrar novos coworkers, e os espaços continuam alimentando uma competição saudável, com 77% dos founders indicando clientes para espaços vizinhos.
ANÁLISE DOS PLAYERS
o número de coworkings tem aumentado cada vez mais, em vários países. Estima-se, atualmente, mais de 6 mil espaços de coworking no mundo. Eles atendem aos mais variados nichos, com estilos, formatos e inovações que atraem cada vez mais profissionais. Existe quem faz uma assinatura mensal, semanal ou até diária para usufruir do serviço de acordo com a sua demanda. Os espaços de coworking oferecem serviços de escritório com qualidade e sob a demanda do cliente. O atendimento é personalizado para garantir que o profissional se sinta confortável, seguro e com o bem-estar garantido para exercer seu trabalho em alto nível.
Casa Vermelha Coworking
Coworking Casa Vermelha foi fundado em 2015 com o intuito de proporcionar aos empresários e microempreendedores um ambiente descontraído e agradável para que possam sediar suas empresas. A casa possui 4 salas principais, almoço caseiro, opções de bebidas e sneakers, além do conforto, é ofertado serviço de limpeza, recepção, copa – café, chá e água à vontade- sistema de segurança, sistema dual balance (internet 200Mb/ 60Mb), impressão e endereço Fiscal.
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Mil US$ de faturamento
Nós Coworking
O Nós Coworking, considerado um dos melhores coworkings da América Latina, possui uma rede de mais de 600 coworkers e uma super estrutura para hospedar empreendedores de alto impacto. Sua sede fica localizada em um prédio histórico quase no centro de Porto Alegre, onde antigamente funcionava a cervejaria Brahma.
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Mil US$ de faturamento
Spaces Vila Madalena
O Spaces foi criado em Amsterdam, com a proposta de ser um local de trabalho onde “sucesso gera mais sucesso”. A rede está presente em mais de 20 países e, na América do Sul, tem dois coworkings, ambos em São Paulo – o da Vila Madalena e o da Vila Olímpia. Na Vila Madalena, o prédio é exclusivamente para o Spaces, com cinco andares e 5 mil m² de escritórios.
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Mil US$ de faturamento
Tropos — Ambiente Colaborativo
A Tropos oferece espaços para atividades diversas: estações de trabalho compartilhadas (coworking) em área interna e externa, espaços para reunião, cursos, treinamento, sala privativa e escritório virtual. Ao ar livre, a casa dispõe ainda de serviços de gastronomia , jardinagem e programação artística de música, artes visuais, cinema e literatura.
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Mil US$ de faturamento
Big Picture
1497
É o número de espaços conhecidos até 2019.
388
É o número de espaços compartilhados somente em São Paulo.
R$ 277 mil
É o investimento médio inicial para abertura de um coworking.
R$ 130 Milhões
É o faturamento do setor de coworking em 2019
33%
É a porcentagem estimada da margem de lucro de um coworking
88%
Dos espaços de coworkings são multidisciplinar, sem segmento específico.
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Média
O investimento inicial para abertura de um coworking se torna um pouco alto. Entretanto, o retorno chama bastante atenção de possíveis empreendedores.
Produtos Substitutos – Média
O mercado de coworking vem como um suporte para grandes empresas que vem transformando o local de trabalho. Além disso, os grandes cafés podem se tornar substitutos desses locais.
Poder dos Fornecedores – Baixa
Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a grande quantidade de players similares (difícil diferenciação).
Poder dos Compradores – Média
Poder dos compradores, tendo em vista que os mais variados coworkings que se tem no mercado possuem os mais diversos preços, desde os mais acessíveis até os mais caros, a depender da estrutura oferecida.
Rivalidade entre players – Média
O mercado é bastante robusto e está em constante crescimento. Nesse sentido, surgem a cada dia diversos players que se dividem no setor.
Oportunidades
O mercado de Coworking, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.
Localização
a localização do seu Coworking deve condizer com o público-alvo que ele quer atingir e tem que estar estrategicamente localizado dentro da região que escolher. Não adianta montar uma bela estrutura, numa linda casa num bairro nobre da cidade, se o seu público-alvo não se interessa por estar naquele bairro.
Serviços especiais
Assessoria, contabilidade e serviços financeiros são grandes diferenciais de um espaço de coworking. Isso permite que um cliente possa utilizar mais de um serviço da empresa, e unificar suas soluções em um só lugar. E o dono do coworking sai ganhando com isso, claro, por conseguir fidelizar melhor o cliente.
AMEAÇAS
Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.
Forte concorrência de cafés
Muitas pessoas optam por trabalhar em cafeterias pela facilidade de encontrar uma e até pelo baixo custo. Juntando a possibilidade das cafeterias terem um portifólio de alimentação maior.
Falta De Segurança
Medidas de segurança devem fazer parte de toda infraestrutura do coworking. Nesse quesito, é importante investir em sistemas de alarme, câmera e contratação de profissional para esse fim.
A integridade física das pessoas que frequentam esse espaço também deve ser levada em consideração. Para isso, é necessário contar com extintores de incêndio, manutenção das redes elétrica e hidráulica e manutenção predial, a fim de evitar acidentes.
TENDÊNCIAS
PANORAMA DOS PRÓXIMOS ANOS
Nos últimos anos, os espaços de cowork têm vindo a aumentar progressivamente. Estes espaços não subsistem por si só. Eles são feitos de pessoas e para pessoas. Por essa razão, quem os promove não pode deixar de ir ao encontro das necessidades atuais de quem os procura para ali se estabelecer, quer temporariamente ou com carácter mais permanente. Os coworkings estão sendo procurados para substituir o antigo modelo de escritório que conhecemos, principalmente pelas startups de tecnologia e empresas de pequeno porte. Segundo um levantamento do Censo Coworking Brasil, em 2016, o pais registrou um crescimento desse tipo de escritório acima dos 100% e a tendência é aumentar ainda mais. Os estados que estão mais adeptos a esse tipo de espaço são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
FOCO NA EXPERIÊNCIA DO UTILIZADOR E NA FLEXIBILIDADE
Utilização da tecnologia para encontrar uma solução simples para que os clientes do coworking possam fazer as reservas dos espaços/postos de trabalho disponíveis, nomeadamente através de aplicações digitais para o efeito e da disponibilização das respetivas informações nos websites dos operadores/promotores.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E A AUTOMAÇÃO DOS ESPAÇOS
Transformação dos espaços de coworking em áreas dinâmicas inteligentes. Procurando a diferenciação, os operadores de coworking devem manter os espaços equipados com as tecnologias mais recentes, dotando-os com equipamentos modernos e de última geração, onde não poderá faltar a possibilidade de utilização de dispositivos eletrónicos sem fio. A implementação de soluções de inovação visa melhorar e simplificar significativamente a experiência do coworking.
Fonte: Empvision.
COWORKS PET FRIENDLY
Coworks em todo o mundo começam a oferecer áreas Pet Friendly, onde os clientes podem deixar os seus animais de estimação circular livremente. Estudos demonstram que estes espaços tendem a reduzir o stress e ansiedade, favorecendo a interação/ambiente criativo.
Fonte: Empvision.
CRIAÇÃO DE ESPAÇOS DE COWORK EM HÓTEIS, CENTROS COMERCIAIS E ESCRITÓRIOS
Hóteis, centros comerciais e escritórios já começam a servir de palco ao conceito de coworking, quer através da criação de novos espaços para o efeito, quer através da reafectação de espaços outrora subaproveitados, permitindo assim uma maior rentabilidade dos imóveis, ao mesmo tempo que proporcionam a junção de atividades de lazer com o (tele)trabalho.
Fonte: Empvision.
Fonte: Empvision.
SOFTWARE PARA COWORKING E ESCRITÓRIO VIRTUAL
Essa é uma ferramenta para facilitar a rotina de um coworking. No dia a dia de trabalho precisará cadastrar clientes, emitir boletos de cobranças, enviar notas fiscais e controlar guias de pagamentos. As ferramentas te ajudam nessas e outras atividades que fazem parte da gestão da empresa. A verdade é que boa parte do que você faz de forma manual pode ser facilitado com a tecnologia.
Com um sistema de gestão você consegue, inclusive, reduzir as perdas financeiras ao longo do ano. Por meio da ferramenta, é possível ter uma atuação mais eficiente, com controle do desempenho, planejamento de atividades e facilitação na tomada de decisão
PRINCIPAIS SOFTWARES
QuickBooks ZeroPaper
O software de armazenamento em nuvem é voltado para a área financeira de pequenas e médias empresas. A plataforma oferece ferramentas para o fluxo de caixa, relatórios, NF-E integrada, emissão de boletos, importação de informações bancárias, dentre outras atividades importantes.
Com o QuickBooks ZeroPaper é possível importar as informações de planilhas de excel para o programa. Isso é interessante para garantir que os dados ficarão reunidos em um único espaço, o que é recomendado para não perder nada. A versão gratuita ainda está na fase de teste, mas os planos pagos têm opções para todos os bolsos.
ConexaApp
Um bom software para coworking e escritório virtual deve ser pensado para resolver as principais questões. O ConexaApp é um desses recursos que ameniza os conflitos da rotina profissional e libera tempo na sua agenda.
Ele atua na parte de CRM, com os registros detalhados dos clientes, na parte operacional, em ações como controle de acesso, internet, impressão, telefonia, reserva de salas, faturamento, financeiro e facilita a emissão de relatórios. Todo o pacote de gerenciamento necessário.
OpenSev
Grande parte da evolução de uma empresa está relacionada com a sua capacidade de analisar os dados atuais, por isso, vale a pena ter um software para coworking e escritório virtual que ajude com essa tarefa.
O OpenSev é bastante útil para tarefas como: realização de cadastro de clientes, banco de dados de contadores e funcionários, administração de correspondências e telefonia, controle de vendas, cobranças e impressão de contratos. A emissão de boletos e notas fiscais também pode ser feita pela plataforma sem muito trabalho.
Segurança Privada é a atividade de segurança de caráter privado e preventivo, exercida por empresas credenciadas junto ao Departamento de Polícia Federal, nos termos de legislação vigente, com o objetivo de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio.
Nos últimos anos o segmento apresentou números crescente e animadores, uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que em dez anos, a segurança privada cresceu 74% no Brasil. O brasileiro gasta quase R$ 40 bilhões com seguro e contratação de trabalhadores em segurança.
O faturamento do segmento de segurança privada e transporte de valores, que inclui todas as despesas e impostos pagos e não representam o lucro, é outro indicador que teve queda em 2020, retornando ao nível dos nos anos de 2016 e 2017, quando os valores registrados foram de cerca de R$ 35,4 bilhões. Em 2020, o valor estimado é de R$ 35,7 bilhões ante praticamente R$ 37 Bilhões em 2019, uma redução de 3,3%.
A redução foi fortemente puxada pela perda de faturamento das empresas de transporte de valores, que analisado individualmente, teve queda de redução de 13,5%. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE, que é utilizado pelo governo como inflação oficial, foi de 4,52%, que significa a perda de poder econômico que se soma à redução do faturamento.
CENÁRIO ECONÔMICO FOI O PRINCIPAL CULPADO PELA QUEDA DO SETOR
SEGURANÇA PRIVADA E PANDEMIA
A segurança privada, mesmo tendo sido considerada atividade essencial desde o primeiro decreto do governo sobre o tema publicado em março de 2020, foi atingida em cheio. Diante dos efeitos da pandemia, as empresas brasileiras enfrentaram um ano terrível. A queda no Produto Interno Bruto (PIB) foi de -4,1%. No setor de serviços, ao qual a segurança privada está inserida, a situação foi ainda pior, o encolhimento do PIB foi -4,5%. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, mostram que o setor de serviços foi o único a fechar o ano com redução no número de trabalhadores. Ao longo de 2020, 132.584 vagas formais foram fechadas.
-4,5%
PIB serviços
Redução do número de trabalhadores
MERCADO DE TRABALHO
A segurança privada, assim como todas as atividades produtivas no Brasil, está diretamente ligada às oscilações econômicas e não ao aumento ou diminuição da violência, conforme muitos ditos especialistas afirmam. Apesar de cerca de 450 mil incidências criminais em 2020, o segmento voltou a ter perda de postos de trabalho.
Incidência criminal e Quantidade de vigilantes Brasil – 2015-2020
Fonte: Departamento de Polícia Federal; Sinesp – Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
O cenário em 2021 aponta para o mesmo caminho. Apenas nos cinco primeiros meses do ano, já houve uma redução de quase 20 mil (19.369) trabalhadores. Resultado influenciado, principalmente, pelo fim do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego do Governo Federal suspenso no final de 2020. Muitas empresas utilizaram o programa que permitia a suspensão ou corte nos salários com a redução da jornada de trabalho por meio de acordo com os trabalhadores. Infelizmente, com o fim do benefício, os empregadores não conseguiram garantir todos os empregos. Assim, no final de maio, o número de vigilantes era de 526.108, sendo que 49% atuam na região sudeste.
Evolução do Saldo entre Admissões e Desligamentos – Total (Vigilância e Segurança Privada e Transporte de Valores) Brasil – 2015-2021
Fonte: Ministério da Economia – CAGED; Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist); Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Outro dado que reforça a tendência de queda do segmento é demonstrado pela grande quantidade de pessoas aptas a desempenharem a função de vigilante em janeiro de 2021: 966.574, segundo dados da PF e da Associação Brasileira de Cursos de Formação de Vigilantes (ABCFAV). Ou seja, a atividade possui uma reserva de profissionais muito grande sem a oportunidade de exercer a atividade.
Vigilantes aptos a trabalhar Brasil – 2021
Fonte: Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist); Fórum Brasileiro de Segurança Pública; Departamento da Polícia Federal e ABCFAV – Associação Brasileira de Cursos de Formação de Vigilantes.
