Instituições Financeiras 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

O Brasil terminou 2021 com 18.302 agências bancárias. São 2.351 a menos do que o registrado no início da pandemia, segundo dados do BC (Banco Central). Motivo: a covid-19 impulsionou os pagamentos e o atendimento bancário por meios digitais. 

Segundo dados do Banco Central, a rede de agências bancárias está diminuindo no Brasil desde 2017. Mas os fechamentos aceleraram na pandemia de covid-19. Foram 1.334 de março a dezembro de 2020 e mais 1.017 em 2021. A queda acumulada na pandemia foi de 11% e levou a rede de agências bancárias ao menor patamar da série histórica, iniciada em 2007.

 

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Visão Geral

Cenário Bancário Atual
Principais Instituições Financeiras Digitais
Volume de Ativos
Crescimento do Número de Instituições Financeiras
Fintechs no Brasil
Evolução Tecnológica
Índices do Setor
Análise dos Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Bancos Digitais
Low Code
Experiência do Cliente
Serviços Multiplataforma
Big Data
Highlights

CENÁRIO BANCÁRIO ATUAL

O Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Itaú e Santander respondem por 86% das agências do país. Por outro lado também são responsáveis por 93% dos fechamentos registrados na pandemia –2.351, no total. Resultado: fecharam 15,4 mil postos de trabalho em 2020 e no 1º semestre de 2021. A exceção é da Caixa, que manteve seu número, e agora vai ampliar a rede de agências.

O banco que mais reduziu a rede de atendimento presencial na pandemia foi o Bradesco. A instituição fechou 1.527 agências desde março de 2020 e, com isso, passou o posto de maior rede física de atendimento do país para o Banco do Brasil.

Apesar da queda do número de agências no Brasil, a participação dos correspondentes bancários no mercado cresceu 11,9% nos últimos três anos, de acordo com a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária. O número de empresas que prestam serviços em nome das instituições financeiras foi de 118,4 mil para 210,6 mil nesse período. Entre os fatores que explicam esse avanço estão o aumento do uso de tecnologias no sistema financeiro e o fechamento das agências bancárias.

Em muitas regiões do Brasil onde não há unidades físicas de atendimento à população, os correspondentes cumprem esse papel. Os grandes bancos fecharam 1,8 mil agências bancárias nos últimos meses. Segundo o relatório da Febraban, a composição das transações totais de correspondentes bancários em 2019 era 4,5 bi, enquanto que em 2020, esse número saltou para 5,8 bi. O aumento geral do mercado de transações bancárias foi de 20%.



Adaptações ao Novo Mercado

PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DIGITAIS

Com o avanço dos serviços digitais, o padrão de consumo dos clientes também tende a mudar. Mais de 75% dos brasileiros estão dispostos a trocar uma instituição financeira convencional por uma digital. É o que indica o Ranking de Onboarding Digital 2021, realizado pela empresa de verificação de documentos digitais idwall, em parceria com a Cantarino Brasileiro. O estudo identificou as preferências dos brasileiros e o que os faz ter uma boa experiência nos aplicativos dos bancos. 

Para o estudo, foram realizadas mais de 2 mil entrevistas online entre 17 de novembro e 13 de dezembro de 2021. Existem atualmente mais de 250 milhões de contas digitais abertas no Brasil, número este superior a quantidade de habitantes do país. A pesquisa mostra, ainda, que a maioria dos clientes (64%) tem contas tanto em bancos tradicionais quanto em bancos digitais. Em 2020, esse número era 59,1% e, em 2019, e 40,5%.

Houve aumento também no volume de consumidores que usam um banco digital como sua conta principal: são 37% dos entrevistados em 2021 contra 21% em 2020. O Nubank é o mais popular: 21,1% dos clientes o adotam como principal. Especialistas apontam que, isso pode estar relacionado à crescente bancarização da população e à intensificação do mobile banking. 

Sem contar que essas instituições têm tarifas menores, processos de cadastro fáceis e leque de serviços mais amplo, além de oferecem cada vez mais serviços completos voltados para diferentes tipos de clientes, desde aquele que usa a instituição para movimentar dinheiro, como também para aquele que quer investir em produtos financeiros, tudo isso sem necessitar de migração de plano ou intermediação de terceiros.

Os quatro maiores bancos brasileiros com ações na Bolsa brasileira divulgaram seus resultados do 4º trimestre de 2021. Com isso, o lucro líquido consolidado de Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) somou R$ 81,63 bilhões no ano passado. De acordo com a empresa de informações financeiras Economatica, o total é o maior valor nominal já registrado desde 2006.

Volume de Ativos

O ativo total consolidado dos quatro maiores bancos brasileiros em 2021 chegou a R$ 6,71 trilhões, valor 4,41% superior ao registrado em 2020. O maior crescimento entre 2021 e 2020 foi o do Banco do Brasil (11,99%), juntamente com o Bradesco tendo o segundo maior crescimento (3,94%) e o Itaú Unibanco o terceiro maior (2,53%). O Santander perdeu 3,89% entre 2002 e 2021.

O Itaú Unibanco segue sendo o maior banco por ativos no Brasil e na América Latina, com R$ 2,16 trilhões, seguido por: Banco do Brasil, com R$ 1,93 trilhão; Bradesco, com R$ 1,65 trilhão e Santander, com R$ 963 bilhões

Cresce número de instituições financeiras no país

Aspectos regulatórios e a exigência crescente do brasileiro por serviços eletrônicos dão o tom do desenvolvimento da área financeira no país. É o que se pode deduzir das últimas estatísticas do Banco Central, segundo as quais, até fevereiro de 2022 tínhamos cerca de 650 instituições, entre bancos, fintechs e financeiras, um total 15% acima do registrado na contagem anterior, feita em 2019. Incluindo-se cooperativas e administradoras de consórcio neste grupo, o total de participantes do sistema financeiro sobe para 1.648, uma alta de 1,16% na comparação com três anos atrás.

O perfil digital foi ponto comum dos negócios com números de expansão mais expressivos. Foi o caso, por exemplo, das instituições de pagamento, que passaram de 19 para 43 desde então. Já as sociedades de crédito direto e de empréstimo entre pessoas, por sua vez, expandiram de 15 para 78 no mesmo período, uma alta de 420%, contrastando fortemente com o encolhimento de 11% obtido de 2013 a 2018 nestes nichos. Já o número de bancos permanece estável, totalizando 177 representantes, volume que desde 2013 não apresenta variações expressivas.

Causa do crescimento

As causas dessas movimentações verificadas no mercado financeiro são uma mescla entre a pegada cada vez mais plugada dos usuários e transformações no campo das leis. Há cerca de um ano, por exemplo, o Banco Central mudou as regras para instituições de pagamento, o que justifica, ao menos em parte, o crescimento na quantidade de empresas neste campo, agora desde o seu nascimento, rompendo assim o limite de R$ 500 milhões antes exigidos para que fossem reconhecidas pela autoridade monetária.

As fintechs, contudo, mesmo tendo crescido numericamente, ainda são pouco expressivas em nichos como o de crédito, fato que especialistas atribuem a estas só poderem operar com capital próprio, enquanto os bancos o fazem com recursos provenientes dos depósitos captados. O mercado de pagamentos, em compensação, recebeu importante alento com a chegada do Pix, que coloca à disposição até mesmo dos menores entrantes, uma infraestrutura totalmente provida pelo BV. Toda essa diversificação, contudo, ainda não foi suficiente para descaracterizar a grande concentração bancária que existe por aqui, um mercado com mais de 85% dos serviços financeiros em poder de cinco bancos, como se sabe.

Fintechs no Brasil: evolução do ecossistema e seus benefícios

As fintechs chegaram há poucos anos e, no começo, incomodaram demais as empresas estabelecidas no setor, ou seja, os grandes bancos. O crescimento foi rápido, e influenciado por novas regulamentações somente entre 2016 e 2022 surgiram 513 novas startups do setor financeiro. 

Já são 1.289 fintechs atuando no Brasil, segundo dados do estudo Inside Fintech da consultoria de inovação aberta Distrito. Com isso, a forma como essas empresas se relacionam no mercado também foi mudando

Evolução tecnológica

Com o penetração das fintechs no mercado Brasileiro, o setor de instituições financeiras abriu os olhos para as evoluções tecnológicas que o setor precisa passar para continuar em crescimento, especialmente os bancos, responsáveis pelo maior share das instituições financeiras Brasileiras. O setor bancário está em uma evolução tecnológica contínua. Os clientes se acostumaram com o ritmo acelerado da inovação, e os bancos continuam a ampliar as fronteiras das aplicações tecnológicas.

 Os consumidores intensificaram a realização de transações em tempo real, como o PIX, e o atendimento online – especialmente por aplicativos dos bancos ou mensagens instantâneas. Essa dinâmica aumentou a expectativa em torno da velocidade, disponibilidade, segurança e eficiência em relação aos serviços bancários. Para atender essa demanda, vultuosos investimentos em tecnologia e em qualificação de pessoas são necessários, além de uma proposta de valor que proporcione uma melhor experiência do cliente e promova a competitividade dos bancos.

ÍNDICES DO SETOR

Dentre as prioridades dos bancos em 2022, segundo relatório da Delloite com base em uma pesquisa realizada com 24 bancos participantes.

ANÁLISE DOS PLAYERS

Itaú Unibanco

Faturamento: R$24,9 bilhões

Bradesco

Faturamento: R$21,9 bilhões

Banco do Brasil

Faturamento: R$19,7 bilhões

Santander Brasil

Faturamento: R$14,9 bilhões

Big Picture

18.302 Número de agências bancárias 2021

1.289 Número de fintechs no país

1,63 Bilhões Lucro líquido dos bancos 2021

Itaú Banco com o maior número de ativos

6,71 Trilhões Volume de ativos

Nubank Banco Digital mais utilizado

ANÁLISES INTERNAS DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Muito alta, principalmente ao tratar do Brasil, o setor é bem concentrado em grandes players, além de apresentar uma burocracia gigantesca. Provavelmente é um o setor com maior barreira de entrada dentre os setores analisados.

Produtos Substitutos – Baixa

A ameaça de produtos substitutos vem crescendo nos últimos anos, apesar de ainda se manter baixa, principalmente quando analisado um público de idade mais avançada.

Poder dos Fornecedores – Baixo

É difícil caracterizar quais são necessariamente os fornecedores dentro do setor bancário, podem se destacar produtos financeiros(que tendem a acompanhar o valor de mercado) ou taxas cobradas pelo próprio branco.

Poder dos Compradores – Médio

Em geral o setor não apresenta um poder de barganha médio para os compradores, devido as diversas opções disponíveis no mercado, o que coloca esse pode de barganha na mão deles.

Rivalidade entre players – Alta

A rivalidade dentro desse mercado é muito elevado, o setor apresenta a característica de concentração em poucos players e o restante do market share é muito disputado entre as instituições restantes.

OPORTUNIDADES

O mercado de Instituições financeiras, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes ser utilizadas como estratégias de penetração no mercado. 

Open Banking

O Open banking impulsiona o mercado de Instituições financeiras a medida que fomenta fortes incentivos de mercado, e estímulos regulatórios com compartilhamento de dados para informações de contas e iniciativas de pagamento.

Busca por disrupção

O mercado de instituições financeiras vem passando por diversas disrupções nos últimos anos. Bancos digitais, corretoras independentes e casas de análise tomam cada vez mais espaço entre os brasileiros, e unir essa tendência de mercado à inovação pode trazer bons frutos no longo prazo.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

População com pouco acesso à educação financeira

Um mercado muito interessante são as instituições de médio e pequeno porte, o problema é que, com a falta de educação financeira adequada no país, muitas dessas instituições acabam não executando o máximo de suas capacidades, o que pode inclusive ser visto como uma oportunidade para oferecer soluções de marketing e posicionamento de marca.

Setor excessivamente burocrático

A burocratização desse setor carrega consigo  uma falta de velocidade na tomada de decisão, o que pode acarretar em um eventual tempo de negociação mais longo, além de exigências no que tange certificações e garantias.

TENDÊNCIAS

Se os últimos 24 meses nos ensinaram alguma coisa, é que ninguém sabe ao certo o que o futuro reserva. A pandemia de Covid-19 e suas variantes não deixou nenhuma indústria sem sofrer algum tipo de impacto nesses dois anos, mas sem dúvida o mercado bancário e financeiro enfrentou mudanças bruscas.

Bancos Digitais

De acordo com um estudo da fintech israelense Rapyd, 83% dos brasileiros já confiam em bancos digitais a ponto de manter o dinheiro apenas nestas instituições, o que significa que o banco online finalmente se tornou uma ferramenta transformadora nas finanças. A boa notícia é que o banco digital não se trata apenas de ficar sem papel e sem dinheiro físico as tecnologias contribuíram substancialmente para a mudança de um modelo bancário tradicional centralizado para um mais distribuído, orientado pela tecnologia. Tanto que uma pesquisa do Instituto 

Locomotiva em parceria com a TecBan mostra que a quantidade de pessoas que possuem contas em bancos digitais está próxima das que possuem contas apenas em bancos tradicionais: 42% versus 49%, respectivamente. Diante do crescimento do consumo e do varejo online e da chegada do Open Banking e da consolidação do Pix, é possível afirmar que os bancos tradicionais estão ganhando concorrentes cada vez mais fortes, que estão atraindo mais clientes.

Low Code

Em 2022, a terceirização de desenvolvimento de software usará soluções de Low-Code para acelerar o processo de desenvolvimento de produto e entregar uma melhor experiência para o usuário. Esse tipo de solução está se tornando mais popular na indústria de desenvolvimento de software, e permite que os desenvolvedores criem aplicativos sem precisar perder tempo para escrever códigos. Isso é feito usando uma interface visual para arrastar e soltar diferentes componentes para completar seu aplicativo. Na verdade, hoje a projeção para o uso de soluções Low-Code é tal que, segundo o Gartner, espera-se que até 2025, 70% dos novos aplicativos desenvolvidos pelas empresas usem a tecnologia Low-Code ou No-Code. 

As soluções Low-Code são populares porque permitem que os desenvolvedores criem aplicativos com rapidez e facilidade, entregando um produto mais confiável, simples e intuitivo para o cliente e com baixo custo para a instituição. 

Foco na Experiência do Cliente

O setor bancário está se tornando uma indústria orientada para a experiência do usuário. Num futuro próximo, espera-se que a experiência do cliente seja um diferencial importante para os provedores de serviços financeiros e parceiros tecnológicos, tanto em termos de marca quanto para atrair e reter clientes.  Muitos bancos priorizam a experiência do cliente durante sua transformação digital, garantindo que as soluções projetadas atendam a todas as necessidades do consumidor em termos de conveniência, segurança, conforto e engajamento. Por sua vez, os clientes já esperam ofertas mais personalizadas, incluindo o uso de seus comentários e preferências para construir um serviço que lhes ofereça ainda mais comodidade. 

Em 2022, a capacidade de antecipar as necessidades dos clientes e fornecer ótimas experiências diferenciará os bancos, fintechs e provedores de soluções de seus concorrentes. Em breve, análises avançadas irão melhorar o conhecimento dos bancos sobre seus clientes de tal forma que eles terão a capacidade não apenas de personalizar ofertas, mas também de antecipar necessidades e aumentar a qualidade do serviço.

Serviços Multiplataforma

Embora a preferência dos clientes por serviços bancários via dispositivos móveis tenha dado um salto nos últimos anos, isso não significa que eles não gostam de ter escolhas. Pelo contrário, a maioria dos clientes precisa de um atendimento ao cliente multicanal perfeito, no qual eles podem alternar entre dispositivos e telas, mas também pontos de contato, inclusive com pagamentos por voz ao invés de digitar, interagindo com uma aplicação de modo a ajudar os clientes a realizar uma operação bancária com mais conveniência, principalmente com Open Banking agora no Brasil. 

A instituição que tiver capacidade de realizar a mesma transação com a mesma facilidade em um aplicativo móvel, site, filial física ou qualquer outro canal sairá na frente na preferência do usuário. Portanto, os bancos em 2022 precisam pensar em fornecer aos clientes serviços bancários omnichannel para melhorar a experiência do usuário. Em palavras simples, ter que iniciar uma transação através de um canal bancário e terminá-la através de outro.

Big data

Em 2020, as pessoas criaram 1,7 MB de dados a cada segundo (!), de acordo com dados da Domo, que agregou informações de diversas fontes e pesquisas. Os provedores de tecnologia financeira seus clientes geram grandes quantidades de dados que podem ser agregados para fornecer uma visão mais abrangente da situação financeira de um cliente. 

Espere que as instituições financeiras façam parcerias com plataformas de agregadores de dados para que possam usar big data para melhorar a retenção de clientes e melhorar os serviços.

HIGHLIGHTS

“O setor de instituições financeiras representa um importante segmento para o país, pois é responsável por movimentar um volumoso e expressivo montante de capital de origem pública e privada, de pessoas físicas e jurídicas. O setor como um todo vem passando por inúmeras mudanças e evoluções ocasionadas pelo crescimento exponencial das fintechs e com isso a necessidade de evolução digital dos big players mais tradicionais e consolidados no setor, que se encontravam, até então, em posição de domínio absoluto. O setor como um todo apresenta um nível de concorrência extremamente acirrado, além de uma elevada barreira de entrada. Apesar desse cenário, o segmento apresenta boas oportunidades, principalmente para empresas prestadoras de serviços focados em instituições financeiras, devido a importância dessas empresas para o setor e seu desenvolvimento como um todo” 

Vinícius Ribeiro – Business Analyst II

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Agricultura Q2-22 – Freemuim

Introdução


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INDICE

1.ANÁLISE MACROECONÔMICA

Brasil x Mundo

Meio Ambiente
Índices do Setor
Exportações
Fusões e Aquisições
Top Players
Subnichos
Aquicultura
Covid X Setor
Importação
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Highlights

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama Brasil x Mundo

No que tange a agricultura, temos 5 países que se destacam pela produção de grãos, sendo eles:

  • China: Por prover alimentos para mais de 1 bilhão de habitantes, o país se destaca na produção agrícola, sendo o maior produtor de arroz do mundo, além de serem fortes na produção de milho, cevada e oleaginosas. Atualmente, são responsáveis por ¼ de toda a comida produzida no mundo;
  • Estados Unidos: Os dois produtos mais comercializados são a soja e o milho, seguidos pelos frutos secos. O país é, hoje, o maior exportador agrícola do mundo, atingindo mais de US$160 bilhões em 2021;
  • Brasil: O maior produtor de soja e exportador de milho do mundo, além de ser o maior produtor de açúcar e café.

No Brasil o setor de saúde deve movimentar no País até o final de 2021 cerca de R$ 313,9 bilhões, o que representa um acréscimo de 13,8% em comparação a 2020 e de 21,8% em relação a 2019. Além disso, os brasileiros devem desembolsar R$ 160,9 bilhões só com planos de saúde e tratamentos, e quase R$ 153 bilhões com medicamentos em 2021. Já em relação a participação no PIB o setor de saúde representa 8% do Produto Interno Bruto.

  • Índia: No país, 58% da população trabalha no campo, representando 18% do PIB indiano. Durante os últimos 14 anos, houve um crescimento de 11% no setor, representando grande evolução. O país é, hoje, um dos principais produtores de trigo e leite no mundo;
  • Rússia: No país, 124 milhões de hectares são de terras cultivadas, produzindo cerca de 70% do total de grãos consumidos nacionalmente. Os produtos mais produzidos são o trigo e a beterraba. Além da produção, a exportação na Rússia também apresentou crescimento, com aumento de 20% em 2020.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a produtividade agrícola, em 58 anos, cresceu 155,7%. Os maiores saltos foram evidenciados nos cereais (204%, com destaque para trigo, arroz e milho), oleaginosas (102,6%), plantações de açúcar (85,4%) e frutas (81,6%).

É válido salientar que, no que tange agricultura, há grande destaque para pequenos agricultores familiares, que produzem, atualmente, cerca de 35% dos alimentos do mundo, com estimativa de mais de 608 milhões de fazendas familiares no mundo.

Cabe a ressalva que há grande discrepância entre países: enquanto na China o valor chega a 80% dos alimentos fornecidos no país, em países como o Brasil e a Nigéria o valor não ultrapassa os 10%.

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% foi o aumento da produtividade em 58 anos

MEIO AMBIENTE

O ano de 2020, com a chegada do Covid 19, o meio ambiente foi amplamente prejudicado com o aumento dos descartes relacionados à doença, como materiais hospitalares e máscaras, o que foram principais causas para ser o 3º ano mais quente da história. Em contramão, vemos que foi um ano importante para a redução da emissão de gases de efeito estufa, com queda de 8,8% nas emissões de dióxido de carbono (CO²) quando comparado a 2019. Quando analisamos o ano de 2021, o grande destaque foi para o desmatamento: o território total desmatado na Amazônia foi de 8.712 km², sendo a 2ª pior média histórica do país.


O ano de 2020 foi fundamental para a agricultura brasileira, com recorde na produção nacional, sendo o equivalente a R$470,5 bilhões, representando um crescimento anual de 30,4%. De forma geral, não houve apenas o recorde do valor da produção, como aumento da área plantada (crescimento de 2,7%) e da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas (crescimento de 5%).

Os principais  motivos para o aumento e resultados positivos no ano de 2020 foi o recorde histórico na produção de grãos, bem como a elevação dos preços agrícolas no mercado. No ano em destaque, a soja foi uma das principais culturas para a safra, com crescimento de 6,5% em comparação a 2019. De maneira geral, os estados que se destacaram foram, principalmente, Mato Grosso, seguido da Bahia e do Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, o Sudeste agrupa mais da metade dos médicos do país – 53,2% – que atendem 42,1% da população brasileira. O estado de São Paulo concentra mais de um quarto dos médicos – 28,1% do total – para atender uma população que representa 21,9% do país. Estados do Sul e do Centro-Oeste têm distribuição mais equilibrada, com presenças bastante próximas de médicos e população.

SOJA – R$169.100.228
MILHO – R$73.949.252
CANA DE AÇÚCAR – R$60.800.886
CAFÉ – R$27.254.184
24%
ALGODÃO – R$19.127.892
20%
ARROZ – R$11.631.701
16%
LARANJA – R$10.898.251
14%

Segundo o Governo Federal, a perspectiva da produção de grãos para os próximos 10 anos é de um crescimento de 27%, chegando a 333 milhões de toneladas, sendo uma taxa de crescimento de 2,4% ao ano. Provavelmente, a soja, milho e algodão continuarão sendo os grandes carros chefes da produção de grãos brasileira.

ÍNDICES QUE ENVOLVEM O SETOR

FLORESTAS PÚBLICAS

EXPORTAÇÕES

FUSÕES E AQUISIÇÕES

O ano de 2021 foi muito interessante no que tange as M&As do agronegócio, com, de Janeiro a Outubro, 41 transações anunciadas no Brasil (Em 2020, no mesmo período, haviam 11 transações). O grande destaque, de fato, foi para as Agtechs, que foi responsável por 16 das 41 transações, além de empresas de produção de insumos agrícolas. A maioria das transações foi feita entre organizações brasileiras, com destaque para investidores estratégicos, ou seja, que já atuam no setor.

TOP PLAYERS

Cooperativa Agrária Agroindustrial

A empresa está localizada em Guarapuava, no Paraná, além de ter sede em Entre Rios, onde atua desde 1951, seguindo no ramo de a pesquisa agrícola até a industrialização.

As principais culturas produzidas são soja, milho, trigo e cevada.

Possuem:

  • ISO 9001:2015
  • ISO 14001:2015

ISO 45001:2018

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US$ Bilhoes de Faturamento anual

São Martinho S/A

A empresa foi iniciada na Itália e, no Brasil, iniciou sua trajetória no interior de São Paulo, em 1914. Atualmente, é composta por 4 usinas  e possui mais de 350.000 hectares de área agrícola de colheita, sendo 100% da colheita mecanizada. Durante a safra de 2019/2020, obteve margem recorde de 22,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moídas.

Fazenda Bela Vista

A empresa teve início em 1960 em Tapiratiba e Guaxupé, municípios na divisa entre São Paulo e Minas Gerais. É especializada em leites, cremes de leite e requeijões, iogurte (copo e líquidos), queijos, manteiga e sucos. Seu rebanho é composto por vacas holandesas de alto padrão genético e tem como principal produto o Laticínio – Leite A.

Slc Agrícola S/A

A empresa foi fundada em 1977, com a produção de soja, algodão e milho, além da criação de gado, integrando a lavoura e a pecuária. Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em Bolsa de Valores.

Atualmente, possuem 22 unidades de produção em 7 estados brasileiros.

Bom futuro agrícola Ltda

Em Rondonópolis, no Mato Grosso, foi criada a empresa em 1982. Suas áreas de atuação são segmentadas em:

  • Agrícola;
  • Pecuária;
  • Piscicultura;
  • Sementes;
  • Energia;
  • Aeroportuário;
  • Imobiliário;
  • No que tange a lavoura, possui 33 fazendas, além de 6 usinas de energia, 17 áreas destinadas à pecuária, 3 áreas de produção de piscicultura, entre outros.

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US$ Bilhoes de Faturamento anual
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US$ Bilhoes de Faturamento anual
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US$ Bilhoes de Faturamento anual
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US$ Bilhoes de Faturamento anual

SUBNICHOS

PECUÁRIA

Em 2020 o PIB do Brasil foi de R$ 7,4 trilhões, uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior. Apesar dessa queda, o PIB da Pecuária no mesmo período aumentou sua representatividade no PIB total, passando de 8,4% para 10%, evidenciando a força do setor na economia brasileira.

Como conclusão, vemos que há uma migração do consumo de proteínas bovinas para frangos, ovos e suínos (com destaque para frango), muito atrelado à alta variação de preços dos mesmos. Por isso, vemos, ao longo dos anos, a variação positiva na evolução dos rebanhos de porco e frangos, bem como a negativa de bois. Dentro do segmento das proteínas bovinas, vemos a transição para um consumo de carnes de menor qualidade (de segunda-dianteiras), como forma de continuar o consumo por um preço menor, o que está muito atrelado, também, à diminuição do poder aquisitivo da população por conta da atual crise econômica.

Os procedimentos cirúrgicos programados foram cancelados ou adiados e, em 2020, tiveram uma redução média de 59,8%, nos sistemas público e privado. Em algumas regiões do país, essa baixa nas operações chegou a 90%, com 1,3 milhão de cirurgias que foram suspensas somente no SUS.

Evolução do rebanho bovino brasileiro por região – milhões de cabeças

Com base no gráfico ao lado, conseguimos perceber a evolução do rebanho bovino com grande crescimento no Norte, que representava um percentual ínfimo nas primeiras colunas do gráfico e, em 2019, possuía rebanho maior que o do Nordeste, por exemplo, bem como o crescimento do rebanho no Centro Oeste, que, assim como o Norte, possuía um percentual baixo e, nos últimos anos, continha o maior market-share deste mercado.

