Setor Adulto

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ANÁLISE MACROECONÔMICA

Depois de chegar à marca de R$ 1 bilhão de faturamento em 2017, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), o setor superou a cifra de R$ 1,8 bilhão em receitas no ano de 2019.

A disparada é atribuída, principalmente, às facilidades proporcionadas pelo e-commerce.

“Os tempos modernos até que enfim, ‘liberaram’ as mulheres de antigos tabus e de padrões machistas de comportamento”, afirma Paula Aguiar, empresária do setor e ex-presidente da Abeme.

Hoje em dia, elas representam cerca de 70% das vendas dos sexshops e, graças a isso, estamos crescendo entre 30% e 35% ao ano desde o começo de 2018.

INDICE

Introdução

Padrão

Plano de saúde
Pandemia
Emprego
Consumidor
Fusões e Aquisições
Imp x Exp
Investimentos no setor
Expansão
Top 5 empresas
Número de empresas
Tendências
Aplicativos
Highlights
Fim

As mudanças de comportamento do consumidor estão expressas nas estatísticas de receita e vendas na internet. A mais recente pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), relacionada ao consumo virtual no ano passado, aponta que o índice de satisfação dos brasileiros na compra de produtos eróticos é de até 81%.

Os sexshops virtuais representam 90% de todas as vendas. “O debate sobre o empoderamento sexual e o prazer feminino ajudaram a implementar os negócios do setor”, disse o presidente da Abeme, Edvaldo Bertipaglia. Além disso, fenômenos de massa, como novelas, filmes e revistas com informações sobre o universo sexual foram fundamentais para o mercado erótico no Brasil.

Está muito claro que os brasileiros estão vencendo o preconceito e a hipocrisia, sabendo separar sexo de conceitos antigos do que é pecado

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Lingeries e cosmética sensual são os itens mais procurados. Além disso, a cultura da mulher brasileira de ser uma cuidadora do relacionamento fez com que as lojas se adequassem a esse público. “As mulheres são formadoras de opinião e influenciam as amigas a comprarem ou não”, afirma o executivo. Ainda de acordo com os dados da associação, os consumidores gastaram em suas compras, em média, R$ 210.

Fontes: ABEME, Allied Market Research; Juniper Research

A necessidade de isolamento social, com consequente solidão e distanciamento dos parceiros, leva muitos consumidores a recorrerem a lojas especializadas em produtos para satisfação sexual.

PANDEMIA X SETOR ADULTO

Cerca de 1 milhão de produtos eróticos foram vendidos desde o início de março no Brasil, de acordo com levantamento feito pelo portal Mercado Erótico. O volume é 50% maior que em igual época do ano passado e diz respeito ao período da pandemia da COVID-19 no país. Isolamento social, solidão e facilidade de compra por e-commerce são algumas das causas apresentadas por especialistas.

 Com a pandemia, vários setores foram abalados por crises financeiras, mas o ramo erótico registrou um grande crescimento. Os avanços foram observados durante todo o ano de 2020 e, de março a maio, o registro mostra 4,12% a mais em comparação ao mesmo período de 2019. São Paulo e Minas Gerais são os campeões nas compras eróticas, segundo o portal Mercado Erótico.

Ainda segundo o portal, quem compra mais são as pessoas casadas, somando 27,8% contra os 13,9% dos solteiros. A faixa etária de 25 a 34 anos representa 51,4% dos clientes dos lojistas pesquisados. Em comparação com as mulheres, os homens ainda são tímidos nas compras em sex-shops, entretanto consumo deles aumentou 30% nos últimos 5 anos. Além dos vibradores, outros quatro produtos aparecem no ranking dos mais vendidos do ano, segundo levantamento do Mercado Erótico:

 

1º: Bullet;

2º Lubrificante íntimo;

3º Gel térmico;

4º Gel para massagem corporal;

5º Calcinha Tailandesa.