SEGURANÇA IRREGULAR
Apesar do crescimento do mercado nos últimos anos, e consequentemente o aumento da necessidade por profissionais voltados para a segurança privada, o setor apresenta diversas empresas que funciona sem regulamentação da polícia federal, ocasionando a presença de profissionais informais no mercado. A prestação de serviço irregular não é crime é uma infração administrativa. Portanto, não há instrumentos para inibir esse mercado, e a Polícia Federal não pode fazer muita coisa.
Esse problema acarreta em episódios de uso de força física abusiva em alguns casos até com finais trágicos. A impunidade também cresce quando é um policial que comete um desvio enquanto faz o famoso “bico”. Isso porque quando policiais se envolvem em ocorrências. É por isso, e por uma série de outros elementos vistos como vantajosos, que empresas de vigilância irregulares dão preferência à contratação de policiais – que também são vistos com bons olhos nas empresas onde atuam como vigilantes.
Os profissionais, por sua vez, procuram o mercado usualmente por causa dos salários baixos da carreira.
Toda essa situação é bastante preocupante não apenas para o segmento de segurança privada, mas também para toda a sociedade. A segurança privada é complementar à segurança pública. Atua em escolas, hospitais, órgãos públicos, indústria, escolta armada, transporte de valores, só para citar alguns exemplos. A diminuição constante no número de vigilantes em atividade significa menos proteção e segurança a toda população. É a segurança privada que permite que as forças de segurança pública se concentrem no combate direto à criminalidade de forma ostensiva, uma vez que se encarrega da segurança preventiva. Nas atuais condições, a sensação de insegurança tende a aumentar do total de trabalhadores.
REGIÕES DE ATUAÇÃO
Sobre as regiões que mais concentram os serviços de segurança privada o sudeste ocupa a primeira posição com 48,7% das empresas e profissionais em atuação, seguido pela região nordeste, com 19,8%. No estado de São Paulo o setor representa a maior fatia de mercado, responsável por 36,3% do total das regiões do país
Fonte: https://forumseguranca.org.br
Receita bruta de prestação de serviços no ano – Atividade vigilância e segurança privada e de transporte de valores
Fonte: Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
NÚMERO DE EMPRESAS
A queda no número de empresas autorizadas pela Polícia Federal é outro indicador que desnuda as dificuldades enfrentadas pela atividade de segurança privada. Em 2019, existiam 2.664 e 2.017 empresas especializadas e orgânicas, respectivamente. Em 2020, o quantitativo ficou em 2.680 e 1.938. E, nos cinco primeiros meses de 2021, a redução no número de empresas registradas foi ainda maior, sendo 2.471 empresas especializadas e 1.154 orgânicas. Um total de 3.625. Ou seja, uma redução de 21,5% nos 5 nos primeiros meses do ano.
Fonte: Departamento de Polícia Federal; Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist).
PERFIL DOS VIGILANTES
A atividade continua sendo predominante exercida por homens, que representam 91% do total de trabalhadores. O grau de escolaridade é bem superior ao mínimo exigido pela Lei 7.102/1983, que é a 4ª série do ensino fundamental. Atualmente, 77% dos vigilantes possuem ensino médio completo ou mais. E 69% possuem entre 30 e 49 anos.
Aumento de contingente de mulheres
Ao longo dos anos, as mulheres têm ingressado fortemente no mercado de trabalho e ganhado cada vez mais espaço em vagas antes só ocupadas por homens. Exemplo disso é o setor de segurança patrimonial, que vem crescendo a passos largos no Brasil e, com ele, uma maior presença do público feminino na área. Com esse crescimento da participação feminina no setor, estão surgindo empresas de segurança com time de atuação quase que todo composto por mulheres.
A exemplo disso é o Grupo Paktualseg, localizado em Sorocaba/SP onde cerca de 80% de seu quadro interno é composto por mulheres. E elas não ocupam, apenas, cargos de vigilantes. Dados do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (Sesvesp) mostram que cerca de 30% das empresas são comandadas por mulheres.
Armas no controle da segurança
Em relação aos armamentos usados pelas empresas, há grande discussão em torno do tema, já que os profissionais exigem armas com maior potencial de fogo, principalmente os que trabalham em setores mais específicos da segurança patrimonial, como na escolta armada, segurança pessoal e no transporte de valores. No ano de 2020, na região Sudeste, as empresas adquiriram 4.438 armas letais para 563 não letais. No total, em 2020 as empresas possuem os registro de 260 mil armas de fogo.
Em comparação com as armas em posse das forcas de segurança pública, que tem hoje 511 mil armas contra 527 mil armas nas mãos dos cidadãos (civis), aponta que a política armamentista no Brasil facilitou a compra, o registro, a posse e o porte de armas, temas muito discutido pelos especialistas em segurança sobre os potenciais riscos de armas nas mãos da população, sem um controle mais eficiente do estado.
Veículos
O número geral de veículos já registrados no sistema para utilização pelas empresas do setor nos meses de agosto e setembro de 2020 teve uma queda em 2.001 unidades com vínculo ativo para o total de carros na escolta armada e transporte de valores, incluindo os carros-fortes. Segundo dados do DPF de 09/2020, para outros tipos de veículos o registro total corresponde a 5.090 unidades.
Fonte: Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist); Departamento de Polícia Federal
Perspectivas de retomada do setor
Reforma tributária ampla
Aprovação do Estatuto da Segurança Privada por parte do Congresso Nacional
Atualização e modernização da Lei nº 7.102/83
TERCEIRIZAÇÃO
Entende-se por terceirização do trabalho o processo pelo qual uma instituição contrata outra empresa para prestar um determinado serviço. Atualmente, no sistema capitalista em sua fase financeira, essa prática difundiu-se amplamente em todo o mundo, não sendo diferente no Brasil, onde cerca de 25% da mão de obra empregada é terceirizada.
Os exemplos de terceirização mais comuns relacionam-se com a prestação de serviços específicos, tais como limpeza e segurança. Quando você vai ao banco, por exemplo, pode notar que os vigilantes não são empregados do próprio banco, mas de uma empresa especializada em segurança, o que também é bastante comum em edifícios comerciais, escolas, fábricas e outros.
SETOR DE SERVIÇOS CRESCE 1,1% EM JULHO E ATINGE MAIOR NÍVEL DESDE MARÇO DE 2016
Estimulado por restrições menores a atividades, o volume do setor de serviços no país avançou 1,1% em julho, na comparação com junho. Com o desempenho, o setor de serviços está 3,9% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020. Também alcançou o patamar mais elevado desde março de 2016. Contudo, ainda está 7,7% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.
Entre janeiro e julho de 2021, o setor acumulou alta de 10,7%. Em período maior, de 12 meses, houve elevação de 2,9%. A alta de 1,1% em julho foi acompanhada por duas das cinco atividades investigadas. Serviços prestados às famílias subiram 3,8%, acumulando ganho de 38,4% entre abril e julho, enquanto serviços profissionais, administrativos e complementares avançaram 0,6%, com crescimento de 4,3% nos últimos três meses.
RECUPERAÇÃO ACIMA DO NÍVEL PRÉ PANDEMIA
Ao longo da pandemia, a prestação de serviços diversos foi bastante prejudicada no país. Isso ocorreu porque o setor reúne atividades que dependem da circulação de clientes, do contato direto e de aglomerações. Hotéis, bares, restaurantes e eventos fazem parte dessa lista. Serviços ligados à área de tecnologia e informação, por sua vez, tiveram estímulo com o isolamento social para frear o coronavírus.
Agora, com a vacinação contra a Covid-19 e a reabertura da economia, as atividades que precisam do contato direto com clientes apostam em uma melhora dos negócios. Fatores como o desemprego e a inflação em alta, por outro lado, desafiam a retomada consistente desses segmentos.
SETOR DIRETAMENTE LIGADO A RETOMADA ECONÔMICA
É incontestável que a terceirização é um fenômeno irreversível na economia brasileira. Segundo uma sondagem realizada pela CNI – Confederação Nacional da Indústria 69,7% das empresas entrevistadas utilizam serviços terceirizados, sendo que desse montante 84% estuda manter ou ampliar a utilização desses serviços. A terceirização de serviços deve estar no radar das empresas que se preocupam com a lucratividade e a melhoria de processos.
Esta estratégia proporciona ganhos em redução de custo, além de melhorar a qualidade dos serviços, reduzir prazos e facilitar o crescimento do negócios, pois diminui a necessidade de estrutura interna para viabilizar a ampliação das atividades.
REDUÇÃO DE CUSTOS É UM DOS PRINCIPAIS MOTIVOS PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Alta
O setor de segurança privada apresenta uma alta barreira de entrada, isso porquê apresenta a necessidade de autorização legal para funcionamento e de cursos preparatórios para os funcionários, além de um custo elevado com materiais necessários para realização do serviço.
Produtos Substitutos – Média
O segmento apresenta semelhança quanto aos serviços prestados, porém com os avanços tecnológicos e inovações no setor, novas oportunidades para empresas se destacarem no setor isso faz com que a ameaça de produtos substitutos seja média.
Poder dos Fornecedores – Média
O segmento apresenta players muito semelhantes porém com diferentes portes e consequentemente serviços mais bem elaborados, por esse motivo o mercado apresenta um médio poder de barganha, para que seja possível elaborar um produto mais específico para cada cliente.
Poder dos Compradores – Média
Por ser um setor que oferece opções bem semelhantes, o cliente apresenta um poder de barganha maior na hora de negociar.
Rivalidade entre players – ´Alta
O segmento apresenta uma alta rivalidade por ser um setor que os players oferecem serviços semelhantes. O cenário fica de forte concorrência, onde os players concorrem com empresas informais.
OPORTUNIDADES
O setor de segurança privada como um todo apresenta diversas oportunidades, embarcadas em toda a cadeia produtiva do setor, é um mercado de alta competitividade, porém de grandes oportunidades.
Inovações tecnológicas
Com os avanços tecnológicos, novas formas de atuação e execução de serviços para segurança privada surgem no mercado, trazendo assim possibilidade para players conseguirem diferenciação de mercado.
Demanda nacional
Serviços voltados para segurança privada vem apresentando um animador crescimento nos últimos anos, apesar do ano de 2020 ter sido de incertezas para o setor devido a incertezas econômicas e politicas, o setor é bastante demandando pelos brasileiros e apresenta boas projeções para o futuro.
Analytics
Setores como o de segurança privada também podem ser contemplados pelo uso de dados para tomadas de decisão, entendendo a realidade social e econômica de uma região, para assim concentrar esforços para atrair o público que consome o serviço ou que pode vir a consumir no futuro.
AMEAÇAS
Informalidades do setor
Para prestar serviços de segurança a empresa precisa obter certificações e autorização da Polícia Federal, seguir orientações e adequações previstas na lei 7.102/83. Todas as atividades prestadas devem ser reguladas, autorizadas e fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal.
Empresas que atuam sem cumprir com a regulamentação específica, são consideradas clandestinas. Atuam no mercado, prestando serviços de vigilância e segurança com total ausência de condições legais e técnicas para fazê-lo. Tal atuação coloca em risco a proteção da contratada e abrindo espaço para uma concorrência desleal.
Mercado competitivo
Devido ao alto número de players e a pouca diferenciação dos serviços, o mercado fica altamente competitivo, se destacando o player que apresentam maior diferenciação na execução do serviço e dificultando a entrada de nova empresas.
Apesar de ser um setor com amplo crescimento nos últimos anos o segmento não recebe incentivos do governo e sofre com a lentidão para a aprovação do estatuto da segurança e da reforma tributária ampla, que pretende trazer muitos benefícios para o segmento como um todo.
TENDÊNCIAS
O futuro da segurança privada no Brasil ainda é incerto em face ao momento político, econômico e por que não dizer também em face aos avanços tecnológicos que cada vez mais prometem entremear a atividade.
Estamos vendo, ano a ano, a diminuição dos postos de trabalho nesta área. Porém, na condição de empregador e contribuinte fiscal, o segmento continua sendo um mercado forte e bilionário e que, cada vez mais, chama a atenção de grandes investidores. Tecnologia, política e economia são fatores que podem influenciar a atuação da segurança privada. Necessária ela sempre vai ser, no entanto é preciso estar antenado para manter-se à frente da atuação de criminosos.
Até 2020, a projeção é de que a receita do setor deve atingir US$ 240 bilhões. Só nos Estados Unidos, o crescimento estimado para este ano é de U$ 34 bilhões. Especialistas afirmam que a tendência se estende também para o Brasil. Apenas em sistemas de segurança eletrônica, por exemplo, a expansão média anual foi de 8% nos últimos cinco anos no país. O impacto gera renda e serviços, assim como incentiva o mercado que fornece produtos e abre perspectivas para importação.
Tecnologia de vídeo inteligente
Câmeras alimentadas por Inteligência Artificial serão mais utilizadas para permitir que empresas retomem as operações no contexto da pandemia. Elas monitoram locais com diversas pessoas, garantindo o cumprimento de protocolos sanitários (distanciamento social, uso de máscara e controle de fluxo), além de fornecerem rastreamentos iniciais de temperatura.
Convergência de vários sistemas de segurança
O conceito de sistemas funcionando perfeitamente em conjunto há muito é desejado pela grande maioria dos profissionais de segurança. Os benefícios de convergir vários sistemas de segurança – incluindo vídeo, controle de acessos, alarme, prevenção de incêndio e gerenciamento de emergência em uma plataforma unificada são múltiplos, sendo a eficiência e a relação custo-benefício os principais. Por exemplo, quando um alarme dispara, um sistema integrado vincula automaticamente esse alerta à saída da câmera mais próxima para que toda a situação possa ser facilmente testemunhada a partir da central de monitoramento. Isso se traduz em uma redução considerável de tempo e esforço e, o mais importante, de custos. Gera economia na equipe, tempo do instalador, custos de manutenção separados, licenças de software separadas etc., tudo se soma para criar um pacote atraente para os clientes.
