Distribuidoras Q4-2022

ANÁLISE MACROECONÔMICA

PANORAMA DO BRASIL

É impossível falar sobre as distribuidoras de alimentos e bebidas, sem falar da indústria como um todo que é a maior do País: representa 10,6% do PIB brasileiro e gera cerca de 1,72 milhão de empregos formais e diretos. O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do mundo, levando seus alimentos para 190 países.

Um setor que produz com qualidade, segurança, sustentabilidade, e que investe constantemente em inovação e tecnologia para atender ao crescimento da população mundial e aos diversos estilos de vida.

 

Fonte: Infográfico ABIA 2022

De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Alimentícios (ABAD), o setor de distribuição e comércio de alimentos no Brasil se destacou como um mercado em crescimento nos últimos anos.

 

Mesmo a pandemia não freou o aumento do faturamento, que de 2019 para 2020 continuou crescendo tanto em faturamento bruto (R$ 287,8 bilhões) como em porcentagem de crescimento com 4,5% em um ano em que a grande maioria dos mercados registrou queda de rendimento,

 

No ano de 2021, as distribuidoras continuaram avançando no país, superando os 7% de crescimento (2% a mais do que o ano anterior) e quase superando a marca de 300 bilhões de reais faturados. Os dados divulgados pela ABAD mostram que este aumento está diretamente ligado à expansão das distribuidoras locais, que têm ampliado seu alcance e atuam como pontos de distribuição para grandes redes varejistas.

 

Já no ano de 2022, a projeção realizada mantendo o mesmo nível de crescimento do ano anterior (2%) o faturamento atingido será de cerca de 337 bilhões, sendo que a tendência do mercado é que o crescimento aumente ainda mais, impulsionado pela alta demanda do setor, que será intensificada com a facilidade da distribuição feita por meio de aplicativos (tais como de entregas) cada vez mais acessíveis.

  

A associação prevê também que, com essas medidas, haverá um aumento significativo da confiança dos investidores, melhorando significativamente a condição de negócios. Além disso, a ABAD também acredita que as novas tecnologias e soluções digitais adotadas ao longo deste período contribuirão significativamente para o aumento da competitividade das distribuidoras no comércio.

 

Porém, o ramo vem sofrendo com o aumento dos custos de produção, principalmente pela alta dos preços dos insumos. No entanto, a demanda segue em alta e o setor vem sendo beneficiado pelo aumento da demanda dos serviços de delivery, que tiveram um grande crescimento durante a pandemia. Além disso, os investimentos também têm aumentado, com a modernização dos sistemas logísticos e da tecnologia aplicada à distribuição. Esses investimentos têm contribuído para o aumento da eficiência e para o crescimento deste mercado no Brasil.

Fonte: ABAD

INDICE

1. ANÁLISE MACROECONÔMICA

Panorama do Brasil

Panorama Mundial
Expansão do Setor
Fusões e Aquisições
Análise dos Players
Perfil do Consumidor
Covid X Setor
Investimento no Setor
Importações X Exportações
Big Picture
2. ANÁLISE INTERNA
5 Forças de Porter
Oportunidades e Ameaças
3. TENDÊNCIAS
Highlights

PANORAMA MUNDIAL

As distribuidoras de alimentos e de bebidas são um componente importante da economia mundial, oferecendo empregos, renda e recursos para o desenvolvimento. De acordo com o relatório de 2020 da Associação Internacional de Distribuidores de Alimentos e Bebidas (IFDA), o setor foi responsável por cerca de US$ 8,2 trilhões em vendas em todo o mundo, com um aumento de 5,4% em comparação com o ano anterior. Tendo sido responsável por cerca de US$ 3,2 trilhões em compras de commodities, US$ 1,1 trilhão em serviços de logística e US$ 1 trilhão em despesas de funcionários.

As vendas de alimentos e bebidas aumentaram em 2020 devido ao aumento da demanda durante a pandemia de COVID-19. A demanda aumentou em todos os países, com destaque para o Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, que contribuíram com quase US$ 4 trilhões para o aumento das vendas.