Mercado erótico triplica em número de empreendedores na pandemia

Quase oito em cada dez pessoas que empreendem no setor são mulheres; vibradores continuam entre os produtos mais procurados. A estimativa é que existam 100 fornecedores, entre indústrias nacionais, importadores e distribuidores, além de 9 mil pontos de vendas e 50 mil vendedores porta a porta. A pesquisa foi realizada em fevereiro de 2021 e ouviu 135 empresários, de diversos tipos de negócios no mercado erótico. A maior parte (76,13%) são mulheres e quase metade (47%) trabalha por conta própria, sem funcionários. Uma das maiores questões apontadas no atual levantamento pelos empreendedores é a falta de matéria-prima para a produção de brinquedos eróticos nas indústrias de todo o mundo, devido aos efeitos da pandemia, que já se reflete nas gôndolas brasileiras. Cerca de 28,9% dos empreendedores dizem já sentir dificuldade em encontrar produtos, principalmente importados, que são os mais demandados. A saída encontrada par mais da metade (57,9%) foi melhorar a presença na internet, principalmente com curadoria e produção de conteúdo informativo sobre o uso dos produtos.

Percepção do público

Os empreendedores apontaram que o comportamento de consumo também se transformou: 47,4% notaram um aumento no interesse por clientes que queriam mais novidades no relacionamento. Os solteiros também passaram a consumir mais produtos eróticos, de acordo com 18,4%. Aguiar explica que, historicamente, o segmento tem mais apelo com casais em relacionamentos estáveis. Para 44,7% dos respondentes da pesquisa, o tíquete médio não ultrapassou R$ 500.

Embora o número de empreendedores e clientes no setor seja majoritariamente feminino, a quantidade de homens que passaram a consumir artigos eróticos cresceu em 2020. Um outro estudo da Abeme, divulgado em junho do ano passado, revelou que as mulheres representam 65% do total de compradores no mercado erótico, enquanto o público masculino atende à fatia de 21,1%. Quanto às faixas etárias, os jovens de 25 a 34 anos são maioria: 51,4%.

Fontes: ABEME, Allied Market Research; Juniper Research

Estudo da  Juniper Research descobriu que o valor global do mercado de conteúdo adulto de  VR (Realidade Virtual) irá aumentar significativamente, de US$ 716 milhões em 2021 para US$  19 bilhões em 2026; representando 22% do valor de mercado global de conteúdo adulto digital até 2026. Prevê que os modelos baseados em assinatura serão a chave para permitir que as plataformas de conteúdo adulto monetizem com sucesso o conteúdo VR e capitalizem no crescimento da propriedade de fones de ouvido.

A pesquisa descobriu que o número global de usuários visualizando conteúdo adulto em RV por meio de fones de ouvido compatíveis aumentará 2.800% nos próximos 5 anos, com a adoção de fones de ouvido impulsionada principalmente por casos de uso convencionais, como jogos digitais e mídia. Isso sugere que as partes interessadas do mercado devem aproveitar os canais de distribuição existentes para estender o alcance do conteúdo adulto de RV a essa crescente base de usuários.

A EXPANSÃO DAS PLATAFORMAS ADULTAS

O mercado de sexual wellness (bem-estar sexual) deve arrecadar US$ 108 bilhões em todo o mundo até 2027, de acordo com levantamento realizado pelo instituto Allied Market Research. Para explorar esse segmento em ascensão, foi fundada em 2020 nasceu a startup Feel. A sextech, nome dado às startups que inovam no mercado de sexualidade, lançou seu primeiro produto em outubro. Em duas semanas, viu os estoques acabarem – resultando em um crescimento de mais de 200%.

Estudo da  Juniper Research descobriu que o valor global do mercado de conteúdo adulto de  VR (Realidade Virtual) irá aumentar significativamente, de US$ 716 milhões em 2021 para US$  19 bilhões em 2026; representando 22% do valor de mercado global de conteúdo adulto digital até 2026. Prevê que os modelos baseados em assinatura serão a chave para permitir que as plataformas de conteúdo adulto monetizem com sucesso o conteúdo VR e capitalizem no crescimento da propriedade de fones de ouvido.

A pesquisa descobriu que o número global de usuários visualizando conteúdo adulto em RV por meio de fones de ouvido compatíveis aumentará 2.800% nos próximos 5 anos, com a adoção de fones de ouvido impulsionada principalmente por casos de uso convencionais, como jogos digitais e mídia. Isso sugere que as partes interessadas do mercado devem aproveitar os canais de distribuição existentes para estender o alcance do conteúdo adulto de RV a essa crescente base de usuários.