Mudanças significativas no uso da tecnologia estão expandindo e remodelando o escopo da indústria de segurança, desde manter pessoas e ativos protegidos até a criação de ambientes mais seguros, eficientes e inteligentes
Monitoramento aéreo com drones
Os drones com câmeras acopladas vêm sendo amplamente utilizados, seja para o lazer ou para a captação de imagens com diversas finalidades. E uma delas é a segurança privada. Imagine que você tem uma grande fazenda e precisa monitorar o rebanho e a lavoura, ou possui uma grande propriedade que deve ser protegida. Para esses casos, os drones são uma ótima solução. Quando voltados para a segurança, possuem câmeras de alta resolução, as quais, aliadas à mobilidade e à possibilidade de imagens panorâmicas, os tornam uma ferramenta sem igual.
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Soluções de segurança aceleradas com base em nuvem
A tendência de “mudança para a nuvem” para empresas de todos os tamanhos se acelerou em todo o setor de segurança em 2020. Dos mercados de pequenas empresas ao nível empresarial, mais e mais empresas estão aproveitando atualmente os serviços em nuvem econômicos para estender a flexibilidade de suas operações, implementação e gerenciamento.
Os sistemas de segurança com base em nuvem, que reúnem segurança, rede, armazenamento, análises e gerenciamento, estão tornando a implementação muito mais fácil, pois não há necessidade de servidores e software locais. Isso economiza uma quantidade significativa de tempo e custos enquanto amplia ou reduz seus sistemas de segurança. Por meio de uma infraestrutura de hospedagem em nuvem essas soluções também beneficiam os clientes com operações e manutenção remotas, alertando-os rapidamente acerca dos principais eventos de segurança e permitindo que se mantenham atualizados com as últimas versões de firmware, atualizações e serviços
Ênfase na segurança cibernética e privacidade de dados
A segurança cibernética e a proteção da privacidade de dados têm sido um desafio para o setor de segurança desde o momento em que o primeiro dispositivo de segurança foi conectado à internet. Impulsionados pelo aumento das soluções com base em nuvem e uma série de tecnologias inovadoras como IoT, Big Data, 5G e IA, milhões de dispositivos e sistemas de segurança agora estão se juntando a essa rede conectada.
Proteger os dispositivos e sistemas de segurança contra ataques cibernéticos e estabelecer a privacidade dos dados são questões mais importantes do que nunca. A segurança cibernética continuará a ser uma preocupação para o setor em todas as etapas do processamento de dados, desde geração, transmissão e armazenamento até os aplicativos de dados e, finalmente, a exclusão.
De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), o Brasil conta atualmente com 336.160 dentistas. Apesar de um número significativo de especialistas, sua distribuição é muito concentrada na região sudeste. São Paulo tem o maior número de dentistas com um total de 97.604 dentistas, enquanto no Acre são apenas 842.
Relacionado com o número de dentistas, a região Sudeste concentra-se no maior número de empresas que atuam no setor odontológico, incluindo: clínicas, laboratórios odontológicos e empresas de produtos odontológicos. Por exemplo, só o estado de São Paulo tem atualmente 16.244 clínicas, ou 31,22% do total de 52.026 clínicas do país.
Os números do CFO mostram que as unidades profissionais e atuantes estão concentradas na região sudeste, centrada no estado de São Paulo. O desequilíbrio na distribuição dos serviços odontológicos no país leva a um gargalo de atendimento para toda a população brasileira.
Média de dentistas por população:
Em fevereiro de 2020, quando havia 331.502 dentistas no Brasil, Fernando August, especialista em business intelligence odontológico, fez uma análise muito sólida usando dados do CFO então atualizados. Ele analisou o número médio de dentistas por estado, levando em consideração o tamanho de cada população. No geral, Augusto constatou que o número médio de residentes no Brasil era de 634 por dentista.
NÚMEROS NO MUNDO
O mercado odontológico mundial deve movimentar nada menos que US$ 35,7 bilhões em 2023. O que representa um crescimento médio anual de 5,59%, de 2018 para cá. Os números são da companhia irlandesa ‘Research and Markets’, conceituada player de pesquisa de mercado do mundo. O estudo aponta ainda que a alta se deve a diversos fatores como aumento dos cuidados com saúde bucal, envelhecimento da população e avanços tecnológicos da indústria do setor. Analisando a indústria de saúde como um todo, há dez anos o mercado de odontologia se destaca por ser o único com superávit na balança comercial.
Fonte: CNN, economia.ig
INVESTIMENTO EM TRATAMENTO ODONTOLÓGICO NO BRASIL
Segundo a Coordenação de Higiene Bucal do Ministério da Saúde, o valor destinado aos serviços odontológicos no Brasil em 2020 foi de R$ 1,4 bilhão. Já a Odontologia Suplementar (Planos Odontológicos), investiu R$ 3,1 bilhões para atender mais de 26 milhões de beneficiários. Ou seja, seu valor é mais que o dobro da contribuição do sistema público.
“Especialistas dizem que o setor público tem maior tempo de espera e pode ficar sem oferta, mas isso não acontece na Odontologia Suplementar.”
“Especialistas dizem que o setor público tem maior tempo de espera e pode ficar sem oferta, mas isso não acontece na Odontologia Suplementar.”
PLANO DE SAÚDE ODONTOLÓGICO
Aproximadamente 1,28 milhão de brasileiros passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos nos 12 meses encerrados em janeiro de 2021, conforme aponta a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Com o crescimento de 4,9% no número de beneficiários, o setor passa a atender 27,2 milhões de pessoas no Brasil.
Uma pesquisa do CFO mostrou que nove a cada dez brasileiros acredita ser muito importante ir ao dentista com regularidade e 72% vão ao menos anualmente.
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% da população ainda vai menos de uma vez ao ano no dentista
EXPANSÃO DO MERCADO
Alguns fatores justificam as grandes mudanças da odontologia, trazendo novos panoramas e desdobramentos significativos para a viabilização da expansão do segmento odontológico e de todos os demais segmentos da saúde.
Esses diversos fatores são responsáveis pela criação de inúmeras inovações em higiene bucal que promovem um crescimento mais sustentável da prática odontológica e do mercado como um todo. A seguir, alguns motivos para o mercado de odontologia estar em franca expansão:
Baixa inadimplência
A taxa de inadimplência do paciente (cliente) é muito baixa, não só gerando bons lucros, mas também representando um investimento seguro em odontologia. Esse número é em média 5%, com o maior percentual de clientes em atraso na região Sudeste (cerca de 8%).
A preocupação com a saúde bucal aumentou
O Ministério da Saúde realizou uma pesquisa nacional de higiene bucal mostrando que os brasileiros estão mais interessados em sua saúde bucal. Este estudo mostrou uma diminuição acentuada da cárie em todas as faixas etárias. Além disso, segundo a pesquisa, a demanda por tratamento odontológico aumentou 30%.
O Brasil é atualmente um dos destaques da assistência odontológica no mundo, segundo pesquisa do IBGE. Esses números vão dinamizar o mercado odontológico e criar mais oportunidades para quem quer atuar nessa área.
Serviço público ineficiente
O governo não tem recursos para prestar assistência médica de qualidade a toda a população, e sua abrangência é ainda mais restrita na odontologia. Esta é uma oportunidade para os dentistas atenderem a essa demanda e absorverem aqueles que não podem pagar por um tratamento caro
Popularização dos planos odontológicos
A proliferação de planos de tratamento odontológico é outro fator que impacta diretamente no crescimento do mercado odontológico. De acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o número de brasileiros planejando tratamentos odontológicos é crescente, ultrapassando 22 milhões de beneficiários em 2016, um aumento de 2,4%.
Ainda, segundo o mesmo instituto, foram 4.444 pessoas entre 2016 e 2017, mas mais de 900 mil beneficiários foram perdidos no plano médico, além de quase 2 milhões novos no plano somente odontológico. Esses planos aumentaram 8,5% e já contam com 22,5 milhões de usuários.
Franchising
O setor de franquias é um segmento que vem crescendo amplamente, hoje já somam mais de 1000 unidades distribuídas em mais de 20 redes, as quais atendem mais de 5 mil cirurgiões-dentistas, produzindo no total um expressivo faturamento de mais de R$50 milhões por mês.
CRESCIMENTO DAS FRANQUIAS ODONTOLÓGICAS
Aumento das unidades franqueadas
Uma das provas do crescimento das franquias é o aumento do número de unidades franqueadas no mercado odontológico. Segundo a ABF, existem cerca de 40 redes de franquias distribuídos por todo o Brasil, representando múltiplas redes em cada estado.
Aumento do alcance
A maioria da população há muito não tem acesso aos serviços odontológicos, dificultando o acesso. O aumento da divulgação nos serviços odontológicos é outro fator que explica o crescimento das franquias odontológicas.
Gestão descomplicada
Contar com um plano de negócios integrado a uma marca já reconhecida, as chances de sucesso aumentam drasticamente.
Fonte: Fecomercio, FGV
IMPORTÂNCIA E QUALIDADE DE VIDA
De acordo com o estudo Percepções Latino-Americanas sobre Perda de Dentes e Autoconfiança, idealizado pela Edelman Insights, a perda de dentes é o segundo fator mais prejudicial à qualidade de vida de indivíduos entre 45 e 70 anos.
Já segundo a ABIMO (Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar) aproximadamente 2,4 milhões próteses dentárias e 800 mil implantes são implantadas todo o país. Quanto à ortodontia, 12 milhões de brasileiros consultam um cirurgião-dentista para corrigir a posição dos dentes na arcada dentária.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ibope, 39 milhões de pessoas usam prótese total no Brasil. Além disso, os números mostram que 16 milhões de brasileiros vivem sem dentes, e 41,5% dos brasileiros com mais de 60 anos já perderam todos os dentes.
Uma Pesquisa Nacional de Saúde Bucal promovida pelo Ministério da Saúde apontou que os brasileiros se preocupam cada vez mais com a saúde dos dentes. De acordo com o estudo, houve um aumento de 30% na procura por tratamento dentário e uma redução significativa de cáries dentárias.
Embora o setor apresente números favoráveis, o mercado ainda está em expansão. A estimativa é que 50% dos brasileiros ainda precisem fazer algum tipo de tratamento odontológico. Essa informação é muito animadora e agrada profissionais e empresários do segmento.
POR QUE INVESTIR NO MERCADO ODONTOLÓGICO?
Pesquisa realizada pelo IBGE aponta que o Brasil se destaca no tratamento dentário no mercado mundial. A necessidade e procura das pessoas por esses serviços agrada os investidores desse setor, visto que, as chances de retorno são reais. Acrescentando a ineficiência do serviço público no que se refere a oferta de serviço odontológico ao cidadão, a baixa taxa de inadimplência por parte dos pacientes e a possibilidade de aumento desses serviços.
Dessa forma, o setor torna-se uma importante oportunidade para o atendimento a esta demanda e por conta disso os investimentos no mercado odontológico podem ser uma importante estratégia para quem busca negócios rentáveis.
Além disso, uma análise do setor de saúde mostra que o setor odontológico apresenta estabilidade significativa e superávit constante, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos Médicos e Odontológicos (ABIMO).
A ACESSIBILIDADE DOS TRATAMENTOS
Um aspecto que faz com que o mercado odontológico no Brasil seja ainda mais promissor é a acessibilidade dos tratamentos. Vários deles antes eram inacessíveis pelo alto preço e pela forma de pagamento (que, na maioria dos casos, era feita apenas à vista). Como você deve imaginar, as duas realidades mudaram muito.
Os custos para os pacientes reduziram muito. Em parte isso aconteceu como reflexo do avanço tecnológico que acabamos de falar, tendo em vista que trouxe economias na compra de materiais e contratação de serviços.
Além disso, várias empresas nacionais começaram a investir na criação de produtos, materiais e softwares, aumentando assim a oferta de alta qualidade (e que representam possibilidades com um melhor custo-benefício).
Para fechar, as formas de pagamento também mudaram muito. A maioria das clínicas e dos consultórios de hoje oferecem a opção de parcelamento, um aspecto que facilitou a vida de muitos pacientes.
COVID X SETOR
Segundo pesquisa feita pelo Conselho Federal de Odontologia entre junho e julho, 82% dos cirurgiões-dentistas continuaram exercendo a odontologia durante a pandemia seguindo os cuidados de biossegurança recomendados pela entidade, como redução do horário de atendimento, redução no número de pacientes e o uso de todos os equipamentos de segurança, como máscaras, luvas, capote e face-shield.
Os profissionais da rede pública e privada sentiram uma queda considerável nos atendimentos. O Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) fez uma pesquisa onde constataram que as consultas odontológicas na rede pública de saúde caíram, em média, 83,5%, no período em que o Brasil era declarado o novo epicentro da pandemia do novo coronavírus e a curva epidêmica de contágio subia.
Na rede privada também houve queda nos atendimentos. Os maiores índices de queda dos atendimentos odontológicos na rede pública e privada foram no Nordeste, com 88,5% e 83,1%, respectivamente.
Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde e atualizado em julho de 2020 a pedido do CFO, especialistas como dentistas, auxiliares e técnicos da área de higiene bucal representaram o menor índice de contaminação entre os agentes de saúde que atuam na linha de frente contra a Covid-19. Além disso, a pesquisa constatou que o número de dentistas estava abaixo da média nacional da população.
Em um comunicado publicado em seu site, o CFO detalha os dados. “No total de pessoas infectadas no Brasil, 0,17% são Cirurgiões-Dentistas, o que representa 2.737 de profissionais contaminados, do total nacional de 1.603.055 pessoas infectadas. No caso de profissionais Auxiliares e Técnicos em Saúde Bucal o número é ainda menor, 0,12% de contaminados, do quantitativo de contaminados no Brasil – apenas 1.852 profissionais diagnosticados com Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, dos 169 óbitos de profissionais de saúde, registrados entre os meses de março a junho, no Brasil, 5 são Cirurgiões-Dentistas.”