AQUICULTURA

O Brasil é, hoje, um dos grandes produtores da proteína animal referente à aquicultura, com grande variedade de espécies de água doce e salgada.

Hoje, o Brasileiro consome, em média, 10,19 kg/ano da proteína, sendo o valor mais baixo desde 2010.

COVID X SETOR

Primeiramente, no que tange o Covid, é válido salientar que as alterações do meio ambiente causadas pelo ser humano, como utilização da terra e mudanças climáticas são fatores determinantes no surgimento de zoonoses, ou seja, doenças transmitidas através de animais.

Com a vinda do Covid-19, vemos grandes impactos no meio ambiente em todo o mundo, com a produção de mais de 8,4 milhões de toneladas de resíduos plásticos em excesso, principalmente advindo de hospitais através de máscaras, luvas descartáveis, seringas, etc, sendo grande parte dos resíduos descartados em aterros. Dos resíduos descartados, uma parte foi incinerada e, aproximadamente, 25 mil toneladas foram lançadas nos oceanos.

IMPORTAÇÃO

Durante o ano de 2021, o Brasil bateu recordes de importação de commodities, com crescimento de 42% nos gastos com grãos (atrelado à aceleração do preço internacional dos commodities), devido ao longo período de estiagem no Brasil, que afetou a lavoura nacional. Durante o primeiro semestre, o Brasil importou 102% a mais de milho pela perspectiva de falta e não suprimento da demanda. Já com a soja, as compras externas aumentaram em 92%, com grande destaque para a China.

A importação de soja, mesmo o Brasil sendo o maior exportador do mundo, foi necessária devido a crescente demanda nacional e os recordes de venda para a China. Entre Janeiro e Outubro de 2021 e considerando apenas trigo, milho, arroz e soja, foram importados 8,9 milhões de toneladas, 15% a mais que o mesmo período do ano anterior.

SOJA

O Brasil, durante o ano de 2021, aumentou em 5,2% o volume de soja exportada, com uma quantia de 86,628 milhões de toneladas.

EXPORTAÇÃO – Soja 2021

MILHO

A exportação de milho, desde 2020, vêm em queda contínua quando comparado a 2019. Em 2020, o volume diminuiu em 15,5%, seguido de -71% em 2021.


BIG PICTURE

O Brasil bateu recordes de importação de commodities em 2021

Crescimento de 272% nas M&As em 2021

A produtividade agrícola, em 58 anos, cresceu 155,7%

O Brasil é o 5º maior produtor agrícola

2021 foi a 2ª pior média histórica do país em desmatamento

O Brasil é o maior exportador de soja do mundo

Número de empresas por região e faixa de faturamento(US$)

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

AS 5 FORÇAS DE PORTER

É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico


Entrantes Potenciais – Médio

Alto know how técnico sobre as áreas, porém, em alguns casos custo inicial acessível; Demanda em crescimento, o que diminui riscos e aumenta confiança para entrada de competidores.

Produtos Substitutos – Alto

Mercado bastante diverso e com números de opções variadas para substituição. Marcas tendem a não ser únicas, com isso no mercado sempre existem serviços similares.

Poder dos Fornecedores- Médio

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a percepção de diferenciação de tipos de serviços englobados pelos players de mercado.

Poder dos Compradores – Médio

Poder dos compradores, tendo em vista que certos tipos de variedades podem ser exclusivas para certos tipos de dores, no entanto há uma série de produtos para o comprador também levar em consideração.

Rivalidade entre players – Médio

Competitividade agressiva entre as marcas, marketing agressivo e margem de lucro cada vez mais apertada. No entanto, devido a grande demanda advindo do momento atual de transformações sustentáveis que o mundo busca, observa-se que possui mercado vasto para exploração.

OPORTUNIDADES

O mercado de Meio Ambiente, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração de determinado mercado.

Inovações tecnológicas sustentáveis

O mercado está caminhando para uma valorização prioritária do tech e do sustentável, empresas buscam investir em iniciativas que tocam esse quesito para enquadramento em normas fiscais, mas também visando um melhor posicionamento institucional da marca.

Ações governamentais

Iniciativas dos governos Federal e Estaduais impulsionam o desenvolvimento do mercado sustentável. Parcerias público-privadas também vem crescendo nesse quesito.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Multinacionais estrangeiras

Empresas de consultoria começaram a ter grande significado no mercado a partir dos anos 90. Desde então, se tornam cada vez mais fortes e tendem a ter um crescimento bastante acentuado. Isso tudo corrobora para uma grande concorrência entre os players. Havendo também uma busca por preços e qualidade em todo processo.

Flutuação cambial

A alta do dólar nos últimos meses impactou de diversas formas os setores das empresas. Além de dificultar a previsão de alguns gastos, a oscilação do dólar representa altos custos financeiros para as organizações que realizam transações nessa moeda. Investimentos na área sustentável acabam sofrendo bastante com essa flutuação.

TENDÊNCIAS

O agronegócio é, atualmente, um dos principais sustentadores do PIB brasileiro. Para 2022, a perspectiva, segundo o CNA e o Cepea, é de um aumento de 5% nos resultados do agronegócio, caso se confirme a safra recorde de um volume 14% maior que em 2021, de 289 milhões de toneladas. O clima no ano de 2022 será melhor para o produtor brasileiro, o que será fundamental para o aumento do volume da safra.

0
% De aumento nos resultados do PIB do agronegócio

Em 2022, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) inicia uma estratégia a médio prazo, que conta com 7 principais subprogramas para o meio ambiente:

1.Ação climática;

2.Ação química e poluição;

3.Ação da natureza;

4.Políticas científicas;

5.Governança ambiental;

6.Transformações financeiras e econômicas;

7.Transformações digitais.

No que tange o Brasil, vemos uma grande movimentação para a digitalização do setor: segundo a McKinsey & Company, em 2019, mais de 47% dos produtores agrícolas utilizavam tecnologia de alta precisão na safra, sendo um valor mais alto que o dos Estados Unidos.

Hoje, a digitalização é utilizada para diversas funções, como:

  • Pesquisa de preço de insumos;
  • Mapeamento da lavoura;
  • Planejamento de atividades;
  • Tomar decisões.
  •  

Muito da transição para uma agricultura mais digital no Brasil é advinda de empresas de máquinas e equipamento e startups agrícolas, conhecidas como agtechs.

NOVOS APPS

OLIO

É um aplicativo voltado para a sustentabilidade, com o objetivo de diminuir os desperdícios de alimento. O Olio utiliza da geolocalização para identificação de usuários próximos, permitindo o anúncio gratuito de sobras em refeições, seja em casa ou estabelecimento comercial.

SAI DESSE BANHO

Também voltado para a sustentabilidade mas com o objetivo da diminuição do desperdício de água, o aplicativo propõe desafios ao usuário de reduzir o tempo do banho em alguns minutos, informando quantos litros de água foram economizados.

CATAKI

O aplicativo reúne pessoas com consciência ambiental e de reciclagem, de forma a oferecer contato de catadores mais próximo da região do usuário.

AGROMERCADO

O Agromercado provê, para os produtores, cotações agropecuárias, acompanhamento as atualizações diárias de diversos itens.

ADAMA ALVO

O aplicativo ajuda na identificação de pragas no campo, como insetos, ervas invasoras e doenças , com identificação por fotos, além de informações sobre as principais ameaças às lavouras brasileiras, oferecendo, assim, o tratamento indicado.

GRÃO DIRETO

O aplicativo faz a conexão entre os produtores rurais e os compradores de grãos, podendo negociar, dentro do aplicativo, milho, soja e etc.

AEGRO

O Aegro é um aplicativo de gerenciamento para auxílio na lavoura, que conta com planejamento e orçamento de safras, monitoramento de estoques, de pragas, controles de custo, etc.

TENDÊNCIAS DE CONSUMO

Sabe-se que, atualmente, há grande transição para hábitos de consumo mais saudáveis, por isso, a demanda por alimentos com menor quantidade de conservantes é alta, visando um consumo mais natural.  Há, também, um aumento da quantidade de veganos no Brasil, com mais de 14% da população sem o consumo de carne. Esse dado é importante para vermos a perspectiva de uma maior demanda dos grãos, como forma de substituição da proteína, à exemplo da soja. Sabe-se, também, que alimentos feitos à base de plantas são, naturalmente, com maiores preços agregados. Por isso, vemos a movimentação para uma maior universalização deste setor, como a Plant & Bean, que planeja tornar alimentos à base de plantas acessíveis a todos na Europa.

INOVAÇÃO PRO SETOR
TECNOLOGIA 5G

A China vêm, atualmente, investindo seus recursos na implementação de tecnologia 5G no processo industrial alimentício, sendo necessária pelo fato de receberem e transmitirem grandes quantidades de dados. As redes 5G tornam o processamento de dados e a comunicação entre os dispositivos e servidores mais rápidos e com maiores potências, de forma a aumentar a competitividade, eficiência e produção da indústria alimentícia, além de permitir monitoramento em tempo real mais eficiente pela equipe, quase que instantaneamente.

HIGHLIGHTS

“O setor de agricultura foi um dos setores beneficiados pela pandemia, com o aumento da demanda por grãos e o aumento dos preços dos produtos, por isso, foi ano recorde no que tange o faturamento atrelado. Com o impulsionamento no ano de 2020 e as novas tecnologias pra o segmento, a perspectiva é de um crescimento interessante para os próximos anos com o aumento da produção em 27% até a safra de 2030/31.
O meio ambiente é, também, um setor que, há alguns anos vêm ganhando muita visibilidade pelo grande impacto das ações humanas que refletem diretamente, como o aumento das temperaturas globais e mudanças climáticas. Por isso, há, mundialmente, grande pressão e planejamento para utilização viável e menos impactante do meio ambiente.”

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A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Cervejas Artesanais-Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

  • O setor cervejeiro no Brasil vêm continuamente demonstrando crescimento, que mesmo tendo desacelerado nos últimos anos, ainda se mantém consistente e relevante. Isso é evidenciado pelo número de estabelecimentos que de 2019 para 2020 mostrou um aumento de 14,4%. Já para 2021, o crescimento foi de 12%. 
  • Essa desaceleração pode ser explicada pelo desenvolvimento rápido e acumulado desse setor que, desde 2000, cresce a cada ano, tendo seu auge de desenvolvimento em 2016, quando atingiu uma  incrível marca de 48.5%.

São Paulo também se mantém como o estado com maior número de estabelecimentos ativos, com 340 cervejarias, tendo também o maior aumento em relação ao ano anterior, registrando a abertura de 55 novos estabelecimentos. Mas outro estado que chama atenção é o Espírito Santo que nos últimos 5 anos, mostrou uma média anual de crescimento de 53,5%, sendo a maior do país no período. 

No último ano também foi notada uma maior dispersão das cervejarias pelo Brasil, em 2021 existiam cervejarias espalhadas por 672 municípios, um aumento de 10,3% comparado ao ano anterior. Outra importante marca alcançada foi o aumento no número de produtos registrados no ano, o Brasil atingiu o total de 35.741 produtos, um aumento de 5,2% em 2021, chegando a um total de mais de 1000 produtos novos no mercado, mostrando a grande busca por novidades e inovações.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Highlights
Fim
Adicione o texto do seu título aqui

PANORAMA MUNDIAL

Comparativamente, o mercado cervejeiro global foi avaliado em 743.8 bilhões de dólares em 2020 para 680.9 bilhões em 2021. E segundo a Grand View Research, espera-se um CAGR de 7.0% até 2030, uma evolução bem expressiva do setor.

Tratando especificamente das cervejas artesanais, segundo o grupo Imarc, o valor do mercado atingiu 103.85 bilhões de dólares e espera-se que até 2027, esse montante chegue a marca de 200.62 bilhões, o que demonstraria um CAGR de 11.20% no período 2022-2027.

Segundo uma pesquisa publicada em 2020 pela Barth-Haas Group, o Brasil é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, apenas atrás de China e Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), a produção nacional é de aproximadamente 14 bilhões de litros por ano e representa 1,6% do PIB, com faturamento de 100 bilhões de reais por ano e uma geração de 2,7 milhões de empregos.

COVID X SETOR

A Pandemia afetou diretamente o faturamento do setor, o mesmo continuou crescendo mesmo em 2020, porém em um ritmo menor do que o demonstrado nos anos anteriores, a partir do anuário de 2021 disponibilizado pela CervBrasil, fica notável a queda no crescimento dos principais índices de desenvolvimento do setor como a quantidade de estabelecimentos registrados que em 2019 o crescimento era de 36% e em 2020, o número caiu para 14%, ou o número de produtos registrados que antes da pandemia, em 2019, mesmo em baixa, obtinha uma marca de 64% de acréscimo e em 2020 esse número caiu para 33,2% e em 2021 caiu ainda mais, registrando uma marca de 5,2%, podendo indicar uma estabilidade nos produtos que circulam no mercado atualmente, e uma mudança no perfil de investimento dos players já atuantes no mercado, que de buscar sempre inovar cada vez mais nos produtos, agora tem outras áreas de interesse. 

Outra grande mudança causada pela pandemia foi uma drástica mudança nos hábitos de consumo, onde os clientes deixaram de frequentar os bares, para beber em casa, segundo a pesquisa conduzida pelo Credit Suisse, além da mudança de hábitos, os consumidores também têm bebido mesmo, 64% dos respondentes alegaram beber em média 3 vezes na semana, contra 77% antes da pandemia, além de uma maior preferência por marcas mais baratas (42% demonstrou essa preferência) 

PERFIL DO CONSUMIDOR

Adentrando em detalhes do público geral, segundo uma pesquisa realizada pela Mind Miners em parceria com a AT Kearney, o maior público são os homens entre 25 e 40 anos de classe A e B, tanto em bares, quanto em casa. Público esse que aponta grande interesse sobre as cervejas artesanais por sua diferenciação das bebidas industriais com relação ao sabor

 

Entre os motivos apontados pelos entrevistados para preferir uma cerveja artesanal, estão o sabor diferenciado, o apoio à cultura cervejeira artesanal, a diversidade de rótulos, a influência de amigos e até o fato de que consumir cerveja artesanal está na moda.

Ao comparar cervejas artesanais com cervejas de larga escala, 77% dos entrevistados dizem que a diferença de sabor entre as duas é gritante, 59% concordam que a cerveja artesanal agrega mais qualidade ao produto e 45% dizem preferir consumir menos quantidade de uma bebida artesanal do que mais quantidade de uma cerveja industrializada.

 

Já entre os que não consomem bebidas artesanais, as razões apontadas foram a falta de oportunidade – em surpreendentes 72% dos casos –, o preço (13%)  e o fato de não gostarem do sabor (12%).

 

O levantamento ainda mostra um recorte regional interessante para o consumo das artesanais. Enquanto nas regiões Sul e Sudeste, 18% e 15% dos entrevistados, respectivamente, dizem consumir cervejas artesanais com frequência, apenas 3% dos entrevistados da região Nordeste afirmaram o mesmo. Por outro lado, os números ficam mais parecidos quando são analisados os entrevistados que dizem já ter experimentado cervejas artesanais algumas vezes – 53% na região Sul, 57% na região Sudeste e 43% no Nordeste.

 

Outro recorte apresentado no questionário ajuda a entender o perfil do público. Segundo a pesquisa, homens de classe alta e com idades entre 25 a 40 anos são os principais consumidores de rótulos artesanais. Se for analisada a frequência de consumo, os homens entrevistados informaram ainda beber mais cervejas artesanais em casa e em bares do que as mulheres ( 53% e 44% contra 42% e 35%, respectivamente).

Ao observar o consumo de artesanais entre os mais jovens – com idades entre 18 e 24 anos, apenas 28% dos consumidores dizem beber cervejas artesanais em casa, contra uma média de 51% nas demais faixas etárias. Entre este público estão ainda os que informaram consumi-las com menos frequência em quaisquer lugares, sejam restaurantes, bares, baladas e outros eventos sociais.

ÍNDICES DO SETOR

Número de cervejarias por ano:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Um grande indicativo do crescimento do setor é o contínuo crescimento no número de cervejarias sendo abertas ano a ano.

Em compensação, o crescimento vem sendo reduzido desde a pandemia, 2021 registrou a pior média desde 2010, com 12%.

Isso pode ser associado tanto à pandemia, como também ao crescimento acumulado por tantos anos, possa haver uma estabilidade no setor.

Número de cervejarias por estado:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Analisando os números por estado, os maiores destaques ficam com São Paulo e Espírito Santo, o primeiro por ser a única unidade federativa a superar a marca de 340 estabelecimentos e o segundo pelo percentual de 53,5% de crescimento médio ao ano.

Outro detalhe interessante é perceber que a média anual de Santa Catarina já supera a do Rio Grande do Sul, e caso seja mantida, em breve o estado tende a alcançar a segunda colocação no ranking dos lugares com mais estabelecimentos ativos no país.

Número de produtos registrados por ano:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Com relação as inovações, a curva de crescimento tem caído cada vez mais, mas o número bruto da quantidade de produtos é impressionante, com quase 36 mil produtos registrados no ano, isso mostra um recorde da produção brasileira, mas o decréscimo da curva indica uma maior estabilidade dos produtos no mercado.

Número de produtos registrados por estado:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Olhando os números por estado, é possível perceber detalhes interessantes sobre as inovações no setor cervejeiro no país, o principal destaque é São Paulo que além de ter mais que o dobro de registros do segundo lugar, ainda possui a segunda melhor média por estabelecimento do Brasil.

Outra informação impressionante é a média de Alagoas, com cerca de 35 produtos por estabelecimento,

IMPORTAÇÕES X EXPORTAÇÕES

Balança comercial do mercado de cerveja no Brasil:

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Relação valor/peso da exportação de cerveja brasileira em 2021 (%):​

Fontes: CervBrasil; Abrab; Sindicerv; Abracerva.

Um dos pontos mais fortes da indústria cervejeira nacional são as incríveis médias na balança comercial, onde as exportações evoluem exponencialmente, e mantém-se uma baixa quantidade de importações, em 2021, o Brasil exportou mais de 241 mil toneladas de cerveja para 71 países ao redor do mundo, o que faturou mais de 131 milhões de dólares, gastando apenas pouco mais de 15 milhões em importações em aproximadamente 18 mil toneladas da bebida.

A balança comercial dessa forma se faz extremamente positiva, mas ainda há uma desvalorização da bebida brasileira, com relação a alguns países, como é possível enxergar fazendo a relação de valor por peso, que mostra que o valor médio (em dólar) de importação por quilo é $0,86, que junto com 2017, são os menores valores médios pagos pelo Brasil, o que indica uma melhora nesse aspecto, mas que ainda não equivale aos $0,55 da média de exportação.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Com relação aos grandes players do mercado, 2022 não foi um ano de muitas movimentações externas das empresas, foco foi mais interno como por exemplo a Ambev que tomou um rumo de realizar menos aquisições e focar os investimentos em desenvolver tecnologias, tanto em meios de produção quanto principalmente em novos marketplaces, como seu aplicativo B to C “Zé Delivery”, que funciona de maneira parecida com o Ifood, mas promovendo principalmente rótulos da marca e também a ampliação do app B to B “Bees”, que mesmo tendo sido criado apenas em 2021, a empresa afirma que já conseguiu digitalizar 88% dos seus clientes e está diretamente conectada ao Bees Bank, um serviço de conta digital e crédito para os seus clientes.

Mas como destaque, vale ressaltar a fusão entre a CBCA e a Startup Brewing, a intenção das marcas é dobrar a capacidade de produção e atingir um faturamento de 70 milhões de reais ainda em 2022. O acordo foi assinado em julho, mas mesmo com pouco tempo, a expectativa das empresas é a melhor possível, com um total de três fábricas, estima-se que a produção pode atingir 500 mil litros mensais.

ANÁLISE DOS PLAYERS

No ramo das cervejas artesanais, existem grandes empresas quase endêmicas, que por mais sucesso que consigam, seu foco se mostra mais à nível regional do que nacional, visando dominar cada vez mais o mercado daquela região ou estado, ao invés de expandir para novos lugares por isso, a ideia foi detalhar os players por alguns estados.

Pernambuco


A Ekaut teve o início de sua atividade no dia 23 de outubro de 2014 e seu nome foi inspirado em Albert Eckhout, um dos primeiros pintores a pintar paisagens do nordeste do Brasil para o mundo.  Assim possuindo sua proposta extremamente bairrista, enaltecendo a tradução da arte e inovação, consequentemente produzindo cerveja de qualidade.

O faturamento da Ekaut é de cerca de 9.38 Milhões de dólares ao ano.

A Debron teve o início de sua atividade no dia 28 de março de 2014 e seu principal foco é no sabor, exprimindo a tradição de seu tom forte através da pureza alemã (Reinheitsgebot). Dessa maneira, a marca apresenta seis tipos de cervejas artesanais, para agregar uma variedade de sabores ao consumidor.

O faturamento da Debron é de cerca de 5.97 Milhões de dólares ao ano.

São Paulo


A Schornstein teve o início de sua atividade no dia 30 de janeiro de 2006, nascendo em Santa Catarina, mas possuindo sua primeira sede em São Paulo. A cerveja Schornstein é uma cerveja com apenas 5% de teor alcoólico, sendo fabricada com trigo, especiarias, coentro, laranja e tangerina. 

O faturamento da Schornstein é de cerca de 13.65  Milhões de dólares ao ano.

A Colorado teve o início de sua atividade no dia 15 de setembro de 1996, nascendo em Ribeirão Preto, São Paulo. Desde a sua fundação, a Colorado tem como foco valorizar a utilização de ingredientes nacionais em suas cervejas. Mel, graviola, rapadura, uvaia, frutas vermelhas, castanha do Pará, mandioca, café, paçoca, goiaba, mate, limão e garapa são alguns dos ingredientes do Brasil que já foram utilizados nas receitas. 

O faturamento da Colorado é englobado no total da AMBEV, sendo cerca de 6  Bilhões de dólares ao ano.

Rio Grande do Sul


A Salva teve o início de sua atividade no dia 22 de julho de 2014, nascendo no Rio Grande do Sul. Possui um grande foco em manter a cerveja extremamente artesanal e humanizada, passando isso em sua forma de se comunicar com o público e com um estilo próprio, fazer da bebida uma experiência.

O faturamento da Salva é de cerca de 9.38 Milhões de dólares ao ano

A Stier Bier teve o início de sua atividade no dia 9 de agosto de 2013, nascendo no Rio Grande do Sul. A marca tem um enorme foco na qualidade do seu produto, ganhando premiações e ostentando o título de melhor IPA (Indian Pale Ale) do Brasil, pelo primeiro lugar obtido no concurso brasileiro de cervejas de 2020.

O faturamento da Stier é de cerca de 7.39 Milhões de dólares ao ano.

Minas Gerais


A Loba teve o início de sua atividade no dia 07 de agosto de 2013, fabricando cervejas especiais 100% maltadas, sem adição de cereais não maltados, mantendo assim, a tradição das mais conceituadas cervejas do mundo. 

O faturamento da Loba é de cerca de 2.84  Milhões de dólares ao ano.

A Antuérpia teve o início de sua atividade no dia 03 de novembro de 2005, sendo uma cerveja original de Juiz de Fora, situada na zona da mata mineira. A cerveja possui várias linhas para agregar o custo benefício ideal para diferentes consumidores, além de trazer à tona diferentes sabores.

O faturamento da Antuérpia é de cerca de 1.53  Milhões de dólares ao ano.

Big Picture

1.549 cervejarias
com fábricas próprias.

1,2
Milhões de pontos de venda por todo país

1,6% Do PIB nacional.

99%
Dos lares são atendidos
pela indústria cervejeira

14,1 Bilhões de litros no ano.

R$130 Milhões em Exportações
em 2021

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Apesar de ser um segmento com players grandes e bem estabelecidos, o mercado de cerveja é aquecido, está em constante crescimento e possui uma barreira de entrada pequena, por isso, a possibilidade de novos entrantes é alta.

Produtos Substitutos – Alta

Um dos grandes elementos motivadores dos consumidores de cervejas artesanais é a inovação no sabor, além disso, o número de produtos registrados só cresce ano após ano, por isso novos produtos podem surgir a qualquer momento.

Poder dos Fornecedores- Média

Tendo em vista a grande quantidade de players similares e a alta capacidade de diferenciação entre os produtos.

Poder dos Compradores – Alta

Devido à variedade de opções, faz com que, muitas vezes, a variável do preço seja o elemento mais importante no momento da escolha.

Rivalidade entre players – Alta

Considerando a grande quantidade de estabelecimentos e a constante busca pela diferenciação, podemos considerar que há grande rivalidade entre os players.

OPORTUNIDADES

O mercado de Cervejas Artesanais traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Marca atrelada à cidade da produção

Por ser um setor em crescimento durante os últimos anos porém com pequena taxa de exportação para outras unidades federativas, as cervejas artesanais tendem a ser mais consumidas e atreladas a seu local de origem, é muito comum que em cada lugar, se tenham marcas diferentes e muitas sendo endêmicas daquela região.

Produção sob encomenda

Com as cervejarias artesanais, há a possibilidade de produção sob encomenda para seus clientes como, por exemplo, com seu nome próprio, rótulo único e sabor exclusivo, agregando valor para o consumidor no ato da compra.

Estrutura pequena, montada para expansão

Os estabelecimentos de cervejarias artesanais se iniciam com estrutura pequena por serem, usualmente, empresas familiares, com instalações mais simples e volumes reduzidos, o que ajuda no custo, diminuindo o aporte inicial que o empreendedor precisa aplicar caso queira iniciar sua produção nesse mercado.

Produção nichada

Pelo fato de as cervejas artesanais serem produzidas com menor volume comparado às cervejas industriais, torna-se mais fácil a produção para um nicho específico da população, à exemplo de cervejas com baixo teor de gordura, de álcool e também, de produção com novas técnicas de aplicação de lúpulo.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Novos entrantes

Como mostrado nas 5 forças de Porter, existe um alto potencial de entrantes no setor de cervejas artesanais, uma vez que o preço de entrada é acessível. Assim, aumenta-se consideravelmente a quantidade de players e, consequentemente, a concorrência.

Concorrência regional e nacional

Relacionado com o tópico descrito acima, a concorrência regional e nacional de cervejarias artesanais pode ser considerada uma ameaça devido à quantidade de estabelecimentos dentro do setor, tanto em nível regional para uma cervejaria que está começando, como também para uma empresa com um nível de maturidade maior, que ainda assim teria uma concorrência ainda mais qualificada e complicada de se enfrentar.

