Adicione o texto do seu título aqui
ANÁLISE MACROECONÔMICA
VISÃO GERAL
A indústria do chocolate fatura mundialmente aproximadamente US$ 60 bilhões por ano. O Brasil é o quarto maior produtor de chocolate do planeta e está sempre na lista dos dez maiores consumidores. Nos últimos 10 anos, o consumo de chocolate no Brasil cresceu, em média, 11% ao ano. Em 2020 o crescimento de indústrias de chocolate, amendoim e balas foi de 2,4% frente a 2019, faturando R$ 11 Bilhões, de acordo com a ABICAB – Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas. Já no varejo, o mercado faturou em média R$ 14 Bilhões.
0
% de crescimento
INDICE
Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim
-
Quanto a perspectiva de consumo, o chocolate com certeza faz parte da vida do brasileiro, segundo a ABICAB, o chocolate esteve presente em 82,6% dos lares brasileiros em 2020, crescendo 1,5%, os últimos dados de consumo por gênero, de 2019, indicaram que mulheres são maioria (56%) e 35% não o trocaria por outro alimento. A frequência de compra também aumentou em 2020, atingindo 8,2 (número de vezes que o brasileiro foi comprar chocolate em pontos de venda específicos), em 2019 este indicador era 7,5.
Em relação a produção, as indústrias se ajustaram a demanda e produziram menos no primeiro semestre de 2020. De acordo com levantamento da Abicab, a produção de chocolates foi de 169,1 mil toneladas em 6 meses, 22% menor em relação ao mesmo período de 2019. Porém, com um segundo semestre mais acelerado e um início de retomada da economia, o ano de 2020 chegou aos patamares de 2019, produzindo um valor muito próximo do ano anterior, variando somente 0,05%, totalizando 757 Mil Toneladas.
PLAYERS
Dados indicam que a Nestlé, a Kraft e a Garoto detém cerca de 90% do mercado brasileiro, enquanto a Mars conta com 3% e o restante do mercado distribuído entre centenas de companhias regionais.
Comportamento do mercado Brasileiro
O Brasil é um grande mercado para o chocolate e derivados do cacau, com uma característica peculiar de ser um dos poucos países do mundo onde se produz cacau, o processa e consome derivados do cacau de forma significativa, sendo um país que beira autossuficiência neste aspecto, com uma balança comercial muito equilibrada.
Temos, porém, uma legislação que exige pouco do chocolate, enquanto na Europa é necessário pelo menos 35% de cacau e uma limitação de ingredientes para o produto ser chamado de ‘chocolate’, no Brasil a indústria precisa apenas de 25% com a liberdade para incluir outros ingredientes na fórmula, sendo um ponto dúbio, visto que também é mais fácil para produtos com uma melhor qualidade de ingredientes se sobressaírem.
Existe também uma crescente iniciativa de chocolates Bean to Bar (amêndoa do chocolate), nos Estados Unidos esse processo já está bem maduro, mas na Europa, Japão e outros países desenvolvidos ainda é incipiente. O Brasil está acompanhando bem ambas as tendências.
Balança Comercial
O Brasil é um dos principais produtores e exportadores de cacau do mundo, ficando na 7ª posição global de acordo com dados da FGV de 2016, porém, dentro do brasil, ainda é um mercado que tem somente 0,1% das exportações nacionais, ficando na posição 104º. O principal estado que exporta o cacau é a Bahia, que é responsável por 99% do total. Os países que mais consomem o cacau nacional são a Argentina, EUA e Chile, com 40%, 25% e 18%, respectivamente, de acordo com dados da ComexStat, do governo federal.
Quanto ao chocolate em si, após uma grande queda de 2014 para 2015, as exportações vinham se recuperando de 2015-2018, porém, nos últimos 2 anos (2019 e 2020) os valores caíram 7,4% e 6,3%, mas ainda ficando acima dos valores de 2015, o valor total em 2020 foi de US$ FOB 97,1 milhões. As importações também têm seguido a tendência de queda, caindo um pouco a mais que as exportações, mas ainda mantendo a balança comercial equilibrada.