COVID-19 E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS
Procedimentos estéticos não pararam com a presença da COVID-19, a verdade é que existe um movimento mundial de crescimento da procura por esse tipo de intervenção. Procedimentos estéticos, historicamente, são mais realizados durante os períodos de férias. É quando sempre vemos o maior aumento nos procedimentos, porque as pessoas não estão indo para o trabalho e faculdade e têm mais tempo para recuperação.
“Embora a pandemia dificilmente se qualifique como férias, ao exigir trabalho de casa, sem querer garantiu um período glorioso para a recuperação sem precisar de afastamento e sem que as pessoas saibam do procedimento”, aponta Paolo Rubez, membro da sociedade brasileira de cirurgia plástica.
CRESCE EM MAIS DE 140% O NÚMERO DE PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS EM JOVENS
O Brasil é líder mundial no ranking de cirurgias plásticas em jovens. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), dos quase 1,5 milhão de procedimentos estéticos feitos em 2016, 97 mil (6,6%) foram realizados em pessoas com até 18 anos de idade. Entre as justificativas para o quadro está a insatisfação com a própria imagem.
Somente nos últimos dez anos, houve um aumento de 141% no número de procedimentos entre jovens de 13 a 18 anos, segundo a SBCP.
Para o cirurgião plástico Fernando de Nápole, os jovens não procuram as cirurgias plásticas somente devido à preocupação estética, mas sim por sofrimentos emocionais agravados por restrições sociais auto impostas podem justificar correção cirúrgica.
PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS
O Brasil é líder mundial no ranking de cirurgias plásticas em jovens. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), dos quase 1,5 milhão de procedimentos estéticos feitos em 2016, 97 mil (6,6%) foram realizados em pessoas com até 18 anos de idade. Entre as justificativas para o quadro está a insatisfação com a própria imagem.
Somente nos últimos dez anos, houve um aumento de 141% no número de procedimentos entre jovens de 13 a 18 anos, segundo a SBCP.
Para o cirurgião plástico Fernando de Nápole, os jovens não procuram as cirurgias plásticas somente devido à preocupação estética, mas sim por sofrimentos emocionais agravados por restrições sociais auto impostas podem justificar correção cirúrgica.
NÚMERO DE EMPRESAS NO SETOR
Quantidade Geral de Profissionais e Entidades Ativas
ESTATÍSTICAS DO PROFISSIONAL DA ÁREA:
PERCENTUAL POR ESPECIALIDADE
PERCENTUAL POR SEXO DO PROFISSIONAL
TRANSFORMAÇÃO DIGITIAL NO MERCADO ODONTOLÓGICO
Antes da pandemia, o mundo dos negócios já estava profundamente enraizado no ambiente digital. No entanto, após a quarentena, o contato com especialistas de diversas disciplinas e procedimentos virtuais e softwares técnicos se tornaram pré-requisitos.
De acordo com uma análise da Digital Transformation Investment, as empresas estão passando por um processo de transformação digital. De acordo com uma pesquisa realizada em 2020, 70% dos gestores mantêm seus investimentos ou aumentam seus gastos com tecnologias específicas ao longo do ano.
As empresas de construção (75%) são as principais adotantes da transformação digital, seguidas pelas empresas de TI (58%) e manufatura (55%). Com isso, o mercado odontológico ainda está defasado na adoção de serviços digitais, um erro cometido por muitos gestores. As inovações na gestão odontológica não são apenas uma forma infalível de evitar uma crise e se manter competitivo, mas também uma boa opção para avançar no cenário pós-pandemia, onde será mais automatizado e digitalizado do que nunca.
Atendimento de qualidade
A consulta remota deve ajudar no exame de rotina do paciente e no monitoramento rigoroso. Portanto, a pergunta de cada indivíduo deve ser apoiada e ouvida, mesmo na ausência de presença física. Esse é um ponto ainda mais importante durante o teleatendimento, onde muitas pessoas se sentem vulneráveis e não recebem atendimento odontológico adequado.
Marketing odontológico
Outro aspecto relevante de como digitalizar o mercado odontológico é o marketing da clínica. Mais do que nunca, integrar a presença de clínicas e serviços profissionais na internet é um passo importante para expandir e conquistar clientes diversos. É preciso se cadastrar nas redes sociais que os clientes utilizam e se afirmar como uma valiosa fonte de informações sobre odontologia.
Gestão odontológica automatizada
Por fim, a transformação digital também é uma ferramenta de apoio ao trabalho diário dos dentistas de todo o país. Um exemplo de investimento que tem se mostrado cada vez mais importante é a locação de software de gestão odontológica.
Por isso, muitos dentistas contam com alternativas, principalmente em tempos de crise, quando os orçamentos são baixos e mais organizações e planos são necessários. Investir em tecnologia, digitalizar e automatizar atividades e processos odontológicos são formas de inovar o mercado e conquistar espaço.
ANÁLISE DOS PLAYERS
Essas 12 redes odontológicas atendem juntas, aproximadamente 21,47 milhões de pessoas e todo o Brasil, que representa 74,6% dos 28,7 milhões de clientes de planos odontológicos privados.
Foram consideradas apenas as seguradoras classificadas como Odontologia de Grupo e Seguradoras. Cisões, aquisições e fusões das empresas ou carteiras foram detalhadas nas páginas a seguir.
OdontoPrev
A rede odontológica líder do Brasil, Odonto Prev, atende 6,73 milhões de pessoas, superando em muito outras operadoras.
O Grupo Odonto Prev, agora de propriedade da Bradesco Seguros, também possui outras marcas como Bradesco Dental, Prívian, Odonto Serv, Prontodente, DentalCorp, Rede Dental e Sepao. Além dessas marcas, é sócio do BB Dental do Banco do Brasil.
Como empresa de capital aberto, opera na Bolsa de Valores de São Paulo B3 sob o código ODPV3. A rede credenciada é bastante difundida e atende todos os estados do Brasil.
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Milhões de beneficitários
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Interodonto
A segunda maior rede odontológica no Brasil, a Interodonto, possuí cerca de 3,17 milhões de beneficiários e pertence ao Grupo NotreDame Intermédica (GNDI). Combinado com assistência médica, oferece aos clientes uma solução completa de saúde.
Em 2012, o GNDI passou a fazer parte da Bain Capital, grupo americano com forte atuação na área da saúde.
É uma empresa de capital aberto em em 2018 e é operada na Bolsa de Valores de São Paulo B3 sob o código GNDI3. Em 2019, adquiriram a operadora mineira Belo Dente. Oferecem uma extensa rede de certificação em todas as regiões do Brasil.
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Milhões de beneficitários
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SulAmérica
A tradicional seguradora brasileira SulAmérica está em terceiro lugar com 2,82 milhões de beneficiários de planos odontológicos. O grupo segurador atua em diversos segmentos, incluindo seguro saúde, o quinto maior provedor do país.
Como empresa de capital aberto, opera na Bolsa de Valores de São Paulo B3 sob os códigos SULA11 e SULA4. Em 2018, a Sul América adquiriu a operadora Prodent e passou a fazer parte do mesmo grupo.
A rede credenciada é nacional, com dois terços dos beneficiários nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
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Milhões de beneficitários
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Hapvida +odonto
A operadora cearense, líder em planos de saúde no Norte e Nordeste do Brasil, também mostra força no plano odonto em que possui 2,76 milhões de beneficiários, e é a 4º no ranking.
Empresa de capital aberto em 2018, opera na bolsa de valores B3 de São Paulo sob o código HAPV3.
Em 2019 a Hapvida adquiriu a São Francisco Odontologia, empresa do Grupo São Francisco, com sede no interior de São Paulo. A operadora contava com cerca de 604 mil vidas nos estados de SP, MG, MT, MS e GO.
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Amil dental
A Amil ocupa a 5ª posição em seguros odontológicos, fornecendo produtos Amil Dental para 2,18 milhões de pessoas e oferecendo soluções abrangentes de saúde aos seus clientes.
Com uma história de mais de 30 anos, é um dos mais tradicionais do mercado. Em 2012, a Amil passou a fazer parte do United Health Group, grupo americano especializado em saúde.
Em 2013, encerrou sua participação na Bolsa de Valores de São Paulo e se tornou uma empresa privada. Oferecem uma extensa rede de certificação e serviços em todos os estados brasileiros.
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Milhões de beneficitários
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MetLife
O seguro da MetLife ocupa o 6º lugar com 1,25 milhão de segurados odontológicos. Essa tradicional empresa americana atua em mais de 40 países, incluindo seguros de vida e previdência.
Atendendo em todo o Brasil, tem presença mais forte na região Sudeste, onde se concentram 76% dos beneficiários. Com uma linha odontológica diversificada, atende clientes com diferentes perfis.
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Milhões de beneficitários
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% de Market Share
BIG PICTURE
330 mil
É o número aproximado de profissionais da área no país.
72%
Das pessoas relatam ir ao menos uma vez no ano ao dentista.
20%
É a porcentagem do número de dentistas do mundo que estão localizados no Brasil.
2,4 milhões e 800mil
É o número de próteses dentárias e implantes realizados por ano no país, respectivamente.
R$38,7bi
Foi o faturamento do setor no ano de 2019
>1000
Franquias distribuídas em todo o país
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Alta
Existem quase 400 cursos de odontologia no país, então por ano, uma “enxurrada” de dentistas entram no mercado.
Produtos Substitutos – Caso a caso
Devido a uma possível solução alternativa.
Poder dos Fornecedores – Baixa
Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a grande quantidade de players similares (difícil diferenciação).
Poder dos Compradores – Média
Poder dos compradores, tendo em vista que certos tipos de especialidades e atendimentos são específicos e escassos.
Rivalidade entre players – ´Alta
Disputa por eficiência (Custo e tecnologia, pouca diferenciação); Posicionamento dos players encontra-se ainda bastante forte e cada vez mais crescente (plano de comunicação pouco efetivo).
OPORTUNIDADES
O mercado Odontológico, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.
– Maior conscientização da população quanto a saúde bucal.
– Altos Investimentos na área de saúde.
– Facilidade de compra de equipamentos.
– Alta demanda pós pandemia.
Clube de assinaturas
No ramo da odontologia, por exemplo, a novidade funciona por meio de conhecimento prévio das necessidades do paciente. A partir daí, os dentistas podem dispor de kits de serviços que possam ser utilizados pelos pacientes periodicamente. O profissional também pode fazer parcerias com marcas de produtos odontológicos, como escovas, cremes e fios dentais, para que eles patrocinem esses kits.
Por exemplo, o dentista pode enviar aos pacientes caixas com produtos para serem utilizados durante seis meses. Com um convite lembrete para o paciente retornar ao consultório em seis meses para receber seu novo kit, no mesmo dia em que fizer sua limpeza semestral e check-up da saúde bucal.
Coworking odontológico
O conceito de coworking como um ambiente de espaço compartilhado de trabalho está se ampliando. Em vez de várias pessoas sentadas lado a lado, trabalhando em seus laptops, o coworking ganha novo sentido, em espaços ainda maiores e equipados. Uma clínica odontológica compartilhada é um bom exemplo desse novo tipo de espaço, gerando menos custos de manutenção do empreendimento.
AMEAÇAS
Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.
Forte concorrência
Sendo o país mais populoso quando se toca na parte de profissionais da odontologia, o fator concorrência não poderia ficar para trás como uma grande ameaça para os profissionais da área.
Aumento dos preços dos materiais
O aumento desproporcional e abusivo de preços, que vem se arrastando há meses, potencializa a fragilização do serviço prestado pelos profissionais de Odontologia e demais profissionais da saúde.
TENDÊNCIAS
PANORAMA DOS PRÓXIMOS ANOS
Dado o número de dentistas formados e a base profissional atual, não é exagero dizer que só o Brasil deverá ter mais de 500.000 dentistas até 2030. É uma tendência não apenas nessa profissão, mas em praticamente todas as outras.
Muito mais profissionais são formados do que antes, o que significa que há cada vez mais pessoas no mercado, portante mais oferta e, consequentemente, preços mais baixos para o tratamento.
Nesse momento, é importante se diferenciar para poder pedir mais. Então a onda da gourmetização, famosa em cada mercado, começará a crescer para se diferenciar como barbeiros, hamburguerias e confeitarias. Será uma tendência isso acontecer cada vez mais na odontologia, com clínicas e consultórios disputando quem consegue oferecer uma experiência melhor para os clientes. A seguir, serão listadas as principais tendências do setor odontológico.
PRONTUÁRIOS DIGITAIS
Registros odontológicos e documentos relacionados ao tipo de plano de tratamento odontológico solicitado como exames, prontuários, histórico médico, planos de tratamento, devem ser retidos por 5 anos após a prestação do serviço.
Pensando nisso, o Prontuário Eletrônico é uma ferramenta que armazena digitalmente todas essas informações em sistemas de computação em nuvem por meio de computadores e dispositivos móveis com auxílio de logins e senhas.
Essa ferramenta não apenas reduz custos, mas também agiliza os serviços, facilita a absorção de novas informações, melhora a organização dos dados e torna os serviços mais precisos e satisfatórios.
USO DA REALIDADE AUMENTADA
A realidade aumentada é uma tecnologia que permite sobrepor elementos virtuais à nossa visão da realidade. Ou seja, é possível que possamos visualizar objetos em determinados contextos, mesmo que eles não estejam ali presentes.
Na odontologia, a realidade aumentada poderá ser usada pelos dentistas para simular implantes ou analisar com clareza as arcadas dentárias dos pacientes, mesmo que eles não estejam fisicamente no consultório.
Parece coisa de filme de ficção científica? Pode até parecer, mas isso já é real e será impulsionado com o avanço do 5G na odontologia.
USO DA REALIDADE VIRTUAL
Nesse caso, é preciso usar um óculos VR para simular que está vivenciando um novo cenário.
A realidade virtual já vem sendo muito usada, principalmente para o lazer, tendo em vista que são muitos os jogos com essa modalidade.