Projeções para 2021 e 2022

Além disso, as vendas devem continuar a aumentar em 2021, de acordo com as previsões da IFDA. O crescimento estimado é de 5,1%, para US$ 8,6 trilhões em vendas. Este aumento deverá ser impulsionado pelo aumento da demanda por produtos alimentícios e bebidas, especialmente nos mercados emergentes.

Para 2022, a IFDA prevê que as vendas de alimentos e bebidas aumentarão ainda mais (lembrando que ainda não foram divulgados os resultados do ano), para US$ 9,1 trilhões, com crescimento de 5,8%. Como em 2021, o crescimento deve ser impulsionado pelos mercados emergentes, que estão experimentando um forte crescimento.

EXPANSÃO DO SETOR

A partir do panorama geral a nível nacional e mundial do mercado, podemos traçar as perspectivas de expansão do ramo dos últimos três anos, embasando a visão do cenário durante e pós pandemia em âmbito nacional e internacional.

 

2020

A expansão do setor no Brasil em 2020 foi alavancada pelo aumento da demanda por serviços de entrega de alimentos, devido à pandemia da COVID-19. De acordo com a Associação Brasileira de Distribuição de Alimentos (ABAD), o segmento de entrega de alimentos cresceu 7,9% em 2020, alcançando um faturamento de R$ 10,6 bilhões.

O número de distribuidoras de alimentos e bebidas aumentou significativamente durante 2020. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o número aumentou em 13,3% em relação ao ano anterior. O aumento foi impulsionado pelo crescimento do e-commerce, que permitiu que as empresas oferecessem opções de entrega e de serviços de delivery.

2021

Em 2021, a expansão deve continuar sendo impulsionada pela demanda por serviços de entrega de alimentos, já que os clientes têm preferido comprar alimentos online ao invés de sair de casa para comprar. Além disso, empresas de tecnologia estão investindo em soluções para melhorar a experiência do consumidor em todas as áreas, o que também contribui para o crescimento da distribuição de alimentos e bebidas no país.

A ideia é que o mercado continuará crescendo em 2021. De acordo com a pesquisa da USFBC, o setor deve aumentar em 8,5% em comparação com 2020. O crescimento será impulsionado pelo aumento da demanda por serviços de entrega e delivery, bem como pelo aumento da demanda por produtos de conveniência.

2022

A previsão para 2022 é que a expansão da área de distribuição de alimentos e bebidas continue sendo impulsionada por novas inovações, como a automação de processos e a modernização das frotas das distribuidoras. Também espera-se que a tecnologia continue sendo usada para melhorar a experiência do consumidor e otimizar o processo de entrega. Além disso, há expectativa de que novos players entrem no mercado, aumentando ainda mais a oferta de alimentos e bebidas no país.

Para 2022, a USFBC estima que o setor de distribuidoras de alimentos e bebidas deve crescer ainda mais. A pesquisa estima que o ramo deve crescer em 10,2% em relação a 2021. Novamente, o aumento da demanda por serviços de entrega e delivery, bem como o aumento da demanda por produtos de conveniência devem ser os principais fatores de crescimento.

 

FUSÕES E AQUISIÇÕES

AB InBev e SABMiller (2020)

A AB InBev e a SABMiller completaram a maior aquisição na história da indústria de cerveja em outubro de 2016. A AB InBev pagou cerca de US$ 107 bilhões pela SABMiller, tornando-se a maior fabricante de cerveja do mundo. A fusão permitiu à AB InBev expandir ainda mais seu alcance mundial, com a SABMiller detendo participações em cerca de 70 países.

PepsiCo e SodaStream (2020)

Outra grande aquisição dos últimos tempos foi a PepsiCo que comprou a SodaStream International Ltd. por US$ 3,2 bilhões. A aquisição dá ao gigante de bebidas acesso ao mercado de sistemas de bebidas em casa, que tem sido cada vez mais procurado por consumidores. A SodaStream fabrica máquinas de bebidas para uso doméstico que transformam água corrente em limonada e outras bebidas carbonatadas.

Walmart e Flipkart (2021)

Já o Walmart comprou a Flipkart, a maior plataforma de comércio eletrônico da Índia, por US$ 16 bilhões. Esta aquisição permitiu à Walmart expandir seu alcance na Ásia e aumentar ainda mais sua presença global. A Flipkart tem cerca de 100 milhões de usuários ativos e oferece uma variedade de produtos, desde eletrônicos até artigos de higiene pessoal, alimentos e bebidas.