O mercado de sexual wellness (bem-estar sexual) deve arrecadar US$ 108 bilhões em todo o mundo até 2027, de acordo com levantamento realizado pelo instituto Allied Market Research. Para explorar esse segmento em ascensão, foi fundada em 2020 nasceu a startup Feel. A sextech, nome dado às startups que inovam no mercado de sexualidade, lançou seu primeiro produto em outubro. Em duas semanas, viu os estoques acabarem – resultando em um crescimento de mais de 200%.

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BIG PICTURE

30 a 35% de crescimento médio desde 2018.

25 a 34 anos de idade média de 51% dos compradores.

90% das vendas são feitas de forma virtual.

Bullet É o produto mais vendido nos sex shops.

50% de crescimento durante a pandemia.

O ticket médio dos sex shops no Brasil é de R$210

ANÁLISE INTERNA DO SETOR

5 FORÇAS DE PORTER

Entrantes Potenciais – Baixa

Barreira de entrada BAIXA visto que é um mercado que esta se predominando pela internet. E com o avanço das tecnologias fica cada vez mais fácil entrar no meio.

Produtos Substitutos – Médio

Quando falamos da possibilidade de produtos substitutos, o setor apresenta uma tendencia a substituição intermediária, pois além dos produtos não apresentarem um tempo de vida curto, os consumidores não tendem a experimentar diversas marcas.

Poder dos Fornecedores – Alto

Com o setor em ascensão a quantidade de fornecedores também tende a aumentar, o que diminui o poder de barganha dos fornecedores.

Poder dos Compradores – Baixo

Compradores tem baixo poder de barganha visto que o preço praticado não tem abertura grande para negociação.

Rivalidade entre players – Alta

Sempre existiu forte concorrência entre os players devido a escassez de canais de comunicação adequados. A internet veio para sanar essa dor acarretando numa disputa cada vez maior.

OPORTUNIDADES

Aproveitando a o ótimo timing para este setor, trouxemos aqui oportunidades claras para ele. Para assim, visar o  crescimento e/ou aperfeiçoamento dos empreendimentos que englobam tal  segmento.

Economia

O mercado erótico está em constante crescimento. O Brasil comercializa milhões de itens por mês, e ainda é referência mundial no que tange produção de lingerie sexy como é conhecida no meio.

Tecnologia

Bastante importante no que tange a produção e comercialização, visto que de um tempo para cá os produtos estão com a necessidade de serem cada vez mais sofisticados e utilizarem de maior tecnologia e, além disso, os canais de comunicação com o público tiveram crescimento acentuado com o avanço da internet.

Parceiros influentes

Trata-se de pessoas e instituições que recomendam tal produto ou serviço para futuras aquisições, sendo este um comunicador que já possui público voltado ao assunto.

Comunicação fraca do mercado erótico

A maioria dos sex-shops possui uma comunicação pouco criativa e atrativa, podendo fazer com que uma divulgação mais elaborada, ganhe destaque em relação aos seus concorrentes.

AMEAÇAS

Como todo setor, as ameaças também está presente no setor adulto. Principalmente quando falamos de tempos tão incertos como os atuais de pandemia. Por isso, achamos importante trazer algumas ameaças que chamaram nossa atenção no tocante ao segmento.

Perda do canal de comunicação

Atualmente, grande parte dos influenciadores para público adulto utilizam plataformas terceirizadas para divulgar seu conteúdo. Isso representar uma grande ameaça visto que eles podem ter suas contas banidas a qualquer momento com apenas um não cumprimento de regulamento e perder sua comunicação com o público.

Cultura conservadora

Ainda há muitas pessoas com receio de entrarem num estabelecimento de sex shopping, o pudor e o preconceito ainda acompanham o assunto. Além disso A cultura e a crença da população podem influenciar negativamente o consumo de produtos eróticos, pois muitos se posicionam contra as variações e excessos na vida sexual. 

Importação de produtos

Fabricantes nacionais de produtos eróticos adultos tem grande dificuldade em se manter no mercado devido aos altos preços praticados devido a falta de tecnologia para produção e desenvolvimento de novos produtos mais sofisticados. Com isso perdem espaço para produtos chineses fabricados em grande escala e que chegam com preço mais em conta no Brasil.