No entanto, o uso da realidade virtual também deve se desenvolver para o uso nos tratamentos odontológicos. Já existem programas que estimulam a mente do paciente a não sentir dor, por exemplo.
CHAMADAS EM VÍDEO PARA ATENDIMENTO REMOTO
É claro que ainda não é possível examinar pacientes ou efetuar análises mais complexas por meio de chamada de vídeo, porém consultas de acompanhamento e pós-operatórias são facilmente adaptáveis a essa modalidade e podem facilitar tanto para o paciente quanto para o profissional.
As novas tecnologias na Odontologia prometem melhorar ainda mais o atendimento aos pacientes. Por isso, é importante que os dentistas estejam atentos e levem essas tendências aos seus consultórios.
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
O software de gerenciamento é uma plataforma que permite centralizar todas as informações do escritório em um único dispositivo.
Assim, é possível gerenciar, analisar e produzir relatórios sobre a utilização dos mais diversos setores, incluindo:
Estoque;
Financeiro;
Agendamento de consultas;
Armazenamento de exames;
Lista de contato dos pacientes, entre outros.
Isso possibilita um atendimento mais completo, satisfatório, ágil e muito mais econômico. Por fim, este dispositivo simplifica todo o processo de gestão e permite uma tomada de decisão mais agressiva e assertiva.
As vendas nos supermercados cresceram 9,36% em 2020, segundo dados divulgado pela associação brasileira de supermercado, muito disso advindo a pandemia do corona vírus. O faturamento do setor em 2019 foi de R$ 378,3 bilhões e do modelo Cash and Carry (atacarejos), R$ 75,6 bilhões. Segundo dados da SBVC, entre 2009 e 2019 o segmento apresentou quase o dobro do faturamento, passando de R$ 177 bilhões para R$ 378,3 bilhões. Esse valor representou 5,2% do PIB de 2019.
Em 2019, de acordo a pesquisa da SBVC, haviam 89.806 lojas no Brasil com um 1,882 milhão de funcionários diretos.
De acordo com o Ranking ABRAS 2018, as 10 maiores redes de Supermercados do Brasil somaram juntas, em 2018, R$ 150 bilhões de faturamento (sem incluir o Walmart Brasil, que por razões estratégicas, não informou seu faturamento de 2018) que, de acordo com projeção feita equipe da GoBacklog, representa cerca de 45% do faturamento total do setor, o que representa uma grande concentração dessas empresas sobre a receita do setor.
Resultado dos últimos 3 anos e projeções de 2020 e para 2021 do setor de supermercados
Fonte: ABRAS- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS.
“Por ser atividade essencial e vender itens de primeira necessidade, o setor supermercadista foi pouco impactado pela pandemia da Covid-19. Devido às medidas de isolamento social, os brasileiros precisaram mudar seus hábitos, contribuindo com o aumento do consumo dentro do lar. Além disso, os estímulos concedidos pelo governo federal, como o auxílio emergencial, injetaram bilhões na economia e boa parte desse montante foi gasto no setor”.
Apesar dos números positivos, o ano passado foi desafiador para o setor supermercadista, que viu seu custo operacional subir devido à alta do dólar e da inflação, além da reestruturação das lojas para garantir os protocolos de segurança de colaboradores e clientes.
O Abrasmercado (cesta composta por 35 produtos mais vendidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante; higiene; beleza e limpeza doméstica) registrou alta de 2,88% na comparação com novembro, passando de R$ 617,24 para R$ 635,02.
No acumulado dos 12 meses, o valor da cesta subiu 21,57%. As maiores quedas nos preços da cesta de dezembro foram registradas nos produtos: tomate (-11,66%), queijo muçarela (-2%), papel higiênico (-0,70%) e sal (-0,62%). As maiores altas foram nos itens: batata (6,67%), carne traseiro (5,31%), margarina cremosa (5,06%) e cebola (4,98%).
21,57% de aumento
CARNE BOVINA
Segundo projeção global realizada pela Statista, até o ano de 2025, 20% do consumo de produtos de supermercado serão feitos por comércio eletrônico. Diante disso, as empresas do segmento devem acompanhar a mudança de comportamento dos consumidores e se preparar para atender às novas expectativas do mercado.
Na abertura do Congresso de Gestão da APAS Show 2019, o Sócio Sênior da McKinsey & Company, Sajal Kohli, apontou que, no futuro, 90% das compras do varejo ao redor do mundo serão influenciadas pelo digital. Com isso, em virtude dos avanços tecnológicos e a transformação digital que todo o mundo está vivendo, é possível perceber a necessidade de investimentos nessa área.
83% dos shoppers visitam regularmente entre quatro e nove cadeias de lojas dentro de um ano para comprar mantimentos, o que mostra uma necessidade das empresas se atentarem a isso, tendo em vista que é uma baixa quantidade para um ano inteiro. Segundo Seethu Seetharaman, diretor do Centro de Análise de Clientes e Big Data, os resultados do estudo mostram que os varejistas precisam repensar sua estratégia de marketing. Segundo ele, os consumidores buscam produtos diferentes em variadas categorias.
Com isso, é possível perceber a importância da busca não só pela fidelização dos clientes, mas também no esforço das lojas em se tornarem referência na relação de custo-benefício em categorias que possam ser priorizadas pelos clientes em compras futuras.
O Walmart é um exemplo de empresa que é referência em logística e distribuição, em virtude do seu alto investimento na área para manter seus preços baixos e um alto volume de vendas. A empresa usa a tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) nas etiquetas dos produtos. Por meio desse investimento, o Walmart buscou saber o conteúdo das caixas sem precisar de abri-las, ter mais facilidade para encontrar mercadorias e se informar sobre a necessidade de reposição de estoques. Com isso, a empresa pôde prevenir problemas como desperdícios, perdas e extravios, o que ajuda na manutenção das margens da empresa.
O Walmart é um exemplo de empresa que é referência em logística e distribuição, em virtude do seu alto investimento na área para manter seus preços baixos e um alto volume de vendas. A empresa usa a tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) nas etiquetas dos produtos. Por meio desse investimento, o Walmart buscou saber o conteúdo das caixas sem precisar de abri-las, ter mais facilidade para encontrar mercadorias e se informar sobre a necessidade de reposição de estoques. Com isso, a empresa pôde prevenir problemas como desperdícios, perdas e extravios, o que ajuda na manutenção das margens da empresa.
Outro fator que também tem impactado as empresas do setor tem a ver com as mudanças nos hábitos de consumo da população que passou a consumir produtos de maneira mais consciente, como por exemplo, evitando o consumo de refrigerantes. Esse fato tem levado as empresas do setor a lançarem novidades, enfatizando a redução de açúcar em seus produtos.
HÁBITOS DE CONSUMO
Com os avanços tecnológicos, o comportamento do consumidor está em constante mudança. Em um relatório de analistas do IHL Group, foi apresentado que 55% dos lares americanos são membros do Amazon Prime e nos lares que têm renda maior do que 100 mil dólares por ano, esse número passa para 69%. De acordo com o relatório, os membros Prime têm comportamentos diferentes dos consumidores que não têm acesso aos serviços oferecidos. As pessoas geralmente vão para as lojas buscando experimentar algo ou porque precisam do produto imediatamente. Portanto, se um produto não se encontra em estoque, o cliente Prime sente que o varejista desperdiçou seu tempo.
O relatório apontou também que “mais de 24% da receita atual de varejo da Amazon vem de clientes que primeiro tentaram comprar o produto na loja”. Além disso, segundo o fundador e presidente do IHL, Greg Buzek, quando o consumidor faz sua primeira compra pela internet, é muito mais provável que ele continue comprando online e retorne cada vez menos à loja física. Sendo assim, fica evidente a importância de investimentos em softwares como o WMS (Warehouse Management System ou Sistema de Gerenciamento de Armazém), para que as empresas não percam seus clientes para serviços como o da Amazon, por exemplo.
Além disso, a crise econômica está afetando o comportamento dos consumidores e em razão disso, o Atacarejo está sendo uma alternativa em meio a essas diversidades, devido a sua estratégia de foco em custos baixos. Esse modelo já atende 60% dos brasileiros, contra 58% dos supermercados.
Segundo Estudo CVA Solutions Varejo Alimentar, apenas 20% da população brasileira utiliza aplicativos para fazer compras em supermercados, sendo que em 2017 esse número era menor do que 10%. Além disso, 77% dos clientes do GPA utilizam o aparelho celular enquanto estão nas lojas da companhia. Com esses dados, é possível entender o potencial ainda pouco explorado pela maioria das empresas no Brasil, além da força que a adoção dessa estratégia pode influenciar e otimizar a experiência do cliente.
A mudança nas preferências do consumidor, as macrotendências e as inovações emergentes estão remodelando o setor de varejo. O futuro supermercado precisa responder a essas tendências se quiser atrair o consumidor de amanhã.
Famílias menores
Houve um aumento de 34% nas famílias com uma única pessoa nos Estados Unidos de 2000 a 2018. Como cozinhar para uma pessoa pode ser um desafio, as famílias com uma única pessoa estão menos inclinadas a estocar e cozinhar as refeições do zero.
População em envelhecimento
Em 2030, 25% da população dos EUA terá 65 anos ou mais. O envelhecimento da população será marcado por hábitos de compra e necessidades alimentares específicos, juntamente com uma capacidade reduzida de dirigir às lojas.
Revolução digital
O dobro do número de compradores nos EUA usa varejistas exclusivamente online para comprar mantimentos hoje, como fez em 2015. Online está se tornando um poderoso canal de mercearia que também pode ser aproveitado como uma avenida para marketing e vendas.
Mentalidade Omnichannel
Os consumidores de alimentos nos EUA usam, em média, 3,1 canais com frequência. Os americanos estão dispostos a usar todos os canais disponíveis para obter a melhor qualidade, preço e conveniência.
Liberdade para personalizar
Os compradores estão dispostos a compartilhar seus dados para permitir a personalização de seus produtos e serviços: cerca de 46% dos compradores nos Estados Unidos forneceriam informações pessoais às suas lojas para uma melhor experiência de compra.
Sem complicações
Os compradores nos Estados Unidos estão procurando soluções que maximizem a conveniência: 56% dizem que um longo tempo de espera no caixa é inaceitável.
Velocidade/conveniência
Os americanos gastam em média 37 minutos por dia no preparo, serviço e limpeza dos alimentos: um indicativo de quão pouco tempo os americanos dedicam ao preparo das refeições.
Sustentável, naturalmente funcional
A comida se assemelha inerentemente à medicina, com consumidores buscando alimentos puros, orgânicos e saudáveis. Estima-se que a receita gerada pelo mercado de alimentos funcionais em todo o mundo crescerá a uma taxa anual composta de 8 por cento de 2017 a 2022.
Consciência alimentar
Setenta por cento dos consumidores americanos dizem que as informações do produto expostas na prateleira ou com o produto são muito importantes. Eles querem saber mais sobre seu produto, além do que está no rótulo, buscando transparência sobre os ingredientes e suas origens, aditivos e cadeias de produção.
Descoberta global
Cerca de 77 por cento da geração do milênio tem grande interesse em experimentar novos alimentos, o que indica um apetite crescente por algo considerado novo, inovador e exótico.
Em um cenário cada vez mais competitivo, a tecnologia é um dos principais aliados na logística das empresas na busca pela redução de custos e aumento na eficiência das operações, sendo crucial para sobrevivência das companhias. Além disso, com a tecnologia, é possível obter diversos benefícios.
Emissão de relatórios que identificam e facilitam a correção de erros;
Integração de processos e pessoas;
Negociações automáticas com fornecedores;
Mais precisão no controle do estoque.
ANÁLISE DE PRICING
De acordo com dados da área de Pricing da Nielsen, em média 40% do produtos no varejo poderiam gerar maior lucro e faturamento se houvessem ajustes no preço, tanto para cima como para baixo. Ou seja, entre as reduções e aumentos, ainda assim os itens acabam com preço acima da média do mercado. Há uma necessidade de atenção detalhada para a definição de preços adequados para os produtos para não impactarem o cliente negativamente, avaliando desde o segmento do produto, seja ele premium ou popular, até as necessidades de margem das lojas. O CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente) é uma ferramenta que também pode auxiliar na precificação, principalmente em promoções feitas pelas empresas.
Como disse Lucas Marques, COO do Méliuz: “Conseguimos usar a ferramenta para verificar a eficiência dos encartes físicos e identificar os produtos que, em oferta, agregam valor ao varejo e os que apenas queimam margem”. Em uma análise feita pelo Meliuz em um supermercado, percebeu-se que produtos populares, como de limpeza, por exemplo, traziam melhores resultados do que itens menos comuns, como de mercearia salgada, que impactaram de forma negativa no lucro. Desse modo, fica evidenciado a importância do estudo para que seja feita a melhor precificação possível, não afastando clientes e aumentando as margens.
O Grupo Carrefour tem desenvolvido uma plataforma inovadora e colaborativa de distribuição, chamada Centro de Consolidação e Colaboração (CCC), organizando uma logística compartilhada, escolhendo o WMS como uma solução de gestão para todos os fornecedores que operam o CCC. Essa plataforma trouxe diversos benefícios, como cerca de 25% menos emissões de CO2 por palete, aumento de 17% das cargas dos veículos, 40% menos custos de transporte por palete e 20% menos custos de manuseio por palete, o que mostra a relevância de investimentos em tecnologia na gestão do estoque.
O autoatendimento é um dos principais focos de investimento para melhorar a experiência dos clientes nos supermercados. Um artigo publicado pelo Estadão apontou uma pesquisa da consultoria Ibope Inteligência, afirmando que para 86% dos consumidores, o autoatendimento é uma das principais características esperadas nas lojas. Além disso, segundo a pesquisa, que ouviu mais de 2 mil pessoas, uma maior oferta de produtos orgânicos (82%), entrega de compras (82%), seguidas por programas de fidelidade (77%), são exemplos de outras demandas dos consumidores que têm espaço para investimentos.