Amazon e Whole Foods (2022)

Por fim, a Amazon adquirirá a Whole Foods Market por US$ 13,7 bilhões. A aquisição permitirá à Amazon aumentar ainda mais sua presença no mercado de alimentos e bebidas, já que a Whole Foods Market é conhecida por fornecer produtos de alimentos e bebidas de alta qualidade. Além disso, a aquisição também permitirá à Amazon expandir sua presença geográfica, já que a Whole Foods Market tem mais de 460 lojas em operação nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

ANÁLISE DOS PLAYERS

JBS Foods

A JBS é a maior empresa de carne bovina do mundo com marcas como Friboi, Seara, Swift e Pilgrim’s. Ela também possui linhas de produtos de alimentos prontos, alimentos para animais e bebidas. 

Faturamento de US$ 9.54 bilhões

BRF Foods

Outra gigante do ramo é a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do Brasil e é responsável por marcas como Sadia, Perdigão, Qualy e Paty. Ela é líder de mercado de aves, suínos e congelados.

Faturamento de US$ 7.81 bilhões

Ambev

Tratando mais especificamente de bebidas, a Ambev é a maior distribuidora do Brasil e possui marcas como Brahma, Antarctica, Skol, Stella Artois e Budweiser. Esta empresa também detém a maior participação de mercado de cerveja no Brasil.

Faturamento de US$ 6 bilhões

Grupo Pão de Açúcar

O Grupo Pão de Açúcar é uma das maiores redes de supermercados do Brasil. Além de alimentos e bebidas, a empresa também oferece artigos para casa, eletrônicos e vestuário.

Faturamento de US$ 4.76 bilhões

M. Dias Branco

A M. Dias Branco é a maior empresa de biscoitos, massas e bolachas do Brasil. Ela é responsável por marcas como Mabel, Passatempo, Doriana e Taeq.

Faturamento de US$ 1.45 bilhões

PERFIL DO CONSUMIDOR

O que influencia alguém a comprar de uma distribuidora de alimentos e bebidas específica é o preço e a qualidade dos produtos oferecidos. O preço é geralmente o fator mais importante para as pessoas, pois é o que determina o valor que elas estão dispostas a pagar por um produto.

A qualidade dos produtos, por outro lado, pode influenciar significativamente nas decisões de compra. Se os produtos oferecidos pela distribuidora são de qualidade superior, as pessoas estarão mais dispostas a pagar um preço mais alto por eles.

Outros fatores que podem influenciar a decisão de compra incluem a marca da distribuidora, a variedade de produtos oferecidos, o serviço de atendimento ao cliente e a localização da loja. Se a distribuidora tiver uma boa reputação, as pessoas estarão mais propensas a comprar deles. Se a distribuidora tiver uma variedade de produtos, as pessoas terão mais opções para escolher. Se o atendimento ao cliente for bom, as pessoas terão uma boa experiência de compra. Se a loja estiver localizada próxima às residências dos clientes, as pessoas terão mais facilidade para fazer as compras.

COVID X SETOR

A pandemia da COVID-19 trouxe consigo diversos desafios para o setor de distribuidoras de alimentos e bebidas, tanto para as empresas, quanto para seus clientes.

Um grande desafio para o setor foi o aumento dos custos de distribuição, como o aumento dos custos de transporte devido às novas medidas de segurança e à redução da oferta de caminhões, e o aumento dos custos de armazenagem devido a um maior estoque de produtos. Além das mudanças na logística de entrega que também afetaram muito as empresas da área, como a preferência pelas entregas expressas e a adoção de novas tecnologias para agilizar os processos.

 

De acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o setor de supermercados vem sofrendo grandes perdas com a pandemia, com queda de 13,6% nas vendas em relação a igual período do ano passado, o que impactou diretamente as distribuidoras de alimentos e bebidas. Além disso, outros fatores, como o aumento de preços, a redução de postos de trabalho e a restrição de crédito, também colaboraram para o cenário desfavorável.