Tributação alta

Na produção de cervejas, os insumos, normalmente, são provindos de outros países, por exemplo dos Estados Unidos e Europa. Os impostos cobrados chegam até 60% do preço da garrafa que é vendida para o consumidor. 

As cervejas artesanais custam, em média, 3 vezes mais do que as industriais para serem produzidas, mas, por serem fábricas de bebidas alcóolicas, as cervejarias artesanais são consideradas macro cervejarias pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, por isso, pagam os mesmos tributos de cervejarias industriais, mesmo produzindo em menor volume.

TENDÊNCIAS

Queda no consumo, sem paralisá-lo

Em pesquisa feita pelo aplicativo Annie com usuários do sistema Android, 71% das pessoas responderam que sua renda foi ou será impactada pela crise do coronavírus. A diminuição dos recursos entre os consumidores é um óbvio motivador para a queda de consumo.

 A ideia é que essa queda seja revertida nos próximos anos, com a redução da crise, e as cervejarias se mostram cada vez mais preparadas para atender a demanda, ano a ano aumentando a produção, a quantidade de estabelecimentos no país e o número de possibilidades disponíveis no mercado.

Consumo mais engajado

Para muitos consumidores, a preferência por comprar de empresas que possuem atuação social, com ações de solidariedade e sustentabilidade, não é algo novo. Mas o número de pessoas que aderiram a marcas com esse engajamento cresceu exponencialmente durante a pandemia.


Uso da tecnologia para compras e consumo

Tecnologia para comprar produtos e serviços online não é novidade. Mas nunca houve antes uma demanda tão grande do consumidor por encontrar aquilo que precisa de maneira digital. Delivery – O sistema de entrega em domicílio chegou para ficar. De olho na qualidade desse serviço, as cervejarias passaram a dar mais atenção às questões de distribuição, transporte e armazenamento dos produtos, de forma que o produto chegue ao consumidor o mais fresco possível.

Mudança na definição de itens essenciais

Unindo as três tendências anteriores, surge uma quarta. O fato do consumidor ter menos dinheiro disponível, sofrer o impacto dos problemas sociais e precisar da tecnologia para pesquisar e comprar faz, assim, com que ele escolha muito bem quais produtos e serviços devem ser consumidos. Os itens essenciais se tornam o foco, muitas vezes, único.


Evolução das tecnologias de produção

Além das mudanças e da impulsão dos aplicativos de Delivery, as empresas seguem modernizando também os meios de produção e controle de qualidade, como máquinas até para medir o amargo da cerveja, novos tipos de lúpulo, entre várias outras inovações que podem revolucionar maneira de produzir cerveja no mundo, com muitos processos padronizados e automatizados, que diminuem o risco de problemas na produção.

Novos sabores

O mercado de cervejas tem buscado cada vez mais a utilização de novas matérias-primas, tecnologias e insumos, com o objetivo de trazer novos sabores e aromas à bebida. O Brasil está em posição de destaque como fornecedor de matéria-prima, pela grande variedade de frutas disponíveis no país, e também pelos tipos de madeira utilizados no envelhecimento das bebidas.


Novos microrganismos

A indústria cervejeira tem investido em novidades na produção. Bactérias e leveduras, antes tratadas como contaminantes, hoje fazem parte do processo de fabricação. Novos microrganismos têm sido testados, criando percepções sensoriais da bebida, que durante muito tempo primou pela tradição em sua fabricação.

As azedinhas vieram para ficar

Muitos especialistas estão cantando essa bola ano a ano. Mas foi em 2020 que as cervejas ácidas realmente despontaram na avaliação. Grande parte das cervejarias têm pelo menos uma opção de cervejas Sours. Na verdade, trata-se de uma grande categoria que engloba vários estilos com acidez elevada! Muitos deles são leves, refrescantes, adicionados de frutas e ideais para o calorão do verão brasileiro. Novidades nessa área são a Imperial ou Double Sours, feitas para ter maior teor alcoólico, e o crescimento das Sours mais complexas.


Mercado fitness e nutrição

Há alguns anos que o mercado global de cervejas vem enfrentando uma perda de volume. Em parte, por conta de uma preocupação crescente das pessoas com a saúde. O crescimento das cervejas low carb, sem álcool e sem glúten, por exemplo, são uma tentativa do mercado recuperar esse público. O sucesso estrondoso da Heineken 0.0% no Brasil deve trazer à tona em breve novas cervejas artesanais sem álcool.

HIGHLIGHTS

“O mercado cervejeiro em geral vem se mostrando cada vez mais crescente, mercado extremamente aquecido, com novidades o tempo todo. Faz parte do dia a dia da maioria dos brasileiros, tomar cerveja, e a bola da vez são as cervejas artesanais, que vem pra ficar.

Trazendo um leque muito maior ao público, para que até pessoas que normalmente não são consumidoras da bebida, tenham seu interesse despertado pelas diferentes características das novas cervejas, sejam pelos novos sabores, por não possuir gordura, entre vários outros fatores.

O mercado que já é enorme, só tende a crescer, e as cervejas artesanais tomarem cada vez mais o espaço das industriais, mas em compensação é também um setor extremamente competitivo, com cada vez mais players, e alguns gigantes no mercado, fica difícil encontrar um espaço para crescer, mas ainda existe a janela de oportunidade de ser pioneiro em diversas regiões.”

Robson Duarte – Product Analyst I

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

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Mercado PET-Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Durante a pandemia do Covid-19, o mundo inteiro passou por uma crise sem precedentes, com diversos nichos de mercado entrando em graves crises, porém não foi isso que aconteceu com o mercado Pet. O mercado pet como um todo, em 2020, tinha um valor de U$138,27 bilhões e em 2022, já possui um valor de U$156,39 bilhões, mostrando um crescimento de 13,10% em apenas 2 anos, segundo dados do Statista. Tal crescimento em faturamento se dá ao fato que, devido a pandemia e lockdowns, os donos de pets se tornaram mais preocupados com a saúde dos mesmos, aumentando os gastos com comidas de maior qualidade, acessórios e produtos no geral, visando melhorar sua qualidade de vida em um período em que era mais necessário ficar dentro de casa, além disso, outro fator que ajudou o crescimento desse mercado foi a necessidade de animais de companhia em um período longo de isolamento, como cachorros, gatos e pássaros. 

Ainda falando sobre o crescimento de tal mercado, vale ressaltar que este crescimento foi em anos em que a economia global teve grandes quedas devido ao coronavirus, sendo um dos setores que mais cresceu em tal período. Até 2030, é esperado que este mercado chegue a um valor total de U$269,498 bilhões, tendo uma taxa de crescimento anual (CAGR) de 6,5%, a partir de 2021. 

Participação percentual nas vendas no mercado pet

Fonte: Grandviewresearch

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INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

Fonte: Grandviewresearch

Fonte: Grandviewresearch

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Dólares é o que se gasta em média anualmente com um pet

Fonte: Simplyinsurance

Fonte: Euromonitor

ANÁLISE MICROECONÔMICA

O mercado brasileiro demonstrou ser um dos mais fortes e resilientes do mundo, com um crescimento de 42,5% durante a pandemia, indo de U$6.8 bilhões em 2019 para U$9.96 bilhões em 2021, além disso, ainda é esperado que o mercado cresça 22% em 2022, mesmo com as dificuldades impostas por questões externas, como a guerra na Ucrânia.

Dois dos principais motivos para este setor ser tão forte no pais são:

Brasil é um país exportador

As exportações cresceram 33% no ano de 2021, chegando a U$412,5 milhões, principalmente por conta das exportações de rações, segundo dados da ABINPET, exportar num cenário com dólar alto é muito importante para a saúde financeira das empresas com um todo.

As vendas não caíram apesar da pandemia

A relação do brasileiro com seus pets é muito forte, portanto mesmo com períodos onde a pandemia mais apertou no bolso do consumidor, não se deixou de comprar produtos para seus animais de estimação, apesar do ticket ter diminuído. 

HÁBITOS DE CONSUMO NO BRASIL

Fonte: Euromonitor

Hábitos de consumo por espécie

Fonte: Euromonitor

Fonte: Euromonitor

Quando observamos o crescimento da população nacional de animais, tivemos um crescimento entre 2020 e 2021, de 3,6%, tendo como a população de gatos, que cresceu 5,9%, a de peixes cresceu 4,5% e de cães, que cresceu 3,9%, todas acima da média nacional, segundo dados da ABINPET.

Em pesquisa do IBOPE, em parceria com o instituto Waltham, foi possível traçar um perfil do dono de dois dos animais mais populares do Brasil: Cão e gato.

Perfil do dono de cães

Tal pesquisa demonstrou que 51% dos entrevistados eram casados, com média de 41 anos de idade, e desses, 93% moram com mais de uma pessoa. Além disso, 82% são de classe AB, 59% moram em casa e 24% deles adotaram seus pets. Traçando um perfil, é possível ver que se tratam de pessoas que querem trazer um novo membro à sua família já formada, sendo pessoas com boas condições de vida e que moram em casa.

Perfil do dono de gatos

Já para os donos de gatos, a pesquisa obteve menos dados. Segundo a mesma, 61% são mulheres, com média de 40 anos de idade e que moram em casa.

Composição de mercado – População dona de pet

Quanto ao perfil de donos de pet, a grande maioria é das classes consideradas classe média, B2 e C1, representando 31% e 23%, respectivamente, logo depois vemos as classes B1 e A, com 15% 12%, de acordo com o levantamento feito pela QualiBest com mais de 3000 respostas.

Outro dado trazido pela mesma pesquisa diz que 31% dos donos de Pets tem entre 18 e 24 anos, seguido pela faixa etária de entre 25 e 34 anos, com 27%.

O levantamento também revela que a maioria (54%) dos donos são do gênero feminino, tendo compatibilidade com o dado da COMAC, que mostra que cerca de 63% das famílias tem como principal proprietário de cachorro (quem o animal se refere como dono, quem faz as compras e quem cuida do pet) pessoas do gênero feminino, enquanto a média para gatos é ainda maior, de 67%.

Principais segmentos de mercado no Brasil

De acordo com a ABINPET, o mercado pet pode ser dividido em três segmentos distintos, o pet food, pet vet e o pet care, os quais todos obtiveram resultados positivos no ano de 2021.

Pet Food

Corresponde toda o setor voltado a alimentos para pets, incluindo suplementos, sendo fabricados em ambientes industriais ou não. Se trata do principal segmento do mercado pet no Brasil, sendo correspondente a 79% do faturamento total deste setor no país, no ano de 2021. Vale ressaltar que houve um aumento de 33% neste segmento, entre o ano de 2020 e o de 2021.Além disso, este setor também é o que mais exporta, sendo responsável por 95% das exportações deste mercado no Brasil, o que corresponde a US$392 milhões.

Pet Vet

Se trata do segundo maior segmento do mercado pet no Brasil e abrange grande parte dos serviços voltados a saúde do animal, entre eles, clínicas, hospitais, laboratórios veterinários e planos de saúde para pet, que vem tendo uma forte tendência de crescimento nos últimos anos.

Paixão pelos pets no Brasil

Em 2021, em pesquisa realizada pelo OpinionBox, para descobrir mais sobre hábitos dos donos de pet no Brasil, se obteve diversos dados bastante interessantes e que mostram o quanto o brasileiro é apaixonado pelos pets, onde 46% dos entrevistados disse que já deixaram de frequentar locais onde os pet são proibidos, com destaques a restaurantes, que foram metade destes estabelecimentos onde já se deixou de ir por não se permitir animais. 

Outro dado interessante mostra que 81% das pessoas gastariam o quanto de dinheiro fosse necessário para trazer bem estar aos seus pets, os deixando seguros e saudáveis, e 65% das pessoas já tiveram que fazer adaptações em seus apartamentos para estar trazendo segurança aos seus pets.

De acordo com outra pesquisa, realizada pela DogHero, 78% das pessoas que possuem animal em casa, os consideram um filho e 15% já fez uma festa de aniversário para seu animal. Outro dado interessante que mostra a paixão do brasileiro pelo seu animal é que 36% dos entrevistados disseram que dividem o quarto com o próprio animal e 86% deles acabariam um relacionamento caso seu parceiro não gostasse de seu animal. Além disso, ainda sobre os casais, 6 em cada 10, têm ou pretendem ter um animal de estimação e dão preferencia a um condomínio pet friendly quando forem buscar um novo local para morar. 

PANORAMA EMPRESARIAL DO SETOR

Mapa interativo nacional, estadual e municipal

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – MÉDIO

Quando falamos no subsetor de pequenas lojas e hospitais veterinários, a barreira de entrada é menor, devido aos menores investimentos e alta quantidade de fornecedores. Quando falamos de industria de grandes redes, o cenário muda, devido aos altos investimentos necessários e alta competitividade entre os players.

Produtos Substitutos – MÉDIO

É um mercado com um alto número de players, portanto, estão sempre a procura de inovações nos produtos oferecidos, apesar disso, o que é oferecido, é quase sempre bastante parecido, dessa forma, a entrada de produtos substitutos pode ser classificada como média.

Poder dos Fornecedores – BAIXO

No setor de produtos voltados a medicina veterinária, o poder de barganha é alto pelo fato de haverem poucos fornecedores, já nos outros nichos do setor pet, o poder é baixo por haver um grande quantidade de fornecedores.

Poder dos Compradores – MÉDIO

Os consumidores deste mercado tendem a fazer compras no impulso, assim, não existe muita barganha por parte do consumidor final (B2C). Porém, pode existir um poder forte quando a venda é em atacado/indústria, focado no (B2B) *veterinários, pet shops e casas de banho.

Rivalidade entre players – ALTO

Existem ainda um número pequeno de empresas no ramo quando comparado com outros setores, porém, existe uma perspectiva de aumento da concorrência com o crescimento do mercado esperado para os próximos anos.

OPORTUNIDADES

O mercado PET é marcado por grandes oportunidades, ele se encontra em constante expansão e inovação, e vem nos últimos anos em ritmo acelerado, diversos modelos de negócio vem surgindo e trazendo soluções para mercados extremamente sólidos e robustos.

No Brasil, e no mundo, esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:

Humanização dos pets

O processo de humanização dos pets, como foi mostrado anteriormente, é algo que tem crescido bastante não só no Brasil, mas como no mundo todo, onde o pet realmente se torna um ˜filho” dentro do ambiente familiar, com isso, grandes oportunidades surgem, como produtos e serviços que antes eram “exclusivos” para humanos, que se tornaram agora utilizados pelos pets, como centros de estética para animais, alimentação natural e vegana, fotografia para pets e até mesmo linhas de produto de grife para animais, com caminhas de cachorro chegando a até R$1600,00, de determinadas marcas.

Aumento no número de gatos

O crescimento do numero de gatos nos últimos anos vem trazendo uma grande oportunidade para quem investe em linhas de produtos para esta espécie, uma vez que as vendas de produtos para gato tendem a crescer proporcionalmente.

Dog Walker

Com um cotidiano extremamente atarefado e corrido, os donos de cachorros podem acabar não tendo tempo ou energia para sair para passear com eles, com isso, surgiu a modalidade de Dog Walker, em que o individuo passeia com outros cachorros enquanto o dono está no trabalho, deixando o cachorro mais feliz e mais saudável. O contato é feito através de aplicativos, que intermediam o contato entre o dono e o passeador dos cachorros.

AMEAÇAS

Como todo mercado em constante expansão, o setor PET também enfrenta diversas ameaças. Sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.

Crescimento da concorrência

Por ser um mercado bastante atrativo, muita gente quer um pedaço dele. Com isso, grandes players, como Unilever, já estão entrando neste setor, mostrando que a concorrência de grandes players é algo que vem crescendo.

Saturação do mercado

Se toda loja pudesse comercializar todas as marcas que existem hoje, teríamos pontos de vendas que obrigatoriamente seriam maiores que hipermercados. O espaço físico desses pontos de venda é limitado. Existem os mega pets, mas 90% estão limitados no máximo a 100 m², o que torna inviável a comercialização de todas as marcas. Assim, o comerciante acaba por optar pelos produtos onde não há a necessidade de trabalho de marca, nomes já conhecidos e consagrados no segmento.

TENDÊNCIAS

Produtos naturais e ecológicos para pets

De acordo com a Pet Food Processing, mais de 50% dos donos de pets estão dispostos a pagar mais por produtos considerados sustentáveis. Esta é uma tendência que vem crescendo bastante não só neste segmento, mas em diversos outros do varejo. Outra tendência observada é que os consumidores também estão cada vez mais desconfiados da toxicidade potencial de produtos químicos sintéticos e outros materiais prejudiciais para a saúde de seus animais, o que favorece os alimentos naturais.

Suplementos para animais de estimação

De acordo com a Kerry, industria alimentícia britânica que atua no setor pet, os donos de animais de estimação estão cada vez mais comprando suplementos alimentares para seus pets, com aumentos nas vendas de produtos deste nicho de 116% de 2019 para 2020, e estes números continuam a subir, de acordo com a mesma. Isto se dá devido ao fato de que os donos cada vez mais se importam com a saude de seus bichinhos.

Aumento do foco das vendas para o digital

O mercado digital mundial de produtos pet valia U$20,75 bilhões de dólares em 2019, e é esperado que se cresça a uma taxa anual composta de 11,3% de 2020 a 2027, podendo chegar a valores acima de 42 bilhões de dólares. Esse crescimento foi bastante impulsionado pela pandemia e pelo surgimento de novas necessidades advindas dela. 

Aumento nas vendas de produtos premium

40% dos donos preferem pagar a mais para trazer alimentos de maior qualidade para seus animais de estimação, do segmento premium, e segundo. Diversos vendedores já relataram grandes aumentos nas vendas de produtos premium. 

Crescimento do pet tech

De acordo com o Global Market Insights, o mercado de Tech Pet, crescerá a uma taxa composta anual de 22% de 2022 a 2027. Com destaque a coleiras equipadas com GPS, caixas de excrementos autolimpantes e alimentadores inteligentes com timers, que soltam a comida em determinadas horas do dia, são alguns dos destaques desta área, que bastante cresce.

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Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Consultoria Q4 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

Em reflexo da pandemia, o setor que só vinha a crescer apresentou certo período de recessão, indicando uma perspectiva de incerteza quanto à sua velocidade de recuperação. Com isso, um estudo redigido em 2021 pela KPMG, realizado com 500 CEOs, indicou que somente 45% dos gestores acreditavam que o mercado voltaria ao normal em 2022 e 24% acreditam que o modelo de negócio foi alterado para sempre em função da pandemia. Dessa maneira, o mercado de consultoria é um mercado bastante promissor, tendo em vista que se recuperou mais rápido que as expectativas, mas ainda possui uma grande influência por eventos externos como a pandemia, apresentando certo risco para o segmento.

 

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Tamanho do Brasil X USA

Perfil do Consumidor
Covid X Setor
Adaptações ao Novo Mercado
Players de Mercado
Mudanças de Cenário e Ambiente
Impacto nos Setores em Geral
Cenário Pós 2020
Prioridades do Mercado
Diversificações na Atuação
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Necessidades do Segmento
Perspectivas para 2022
Highlights

Tamanho do Brasil X USA

Em 2019, os Estados Unidos foi o país com a maior participação do mercado, movimentando cerca de US$ 71 Bilhões, representando aproximadamente 44,5% do total. Já o Brasil representou cerca de 0,8% do cenário mundial, que soma US$ 1,28 Bilhão. Já em 2020, com os impactos decorrentes da pandemia do Covid-19 estima-se um recuo de 19% em relação ao ano anterior, caindo para o valor de US$ 132 Bilhões. Em contrapartida, o Brasil prevê um crescimento para no PIB de 0,37% para o segmento de consultoria no ano 2023 enquanto em boa parte dos setores o mundo como um todo entra em recessão.

Realidade do Brasil e América do Sul

Na América do Sul é possível se constatar que ao analisar as empresas por tipo e dar enfoque ao segmento de consultoria de gestão e consultoria estratégica é notável o destaque de ambas no setor para o ano de 2018, atestando assim o valor estimado de 1 Bilhão e 790 Milhões respectivamente. Para o Brasil, existem duas principais atividades utilizadas para enquadrar as empresas de consultoria na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), sendo elas: 7020-4/00 (Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica) e 6204-0/00 (Consultoria em Tecnologia da Informação). 

Empresas de Consultoria no Brasil

Considerando o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) de consultorias de gestão é possível se evidenciar uma quantidade total próxima de 90 mil, onde o estado que mais apresenta tal classificação de empresa é São Paulo, que conta com pouco mais de 35 mil consultorias. Vale-se ressaltar que das empresas visualizadas pouco mais de 50 mil são micro empresas.

PERFIL DO CONSUMIDOR

Primeiramente, os serviços são majoritariamente ofertados a outras empresas as quais agregam a necessidade de receber algum tipo de auxílio em determinada área e com isso as consultorias aplicam suas metodologias para sanar tal problemática. De maneira, geral o público agrega empresas que não possuem profissionais com conhecimento técnico para executar determinadas manobras na empresa, ou seja, muitas vezes uma empresa de menor porte. Ademais, para as grandes empresas, tal serviço é adquirido pelo alto nível de especificação da execução da atividade, nível o qual mesmo com conhecimento técnico é mais eficiente solicitar ajuda de um especialista, assim necessitando do auxílio de terceiros para solucionar a situação.

O consumidor de consultoria espera em um primeiro contanto uma sensação de confiança sendo passada pela parte da empresa prestadora do serviço, através da demonstrações de gatilhos de venda como autoridade, para tornar evidente a experiência da empresa e todo o seu conhecimento, assim tranquilizando o cliente. Tal elo de confiança é fundamental, pois um motivo de negação a esse gênero de serviço por gestores é o sentimento de incerteza em abrir sua empresa para terceiros e não poder metrificar a eficácia do investimento.

Outro ponto relevante é a segmentação do público, ou seja, entender se o foco da consultoria é atender empresas de um porte grande, médio ou pequeno, entender se o público vem principalmente de algum segmento específico, entender se em determinado período do ano há mais demanda e se há por que tipo de serviço. Esses fatores tendem a variar dentre os vários nichos de consultoria, portanto devem ser visualizados separadamente.

COVID X SETOR

Indústria Global de Consultoria

Adaptações ao Novo Mercado

Para o segmento de consultoria se recuperar da situação gerada pela pandemia do Covid-19 foi necessário traçar novas estratégias de negócio. Nesse contexto, surgiram cada vez mais demandas de serviços voltados à consultoria em gestão devido ao alto crescimento econômico no mercado europeu, investimentos públicos, a terceirização de operações de back-end para economias de baixo custo e as reformas regulatórias no setor financeiro. Dessa maneira, é esperado que o crescimento econômico mais rápido, venha em conjunto da consultoria digital e a ascensão da globalização impulsionando ainda mais o crescimento.

Ainda no contexto da pandemia, muitas empresas estão constantemente tentando reduzir custos e aumentar sua eficiência para assim transferir os custos economizados para os clientes e assim amenizar o impacto gerado pela grande concorrência que as consultorias tendem a enfrentar. Tal realidade está levando a um aumento da demanda por improvisação de processos voltados aos negócios e consultorias ligadas a eficiência operacional.

ANÁLISE DOS PLAYERS

Ernst Young

N° de funcionários: 366.114

Trata-se da líder global em auditoria, impostos, transações e consultoria.

Deloitte.

N° de funcionários: 460.372

Presta serviços de auditoria, consultoria fiscal, financial advisory, risk advisory, consultoria fiscal.

PWC

N° de funcionários: 270.308

Presta serviços de auditoria e asseguração, consultoria tributária e societária, consultoria de negócios e assessoria em transações.

KPMG

N° de funcionários: 238.036

A KPMG é uma organização global de firmas independentes que prestam serviços profissionais nas áreas de Audit, Tax e Advisory.

Mudança de Cenário e de Ambiente

 

As empresas de consultoria enfrentam um macroambiente com um nível de complexidade cada vez maior no qual devem continuar a prestar a melhor assessoria. Com isso, são as próprias características do setor que tendem a gerar esse tipo de problema. Dessa maneira, tais empresas estão entregando cada vez mais projetos no exterior e até trabalhando como subcontratados de empresas parceiras e independentes. Ademais, entregar projetos de maneira rápida com assertividade e eficácia, juntamente com prazos apertados, orçamentos e preocupações em garantir a satisfação do cliente, é o que torna o mercado e a própria execução do serviço complexa.

Impacto nos Setores em Geral

Apesar de a pandemia ter impactado negativamente vários setores, é esperado que algumas empresas de consultoria aproveitem a onda de alta demanda e cresçam bastante. A partir disso, a tendência é que empresas maiores contratam consultorias para analisar cenários futuros do mercado, entender a viabilidade de novos produtos ou mapear estratégias a serem usadas pela própria contratante Outras empresas podem precisar também de auxílio para digitalizar sua operação que é uma demanda que existe internamente no mercado de consultorias, exibindo assim um leque de possibilidades a serem exploradas pelo segmento.

Cenário Pós 2020

Em 2021 o segmento iniciou uma rápida recuperação e já apresentou melhoras, tendo como sua principal razão a vocação empreendedora no país. Dessa maneira, o Laboratório da Consultoria atestou que 76,7% das novas contratações virão do setor privado, sendo a maior parte taxa de empresas de serviços, correspondendo assim a um acréscimo de 74%.

Tal informação também indica que apesar do bom resultado em quantidade de empreendedores, não há uma condição semelhante quando a realidade é voltada a resultado financeiro, muitas vezes por conta da falta de produtividade e competitividade, assim abrindo margem para a necessidade de ajuda de terceiros, como consultorias.

Prioridades do Mercado

A decorrência das solicitações de empresas por serviços de consultoria, é reflexo do aumento do padrão de qualidade exigido pelo mercado, no consumo de bens ou serviços no geral. Além das pessoas estarem mais conscientes quanto a realização de uma seleção natural das empresas, ou seja, aquelas que não se adaptarem às mudanças serão colocadas de lado e perderão o ritmo de jogo. Com isso, a prioridade para empresas do nicho é procurar maneiras de se reinventar em razão da alta quantidade de concorrentes que foram geradas em razão de toda a demanda, podendo dar foco a efetividade de seus processos, diferenciação de seus serviços e sua estrutura de empresa como um todo.

Diversificações na Atuação

No intuito de se adaptar às novas demandas, tendo em vista a realidade atual, se faz extremamente relevante que ocorra um investimento na digitalização das empresas de consultoria, para assim conseguir competir com mais efetividade em relação aos grandes players. Dessa forma, o mercado brasileiro em geral tende a perder muito caso a digitalização tardia das pequenas consultorias continue acontecendo, em função da dependência das pequenas e médias empresas que por falta de dinheiro para investimento, tendem a recorrer a pequenas consultorias. Ademais, como alternativa para essa situação, se torna uma saída bem mais viável adquirir uma franquia do ramo, com um modelo de negócio e processos já estruturados e validados. O momento atual é uma grande oportunidade para adequação às necessidades do mercado, abrindo margem para crescimento de várias empresas.