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – ALTO
O segmento possui uma baixa barreira de entrada, devido aos baixos custos de operação.
Produtos Substitutos – ALTO
Devido à grande variedade e porte dos players presentes no segmento, ele apresenta ampla oferta de produtos substitutos.
Poder dos Fornecedores – MÉDIO
Tendo em vista a grande presenças de muitas empresas do segmento, o poder de barganha dos fornecedores se torna médio, apresentando destaque àqueles players que ofertam maior diferenciação e inovação.
Poder dos Compradores – ALTO
Tendo em vista a variedade de opções, o que faz com que muitas vezes a variável preço seja a mais importante.
Rivalidade entre players – ALTO
Forte busca pela diferenciação, eficiência e preço para conter clientes.
OPORTUNIDADES
O setor de supermercados é marcado por grandes oportunidades, ele se encontra em constante expansão e inovação e vem nos últimos anos ganhando destaque na economia nacional, apresentando resultados positivos na maioria dos indicadores do segmento.
No Brasil esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:
Logística/Distribuição
A questão de logística e distribuição nunca cresceu tanto como em 2020. O setor de supermercados depende 100% de uma boa logística para conseguir suprir o consumidor sem grandes problemas.
Tecnologia
Bastante importante no que tange a produção e comercialização, visto que de um tempo para cá os produtos estão com a necessidade de serem cada vez mais sofisticados e utilizarem de maior tecnologia e, além disso, os canais de comunicação com o público tiveram crescimento acentuado com o avanço da internet.
Oportunidades na inovação do setor
O setor de supermercados já vinha passando por algumas inovações ao longo dos anos, com a chegada da pandemia, o segmento sofreu um “boom” de desenvolvimento a medida que teve que se adaptar aos novos hábitos de consumo da população e novas formas de atuação como delivery e retirada.
Fidelizar clientes
Está cada vez mais comum vermos redes de supermercados e até supermercados de menor porte com programas de fidelidades cada vez mais completos e benéficos ao cliente, incentivando o consumo e capitalizando cada vez mais recursos.
AMEAÇAS
Como todo mercado em constante expansão o setor de supermercados também enfrenta diversas ameaças, apesar de estar com boas perspectivas, sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.
Inflação em alta
O ano de 2020 foi um exemplo claro, em diversos setores, de como o aumento do preço dos insumos aumenta o preço final do produto. A inflação nas gandolas de mercados é um fato preocupante, juntamente com a diminuição do poder de compra do brasileiro, o que afeta diretamente nos números do setor.
Instabilidade econômica
Apesar de ser um setor essencial para o ser humano, em cenários de instabilidade econômica o consumidor passa a consumir menos e opta por mercadorias mais baratas, diminuindo assim o valor movimentado no segmento e prejudicando a expansão do setor como um todo.
Novos concorrentes de bairro
Com a chegada da pandemia e as medidas de distanciamento social, as pessoas começaram a valorizar mais os mercadinhos locais e a consumir menos nas grandes redes, a questão da localização vem sendo um diferencial na decisão de compra.
TENDÊNCIAS
Relação remota
Em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, os supermercados foram um dos setores que mais se destacaram na economia no ano de 2020. De acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), 2020 acumulou alta de 9,36% em relação a 2019. Uma pesquisa da entidade, divulgada no início de fevereiro deste ano, mostrou que as vendas em dezembro cresceram 18% em relação a novembro. Já na comparação com dezembro de 2019, o aumento foi de 11,5%.
Já para 2021, a ABRAS estima crescimento de 4,5% para o setor supermercadista. Segundo os especialistas, a mudança do hábito de consumo das pessoas, home office, consumo de marcas próprias e as expectativas favoráveis na condução de importantes reformas, como a tributária e a administrativa são fortes pilares para esse crescimento.
Analytics para experiências personalizadas do cliente
Por meio de uma parceria com a Microsoft, a rede de supermercados norte-americana Kroger começou a usar análises e informações avançadas de programas de fidelidade para prever o que os consumidores podem querer. Em uma loja de teste em Redmond, WA, a empresa converteu mais da metade das prateleiras em monitores digitais que acendem quando os clientes estão perto de um item que eles têm em sua lista de compras no aplicativo Kroger. Acima dos corredores, os sensores rastreiam o que os clientes estão comprando e indicam itens fora de estoque para que possam ser reabastecidos rapidamente pela equipe.
Já o software de inteligência artificial (I.A.) prevê o perfil de cada cliente – idade e sexo – para ajudar a fornecer anúncios sob medida e recomendações de produtos personalizadas.
Conceitos híbridos de comprar e comer
Com o T. I., mais marcas de supermercados estão explorando novos conceitos de restaurantes que combinam compras e alimentação. No Reino Unido, a Waitrose lançou um restaurante estilo supper club em filiais selecionadas. Os clientes podem reservar uma mesa e provar menus especiais desenvolvidos por chefs locais usando produtos disponíveis na loja. Nos Estados Unidos, a Caviar & Bananas se descreve como um mercado e café urbano, um lugar onde os clientes podem sentar e desfrutar de uma experiência de jantar gourmet – e também comprar itens essenciais para casa e alimentos. O Publix Super Markets, com sede nos Estados Unidos, apresentou lojas Starbucks em supermercados selecionados após um piloto bem-sucedido em 2016.
A medida que os varejistas exploram o valor de novas experiências na loja, eles passam a operar além dos limites do varejo e se ramificam para a hospitalidade e gerenciamento de eventos. Para fazer isso com sucesso, eles precisam de um conceito claro de marca, um bom entendimento de sua base de clientes e uma plataforma de tecnologia que lhes permita gerenciar tudo – de varejo a F&B, eventos e aulas com vagas limitadas – centralmente.
Sustentabilidade
Cada vez mais supermercados em toda a Europa estão oferecendo às pessoas uma maneira mais ecológica de fazer compras, vendendo alimentos sem embalagem em um esforço para reduzir o impacto do plástico no meio ambiente. Os clientes trazem seus próprios recipientes de casa e simplesmente pesam os produtos que desejam comprar. O Guardian estima que, nos últimos dois anos, bem mais de 100 dessas lojas surgiram em todo o Reino Unido – uma resposta às preocupações crescentes do consumidor sobre a quantidade de lixo que geramos com o plástico descartável. Embora a maioria dessas lojas seja administrada de forma independente, empresas maiores agora estão explorando a ideia de vender produtos sem embalagem.
De fato, o primeiro corredor de supermercado sem plástico da Europa estreou em 2018 em Amsterdã. Nele os clientes podem escolher entre mais de 700 produtos sem plástico, todos disponíveis em um único corredor.
Depois de chegar à marca de R$ 1 bilhão de faturamento em 2017, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), o setor superou a cifra de R$ 1,8 bilhão em receitas no ano de 2019.
A disparada é atribuída, principalmente, às facilidades proporcionadas pelo e-commerce.
“Os tempos modernos até que enfim, ‘liberaram’ as mulheres de antigos tabus e de padrões machistas de comportamento”, afirma Paula Aguiar, empresária do setor e ex-presidente da Abeme.
Hoje em dia, elas representam cerca de 70% das vendas dos sexshops e, graças a isso, estamos crescendo entre 30% e 35% ao ano desde o começo de 2018.
As mudanças de comportamento do consumidor estão expressas nas estatísticas de receita e vendas na internet. A mais recente pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), relacionada ao consumo virtual no ano passado, aponta que o índice de satisfação dos brasileiros na compra de produtos eróticos é de até 81%.
Os sexshops virtuais representam 90% de todas as vendas. “O debate sobre o empoderamento sexual e o prazer feminino ajudaram a implementar os negócios do setor”, disse o presidente da Abeme, Edvaldo Bertipaglia. Além disso, fenômenos de massa, como novelas, filmes e revistas com informações sobre o universo sexual foram fundamentais para o mercado erótico no Brasil.
Está muito claro que os brasileiros estão vencendo o preconceito e a hipocrisia, sabendo separar sexo de conceitos antigos do que é pecado
Lingeries e cosmética sensual são os itens mais procurados. Além disso, a cultura da mulher brasileira de ser uma cuidadora do relacionamento fez com que as lojas se adequassem a esse público. “As mulheres são formadoras de opinião e influenciam as amigas a comprarem ou não”, afirma o executivo. Ainda de acordo com os dados da associação, os consumidores gastaram em suas compras, em média, R$ 210.
Fontes: ABEME, Allied Market Research; Juniper Research
A necessidade de isolamento social, com consequente solidão e distanciamento dos parceiros, leva muitos consumidores a recorrerem a lojas especializadas em produtos para satisfação sexual.
PANDEMIA X SETOR ADULTO
Cerca de 1 milhão de produtos eróticos foram vendidos desde o início de março no Brasil, de acordo com levantamento feito pelo portal Mercado Erótico. O volume é 50% maior que em igual época do ano passado e diz respeito ao período da pandemia da COVID-19 no país. Isolamento social, solidão e facilidade de compra por e-commerce são algumas das causas apresentadas por especialistas.
Com a pandemia, vários setores foram abalados por crises financeiras, mas o ramo erótico registrou um grande crescimento. Os avanços foram observados durante todo o ano de 2020 e, de março a maio, o registro mostra 4,12% a mais em comparação ao mesmo período de 2019. São Paulo e Minas Gerais são os campeões nas compras eróticas, segundo o portal Mercado Erótico.
Ainda segundo o portal, quem compra mais são as pessoas casadas, somando 27,8% contra os 13,9% dos solteiros. A faixa etária de 25 a 34 anos representa 51,4% dos clientes dos lojistas pesquisados. Em comparação com as mulheres, os homens ainda são tímidos nas compras em sex-shops, entretanto consumo deles aumentou 30% nos últimos 5 anos. Além dos vibradores, outros quatro produtos aparecem no ranking dos mais vendidos do ano, segundo levantamento do Mercado Erótico:
1º: Bullet;
2º Lubrificante íntimo;
3º Gel térmico;
4º Gel para massagem corporal;
5º Calcinha Tailandesa.
Mercado erótico triplica em número de empreendedores na pandemia
Quase oito em cada dez pessoas que empreendem no setor são mulheres; vibradores continuam entre os produtos mais procurados. A estimativa é que existam 100 fornecedores, entre indústrias nacionais, importadores e distribuidores, além de 9 mil pontos de vendas e 50 mil vendedores porta a porta. A pesquisa foi realizada em fevereiro de 2021 e ouviu 135 empresários, de diversos tipos de negócios no mercado erótico. A maior parte (76,13%) são mulheres e quase metade (47%) trabalha por conta própria, sem funcionários. Uma das maiores questões apontadas no atual levantamento pelos empreendedores é a falta de matéria-prima para a produção de brinquedos eróticos nas indústrias de todo o mundo, devido aos efeitos da pandemia, que já se reflete nas gôndolas brasileiras. Cerca de 28,9% dos empreendedores dizem já sentir dificuldade em encontrar produtos, principalmente importados, que são os mais demandados. A saída encontrada par mais da metade (57,9%) foi melhorar a presença na internet, principalmente com curadoria e produção de conteúdo informativo sobre o uso dos produtos.
Percepção do público
Os empreendedores apontaram que o comportamento de consumo também se transformou: 47,4% notaram um aumento no interesse por clientes que queriam mais novidades no relacionamento. Os solteiros também passaram a consumir mais produtos eróticos, de acordo com 18,4%. Aguiar explica que, historicamente, o segmento tem mais apelo com casais em relacionamentos estáveis. Para 44,7% dos respondentes da pesquisa, o tíquete médio não ultrapassou R$ 500.
Embora o número de empreendedores e clientes no setor seja majoritariamente feminino, a quantidade de homens que passaram a consumir artigos eróticos cresceu em 2020. Um outro estudo da Abeme, divulgado em junho do ano passado, revelou que as mulheres representam 65% do total de compradores no mercado erótico, enquanto o público masculino atende à fatia de 21,1%. Quanto às faixas etárias, os jovens de 25 a 34 anos são maioria: 51,4%.
Fontes: ABEME, Allied Market Research; Juniper Research
Estudo da Juniper Research descobriu que o valor global do mercado de conteúdo adulto de VR (Realidade Virtual) irá aumentar significativamente, de US$ 716 milhões em 2021 para US$ 19 bilhões em 2026; representando 22% do valor de mercado global de conteúdo adulto digital até 2026. Prevê que os modelos baseados em assinatura serão a chave para permitir que as plataformas de conteúdo adulto monetizem com sucesso o conteúdo VR e capitalizem no crescimento da propriedade de fones de ouvido.
A pesquisa descobriu que o número global de usuários visualizando conteúdo adulto em RV por meio de fones de ouvido compatíveis aumentará 2.800% nos próximos 5 anos, com a adoção de fones de ouvido impulsionada principalmente por casos de uso convencionais, como jogos digitais e mídia. Isso sugere que as partes interessadas do mercado devem aproveitar os canais de distribuição existentes para estender o alcance do conteúdo adulto de RV a essa crescente base de usuários.
A EXPANSÃO DAS PLATAFORMAS ADULTAS
O mercado de sexual wellness (bem-estar sexual) deve arrecadar US$ 108 bilhões em todo o mundo até 2027, de acordo com levantamento realizado pelo instituto Allied Market Research. Para explorar esse segmento em ascensão, foi fundada em 2020 nasceu a startup Feel. A sextech, nome dado às startups que inovam no mercado de sexualidade, lançou seu primeiro produto em outubro. Em duas semanas, viu os estoques acabarem – resultando em um crescimento de mais de 200%.
Estudo da Juniper Research descobriu que o valor global do mercado de conteúdo adulto de VR (Realidade Virtual) irá aumentar significativamente, de US$ 716 milhões em 2021 para US$ 19 bilhões em 2026; representando 22% do valor de mercado global de conteúdo adulto digital até 2026. Prevê que os modelos baseados em assinatura serão a chave para permitir que as plataformas de conteúdo adulto monetizem com sucesso o conteúdo VR e capitalizem no crescimento da propriedade de fones de ouvido.