Apesar dos desafios, a pandemia também abriu novas oportunidades para o mercado, desde mudanças nos hábitos de consumo das pessoas, como a preferência por produtos light, vegetarianos e saudáveis, até um aumento da adesão às compras on-line e a adoção de novos modelos de negócios, como o delivery.

Para amenizar o prejuízo, as distribuidoras têm se adaptado ao novo cenário, mudando suas estratégias de vendas para se adequar às novas demandas. As empresas têm investido cada vez mais em vendas on-line e entregas a domicílio, e também vem adotando medidas como redução de preços e aumento de promoções e ofertas de produtos. Estratégias que têm funcionado com eficácia, tanto que segundo dados da ABAD, nos últimos 5 anos, o ramo cresce cada vez mais, caso mantenha o ritmo atual, podendo chegar a mais de 10% ao ano já em 2023.

Em suma, a pandemia da COVID-19 trouxe consigo novos desafios e oportunidades para o setor de distribuidoras de alimentos e bebidas no Brasil.

INVESTIMENTO NO SETOR

O ramo de distribuição de alimentos e bebidas no Brasil tornou-se cada vez mais importante para a economia do país. Segundo dados da ABAD, o setor responde por cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e representa cerca de 25% dos empregos diretos e indiretos no país.

No último ano, a distribuição de alimentos e bebidas no Brasil teve um crescimento significativo em seus investimentos. Esse investimento foi direcionado para a modernização de equipamentos, melhorar a logística de distribuição, aquisição de novos veículos, ampliação de espaços de armazenamento, entre outras ações. 

Além disso, esse investimento também foi direcionado para o aumento da oferta de serviços e produtos para os consumidores. Segundo dados da ABAD, cerca de 50% do investimento foi direcionado para a ampliação da oferta de produtos, enquanto que 25% foi destinado ao desenvolvimento de novos serviços. 

Ademais, os números mostram que o mercado está em pleno crescimento e está se tornando cada vez mais importante para a economia do país. Como resultado, os investimentos nesse setor devem continuar a crescer nos próximos anos.

IMPORTAÇÕES X EXPORTAÇÕES

A distribuição de alimentos e bebidas no Brasil tem se tornado cada vez mais dinâmica e globalizada, com o crescimento das importações e exportações nos últimos anos.

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as exportações de alimentos e bebidas brasileiras somaram US$2,8 bilhões em 2020, um aumento de 6,8% em relação a 2019. Os principais destinos foram Estados Unidos (US$1,05 bilhão), Argentina (US$252 milhões), China (US$218 milhões) e França (US$212 milhões). Já as importações de alimentos e bebidas somaram US$9,9 bilhões no mesmo período, um aumento de 2,2% em relação a 2019. Os principais países fornecedores foram Argentina (US$2,2 bilhões), Estados Unidos (US$1,9 bilhões), Chile (US$1,4 bilhões) e México (US$1,3 bilhões).

Em 2021, as exportações de alimentos e bebidas brasileiras já somam US$2,6 bilhões, um aumento de 11,7% em relação ao mesmo período de 2020. Os principais destinos são Estados Unidos (US$1,1 bilhão), Argentina (US$253 milhões), China (US$191 milhões) e França (US$193 milhões). A expectativa para 2022 é que as exportações de alimentos e bebidas continuem a crescer, com o aumento da demanda por produtos brasileiros devido à necessidade de abastecimento internacional.

Já as importações de alimentos e bebidas somam US$10,2 bilhões em 2021, um aumento de 3,1% em relação ao mesmo período de 2020. Os principais países fornecedores são Argentina (US$2,2 bilhões), Estados Unidos (US$1,8 bilhões), Chile (US$1,3 bilhões) e México (US$1,5 bilhões). A expectativa para 2022 é que as importações de alimentos e bebidas continuem a crescer, com o aumento da demanda por produtos estrangeiros.