Big Picture

Os tópicos listados a seguir apontam os principais dados do mercado de consultoria dos próximos anos, apontando assim o rumo que o mercado vai seguir, indicando de modo geral o seu crescimento.

ANÁLISES INTERNAS DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

Para o mercado de consultorias focadas em pequenas empresas existem poucas barreiras de entradas considerando que exista o mínimo de know-how, sendo assim de fácil entrada;

Produtos Substitutos – Baixa

Tratando do mercado de consultorias diretamente, não há produto ou serviço que o substitua integralmente de modo geral, então a substituição não é tão impactante;

Poder dos Fornecedores – Baixo

Tratando os fornecedores como os softwares que auxiliam o monitoramento e execução dos serviços de consultorias, existem muitas opções, não sendo uma real dificuldade.

Poder dos Compradores – Alto

Para a realidade dos compradores, existe uma infinidade de consultorias que realizam o básico em relação a gestão e termos ligados a ela, aumentando a cartela de opções do público.

Rivalidade entre players – Alta

Indo de paralelo ao poder dos compradores, a rivalidade entre os players é um fator frequente, já que devido a alta quantidade de players o mercado se torna disputado.

OPORTUNIDADES

No tocante à oportunidades de mercado o mercado de e Consultoria, traz consigo excelentes oportunidades e cabe ao gestor estar atento e preparado para elas.

Demanda em Larga Escala

Com a pandemia surgiram muitos problemas internos nas consultorias em relação a adaptação com a nova realidade. Porém, também surgiram muitas empresas que precisavam de auxílio com questões semelhantes e muitas outras questões que aumentavam a necessidade da contratação profissional para tal resolução. Assim, a demanda por consultorias aumentou e tende a permanecer em alta.

Amplitude no Espaço de Atuação

Com a pandemia houve a necessidade de se adaptar à nova realidade presente e com isso muitas empresas investiram na sua digitalização, ajudando com a nova necessidade, mas também amplificando muitos os resultados por atender uma demanda maior de clientes, tendo em vista as novas formas de contato.

AMEAÇAS

Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se prepara e se antecipar a eventuais problemas futuros.

Alta Concorrência

Com o período de instabilidade gerado pela pandemia, surgiu a oportunidade de auxiliar quem precisava de direcionamento em sua empresa. Contudo, isso gerou uma intensificação na quantidade de empresas que realizavam tal tipo de serviço, em reflexo da criação de mais empresas do segmento, assim aumentando a concorrência.

Falta de Diferenciação

Considerando a alta no número de concorrentes para o segmento, é fundamental que haja diferenciação no modo de trabalho da empresa, em seus processos, e na sua área de atuação. Empresas que não se diferenciam acabam por ser substituídas por outras com uma proposta semelhante e uma proposta com valor mais interessante.

TENDÊNCIAS

Em momentos de mudanças no mercado e instabilidade de outras empresas é onde se abrem as portas para guiar os clientes de consultorias para uma saída mais oportuna, já que nesse momento é onde há mais demanda e oportunidade de inovar. Ainda em reflexo do período difícil gerado pela pandemia do Covid-19, as evoluções geradas pela adaptação ao novo mercado contribuíram para a digitalização de método de trabalho, ajudando assim no avanço do segmento e o colocando numa crescente ainda maior

Necessidades do Segmento

Segundo um estudo realizado pelo MIT Technology Review em 2021, foi constatado que 45,7% da empresas brasileiras já estão implementando o processo de transformação digital, 30,5% estão focadas na fase de desenvolvimento e método de abordagem e apenas 1,9% das empresas como um todo não apresentam nenhum plano real de mudança. Contudo, os consultores autônomos e as pequenas consultorias ainda enfrentam alguns desafios ligados a essa realidade, tendo em vista que eles somam 83% do mercado de consultores e conforme indicado pelo Laboratório de consultoria, ainda não estão adequados à nova realidade.

Perspectivas para 2022

Para traçar uma métrica de evolução, ao analisar o grande player de mercado AdopTI, é perceptível que seu resultado em 2021 foi muito promissor, faturando cerca de 35 Milhões de reais em vendas, 90% de crescimento em relação ao ano anterior. Além de que para 2022 as projeções também são bem otimistas, assim mantendo a perspectiva de faturar 45 Milhões, tendo em vista a ampliação da empresa em portfólio e espaço físico.

Expansão do Setor

Através de várias pesquisas realizadas por Robert Half, pelo Fórum Econômico Mundial e Comissão Europeia, foi constatada uma crescente muito grande para o segmento, a qual era previsto que o mercado de consultoria tende a crescer 50% até o ano de 2025. Tal crescimento significativo aborda o cenário apenas do Brasil, ou seja, em uma escala mundial pode crescer um pouco mais ou menos. Com isso, para assegurar a permanência em um mercado tão competitivo que tende a ficar ainda mais disputado após o crescimento, deve-se investir na capacitação dos consultores para poder agregar mais serviços com mais qualidade aos clientes, já que, 85% dos consultores já estão buscando esse tipo de aprimoramento e treinamentos para suas competências. 

Panorama dos Próximos Anos

Acredita-se que no período de 2021 até 2026 o mercado de consultoria expanda a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 4,3%. Com isso, se abriu margem para exibir uma maior taxa de crescimento no setor da consultoria financeira, onde são prestados serviços de auditoria, contabilidade, tributação, regulamentação, dentre outros. Além de auxiliar diretamente os clientes a implementar gestão de riscos, transformar as finanças e gerir seu compliance, influem diretamente no planejamento financeiro de projetos, questões fiscais, fusões, aquisições e até financiamentos.

Consultoria Financeira

Ao longo dos anos, a consultoria financeira apresentou um desempenho relativamente estável em consideração aos anos de crise e suas consequências, sendo impulsionadas por um grupo de fatores. Em razão das instabilidades econômicas a demanda por turnarounds e gerenciamento de crises cresceu bastante, além de um pouco depois a demanda de serviços de consultoria contábil e gerenciamento de riscos também entrou em um período de alta, principalmente no setor de serviços financeiros.

Indicativos do Mercado

O  maior mercado identificado do setor foi o Norte Americano e o que cresce mais rápido é o Pacifico-Asiatico, indicando mercados fortes que tendem a evoluir daqui para frente. Apesar de que, em 2020 foi observado uma enorme contração, transformações digitais e projetos não discricionários em torno de risco continuaram razoáveis, enquanto áreas mais discricionárias foram fortemente atingidas. Contudo, nos próximos anos a tendência desses impactos é ser reduzida e que o setor se recupere, em virtude da mobilização dos governos para que sejam feitas reformas rigorosas de auditoria e regulamentações como o GDPR

Impacto dos EUA no mercado

Os Estados Unidos correspondem ao maior mercado de serviços de consultoria de geração de resultado no mundo, integrando as principais empresas globais do ramo. Ademais, em virtude da alta volatilidade do mercado norte americano, acompanhado de reformas voltadas a regulamentações governamentais, é gerada uma grande demanda de um auxílio externo para solucionar essa questão, tendo em vista a necessidade de assistência em suas operações financeiras em todo o país.

Indústria de Consultoria nos EUA

Os Estados Unidos são pioneiros no mercado e têm um papel significativo em trazer  avanços para o mercado global. Exemplos deles são os players citados anteriormente, como: Deloitte, Ey, KPMG e PWC. A indústria de serviços de consultoria no país se expandiu ao decorrer dos últimos anos, justamente devido ao aumento de pessoas empregadas no segmento, crescendo anualmente nos últimos cinco anos. Contudo, a questão mais complicada na visão dos especialistas na indústria regional é atrair e desenvolver novos negócios, com 40% dos gerentes seniores citando isso como um dos problemas que mais afetam.

Cenário Competitivo

O mercado de consultoria é bastante competitivo em função de seu número significativo de players regionais e globais. Tais players representam uma parcela de mercado considerável, assim concentrando-se na sua expansão para uma perspectiva mundial. Eles visam investir cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento, alianças estratégicas e seu planejamento de crescimento inorgânico e orgânico, visando se manter com um bom posicionamento no mercado.

Inovações do Setor

Considerando a grande quantidade de empresas de consultoria que desempenham os mesmos serviços, para realizar uma inovação quanto ao próprio modelo de negócio e se diferenciar das demais, uma saída é afunilar a área de atuação, assim segmentando o serviço ou produto vendido. Exemplos desses segmentos são o contábil, jurídico, comunicação, engenharia, ambiental, dentre muitos outros.

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Overview do consultor

(Tiago Garcéa)

“O mercado de consultoria tende a desempenhar um crescimento expressivo a longo prazo, considerando principalmente a realidade do Brasil que se destaca não apenas no mercado como também no desempenho econômico como um todo.

De maneira geral, as empresas que possuírem como intuito demonstrar uma curva de crescimento maior, devem se especializar ainda mais para agregar algum diferencial de mercado, porque da mesma maneira que o mercado cresce aumentam as empresas de consultoria que realizam o básico em grande quantidade.”


RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Automotivo Q4 2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

MUNDO X BRASIL

No 1T21, o PIB de Transportes avançou 1,3% na comparação anual e 3,6% na margem dessazonalizada, resultado acima do estimado. Para 2021, a expectativa foi revisada de +5,4% para alta de 8,7%. Para 2022, esperamos alta de 3,0% (ante expectativa anterior de +4,5%).

A revisão do PIB de Transportes foi motivada pela incorporação do último resultado acima do esperado e pela melhora da perspectiva para a atividade econômica doméstica (projeção para o PIB brasileiro passou de +2,7% para +4,4% em 2021), que tende a favorecer o transporte de cargas.

Após ligeira retração esperada para o 2T21, o PIB de Transportes deve retomar trajetória de crescimento a partir da segunda metade do ano, favorecido pela perspectiva de avanço da vacinação contra a covid-19, benéfica, sobretudo, para o transporte de passageiros nos modais aéreo e rodoviário.

Estimativa da Produção de Veículos no Mundo de 2000 até 2021

Através da análise do gráfico percebe-se que há uma constante de crescimento da produção de veículos a não ser pelos períodos de 2008 e 2009 onde foi impactada pela crise dos bancos americanos onde se desencadeou para diversos países e setores. Além disso, os anos de 2019, 2020 e 2021 também se mostram com uma certa queda por conta da escassez dos chips que são utilizados para fabricação de grande parte dos carros mas principalmente por causa da pandemia do covid-19.

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INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

Produção Global de Veículos em 2020, por País

China
21.09%
EUA
14.91%
Japão
10.5%
Alemanha
China
5.3%
Coreia do Sul
China
4.9%
México
China
4.5%
Índia
China
4.3%
Brasil
China
2.9%

  • A indústria automotiva vem ganhando cada vez mais destaque na América Latina, tanto no setor de produção, tanto no setor de vendas. Atualmente, o mercado é liderado por México e Brasil, os dois maiores integrantes de tal setor na região. Apesar da queda iminente na produção de veículos e peças diante da pandemia de COVID-19, dados já apresentavam que o mercado mexicano vinha em leve queda. De 2018 para 2019, houve uma queda na produção de mais de 90 mil veículos motorizados no país, alcançando um total de 4,01 milhões veículos produzidos. Enquanto no mesmo período, o Brasil aumentava sua produção em 63 mil veículos fabricados, chegando em um acumulado de 2,94 milhões.

    Esses são os números de veículos motorizados fabricados pelos maiores produtores da América Latina no último balanço divulgado em 2021:

A produção global de veículos vem muito forte nos países da China, EUA e Japão, o top 3 países que mais fabricam carros totalizam um percentual de 46,5%, ou seja, quase metade do total. 

É importante destacar a colocação do Brasil que apesar de estar no último lugar nessa tabela, ainda assim é o país oitavo país que mais produz carros convencionais em todo o mundo.

Número de carros de passageiros vendidos por Países Latino Americanos (por mil unidades)

Quando falamos de carros para passageiros (carros tradicionais) vimos que o Brasil ultrapassa o México com tranquilidade, visto que o forte dos Mexicanos são os veículos comerciais leves.

Os grandes destaques da América latina em 2021 são:

  1. Brasil = 1.558.470 veículos vendidos
  2. México = 520.110 veículos vendidos
  3. Argentina = 241.620 veículos vendidos

Atualmente no Brasil, o mercado automotivo é um dos que mais sofrem com a tributação, tanto para o consumidor final, tanto para os fabricantes e distribuidores de autopeças. Nesse contexto, o saldo registrado de geração de tributos diretos no ano de 2019 foi de 79,1 bilhões de reais. Em nível de comparação, o gráfico abaixo representa a participação dos tributos no preço final do consumidor em diferentes países:

BRASIL

Em maio de 2021, a produção automotiva total caiu 0,2% na margem dessazonalizada. Apesar de as
vendas internas estarem ganhando tração, em linha com o processo de flexibilização das medidas de
distanciamento social, o aumento da produção contínua sendo limitado pelos problemas de
abastecimento de insumos, diante das pressões nos preços.

No entanto, o resultado ocorre de forma discrepante entre os segmentos automotivos. O
desequilíbrio entre oferta e demanda prejudica a produção de veículos leves, enquanto a de pesados
sustenta melhor desempenho.

Para 2021, nossa projeção foi mantida, mas considerando redução na produção de veículos leves,
levando em conta as maiores dificuldades de recomposição de estoques e, por outro, aumento na
perspectiva da produção de caminhões.

Para 2022, a estimativa foi elevada, com aumento esperado para a produção de veículos leves. O
cenário contempla a normalização entre oferta e demanda do setor no 1S22. Além disso, o crescimento
adicional das vendas internas e das exportações deve beneficiar a produção. Mesmo que as incertezas
políticas derivadas das eleições presidenciais limitem um maior ímpeto do setor no próximo ano.

Projeções (realizadas em 2021):

ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO

Ao todo no Brasil, hoje são registradas 61 fábricas no país, em 10 estados diferentes e 42 municípios distribuídos pelo país. Desse total, 3 ficam localizadas no Nordeste, 4 no Centro-Oeste, 21 no Sul  e 35 no Sudeste. O estado com maior destaque na produção, contando com mais de 26 fábricas em seu território é o estado de São Paulo.

De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:

0
% de aumento na produção de veículos em 2022

Produção Total de Veículos

Em maio de 2021, a produção total caiu 0,2% na margem dessazonalizada, após alta de mesma magnitude em abril. Na variação anual, a forte taxa de crescimento (+347,6%) ainda reflete a base deprimida no mesmo período do ano passado (-84,4%). No mês, apesar do crescimento das vendas internas e externas, a escassez global de insumos necessários para a cadeia industrial limitou o desempenho da produção. Nesse sentido, os estoques seguem em níveis historicamente baixos,
somando apenas 96,5 mil unidades em maio, o que representa 15 dias de vendas.

O volume da produção total deve continuar reduzido nos próximos meses, uma vez que as pressões de custos de insumos limitam uma rápida recuperação, especialmente na produção de leves. No decorrer do 2S21, a produção total deve voltar a mostrar modesta aceleração, devido ao avanço da vacinação e, consequentemente, maior mobilidade e melhora nas vendas.

Para 2022, nossa projeção foi elevada de 9,2% para 15,0%, em linha com a melhora na produção de leves considerando a normalização entre oferta e demanda no 1S22. No mercado interno, as vendas devem mostrar maior crescimento em linha com a melhora da atividade, impulsionando a produção. Além disso, as exportações devem crescer com a retomada global pós pandemia.
De toda forma, as incertezas domésticas ligadas ao cenário político limitam a maior velocidade do setor, especialmente no 3T22.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Vendas Totais de Veículos

Em maio de 2021, as vendas internas cresceram 7,1% na margem dessazonalizada, após alta de 6,4% em abril. Apesar da alta, as vendas ainda estão 4,8% abaixo do resultado de fevereiro/21 – antes do endurecimento das medidas de isolamento. Na variação anual, as vendas cresceram 205,8%, ainda refletindo a fraca base em maio/20 (-74,9%). Assim, as vendas mostram gradual crescimento com a reabertura das atividades.

Para 2021, nossa projeção foi elevada, de 19,6% para 21,2%, em linha com a melhora na perspectiva para a atividade econômica e a revisão altista para massa de renda e concessões de crédito. Para o restante do ano, a dissipação das incertezas ligadas à pandemia, considerando os avanços da vacinação (cenário de que 70% da população seja vacinada até o final do ano), deve
impulsionar as contratações de emprego e expansão nas concessões de crédito para aquisição de veículos.

Para 2022, a projeção também foi revisada para cima (de 10,5% para 11,3%), considerando a base mais alta em 2021. As vendas devem manter maior dinamismo no próximo ano, com fatores adicionais positivos: i) redução da taxa de desemprego; e ii) menores níveis de juros bancários, com o aumento da competição e menor risco de crédito. Mesmo assim, no 2S22, as vendas devem mostrar ligeiro arrefecimento na margem, por causa das incertezas políticas elevadas com a proximidade da eleição.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Produção e vendas internas de veículos leves

Em maio, a produção de veículos leves recuou 0,4% na margem dessazonalizada, após alta de 1,4% no mês anterior. Na variação anual, a produção cresceu 368,9%, resultado da base de comparação mais fraca em maio de 2020, dado que no mesmo período do ano passado as fábricas ainda estavam adaptando a sua produção ao quadro pandêmico.

As vendas internas de veículos leves cresceram 7,6% na margem dessazonalizada, o segundo aumento consecutivo, recuperando parcialmente o recuou sofrido em mar/20 (-16,5%). Na variação anual, as vendas de leves cresceram 212,4%, expressivo resultado que reflete a base de comparação reduzida devido às medidas restritivas mais duras em mai/20.

Para 2021, a projeção para a produção foi reduzida, considerando que as maiores dificuldades de fornecimento de insumos devem limitar a recomposição dos estoques neste ano. Montadoras anunciaram paralisação da produção no início de junho por até 10 dias. Para as vendas internas e externas, no entanto, a projeção foi elevada, tendo em vista a melhora da atividade econômica. Assim, as vendas devem ganhar tração ao longo do 2S21, favorecendo, em parte, a produção.

Para 2022, a expectativa foi revisada para cima. Para a produção, o cenário considera a normalização dos estoques no 1S22. Além
disso, as vendas devem seguir elevadas, com a melhora do cenário doméstico. As exportações também devem mostrar maior dinamismo
ao longo de 2022, dada a recuperação econômica de países demandantes após a pandemia.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções


Produção e vendas internas de caminhões

Em maio de 2021, a produção de caminhões cresceu 4,1% na margem dessazonalizada (+243,1% YoY), após +13,6% em abril e atingiu o volume
mais alto desde 2014. O melhor desempenho acompanha o forte crescimento das vendas internas, que também alcançaram em maio os
níveis mais elevados desde 2014 (+17,5% MoMsa).

Para 2021, nossa projeção foi elevada, considerando o bom desempenho nos últimos meses e a melhora do cenário para vendas domésticas e externas de caminhões, bem como para a atividade econômica de forma geral. Para os próximos meses, o cenário é de manutenção de volumes elevados da produção do setor, acompanhando os níveis ainda altos das vendas domésticas. No entanto, a produção e as vendas do setor devem mostrar ligeira desaceleração no decorrer do ano, levando em conta: i) a relativa estabilidade de setores industriais demandantes; ii) a elevação da Selic, pressionando o custo de crédito para aquisições de bens; e iii) a normalização dos estoques.

Para 2022, a taxa de crescimento projetada para o setor foi reduzida, considerando a base mais forte em 2021. No próximo ano, além da continuidade de melhora dos setores demandantes, favorecendo as vendas, os juros bancários devem se reduzir com menores riscos de inadimplência, favorecendo novos financiamentos. O setor externo também deve continuar em crescimento, beneficiando as exportações. De toda forma, com a proximidade das eleições presidenciais, as incertezas domésticas devem voltar a subir, especialmente no 3T22, limitando o setor.



Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Exportações totais de veículos

Em maio, as exportações de veículos cresceram 1,6% na margem dessazonalizada, após queda de 4,1% em abril. Na variação anual, o crescimento foi de 855,4%, refletindo ainda a base de comparação reduzida (-90,8%). No mês, as exportações
representaram 19,2% do total produzido em maio, alcançando o maior share do ano.
A recuperação na margem foi determinada pelo aumento de 3,1% das exportações de veículos leves e de 19,7% em ônibus,
enquanto as vendas externas de caminhões caíram 2,7% em maio, considerando a série livre de efeitos sazonais. Apesar da queda
na margem em caminhões, os volumes seguem superiores ao registrado em 2020 e 2019.
Para 2021 e 2022, nossas projeções foram elevadas, passando de 25,9% para 39,1% em 2021 e de 9,9% para 10,9% em 2022,
com revisão altista para leves e pesados, motivada pela recuperação mais acelerada da economia mundial, dados os avanços
na vacinação ao redor do mundo. Assim, as exportações devem continuar em crescimento nos próximos meses, ganhando impulso
a partir do 2º semestre, diante da retomada econômica em países demandantes do setor, principalmente na América Latina.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Exportação por destinos

As exportações brasileiras continuam direcionadas principalmente a países da América Latina. Nos últimos anos, países, além da Argentina, mostraram intenso crescimento nas exportações, com destaques ao Chile que representou 11,2% em 2021, ante apenas 4,8% em 2017, e a Colômbia, que também alcançou 11,2% em 2021, após 2,3% em 2017.

No entanto, a Argentina ainda mantém a maior participação, representando, sozinha, 38,7% das exportações, com maior destaque em veículos leves. Nos últimos meses, as vendas de veículos na Argentina mostraram ligeiro arrefecimento, devido ao aumento de novos casos de covid-19 no país em maio.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Importações totais de veículos

Em maio, as importações totais cresceram 98,5% na variação anual, refletindo a fraca base de comparação, dado que em mai/20 as importações caíram 61,7%. O share alcançou 10,3% em maio, após 9,8% em abril. Entre os segmentos, o crescimento na variação foi disseminado entre leves (+97,6%) e caminhões (135,4%). As taxas de participação das importações nas vendas internas também cresceram em leves (+0,6 p.p. ante abril, para 10,8%) e em caminhões (1,0 p.p., para 4,7%).

As importações devem continuar em crescimento nos próximos meses, diante da melhora da atividade econômica, favorecendo as vendas. No entanto, os níveis depreciados do real ante o dólar devem restringir o maior dinamismo das importações.

Em 2022, o crescimento deve se manter de forma gradual. Por um lado, a continuidade de melhora da economia favorece a demanda
por veículos. No entanto, as incertezas políticas relacionadas à questão eleitoral devem restringir maior apreciação do real
ante o dólar, limitando o crescimento.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Preços de veículos novos

Em maio, os preços automotivos cresceram 0,3% em relação ao mês anterior, em termos reais. Em termos nominais, a alta na margem foi de 1,2%, após 1,0% em abril. O aumento dos preços ao consumidor reflete as maiores pressões da cadeia produtiva no abastecimento de insumos, levando em conta o aumento nos custos dos insumos diante dos problemas de oferta global e câmbio desvalorizado.

Apesar disso, o repasse dos preços ao consumidor vêm ocorrendo de forma gradual, acompanhando a retomada da demanda por veículos. Assim, a expectativa é de que os preços do setor continuem em elevação no decorrer do ano, ainda levando em conta as pressões nos custos de insumos e o aumento nas vendas de veículos. 

Para 2022, os preços devem mostrar ligeira redução real, uma vez que a normalização da oferta global deve diminuir as pressões nos preços dos insumos para a produção.


Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Confiança do consumidor

O índice de confiança do consumidor subiu 3,1 pontos em maio, o segundo crescimento consecutivo na margem, atingindo o patamar de 76,2 pontos na série com ajuste sazonal. Os avanços em maio seguem a trajetória de recuperação da confiança iniciado em abril, com a reabertura das atividades. No acumulado de abril e maio, a confiança do consumidor recuperou cerca de 80% das perdas sofridas em março, quando a confiança caiu 9,8 p.p. na margem dessazonalizada.

No mês, ambos os componentes cresceram. O índice de situação atual (ISA) subiu 4,2 p.p. na margem e 3,7 p.p. na variação anual, o primeiro crescimento na métrica anual desde o início da pandemia, refletindo a base mais fraca no mesmo período do ano passado. O índice de expectativas (IE), cresceu 3,2 p.p. na margem dessazonalizada e 18,9 p.p. na variação anual.
Apesar do crescimento disseminado entre os componentes, os níveis seguem bem divergentes. O ISA alcançou 68,7 pontos em maio, enquanto o IE atingiu 82,4 pontos, considerando a série com ajuste sazonal. A diferença relaciona-se ao maior pessimismo
dos consumidores no período corrente, devido às incertezas ligadas à questão pandêmica e maiores pressões dos preços no orçamento familiar, especialmente em famílias de renda mais baixa. Tal dinâmica deve melhorar no 2º semestre, com maior impulso da confiança.

Fonte: : Anfavea. Dados referentes à soma do período.
Obs: Dados em azul são projeções

Número de carros leves registrados entre 2014 até 2021, por tipo de combustível

Registros de veículos elétricos e híbridos no Brasil de 2006 a 2021

ESTRUTURAÇÃO DO MERCADO

Ao todo no Brasil, hoje são registradas 61 fábricas no país, em 10 estados diferentes e 42 municípios distribuídos pelo país. Desse total, 3 ficam localizadas no Nordeste, 4 no Centro-Oeste, 21 no Sul  e 35 no Sudeste. O estado com maior destaque na produção, contando com mais de 26 fábricas em seu território é o estado de São Paulo.

De acordo com o IBGE, o Brasil conta hoje com uma frota aproximada de 107.948.371 veículos automotivos distribuídos por todo o território nacional. A expectativa, segundo dados da ANFAVEA, é de que o país tenha um aumento significativo de:

0
% de aumento na produção de veículos em 2022

PLAYERS

Principais marcas de automóveis de passageiros no Brasil em 2021, por número de matrículas (em 1.000)

Principais marcas de comerciais leves do Brasil em 2021, por número de unidades
registros (em 1.000)

Principais marcas de caminhões no Brasil em 2021, com base no número de matrículas

Número de concessionárias de veículos automotores no Brasil em 2021, por marca


Em termos de players de mercado assim fica a composição do cenário nacional por tamanho e relevância das empresas no setor:

  • Fiat Chrysler: 691 concessionárias
  • Volkswagen: 409 concessionárias
  • Chevrolet: 362 concessionárias
  • Renault: 244 concessionárias

Não somente da semelhança cultural entre vários países latinoamericanos, mas também, na composição econômica dos mesmos e da grande estabilidade dos players que fazem parte do mercado automotivo no mundo, os modelos de carros vendidos em cada localidade são, de certa maneira, muito semelhantes. A fim de exemplificar o panorama de vendas na região, o gráfico abaixo exibe os modelos de veículos mais vendidos no primeiro trimestre de 2021 na América Latina:

Outro dado relevante a ser abordado é a quantidade de empregos envolvidos em determinado setor. No caso do setor automobilístico, hoje, no país estima-se que direta e indiretamente existam mais de:

0
Milhão de empregos
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Empregos

empregos diretos do setor exclusivo de produção de autoveículos e máquinas agrícolas, foram contabilizados em 2021 mais de:

Os carros híbridos e  elétricos vêm tomando cada vez mais espaço no panorama nacional. Do ano de 2019 para o ano de 2020, houve um aumento de mais de 70% nos emplacamentos dos carros exclusivamente elétricos.