Chocolate artesanal e industrializado
As diferenças entre o chocolate artesanal e o chocolate industrializado:
Primeiramente, uma indústria de chocolate de grande porte geralmente possui um controle de qualidade mais rígido e um processo de fabricação mais definido. Já o chocolate artesanal (ou caseiro) pode ser feito de diversas maneiras diferentes.
Anterior
Próximo
Preferência por tipo de chocolate
Páscoa
No setor de chocolate a principal época do ano do ano, sem sombras de dúvida, é a PÁSCOA. Além de ser a época com maior produção do ano em 2019 e 2020 foram cerca de 10 mil toneladas, também é a época onde se tem a maior taxa de contratação do setor. Nos últimos dois anos houve por média 14 mil contratações para a festividade. Porém, a crise econômica causada pelo novo coronavírus impactou muito ao setor e o desempenho nesta época do ano, o comércio teve queda de 33% nas vendas de Páscoa em comparação com 2019, porém, vinha crescendo desde 2008 (com exceções na crise de 2015 e 2016).
ANÁLISE INTERNA DO SETOR
5 FORÇAS DE PORTER
O QUE É?
É um modelo criado por Michael Porter, professor prestigiado da Harvard Business School, que estuda os fatores que influenciam o potencial de lucro das empresas, bem como sua capacidade de servir seus clientes, levando em consideração forças competitivas que moldam um planejamento estratégico
Entrantes Potenciais – Média
O mercado de indústria de chocolates é um mercado que tem crescido muito, especialmente entre pequenos empreendedores locais, assim, o mercado tem a expetativa de se tornar mais competitivo com o passar do tempo, entrando mais players regionais.
Produtos Substitutos – Alta
Com um alto volume de produtos e inúmeras tendências de especificidades, a força de produtos substitutos se torna forte.
Poder dos Fornecedores- Alta
Tendo uma forte produção de cacau e uma grande cadeia produtiva, existe uma competitividade por bons fornecedores, além do fato de existir a tendência por uma matéria prima de boa qualidade.
Poder dos Compradores – Alta
Com a alta variedade de produtos e empresas, o comprador tem uma grande variedade de produtos, dando a ele um forte poder de compra.
Rivalidade entre players – Alta
Muitos competidores, muitos produtos e linhas, fazem o mercado ficar extremamente aquecido, aumentando a competitividade.
OPORTUNIDADES
População brasileira tem o forte hábito de consumo de chocolate
Devido ao hábito de consumir chocolate do povo brasileiro, é possível afirmar que o consumo de chocolate não tem nem perspectiva de queda. Mudanças em hábitos de consumo podem trazer mudanças em linhas de produto, como a tendência fitness e verde que vivenciamos no mundo como um todo, porém, mudanças de composição de produtos são comuns, não representando um risco ao mercado, mas sim uma nova oportunidade.
Variedade de produtos e grande possibilidade de diferenciação
Variedade de produtos: os novos hábitos de consumo podem representar uma grande oportunidade de mercado para aqueles que sabem aproveitá-las. Tendências Fitness, ‘verde’ e gourmet são as principais que podem trazer uma diferenciação, assim, com uma grande possibilidade de variedade de produtos, é possível produzir para algum nicho específico dentro do mercado de chocolates, trabalhando a diferenciação e especialização.
Forte produção nacional de cacau e matéria prima
Forte produção de cacau nacional e matéria prima: a forte cadeia produtiva nacional fortalece a indústria, deixando a indústria de chocolate menos dependente do mercado internacional e do dólar, trazendo uma maior estabilidade.
AMEAÇAS
Grande número de concorrentes
Grande número de players: o mercado de chocolates pode ser considerado um mercado supersaturado, com um grande número de grandes players que tem boa parcela do mercado e também muitos players regionais, assim, se tornando um mercado com difícil penetração.
Grande queda do setor na Páscoa
Queda da páscoa: nos últimos anos foi clara uma mudança forte do mercado de chocolates na época da páscoa, trazendo uma queda grande de faturamento e também produção no setor, não é possível afirmar que a população parou de consumir chocolates na época, mas sim que o perfil de consumo esta sendo alterado.