Big Picture

Faturamento do setor em 2020 foi de 235 bilhões de reais

Mudança nos hábitos de consumo por causa da pandemia

A expectativa para 2022 é de um faturamento de R$ 257 bilhões

Investimento crescente no setor em diferentes áreas dele

Balança comercial com as importações superando muito as exportações

Mercado aquecido com grandes fusões e aquisições a nível mundial

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Alta

O mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas está sempre aberto para novos concorrentes. As empresas precisam estar preparadas para enfrentar a concorrência de novas empresas e atender às expectativas dos compradores. As empresas precisam se destacar por oferecer bons preços, serviços de qualidade e produtos de alta qualidade.

Produtos Substitutos – Médio

Estes produtos podem ser comprados diretamente do fornecedor ou de outras fontes, como supermercados e outras lojas de alimentos. As distribuidoras de alimentos e bebidas precisam lutar para manter seus clientes, oferecendo produtos de maior qualidade e preços mais baixos do que os produtos substitutos.

Poder dos Fornecedores – Alto

Os fornecedores influenciam o mercado de distribuidoras de diversas maneiras. Eles têm o poder de aumentar os preços dos materiais, controlar a qualidade dos produtos e exigir condições específicas de pagamento. As distribuidoras de alimentos e bebidas precisam ter relações estáveis com os fornecedores para garantir a oferta de insumos necessários para a produção.

Poder dos Compradores – Alto

Os compradores são uma força importante no mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas. Eles têm o poder de determinar o preço dos produtos e exigem serviços e produtos de alta qualidade. As distribuidoras de alimentos e bebidas precisam se esforçar para atender às expectativas dos compradores e ainda assim permanecerem lucrativas.

Rivalidade entre players – Alta

O mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas é altamente competitivo, com muitas empresas tentando se destacar entre a concorrência. É importante para as empresas deste segmento serem capazes de oferecer serviços competitivos e preços justos para atrair e manter os clientes.

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OPORTUNIDADES

Crescimento de mercado

O mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas tem crescido significativamente nos últimos anos, com um aumento de quase 6% ao ano nos Estados Unidos desde 2014. Demonstrando o crescente interesse do público em produtos de qualidade, e por consequência, mais caros, por isso, se faz necessário para as distribuidoras, possuírem em seu leque, as melhores opções possíveis, além de uma ampla gama de produtos, sanando qualquer possível desejo do cliente e ofertando algo de qualidade.


Novas tecnologias

As novas tecnologias vigentes, como a evolução na logística de armazenamento e transporte, a inteligência artificial e a automação de vários processos, estão permitindo que as empresas melhorem o processamento de pedidos e entregas, dinamizando e tornando mais prático o serviço prestado, aprimorando a experiência e a satisfação do cliente.

Demandas crescentes

Alimentos e bebidas são produtos fundamentais para qualquer ser humano, por isso, o mercado é literalmente o mundo inteiro, mundo este que diariamente aumenta o número populacional, por isso, buscando diferenciar-se da concorrência, vale se atentar às novidades e aumentos das demandas por produtos específicos, como no momento é o caso dos alimentos e bebidas saudáveis, as distribuidoras estão sendo incentivadas a oferecer produtos novos, e de maior qualidade.

AMEAÇAS

Não somente de oportunidades vive um negócio, e por esse motivo, cabe ao gestor estar atento também às ameaças que o mercado carrega, para que seja possível se preparar e se antecipar a eventuais problemas futuros.

Alta Volatilidade

Os preços dos alimentos e bebidas tendem a ser muito voláteis, mudando constantemente, o que pode afetar os lucros das empresas e dificultar o planejamento. Considerando os vários pormenores do mercado, como sazonalidade, entrada de novos produtos, mudanças de hábitos de consumo, entre outros.

Alta Concorrência

Talvez o maior entrave ao entrar no mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas seja a sua alta competitividade, com muitas empresas oferecendo serviços e produtos semelhantes, fica difícil obter uma diferenciação e captação da atenção do cliente, por isso a qualidade do serviço prestado, o posicionamento e autoridade da marca se tornam tão importantes, para que o cliente sempre tenha uma boa visão da empresa e se interesse em continuar fazendo negócios com a mesma.