Estima-se que até 2021, a frota de carros elétricos beirou os 73 mil carros, sendo São Paulo o estado com maior número de modelos.

IMPACTO DA PANDEMIA

O impacto da pandemia afetou de forma direta o setor automobilístico ao redor do mundo. Não diferente no Brasil. fechamentos de grandes fábricas como a da Ford no ano de 2021, são indicadores de extrema importância no panorama do setor nacional. A falta de matéria-prima como os semicondutores, são problemas recorrentes até os dias atuais.

No quesito produção, em território nacional, houve uma queda significativa no número de veículos produzidos de 2019 para 2020. No ano de 2019, foram produzidos cerca de 2,94 milhões de veículos no país, já em 2020, o número foi de 2,01 milhões, uma queda significativa que demonstra o tal impacto.

Big Picture

Previsão de 9,4% de crescimento em 2022

57 unidades industriais no país

4897 concessionárias

1,2 milhão de empregos (diretos + indiretos)

27 fabricantes atuando no mercado nacional

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

A barreira de entrantes potenciais é vista com baixa, uma vez que esse mercado exige uma grande quantidade de capital para investimento, além das complicações em trâmites legais e a forte consolidação de imagem e marca dos players.

Produtos Substitutos – Média

Os produtos substitutos raramente conseguem prover a mesma conveniência dos automóveis no uso diário. Existem alternativas no mercado, que em grande maioria, atuam em paralelo, não ameaçando diretamente.

Poder dos Fornecedores- Alta

O poder de barganha dos fornecedores pode ser considerado com baixo, diante da grande oferta de fornecedores que na maioria das vezes são pequenas empresas. Além disso, o uso de materiais substitutos facilita neste quesito.

Poder dos Compradores – Alta

Os consumidores do mercado automotivo, de forma geral, são muito sensíveis ao preço, alternando sem muita dificuldade para modelos alternativos, uma vez que o ticket médio do mercado possui alto equilíbrio.

Rivalidade entre players – Muito Alta

Com um número moderado de players e empresas com grande experiência de mercado, além da alta taxa de fidelização dos clientes, o que implica em uma dinâmica de alta competitividade.

OPORTUNIDADES

Mesmo com a falta de matéria-prima que afeta o mercado global, as tendências de produção visam um aumento para o ano de 2022. Cada vez mais, também, carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no mercado, em paralelo com o fortalecimento do mercado de automóveis seminovos, que vêm acompanhando de forma gradativa o aumento do ticket médio dos carros novos.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Atualmente, a crise dos chips e semicondutores vêm afetando de maneira brusca a produção de automóveis ao redor de todo o mundo. Além disso, com a instabilidade do dólar afetando o barril de petróleo, o preço da gasolina aparece como um dos grandes vilões nesse mesmo viés, assim como a altas taxas de juros que vêm dificultando o acesso ao crédito no Brasil.

A falta de insumos tem sido um problema constante, que fez várias montadoras darem um tempo nas produções no ano passado e que deve ainda continuar em 2022. Previsões mais otimistas já veem o setor se normalizando, ainda no segundo semestre deste ano, mas a previsão é que volte à normalidade somente a partir de 2023.

TENDÊNCIAS

Tecnologias de Ponta

Com um mundo cada dia mais conectado, dinâmico e interativo, essas qualidades não poderiam passar despercebidas no setor automotivo, os consumidores cada vez mais buscando integrar até mesmo os veículos ao seu estilo de vida, logo, as exigências por computadores de bordo melhores, com mais funcionalidades, com Wi-Fi, link com smartphones têm se mostrado ainda mais como prioridade na busca por um automóvel,

Nos modelos de luxo, isso vai além, com piloto automático para estacionamento, diferentes modos de funcionamento do motor (sport, supersport), assistente de condução, entre outros. Tornando dirigir uma experiência única daquele produto.

(Fonte)
Assim como os processos para compra, financiamento e aluguel de veículos passam a ser mais tecnológicos, os consumidores também esperam mais tecnologia nos automóveis.

Os veículos atuais devem ser equipados com Wi-Fi, conectividade e interatividade. Modelos equipados com os melhores computadores de bordo, além de desempenharem funções já utilizadas pelos celulares dos usuários.

A exigência do consumidor em relação à tecnologia cresceu, já que hoje vivemos um mundo completamente tecnológico.

Principalmente para o público que consome carros de luxo, esses modelos devem vir equipados com o que há de mais moderno para alcançar uma boa posição no mercado.

Fonte: Anfavea.


0
Milhões de carros seminovos e usados vendidos em 2021
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% de aumento em comparação com 2020

O ano de 2021 apresentou fortes tendências no comportamento dos consumidores dentro do setor automotivo no Brasil. Um grande destaque vai para a categoria dos SUVs, que, mesmo com maior média de preço, lideraram os emplacamentos até o final do dado ano. Em comparação com o ano de 2018, no qual um a cada cinco veículos vendidos no país era um SUV, os emplacamentos no ano de 2021 registraram dados muito mais animadores para o setor. Até o mês de dezembro, de todos os carros emplacados no ano, cerca de:

Carros Elétricos

Talvez a maior revolução do mercado dos últimos anos, os carros elétricos vêm ganhando mais espaço, segundo a FENABRAVE, o segmento de veículos eletrificados foi o que apresentou o maior crescimento nas vendas durante o mês passado. Segundo o levantamento mensal da federação, foram 6.391 unidades vendidas no mês, um aumento de 50,31% em comparação com o mês anterior. Comparando com o mesmo período do ano anterior, demonstra um crescimento ainda maior, apresentando um aumento de 131,98%

Ainda de acordo com o balanço da Fenabrave, no acumulado do ano foram emplacados 32.242 veículos eletrificados no país – alta de 41,75% em relação ao mesmo período de 2021 (de janeiro até setembro). 

E as perspectivas para 2023 são ainda melhores. com as montadoras tendo em foco baratear os carros que possuem essa tecnologia, como a Renault que pretende lançar uma versão do Kwid como o carro elétrico com menor preço no mercado, a tendência é que os modelos híbridos e elétricos venham ganhando cada vez mais preferência ao longo dos próximos anos

“Atualmente, o consumidor já conta com uma boa variedade de opções de eletrificados, e a tendência é que os segmentos continuem em crescimento nos próximos anos”
Mauricio Andreta Jr., presidente da Fenabrave

Declínio dos carros populares

Com a evolução constante do setor sendo guiada por inovação tecnológica e a alta competitividade no mercado, a indústria a cada ano vem apostando em melhorar os seus produtos, o que causa um encarecimento natural dos carros ofertados. Devido a isso, para que os automóveis possuam as features desejadas por essa camada do público, os valores finais fogem cada vez mais do orçamento de um “carro popular”, por isso, mesmo os modelos mais famosos e queridos tendem a deixar de serem produzidos, como é o caso do Gol da Volkswagen que deixará as linhas de produção.   

“O próprio consumidor tem exigido uma qualidade maior em relação aos carros, o que foge do conceito de carro popular. Esse segmento sempre significou veículos de baixa cilindrada, mais básicos, sem ar-condicionado e sem direção hidráulica. Hoje, raramente encontramos algo assim no mercado. Então, a tendência é que os carros populares acabem”
Consultor automotivo Gabriel de Oliveira

Outro fator contribuinte para o declínio dos carros populares, é a ascensão do mercado de seminovos, que trazem alternativas mais em conta quando comparadas aos modelos 0 km.

Fonte: IEMA.

Carros Alugados

A locação de carros vêm crescendo exponencialmente nos últimos anos, e com a pandemia e serviços de transporte como a Uber, a necessidade e desejo do cliente final de possuir um veículo próprio foi intensamente questionada e reduzida, por isso as locadoras vêm se sobressaindo a cada dia mais. Ao longo de 2021, as buscas por aluguel de carros cresceram 56% no Brasil, mesmo com a crise na indústria automotiva, o anuário da ABLA consta que a locação de veículos cresceu 33,5% em 2021. O faturamento bruto do setor saltou de R$ 17,6 bilhões em 2020 para R$ 23,5 bilhões no ano passado, o maior crescimento nos últimos cinco anos.

Também em 2021 as locadoras já possuíam 25,5% do total de automóveis comerciais leves emplacados no país, porém esse número ainda é menor do que o de 2019, quando as locadoras tinham cerca de 541.346 emplacamentos, contra os 441.858 de 2021. 

‘Mesmo diante da pandemia e da crise na indústria automotiva, as locadoras de veículo vivem sua melhor fase. Segundo o anuário da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), divulgado no dia 8 de março, a locação de veículos cresceu 33,5% em 2021. O faturamento bruto do setor saltou de R$ 17,6 bilhões em 2020 para R$ 23,5 bilhões no ano passado, o maior crescimento em cinco anos.

A frota também aumentou. Em 2021, as locadoras compraram 441.858 carros zero quilômetro, o que representa 25,5% do total de automóveis comerciais leves emplacados no país. No comparativo com o ano anterior, o crescimento da frota das locadoras foi de 22,5%, quando foram comprados 360.567 veículos. O resultado, no entanto, ainda é menor do que o anotado em 2019, com 541.346 emplacamentos.

(Fontes)
Procura por aluguel de carros cresce 56% no país em 2021

Tecnologias e Meio Ambiente

Toda essa tecnologia traz a necessidade de proteção de dados, eliminando riscos de invasão e compartilhamentos sem consentimento. Para isso, as montadoras vêm firmando parcerias com startups de tecnologia. A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, se uniu à FIEMG Lab, hub de inovação tecnológica da Federação das Indústrias de Minas Gerais.

Já a Ford dividiu-se em Ford Blue, com os veículos à combustão tradicionais, e a Ford Model e, focada em modelos elétricos. Nas palavras de seu CEO, Jim Farley, “a Ford Model e será o centro de inovação e crescimento da Ford, com uma equipe dos melhores talentos de software, elétricos e automotivos do mundo” que visa “criar veículos elétricos e experiências digitais verdadeiramente incríveis para as novas gerações de clientes da Ford.”

As notícias não param. Recentemente, a Caoa Chery fechou sua fábrica em Jacareí – SP até 2025, com ideia de reformá-la para a produção de veículos elétricos e híbridos. Com isso, 485 funcionários serão demitidos.

Diante de restrições e pelas causas ambientais que constantemente são levantadas, as grandes fabricantes de veículos vêm se adaptando cada vez mais quanto a esses quesitos. Para efeito de comparação, dados levantados pelo Instituto de Energia e meio Ambiente de São Paulo, o IEMA, apresentaram que os carros representam cerca de 72,6% das emissões de gases efeito estufa (GEE), representando 88% dos quilômetros rodados por veículos motorizados na capital paulista. Nesse viés, modelos de carros híbridos e elétricos começam a aparecer cada vez mais no mercado brasileiro. Mesmo com o preço médio extremamente elevado, marcas como Renault, por exemplo, já apresentaram modelos mais “acessíveis” como o Kwid elétrico, utilizando a estratégia de baratear a imagem do veículo ao associá-lo com um carro popular da marca.

Fonte: IEMA.

Restrições e Tecnologias

No primeiro mês de 2022, a resolução PROCONVE L7 entrou em vigor, visando diminuir as tendências de poluição causadas por veículos automotivos. Tal resolução, afeta diretamente nas linhas de produção das fabricantes de veículos, uma vez que as restrições impostas pela resolução, visa ajustes em peças como:

  • Motor
  • Catalisador
  • Tanque de combustível

Essas mudanças visam, prioritariamente, alterar a composição das peças supracitadas, a fim de diminuir os poluentes gerados no funcionamento dos veículos, como gases do escapamento e emissões evaporativas geradas no tanque de combustível, por exemplo. Com a PROCONVE L7 em vigor, espera-se que haja um aumento nos custos iniciais a fim de monitorar e garantir que a produção esteja de acordo, contando, também, com a descontinuação de diversas linhas de produção de veículos que irão acarretar em prejuízos para as fornecedoras e montadoras.

Seminovos

Os juros e impostos sobre carros 0 km causaram o aumento dos preços, diminuindo dessa forma, a possibilidade de muitos consumidores adquirirem veículos próprios, além do surgimento de diversas alternativas para transporte urbano.
Uma dessas alternativas é o mercado de seminovos, onde se faz possível a compra de um automóvel em boas condições por um preço inferior, por esse motivo, é um mercado que se tornou a primeira opção de muitos clientes.

Por outro lado, algumas fontes têm demonstrado uma estagnação ou leve queda dos preços, indicada no monitoramento divulgado pela KBB Brasil, indicando uma regularidade no mercado, que deve manter o panorama geral não muito distante do último ano.

A alta taxa de inflação acumulada para os carros 0 km encareceu ainda mais os novos modelos. No primeiro semestre de 2022, a inflação acumulada está perto de 20%, o que impulsiona o interesse por seminovos e condições facilitadas de pagamento, como o financiamento

Fonte: IEMA.

HIGHLIGHTS

“Basicamente fica bem claro que o tamanho desse mercado é gigante, e vem crescendo e se inovando desde que foi criado, é importante ficar de olho nas novas tecnologias e na tendência sustentável que está presente atualmente em praticamente todos os mercados do mundo.

Vale a pena destacar a falta de matéria-prima que afeta o mercado global, as tendências de produção visam um aumento para o ano de 2023. Cada vez mais, também, carros híbridos e elétricos vem ganhando espaço no mercado, em paralelo com o fortalecimento do mercado de automóveis seminovos, que vêm acompanhando de forma gradativa o aumento do ticket médio dos carros novos.

E para finalizar, o mercado brasileiro é um grande berço de novas tecnologias, de produção em massa e grandes marcas. Sendo o segundo maior mercado da américa latina quando falamos em veículos no geral e o oitavo no mundo. Posição muito positiva porém ainda pode ser melhorado visando a exportação e grande mercado interno brasileiro”

Pedro Rocha
Product Analyst

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E-commerce

Introdução


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ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Dentro do tópico de análise macroeconômica, serão abordados diversos pontos, a respeito do mercado, seu tamanho, características e peculiaridades, além de pormenores que venham a ser apresentados mais adiante.

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INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Top 10 Países

E-commerce 2021
Mobile
Distanciamento Social
Fusões e Aquisições
Varejo e Frete
Itens e Consumidores
Frequência de Compra
2. ANÁLISE INTERNA
Top 5 empresas
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Consumo
Phygital
Pagamento e Frete
Highlights

Cada vez mais presentes no dia a dia do povo brasileiro, os e-commerces vem ganhando força ao longo dos últimos anos, em especial durante a pandemia do novo coronavírus, onde muitos negócios tradicionais optaram por se readaptar e trazer as vendas digitais como grande solução para sanar a dor que o distanciamento social trouxe para as suas vendas.

Em suma, o E-commerce é a abreviação do termo “comércio eletrônico” e como o próprio nome já sugere, é referente à vendas feitas pelo meio digital, ao decorrer da análise o tema será aprofundado, passando por exemplos práticos, players de mercado e noções a respeito do tamanho e dinâmica do setor.

O ano de 2020 foi de extrema importância para o desenvolvimento do e-commerce, com a chegada da pandemia, o hábito de consumo dos brasileiros foi extremamente impactado. A adesão ao isolamento social como medida de prevenção ao contágio da Covid-19 fez com que a população utilizasse a internet não só como ferramenta de busca, mas também como aliada para continuar comprando de maneira mais segura, sem precisar se expor aos riscos do vírus.

Neste sentido, o Brasil atingiu em 2020 o recorde de pedidos no e-commerce: 301 milhões de compras foram realizadas, número que representa uma alta de 68,5% em relação a 2019. Como consequência, o faturamento nacional também teve um crescimento significativo. Ao todo, a receita gerada foi de R$126,3 bilhões, número que representa uma variação de 68,1% comparado ao ano anterior e mostra a força do e-commerce para a economia do país.

O e-commerce brasileiro cresceu no primeiro semestre de 2020 em níveis não vistos nos últimos 20 anos. Segundo pesquisa da Ebit/Nielsen, feita em parceria com a Elo, o faturamento com as vendas online subiu 47% nos primeiros seis meses do ano, totalizando 38,8 bilhões de reais. Ao todo, foram feitos 90,8 milhões de pedidos entre janeiro e junho de 2020. O e-commerce já vinha crescendo nos últimos anos e estava projetado para crescer 18% em 2020, mas as medidas adotadas para conter a pandemia do novo coronavírus impulsionaram o setor, que ganhou milhões de novos consumidores.

O pico de crescimento aconteceu entre abril e junho, quando a maioria das cidades brasileiras restringia o comércio para conter aglomerações. Nesse intervalo, o número de pedidos cresceu 70% na comparação com 2019.


E-commerce 2021

Com R$ 35,2 bilhões em vendas entre janeiro e março de 2021, o e-commerce brasileiro registrou aumento de 72,2% na comparação com 2020. Além disso, o tíquete médio das compras aumentou 9,4% e atingiu R$ 447,90 no período. Um relatório da NeoTrust aponta que março de 2021 foi o maior mês da história em volume de vendas do comércio eletrônico no país.

Nesse cenário, o comércio online é um dos principais pontos de contato das marcas com os usuários. Por isso, a experiência do consumidor deve ser prioridade para as empresas. Uma das opções para colocar o cliente no centro das ações é usar soluções analíticas para conhecer e entender a jornada dele no empreendimento. Para isso, é preciso aliar conteúdo, usabilidade e dados.

Ticket Médio

Mantendo a linha de crescimento, os gastos médios nas compras pela internet durante o período também apresentaram alta. No período analisado, o ticket médio gasto foi de R$447,90, aumento de 9,4% em relação ao mesmo trimestre no ano anterior, alta significativa para o quesito analisado. Traçando um paralelo, o incremento no valor médio das compras foi de 2,9% no 4º trimestre de 2020

E-commerce nas Regiões Brasileiras

A região Nordeste foi novamente o grande destaque em crescimento no varejo digital, alcançando o segundo lugar no total das vendas. O Sudeste ainda detém a liderança em volume de compras on-line feitas em território brasileiro, com 63% do total de pedidos realizados no trimestre, mesmo com a queda de 3,9 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado. Em seguida, o Nordeste concentrou 14,6% das vendas realizadas de outubro a dezembro, o que representa um aumento de 2,6 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2020.

O Sul foi responsável por 14,1% do total de pedidos realizados no comércio eletrônico, resultado que rendeu um leve crescimento de 0,7 p.p. no comparativo. Completando, o Centro- -Oeste concentrou 6,2% dos pedidos realizados (aumento de 0,5 p.p.) e o Norte registrou 2,1% das compras on-line feitas nesse período, leve alta de 0,2 p.p. sobre o primeiro trimestre de 2020


Empresas Migrando para o Digital

Um pesquisa realizada pelo Neotrust mostra que mais de 70 mil estabelecimentos comerciais que atuavam apenas no mundo físico entre abril e junho de 2019, entraram para o mundo online no mesmo período deste ano. O Estado que apontou o maior crescimento nesta migração foi Roraima, com uma alta de 145% no número de lojas aderindo ao mundo virtual, seguido por Tocantins (113%) e Rondônia (84%).

Na análise por setor, o estudo apontou que os supermercados e os postos de gasolina registraram o maior aumento no número de estabelecimentos atuando nos dois canais ao mesmo tempo (presencial e online), com 373% e 407% de aumento, respectivamente. Entre os que já atuavam no mundo online mesmo antes da pandemia, os setores com o maior crescimento de vendas foram as lojas de departamento (462%) e os restaurantes de fast food, com aumento de 221%.

 

Número de acessos (Maio 2020 à Abril 2021) em sites de e-commerce:

De maio de 2020 a abril de 2021, o e-commerce no Brasil registrou 22,73 bilhões de acessos. Vale destacar que esse número é referente apenas a sites do comércio eletrônico. E desse valor, 10,95 bilhões vieram do varejo. Durante esses meses, novembro de 2020 teve o maior registro de acessos, com 2,39 bilhões. Fevereiro de 2021 teve o menor número de acessos dos meses, com 1,63 bilhões. Os demais meses oscilaram entre esses dois valores, mas sem muita discrepância, mantendo um certo padrão numérico.

É importante que se faça uma observação sobre números para que você entenda este crescimento: Em maio de 2020, início da pandemia do Covid-19 no Brasil, o registro de acessos a sites de e-commerce foi de 1,18 bilhões. Esse número não mais se repetiu, só cresceu e não houve um único mês que tenha chegado nem mesmo a se aproximar desse valor. Esses números nos levam a perceber que os registros de acessos só crescem. Uma prova de que as pessoas estão indo cada vez mais para as pesquisas de produtos e compras online.

O Crescimento do Mobile

Em março deste ano os dispositivos Mobile foram responsáveis por 67% das visitas a sites de e-commerce. Representou a maior participação em quase todos os segmentos, perdendo para o Desktop apenas no segmento de Educação, Livros & Papelaria. Isso é indicador de uma tendência à compras por dispositivos móveis. Seja pelo acesso mais fácil ao Mobile do que a Desktop, ou por eles serem cada vez mais tecnológicos, permitindo um maior conforto que antes não existia. Este é um dado importante para que as empresas que já trabalham com o digital mantenham um ponto de atenção em relação a estratégias voltadas aos dispositivos móveis

Na análise por setor, o estudo apontou que os supermercados e os postos de gasolina registraram o maior aumento no número de estabelecimentos atuando nos dois canais ao mesmo tempo (presencial e online), com 373% e 407% de aumento, respectivamente. Entre os que já atuavam no mundo online mesmo antes da pandemia, os setores com o maior crescimento de vendas foram as lojas de departamento (462%) e os restaurantes de fast food, com aumento de 221%.

 

Distanciamento social

A pandemia trouxe muitas mudanças para o cotidiano. Uma delas foi a forma de comprar: dados da Neotrust apontam que o e-commerce brasileiro registrou mais de 300 milhões de pedidos e faturamento de mais de R$ 126 bilhões em 2020. Entre os consumidores, 47% fizeram sua primeira compra online no período. Um dos responsáveis por esse movimento foi o distanciamento social, que levou mais gente a comprar online. O mesmo contextou levou, ainda, ao crescimento do social commerce, a compra pelas redes sociais. “O novo cliente digital busca uma experiência mais humana, descomplicada, e também criativa”, explica Ricardo Martins, Consultor de Transformação Digital na Pon Digital Consulting.

Fusões e Aquisições

O ano de 2021 no Brasil foi marcado por grandes fusões e aquisições (M&A), segundo a Exame, foram mais de 1.102 fusões e aquisições no ano, que movimentaram 44,7 bilhões de dólares no ano, ainda com parte das transações não sendo concluídas, um dos setores que se destacou dentro das negociações foi justamente o Ecommerce, que teve alguns negócios protagonistas dentro da realidade nacional, um deles, com a gigante Varejista Magalu adquirindo a Kabum, E-commerce de eletro eletrînicos.

Pequenos Varejos Aderem aos Marketplaces

O crescimento do comércio eletrônico se deu, entre outros fatores, pelo aumento do número de lojistas que aderiram ao sistema online. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), 150.000 novas lojas online foram criadas de março a julho no Brasil.

Dos novos vendedores, 80% optaram por realizar suas vendas dentro de grandes sites, como Submarino, Mercado Livre e Magazine Luiza, que atuam como “shoppings digitais” com seus marketplaces, levando um fluxo de consumidores até a loja virtual dos pequenos que usam sua plataforma. Os marketplaces já representam 78% do total do e-commerce brasileiro, segundo a Ebit/Nielsen. No primeiro semestre, foram responsáveis por 30 bilhões de reais de faturamento do e-commerce, um crescimento de 56% em relação a 2019.

Frete

A busca por economia no valor do frete também aumentou durante o trimestre: o reflexo disso é o grande crescimento da modalidade de frete grátis nos primeiros três meses de 2021. No período, 53% das compras realizadas foram entregues de forma gratuita, ante 47% no mesmo trimestre do ano passado. Já a entrega paga foi a opção escolhida em 47% dos pedidos realizados, queda de 6% no comparativo. Analisando o valor médio do frete, a cifra teve uma queda significativa: R$18,15, valor 15,5% menor comparado ao mesmo trimestre em 2020.

Categorias de itens comprados

Analisando o e-commerce pelas categorias de itens comprados, vemos um comportamento semelhante aos trimestres anteriores: produtos com o ticket médio menor foram os mais procurados, e as categorias de produtos com valores elevados, ocuparam os primeiros lugares no quesito faturamento. As categorias campeãs em volume de vendas foram: Moda e Acessórios, que foi responsável por 16,6% do total de pedidos realizados no período, Beleza, Perfumaria e Saúde (com 15,2% desse volume) e Entretenimento (12,6%).

Categorias de itens comprados que mais geraram faturamento

Já a análise das categorias que geraram maior faturamento durante o período mostra que Telefonia ocupa novamente o primeiro lugar, com 21,2% da cifra gerada no trimestre. Em segundo lugar está Eletrodomésticos e Ventilação (17% do total) e, em terceiro, Entretenimento (12,4%). As compras refletem as promoções oferecidas pelas empresas após as grandes datas sazonais de fim de ano e na Semana do Consumidor, que teve maior duração em 2021.

Consumidores

Ao segmentar os consumidores entre os gêneros feminino e masculino, nota-se que as mulheres representam 58,1% de todos os pedidos realizados, mantendo o protagonismo em volume de compras pela internet. Apesar de comprarem em menor quantidade, os homens seguem gastando valores mais altos com suas compras online, com ticket médio de R$ 538,20, ante R$ 382,80 do público feminino.

Ao segmentar os consumidores entre os gêneros feminino e masculino, nota-se que as mulheres representam 58,1% de todos os pedidos realizados, mantendo o protagonismo em volume de compras pela internet. Apesar de comprarem em menor quantidade, os homens seguem gastando valores mais altos com suas compras online, com ticket médio de R$ 538,20, ante R$ 382,80 do público feminino.