TENDÊNCIAS

Relação remota

Para quem está geograficamente longe, está cada vez mais fácil – e mais prazeroso – fazer sexo pela internet, principalmente

com o uso de sex toys conectados e operados à distância (os

teledildônicos).

Essa indústria já oferece várias opções e promete se expandir mais rapidamente a partir de agora. No ano passado, expirou a validade da patente norte-americana 6.368.268, que vinha engessando o mercado de sex toys conectados. O escopo da patente era tão abrangente e podia ser usado para processar tantos empreendedores, que acabou reprimindo inovações na área.

Personal da Massagem

Recentemente, a marca Lora DiCarlo apresentou um produto que promete proporcionar os mais incríveis orgasmos femininos, utilizando avançada tecnologia em microrobótica. Desenvolvido em parceria com o laboratório de robótica da Oregon State University (EUA), Osé Personal Massager é um aparelho handsfree, que promete acessar os pontos certos e simula as sensações provocadas por parceiros e parceiras reais (como se estivessem usando os dedos, a boca, a língua…). Não há vibração, e sim uma experiência personalizada de estímulo ao clitóris e ao ponto G.

Fantasias virtuais

Em plataformas como Red Light Center e 3DXChat é possível assumir um avatar e interagir com parceiros virtuais em ambientes, situações e “corpos” extremamente customizados e gráficos, de acordo com as preferências e os desejos de cada um. Esses universos VR vêm se integrando aos sex toys conectados, associando cada vez mais o físico e o virtual. O estudo Future of Sex aponta como uma das consequências positivas desse tipo de ferramenta a possibilidade de explorar fetiches e fantasias sem julgamentos ou preconceitos – por mais inusitados ou esdrúxulos que possam parecer para outras pessoas. Nesse segmento, o futuro promete avatares totalmente gerados por meio da inteligência artificial. E trocas sexuais cada vez mais intensas, permitindo, por exemplo, sentir o que o outro sente.

 

Robôs

A medida que a inteligência artificial evolui, mais complexa é a existência dos robôs e a nossa relação com eles, particularmente no campo sexual. Entre as iniciativas nessa área estão os chatbots eróticos, que podem assumir diversas personalidades. Numa esfera mais delicada e controversa, está a comercialização de sex dolls hiper-realistas e customizadas, como os produtos RealDoll, da Abyss Creations.

Entretenimento imersivo

A tecnologia imersiva transporta a pessoa para cenários e situações criados (ou recriados) no ambiente digital, promovendo um mergulho multissensorial naquele universo – ancorado em elementos como vídeo 360o, conteúdo 3D, som binaural e a integração entre diferentes dispositivos de sexo. Para consumir o conteúdo, pode-se usar um headset básico, como o Google Cardboard, ou incrementar a experiência com equipamentos mais potentes, como Samsung Gear VR e Google Daydream, entre outros.

Upgrade no corpo humano

Aperfeiçoar o corpo humano é um objetivo constante no universo da ciência e tecnologia. No campo sexual, são realizadas cirurgias de reconstrução genital e transplantes de órgão sexuais. Também já foram desenvolvidas vaginas e pênis em laboratórios científicos, para pessoas com anomalias congênitas ou que sofreram ferimentos traumáticos. Com objetivo de incrementar a atividade sexual, há iniciativas que buscam dotar o corpo de habilidades sobre-humanas. É o caso do Lovetron9000, protótipo de pênis-vibrador idealizado pelo biohacker Rich Lee. Nas próximas décadas, microchips e implantes conectados à internet abrirão novas possibilidades de potencializar a fusão entre o corpo e a máquina, com foco no desempenho sexual. E a inteligência artificial vai fornecer coaching sexual customizado.

HIGHLIGHTS

“O setor de adulto já é um dos setores que apresenta maior ímpeto de crescimento há vários anos, no entanto, ainda longe de ser considerado um setor driver da economia. Porém, é importante apontar que sua evolução se dá ao movimento de liberal e progressista que vem se massificando em todo mundo, ainda mais no países ocidentais, onde sexo é temática livre e há pautas em trâmite no congresso brasileiro para sua incrementação em ensino básico. 

Toda essa moviamentação corrobora para que o segmento ganhe ainda mais destaque e que os seus modelos de negócio também evoluam com o tempo.

  • Guilherme Nogueira, Product Manager

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