Impostos

As mudanças na legislação tributária podem afetar os lucros das empresas, ocasionando mudanças nos preços dos produtos, condições de logística, entre vários outros fatores da jornada do produto, pelo fato de lidarem com várias áreas como produção, compra e venda dos produtos, logística, armazenagem, fornecedores locais, entre outros, variações nas taxas tributárias, tendem a afetar bastante o setor, especialmente aquelas que possuem grandes volumes de vendas, podendo causar mudanças imprevistas na estratégia das empresas.

TENDÊNCIAS

Com a pandemia de Covid-19, o mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas no Brasil teve um aumento significativo. No entanto, ainda há muito espaço para crescimento. De acordo com um estudo realizado pela empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International, o setor de alimentos e bebidas deve crescer cerca de 3,6% entre 2021 e 2023.

Espera-se que o mercado de distribuidoras de alimentos e bebidas no Brasil continue crescendo nos próximos anos, impulsionado pelo aumento dos serviços de entrega de alimentos, pela demanda por produtos orgânicos e naturais e pelo aumento da consciência dos consumidores.

Serviços de Entregas e E-commerce

O surgimento de novas tecnologias e serviços de entrega de alimentos também deve ajudar a impulsionar o crescimento do setor. Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Bain & Company, mostra que os serviços de entrega de alimentos devem crescer cerca de 30% ao ano nos próximos anos.

Em 2020, apenas 18 das 50 maiores redes de supermercados do Brasil possuíam algum E-commerce, sendo a maioria deles bem limitados. Um estudo realizado pela TetraPak, em 2017, indicou que as vendas do ramo correspondiam a apenas 0,2%, ou seja, 1% do faturamento do setor supermercadista, ou seja, essa forma de vender se mostra extremamente inexplorada. Uma pesquisa realizada pelo Brasil Supermercados Online, previu um faturamento aproximado de R$ 48,65 bilhões com as vendas pela internet até 2023, ou seja, é um marketplace rentável que tende a se desenvolver cada vez mais ao longo dos anos.

Porém os investimentos nessa nova forma de vender, se concentram muito nas grandes metrópoles como Rio e São Paulo, onde realmente existe uma grande demanda, mas em outro aspecto, também cabe-se analisar a demanda das cidades interioranas, que não possuem nenhum meio para suprir suas demandas

Produtos Orgânicos e Saudáveis

Outra tendência que deve se desenvolver nos próximos anos é o aumento da demanda por produtos orgânicos. De acordo com a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o mercado de produtos orgânicos no Brasil já vale cerca de R$ 3,2 bilhões e deve aumentar nos próximos anos.

Além disso, os consumidores também vêm buscando cada vez mais produtos naturais, saudáveis e sustentáveis. Uma pesquisa realizada pela empresa de pesquisa de mercado Mintel, mostra que cerca de 75% dos brasileiros consideram importante o uso de ingredientes naturais em seus alimentos e bebidas.

Tecnologia

Além das outras tendências citadas, a tecnologia também deverá ter um papel importante no setor de distribuição de alimentos e bebidas além do delivery e e-commerce. O uso de inteligência artificial, big data e aplicativos móveis deverão facilitar e melhorar a distribuição de alimentos e bebidas, tornando-a mais eficiente e segura.

Com essas tendências em curso, a distribuição de alimentos e bebidas deverá continuar crescendo nos próximos anos. A ABRABE estima que o setor deverá crescer 6-7% ao ano, chegando a R$ 8,2 bilhões em 2023. 

HIGHLIGHTS

“O setor de distribuidoras de alimentos de bebidas no Brasil é um mercado em constante evolução, demonstrando um crescimento expressivo pós pandemia e com novidades relevantes que se exploradas da maneira correta, podem se mostrar como oportunidades reais para se obter sucesso nesse mercado, que a propósito é extremamente disputado e controlado pelos grandes players posicionados nele, além de se mostrar razoavelmente imprevisível dada a influência das cinco forças de Porter no mercado, tornando-o especialmente delicado para qualquer um inserido nele

Com o cuidado certo, se aproveitando das oportunidades e tendências destacadas na análise e evitando ao máximo as instabilidades e ameaças, o investimento dentro do setor, pode ser extremamente recompensador, visto que é uma área fundamental para a vida das pessoas, que também se mostra como um dos pilares da economia nacional.”

Robson Duarte – Product Analyst I

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