Na divisão por faixa etária, é possível compreender que a idade média dos consumidores durante o trimestre foi de 37 anos. Os principais grupos consumidores foram os de 36 a 50 anos, que representam 33,9% do total de pedidos realizados, e os de 26 a 35 anos, com 33,1% da soma. Em seguida, brasileiros até 25 anos geraram 19% dos pedidos feitos no período e os compradores com mais de 51 anos, responderam por 14% desse total.

Novos Consumidaores

Ao segmentar os consumidores entre os gêneros feminino e masculino, nota-se que as mulheres representam 58,1% de todos os pedidos realizados, mantendo o protagonismo em volume de compras pela internet. Apesar de comprarem em menor quantidade, os homens seguem gastando valores mais altos com suas compras online, com ticket médio de R$ 538,20, ante R$ 382,80 do público feminino.

Na divisão por faixa etária, é possível compreender que a idade média dos consumidores durante o trimestre foi de 37 anos. Os principais grupos consumidores foram os de 36 a 50 anos, que representam 33,9% do total de pedidos realizados, e os de 26 a 35 anos, com 33,1% da soma. Em seguida, brasileiros até 25 anos geraram 19% dos pedidos feitos no período e os compradores com mais de 51 anos, responderam por 14% desse total.


Frequência de Compra

Em relação a frequência, a média de compras foi de três por consumidor, mantendo a média em relação ao trimestre anterior. O gasto médio total de cada consumidor foi de R$ 1.340,00, valor que representa aumento de 14,1% em relação ao mesmo trimestre em 2020. Ao analisar quem são as pessoas que fizeram ao menos uma compra durante janeiro a março, é possível perceber que as mulheres predominaram: elas correspondem a 58,6% dos consumidores únicos. Segmentando por faixa etária, a maior parte destes pedidos foram realizados por consumidores com idade média de 26 a 35 anos, com 31,2% do total de consumidores únicos no Brasil para os meses analisados.

ANÁLISES INTERNAS DO SETOR

5 Forças de Porter

Entrantes Potenciais – Baixa

O setor apresenta uma baixa barreira de entrada, visto a pequena necessidade de capital alocado e a pequena equipe necessária para a execução do ecommerce.

Produtos Substitutos – Alta

No que tange substituição de produtos, o mercado de e commerce oferece uma quantidade muito grande de opções, por esse motivo e pela facilidade que o cliente tem em substituir o produto utilizado, a ameaça em questão é identificada como muito alta.

Poder dos Fornecedores – Baixa

No que tange fornecimento para esse setor, em geral, os fornecedores não apresentam um grande poder de barganha, atuando em geral com valores tabelados à mercado, ou valores próximos a isso.

Poder dos Compradores – Baixa

Para esse mercado, em geral o cliente tende a pagar o valor definido no site, tendo assim um baixo poder de barganha, entretanto, o cliente tende a trocar facilmente de e commerce caso os preços estejam muito acima do mercado.

Rivalidade entre players – Alta

Esse mercado apresenta uma rivalidade extremamente elevada, tanto pela facilidade em trocar de canal de compras, quanto pelas estratégias de tráfego utilizadas pelos players.

Oportunidades

No tocante à oportunidades de mercado o mercado de e commerces, traz consigo excelentes oportunidades e cabe ao gestor estar atento e preparado para elas.

Parcerias com influenciadores

Uma forma de trazer tráfego de forma orgânica, em especial para e-commerces nichados é trazer parcerias com influenciadores do nicho, essa estratégia traz não somente fluxo de clientes, como também é uma prova social para a marca.

Exclusividade de marcas

Trazer marcas num viés de exclusividade, além de agregar valor à plataforma, é uma forma muito assertiva de garantir um fluxo de compras para o canal, além de agregar no que tange branding para o e-commerce.

Aplicação de estratégias Phygital

Estratégias Phygital (que unem a atuação física com a digital) vem sendo cada vez mais adotadas por players deste mercado e podem trazer diferenciais na experiência do cliente que tendem a ser convertidos em receita e reconhecimento no longo prazo.

Soluções em pagamento e logística

Trazer formas diferenciadas de pagamento, que possam agregar no que tange flexibilidade e facilidade de pagamento, além de agregar em soluções logísticas, que tragam velocidade e segurança ao transporte das mercadorias.

AMEAÇAS

Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se prepara e se antecipar a eventuais problemas futuros.

Margem de lucro

A baixa margem de lucro obtida nos produtos comercializados nos e commerces pode ser um problema quando não é possível adquirir escala nos produtos.

Flexibilização do distanciamento social

Uma ameaça peculiar deste setor é referente à flexibilização das medidas de distanciamento social, ao contrário da maioria dos setores, o E-Commerce precisará se adaptar e trazer estratégias para esse momento de transição.

Logística e estocagem

Uma dor latente à ecommerces está relacionada à logística e estocagem de produtos, esses pontos impactam não só o cliente e sua experiência, como também impactam diretamente a gestão do negócio.

Segurança e LGPD

Ponto chave dentro do setor de e commerces, é a gestão de informações e dados, além da segurança necessária para a operação como um todo.

TENDÊNCIAS

Ao contrário da grande maioria dos setores econômicos, a flexibilização do distanciamento social pode se apresentar como uma ameaça para o setor de e-commerce como um todo, entretanto esse não é o panorama que vem se mostrando para 2022.

  Mesmo com o avanço da vacinação e o reaquecimento do varejo físico, o comércio Online se apresenta como realidade para o ano de 2022. Pesquisas realizadas pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), afirmam que uma grande parcela dos brasileiros pretende continuar comprando mais pela internet do que no meio físico durante o ano.

Fonte: Anfavea.

Novas tendências de consumo

As boas perspectivas que o setor espera para o ano de 2022, passam diretamente por tendências de consumo cada vez mais corriqueiras no dia a dia dos consumidores brasileiros, cabe ao lojista estar preparado e adaptado à esses novos hábitos, que trazem consigo diversas oportunidade também para os mercados correlacionados com os E-commerces.

Phygital

  O conceito de Phygital se baseia na união entre o físico e o digital, gerando assim novas experiências para o consumidor final, o Phygital vem se tornando cada vez mais importante para os E-Commerces do Brasil e se apresenta como uma forma de aumentar o ganho em todos os canais de vendas, sejam eles físicos ou digitais.

  Exemplo comuns e que já vem sendo aplicados de estratégias de venda Phygital são a retirada de um produto comprado virtualmente em uma loja física, Show Room digital além de outras aplicações que envolvam descontos entre outras estratégias.

  O varejo de moda tende a apresentar excelentes cases de empresas que atuam dessa maneira, com estratégias interessantes para a aplicação em diferentes tipos de mercado.

Compra por Recorrência

A compra por recorrência também vem sendo uma estratégia cada vez mais presente no E-commerce do Brasil, clubes de vinhos, produtos por assinatura, e até cursos vêm sendo comercializados desta maneira.

A prática traz para o vendedor do produto, seja ele uma pessoa física ou uma empresa, uma maior previsibilidade de receita, além de uma diminuição na sazonalidade do mercado.

Métodos de Pagamento Rápido

Os pagamentos rápidos, usando o PIX como forma de pagamento, também vem ganhando força no mercado de E-Commerces, agregando velocidade, praticidade e conforto à experiência do cliente.

  Grandes empresas do setor, como 123 Milhas e Magalu já implementaram a opção de pagamento via PIX, além de diversos outros exemplos de médio e pequeno porte no mercado.

Frete Mais Barato e Rápido

Outro ponto, cada vez mais relevante no momento de compra é o frete, segundo a E-commerce Brasil, o frete grátis é o maior atrativo para consumidores de e-commerces no país (83% dos consumidores afirmam que a oferta de frete grátis é a promoção da qual eles mais preferem).

  Além do valor do frete, outro ponto totalmente atrelado à satisfação dos clientes está na velocidade com a qual a entrega é realizada. Gigantes do mercado nacional e internacional tem grande enfoque em logística dentro de sua gestão, investindo altas quantias em centros de distribuição cada vez mais capilarizados e chegando a ofertar entregas com prazo de 24 horas.

Sigilo e disclaimer

Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.

HIGHLIGHT

(Fernando Aureliano)

“O Setor de E-commerce brasileiro ainda promete bons anos a frente, alguns fatores relacionados à política, economia e saúde (vide coronavírus) podem afetá-lo indiretamente, entretanto ainda assim o setor ainda apresenta fortes perspectivas de crescimento e maturação.

Alta na taxa Selic pode significar um risco de curto prazo, assim como a interdependência com o setor de varejo.”


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Indústria Geral

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Quando falamos sobre indústria geral no Brasil, devemos sempre lembrar que é um setor que apresenta uma grande participação no PIB brasileiro, atualmente correspondendo a 22,2% do PIB.

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INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Poder da Indústria

Produção
Emprego
Estoque
Investimento e Players
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Inteligência Artificial
Internet das Coisas
Big Data, 3D e Marketing
Highlights
Fim

O PODER DA INDÚSTRIA

Várias coisas ao nosso redor foram produzidas da indústria, a participação do setor no desenvolvimento do país e da economia:

A indústria paga os melhores salários

Índice de confiança do empresário industrial

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou dois pontos em agosto de 2022, para 59,8 pontos. A Indústria segue confiante, pois o ICEI permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança. O avanço, puxado por melhora da percepção e das expectativas relativas à economia brasileira, coloca a confiança do setor industrial no maior patamar desde agosto de 2021.

Válido ressaltar que *O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança.

Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário e quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança

A importância da indústria para os estados

Por ser um setor de extrema importância para economia nacional, é válido pontuarmos também a performance do setor em diferentes estados e regiões do país, afim de entender onde estão localizados os polos industriais mais fortes e desenvolvidos.

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Utilização da Capacidade Instalada

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou 1 ponto percentual entre junho e julho de 2022, para 71%. É o maior valor para 2022 até o momento. O resultado supera o percentual médio dos meses de julho desde o início da série histórica, em 2011, que é de 69%. Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual registrou 46,0 pontos em julho, resultado que representa um aumento de 1,1 ponto frente ao mês anterior e um aumento de 3,5 pontos na comparação com a média para os meses de julho.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

O índice de evolução da produção registrou 51,8 pontos em julho de 2022, resultado acima da linha divisória dos 50 pontos, o que significa que a produção aumentou frente ao mês anterior. Destaca-se que o valor médio para os meses de julho é de 51,2 pontos, ou seja, a produção industrial costuma aumentar na passagem de junho para julho de 2022. Como o índice de julho de 2022 é um pouco acima da média para o mês, o resultado indica aumento do ritmo de produção acima da média.

*Valores acima de 50 indicam aumento na produção frente ao mês anterior. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda da produção frente ao mês anterior.

 Quanto mais distante dos 50 pontos, maior e mais disseminada é a variação.

EMPREGO INDUSTRIAL

O emprego industrial apresentou aumento em julho de 2022 na comparação com junho. O índice de evolução do número de empregados foi 51,2 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos que separa queda de alta do emprego. O índice mostra alta do emprego industrial pelo terceiro mês consecutivo. Além disso, como apresentou aumento de 0,4 ponto frente a junho, o índice mostra também que o ritmo de crescimento do emprego em julho foi maior que o do mês anterior.

*Valores acima de 50 indicam aumento no emprego frente ao mês anterior. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda no emprego frente ao mês anterior.

Quanto mais distante dos 50 pontos, maior e mais disseminada é a variação

NÍVEIS DE ESTOQUE DA INDÚSTRIA

O nível de estoques de produtos finais na indústria aumentou na passagem de junho para julho de 2022. O índice de evolução do nível de estoques foi de 50,6 pontos, ou seja, 0,6 ponto acima da linha divisória de 50 pontos. Já o índice de estoque efetivo em relação ao planejado passou de 49,2 pontos para 50,1 pontos. Ao situar-se praticamente sobre a linha divisória de 50 pontos, o índice mostra que o nível de estoques de produtos finais efetivo ao fim de julho é o planejado pelas empresas.

 

*Valores acima de 50 pontos indicam crescimento do nível de estoques ou estoque efetivo acima do planejado. Valores abaixo de 50 pontos indicam queda do nível de estoques ou estoque efetivo abaixo do planejado.

Quanto mais distante dos 50 pontos, maior é a variação ou a distância do planejado.

INTENÇÃO DE INVESTIMENTO DA INDÚSTRIA

O índice de intenção de investimento elevou-se em agosto de 2022, alcançando 56,9 pontos. O resultado representa um aumento de 1,0 ponto na comparação com o mês anterior. É o maior resultado desde fevereiro de 2022, quando o índice ficou em 58,2 pontos.

Setor tem destaque no investimento em inovação

O investimento da indústria brasileira em inovação de processos cresceu 33,4% entre 2016 e 2019, saltando de R$ 12,7 bilhões para R$ 16,9 bilhões, percentual acima dos 11,2% da inflação acumulada no período (IPCA), aponta o Perfil Setorial da Indústria. De acordo com a CNI, de cada R$ 100 investidos pelas empresas brasileiras em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), R$ 69 vêm da indústria.

A pesquisa indica que, entre os setores que mais se destacam no investimento em inovação, estão o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que ampliou seus investimentos em 63,9%, na década, passando de R$ 955 milhões para R$ 1,6 bilhão. Já as empresas de veículos automotores são as que mais investiram em P&D no período: mais de R$ 2,8 bilhões apenas no ano de 2019. Em seguida, vem o setor de químicos, com investimento de R$ 2,5 bilhões.

Fonte: Portal da indústria

Participação da indústria brasileira no mundo

Em 2020, o Brasil registrou a menor participação tanto na produção como nas exportações mundiais da indústria de transformação, desde o início das séries históricas, no ano de 1990. A recessão global decorrente da pandemia de covid-19 atingiu mais severamente a indústria de transformação brasileira que a indústria de países vizinhos ao Brasil no ranking mundial, como Rússia e Turquia. Este resultado reforça a trajetória de perda de importância da manufatura brasileira na economia mundial. A participação do Brasil na produção mundial da indústria de transformação caiu de 1,35%, em 2019, para 1,32%, em 2020. Com isso, o Brasil caiu para a 14ª posição no ranking dos maiores produtores industriais do mundo, sendo ultrapassado pela Rússia.

A participação do Brasil está em queda desde 2009. Apesar das perdas, o país se manteve entre os 10 maiores produtores industriais do mundo até 2014. O Brasil foi superado pela Índia, em 2009, pelo México, em 2015, pela Indonésia, em 2016, por Taiwan, em 2018 e, no último ano, pela Rússia. Em relação às exportações, o cenário também indica perda de competitividade. A participação do Brasil nas exportações mundiais da Indústria de transformação caiu de 0,87%, em 2018, para 0,83%, em 2019. Em 2020, estima-se que a participação tenha caído para 0,78%. Entre os 11 principais parceiros comerciais do Brasil1 , a maioria também perdeu participação na produção e nas exportações mundiais da indústria de transformação em 2020. As exceções são China, Coreia do Sul e Países Baixos.

Fonte: Portal da indústria

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Big Picture

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ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

No anuário da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) é apresentado as estatísticas do mercado farmacêutico no Brasil. Segundo a SCMED, o mercado farmacêutico industrial no Brasil em 2019 pode ser resumido nos seguintes números:

Entrantes Potenciais – Alta

O setor industrial apresenta uma alta barreira de entrada, tanto pelas questões legais e burocráticas, quanto pelo capital imobilizado necessário, além disso, questões de logística e distribuição são chave para esse setor, tornando assim um setor não tão agradável para empreendedores iniciantes.

Produtos Substitutos – Média

Essa ameaça é diferente para cada mercado analisado, entretanto na maioria dos casos a ameaça de substituição é intermediária ou alta, com raras exceções para produtos com um grande diferencial competitivo.

Poder dos Fornecedores – Baixa

A depender da região e do tipo de matéria prima ou matéria a ser fornecida, o gestor pode encontrar fornecedores com um alto poder de barganha. No entanto, o poder de barganha do fornecedores tende a ser inversamente proporcional ao porte da indústria.

Poder dos Compradores – Média

No que tange o cliente revendedor de produtos, o poder de barganha é alto e o gestor deve estar atento sobre a margem, já para o público de ponta a tendência é um poder de barganha menor.

Rivalidade entre players – Alta

O setor apresenta uma forte rivalidade, desde a procura por fornecedores, até o escoamento de produção, não é um mercado interessante para empreendedores sem experiência no ramo.

OPORTUNIDADES

O mercado de indústrias no Brasil, apesar de muito sólido e estabelecido, carrega consigo grandes oportunidades, cabe ao gestor estar alinhado e preparado para aproveitá-las.

Necessidade de qualificação

O Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas até 2025 para atender necessidades projetadas pelas indústrias, de forma a recolocar inativos, atualizar colaboradores ou preencher as novas vagas programadas para o setor. Essa é uma boa notícia se olharmos pelo viés de que o mercado se apresenta como oportunidade para trabalhadores desse setor. 

Implementação de tecnologia

O setor de produção é impactado de forma extremamente positiva pelo uso adequado de tecnologia, no que tange qualidade final de produto e velocidade na produção o setor é quase que dependente da implementação de tecnologias.

AMEAÇAS

No tocante à ameaças do setor, é importante, para o gestor, estar sempre atento à eventuais problemas que possam vir a ocorrer, tanto para se planejar, quanto para gerir riscos inerentes ao setor.

Dependência do setor com o exterior

Outro desafio da indústria, nos dias de hoje, está em buscar alternativas para diminuir essa dependência do setor com o exterior. Dessa forma, o setor industrial precisa pensar, investir e desenvolver projetos e planos governamentais que possibilitem a produção científica e tecnológica. Assim, o setor conseguirá ter mais autonomia com suas próprias produções.

Desigualdade industrial

Outra questão, é que a industrialização nacional não faz jus ao seu nome. Já que a distribuição de indústrias pelo Brasil é desigual. A maior parte das indústrias está na região sudeste, estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Esses estados têm as indústrias mais desenvolvidas e modernas, além de terem as indústrias mais diversificadas, como por exemplo as principais organizações de produção energética, têxtil, alimentícia e automobilística. Por outro lado, a região do nordeste é a que tem menos força em relação a indústrias. No entanto, o nordeste está tentando mudar essa situação.

TENDÊNCIAS

Um estudo realizado pelo IBGE revelou que 70% das indústrias brasileiras foram impactadas de forma negativa pela pandemia. A maior parte das empresas (63%) apresentaram dificuldades para fabricar seus produtos ou atender clientes. No entanto, o cenário para o próximo ano é otimista. As tendências da indústria em 2022 podem impulsionar o mercado e garantir maior competitividade.

Inteligência Artificial

A Inteligência artificial já está presente nos processos industriais faz alguns anos. Esse tipo de ferramenta tende a se fortalecer nos próximos anos. Sendo assim, a ideia é que a IA consiga otimizar processos da indústria e contribuir tanto para a tomada de decisões quanto para gerar maior autonomia dos sistemas de produção.

Esse campo da ciência tem crescido na direção de criar máquinas e softwares que consigam realizar funções mais complexas, que antes eram exclusivas da mão de obra humana, como resolver problemas de forma autônoma, raciocinar, encontrar padrões e perceber diferentes elementos do ambiente e dos equipamentos.

Internet das coisas

A Internet das Coisas engloba uma série de tecnologias e dispositivos que permitem o compartilhamento de informações por meio da internet. Na prática, equipamentos e sensores são conectados à rede, coletando e transmitindo dados em tempo real para um software que pode armazenar e analisar todas as informações.

Essa conexão também permite que esses dispositivos possam ser monitorados e controlados remotamente um grande ganho para a indústria. As máquinas do chão de fábrica podem transmitir para o sistema de gerenciamento todos os dados sobre seu desempenho, como temperatura, ciclos de trabalho, volume de produção, consumo energético, entre outros indicadores.

Impressão 3D

A prototipagem via impressoras 3D multiplica as possibilidades de uso dentro da manufatura, não só no momento da produção, mas também no planejamento e testes das peças.

A impressão 3D permite que modelos exatos sejam replicados e reproduzidos para garantir que a peça final seja perfeita.

Big Data Analytics

Big Data Analytics se refere a sistemas superpotentes capazes de coletar e analisar um grande volume de dados, algo impossível para um profissional dar conta.

Essa ferramenta permite usar as informações que estão sendo coletadas no chão de fábrica para gerar insights, fazer previsões de mercado, entre outras aplicações estratégicas.

Marketing Industrial

Esse marketing serve para atender empresas da Indústria. Esse marketing tem como objetivo pensar em ações inteligentes, que gerem resultado no setor industrial. Além de agregar valor aos produtos oferecidos e melhorar a posição do negócio no mercado. Em conclusão, o setor industrial brasileiro é muito importante, ele é um dos maiores geradores de empregos no Brasil, além de fortalecer todo o setor de produção.

Esse setor é tão poderoso, que ele consegue impactar os demais setores da economia. A indústria também oferta os melhores salários para seus trabalhadores. Os trabalhadores de outros setores com ensino superior ganham, em média, R$ 5.887. No setor de indústria, o valor é 31,7% maior, R$ 7.756. Ocorre o mesmo com trabalhadores com ensino médio completo. A indústria paga R$ 2.434 na média para esse perfil de colaborador, um valor é 14,3% maior do que em outros segmentos.

Operações Sustentáveis

A sustentabilidade é uma pauta antiga no mundo dos negócios, especialmente para as indústrias. A sociedade tem cobrado um posicionamento das empresas quanto à pauta ambiental e sustentável. As regulamentações estão ficando cada vez mais rigorosas e os consumidores buscam por empresas comprometidas com a natureza e como as decisões do negócio vão impactar o meio ambiente e o seu futuro.

Muitas indústrias já estão implantando em seus planejamentos anuais a sustentabilidade. Indústrias mais engajadas com o tema é uma forte tendência para os próximos anos.

HIGHLIGHTS

“Apesar do ano de 2020 ter sido marcado pela pandemia do novo coronavírus, com diversos decretos de suspensão de atividades, restrições aos atendimento presenciais, e uma crise econômica e social que atingiu de norte a sul o país, após analisar os principais dados  do portal da indústria conseguimos avaliar que o setor conseguiu minimizar os grandes efeitos colaterais da crise, apesar de ainda possuir alguns indicadores que não chegaram aos níveis pré pandemia, além de ser um setor extremamente sensível e dependente do mercado externo. Apesar disso, é um segmento crucial para a economia nacional, com expressiva participação. No que tange inovação o setor apresenta boas perspectivas e tendências que no longo prazo vão impactar o setor positivamente.”

 

Vinícius Ribeiro – Business Analyst II

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RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br

Tecnologia da Informação

ANÁLISE MACROECONÔMICA

NÚMEROS DO BRASIL E DO MUNDO

O mercado mundial de TI atingiu um valor de US$ 2.395 bilhões, enquanto o Brasil U$ 49,5 bilhões, fazendo com que o país voltasse a ocupar a 9ª posição no ranking mundial. A  produção mundial de TI apresentou, em 2020, um crescimento de 2,5%, enquanto no brasil chegou a 22,9%. atingindo um investimento de R$ 200,3 bilhões (US$ 50,7 bilhões), se considerados os mercados de software, serviços, hardware e também as exportações do segmento. 

Em 2020, o PIB nacional enfrentou uma redução de 4,1%, totalizando R$ 7,4 trilhões. O resultado foi duramente impactado pela pandemia mundial, após um ciclo de crescimento dos anos anteriores. O PIB per capita recuou 4,8%, em termos reais, alcançando R$ 35.172,00 em 2020.

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Crescimento de 2,5% no mundo


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Crescimento de 22,9% no Brasil

INDICE

Introdução

Número da Brasil e Mundo

Mercado Latino Americano
Distribuição Regional
Principais Indicadores
Segmentação dos principais mercados
Pandemia
Empregos
Mercado Consumidor
Fusões e Aquisições
Importação e Exportação
Perfil do Investidor
Investimentos
Top 5 Empresas
Número de Empresas no Setor
Big Picture
Oportunidades e Ameaças
Tendências
Highlights
  • Vemos que o Brasil possui uma notável atuação no quesito hardware a nível mundial, ficando na frente de países como EUA, Alemanha e Reino Unido.

Fonte: Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências – 2021

MERCADO LATINO-AMERICANO

Olhando pela ótica do mercado latino americano, o Brasil lidera o ranking com uma participação de 44% no share e um valor de mercado de US$ 49 bilhões. Países emergentes possuem um ímpeto de crescimento grande quando comparado com o resto do mundo no segmento de TI 

Dentro do segmento de Tecnologia da Informação, pela primeira vez em muitos anos, o setor de software apresentou crescimento mais acentuado do que o setor de serviços, com crescimento de 28,7% em 2020, em relação a uma redução de 4,5% no mercado doméstico de serviços. O crescimento do setor de software pode ser atribuído à forma como as empresas foram obrigadas a mudar sua estrutura de trabalho, em função de confinamentos e do aumento da modalidade home-office que se seguiu. Para poder continuar a conduzir seus negócios, as empresas apostaram na introdução de novos produtos, no aumento da segurança em TI, no aumento da produtividade e na redução de custos.

EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DO MERCADO INTERNO DE TI

Quando analisamos o mercado interno brasileiro e sua distribuição, vemos a liderança do sudeste no setor, isso por conta do desenvolvimento socioeconômico e tecnológico que torna a região propícia ao crescimento do setor.

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PRINCIPAIS INDICADORES DO MERCADO BRASILEIRO DE SOFTWARE E SERVIÇOS




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US$ bilhões de mercado

Fonte: Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências – 2021


Segmentação dos principais mercados usuários de Software

Dentre os principais segmentos usuários de softwares, os que lideram o ranking são serviços e telecom e finanças, com marketshare bem similar. A cada ano, o segmento de finanças vem ganhando posição no ranking devido ao grande surgimento de fintechs no país.

O software sob encomenda foi o segmento de maior crescimento entre 2019 e 2020 devido a necessidade das empresas em implantar sistemas e novas aplicações digitais para se inserir no meio digital e contornar perdas causadas pelas medidas de isolamentos e aderência ao trabalho home office

Fonte: Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências – 2021

Brasil

Diferentemente de muitos segmentos da economia que sucumbiram à pandemia de forma implacável, o setor de tecnologia da informação (TI) registra uma trajetória de alta. Enquanto a economia como um todo ficou estagnada, com retração de 0,1% no segundo trimestre, a atividade de informação e comunicação, que abriga o setor de TI no Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 5,6% sobre o primeiro trimestre, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A alavanca para a alta do segmento está no comércio eletrônico e no trabalho remoto, quando famílias e empresas passaram a gastar mais com tecnologia, incrementando a demanda

O setor de TI teve crescimento acima da média em 2021, ao contrário de outros setores no país, que cederam à pandemia, registrando alta de 5,6%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Diferente de algumas áreas fortes da economia, que normalmente puxam o Produto Interno Bruto (PIB) do país para cima, como é o caso dos automóveis, eletro e eletrônicos que tiveram menor desempenho econômico este ano, o setor de TI se destacou de forma considerável. O carro chefe que contribuiu para o setor de Ti ter crescimento acima da média, foram as atividades de informação e comunicação que compõem o setor de TI no PIB do país.