A pesquisa descobriu que o número global de usuários visualizando conteúdo adulto em RV por meio de fones de ouvido compatíveis aumentará 2.800% nos próximos 5 anos, com a adoção de fones de ouvido impulsionada principalmente por casos de uso convencionais, como jogos digitais e mídia. Isso sugere que as partes interessadas do mercado devem aproveitar os canais de distribuição existentes para estender o alcance do conteúdo adulto de RV a essa crescente base de usuários.
O mercado de sexual wellness (bem-estar sexual) deve arrecadar US$ 108 bilhões em todo o mundo até 2027, de acordo com levantamento realizado pelo instituto Allied Market Research. Para explorar esse segmento em ascensão, foi fundada em 2020 nasceu a startup Feel. A sextech, nome dado às startups que inovam no mercado de sexualidade, lançou seu primeiro produto em outubro. Em duas semanas, viu os estoques acabarem – resultando em um crescimento de mais de 200%.
BIG PICTURE
30 a 35% de crescimento médio desde 2018.
25 a 34 anos de idade média de 51% dos compradores.
90% das vendas são feitas de forma virtual.
Bullet É o produto mais vendido nos sex shops.
50% de crescimento durante a pandemia.
O ticket médio dos sex shops no Brasil é de R$210
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Baixa
Barreira de entrada BAIXA visto que é um mercado que esta se predominando pela internet. E com o avanço das tecnologias fica cada vez mais fácil entrar no meio.
Produtos Substitutos – Médio
Quando falamos da possibilidade de produtos substitutos, o setor apresenta uma tendencia a substituição intermediária, pois além dos produtos não apresentarem um tempo de vida curto, os consumidores não tendem a experimentar diversas marcas.
Poder dos Fornecedores – Alto
Com o setor em ascensão a quantidade de fornecedores também tende a aumentar, o que diminui o poder de barganha dos fornecedores.
Poder dos Compradores – Baixo
Compradores tem baixo poder de barganha visto que o preço praticado não tem abertura grande para negociação.
Rivalidade entre players – Alta
Sempre existiu forte concorrência entre os players devido a escassez de canais de comunicação adequados. A internet veio para sanar essa dor acarretando numa disputa cada vez maior.
OPORTUNIDADES
Aproveitando a o ótimo timing para este setor, trouxemos aqui oportunidades claras para ele. Para assim, visar o crescimento e/ou aperfeiçoamento dos empreendimentos que englobam tal segmento.
Economia
O mercado erótico está em constante crescimento. O Brasil comercializa milhões de itens por mês, e ainda é referência mundial no que tange produção de lingerie sexy como é conhecida no meio.
Tecnologia
Bastante importante no que tange a produção e comercialização, visto que de um tempo para cá os produtos estão com a necessidade de serem cada vez mais sofisticados e utilizarem de maior tecnologia e, além disso, os canais de comunicação com o público tiveram crescimento acentuado com o avanço da internet.
Parceiros influentes
Trata-se de pessoas e instituições que recomendam tal produto ou serviço para futuras aquisições, sendo este um comunicador que já possui público voltado ao assunto.
Comunicação fraca do mercado erótico
A maioria dos sex-shops possui uma comunicação pouco criativa e atrativa, podendo fazer com que uma divulgação mais elaborada, ganhe destaque em relação aos seus concorrentes.
AMEAÇAS
Como todo setor, as ameaças também está presente no setor adulto. Principalmente quando falamos de tempos tão incertos como os atuais de pandemia. Por isso, achamos importante trazer algumas ameaças que chamaram nossa atenção no tocante ao segmento.
Perda do canal de comunicação
Atualmente, grande parte dos influenciadores para público adulto utilizam plataformas terceirizadas para divulgar seu conteúdo. Isso representar uma grande ameaça visto que eles podem ter suas contas banidas a qualquer momento com apenas um não cumprimento de regulamento e perder sua comunicação com o público.
Cultura conservadora
Ainda há muitas pessoas com receio de entrarem num estabelecimento de sex shopping, o pudor e o preconceito ainda acompanham o assunto. Além disso A cultura e a crença da população podem influenciar negativamente o consumo de produtos eróticos, pois muitos se posicionam contra as variações e excessos na vida sexual.
Importação de produtos
Fabricantes nacionais de produtos eróticos adultos tem grande dificuldade em se manter no mercado devido aos altos preços praticados devido a falta de tecnologia para produção e desenvolvimento de novos produtos mais sofisticados. Com isso perdem espaço para produtos chineses fabricados em grande escala e que chegam com preço mais em conta no Brasil.
TENDÊNCIAS
Relação remota
Para quem está geograficamente longe, está cada vez mais fácil – e mais prazeroso – fazer sexo pela internet, principalmente
com o uso de sex toys conectados e operados à distância (os
teledildônicos).
Essa indústria já oferece várias opções e promete se expandir mais rapidamente a partir de agora. No ano passado, expirou a validade da patente norte-americana 6.368.268, que vinha engessando o mercado de sex toys conectados. O escopo da patente era tão abrangente e podia ser usado para processar tantos empreendedores, que acabou reprimindo inovações na área.
Personal da Massagem
Recentemente, a marca Lora DiCarlo apresentou um produto que promete proporcionar os mais incríveis orgasmos femininos, utilizando avançada tecnologia em microrobótica. Desenvolvido em parceria com o laboratório de robótica da Oregon State University (EUA), Osé Personal Massager é um aparelho handsfree, que promete acessar os pontos certos e simula as sensações provocadas por parceiros e parceiras reais (como se estivessem usando os dedos, a boca, a língua…). Não há vibração, e sim uma experiência personalizada de estímulo ao clitóris e ao ponto G.
Fantasias virtuais
Em plataformas como Red Light Center e 3DXChat é possível assumir um avatar e interagir com parceiros virtuais em ambientes, situações e “corpos” extremamente customizados e gráficos, de acordo com as preferências e os desejos de cada um. Esses universos VR vêm se integrando aos sex toys conectados, associando cada vez mais o físico e o virtual. O estudo Future of Sex aponta como uma das consequências positivas desse tipo de ferramenta a possibilidade de explorar fetiches e fantasias sem julgamentos ou preconceitos – por mais inusitados ou esdrúxulos que possam parecer para outras pessoas. Nesse segmento, o futuro promete avatares totalmente gerados por meio da inteligência artificial. E trocas sexuais cada vez mais intensas, permitindo, por exemplo, sentir o que o outro sente.
Robôs
A medida que a inteligência artificial evolui, mais complexa é a existência dos robôs e a nossa relação com eles, particularmente no campo sexual. Entre as iniciativas nessa área estão os chatbots eróticos, que podem assumir diversas personalidades. Numa esfera mais delicada e controversa, está a comercialização de sex dolls hiper-realistas e customizadas, como os produtos RealDoll, da Abyss Creations.
Entretenimento imersivo
A tecnologia imersiva transporta a pessoa para cenários e situações criados (ou recriados) no ambiente digital, promovendo um mergulho multissensorial naquele universo – ancorado em elementos como vídeo 360o, conteúdo 3D, som binaural e a integração entre diferentes dispositivos de sexo. Para consumir o conteúdo, pode-se usar um headset básico, como o Google Cardboard, ou incrementar a experiência com equipamentos mais potentes, como Samsung Gear VR e Google Daydream, entre outros.
Upgrade no corpo humano
Aperfeiçoar o corpo humano é um objetivo constante no universo da ciência e tecnologia. No campo sexual, são realizadas cirurgias de reconstrução genital e transplantes de órgão sexuais. Também já foram desenvolvidas vaginas e pênis em laboratórios científicos, para pessoas com anomalias congênitas ou que sofreram ferimentos traumáticos. Com objetivo de incrementar a atividade sexual, há iniciativas que buscam dotar o corpo de habilidades sobre-humanas. É o caso do Lovetron9000, protótipo de pênis-vibrador idealizado pelo biohacker Rich Lee. Nas próximas décadas, microchips e implantes conectados à internet abrirão novas possibilidades de potencializar a fusão entre o corpo e a máquina, com foco no desempenho sexual. E a inteligência artificial vai fornecer coaching sexual customizado.
HIGHLIGHTS
“O setor de adulto já é um dos setores que apresenta maior ímpeto de crescimento há vários anos, no entanto, ainda longe de ser considerado um setor driver da economia. Porém, é importante apontar que sua evolução se dá ao movimento de liberal e progressista que vem se massificando em todo mundo, ainda mais no países ocidentais, onde sexo é temática livre e há pautas em trâmite no congresso brasileiro para sua incrementação em ensino básico.
Toda essa moviamentação corrobora para que o segmento ganhe ainda mais destaque e que os seus modelos de negócio também evoluam com o tempo.
Guilherme Nogueira, Product Manager
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Em todo o mundo, com a chegada do Covid-19, os eventos foram paralisados e entraram na maior crise histórica do setor.
Em 2022, vemos a recuperação de eventos mundiais, como as Olimpíadas de Inverno, no mês de Fevereiro, e a Copa do mundo, que será realizada no final do ano.
No que tange as Olimpíadas de inverno, observou-se uma alta nos casos, com 45 novos casos entre a organização e polo dos Jogos.
Já na perspectiva da copa, a FIFA já registrou 17 milhões de pedidos de ingressos, sendo os torcedores do Catar os de maiores quantidades, seguidos de argentinos, brasileiros, ingleses, franceses, entre outros. Sendo considerada, então, o maior evento internacional desde o início da pandemia do Covid-19.
O setor de eventos é fundamental para a economia brasileira, uma vez que representa cerca de 4,3% do PIB nacional e possui 60 mil empresas que dependem diretamente da realização de eventos para funcionar.
Em 2019, antes do início da pandemia, o perfil típico das empresas do setor eram:
98% eram pequenas empresas (faturamento até R$ 4,8 milhões ao ano);
72% eram de regimes MEI e Simples;
81% possuíam um ou dois sócios;
Ocupavam diretamente cerca de 10 pessoas.
Também, cerca de metade das empresas possuíam atuação regional/estadual, com a outra metade atuante em todo o Brasil. Destas, 14% atuavam, também, no exterior.
Com a chegada da pandemia do Covid-19, o setor de eventos apresentou um prejuízo de R$ 270 bilhões entre março e Dezembro de 2020, bem como a perda de emprego por parte de 3 milhões de pessoas. Como forma de tentativa de diminuição do prejuízo, os empresários apoiaram o projeto de lei que previa facilidade em cima dos impostos tributáveis, bem como o abatimento de 70% das multas e juros.
Em 2021, com o avanço da vacinação em massa, houve leve recuperação do setor no que tange empregabilidade, com a criação de 340 mil postos de trabalho. Com as contratações, os valores se encontravam similares aos do início de 2018.
Fonte: CNN, economia.ig
Os dados afirmam que o setor cultural foi o mais afetado pela pandemia: até o final de 2019, o número de empregos criados na área era superior ao do setor não cultural
Os dados afirmam que o setor cultural foi o mais afetado pela pandemia: até o final de 2019, o número de empregos criados na área era superior ao do setor não cultural
Ao final de 2021, observou-se a retomada do setor de eventos, marcada por uma grande demanda por ingressos. Por outro lado, destaca-se, por parte dos organizadores, grande aumento nos custos para a realização de um evento, estando cerca de 40% mais caro. O Grupo Carvalheira, de Pernambuco, indica um aumento de 90% apenas nos tecidos usados para fabricação de abadás.
O começo de 2022 foi marcado por uma nova onda de casos de Covid, muito atrelada às liberações de festas de fim de ano e, principalmente, ano novo. Por isso, houve, na grande maioria das capitais e municípios, o cancelamento do Carnaval, que é um dos grandes marcos movimentadores do setor de eventos no Brasil.
Apesar das novas restrições no início do ano, representantes do setor de eventos apostam na retomada 100% ainda este ano, com a perspectiva de realização de 590 mil eventos realizados. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, mais 80 congressos e feiras estão marcados para os próximos meses, além de eventos esportivos e nacionais, como, por exemplo, o Rock In Rio. De acordo com a FGV, o festival de música impacta economicamente a cidade em R$ 1,7 bilhão.
Para auxiliar os governos a tomar decisões no que tange a volta de eventos, foi lançado o Radar Eventos, seguindo um método semelhante aos utilizados no Reino Unido e EUA, que cruza dados do volume de vacinados e projeções de óbitos diários no país, estabelecendo índices de óbitos por milhões de vacinados para avaliação da segurança dos eventos.
A demanda reprimida no Brasil é clara: exemplo disso é o Rock In Rio que, em 2022, a pré-venda Itaú esgotou em tempo recorde, mesmo sendo um evento de preço mais elevado.
Além do Rock In Rio, o Lollapalooza, que ocorre na cidade de São Paulo, deve movimentar mais de R$ 100 milhões na economia da cidade, justamente por mais da metade do público ser advindo de outras cidades e, consequentemente, gastarem com hospedagem, alimentação e lazer. O festival vai exigir entrada com o uso de máscaras e o comprovante de vacinação contra a Covid-19 de, ao menos, duas doses.
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Reais é o Gasto médio dos turistas
ÍNDICES QUE ENVOLVEM O SETOR
Pesquisa mensal dos serviços
Desde o final de 2019, com o início da pandemia do Covid-19, percebemos grandes inconstâncias e variações no índice de volume de serviços, com nova baixa de -13,7%, apesar do considerável aumento durante o ano de 2021.
Indicador de incerteza da economia
Em Fevereiro de 2022, o Indicador de incerteza da economia (IIE) teve quinta queda consecutiva, recuando para 121,2 pontos e se encontrando ainda acima que fevereiro de 2020 (com 115,1), mês que se iniciou a pandemia do Covid-19. A queda está atrelada ao controle do quadro pandêmico.