TENDÊNCIAS
Fortalecimento da indústria nacional
É esperado que o publico brasileiro tenha um apetite ainda mais forte por produtos fabricados totalmente no Brasil. É indicado a produção desse tipo de produto para maximizar essa tendência e mostrar tudo o que ela tem a agregar.
Livres de alérgenos
A tendência de alimentos sem laticínios continua a ganhar força e 2021 não será diferente. Como resultado, é preciso trabalhar para remover alguns dos alérgenos dos chocolates, incluindo chocolate ao “leite” sem laticínios e chocolate feito com lecitina de girassol em vez de soja.
A base de plantas
Com o número de refeições à base de plantas crescendo em 23% em relação a 2015, é evidente que a tendencia para alimentos à base de plantas é próspera. Com as vendas de chocolate vegano a caminho de aumentarem em quase 35% em 2020. Em comparação com o ano anterior também há uma demanda crescendo por chocolate à base de plantas.
Chocolates personalizados
Os chocolates personalizados serão maiores do que nunca em 2021. Quer sejam indivíduos para enviar presentes personalizados ou empresas que usam essa abordagem para atingir clientes ou agradecer colegas. A falta de contato face-a-face, devido ao COVID-19, impulsionará ainda mais essa tendencia.
Fortalecimento das narrativas
A narrativa de histórias foi listada como uma das principais tendências no mercado de alimentos para 2020. Os consumidores querem saber a história por trás de um produto. Isso também está ligado à crescente importância da origem do cacau, que deve ser sustentada por histórias e rastreabilidade. Em geral, uma boa história o ajuda a comercializar seu produto para comerciantes de cacau.
Chocolate em barra
O foco na origem também estimulou um aumento acentuado no número de fabricantes grãos de chocolate nos últimos anos. Produzir os grãos para barra significa que o fabricante controla todas as etapas do processo de produção, desde a compra dos próprios grãos do cacau até a criação da barra de chocolate.
Para os produtores de cacau, o conceito “bean-to-bar” envolve diferentes métodos de produção, embalagem e remessa direta ou venda para lojas de alto padrão. Bean-to-bar permite que um pequeno número de produtores agregue valores significativos à sua produção de cacau. Essa adição de valor para os produtores de cacau é feita principalmente por meio de marcas e embalagens de qualidade e pela oferta de qualidades de cacau superiores.
Cadeia direta e o comércio do cacau
Há um número crescente de relações comerciais diretas no mercado de cacau especial. Essas relações são entre produtores e fabricantes de chocolate de pequeno e médio porte. A ideia do comércio direto é manter relacionamentos de longo prazo, honestos e fortes entre produtores de cacau ou cooperativas de produtores e fabricantes de chocolate. Isso requer boa confiança, compromisso e comunicação clara.
Eventualmente, essas relações podem levar à otimização da qualidade, transferência de know-how e melhores perspectivas de preço para você como agricultor ou exportador. No entanto, a conexão direta com os produtores nem sempre é viável para os fabricantes de chocolate. Lidar com logística, contratos, documentação alfandegária e casos de não conformidade pode ser muito complicado para compradores menores.
Saúde e bem estar
A demanda por cacau de alta qualidade é estimulada por um crescente interesse do consumidor em uma vida saudável. Os consumidores brasileiros estão cada vez mais preocupados com o impacto dos alimentos na sua saúde e bem-estar. A crise do COVID-19 tornou os consumidores ainda mais preocupados com a qualidade e a saúde, aumentando a demanda por alimentos saudáveis e orgânicos. Espera-se que esse aumento da demanda continue após o fim da crise.
O cacau contém flavonoides, que estão associados a benefícios para a saúde, como redução da pressão arterial, melhora na saúde dos vasos sanguíneos e melhora nos níveis de colesterol. Os benefícios para a saúde são maiores para o chocolate amargo devido à sua maior porcentagem de cacau. Cacau de boa qualidade significa que menos açúcar é necessário.
Sigilo e disclaimer
Este documento é para uso exclusivo do assinante. Sua veiculação é terminantemente proibida.
A Ray Consulting não se responsabiliza por ações tomadas por parte do assinante, sendo o intuito do documento servir como um material informativo e não uma sugestão para plano de ação.
RAY MARKET SOUND
Equipe Ray Market Sound
rms@rayconsulting.com.br