Para se ter uma ideia desta diferença, no mês de junho a atividade dos serviços de TI estavam 27,8% acima da média no mesmo período que antecedeu a pandemia (2020), e veio mantendo esta média nos meses subsequentes em relação aos registrados nos anos anteriores. Segundo especialistas da área, a alta do segmento está diretamente ligada a necessidade das empresas se adequarem ao trabalho remoto de seus colaboradores, levando estas organizações a gastarem mais com tecnologia.

De acordo com a pesquisa feita pela iMonitor IT, o primeiro trimestre de 2021 foi excepcional para o setor brasileiro de TI, que registrou 15,7% de crescimento em comparação ao mesmo período do ano passado. O segundo trimestre de 2021 foi de crescimento para o mercado de infraestrutura de tecnologia da informação (TI). O segmento registrou faturamento de mais de US$ 300 milhões, um aumento de 26,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são de estudo da IDC Brasil.

Entre os setores de maior destaque, o de armazenamento cresceu 11,1%, graças a grandes projetos finalizados no segundo trimestre. Já a área de networking teve alta de 28,5%: o segmento de redes de acesso foi o que mais avançou, o que demonstra a busca por soluções que comportem uma densidade maior de dispositivos conectados para atender aos modelos de trabalho híbrido e remoto. Já o terceiro semestre encerrou com um crescimento de 17,1%

Um dos motivos é a continuidade da necessidade das empresas em fornecer infraestrutura para os funcionários trabalharem no modelo de trabalho híbrido. A expectativa da indústria em relação à venda desses equipamentos até 2025 no país, considerando somente o segmento corporativo, é de crescimento de 25%, chegando à média de 2,6 milhões de unidades vendidas.

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PANDEMIA

A crise do Coronavírus foi tão grande que provocou mudanças na maioria dos setores. Inicialmente, ela interrompeu o ciclo de crescimento do mercado de TI, provocando queda na lucratividade dos negócios. Isso ocorreu em virtude da perda dos rendimentos e da elevação da taxa de desemprego. Por outro lado, as medidas de afastamento levaram as pessoas a ficarem em casa e, com isso, muitos paradigmas foram rompidos. As empresas se adaptaram e abriram espaço para o trabalho remoto nos mais diversos departamentos.

Algumas delas já estão verificando a possibilidade de transferir o operacional para o home office e ampliar os conhecimentos de seus colaboradores. Muitos empresários ainda estão procurando soluções com menor custo, como a locação de parque tecnológico. Os líderes do setor de TI estão envolvidos nas decisões estratégicas dos gestores, e precisam assegurar o funcionamento do modelo remoto por meio de conexão de internet apropriada e equipamentos adequados.

Impacto negativo em curto prazo

Dispositivos de consumo

Servidores

Armazenamento

Serviços de TI
On-Premises

Impacto positivo em curto-médio prazo

Softwares e Ferramentas de comunicação

Software de Virtualização

Serviços de nuvem

Big Data e Analytics

Segurança

Serviços de TI Off-site

Impacto positivo em médio prazo

IoT

AR/VR

Inteligência Artificial

Smart Office & Smart Home

Segurança

Apesar de todos os impactos negativos de Covid-19 para o mundo, oportunidades surgirão com a crise, justamente, por que ela está mudando os processos diários e está levando a importantes mudanças em áreas como local de trabalho (home office) e RH (cultura de trabalho, treinamento, colaboradores se adaptando às mudanças constantes); interação cultural e social (streaming e serviços online); a maneira como os negócios são conduzidos (omnichannel); a distribuição resiliente e cadeias de suprimentos. 

EMPREGOS

De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), as empresas de tecnologia da informação já contrataram mais em 2021 do que no ano passado inteiro. Somente até abril, foram 69 mil empregos na área, contra 59 mil em todo o ano de 2020. No Brasil, o setor já vinha crescendo nos últimos anos, mas a pandemia de Covid-19 acelerou ainda mais o processo de transformação digital. Devido ao isolamento social, a maioria das empresas precisou se adaptar rapidamente ao home office, o que tornou o profissional do ramo indispensável. 

 

Estudo de 2019 da Brasscom, associação empresarial do setor, estima que, desde aquele ano até 2024, serão gerados em torno de 420 mil novos postos de emprego nessas atividades, uma média simples de 70 mil ao ano. Só que os cursos superiores voltados para a área (como análise de sistemas e engenharia da computação) formam 46 mil alunos por ano, o que fomenta a disputa das empresas pelos melhores profissionais.

MERCADO CONSUMIDOR

Praticamente 69% do mercado usuário é composto por empresas dos setores de Finanças, Serviços e Telecom, seguidos por Indústria e Comércio, Governo, Agroindústria e outros. A vertical de Governo mostrou ligeira retração em relação ao ano anterior, passando para uma participação de 6,1%. Ao mesmo tempo, a vertical de Comércio apresentou o maior aumento nos investimentos em TI no ano de 2020, com crescimento de cerca de 15% na participação.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

No primeiro semestre, registrou um crescimento de 109,0%, com 393 negócios, correspondendo a um investimento de R$ 39,4 bilhões equivalente a um crescimento de 89,5%, em relação ao mesmo período do ano de 2020. O 2º trimestre/21 registrou crescimento de 7,5% em relação ao 1ºT21. Os investidores Financeiros foram mais ativos em volume, com 40 negócios realizados no mês. No acumulado do ano (1º + 2º), realizaram 186 operações, equivalente a 54,7%. Enquanto os investidores Estratégicos concretizaram 207 operações no mês.

Por sua vez , os Investidores Nacionais responderam por 58 operações (81,7%) e os Estrangeiros somente por 13 (18,3%). Quanto aos montantes no mês, os Investidores Nacionais foram responsáveis por R$ 3,1 bilhões do total. No acumulado do ano responderam com um investimento de R$ 22,5 bilhões, crescimento foi de 300,1%, e os Estrangeiros com R$ 17.0 bilhões, um crescimento de 11,7% Os segmentos de maior volume de operações foram o de Software e Mídia O valor médio das transações no ano foi de R$ 100,4 milhões, uma queda de 7,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.



Os segmentos de maior volume de operações em junho/21 foram os de Software e Mídia, representando uma concentração de 90,1%

PERFIL DO INVESTIDOR

Em relação ao perfil do investidor no corrente mês, das 71 operações destacadas, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 31 negócios, sendo que destes, 23 negócios foram por empresas de capital nacional. Os investidores Financeiros por sua vez realizaram 40 negócios, sendo 35 de capital nacional e 5 de capital Estrangeiro. O Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 58 operações (81,7%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 13 negócios (18,3%).

No ano, o Investidor Estratégico se destaca com maior número de operações – 207, equivalente a 52,7%. Por sua vez, o Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 323 operações (82,2%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 70 negócios (17,8%).

IMPORTAÇÃO X EXPORTAÇÃO

Software e serviços para exportação tiveram resultados mais modestos em 2020: a exportação de software cresceu cerca de 8,6%, enquanto a exportação de serviços sofreu redução de 4,5%. Essa redução espelha claramente o aumento do mercado doméstico, no qual as empresas demandaram mais investimento para manutenção de seus negócios.

Em 2020, a utilização de programas de computador desenvolvidos no País (incluindo aí o software sob encomenda e as exportações) representou 30% do investimento total, mantendo a tendência de participação do software desenvolvido no País em relação ao mercado total

INVESTIMENTOS NO SETOR

Os investimentos em TI apresentaram crescimento, atingindo cerca de 2,8% do PIB, fazendo com que o Brasil recuperasse a 9ª posição no ranking mundial de TI. Da mesma maneira, o mercado brasileiro passou a representar 2,1% do mercado mundial de TI e 44% do mercado da América Latina.

Se olharmos apenas para o mercado de software e serviços, o Brasil também retomou a 9ª posição no ranking mundial, com participação de 1,8%, recuperando o espaço que havia perdido para Holanda e Itália no ano de 2019.

O mercado latino-americano de TI apresentou um crescimento de 8,5% em 2021 e, no próximo ano, a previsão é que os investimentos aumentem em 9,4% no setor, segundo aponta a IDC, empresa de pesquisa, análise e consultoria do setor de TIC. O número é um dos destaques de uma lista de 10 previsões da empresa para os próximos anos.

Em dezembro do ano passado, a IDC havia previsto que o setor de telecomunicações, de forma geral, cresceria 10% em 2021. Para 2022, espera-se um aumento continuado nos gastos com TI, com um crescimento médio de 9,4%, à medida que as tecnologias permitiram, modificaram e aceleraram a dinâmica de continuidade dos negócios”, afirma.

Em termos de equipamentos e mobilidade, os smartphones continuam a liderar os investimentos no segmento, representando 83,5% do mercado. Por outro lado, o maior crescimento de vendas em 2020 foi no mercado de notebooks, que cresceu 18,4 % em relação a 2019. Desktops e tablets apresentaram reduções nas vendas. Em termos de conexões de dados ativas no Brasil, houve uma redução no volume total, especialmente por conta da queda nas conexões domésticas e não comerciais.

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Outro ponto importante de ressaltar é adecorrente da necessidade de aproveitamento da quantidade de dados gerada, até 2023, 40% das 5.000 empresas mais importantes da América Latina terão uma arquitetura de governança de dados para viabilizar DataOps, promover engenharia de dados com base em Machine Learning, reduzir os riscos de dados e impulsionar a inovação. A IDC indica que, até 2024, 1/3 dessas empresas formarão parcerias de compartilhamento de dados com partes interessadas externas por meio de ambientes seguros para aumentar a interdependência e salvaguardar a privacidade de dados e ativos de dados valiosos.

Os investimentos da América Latina em software de gerenciamento de dados, que inclui integração e inteligência de dados, administração e desenvolvimento de banco de dados, bem como sistemas de gerenciamento, crescerão a uma taxa composta de mais de 16% nos próximos cinco anos.

DENTRE AS PRIORIDADES DE INVESTIMENTOS, PODEMOS RESSALTAR:

EXPANSÃO DO SETOR

  • Para os próximos anos a expectativa é que o setor continue em alta devido a automatização de diversos processos. Os profissionais de TI serão cada vez mais requisitados, seja para desenvolvimento, manutenção ou aprimoramento dos recursos. A 32º Pesquisa Anual do Uso de TI no Brasil, realizada pelo FGVcia apontou que em 1992, as empresas gastavam, em média, cerca de 2% da receita com tecnologia. Hoje, esse número é de 8,2%, o que indica um investimento crescente das companhias em ferramentas e serviços de TI. A tendência é que nos próximos anos esse número continue a crescer e chegue a 9%. Os bancos e serviços aparecem acima da média em termos de gastos com tecnologia, com 16% e 11,7% da receita direcionada aos investimentos em TI, respectivamente. Já a indústria aparece com 4,8%, enquanto o comércio está investindo apenas 3,9%. Já os dispositivos digitais (computadores, notebooks, tablets e smartphones) em uso no Brasil somam 440 milhões, o que representa mais de dois dispositivos digitais por habitante. Desse total, cerca de 198 milhões de computadores estão em uso. A pesquisa mostrou ainda que entre os anos de 2022 e 2023, a expectativa é que o Brasil tenha 216 milhões de máquinas em uso, número que deve ser equivalente aos 216 milhões de habitantes da população brasileira no mesmo período, atingindo a proporção de um computador por habitante em média no Brasil. Portanto, o que se observa é que a área de TI seguirá como um ramo de forte expansão e com uma procura cada vez maior por profissionais qualificados.

TOP 5 EMPRESAS

1 – TOTVS

A Totvs (Totvs S.A) é uma empresa brasileira de criação e comercialização de softwares. A Totvs é uma das maiores companhias do seu segmento presentes na B3 e foi a primeira empresa do setor de TI da América Latina a abrir capital, em 2006, no segmento do Novo Mercado. A empresa conta com portfólio completo de sistemas e plataformas para gestão de empresas de 12 segmentos de mercado, serviços financeiros e soluções de business performance, tudo isso possível graças ao time de 3.000 desenvolvedores que compõe a empresa.

2 – Sinqia

A Sinqia é um empresa que oferece soluções tecnológicas oferecidas pela são destinadas para o mercado financeiro, principalmente os maiores bancos brasileiros. Mesmo com a crise em 2020, a empresa alcançou um recorde de R$48,6 milhões na receita líquida do trimestre, um crescimento superior a 26,2% em comparação ao mesmo período de 2019. O portifólio da empresa conta com quatro plataformas de softwares (Sinqia Bancos, Sinqia Fundos, Sinqia Previdência e Sinqia Consórcios) e duas de serviços (Sinqia Outsourcing e Sinqia Consulting).

3- Positivo

A Positivo Tecnologia (Positivo Tecnologia S.A) é uma empresa brasileira de tecnologia em que a principal atividade da empresa consiste na comercialização de produtos de informática, principalmente a fabricação e venda de computadores. Além disso a empresa se destaca por sua tecnologia, inovação, agilidade e adaptação para alcançar específicos público e mercado. Pensadas cuidadosamente para cada perfil de consumo, as marcas e áreas de negócios Positivo, Vaio, Compaq, Positivo Casa Inteligente, Anker, 2 A.M., Positivo Servers & Solutions, Quantum e Educacional.

4 – Locaweb

A Localweb é uma empresa de tecnologia especializada em hospedagem de sites e está listada. Em 2021, após um ano da sua estreia na Bolsa, as ações da Locaweb acumularam uma alta de quase 600%. A explicação para esse crescimento das ações é o fato de pequenas e médias empresas passarem a digitalizar seus negócios por conta da pandemia. O portifólio da empresa conta com diversos serviços como hospedagem de sites, cloud e servidores, marketing digital, soluções de pagamento entre outros.

5 – Linx

A Linx é uma plataforma de software para o varejo que possui clientes como Boticário, Natura, Centauro, Tok&Stok, Ipiranga e Drogaria São Paulo. A Linx é líder no mercado de software de gestão para os mais variados setores da economia, com 45,6% de market share do mercado varejista. A empresa possui mais de 3,5 mil colaboradores distribuídos entre sua sede em São Paulo, 16 filiais pelo Brasil e 5 países da América.

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NÚMERO DE EMPRESAS NO SETOR

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Até 2024
+400.000 vagas surgirão no setor de TI

Hardware
É a categoria predominante no share de Ti Brasileiro

1º Lugar
É a posição do Brasil no ranking latino americano do mercado de TI

Região Sudeste
Domina o Market Share nacional de TI

9º maior
É a posição do Brasil no ranking mundial do mercado de TI

2,8%
Participação dos investimentos em TI no PIB brasileiro

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Média

Barreira de entrada média (Cursos; Especialidades; Know how; Alto capital); A barreira de entrada nesse caso vai está diretamente ligada ao tipo de serviço e a complexidade que vai demandar.

Produtos Substitutos – Alta

A ameaça de produtos substitutos pode ser considerada alta pois estamos falando de um setor de constantes mudanças e evoluções em que novas formas de realizar uma mesma atividade surgem constantemente.

Poder dos Fornecedores – Alta

Poder de barganha dos fornecedores tendo em vista a complexidade do serviço prestado e em alguns casos a exclusividade de determinadas formas de aplicação e atuação

Poder dos Compradores – Baixo

Poder dos compradores tende a ser baixo, tendo em vista que certos tipos de especialidades são escassos e faltam profissionais no ramo.

Rivalidade entre players – Alta

Disputa por eficiência (Custo e tecnologia)/automação. Pouca diferenciação). Com o avanço dos grandes grupos, a competição torna-se mais intensa.

OPORTUNIDADES

O mercado de T.I  é marcado por grandes oportunidades, ele se encontra em constante expansão e inovação, e vem nos últimos anos ajudando a economia como um todo a crescer num ritmo extremamente acelerado, diversas startups vem surgindo e trazendo soluções para mercados extremamente sólidos e robustos. No Brasil esse mercado é carregado de grandes oportunidades, dentre elas:

Demanda em Crescimento

Trazer para empresas, principalmente as de médio e pequeno porte, soluções que possam otimizar e automatizar processos  ultrapassados dentro da gestão atual das mesmas.

Atuação em diversos setores da economia

O profissional da área encontra oportunidades de trabalho em todos os setores da economia, tanto no setor privado quanto no público, incluindo o transporte, as empresas de telecom, a indústria, o comércio, a saúde, o entretenimento, entre outros

Indústria 4.0

Batizada também de 4ª Revolução Industrial, esse fenômeno está mudando, em grande escala, a automação e troca de dados, bem como as etapas de produção e os modelos de negócios, por meio do uso de máquinas e computadores. Inovação, eficiência e customização são as palavras-chave para definir o conceito de Indústria 4.0. A Indústria 4.0 tem impacto significativo na produtividade, pois aumenta a eficiência do uso de recursos e no desenvolvimento de produtos em larga escala, além de propiciar a integração do Brasil em cadeias globais de valor. Além disso, implicará em transformações na gestão empresarial, principalmente em dois aspectos. O primeiro está relacionado à estratégia para implementar tecnologias, como a cooperação entre as áreas de tecnologia de informação (TI) e as de produção.

AMEAÇAS

Como todo mercado em constante o setor de TI também enfrenta diversas ameaças. Sempre é importante estar atento a possíveis oscilações e mudanças bruscas de mercado, principalmente para que seja possível se antecipar a eventualidades e seguir firme em sua caminhada.

Flutuações de Câmbio

Ao fazerem a cotação de equipamentos ou ferramentas, muitas empresas se encantam com as funcionalidades, o preço e a qualidade de soluções desenvolvidas em outros países, cujo contrato estipula o pagamento em moedas diferentes. Algumas delas realmente parecem muito tentadoras e têm um preço inicial melhor que as ofertas de empresas nacionais, mas é muito importante avaliar essas possibilidades com atenção, devido à flutuação natural do câmbio

Falta de Profissionais

Apesar de todo o ano milhares de profissionais se formarem em cursos voltados para a área de TI, a quantidade não é suficiente para sustentar a demanda interna de mão de obra, a longo prazo essa carência de profissionais pode causar uma lentidão no processo de desenvolvimento do setor.

Confidencialidade

A maior parte das empresas trabalha com informações sigilosas sobre consumidores, fornecedores, funcionários e as próprias operações. Um vazamento que exponha aspectos estratégicos ou dados sobre os clientes pode gerar uma série de problemas. Além dos prejuízos financeiros, falhas relacionadas à confidencialidade podem criar a possibilidade de fraudes digitais e acarretar danos à imagem da empresa e perda de clientes e oportunidades de negócios. É preciso assegurar que qualquer solução seja o simples armazenamento, ferramentas ou aplicações em nuvem disponha, de fato, de todos os recursos necessários para evitar que os dados fiquem vulneráveis à ação de criminosos

TENDÊNCIAS

5G na rota da massificação

O país está caminhando para o início da massificação da tecnologia de 5ª geração no Brasil, com leilões de frequências, implementações em larga escala e geração de novas receitas. A elevada capacidade de conexões proporcionada pelo 5G será um grande impulsionador na adoção de outras tecnologias. Ficará mais intensa e necessária a relação com outros elos do ecossistema para alcançar objetivos, especialmente de negócios. Questões regulatórias, econômicas, geopolíticas e do ecossistema de tecnologia, tanto do lado da oferta como da demanda, estão encadeadas para o sucesso dessa jornada.

Até hoje, em intervalos de 10 anos, tivemos uma nova geração de tecnologias de redes móveis, com grande direcionamento de atendimento ao segmento B2C. Com a grande penetração do serviço móvel, a elevada adoção dos smartphones e o uso de serviços de dados, a 5ª geração surge com ênfase no segmento B2B e como grande facilitador de outras tecnologias. Ao entregar elevada taxa de transferência, baixa latência e alta densidade de conexões, serão rompidas as barreiras de conectividade que restringiam a adoção de outros serviços.

A IDC estima que, nos anos 2021-2022, o 5G proporcionará US$ 2,7 bilhões na geração de novos negócios envolvendo AI, AR/VR, BD&A, IoT, Cloud, Segurança e Robotics

Novo contexto de nuvem e colaboração impulsiona soluções de segurança

O trabalho remoto e a maior utilização de recursos de nuvem fazem com que as empresas tenham que evoluir quanto à proteção de seus ambientes. Diante do cenário atual, a maioria das organizações entendeu que seu ambiente não estava preparado para lidar com segurança em nuvem e com a diversidade e a dispersão de endpoints. Hoje, soluções como CASB, CSG ou CWP estão presentes em cerca de 20% das empresas. Esse movimento também exige maior controle de identidades e acessos, alavancando o tema e a aplicação de recursos para minimizar brechas. A visibilidade e proteção dos dados também ganha atenção, seja pelo incremento recente dos ataques, seja pelas necessidades trazidas pela LGPD. Apenas 50% das empresas dizem estar em estágios avançados de adequação à lei de proteção de dados pessoais e 66% indicam que seu maior desafio é o mapeamento e controle das informações.

As empresas terão que introduzir soluções que tragam maior inteligência (como IA e ML), permitindo maior automação da análise dos eventos de segurança. Isso é especialmente importante numa realidade de equipes enxutas e quantidade crescente de eventos. Soluções com aderência aos ambientes de nuvem terão que ser avaliadas e colocadas para funcionar. Isso fará com que as estratégias priorizem a proteção de dados e de workloads. Em 2021, os gastos com soluções de segurança (seja hardware ou software) ultrapassaram US$ 900 milhões no Brasil, alta de 12,5% em relação ao ano anterior. Já os serviços gerenciados de segurança (MSS) totalizarão US$ 615 milhões no mesmo período. Soluções de segurança na nuvem cresceram 29% em 2021 e corresponderão a 23% das soluções de segurança buscadas no mercado.

Cloud avança como elemento-chave na infraestrutura de TI

A otimização do uso da nuvem determinará o ritmo e a direção de novas tecnologias para infraestrutura, aplicações e segurança. As necessidades impostas pela pandemia mostraram que a nuvem é um caminho rápido para ampliar a resiliência operacional da TI. Mais da metade das empresas que utilizam nuvem afirmam que estão executando workloads críticos em produção. Capacidades de nuvem são somadas às capacidades de infraestrutura de TI existentes, evidenciando a evolução dos ambientes híbridos nas organizações. Cerca de 90% das organizações de grande porte dizem contar com Data Centers tradicionais, sejam eles próprios ou terceirizados. Destas, 49% afirmam utilizar também algum modelo de nuvem como parte da sua infraestrutura de TI. Conectar e gerenciar múltiplos recursos de nuvem se converterá em um dos maiores desafios de operação da TI. Faz-se necessário evoluir na orquestração de ambientes híbridos e multi-cloud.

Para otimizar o consumo de nuvem e dar maior agilidade para o desenvolvimento de novos produtos e serviços digitais, as empresas retomarão com mais força seus investimentos em modernização de aplicações. Somados, os gastos com infraestrutura (IaaS) e plataforma (PaaS) em nuvem pública no Brasil devem atingir US$ 3,0 bilhões, o que representa um crescimento de 46,5% em relação à 2020. O modelo de nuvem privada também cresce em bom ritmo, totalizando US$ 614 milhões em 2021. O maior crescimento vem de nuvens privadas como serviço (DCaaS), que avançarão 15,5% se comparado com o ano passado.

Multiplicação dos recursos de inteligência artificial embarcados

Ainda que os projetos de inteligência artificial (IA) nas empresas estejam avançando lentamente, a penetração dessa tecnologia tem aumentado por meio de soluções que a utilizam como parte de suas capacidades. Entre as organizações de grande porte no Brasil, cerca de 25% já estão utilizando IA e Machine Learning (ML) em projetos próprios. De aplicações de negócios a soluções de segurança, a IA passa a ser um elemento essencial para lidar com volumes cada vez maiores de eventos e informações. No entanto, as empresas ainda estão se adequando a essa realidade; mais de 75% delas têm algum tipo de supervisão humana (como parte do que a IDC chama de ML Life Cycle) para assegurar/ validar os resultados. As organizações darão preferência às soluções que tenham capacidades de IA embarcadas como uma forma de otimizar sua força de trabalho por meio de automação com inteligência, liberando tempo das pessoas.

A demanda por profissionais especializados e por provedores de serviços acentuará a concorrência neste segmento. É esperada a aceleração do movimento de fusões e aquisições com empresas e startups que tenham expertise nessa área. Com a ampliação dos casos de uso e das aplicações, os gastos com AI no Brasil chegaram ao total de US$ 464 milhões em 2021, puxados principalmente por serviços de consultoria de TI e de negócios. Os casos de uso mais importantes (agentes automatizados para atendimento e assistentes digitais em aplicações corporativas) continuarão puxando o crescimento do mercado, com taxas próximas a 30% sobre o ano de 2020

INOVAÇÕES

Multiplicação dos recursos de inteligência artificial embarcados

Soluções de IA (Inteligência Artificial), de Big Data, de Cloud e de IoT (Internet das Coisas) ganharam fôlego na pandemia. Assim, tecnologias que já apresentavam uma trajetória de alta tiveram o crescimento acelerado. Portanto, são muitos os nichos de TI que evoluíram nesses tempos difíceis. Aliás, na contramão de outros segmentos, o mercado da tecnologia vai de vento em popa. A seguir, preparamos alguns tópicos sobre as principais inovações de TI estimuladas pela Covid-19.

Omnichannel

Outro setor que ganhou espaço no mercado com a Covid foi o segmento de omnichannel, com destaque para a conexão entre o WhatsApp e os chats de sites e ecommerces. Com muitas das lojas físicas fechadas, investir na experiência positiva de usuários on-line se tornou a saída para amenizar os prejuízos. Uma pesquisa da Ebit/Nielsen revela crescimento de 47% nas vendas on-line de 2020, quando comparadas a 2019. Nesse cenário, foi preciso ampliar a visibilidade na internet com a presença das organizações em múltiplos canais interligados.

Chatbots

Com a explosão do ecommerce que acabamos de mencionar, a quantidade de trabalho para manter os meios virtuais de atendimento ao cliente também disparou. Assim, outro segmento de TI impulsionado pela crise foi o de chatbots, que permite experiências intuitivas com base nos objetivos dos clientes. Na jornada de compras pelo ominichannel, a presença desses robôs é quase obrigatória. Pelo menos para fazer uma triagem na demanda que chega aos operadores humanos. Além disso, de acordo com um estudo da MarketsandMarkets, o setor de chatbots vai avançar 30% até 2024.