A perspectiva é que no mês de março tenha uma novo aumento no índice, muito pela guerra iniciada entre Ucrânia e Rússia.
Fonte: IBGE, FGV
Índice de confiança do consumidor
Em Fevereiro de 2022, houve um recuo de -4% no índice de confiança do consumidor, fechando o mês com 104 pontos. Vemos que a retração foi ainda maior na comparação anual com Fevereiro de 2021, sendo de -10,5%, muito atrelado aos impactos da variante ômicron, aumento da inflação e lenta recuperação da pandemia.
Índice de confiança de serviços
O índice de confiança de serviços também apresentou recuo em Fevereiro de 2022, sendo de 2 pontos e registrando 89,2 pontos. É o 4º mês consecutivo de queda e, em fevereiro, o índice foi o menor desde maio de 2021. Os motivos de queda seguem a mesma tendência do índice de confiança do consumidor.
As expectativas não são favoráveis para os próximos meses, dado o cenário macroeconômico negativo.
Fonte: Fecomercio, FGV
FUSÕES E AQUISIÇÕES
ZIGPAY e NETPDV
No final de 2021 a Zigpay, fintech brasileira de gestão de consumo que oferece soluções para casas noturnas, bares, restaurantes e eventos, e a NetPDV, empresa brasileira que oferece soluções em pagamentos cashless para grandes e metaeventos na América Latina, se uniram para se tornar a maior empresa global de pagamentos de entretenimentos.
A maior movimentação dentro do mercado cashless movimentou R$ 40 milhões.
Fonte: fusões e aquisições
SUBNICHOS DO SETOR
Organização de feiras, congressos, exposições e festas
As empresas classificadas neste CNAE são responsáveis pelos serviços de estrutura/local, staffs, recepção e apoio, mestre de cerimônia, segurança e mais.
No que tange o subnicho de organização de feiras, congressos, exposições e festas, São Paulo e Rio de Janeiro se destacam pelos maiores market shares estaduais.
Em relação ao porte das empresas, 77,2% são MEI, 18,8% são micro empresas, 2,2% empresas de pequeno porte e, as demais, são médias e grandes empresas.
Produção musical
A indústria de produção musical foi um dos subnichos que disparou na pandemia, puxado pelo streaming e músicas gravadas (com aumento de 24,5% na renda), se destacando como maior alta no país desde 1996, sendo acima da média mundial. A alta é muito atrelada ao isolamento social e a paralisação de eventos, que fez com que a população migrasse para um maior contato com músicas gravadas: Em 2020, destacaram-se Luisa Sonza e Barões da Pisadinha pelos resultados nos streamings brasileiros.
No que tange o subnicho de produção musical, São Paulo se destaca pelo maior market share estadual.
No que tange o porte das empresas, 82,3% são MEI, 14,8% são micro empresas, 1,5% empresas de pequeno porte e, as demais, são médias e grandes empresas.
Serviços de alimentação
As empresas de serviços de buffet foram amplamente afetadas pela pandemia. Uma forma de tentar contornar a situação foram serviços de entrega de comida para eventos à distância, que representou 5% do faturamento anterior ao Covid-19.
No que tange o subnicho de organização de feiras, congressos, exposições e festas, São Paulo e Rio de Janeiro se destacam pelos maiores market shares estaduais.
No que tange o porte das empresas, 72,7% são MEI, 23,3% são micro empresas, 2,6% empresas de pequeno porte e, as demais, são médias e grandes empresas.
Casas de festas
As empresas de casas de festas também foram um subnicho amplamente prejudicado pelo isolamento social e, consequentemente, cancelamento de 40% dos casamentos marcados, reagendamento de mais 40%, além de 45% de festas de aniversário e 20% de eventos corporativos.
No que tange o subnicho de organização de feiras, congressos, exposições e festas, São Paulo e Rio de Janeiro se destacam pelos maiores market shares estaduais.
No que tange o porte das empresas, 69,4% são MEI, 26,8% são micro empresas, 2,3% empresas de pequeno porte e, as demais, são médias e grandes empresas.
Filmagem de festas e eventos
O subnicho de filmagem de festas e eventos, também muito atrelado aos eventos presenciais, encontrou uma forma de sobreviver à pandemia através de imagens em eventos online, com a produção de vídeos de promoção etc.
No que tange o subnicho de organização de feiras, congressos, exposições e festas, São Paulo se destaca pelo maior market share estadual.
No que tange o porte das empresas, 79,4% são MEI, 19% são micro empresas, 0,8% empresas de pequeno porte e, as demais, são médias e grandes empresas.
Produção teatral
A produção teatral, amplamente dependente da plateia e apresentações presenciais, foram fechados por serem ambientes fechados e com pouca circulação de ar. Se reinventando e adentrando no mundo digital, a internet foi fundamental para a expansão do setor no tocante a novas pessoas e locais.
No que tange o subnicho de organização de feiras, congressos, exposições e festas, São Paulo se destaca pelo maior market share estadual.
No que tange o porte das empresas, 78,9% são MEI, 17,2% são micro empresas, 2% empresas de pequeno porte e, as demais, são médias e grandes empresas.
Produção e promoção de eventos esportivos
Apesar da paralização dos eventos esportivos, esportes tradicionais no Brasil, como o futebol, tiveram sua volta após 93 dias de início da pandemia, o que foi fundamental para o retorno financeiro advindo da transmissão. Com a volta das torcidas ao estádio em Setembro de 2021, a renda para os clubes aumentou de forma a reverter o prejuízo da pandemia.
No que tange o subnicho de organização de feiras, congressos, exposições e festas, São Paulo se destaca pelo maior market share estadual.
No que tange o porte das empresas, 76,7% são MEI, 12,8% são micro empresas, 10,3% empresas de pequeno porte e, as demais, são médias e grandes empresas.
COVID X SETOR
O setor de eventos foi o que mais sofreu com a pandemia, segundo o Ministério da Economia, justamente por estar muito atrelado à aglomerações e convívios sociais.
Com as medidas restritivas de isolamento social sem preparação prévia do setor, as ações foram quase que 100% paralisadas.
Por conta das medidas, mais de 350 mil eventos deixaram de acontecer, o que representaria um faturamento de R$ 90 bilhões, sendo uma arrecadação de R$4,6 bilhões em impostos federais. Consequentemente, mais de 450 mil profissionais da área ficaram desempregados.
Atualmente, as medidas restritivas chegaram a atingir 97% desse setor, o que mostra uma perspectiva de total recuperação do setor em 2022, sendo de 50% nos primeiros 3 meses do ano.
Fonte: Gov, Abrape, agência Brasil
Big Picture
São Paulo concentra o maior market share de empresas
O setor representa 4,32% do PIB brasileiro
54% das empresas são do CNAE de organização de feiras, congressos, etc
Em 2022, observa-se aumento de 40% no custo de realização de eventos
A perspectiva para 2020 é de 100% de recuperação do setor
O setor representa R$ 4,65 bilhões em impostos federais
NÚMERO DE EMPRESAS NO SETOR
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
Entrantes Potenciais – Alta
O setor de eventos é amplo, mas consideramos a força alta pois há diversas opções de entrada no mercado sem a necessidade de know-how e, também, o baixo investimento financeiro para os entrantes potenciais.
Produtos Substitutos – Média
Consideramos a força de produtos substitutos média, pois há grande diferenciação entre os eventos. Há, de fato, diversas marcas realizadoras, porém cada evento tem suas particularidades.
Poder dos Fornecedores – Alta
O poder dos fornecedores é considerado alto, pela alta demanda por parte dos players de mercado e possibilidade de escolha dos fornecedores.
Poder dos Compradores – Baixa
Usualmente, nos eventos, o poder de barganha dos compradores é baixo, visto que há um preço pré-determinado, não passível de mudanças de acordo por barganha de um possível cliente.
Rivalidade entre players – Média/Alta
Apesar da singularidade de cada evento, há uma grande quantidade de players disputando fornecedores e compradores, variando para cada tipo de evento.
OPORTUNIDADES
O mercado de eventos, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.
Endemia
Uma grande oportunidade para o setor de eventos é o da perspectiva de fim da pandemia, com a revogação das restrições governamentais e transição de concepção de pandemia para endemia em alguns países, como é o caso da Inglaterra
Demanda reprimida
O conceito de demanda reprimida se aplica bem ao setor de eventos. Após 2 anos de o público desejando consumir de eventos sem existir a possibilidade, a reabertura indica uma grande demanda por parte da população.
AMEAÇAS
Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se prepara ou se antecipar a eventuais problemas futuros.
Crise econômica
A grande crise econômica, com a alta do dólar, da taxa Selic e inflação, o poder de compra da população brasileira diminui, diminuindo o possível mercado consumidor de pessoas que poderiam gastar em eventos como festas e shows.
População não vacinada
O % de população não vacinada ao redor do mundo é uma das possíveis aberturas de se desenvolver uma nova variante da Covid-19 que não possui uma resposta vacinal efetiva, podendo existir a possibilidade de retomada das restrições, como foi o caso da Ômicron.
LGPD
As adequações à LGPD são fundamentais para um bom funcionamento do setor de eventos visto que, para a venda de ingressos, se utilizam dados sensíveis dos compradores, como CPF, endereço, nome completo, etc. Sendo, assim, necessário adequação a Lei Geral de Proteção de Dados.
TENDÊNCIAS
Vegano & Plant Based
Para o ano de 2022 no que tange os eventos, vemos a vacinação em massa e diminuição dos casos de Covid-19 no Brasil sendo fundamentais para a retomada do setor.
A perspectiva é que, ainda em 2022, aconteça a retomada 100% das programações, que pode representar 440 mil eventos dentro de um ano, sendo, principalmente, impulsionada pelo fim das medidas restritivas dos governos estaduais e municipais.
NOVOS APPS
Me Eventos
A Me Eventos é um aplicativo de gestão para empresas de eventos, como:
Assessoria e cerimonial;
Banda/Músicos;
Bebidas e drinks;
Buffet;
Convites;
Decoração de eventos;
Entretenimento;
Fotografia;
Salão de festas;
Produtores, entre outros.
Entre seus recursos, disponibilizam checklist, funil de vendas, envio de propostas, planejamento, financeiro, contratos, relatórios.
Já realizaram mais de 30.000 eventos e atuam em mais de 3 países, possuindo 1.500 usuários. Seus planos variam de R$70,00 a R$380,00 por mês.
Excelsior Pass
O Excelsior Pass é um aplicativo gratuito e voluntário anunciado pelo Governo de Nova York em parceria com a IBM. O objetivo dele é agilizar a abertura de eventos, casas de shows, estádios esportivos e, de forma geral, ambientes com limitações de capacidade, verificando se o usuário está de fato vacinado e se realizou o teste negativo para a Covid-19.
É considerado o primeiro passaporte digital para a Covid-19, que funciona como um cartão de embarque de uma companhia aérea.
TENDÊNCIAS
Pela não necessidade de infraestrutura e locação de espaços, os eventos online vão permanecer acontecendo, tendo seus benefícios para ambas as partes do eventos: sem gastos de deslocamento, maior networking, maior possibilidade de alcance de participantes, etc. Os eventos híbridos, inclusive, são grande tendência para 2022 pois consegue combinar o alcance dos eventos online e os patrocínios e engajamento dos eventos presenciais.
Protocolos de saúde
Apesar da melhora da situação do Covid-19 no Brasil e no mundo e da vacinação em massa, ainda é extremamente necessário criar ambientes seguros para que os participantes não estejam em risco ao irem para os eventos. Os protocolos podem ser comprovante de vacinação, testes negativos, uso de máscaras, condições de ventilação, gestão do fluxo de entrada e saída, alimentos previamente embalados, etc.
Sustentabilidade
A sustentabilidade é uma tendência em vários âmbitos e em eventos não é diferente. No que tange sustentabilidade econômica, se espera preços acessíveis para a população, muito pela crise econômica atual do país. Já na sustentabilidade do meio ambiente, é urgente a minimização dos danos causados, com uso de materiais recicláveis, gestão de resíduos e coleta seletiva.
Integração e análise de dados
A análise de dados também é uma tendência em uma gama de setores. No caso dos eventos, é uma tendência a utilização de CRMs para coleta de dados sobre participantes de forma a gerar insights e análises para aprimoramento em eventos futuros, visando alavancar o ROI.
Marketing experiencial
O objetivo do marketing experiencial é levar o usuário a ter uma experiência positiva e marcante com a marca, dessa forma, a empresa foca no pensamento do cliente para elaborar as atividades e interações. O objetivo é elevar os níveis de engajamento, participação do público e ROI. Para isso, é utilizado de abordagens sensoriais, emocionais, cognitivas, relacionais e comportamentais.
Plataformas e aplicativos de gestão
As novidades tecnológicas também são grandes tendências do setor de eventos para 2022, podendo auxiliar a empresa a entender os volumes de solicitações e concentrá-las, fazer acordo com os fornecedores, bem como aplicativos que tem como usuário o participante do evento, permitindo que o mesmo verifique horário e local, receba conteúdos e atualizações, confirme presença, entre outros.
HIGHLIGHTS
“O setor de eventos é fundamental para a economia brasileira, por abranger grandes quantidades de empresas, empregos e representar um alto giro financeiro e parcela interessante do PIB, de 4,32%. Foi o setor que, de fato, mais sofreu com a chegada do Covid-19, justamente por estarem, até 2019, muito atrelados à aglomerações e convívios sociais. E é justamente pelos 2 anos paralisados que a volta é uma oportunidade muito interessante de ser explorada, principalmente pelas perspectivas de recuperação 100% do setor em 2022: a demanda reprimida por parte da população é fundamental para que a procura por ingressos seja alta, bem como se observa com o fim das restrições governamentais. Como conclusão, observamos que o ano de 2022 será fundamental para todos os subnichos do setor, de forma a se consolidarem na nova dinâmica de mercado pós-pandêmica.”
Sigilo e Disclaimer
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