Cloud Computing

Sem os serviços de cloud, não seria possível uma transição tão rápida do trabalho físico para o universo digital. Para se ter uma ideia, graças à nuvem, empresas de call centers puderam colocar times inteiros na atuação remota. Para isso, bastou fornecer computador e internet ao pessoal. Assim, toda a integração desses sistemas recebeu tecnologia cloud e cada funcionário passou a atender de casa. Mais um ponto interessante para ficar de olho é a computação em névoa (flog computing). Nesse caso, trata-se de uma tecnologia capaz de processar dados com melhor desempenho do que a nuvem. Ela terá um papel importante, especialmente nas soluções de IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas).

HIGHLIGHTS

O setor de T.I é de extrema importância para o desenvolvimento de um país, devido ao seu alto valor monetário movimentado e as infinitas oportunidades de atuação. Como foi visto durante a análise, o setor de T.I no Brasil vem quebrando recordes de desempenho e apresentando inúmera inovações para o futuro. Sem dúvidas, a pandemia foi um grande impulsionador do desempenho do setor, pois acelerou a chegada da chamada indústria 4.0 que trouxe com ela forte presença de áreas como análise SaaS (SaaS – Software como serviço); PaaS (PaaS – Plataforma como Serviço); IaaS (IaaS – Infraestrutura como serviço). Devido a atual necessidade de implementação de áreas de T.I nas empresas e indústrias, o cenário para o setor de tecnologia da informação mostra-se bastante positivo e prósprero.

Vinícius Ribeiro
Business Analyst II

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Equipe Ray Market Sound
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Provedores de internet

Introdução

Compreender o cenário Brasil referente ao setor de provedores de internet em 2021, observando os seguintes pontos: Análise macroeconômica, análises internas do setor e tendências.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

VISÃO GERAL

Hoje a tecnologia tem um papel fundamental na economia. Todos os setores, de alguma maneira, são impactados pelo avanço tecnológico, e algumas indústrias sentem esse impacto mais que outras. Esse é o caso do setor de telecomunicações, ou telecom. O setor é movido por inovação, basta observar o quanto o modelo de negócio das grandes empresas foi alterando ao longo do tempo, não só o modo como as empresas tocam a operação, mas como monetizam seus variados produtos. Mas afinal, o que é TELECOM? Telecomunicações são sistemas que permitem a troca de informações por distâncias significativas através de meios eletrônicos, e pode se referir a todos os tipos de transmissão de voz, dados e vídeos.

E apesar de historicamente os serviços por voz serem os mais populares, com os últimos anos e a evolução das redes sociais, turbinado ainda mais pela pandemia de COVID-19, os serviços de dados vem tomando cada vez mais importância no mundo. O número de acessos de banda larga fixa no Brasil já ultrapassou 30 milhões, e tem um crescimento anual médio de 12,8%, um ritmo próximo da média mundial de 13%.

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No Brasil podemos identificar 2 grandes grupos de provedores de dados, as grandes corporações (Claro, Oi, Tim, Vivo, Net…) e os Prestadores de Pequeno Porte, ou PPP´s. De maneira geral, podemos verificar que a estratégia entre essas duas se diferencia principalmente na questão geográfica, enquanto as grandes provedoras preferem centralizar seus esforços nos grandes centros, as PPP´s se concentram em capilarizar o alcance e acabam democratizando o acesso à internet fora dos grandes centros urbanos. E vem dando resultado, Com a pandemia de Covid-19, a consequente expansão do trabalho remoto e a aceleração da digitalização de processos de modo geral, mesmo as áreas fora dos grandes centros urbanos, aumentaram sua necessidade de conexão. Essa situação impulsionou o mercado de banda larga de provedores regionais, já que a oferta de conectividade fora das metrópoles têm sido contemplada por essas empresas, que logo no início da pandemia, mostraram aumento de 43% nos contratos de banda larga.

Em número absolutos, isso significa que, dos quase 36,5 milhões de acessos à banda larga no Brasil, os PPP’s foram responsáveis por 11,7 milhões, vantagem considerável em relação à segunda colocada, a Claro, com 9,8 milhões de acessos. Embora juntas, as operadoras de grande porte sejam responsáveis pelo maior número de acessos, esses pequenos provedores têm democratizado o acesso à internet e chegado a lugares que as grandes empresas não chegam.

Outro ponto de inflexão no mercado de banda larga no Brasil é a disseminação cada vez maior da internet por fibra óptica, que já corresponde à maioria da banda larga fixa. De acordo com os dados da Anatel, dos 5.570 dos municípios brasileiros com acesso à banda larga, 98,8% têm acesso à fibra óptica. Ainda segundo essa pesquisa, um registro feito em julho de 2019 constatou 34,2 milhões de acessos à banda larga fixa na época, sendo que 13,6 milhões foram por fibra óptica. E pelo menos 8,134 milhões desses contratos, os quais representam 59,5%, são de provedores de internet regionais. Ou seja, quase 60% da conexão em fibra óptica, são de contratos de PPPs

“A mudança para cabo e fibra óptica se deve à expansão dos pequenos provedores, que estão crescendo as suas redes ou já nascem com a rede externa com fibra óptica. Os pequenos e médios provedores têm papel fundamental na melhoria da qualidade da internet”

Alexandre Barbosa, Gerente do  Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação

O brasileiro demanda por mais velocidade e mais qualidade de internet, e é mais fácil para as operadoras de pequeno porte atenderem essa demanda. A seguir podemos ver a importância que a Fibra ótica vem obtendo no consumo de  internet.

De março a julho de 2020, este grupo de empresas viu ainda um aumento de mais de 360% no número de acessos mais velozes, em comparação com o mesmo período de 2019. As grandes operadoras também registraram esse aumento, mas em um nível bastante inferior, de 73,5%, – o que comprova a capacidade de capilaridade dessas empresas regionais. De maneira geral as conexões de alta velocidade (Acima de 34 Mbps) foram de 130 milhões em 2019 para mais de 210 milhões em 2020.

“O pequeno provedor enfrenta bem menos burocracias por não precisar de postes e antenas para oferecer o serviço”
Alessandra Lugato
Alessandra LugatoDiretora Executiva da ABRINT

A importância das provedoras de pequeno porte

Para se ter uma ideia, hoje existem mais de 14 mil provedores locais no Brasil, e juntos já superam as grandes operadores em números de assinantes de banda larga no país. Os provedores regionais detêm 33 % do mercado, o que representa mais de 10 milhões de assinantes.

Já destacamos as diferentes estratégias entre pequenos e grandes provedores de internet no Brasil, quando observamos mais detalhadamente os números de provedores e pequenas cidades, verificamos o impacto que esses pequenos provedores têm.  Nas cidades com população entre 5 mil e 20 mil habitantes o domínio é maior, ficando em 65,4%.

O acesso à internet no Brasil ainda é muito desigual, de acordo com a ANATEL, as regiões Sul e Sudeste possuem o maior número de residências conectadas a cada 100 (densidade). As regiões Norte e Nordeste apresentam o pior desempenho nesse cálculo, mostrando que ainda há muito potencial a ser abordado na região.

Cerca de 500 dos aproximadamente 7 mil provedores de Internet (ISPs ou PPPs) do país estão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Nos dois Estados, os profissionais empregados neste segmento são a mais alta renda de suas famílias.

PERFIL GEOGRÁFICO DO SETOR NO BRASIL

Fonte: ANATEL

Em cidades ainda menores, com população de até 5 mil, a presença dos provedores regionais já representa 74,9%. No final de 2019, o número de contratos do segmento chegava a 249,7 mil, frente a um total de 333,4 mil entre todas as prestadoras. No total, esses municípios reúnem aproximadamente 4,2 milhões de pessoas. Em 2019, as empresas de menor porte registraram as maiores taxas de crescimento em todas as regiões do país, com destaque para o Nordeste, onde houve salto de 15,8% nos acessos em um ano. Com 2,2 milhões de acessos, às prestadoras de pequeno porte (ou PPPs) concentravam 49% do market share na região.

Na região Sul, a participação de mercado da categoria ficou em 39,1%. Já no Norte, em 26,4%. No Centro-Oeste, a participação ficou em 18,9%. No Sudeste, o share alcançou 25,8%, o que significa cerca de 4,7 milhões de acessos na região mais populosa do país.

“Essas empresas se especializaram no atendimento de comunidades em pequenos municípios, em municípios de médio porte e também em bairros, que não eram tradicionalmente atingidos por operadoras de grande porte. Então, em um período em que a economia entra em crise, que as pessoas foram forçadas a mudar de hábitos, nós vimos um serviço crescendo na contramão da economia”, afirma Wanderson Brito, assessor técnico da Gerência Regional da Anatel no Ceará.

Em número de acessos bruto concernente à banda larga fixa, o estado de São Paulo se destaca, e também é o estado com maior número de provedores, demonstrando a força do estado e um amplo mercado a ser conquistado.

Os investimentos das prestadoras em telecomunicações somaram R$ 31,1 bilhões em 2020, segundo balanço da Conexis Brasil Digital. Mesmo com os efeitos negativos da pandemia na economia, que levaram a uma queda no investimento de vários setores e a uma redução de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, o setor manteve os investimentos acima de R$ 30 bilhões.

Se considerar a média dos investimentos dos últimos cinco anos, em dados nominais (R$ 30,5 bilhões), o valor investido em 2020 cresceu mais de 2%. Em valores corrigidos pela inflação, o investimento em 2020 foi de R$ 32 bilhões, o que se aproxima da média de 2015 a 2019, que foi de R$ R$ 35 bilhões.

Fonte: ANATEL

EMPREGABILIDADE

Dados da Conexis Brasil Digital, ligada ao Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, mostram que o setor hoje, gera mais de 500.000 empregos diretos, considerando também o setor de call center nessa contagem, além de separar o setor em indústria, implantação e serviços.

O emprego no setor de Telecom foi negativamente afetado pela recessão no período de 2015-2016, que forçou várias empresas a demitirem parte de sua força de trabalho em resposta à queda nas compras das famílias e empresas. Além disso, a intensificação da competição no setor obrigou as empresas a reestruturarem e “enxugarem” suas operações na busca de maior eficiência. Segundo dados da EMIS, a taxa de crescimento ano/ano não apresentou grandes variações e flutuou entre +0,8% e – 2,3%, com número bruto  302.300 pessoas, permanecendo abaixo dos níveis pré-crise. até 2019.

Distribuição de emprego por nicho

Fonte: Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal

Segundo a Anatel, pequenos provedores ganharam 732 mil novos contratos entre janeiro e maio. Juntas, essas empresas têm 33% do mercado de internet fixa no país.

a decisão das grandes operadoras em não atender certos locais abriu um importante caminho para os pequenos provedores de internet, que já lideram o mercado em mais de 1200 municípios e são responsáveis por 12% do total de conexões no país.

Segundo a última pesquisa TIC Domicílios 2019, feita pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), o país ultrapassou os 134 milhões de usuários de internet. Isso representa que cerca de 7 em cada 10 brasileiros com dez anos de idade ou mais estão conectados.

IMPACTO NA PANDEMIA NO SETOR

Com a chegada da pandemia no Brasil e a declaração da quarentena, muitos mercados foram fortemente impactados negativamente devido às paralisações. Entretanto, o mercado de provedores de internet seguiu um caminho fora da curva.

Em uma pesquisa promovida pela corporação multinacional israelense Amdocs, no Brasil, o número de horas de uso da internet para trabalho de casa passou de 3h41m para 6h44m.

O comportamento do consumidor se transformou, ele ficou mais exigente dentro deste novo contexto, com uma maior preocupação e seletividade na hora de escolher o seu provedor. De acordo com esta mesma pesquisa da Amdocs, no Brasil, a maior preocupação apontada foi a de desconexão com a internet, sendo a preocupação de 50% dos respondentes.

Com todo este novo contexto, o segmento de provedores de internet foi enquadrado como atividade essencial, de acordo com a Lei Federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.

Impacto da pandemia nos pequenos provedores

É interessante trazer uma visão aprofundada do impacto da pandemia dentro do segmento de provedores de pequeno porte. Segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações, a ABRINT, durante este período de isolamento o aumento do acesso à internet nas velocidades acima de 34 Mbps cresceu cerca de 20% entre os pequenos provedores.

E, além disso, a pesquisa relata que a demanda destes provedores regionais cresceu 47% de forma geral, no intervalo de março a setembro de 2020, enquanto o crescimento das grandes operadoras nesse período foi de 18%.

No mês de setembro de 2020, os provedores regionais tiveram um aumento de demanda 144% maior comparado a setembro de 2019, o que representa mais de 3,5 milhões de novos acessos. Enquanto isso, as grandes operadoras cresceram por volta de 39% no mesmo período.

PERSPECTIVA PARA O MERCADO

Falando de perspectivas futuras para o setor, é importante entender alguns fatores que vêm acontecendo e que abrem portas para um futuro promissor e otimista para o setor.

O processo proferido pela Anatel, envolvendo Claro e Fox sobre plataformas de TV paga via internet reforçou a segregação dos Serviços de Telecomunicações versus Serviços de Valor Adicionado (SVA”S).

A prorrogação da desoneração da folha de salários até o fim de 2021, trazendo um maior alívio no fluxo de caixa financeiro das empresas, pois a desoneração possibilita as empresas substituírem a contribuição previdenciária de 20% sobre salários por uma alíquota entre 1% e 4,5% da receita bruta.

O Decreto nº 10.480/2020, iniciativa do Governo Federal,  foi aprovado com o objetivo de estimular o desenvolvimento da infraestrutura das redes de telecomunicações. Ele reforça o uso gratuito pela ocupação das faixas de domínio em rodovias federais, estaduais e municipais, pois em muitas Entidades Federativas existe uma cobrança onerosa pelo uso e ocupação das faixas de domínio em decorrência das instalações das redes de infraestrutura.

A desoneração dos tributos setoriais (Fistel, Condecine e CFRP) de dispositivos móveis de IOT (internet das coisas) que foi  aprovada pelo Senado via PL nº 6.549/2020 e também a destinação dos recursos advindos da Contribuição FUST ao provimento de acesso à internet banda larga em escolas públicas e expansão das redes em localidades não atendidas aprovada pelo Senado Federal via PL nº 172/2020, são importantes veículos, pois beneficiam não só os players de grande porte, mas Provedores de Acesso à Internet e empresas de TI pelo fato de englobarem a cadeia produtiva do Setor de Telecomunicações.

Levando em consideração todas essas informações de alterações e mudanças que foram introduzidas a partir de novas necessidades que estamos vivendo, é importante analisar que elas podem proporcionar ganhos e impactos positivos no crescimento do PIB, além da geração de oportunidade de expansão aos players de mercado

TECNOLOGIA 5G

Um avanço que promete trazer um aquecimento para o setor é a tecnologia 5G. O leilão de tecnologia está previsto para ocorrer, no Brasil, no 1º semestre de 2021 e deve atrair investidores de outros países. De acordo com a ANATEL, o 5G, deve estar disponível a partir de 31 de julho de 2022. A implementação dele, no prazo acordado, ficará sob a responsabilidade da companhia de telecomunicação que vencer o leilão, promovido pela ANATEL. O 5G representará a oportunidade de realização de novos negócios com avanços significativos que irão possibilitar o uso de ferramentas como: inteligência artificial, IoT, robótica e realidade virtual, desde a telefonia até a logística e a agricultura, aumentando a velocidade de conexão, permitindo um consumo de serviços mais complexos e com menos dificuldade, como a transferência de arquivos, comunicações em tempo real, o consumo de vídeos e áudios em tempo real (streaming) ou jogos eletrônicos.

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 forças de Porter

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Visão Geral

Perfil Geográfico do Setor no Brasil
Empregabilidade
Pandemia
Perspectivas
Tecnologia 5G
2. ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Provedores
Banda Larga
SVAs
Outras Tendências

Entrantes Potenciais – MÉDIO

Apesar do grande crescimento de provedores regionais (47% das redes de fibra do Brasil), há um alto valor de entrada, bem como a necessidade de acesso aos canais de distribuição.

Produtos Substitutos – MÉDIO

Os sistemas de informação criam a possibilidade da criação de produtos substitutos, que oferecem maior qualidade e custam menos.

Poder dos Fornecedores – BAIXO

A natureza tecnológica da questão implica com que haja certa independência dos provedores de internet em relação aos equipamentos de seus fornecedores.

Poder dos Compradores – ALTO

A necessidade do comprador pode ser atendida por tecnologias concorrentes, fazendo com que o mesmo possa demandar maior qualidade dos serviços independente da rede do provedor.

Rivalidade entre players – ALTA

Apesar da antiga dominância dos grandes players de mercado, atualmente há grande competitividade devido ao crescimento de provedores menores (à exemplo dos regionais).

OPORTUNIDADES

O mercado de provedores de internet, traz consigo uma grande taxa de crescimento em toda parte do globo. Com isso, conseguimos observar diversas oportunidades no setor, que podem por vezes serem utilizadas como estratégias de penetração no mercado.

Alta demanda

Pelo fato de a tecnologia e a internet, atualmente, terem alcançado um patamar de necessidade na população de modo geral, a demanda dos provedores de internet se mantém em constante alta.

Atingir todas as classes

Por ter pacotes acessíveis e dos mais variados valores, os provedores de internet conseguem abranger todas as classes, sendo, também, uma das causas para a alta demanda.

AMEAÇAS

Ainda que existam diversas oportunidades, como em todos os setores, ameaças que podem comprometer a evolução da área também existem. Sendo assim, é importante estar atento às possíveis mudanças relacionadas a estes tópicos para manter o sucesso na área.

Mudança no mercado e no perfil dos clientes

Com a transformação digital, podemos perceber que os desejos e demandas dos clientes são mais voláteis à medida que as informações são consumidas de maneira mais rápida. Por isso, é de suma importância que se acompanhe o surgimento de novos produtos e inovações para estar a par do perfil do consumidor.

Limitação das leis

Com as leis, principalmente a do Marco Civil da Internet, os provedores são limitados pelos princípios da neutralidade, privacidade e fiscalização.

TENDÊNCIAS

Observa-se que o setor de provedores de telecomunicação perpassa por algumas particularidades atuais e para o futuro, que giram em torno, principalmente, de 3 fatores: Inovação, hábitos de consumo e regulamentações, hábitos de consumo e inovação.

Em 2021,  o  setor  de Telecomunicações  deve registrar  crescimento,  em  grande  medida, devido ao crescimento da demanda por serviços digitais e, sobretudo, devido a chegada da tecnologia de quinta geração (5G).

De acordo com a ANATEL a nova tecnologia deve estar disponível a partir de 31 de julho de 2022. A implementação do 5G, no prazo acordado, ficará sob a responsabilidade da companhia de telecomunicação que vencer o leilão, promovido pela Anatel.

O 5G representará a oportunidade de realização de novos negócios com avanços significativos que possibilitarão o uso de ferramentas como:

inteligência artificial, IoT, robótica e realidade virtual, por diversos setores, desde a telefonia até a logística e a agricultura, aumentando a velocidade de conexão, permitindo um consumo de serviços mais complexos com menos dificuldade, como a transferência de arquivos, comunicações em tempo real, o consumo de vídeos e áudios em tempo real (streaming) ou jogos eletrônicos

Provedores regionais e competitivas expandem a banda larga fixa no país

Tirando as empresas OI, Claro e Vivo, as operadoras competitivas são o grupo das 20 maiores prestadoras de serviços de telecom. Logo abaixo das competitivas, estão os

provedores regionais: empresas que levam serviços de telecomunicação, especialmente internet, a locais e municípios que as grandes não atendem.

Acesso a banda larga fixa por operadora

Fonte: ANATEL

Vale a pena seguir investindo em serviços de valor agregado (SVAs)

São serviços vinculados ao produto de telecomunicações principal (definido como Serviço de Comunicação Multimídia, ou SCM). Canais de televisão, streamings de educação e entretenimento – como músicas e filmes – são exemplos de SVAs. Pela sua natureza, esses serviços têm tributação baixa ou nula.

Números indicam sucesso dos SVAs

> Na Nextel, 100% dos clientes tem algum SVA contratado;

> Na Vivo, 80% das receitas com serviços móveis já provém de SVAs;

> Reclamações relacionadas a SVAs caíram 65% em dois anos, segundo a Anatel;

Número de celulares MVNOs em crescimento

As MVNOs (do inglês, Mobile Virtual Network Operator) são operadoras móveis virtuais, que prestam serviços de telefonia móvel, sem dispor de frequência nem redes próprias. A operação das MVNOs está baseada na compra, por atacado, de minutos, SMSs, dados, entre outras, e na revenda deste serviço por preços acessíveis aos consumidores.

Em três anos, o número de celulares MVNO mais que dobrou no Brasil: eram 780 mil em 2017, contra mais de 1,6 milhão em novembro de 2020. 5 empresas se credenciaram para operar em 2020, contra apenas duas em 2019.Fusões voltaram a acontecer no setor.

Outras tendências

A principal tendência subjacente que está mudando profundamente o setor de TIC do Brasil é o movimento em direção a serviços baseados em dados e Internet. Os consumidores agora precisam estar conectados à Internet o tempo todo e em todos os lugares.

Esse movimento favorece fortemente a banda larga fixa e móvel, enquanto outros subsetores lutam para se adaptar à nova realidade. Enquanto a demanda por telefonia móvel, telefonia fixa e serviços de TV paga serão moderados no médio prazo, devido ao impacto negativo na economia da pandemia de COVID-19 e suas medidas de quarentena relacionadas, a demanda por banda larga permanecerá forte. Todas as principais empresas estão planejando investir mais em fibra óptica, 4G e 4.5G infraestrutura.

IPv6

Hoje, é comum as buscas do Google e redes estarem IPv4 formado por 32 bits. Com o maior uso de dispositivos 5G, as redes vão buscar se atualizar para garantir segurança e para isso é preciso a conversão para IPv6 com 128 bits. Neste cenário, a tendência desta mudança é acelerar muito mais em 2021.

ISP na ponta

Com o cenário imposto pela pandemia onde as residências são pontos de trabalhos e estudos, devendo ter uma rede de qualidade, isso será um impulso para redes menos dependentes do tráfego centralizado, como as edges. Sendo assim, o mercado fica ainda mais positivo para os provedores de serviços, pois para eles é mais fácil atingir as extremidades das grandes cidades, chegando em lugares que antes não possuíam nem infra-estrutura.

ELSYS com ISP’s

Com a expansão do mercado de fibra óptica em nosso país é preciso de soluções que atendam os nossos mercado, pensando nisso A ELSYS oferece alguns dispositivos com condições especiais. O cabo de fibra óptica pode ser encontrado em 1 ou 2 km, é metálico, tipo drop com aplicações em redes FTTx e proteção Low Smoke Zero Halogen. Já o ONU é um conversor de sinais ópticos para sinais elétricos de rede padrão para sinal de fibra; “dual mode” podendo funcionar tanto com a tecnologia GPON quanto com a tecnologia EPON.

Consolidação de provedores

Conforme um estudo o tráfego IP na América Latina deve alcançar uma média de 11,6 EB (Exabytes) mensais ao longo de 2020. Esse valor vem crescendo a uma Taxa Anual Composta de 21%. Com isso, o mercado de internet fixa está sendo cada vez mais visado por investidores, aumentando o número de fusões e aquisições entre provedores.

Aumento da demanda dos assinantes por pagamento online

Com a transformação digital e o crescimento dos bancos digitais, muitos consumidores estão abandonando as faturas em papel. Assim, ter um sistema de pagamento virtual com facilidade de emissão de código de barras, boletos em PDF e integração bancária torna-se um diferencial importantíssimo para a experiência do cliente e simplifica a operação e gestão do provedor.

Além disso, permitir o pagamento via débito automático em conta corrente ou no cartão de crédito, é uma comodidade a mais para seus usuários e que ainda serve para reduzir a taxa de inadimplência do seu provedor.

Adição de produtos para agregar valor ao principal

A integração dos pacotes de internet com serviços de TV, celular e telefone continua sendo uma forte tendência. Porém, agora, existem novas possibilidades de aditivos que agregam ao seu produto principal, como por exemplo serviços de nuvem ou hospedagem, antivírus, aplicativos de streaming de música ou vídeo, e muito mais.

Esses aditivos agregam valor ao serviço de internet já oferecido pelo provedor, permitindo que se diferencie muito mais dos concorrentes e conquiste cada vez mais clientes.

Maior uso da inteligência artificial e de sistemas automatizados

Quanto mais a rede de um provedor de internet cresce, maiores são as dificuldades de gestão. Felizmente, existem sistemas excelentes, capazes de integrar com seus principais equipamentos e até utilizar inteligência artificial para facilitar sua gestão e atendimento ao cliente.

Um bom software especializado em provedores de internet pode te ajudar a:

> Gerenciar os planos dos clientes, inclusive ajustando a velocidade e executando comandos para equipamentos (como os modens) e redimensionamento de portas;

> Organizar as informações financeiras e contábeis com segurança e rapidez;

> Monitorar a rede de fibra óptica;

> Gerenciar o funil de vendas e o relacionamento com o cliente;

> Monitorar as ordens de serviço em aberto e encerradas;

Uso das tecnologias DWDM e 10G-PON para aumentar a capacidade e o alcance das redes dos provedores

A demanda por velocidade e estabilidade cresce todos os dias. Paralelo a isso, o consumo de banda só aumenta. Assim, muitas empresas já se veem com sua infraestrutura de 10G saturada. Até pouco tempo, a migração para bandas maiores do 10G eram bastante caras.

A DWDM resolve esse problema, pois permite que seu negócio mantenha a infraestrutura de fibra atual ao mesmo tempo que adiciona novos canais de 10G progressivamente. Para isso, diversos sinais passarão pela mesma fibra em frequências diferentes.

O 10G-PON é uma tecnologia semelhante, que trabalha com esse mesmo conceito de acréscimo de novos canais por meio da segmentação de comprimentos de onda.

Sempre atento para as novas regulações

Ainda que algumas regulamentações chave para o setor estejam em vigor desde o final de 2020, a fiscalização vai passar a acontecer de modo significativo em 2021. Além de identificar oportunidades que essas medidas podem trazer ao setor e se adequar para não sofrer penalizações, é preciso estar de olho nas mudanças que órgãos reguladores como a Anatel planejam para o próximo ano.

Novas leis e regulamentações passam a valer no país e tem consequências para a operação do setor de telecomunicações. São exemplos a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2020, mas que permitirá sanções apenas a partir de 2021. E também a Lei Geral das Antenas, sancionada no fim do ano passado. Outro exemplo são as regulamentações.

previstas para a exploração da tecnologia 5G e da Internet das Coisas (IOT).

RAY MARKET SOUND

Equipe Ray Market Sound
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